Santuario Santa Edwiges - Edição de Junho

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SANTA EDWIGES JORNAL www.santuariosantaedwiges.com.br - Padres e Irmãos Oblatos de São José - Arquidiocese de São Paulo - Publicação Mensal * Ano XX * Nº 236 * Junho de 2010 Pág. 03 Fiéis celebram o dia de Corpus Christi A Eucaristia na comunidade VI Mostra de Dança Confiança em Deus Notícias Vigília de Pentecostes Assembléia da Juventude Liturgia Juventude Pág. 10 Pág. 06 Pág. 09 Pág. 09 Palavra do Pároco Aceitar e valorizar a diversidade são os primeiros passos para a criação de uma sociedade de qualidade. Dia 10 de Julho das 13h às 18h Procissão reuniu padres, seminaristas, paroquianos e fiéis no dia de Corpus Christi.

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Junho de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 1

Santa EdwigESJornal

www.santuariosantaedwiges.com.br - Padres e Irmãos Oblatos de São José - Arquidiocese de São Paulo - Publicação Mensal * Ano XX * Nº 236 * Junho de 2010

Pág. 03

Fiéis celebram o dia de Corpus Christi

A Eucaristia na comunidade

VI Mostra de Dança

Confiança em Deus

Notícias

Vigília de Pentecostes

Assembléia da Juventude

Liturgia Juventude

Pág. 10

Pág. 06

Pág. 09

Pág. 09

Palavra do PárocoAceitar e valorizar a diversidade são os primeiros passos para a criação de uma sociedade de qualidade.

Dia 10 de Julho das 13h às 18h

Procissão reuniu padres, seminaristas,

paroquianos e fiéis no dia de Corpus Christi.

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2 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Junho de 2010

Editorial Nossa Santa

Paróquia Santuário Santa EdwigesArquidiocese de São PauloRegião Episcopal IpirangaCongregação dos Oblatos de São JoséProvíncia Nossa Senhora do RocioPároco: Pe. Paulo Siebeneichler, OSJ

ExpEdiEntE

6º dia da NovenaCONFIANÇA EM DEUS

Responsável e Editora: Juliana Sales Colaboração:Pe. Mauro Negro, OSJ Digramador: Victor Hugo de SouzaEquipe: Aparecida Y. Bonater; Eliana Tamara Carneiro; Guiomar Correia do Nascimento; João A. Dias; José A. de Melo Neto; Martinho V. de Souza; Marcelo Rodrigues Ocanha e Pe. Alexandre Alves dos Anjos Filho.

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 20/05/2010 Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 5.000 exemplare.Distribuição gratuita

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (11) 2215.6111

MeditaçãoQuantas pessoas ficam

atemorizadas e cheias de pa-vor até ao ponto de perderem a confiança em Deus, ao ve-rem os inimigos da Fé ame-açarem de morte a Igreja de Cristo! Os que assim proce-dem, começam por esquecer as palavras de Jesus sobre o tratamento dado a Ele pró-prio: “Se tratam assim o ma-deiro verde, que farão com o seco”? (Lucas 23,31)

Depois convém lembrar que Jesus faz das persegui-ções uma beatitude: Bem-aventurados os que são perseguidos por amor da jus-tiça! (Mateus 5,10). Se Deus permite as perseguições à Igreja, também dá a força e a graça para que a Igreja seja vitoriosa. As portas do inferno não prevalecerão contra ela! (Mateus 16,18)

Assim, em vez de tristeza, deve existir é alegria nos co-rações dos bons cristãos ao defrontarem as tempestades dos tempos de perseguição, porque é a melhor forma de serem provados na pureza da Fé e o melhor meio de al-cançarem a bem-aventuran-ça eterna.

ExemploAs provações de Santa

Edwiges não ficaram somen-te nas tristezas, mágoas e passagens dolorosas provo-cadas por acontecimentos de que fizeram parte os filhos e o marido. Mas, foram muito mais longe. A santa teve que ver o próprio esposo, que for-mara espiritualmente pelos seus ensinamentos e exem-plos, descer à mais baixa po-sição que um filho da igreja pode atingir, ou seja a exco-munhão.

Henrique havia alargado até aos mais distantes limites o âmbito dos seus domínios. Uma sucessão de guerras e outras manobras, julgadas indispensáveis para a sua soberania, tinham levado as fronteiras do estado até pró-ximo de Berlim no lado orien-tal, elas incluíam a Grande e Pequena Polônia; no ociden-tal, a Silésia e o país de Le-buska.

Sentindo-se tão podero-so, Henrique deixou-se domi-nar pelo demônio do orgulho, e pretendeu restaurar o an-tigo “direito de investiduras”. Além do mais, procurou inti-midar a opinião católica, dei-xando de respeitar direitos e liberdades da igreja.

Os Bispos, em conside-ração à dignidade do duque e por deferência a Edwiges, sempre dedicada e obedien-te, empregaram todos os meios possíveis para demo-ver o duque dos seus inten-tos pouco respeitosos para com a hierarquia eclesiástica.

A arquidiocese de São Paulo reuniu-se na Catedral da Sé para encerrar sole-nemente o Ano Sacerdotal no dia 30 de maio. Padres, bispos, religiosos e fiéis lo-taram o local.

O Papa Bento 16 foi o responsável pela iniciativa, que teve como tema: Fideli-dade de Cristo, fidelidade do Sacerdote, que agora chega ao seu fim. Foi necessário olhar para os sacerdotes e compreender seu papel junto à comunidade, refletir sobre sua vocação e buscar cada vez mais a comunhão com Jesus Cristo, eterno Sacerdote.

O ano de 2010 foi mar-cado por tristezas, devido alguns episódios em nos-sa igreja. É necessário re-conhecermos a fragilidade humana e não nos influen-

ciarmos pela mídia sensa-cionalista, pois os pecados de alguns, não devem se sobressair à busca da san-tidade de outros. Continue-mos a rezar pelas vocações e peçamos a intercessão de São João Maria Vianey, pa-trono dos padres.

Nesta edição do Jornal Santa Edwiges destaco o artigo: A Eucaristia na vida da comunidade, escrito pelo nosso vigário paroquial, Pe. Alexandre. Este artigo será dividido em duas edições: de junho e julho.

É refletido o Mistério Pascal de Cristo na Eucaris-tia e alguns pontos da his-tória são apresentados para que possamos compreender a importância deste sacra-mento, já que celebramos Corpus Christi no dia 03 de junho.

Fidelidade de Cristo Fidelidade do Sacerdote

Também celebramos neste mês o Sagrado Cora-ção de Jesus. Nosso páro-co e reitor, Pe. Paulo, nos explica a partir do contexto histórico, o que é, esta ce-lebração e seus aspectos devocionais.

A juventude do Santuá-rio no mês de julho estará realizando a VI Mostra de Dança, traz como temática a deficiência: O normal é ser diferente. Acompanhe o artigo da Francielly Hel-lena Camilo, uma jovem da Congregação dos Oblatos de São José, da cidade de Londrina, que nos faz com-preender um pouco mais do assunto.

Por fim, temos nossas páginas fixas, que todos os meses trazem refle-xões, formações, entrevis-tas, mensagens, notícias do Santuário, sobre São José, a história e ações das pastorais, Santo do Mês, a Encíclica do Santo Padre e outros.

O mês de junho ainda é tradicional pelas festas ju-ninas, possamos nos reunir com a nossa comunidade para festejar e agradecer pela vida. São João, Santo Antônio, São Pedro e São Paulo roguem por nós!

A todos os paroquianos, devotos e amigos uma pre-ce e um abraço.

Juliana [email protected]

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Junho de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 3

Juventude Espaço do DevotoA inclusão social será tema da

VI Mostra de Dança“Eu não sou diferente de ninguém, quase todo mundo faz assim, eu me viro bem melhor,

quando tá mais pra bom que pra ruim” (Música - Condição de Lulu Santos)

Esta música é trilha so-nora da campanha “Iguais na diferença”, primeiro fil-me desenvolvido no Brasil acessível às pessoas com diferentes ajudas técnicas – utilizando recursos como audiodescrição, narração em libras e legenda diferenciada. A idéia da campanha é para estimular a convivência entre pessoas com e sem deficiên-cia.

Iniciativas como essas tem trazido a socieda-de cotidianamente, a reflexão acerca da inclusão de porta-dores de necessi-dades especiais. Hoje quando se constrói um imóvel se pensa logo, na acessibilidade que o mes-mo deve ter para deficientes físicos. Quando se organi-za um evento é necessário disponibilizar recursos para que “todos” possam partici-par e ter acesso. E assim por diante, tem se tornado cada dia mais habitual, se pensar na inclusão dos portadores de necessidades especiais.

Sabemos que o Brasil ainda tem muito que evoluir neste quesito, e quando se fala em Brasil, se diz brasilei-ros, pessoas comuns, do dia-a-dia. Não apenas deixando nas mãos do Estado a função de se preocupar com a inclu-são, mas dividindo o dever com todo cidadão brasileiro.

Este ano a Mostra de Dança, assim como todos os

anos, busca debater e refletir através da arte temas que es-tão gritando por atenção. Já dançamos contra a violência, dançamos para mostrar a cara do Brasil, dançamos contra a degradação da natureza... E

agora queremos mostrar com a arte que a inclusão funcio-na e é necessária em nosso país.

Com o tema “Aqui o nor-mal é ser diferente” e o lema “Por um mundo cheio de pos-sibilidades” a VI Mostra de Dança traz ao centro de nos-sa atenção as pessoas com deficiência, que são freqüen-

temente vitimas de precon-ceito e da discriminação.

Queremos pautar a luta por políticas públicas com-prometidas com a inclusão social, que priorize uma educação de qualidade para crianças e jovens com defici-ência e que garanta cidada-nia e dignidade a essas pes-soas, visto que impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial podem obstruir sua participação plena e efe-tiva na sociedade.

Com a arte queremos construir uma nova vi-

são, colocando a de-ficiência na lógica da

cidadania e dos direi-tos humanos. Que seja

respeitada a diferença, mas proporcionando igualdade de oportunidades, sem discrimi-nação ou preconceitos.

Aceitar e valorizar a diver-sidade são os primeiros pas-sos para a criação de uma sociedade de qualidade. Não é possível viver em um mun-do segregado, isso nos priva de novas culturas e novas formas de saber.

Cada um de nós tem ha-bilidades e potencialidades a serem descobertas. Cabe ao poder publico e à sociedade em geral abrir portas para os múltiplos talentos.

Mais informações no site: mostradedanca.zip.net

Francielly Hellena [email protected]

É com grande satisfação que eu quero compartilhar com meus irmãos em Cristo uma das várias graças alcan-çadas graças a minha que-rida e amada amiga “Santa Edwiges”.

Em 2003 eu estava de-sempregado e à procura de recolocação no mercado de trabalho, quando come-cei a frequentar as missas na igreja de Santa Edwiges em Santos. Em uma terça-feira na missa das 15h, eu estava assistindo a missa e

com muita fé e perseveran-ça pedi para que ela inter-cedesse por mim à Jesus para abrir os meus caminhos e que eu conseguisse uma recolocação profissional.Ao terminar a missa, quando entro no meu carro e abro o porta-luvas para pegar o meu celular, eis que eu constato 3 ligações perdidas. Retornei a ligação, era uma empresa que estava me contatando para um processo seletivo.

Entre 12 pessoas, eu con-segui passar por todo o proces-so seletivo e ser o escolhido!Agora me digam, não pode-ria ser somente uma simples coincidência o telefone ter to-cado enquanto eu estava na missa, mas sim uma GRAÇA alcançada através da minha amada Santa Edwiges!

É com lágrimas nos olhos e muita emoção que eu es-crevo este depoimento...acho fundamental comparti-lhá-lo com todos!!! Por maior que seja a dificuldade, não esmoreçam com os obstá-culos da vida...tenham fé em Deus, em Nossa Senhora e tenham Santa Edwiges como intercessora!

Hoje com a graça divina sou um executivo bem sucedido em minha área e sou eterna-mente grato à Santa Edwiges por todas as coisas maravilho-sas que ela me proporciona!Que Deus abençoe a todos!!!

Campanha em prol do terreno do Santuário 455 colaboradores. Retire seu carnê na secretaria paroquial

Miguel Caludino FerreiraHamilton Balvino de MacedoIrene Pocius ToroloEdilberto e Erineide MouroHermes R. Pereira SencionClarindo de Souza Russo

Joaquim José de Santana NetoAna Dalva Pereira CorreiaAlexandre Sabatine RodaFamília Cestari NoronhaLuzia Villela de AndradeRenato Ruiz

Família SenaEdilson VicentainerVanilde Fernandes e FamíliaFátima E.S. MoraesRoberto MartiniHélio Martins de Aguiar

Suraia Zonta BittarFrancisco F. de Freitas e FamíliaDrusila Fernnada Gomes MilaniIsmael F. de Matos e FamíliaArmazem do SaborMargarida de Faria RodriguesDjanane Ângelo Alvesa

Já quitaram seu carnê

Bradesco - Ag. 0090 - C/C 145.431-5 / Itaú - Ag. 0249 - C/C 56.553-2

Testemunho Wilson A Silva

Envie o seu Testemunho: [email protected]

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4 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Junho de 2010

Encíclica do Papa Bento 16Caritas in veritate: A verdade na caridade

Nesta edição continuamos a transcrever o quarto capítulo da Encíclica do Santo Padre. Desenvolvimento dos povos, Direitos e Deveres e Ambiente.

46. Considerando as temáti-cas referentes à relação en-tre empresa e ética e também a evolução que o sistema produtivo está a fazer, pare-ce que a distinção usada até agora entre empresas que têm por finalidade o lucro (profit) e organizações que não buscam o lucro (non pro-fit) já não é capaz de dar ca-balmente conta da realidade, nem de orientar eficazmente o futuro. Nestas últimas dé-cadas, foi surgindo entre as duas tipologias de empresa uma ampla área intermédia. Esta é constituída por em-presas tradicionais mas que subscrevem pactos de ajuda aos países atrasados, por fundações que são expres-são de empresas individuais, por grupos de empresas que se propõem objectivos de utilidade social, pelo mun-do diversificado dos sujeitos da chamada economia civil e de comunhão. Não se tra-ta apenas de um “terceiro setor”, mas de uma nova e ampla realidade complexa, que envolve o privado e o público e que não exclui o lucro mas considera-o como instrumento para realizar fi-nalidades humanas e sociais. O fato de tais empresas dis-tribuírem ou não os ganhos ou de assumirem uma ou outra das configurações pre-vistas pelas normas jurídicas torna-se secundário relativa-mente à sua disponibilidade a conceber o lucro como um instrumento para alcançar fi-nalidades de humanização do mercado e da sociedade. É desejável que estas novas formas de empresa também encontrem, em todos os pa-íses, adequada configuração jurídica e fiscal. Sem nada tirar à importância e utilidade econômica e social das for-mas tradicionais de empresa, fazem evoluir o sistema para uma assunção mais clara e perfeita dos deveres por par-te dos sujeitos econômicos. E não só... A própria pluralidade das formas institucionais de empresa gera um mercado

mais humano e simultanea-mente mais competitivo.47. O fortalecimento das di-versas tipologias de empre-sa, mormente das que são capazes de conceber o lucro como um instrumento para alcançar finalidades de hu-manização do mercado e das sociedades, deve ser procu-rado também nos países que sofrem exclusão ou margina-lização dos circuitos da eco-nomia global, onde é muito importante avançar com projetos de subsidiariedade devidamente concebida e ge-rida que tendam a potenciar os direitos, mas prevendo sempre também a assunção das correlativas responsabili-dades. Nas intervenções em prol do desenvolvimento, há que salvaguardar o princípio da centralidade da pessoa humana, que é o sujeito que primariamente deve assumir o dever do desenvolvimen-to. A preocupação principal é a melhoria das situações de vida das pessoas concretas duma certa região, para que possam desempenhar aque-les deveres que atualmente a indigência não lhes permite respeitar. A solicitude nunca pode ser uma atitude abstra-ta. Para poderem adaptar-se às diversas situações, os programas de desenvolvi-mento devem ser flexíveis; e as pessoas beneficiárias deveriam estar envolvidas di-retamente na sua delineação e tornar-se protagonistas da sua atuação. É necessário também aplicar os critérios da progressão e do acom-panhamento — incluindo a monitorização dos resultados — porque não há receitas vá-lidas universalmente; depen-de muito da gestão concreta das intervenções. “São os povos os autores e primei-ros responsáveis do próprio desenvolvimento. Mas não o poderão realizar isolados”. Esta advertência de Paulo 6º é ainda mais válida hoje, com o processo de progressiva in-tegração que se vai consoli-dando na terra. As dinâmicas

de inclusão não têm nada de mecânico. As soluções hão de ser calibradas olhando a vida dos povos e das pesso-as concretas com base numa ponderada avaliação de cada situação. Ao lado dos macro projetos servem os micro projetos, e sobretudo serve a mobilização real de todos os sujeitos da sociedade civil, das pessoas tanto jurídicas como físicas.A cooperação internacio-nal precisa de pessoas que partilhem o processo de de-senvolvimento econômico e humano, através da solida-riedade feita de presença, acompanhamento, formação e respeito. Sob este ponto de vista, os próprios organismos internacionais deveriam inter-rogar-se sob a real eficácia dos seus aparatos burocrá-ticos e administrativos, fre-quentemente muito dispen-diosos. Às vezes sucede que o destinatário das ajudas seja utilizado em função de quem o ajuda e que os pobres sir-vam para manter de pé dis-pendiosas organizações bu-rocráticas que reservam para sua própria conservação per-centagens demasiado eleva-das dos recursos que, ao in-vés, deveriam ser aplicados no desenvolvimento. Nesta perspectiva, seria desejável que todos os organismos in-ternacionais e as organiza-ções não governamentais se comprometessem a uma ple-na transparência, informando os doadores e a opinião pú-blica acerca da percentagem de fundos recebidos destina-da aos programas de coope-ração, acerca do verdadeiro conteúdo de tais programas e, por último, acerca da con-figuração das despesas da própria instituição.48. O tema do desenvolvi-mento aparece, hoje, estrei-tamente associado também com os deveres que nascem do relacionamento do homem com o ambiente natural. Este foi dado por Deus a todos, constituindo o seu uso uma responsabilidade que temos

para com os pobres, as gera-ções futuras e a humanidade inteira. Quando a natureza, a começar pelo ser humano, é considerada como fruto do acaso ou do determinismo evolutivo, a noção da referida responsabilidade debilita-se nas consciências. Na natu-reza, o crente reconhece o resultado maravilhoso da in-tervenção criadora de Deus, de que o homem se pode responsavelmente servir para satisfazer as suas legí-timas exigências — materiais e imateriais — no respeito dos equilíbrios intrínsecos da própria criação. Se falta esta perspectiva, o homem acaba ou por considerar a nature-za um tabu intocável ou, ao contrário, por abusar dela. Nem uma nem outra destas atitudes corresponde à visão cristã da natureza, fruto da criação de Deus.A natureza é expressão de um desígnio de amor e de verdade. Precede-nos, ten-do-nos sido dada por Deus como ambiente de vida. Fala-nos do Criador (cf. Rm 1, 20) e do seu amor pela huma-nidade. Está destinada, no fim dos tempos, a ser “ins-taurada” em Cristo (cf. Ef 1, 9-10; Col 1, 19-20). Por con-seguinte, também ela é uma vocação. A natureza está à nossa disposição, não como “um monte de lixo espalha-do ao acaso”, mas como um dom do Criador que traçou os seus ordenamentos intrínse-cos dos quais o homem há-de tirar as devidas orientações para a “guardar e cultivar”(Gn 2, 15). Mas é preciso subli-nhar também que é contrário ao verdadeiro desenvolvi-mento considerar a natureza

mais importante do que a própria pessoa humana. Esta posição induz a comporta-mentos neo-pagãos ou a um novo panteísmo: só da natu-reza, entendida em sentido puramente naturalista, não pode derivar a salvação para o homem. Por outro lado, há que rejeitar também a posi-ção oposta, que visa a sua completa tecnicização, por-que o ambiente natural não é apenas matéria de que dispor a nosso bel-prazer, mas obra admirável do Criador, conten-do nela uma “gramática” que indica finalidades e critérios para uma utilização sapien-te, não instrumental nem ar-bitrária. Advêm, hoje, muitos danos ao desenvolvimento precisamente destas concep-ções deformadas. Reduzir completamente a natureza a um conjunto de simples da-dos reais acaba por ser fonte de violência contra o ambien-te e até por motivar ações desrespeitadoras da própria natureza do homem. Esta, constituída não só de maté-ria mas também de espírito e, como tal, rica de significa-dos e de fins transcendentes a alcançar, tem um caráter normativo também para a cultura. O homem interpreta e modela o ambiente natural através da cultura, a qual, por sua vez, é orientada por meio da liberdade responsável, atenta aos ditames da lei mo-ral. Por isso, os projetos para um desenvolvimento humano integral não podem ignorar os vindouros, mas devem ser animados pela solidariedade e a justiça entre as gerações, tendo em conta os diversos âmbitos: ecológico, jurídico, económico, político, cultural.

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Junho de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 5

Jubileu do SantuárioJubileu dos Movimentos

Vale a pena empenhar a vida pelo Cristo

Martinho [email protected]

O mês de junho é um mês de muita alegria. Ce-lebramos e vivemos a Sole-nidade do Corpo e Sangue de Cristo, o Corpus Chris-ti; logo após celebramos a também Solenidade do Sa-grado Coração de Jesus, fonte de amor e misericórdia para toda a vida da Igreja. Junho ainda é o mês das festas e memórias dos San-tos Pedro e Paulo, Antônio de Pádua e João Batista. É preciso que resgatemos o sentido litúrgico da memória dos santos, pois, só festar com o tema junino da “folia” é muito pouco e vazio.

O fato é que estas sole-nidades, festas e memórias movimentam, e muito, o ca-minhar da Igreja e é aqui que queremos chegar: no movimento.

Movimentar-se supõe se colocar em ação para a exe-cução de determinada ação, onde o seu caráter mais ma-nifesto é quando realizado por muitas pessoas. Ora, na Igreja e sua evangeliza-ção os movimentos são uma realidade perene. Assim, nesta coluna dedicada ao Jubileu da Paróquia Santa Edwiges, chega a vez de fa-larmos de alguns movimen-tos de atuação, presentes nesta história de 50 anos.

Para executar suas obras em favor de uma ação, a ação de Deus, os Movimen-tos da Igreja munem-se de sua principal fonte para agir: Jesus Cristo, nosso Senhor, pela força do Espírito Santo. Ora, para poder empenhar a vida pelo Cristo, como bem dizia São José Marello, se faz necessário beber da fonte que é o próprio Filho de Deus.

O primeiro movimento presente na historia da Pa-

róquia Santa Edwiges foi o Apostolado da Oração (AO), que tem quase a mesma idade da paróquia ou um pouco menos. Sua origem remonta em 1844 em uma casa de formação da Com-painha de Jesus, os conhe-cidos Jesuítas. O modo de oferecer orações, sacrifícios e trabalhos em favor daque-les que trabalham nos diver-sos campos de apostolado eram o eixo motivador dos primeiros passos do Apos-tolado da Oração, que na França desenvolveu origi-nalmente com aprovação do Bispo local e, depois, do Papa Pio 9º.

Em Santa Edwiges, os senhores e senhoras cus-tódios desta devoção, muito particular em favor do bom andamento do apostolado da Igreja, sempre estive-ram e ainda permanecem orando sem cessar pelas necessidades da Igreja e do mundo. A prática de oração deste movimento está muito ligada à devoção a Jesus Eucarístico e o seu Sacratís-simo Coração, com a cons-tante adoração ao Santíssi-mo Sacramento, sempre às quintas-feiras, sendo que

esta semente de espirituali-dade continua sua difusão a cada primeira sexta-feira de cada mês com a celebração da missa votiva ao Sagrado Coração de Jesus.

A Renovação Carismáti-ca Católica (RCC) é presen-te como movimento em nos-sa comunidade a mais de 15 anos. Sua existência na Igreja se baseia pela expe-riência do Concílio Vaticano 2º que, como muitos dizem, foi um novo Pentecostes na vida da Igreja. E por que-rer ser realmente um novo Pentecostes desde o seu surgimento, em janeiro de 1967, é que RCC esmera-se na vivência cristã pela ação do Espírito Santo, sua força motriz. Ser renovado, não é ser um alienado e fora da re-alidade, mas é justamente o contrário: por poder recons-truir, restaurar e revigorar a realidade é que pode-se agir pela força do Espírito San-to. Foi isso que entenderam os primeiros precursores da RCC em 1966 (um ano antes do primeiro encontro de oração deste Movimen-to), quando perguntavam-se acerca de não experencia-rem a realidade do Espírito

Santo de maneira mais in-tensa, bem como não mais ver os sinais do Senhor na história.

Na nossa comunidade paroquial, penso que o mes-mo tipo de questionamento pairou sobre os membros do Grupo de Oração, que é a célula desenvolvida e per-manente da RCC no mundo e no Brasil. Nossa paróquia muito deve a este Movimen-to a reinserção dos católicos e católicas na vida da Igre-ja, com seus encontros de oração, seminários de vida no Espírito, petições de gra-ças e curas e vida atuante na comunidade. Hoje, mais do que nunca, a Renova-ção Carismática Católica é essencial na comunidade paroquial, pois, com suas intercessões constantes fa-zem da Igreja um novo al-vorecer de Pentecostes (cf. Atos dos Apóstolos 2).

Por fim e não menos importante na celebração paroquial dos Movimentos, quero tratar sobre a Infância e Adolescência Missioná-ria, que na Paróquia Santa Edwiges surgiu pelo apoio e incentivo do ex-pároco e reitor, Pe. Miguel Piscopo, pelo ano de 1998 manten-do-se firme até os dias atu-ais. Nosso atual pároco, Pe. Paulo Siebeneichler, foi um dos assessores religiosos à época da instalação da Santa Infância na paróquia, onde pode-se colher muitos frutos, de muitas crianças e adolescentes que ali passa-ram e que hoje respondem ao chamado do Senhor na vida de leigos e leigas atu-antes, como é o caso de nossa assessora de comu-nicação que tão bem assu-me a direção de nosso jor-nal e site Santa Edwiges. A

(São José Marello)

denominada Pontifícia Obra da Infância Missionária foi estabelecida por Dom Car-los Forbin Janson, Bispo de Nancy, França, nos meados de 1843. Pelo fato de muitas comunicações, de diversos missionários da China, ser enviadas relatando a triste realidade das crianças nas regiões de missão, como doenças, mortes, falta de ensino e abandono é que o espírito da missão às crian-ças foi suscitado em Dom Carlos para que “as crianças evangelizassem as outras crianças”, isto num claro de-senvolvimento da ação em prol da evangelização das crianças e adolescentes.

No jubileu dos Movimen-tos de nossa comunida-de, destacamos estes três, cada um com a sua especifi-cidade, porque acreditamos que todos eles contribuíram e contribuem para a anima-ção, formação e comunhão dos leigos e leigas na nossa região de Heliópolis e Sa-comã, compondo também o bairro do Ipiranga.

A arquidiocese de São Paulo celebra e vive o 1º Congresso de Leigos na sua realidade. Que os Movi-mentos de nosso Santuário, nossa Paróquia jubilar, pos-sam sentir-se também parte integrantes desta realidade laica, que como dizia São José Marello, Santo Bispo fundador da Congregação dos Oblatos de São José: “Esta é a nossa missão: fa-zer conhecer, fazer amar, fazer cumprir a doutrina de Jesus Cristo”.

Muito obrigado, Movi-mentos!

Deo gratias!

Foto: Michelson Ribeiro

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6 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Junho de 2010

Palavra do Pároco O servo de Deus

Pe. Paulo Siebeneichler - [email protected]

Queridos amigos e amigas da Paróquia e Santuário Santa Edwiges!

Este mês de junho já pode ser celebrado como o meio do ano, e com isso, é preciso olhar para Deus e agradecê-lo por tudo o que tem nos dado ao longo destes dias todos do ano de 2010.

Confiança em Deus é o tema do sexto dia da novena de Santa Edwiges, e por isso quero tomá-lo como a fonte de minha reflexão.

Confiar é um fato muito importante e é preciso reunir muitos elementos. Fé é um elemento não palpável e sal-vação é uma promessa, que se não for alimentada, pode se tornar algo longe e sem alen-to. E o que se convida na fé é, fazer a Experiência de Deus, que ao tê-la nas situações onde se tem muita dificuldade, saberemos muito bem aonde recorrer e ao que se apegar.

Experiência de Deus é o que fizeram os Santos, e nisto podemos citar diversos exemplos: Santa Terezinha do Menino Jesus, Santa Tereza de Ávila, São João da Cruz e outros. O que de fato fez estes homens e mulheres se entre-gar à consagração, foi ter esta visão, esta experiência intra-duzível aos olhos humanos, mas sentida na vida e no cora-ção de quem a faz.

Um dia alguém pediu em uma palestra sobre vida de fé a um grande mestre em direção espiritual: ensina-nos pedago-gicamente os passos para que nós façamos esta tão falada experiência de Deus. Este respondeu: ela é manifesta-da a cada um do seu próprio modo. E alertou: não devemos colocar em Deus o nosso jeito, mais do nosso jeito nos colo-carmos em Deus. E com esta afirmação, eu convido a todos os leitores a olhar e retomar o texto da nossa novena, so-bretudo o Exemplo de Santa Edwiges, onde na mais nobre situação de vida e nas adversi-dades, não deixa de crer e de esperar, mesmo com as reali-dades a enfrentar em sua casa. Na dificuldade aprenderemos, e com a paciência e o tempo, veremos o que de fato Deus tem a nos conceder. Isso tam-

bém se traduz em nossa vida. Ele não nos abandona, em qualquer que seja a situação.

Meditando sobre o Evan-gelho de São João, no capi-tulo 17, na chamada oração sacerdotal, o versículo 13 nos alerta a um fator muitíssimo importante: a plena alegria de Jesus Cristo está em sermos de fato de Deus, que não nos percamos nunca. Experiência de Deus é um passo de ser parte desta alegria completa de Nosso Senhor e Redentor. Certamente isso nos compro-mete a ter atitudes oracionais, mudança de atitude, conheci-mento maior da palavra e re-servar um tempo para estar com Ele, ao qual quero expe-rimentar. Saint Exupéry afirma no Pequeno Príncipe, ninguém ama o que não conhece, e Jesus convida a amizade Jo 15,14, isso se fizermos o que ele nos manda. A certeza da promessa está na confiança.

O chamado mês dos san-tos, mês de junho, é de fato um tempo muito propicio para realizarmos esta alegria e es-perança, a mesma que os san-tos fizeram. Confiemos muito na providencia divina, fazendo a nossa parte assim como fez Edwiges, como fez Santo An-tonio celebrado no dia 13 de junho, como fizeram Pedro e Paulo celebrados no dia 29 de junho, e São João no dia 24.

Fé define-se como primei-ra virtude teologal: adesão e anuência pessoal da Deus, firmeza na execução duma promessa ou compromisso, testemunho autentico, escrito de quem tem força e juízo.

Façamos de nossa fé um espaço de plena convicção em nossas vidas.

Que os santos que ce-lebramos neste mês não se escondam nas festas juninas, mais nos apresentem Deus, e a nossa confiança cresça, pelo testemunho destes, e que a nossa vida seja para outros um luminar por conta de nossa fé e de nosso testemunho.

Completemos a Alegria plena do Cristo. Sejamos de fato com Ele Um.

Confiança em Deus

O missionário Oblato de São José, Padre José Calvi, viveu intensamente a vida cristã e dedicou-se, mesmo na doença, aos enfermos e sofredores.

Prece pela canonizaçãoGlorificai, Senhor, o vosso Servo Padre José Calvi, que com a caridade pastoral em favor dos enfermoszelou pela glória de Deus e pela salvação das almas. Amém!

Prece de intercessão do Padre José Calvi:

Ó nosso querido Padre José Calvi, que fostes para todos límpido espelho de pu-reza, modelo inigualável de obediência e exemplo lumi-noso de caridade para com Deus e o próximo, dignai-vos impetrar também em nós, es-sas virtudes, tão necessárias para nossa vida espiritual, a fim de que possamos, com vós, levar uma vida autenti-camente cristã e atrair para o caminho do céu, com o nos-so exemplo, os irmãos dis-tantes de Deus.

Obtende-nos de modo particular, com a vossa inter-cessão junto a Deus, a graça que vos pedimos (...).

O Apóstolo dos enfermosPadre José Calvi

Oblato de S. José (1901-1943)

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Junho de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 7

Maxsuel

Kauã Caldas

Isadora

Ana

Samuel Santos

Ruan Vieira

BatismoBatismos em 30 de Maio de 2010

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

Matheus

Rayanne

Hiago Rodrigues Melissa Cassiano

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8 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Junho de 2010

Pastorais

A palavra dízimo signifi-ca “décima parte” de algu-ma coisa. Podemos falar de dízimo do tempo, isso significa a décima parte do tempo disponível. As-sim se dividirmos o dia em dez partes iguais teremos o equivalente a duas horas e 24 minutos.

Na antiguidade, os ho-mens acreditavam que os fenômenos naturais como os tremores de terra e tem-pestades fossem manifes-tações da ira dos deuses e para aplacar tais iras fa-ziam sacrifícios.

Com o tempo as coisas foram sendo esclarecidas, o homem foi compreenden-do e estudando a natureza, no entanto, a prática de se oferecer sacrifícios e ho-locaustos permaneceu no seio de muitas religiões.

Havia o costume de se crer em muitos deuses. Dentre esses povos des-pontou o povo de Israel e este foi o primeiro a crer fir-memente na existência de um único Deus. Nós cris-tãos, por termos as raízes neste povo, recebemos de herança essa crença, mas não somente por isto. A re-velação de Deus na pessoa de Jesus Cristo nos garan-tiu essa certeza.

O dízimo é uma das

práticas herdadas do povo judeu. Na verdade o dízi-mo é uma das mais antigas formas de retribuição do homem a Deus e ao seu amor dentro de uma comu-nidade.

Hoje o dízimo se consti-tui como uma das formas de nos sentirmos responsável pelos outros que formam a Igreja-templo, mas também a Igreja-povo de Deus. Não é uma forma de pagamen-to por sacramentos e nem mesmo uma esmola dada à Igreja, ao padre ou a Deus. Antes de tudo o dízimo é a manifestação da co-res-ponsabilidade de cada um para com a comunidade cristã da qual faz parte.

Pagar o dízimo não quer dizer isentar-se de outras responsabilidades para com a comunidade. Pelo contrário, o pagamento do dízimo deve ser o início do cumprimento da responsa-bilidade de cada um para com a Igreja, principalmen-te para com a comunidade onde vive.

O dízimo destina-se a atender duas realidades dentro da Igreja: Por um lado temos a Igreja-povo, ou seja, a dimensão hu-mana que se ocupa dos pobres e necessitados da comunidade e por outro

lado existe a Igreja-templo, ou seja, o lugar onde nos reunimos como Igreja. Este prédio precisa ser mantido e tal manutenção depende da colaboração de todos. Lembrando que para man-termos nossos cultos (mis-sas) é preciso uma série de utensílios como hóstias, vinho, flores, iluminação, água, limpeza, som, ma-terial para os músicos, os livros litúrgicos e tantos outros. (Fonte: Pastoral do Dízimo. Ir. Roger Pilote)

Na Paróquia-Santuário Santa Edwiges existe um serviço dedicado à promo-ção, divulgação e organiza-

Conheça a Pastoral do Dízimoção do dízimo: a Pastoral do Dízimo. Segundo seus coordenadores Tiana e Ma-noel: “Encontramos as ba-ses do dízimo no texto bí-blico de Marcos 12, 41-44, em que Jesus faz elogio à oferta da viúva pobre. Ela ofertou apenas duas mo-edas, pois era tudo o que possuía! Daí entende-se que mais vale o compro-misso feito com amor e de coração, que a oferta feita por obrigação, por isso que a Igreja católica não impõe um valor a ser pago.

O dízimo é um desafio da fé, portanto é uma oferta espontânea, comunitária, alegre, generosa, cons-ciente e sistemática. Não é uma taxa, tributo ou alívio da consciência, muito me-nos um dinheiro que se dá ao podre.

O dízimo é um compro-misso com Deus. Assim como precisamos manter nossas casas, a Igreja tam-bém precisa pagar as con-tas de água, luz, e outras, assim, conta com o com-promisso fiel dos dizimis-tas.

Atualmente a pastoral do dízimo atua com um grupo de 13 pessoas, mas precisamos de mais volun-tários (as), pois a messe é grande e os operários são

bem poucos (cf. Mt 9,37).Queremos aproveitar a

oportunidade para agrade-cer a todos os fiéis dizimis-tas de nosso santuário, que Jesus derrame bênçãos em vossas vidas todos os dias e muito obrigado por dize-rem sim a Deus.

Estamos presentes em todas as missas domini-cais, ou na secretaria du-rante a semana.

Venha falar conosco!

Oração do Dizimista

Recebei, Senhor, minha oferta. Não é uma esmola, por-que não sois mendigo.Não é uma contribuição, porque não precisais dela.Não é o resto que me so-bra que vos ofereço.Esta importância repre-senta, SenhorMeu reconhecimento e meu amorPois se tenho é porque vós me deste. Amém.

Frei Marcelo Ocanha, [email protected]

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Junho de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 9

Notícias

Aconteceu nos dias 01 de 02 de maio a Assembléia da Juventude Josefina. Esta aconteceu nas dependências do Centro de Espiritualidade em Apucarana.

Em um clima de muita ale-gria e de muito comprome-timento, mais de 40 jovens provenientes das várias obras onde atuam os Oblatos, se reuniram para planejar, orga-nizar e acima de tudo sonhos

novos rumos para a Pastoral Juvenil na província.

Dentre os vários assuntos discutidos destacamos: Mis-são em Julho, Mostra de Dan-ça, Jornada da Juventude, Nú-cleo de Pastoral da Educação Oblata, Jornada da Juventude, Congresso no México, Plano Trienal, entre outros.

Rezemos por nossos jovens!

Assembléia da Juventude em Apucarana

Aconteceu nos dias 22 e 23 de maio a 1ª Oficina em preparação para a VI Mostra de Dança de São Paulo. Esta aconteceu nas dependências do Colégio

1ª Oficina de Dança em preparação para VI Mostra de Dança

Muita alegria, paz e pre-sença de Deus uniu a Banda Busco e o Grupo de Oração: Nossa Senhora de Fátima, no dia 22 de maio no Salão S. José Marello. Todo o encon-tro foi marcado pela presença da comunidade, que se pre-parava para a festa de Pen-tecostes no domingo, dia 23.

Iniciado com muita músi-ca, todas as pessoas ali reu-nidas alegraram-se cantando e dançando. Em seguida, o vocalista da Banda Busco Douglas Costa, conduziu a pregação a respeito da Pa-lavra de Atos dos Apóstolos 2, 1-6, enfatizando o porquê dos discípulos estarem reu-nidos naquele dia no Cená-culo, onde o Espírito Santo desceu sobre cada um de-les. E, assim como todos os discípulos junto com Maria, nós também clamamos a presença do Espírito Santo,

Banda Busco e Grupo de Oração Vigília de Pentecostes

que sem dúvida, fez sua ma-nifestação das mais diversas formas, pois como a Palavra diz: é um vento que não sa-bemos de onde vem, nem para aonde vai, só precisa-mos nos render à sua liber-dade. O encontro foi encerra-do com “chave de ouro” em um momento muito especial de Adoração ao Santíssimo

Sacramento, conduzido pelo Frei João Andrade. Essa união foi muito importante e se faz necessária sempre que possível, para levarmos a Palavra e presença de Deus às pessoas.

Rafael Carvalho - Banda Busco www.bandabusco.com

Twitter - @fielcarvalho

Foto: Michelson Ribeiro

Madre Cabrini na Vila Ma-riana. Esta oficina foi dirigida pela coreógrafa, bailarina de professora de Dança Fer-nanda Zambak que nos sá-bado apresentou noções de

jazz. No domingo a direção da oficina ficou por conta do professor Ismael que passou noções de Hip Hop. Ao todo cerca de 20 jovens participa-ram da oficina.

Frei José A. M. Neto, [email protected]

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10 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Junho de 2010

Pe. Alexandre Alves Filho, [email protected]

Liturgia

A Eucaristia na vida da comunidade

Estamos vivendo um mo-mento muito rico na Igreja do Brasil. Celebramos no mês de maio o Congresso Euca-rístico Nacional, em Brasília, momento forte e de profun-da sintonia com o centro de nossa vida cristã. No mês de junho temos a Solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo (Corpus Christi), que para o nosso povo tem um sentido todo especial. Nela fazemos tapetes, andamos com o Santíssimo Sacramento pe-las ruas... É grandiosa a nos-sa fé na Eucaristia.

Por outro lado, temos visto e sentido nos últimos anos um certo “exagero” no que se refere à celebração do Mistério Pascal de Cristo na Eucaristia. E aqui quero restringir-me à celebração da Eucaristia (claro que vamos, em alguns momentos, falar de Liturgia e quando fala-mos de Liturgia falamos dos demais sacramentos). Nota-mos muitas palmas, exage-radas salvas de palmas, mui-ta adoração, muito “graças e louvores sejam dados a cada momento, ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento”, “passeios” com Jesus Cristo na Eucaristia logo depois da comunhão dos fiéis, sacer-dotes que elevam demora-damente a hóstia e o cálice para adoração dos fiéis, logo depois das palavras sobre o pão e o cálice, grupos e pa-dres cantando “Deus está aqui” logo após a consagra-ção, entre outros gestos. Mas temos que nos pergun-tar seriamente: qual o verda-deiro sentido da Eucaristia? O que celebramos na Euca-ristia? Na Eucaristia Jesus deve ser adoro ou partilhado entre irmãos e irmãs? Não quero aqui abrir um fórum de debates, o que seria muito bom e salutar, mas colocar alguns pontos que servem para nossa reflexão. Por isso

partiremos de uma pergunta essencial: Como era celebra-da a Eucaristia nos primeiros séculos da nossa história cristã? Tudo isso procurare-mos ver nos próximos itens.

Antes de iniciarmos, que-ro deixar muito claro que não sou contra a Adoração ao Santíssimo Sacramento. Aliás, estou convencido que participa bem da Eucaristia quem sabe também fazer seus momentos diante de Jesus na Hóstia Consagra-da. Mas misturar as duas

expressões, juntar Eucaristia com Adoração ao Santíssimo já fica bastante complicado. Um professor meu repetia insistentemente para nós: “Uma coisa é uma coisa, ou-tra coisa é outra coisa”. Pois bem, uma coisa é Eucaris-tia, outra coisa é Adoração ao Santíssimo Sacramento. Uma nos leva diretamente à outra, mas não podem ser confundidas.

Aprofundemos essa questão. Eucaristia: celebração do

Mistério Pascal de Jesus Cristo

Se uma pessoa entrasse no Cenáculo, no momento em que Jesus estava com seus discípulos, naquela ceia memorial, veria alguns detalhes. Se essa mesma pessoa entrasse numa de nossas Igrejas hoje, sécu-lo 21, veria a mesma coisa que viu no Cenáculo? Penso que não! Tivemos uma boni-ta evolução da missa desde que Jesus se reuniu com os discípulos naquela noite de quinta-feira.

Naquela noite santa da

instituição da Eucaristia Je-sus pediu: “Façam isto em memória de mim!” Aqui está a grande chave de leitura que temos que ter diante de nossos olhos hoje, quando falamos da Eucaristia. Ce-lebramos a Eucaristia por ordem de Jesus, ele pediu, ele nos mandou celebrar em memória dele! Se fazemos, o que fazemos hoje é para cumprir o que Jesus man-dou. Não foi a Igreja sim-plesmente que quis, mas foi por obediência a Jesus.

Porém, com o passar dos séculos a Igreja afastou-se, aos poucos, não por culpa totalmente sua, mas das condições históricas, daqui-lo que era o essencial da Eu-caristia: uma ceia de irmãos e irmãs. O Concílio Vaticano II, em 1962, procurou voltar àsfontes, ou seja, (re)desco-brir o sentido verdadeiro da Eucaristia como ceia e parti-lha de vida.

A presente reflexão se-guirá o esquema monta-do pelo liturgia Frei José Ariovaldo da Silva, a quem agradeço demais as contri-buições. Vamos focar alguns aspectos do que acontecia nos primeiros séculos do cristianismo e o que aconte-ceu no segundo século. Por isso, a partir de agora vamos usar duas terminologias. A primeira terminologia, pri-meiro século do cristianis-mo, que vai desde as primei-ras comunidades fundados logo após o Pentecostes até o século 9 da nossa era cris-tã. A segunda terminologia será segundo século do cris-tianismo, que vai do século 10 até o século 20.

Continua na próxima edição.

Reflexões para melhor celebrar o Mistério Pascal de Jesus Cristo

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Junho de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 11

Entrevista

Nasci na grande cidade de São Paulo, meus avós pa-ternos vieram da Síria e meus avós maternos do Líbano. Sem falar direito o português, com costumes diferentes, e religião ortodoxa, mas conseguiram se fazer e criar seus filhos.

Não é família grande, mas somos muito unidos. Minha mãe, eu, meus dois irmãos e sete sobrinhos.

A infância que tive foi boa e com muitas alegrias! Meu pai era muito comunicativo levava-nos sempre a passeios e via-gens. Gostava de fazer chur-rasco com a família e com os amigos, mas infelizmente Deus o levou muito cedo. Minha mãe é uma mulher corajosa, nos educou nos princípios religio-sos, num Deus criador e todo poderoso, que vê o nosso cora-ção. Ensinou ainda que temos de andar sempre no caminho

certo, ser honesto, respeitar o próximo, ser educado e nas ati-tudes agir com lealdade.

Meu passatempo preferido é ler livros, principalmente de ação e mistérios, tenho quase todos os livros da Agatha Chris-ti, quando pequena gostava de ler gibi, fui muito ao teatro, as-sisti mais de cem peças.

Certo dia no trabalho veio a noticia que a Companhia iria fechar. E assim mais de trezen-tos e cinqüenta pessoas fomos dispensados. Vendemos nossa casa e viemos morar aqui no Sacomã. Isso aconteceu no ano de 1991.

Quando cheguei aqui esta-va com depressão sem saber o que fazer e qual rumo eu daria na minha vida. No ano seguinte conheci então a Sra. Angélica, uma leiga consagrada, Filha de Santa Ângela e também a Nicoli que era coordenadora da Companhia das Filhas de Santa Ângela no Brasil. Fize-mos amizades, a Angélica me convidou a dar reforço escolar de português (posteriormente o projeto tornou-se a Casa da Criança Santa Ângela) na fa-vela do Sacomã, assim, com as duas também participava da Companhia dos leigos con-sagrados onde fiz uma grande experiência.

Comecei a participar da Igreja Santa Edwiges e desde então fui conhecendo gente maravilhosa: a Irmã Sandra (Franciscana Angelina), ela me convidou a trabalhar com alfabetização de adultos. Co-mecei na paróquia, depois fui para o lar São Francisco e Lar São José dentro do Heliópolis. Conheci também a Ir. Marcela, junto a ela, às vezes, fazíamos evangelização nas casas. Tor-nei-me admiradora do trabalho delas!

Tive um curso de cateque-se na Paróquia e por meio da Ir. Rosana assumi uma turma de catequese. Em seguida o Frei Antonio Luis (hoje padre) me incentivou a fazer parte da pas-toral da acolhida. Nesta época,

o então pároco, Pe. Miguel, estava formando pastorais e ministérios. Eu resolvi entrar na Pastoral Missionária, com este grupo presenciei outra reali-dade que então não conhecia, mas foi muito gratificante.

Junto à Sra. Luzia Bicudo trabalhei no bazar beneficente da paróquia e quando o Pe. Dedino transferiu o bazar para a OSSE também lá estava eu. Depois atendendo a um pedido da Rita da pastoral do Batismo, acabei me empenhando em mais esta obra de evangeliza-ção. No tempo do padre Alfeu, fiz uma experiência como coor-denadora da liturgia infantil da missa das nove horas. Tam-bém fui convidada pelo padre Mauro para compor a equipe do Jornal Santa Edwiges.

Vindo morar aqui perto do Santuário Santa Edwiges aprendi muito a viver outra realidade, fiz meus primeiros cursos bíblicos e formação de catequese, curso de catequista com meu querido mestre pa-dre Mauro. Sinto que cada dia aprendo coisas novas! Acredite gente! Deus tem um propósito para cada um de nós! Ele tem o poder de transformar a nossa realidade em uma vida nova.

Nele devemos depositar toda a nossa confiança e espe-rança. Graças a Deus aprendi muito e procuro transmitir, pon-do Deus em primeiro lugar em minha vida. Pois tudo depen-de de nós! Devemos buscá-lo em nosso coração como está escrito em Jeremias 29,13: Quando me procurardes, vós me encontrareis, quando me seguirdes de todo coração.

Por isso, temos que preen-cher os nossos corações com alegria e viver nas nossas pas-torais e ministérios na depen-dência do Espírito Santo! Só assim poderemos servir, pois só o Senhor é a nossa força!

Entrevista com Rosa Cruz e Aparecida Yabrude É muito difícil fazer um elenco de todos os voluntários e voluntárias que fazem a vida da Paróquia-Santuário Santa Edwiges acontecer.

Em nossas edições convidamos sempre alguém para nos relatar sua história pessoal e sua experiência de fé para a edificação da própria comunidade e de nossos leitores. O Jornal Santa Edwiges é um importantíssimo instrumento de formação e de comunicação na comunidade.

Neste mês a nossa conversa foi com duas voluntárias, responsáveis pela veiculação do jornal.

Nasci na cidade de Gua-rarema, interior de São Paulo, sou de uma família de onze ir-mãos, educados na fé católica.

O gosto em trabalhar na Igreja vem de família! Lem-bro-me de minha avó fazendo hóstias para a Igreja de São Benedito. Como vês, sou de uma família de colaboradores, muito felizes por sinal.

Eu morava na fazenda com muito conforto e carinho. Meu pai dava muita atenção e for-mação religiosa para os filhos. Havia uma capela para rezar o terço com os empregados e a família. E sempre que podí-amos, fazíamos uma novena.

Na fazenda tinha cavalo, vacas leiteiras, porcos e ga-linhas. Eu tomava leite tirado na hora, depois ia dar uma volta a cavalo pelos campos. Meu Deus como a gente era feliz! Enquanto isso, os ir-mãos mais velhos iam fazer suas obrigações.

Em meio a esta tranqüili-dade nos veio uma triste fata-lidade: meu pai, vítima de um AVC, faleceu quando eu tinha 13 anos, minha mãe de tanta tristeza veio também a falecer um ano e meio depois, tínha-mos a fazenda e uma casa na cidade nesta época. Só três filhos eram maiores de idade. Como vê tudo ficou muito tris-

te, com muitas lembranças e saudades!

Cresci e casei-me com o Armando, tive três filhos (Sil-vete, Maria Goreti e Araman-do Jr.), viemos para São Pau-lo no ano de 1957 morar perto da capela de Santa Edwiges. Um amigo nosso que traba-lhava na Ford estava sem-pre em Guararema em nossa casa pescando com a gente. Um certo dia, ele ofereceu uma vaga na Ford para o meu marido, ele mais que depres-sa disse sim.

Conheci nesta época o Sr. Manoel Granadeiro e sua es-posa Rosa. Comecei a parti-cipar das quermesses, juntos com Sr. Mário, o Pe. Belizário e o Pe. Afonso.

Quando chegaram os padres Oblatos, eu estava na recepção do Padre João Cerutti com a Dona Rosa e o Sr. Manoel.

Atuei na Pastoral do Menor a convite de uma assisten-te social do Heliópolis. Com a chegada do Pe. Duílio, fiz um trabalho com o grupo de jovens. Naquela época meus três filhos participavam do grupo que se chamava C.A.S. (Comunidade Apostólica Sa-comã). Nessa mesma época, a minha filha Silveti começou um trabalho como catequis-ta de crianças e ficou muitos anos, depois catequizou adul-tos e hoje é Ministra da Euca-ristia. Eu tive a grande idéia de formar o clube de mães com aprovação do Pe. Duílio.

Assim foram chegando ou-tros padres, meu trabalho era feito com muito amor. Mais tarde, formamos a Pastoral da Saúde com 25 agentes nas visitas ao Hospital Heliópolis e aos doentes em casa, todas segundas-feiras.

Com o padre Dedino,ao levantar a Igreja, trabalhei na construção servindo lanche para os paroquianos que ali trabalhavam.

O padre Álvaro fundou o Lar Sagrada Família, como

precisava de alguém, ele me convidou a trabalhar e lá fi-quei por 15 anos.

No meu trabalho com as avozinhas do lar Sagrada Família, tive uma experiência muito gratificante com aquela realidade. Durante o tempo em que fiquei lá fiz um traba-lho com muito amor e carinho.

A todos os padres e semi-naristas que passaram aqui, àqueles que ainda estão em nosso meio, que Deus aben-çoe a todos!

Frei Marcelo Ocanha, [email protected]

Rosa Cruz

Aparecida Yabrude

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12 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Junho de 2010

São José Pastoral Missionária

Até pouco tempo atrás a única coisa que nosso povo aprendia na catequese sobre São José se resumia nesta frase: “São José não é o pai verdadeiro de Jesus, mas apenas o pai adotivo”. Mesmo assim, era venerado como o trabalhador exemplar, o mari-do fiel de Maria e o pai cari-nhoso de Jesus.

A iconografia do final do século 19 apresenta-o sem-pre como um ancião que pro-tege a honra da jovem Maria. Por muito tempo esse perfil de José perdurou.

Em 1870, no Concílio Va-ticano I, o Papa Pio 9º pro-clamou São José como pa-droeiro de toda a Igreja sob o argumento de que assim como foi capaz de defender a Sagrada Família contra as ameaças do mundo, também defenderia a Igreja contra os seus inimigos.

Leão 13, em sua Encíclica “Rerum Novarum” de 1891 defendeu os operários con-tra a exploração materialista. No ano seguinte confirmou a Festa da Sagrada Família, para que ela servisse de mo-delo a todas as famílias cris-tãs, rapidamente esta ima-

gem de Jesus no centro entre Maria e José foi alastrando-se no mundo católico, difundindo a devoção a São José.

Em 1955, Pio 12 fixou a festa de São José Operário para o dia 1º de Maio (dia do trabalho), para que o pai de Jesus transformasse este dia em um dia de paz e de espe-rança para todos os operá-rios. Isto ocasionou em uma boa repercussão entre os trabalhadores ao perceberem a Igreja ao seu lado nas con-quistas e derrotas.

João 23 convocou o Con-cílio Vaticano 2º, nesta oca-sião, redescobriu-se que a Igreja verdadeira é o povo caminhando inspirado para Deus e que a hierarquia da Igreja está a serviço do povo para confirmar ou corrigir sua fé. Os bispos do Cana-dá atendendo à devoção de seu povo conseguiram que o nome de José fosse incluído no Cânon da Missa, que até então era considerado como fixo e imutável.

Percebe-se aí o Espírito Santo dando liberdade res-ponsável ao seu povo diante da sociedade.

Em 1967, Paulo 6º confir-mou a fé do Concílio e lançou a encíclica “Populorum Pro-gressio” falando de modo mais claro sobre exploração e convocando a todos a defen-derem os direitos dos pobres.

Em 1979 a Igreja da Amé-rica Latina reunida em Puebla coloca-se ao lado dos pobres, bem como contra a violência institucionalizada. Esta expe-riência de fé criou um novo interesse pela atuação dos patriarcas e profetas da his-tória de Israel projetando uma luz nova sobre a figura de São José, pois este homem silencioso é um verdadeiro patriarca com espírito de pro-feta. Ele se tornou o patrono dos operários, o marido mais fiel e o melhor pai da história, porque assumiu a condição de servo e se fez solidário com seu povo.

Na história do povo de Deus

Caro irmão, querida irmã!Através deste jornal, mi-

nha comunidade paroquial chega até você para rezar, deixar esta comunicação e a presença da Comunidade de Santa Edwiges, que se colo-ca ao seu dispor e te convida para que você também faça parte dela.

Se já faz parte, obrigado! Se ainda não, seja bem vindo!

Com estima Pe Paulo Siebeneichler –OSJ Pároco / Reitor do Santuário.

BÊNÇÃOSTextos bíblicos para se-

rem usados nas casasLc 10, 5–9: A Paz esteja

nesta casa.Sl 127(128): Feliz és tu se

temes ao Senhor e trilhas os seus caminhos.

Sl 126(127): Se o Senhor não constrói a casa é em vão o trabalho dos construtores.

Sl 111(112): Feliz o ho-mem que respeita o Senhor.

Lc 19,1-9: Hoje a Salvação entrou nesta casa: Jesus visita Zaqueu.

Bênção da água:Bendito sois, Senhor,

Deus todo-poderoso, que vos dignastes abençoar-nos em Cristo, água viva de nos-sa salvação, e reformar-nos interiormente, concedei-nos, junto com a aspersão e o uso desta água, renovar a juven-tude de nossa alma e sempre poder caminhar na vida pela graça do Espírito Santo. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Oração na Visita:Ó Deus, Pai e Mãe de to-

dos nós, aqui estamos na casa de ..... Que a nossa visita seja um sinal da Vossa presença. Ajudai-nos a ter um coração aberto, para sentir e ouvir vos-sa santa vontade. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Bênção de Casa:Pai Santo, abençoai os

que moram nesta casa e os que aqui chegarem. Acom-panhai-os quando saem de

casa; que eles voltem guia-dos pela vossa mão. Que esta casa seja acolhedora, aberta e aconchegante. Que vossa bênção traga paz, vida, saúde e perdão aos seus moradores. Que reine e cresça o amor entre nós, e que um dia cheguemos todos à morada eterna. Por Cristo Nosso Senhor. Amem.

Bênção da Família:Abençoai, Senhor, nossa

família; protegei-a, guardai-a, acompanhai nossos pas-sos com vosso olhar de Pai. Conduzi-nos pelos caminhos do amor e da fé. Pedimos também que nosso coração esteja aberto para acolher a Palavra de Deus como luz e força em nosso dia a dia. Abri as portas de nossa casa para a felicidade, a harmonia e a paz. Despertai em nossos corações o perdão sincero, o desejo de um verdadei-ro diálogo e a sensibilidade para com as necessidades de nossos irmãos. Assim, seremos testemunhas do vosso amor. Que nunca nos falte o trabalho, o alimento e o teto que nos abriga. Derra-mai vossas bênçãos sobre os doentes, desemprega-dos, abandonados e todos aqueles que necessitam de vossa força para não perde-rem a coragem diante dos sofrimentos da vida. Sobre-tudo vos pedimos, Senhor, pela união das famílias, dos esposos e filhos. Que entre todos haja respeito, compre-ensão e ajuda mútua. Nossa Senhora, Mãe de Jesus, pro-tegei o nosso lar!

Bênção para doentes:Senhor nosso Deus, que

enviastes vosso Filho ao mundo para carregar as nos-sas enfermidades e levar so-bre si as nossas dores, nos vos suplicamos por estes vossos filhos enfermos, para que, com a paciência fortale-cida e a esperança renovada, superem a doença por vossa bênção e voltem a gozar saú-de por vossa ajuda. Por Cris-

to nosso Senhor. Amém.

Bênção do Trabalhador(a):Ó Deus, de quem desce

a plenitude da bênção e para quem sobe à oração dos que vos bendizem, protegei com bondade os vossos filhos, concedei-lhes que, traba-lhando com diligência, cola-borem no aperfeiçoamento da criação, assegurem o seu sustento e o de seus fa-miliares, e se esforcem por promover o progresso da so-ciedade e a glória do vosso nome. Por Cristo, nosso Se-nhor. Amém.

Oração de S. José Marello a São José

Eis-nos todos para ti e tu sejas todo para nos. In-dica-nos, José, o caminho, sustenta-nos a cada passo, conduze-nos para onde a Divina Providência quer que cheguemos. Seja comprido ou curto, bom ou mal, enxer-gue-se ou não a meta com a vista humana, devagar ou depressa, contigo José, es-tamos certos de que sempre caminhamos bem. Amém.

Visitas Missionárias

EXPEDIENTE PAROQUIAL

Eucaristia (Missa)Domingo: 7h 9h 11h e 18h30Segunda até sexta-feira:15h e 19hSábados: 16h

Secretaria da ParóquiaSegunda até sexta-feira:8h até 19hSábados: 8h às 12h; 14h às18h

Bazar de objetos religiososTodos os dias, de 8h até 19h30

Dia 16 de cada mêsEucaristia (Missa)7h 9h 11h 13h 15h 18h 19h30Confissões: Todo o dia

Frei Marcelo Ocanha, [email protected]

Page 13: Santuario Santa Edwiges - Edição de Junho

Junho de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 13

Cultura e LazerSanto do Mês

11ª edição da Festa Junina destaca o simbolismo e a tra-dição de bonecas e bonecos feitos de forma artesanal e que reproduzem formas e vi-das humanas. Ao trazer esses objetos carregados de memó-rias e histórias que adquirem diferentes valores de acor-do com o lugar e o tempo, a festa trata da diversidade cultural da gente brasileira e

homenageia esses fazedores de sonhos vindos de diversos lugares do Brasil, como Minas Gerais, Paraíba e Pernambu-co. De 12 a 27/06. Sábados e Do-mingos - Das 17h às 22hR. Bom Pastor, 822-Ipiranga.Entrada: R$ 4,00Grátis para menores de 10 anos acompanhados de um responsável maior.

Festa Junina no Sesc Ipiranga

Ele é o único santo, além de Nossa Senhora, em que se festeja o nascimento, por-que a Igreja vê nele a prea-nunciação do Natal de Cristo.

Os evangelistas apresen-tam com todo rigor a figura de João como precursor do Messias. Seu nascimento e missão foram anunciados pelo Anjo Gabriel ao pai Za-carias (Lucas 1,5-25). Na circuncisão ele recebeu, por inspiração divina, o nome de João. Ele era seis meses mais velho do que Jesus, mais iniciou sua pregação pública à beira do rio Jordão, alguns anos antes de Cristo dar início à própria missão.

O evangelista São Lucas assim resume a infância de João: O menino foi crescen-do e fortificava-se em espíri-to, e viveu nos desertos até o dia em que apresentou dian-te de Israel(Lucas 1,80).

Há autores que dizem que João Batista se teria unido à seita dos essênios, tipos de monges rigoristas que viviam

no deserto à beira do Jordão ou do Mar Morto, em forma comunitária, entregues à ora-ção e à penitência.

O Evangelho apresenta João Batista por ocasião do batismo de Jesus.

Com palavras incisivas e vibrantes, pregava a ne-cessidade da conversão e do batismo de penitência. Suas palavras eram duras e veementes. Insistia com rigor na necessidade do fiel cumprimento dos deveres de estado. Argumentava com a proximidade da vinda do Messias prometido e tão es-perado.

A originalidade deste pro-feta era o convite a receber a limpeza com água no rio Jordão, prática chamado ba-tismo, e daí o apelido de Ba-tista.

Sua pregação atraía mui-tas pessoas impressionadas pelas suas palavras e pelo seu exemplo de vida austera. O próprio Evangelho diz que ele vestia rude pele de came-

São João Batista Festas juninas ou santos populares são celebrações bra-sileira e portuguesa, de origem européia. Historicamente, está relacionada com a festa pagã do solstício de verão, que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano) e cristianizada na Idade Média como “festa de São João”.

Ela festeja no Brasil im-portantes santos católicos: Santo Antônio (13 de junho) São João (24 de junho) São Pedro (29 de junho) São Paulo (29 de junho) Em Portugal, estas festas são conhecidas pelo nome de san-tos populares e correspondem a diferentes feriados municipais: Santo António, em Lisboa, São Pedro no Seixal, São João, no Porto, em Braga e em Almada.

Recebeu o nome de junina no Brasil (chamada inicialmente de joanina, de São João), por-que veio de países europeus cristianizados. A festa foi trazida para o Brasil pelos portugueses e logo foi incorporada aos costu-mes das populações indígenas e afro-brasileiras.

Portugal antigo nos passou três festas fundamentais: Natal, Páscoa e São João; a primeira e a última fixas; a segunda, móvel.

A divisão das festas popula-res no Brasil é a seguinte:a) Festa de inverno (mais rurais): festas juninas, festas do Divino. b) Festas de verão (mais urba-

nas): festas natalinas (Natal e Reis), Carnaval.

Festas de São João são ainda celebradas em alguns países europeus católicos, pro-testantes e ortodoxos (França, Portugal, Irlanda, os países nór-dicos e do Leste europeu). As fogueiras de São João e a cele-bração de casamentos reais ou encenados (como o casamento fictício no baile da quadrilha nordestina) são costumes ain-da hoje praticados em festas de São João européias.

Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chine-ses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influen-ciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipula-ção da pólvora para a fabrica-ção de fogos. Da península Ibé-rica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.

Todos estes elementos cul-turais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos as-pectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diver-sas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.

Festa Junina

lo e alimentava-se com gafa-nhotos e mel silvestre.

João, em sua pregação, descreve, com figuras apo-calípticas, o juízo iminente de Deus e exorta a todos à penitência dos pecados como única forma de esca-par da ira de Deus. Ao ver muito fariseus e saduceus, que vinham para serem bati-zados, disse-lhes: “ Raça de víboras, quem vos ensinou a escapar da ira iminente? Fazei, portanto, frutos dignos de conversão e não julgueis que vos basta dizer: Temos por pai Abraão’, pois eu vos asseguro que Deus tem o po-der de suscitar destas pedras verdadeiros filhos de Abraão. O machado está posto à raiz das árvores e toda árvo-re que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo”(Mateus 3,7).

João Batista teve a sor-te de batizar o próprio Cris-to, embora protestasse ser indigno de desatar-lhe as sandálias. Ele apresentou oficialmente Cristo ao povo como Messias, com estas palavras: “Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo... Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo” (Mt 3,11).

João morreu mártir pela fidelidade à sua missão de profeta, em denunciar publi-camente o adultério de Hero-des, que vivia em forma es-candalosa com sua cunhada Herodíades. João foi preso, encarcerado na fortaleza de Maqueronte e, mais tarde, degolado a pedido da espo-sa adulterina de Herodes. Seus discípulos recolherem o corpo e lhe deram honrada sepultura.

O maior elogio dado a São João foi o de Jesus que o definiu: “Ele é mais do que um profeta. Jamais surgiu entre os nascidos de mulher alguém maior que João Ba-tista. Contudo, o menor no Reino de Deus é maior do que ele” (Mateus 11,11).

(Fonte:CONTI, Servilio Dom, O santo do dia,)

Da Edição

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14 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Junho de 2010

Psicologia e Saúde

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

Mensagem especial

Como é possível pensar que o ser humano está “con-denado à liberdade”.Esse condenado soa de modo es-tranho...

Será a liberdade, castigo? Ou é meu inferno interior, como diria Sartre.

Como posso vivenciar a liberdade aprisionada em uma gaiola?

O que é que fiz de mim, de minha vida?

Como imaginar que es-pontaneamente nela entrei e fiquei, sem perceber sequer, que poderia sair à hora que quisesse...

Ela não tinha fundo.Liberdade...Será que a quero ou

não?Por que será que ela me dá tanto medo?

Será por que eu me dei-xei conduzir, dizendo sim demais, quando na realidade deveria ter dito mais não?

Cômodo, não é?Será que deixei que mi-

nha vida fosse direcionada para qualquer lado, sem que me desse conta?

Quantas vezes pensei, “Será que é melhor que eu seja surda ou o outro mudo.” Essa frase, que parece não ter nada a ver com liberda-de, tem e muito. Se eu só a mim ouvisse, não precisando ter que ouvir o outro, se eu pudesse falar sem que o ou-tro fizesse o mesmo, então eu tomaria o leme de minha vida e viveria a minha tão so-nhada liberdade. A angústia da procura amarra minhas mãos, meu corpo, tolhe mi-nha mente...

Mas será que eu a quero realmente?

Como escapar da vida que hoje vivo querendo ir e querendo ficar?

O peso é grande, esma-ga, asfixia.

Estranho...Eu permiti que me pegas-

sem pelas mãos e me con-duzissem, sequer pensando se estava certo ou não.Fui indo...

Caminhei sem saber se

estava ou não gostando, aceitando sempre, imaginan-do que tudo era natural, que era assim que deveria ser.

Hoje, o caminho que en-contrei para viver minha liberdade “é mentindo ou omitindo”.Que pensem que estou aqui, quando na reali-dade é lá que estou. Fideli-dade a meus princípios, à mi-nha maneira de ser e pensar, eu tenho.

Busco caminhos, decido, mas omito. É um direito que me dei. É um direito que me permito ter. Muitas vezes en-tro em conflito, imaginando se omito ou minto a mim ou ao outro.

Difícil...Machuca...Fere...E o que fazer com pro-

jetos conjuntos e diferentes interpretações...Preciso ser livre para gritar aos quatro ventos que somos dois, dis-tintamente e nunca seremos um só, por mais que o quei-ramos.Eu sou eu, o outro é o outro.Se eu aceitar suas verdades como minhas, onde é que fica minha liber-dade de escolha, se é que a tenho.

Jamais poderei também ser o que o outro quer que eu seja, embora com minhas atitudes eu tenha demons-trado que fosse normal que o outro assim pensasse.

Que bom que podemos ocultar de todos, os nossos anseios e desejos talvez in-confessáveis...

Será que a liberdade tão proclamada e procurada é só a do pensamento?Asas para voar sem rumo, ir para onde/como /quando quiser.

Será que estou conscien-te de minha inconsciência? Será que sou livre para ima-ginar que vivo a verdade que quero viver ou sobre-vivo na mentira que me faz assim pensar. Continua na próxima edição

As sementes se transformarão em frutos

“O semeador saiu para se-mear a sua semente. Enquan-to semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os passarinhos foram e co-meram tudo. Outra parte caiu sobre pedras, brotou e secou, porque havia umidade. Outra caiu no meio dos espinhos; os espinhos brotaram junto, e a sufocaram. Outra parte caiu em terra boa; brotou e deu fru-to”; (Lc 8, 4-8).

Esta parábola nos mos-tra diferentes resultados na semeadura da palavra; a pri-meira semente nem chega a nascer; a segunda nasce, mas depois não resiste e mor-re; porém, a terceira semente nasce e não morre, mas fica infrutífera e não serve para nada; e a última é a que nas-ce, pois é bem cuidada, o seu terreno é bem preparado e cultivado, essa sim, cresce e produz muito.

Jesus propõe e possibilita-nos plantarmos, pois o que plantamos hoje será fruto amanhã. Jesus nos convida a fazer parte de seu projeto, colocando nossos dons a ser-viço e crescimento do Reino.

Cabe a nós com a con-fiança nestes dons recebidos de Jesus, fazermos escolhas certas, assim como fizeram os discípulos, aceitando seguir Jesus para serem propagado-res da Boa Nova, fazendo com que as sementes frutifiquem.

No decorrer do meu pere-grinar por este mundo afora, encontrei muitas pessoas que semearam limão querendo

colher laranja, acredito não terem tido muitos resultados, pois diante da realidade em que vivemos de desafios e contrastes, se plantarmos amor, colheremos amor.

Cultivar a semente é acei-tar a proposta de Jesus e se-guir os passos no caminho do amor, da entrega, do dom da vida.

Os evangelistas nos nar-ram que Jesus ao passar, viu um homem chamado Mateus, cobrador de impostos, o con-vidou a fazer parte de seu gru-po dizendo-lhe: “segue-me” (Cf. Mt 9,9; Mc 2,13-14; Lc 5, 27-28), a partir de então, ele se tornou um seguidor de Je-sus, levando a outros a segui-rem pelo mesmo caminho por meio de seus exemplos. Em outra passagem, Jesus se apresentou como o Bom Pastor (Jo 10,11) cuja missão é trazer a vida plena às ove-lhas, por sua vez, elas são convidadas a escutar o pas-tor. Semelhantemente somos motivados a escolher a sua proposta e segui-lo. É dessa forma que encontraremos a vida em plenitude.

Se virmos em Jesus o pas-tor que nos conduz às fontes de água viva, chegaremos indiscutivelmente à vida defi-nitiva, à comunhão com Deus, à felicidade plena. Dando mui-tos frutos com a nossa vida, com atitudes positivas à ofer-ta da salvação que Deus nos possibilita com um novo dina-mismo; que fortalece a nossa coragem e permite-nos conti-

nuar a lutar, desde já pela con-cretização de muitos frutos.

Podemos começar com coisas pequenas. Basta lem-brar que Jesus também falou da semente de mostarda: “Je-sus contou lhes ainda outra parábola:” O Reino do Céu é como uma semente de mos-tarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plan-tas. E se torna uma árvore, de modo que os pássaros do céu vêm e fazem ninhos em seus ramos”. (MT 13,31- 32)

A semente de mostarda é pequena, minúscula, mas se prepararmos bem o terreno, ela crescerá e será uma das maiores árvores; assim é o cristão quando adere o projeto do Reino, ele vive numa dinâ-mica contínua de conversão e sente que a sua caminhada se dirige à vida, pois a cada dia que passamos neste mundo, fazemos a experiência da ale-gria e da esperança, mas tam-bém da dor, da incompreen-são, do medo, do sofrimento, do desespero.

Precisamos estar com as raízes bem firmes no chão para não cairmos diante o fra-casso, vendo-o como ponto de crescimento e amadureci-mento da fé. Assim diz o Pe. Fábio de Melo:

“O futuro da vida está preso nesta plataforma em que hoje nossos pés se firmam. É dela que partimos. Os sabores de amanhã estão sendo prepara-dos na terra de nossas esco-lhas. Ações humanas seguem as mesmas regras das causas e dos efeitos. O que escolhe-mos hoje é matéria-prima que será transmudada em vida futura. Se escolhermos amar, restarão boas saudades. Se escolhermos a indiferença, restarão remorsos”.

Liberdade?“E deu fruto, cem por um”(Lc 8,8).

Frei. João Andrade [email protected]

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Junho de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 15

Formação

“Vinde a mim, todos vós, que estais cansados e oprimidos, que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e en-contrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. (Mt. 11, 28-30)

Partindo deste texto vamos olhar para esta tão nobre e serena devoção que temos dentro de nosso depósito religioso, a devo-ção ao Sagrado Coração de Jesus.

O início desta devoção se dá em Paray-le-Monial, desde 1673, no mosteiro onde Santa Margarida Ma-ria Alacoque, tem as suas visões, onde a Santa tem visões nunca mais descri-tas por outros a não ser as aparições do evangelho, e estas aprovadas pelo ma-gistério da Igreja.

Santa Margarida Maria Alacoque nasceu na aldeia de Lautecour, na Borgo-nha, no dia 22 de Julho de 1647, no seio duma família religiosa, honesta, de boa posição, reputação e de seriedade. Seu pai, Clau-de Alacoque, era notário real. Sua mãe , Philiberte Lamyn era filha também dum notário do rei, Fran-çois Lamyn.

Santa Margarida teve aparições de Nosso Se-nhor entre os anos de 1673 a 1675, onde dentre estas, ficou mais clara e clássica a oitava aparição no dia de Corpus Christi, onde Nos-so Senhor apresenta o seu Sagrado Coração e lhe re-vela em 1675 o seguinte: “Eis o Coração que tan-to amou os homens, que nada poupou, até se esgo-tar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte

deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. En-tretanto, o que me é mais sensível é que há corações consagrados que agem as-sim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sa-cramento seja dedicada a uma festa particular para honrar Meu Coração, co-mungando neste dia, e o reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares”.

Dentre estas diversas aparições ficaram para a tradição destes colóquios espirituais as doze pro-messas do Sagrado Cora-ção, sendo:

1 - A minha bênção per-manecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.

2 - Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.

3 - Estabelecerei e con-servarei a paz em suas fa-mílias.

4 - Eu os consolarei em todas as suas aflições.

5 - Serei seu refúgio se-guro na vida, e principal-mente na hora da morte.

6 - Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreen-dimentos

7 - Os pecadores en-contrarão em meu Cora-ção fonte inesgotável de misericórdias.

8 - As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.

9 - As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.

10 - Darei aos sacerdo-tes que praticarem espe-cialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.

11 - As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes ins-critos para sempre no meu Coração.

12 - A todos os que co-mungarem nas primeiras sextas-feiras de nove me-ses consecutivos, darei a graça da perseverança fi-nal e da salvação eterna.

A devoção do Sagrado Coração começa no sécu-lo 18, onde as pessoas por conta da piedade se fazem marcar com os sinais do coração e para esta finali-dade empregam os sinais dessa devoção.

Santa Margarida incita a sua superiora no mostei-ro de Dijon, a fazerem mui-tas estampas, com a inten-ção de homenagear nosso Senhor. Onde as pessoas pudessem levar consigo e deixar marcados em suas casas com esta demons-tração. Em 1720, por uma terrível peste que se asso-lava em Marselha, a Bem-aventurada Anne Madelei-ne Rémuzat, continuadora da devoção motivou o uso da estampa como um sinal de proteção.

A devoção foi se expan-dindo e em 1908 o Papa São Pio 10 aprova o ato de consagração das Famílias ao Sagrado Coração de Jesus.

Entre os documentos mestres nesta matéria en-contramos a encíclica de Pio 12, Haurietis aquas, de 15 de maio de 1956. Pio 12 salienta que é o próprio

Devoção ao Sagrado Coração de Jesus

Jesus que toma a iniciativa de nos apresentar o Seu Coração como fonte de restauração e de paz com o texto acima citado “Vinde a mim, todos...” texto de Mt 11,28-30.

Há no mundo hoje grandes movimentos que seguem a espiritualidade proveniente do Sagrado Coração de Jesus. Há ins-titutos, que sempre ocorre-ram ao longo da história, dada a origem e fundamen-tação, além deste exemplo e encontro de Margarida Maria de Alacoque.

Possamos nós também nos aproximar e ser se-guidores deste Jesus, não como em algumas icono-grafias um tanto doce, sem todas as dores e angus-tias, mais entremos para o verdadeiro coração, capaz de amar e dar a sua vida em favor de todos.

Que todas as virtudes deste coração manifesta-do nas ladainhas, possam nos alertar ao Evangelho, que nos chama a “amar como Jesus amou, pensar como Jesus pensou, so-nhar como Jesus sonhou, viver como Jesus viveu”.

Sagrado Coração de Jesus – tende piedade de todos nós.

Pe. Paulo Siebeneichler - [email protected]

Page 16: Santuario Santa Edwiges - Edição de Junho

16 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Junho de 2010

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