Santuários Mundo fernando de ogum

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1 SANTUÁRIOS E LUGARES SAGRADOS ÍNDICE: Abadia Alcobaça Basílicas Caaba Catedral de Colônia Catedral de Notre Dame Catedral de Saint Maurice Catedral de Ulm Edição: Fernando de Ogum Catedrais Cidades Sagradas Email: [email protected]

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SANTUÁRIOS E LUGARES

SAGRADOS

ÍNDICE:

Abadia

Alcobaça

Basílicas

Caaba

Catedral de Colônia

Catedral de Notre Dame

Catedral de Saint Maurice

Catedral de Ulm Edição: Fernando de Ogum

Catedrais

Cidades Sagradas Email: [email protected]

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Convento

Grutas e Cavernas Sagradas

Ilha da Páscoa

Jokhang

Kailas

Khajuraho

Lhasa

Matchu Pitchu

Mesquita

Montes

Mosteiros

Muro das lamentações

Nazca

Olimpo

Pagodes Budistas

Pirâmides

Potala

Rio Ganges

Sinagoga

Stonehenge

Stupa

Taj Mahal

Taktsang

Templos

Varanasi

Vijayanagar

VALE DOS ORIXAS

NOSSO SENHOR DO BOMFIM

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Templo (do latim templum, "local sagrado") é uma estrutura arquitetônica dedicada ao

serviço religioso. O termo também pode ser usado em sentido figurado. Neste sentido, é o

reflexo do mundo divino, a habitação de Deus sobre a terra, o lugar da Presença Real. É

o resumo do macrocosmo e também a imagem do microcosmo: 'o corpo é o templo do Espírito

Santo' (I, coríntios, 6, 19).

Todos os templos autênticos envolvem um simbolismo cósmico. Podemos citar, como

exemplo, o templo edificado por Salomão a Jeová. Ele representava o cosmo e cada

objeto ali existente obedecia a uma ordem. O candelabro de 7 braços simbolizando os 7

planetas; a Mesa, a ação de graças por tudo que se realizou na ordem terrestre; sobre

a mesa, 12 pães simbolizando os meses do ano: os pães da proposição ou das faces

divinas. A pedra fundamental do templo sendo o centro do mundo, ponto onde se

comunicam o terrestre e o celeste. Dessa mesma forma, como centro do mundo,

encontramos na Índia, em Angkor, em Java, representações do monte Meru, que é, a um só

tempo, o eixo e o centro do mundo.

Algumas tradições religiosas dedicam nomes específicos para seus templos:

Igreja, Congregação, Casa de oração ou Catedral no caso do Cristianismo e também de

religiões como Setianismo e Satanismo.

Mesquita no caso do Islão.

Pagode no caso do Budismo.

Pathi no caso do Ayyavazhi.

Salão do Reino no caso das Testemunhas de Jeová.

Sinagoga no caso do Judaísmo.

Templos Mórmons, no caso do Mormonismo.

Terreiro no caso do Candomblé, Batuque, Xambá e da Umbanda.

Casa de Adoração Bahá'í no caso da Fé Bahá'í.

Lojas, templos, pronaos escolas iniciáticas (Maçonaria, Rosacruz)

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Lugares de prática religiosa:

são espaços, lugares, localidades, acidentes geográficos, construções, monumentos e outros locais

privilegiados para a experiência do sagrado, do transcendente.

Muitos destes lugares são destinados ao culto religioso propriamente dito (mesquita, sinagoga, igreja,

templo, terreiro, santuário); outros são para a vivência espiritual (mosteiro ou convento); alguns são para

a formação religiosa (noviciado, seminário). Há lugares em que a experiência místico-religiosa se dá em

um acidente geográfico (rio, monte, lago, gruta). Há também destinos de peregrinação e festividades.

Incluem-se ainda nestes lugares de prática religiosa os lugares de culto ou reverência aos mortos

(cemitérios, necrópoles, túmulos, catacumbas).

As diversas relgiões privilegiam uma forma ou outras de lugares sagrados e espaços místicos. A

arquitetura religiosa é variada, rica e com características que variam conforme os tempos, os lugares e as

crenças.

Candomblé

· Balé

· Barracão

· Casa

· Cazuá

· Egbe

· Ilê

· Inso

· Kwe

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· Roça

· Terreiro

Cristianismo

· Basílica

· Capela

· Catedral

· Cripta

· Igreja

· Muro das Lamentações

Fé Bahá'í

· Casa de Adoração Bahá'í

Islamismo

· Arrábita

· Caaba

· Mesquita

· Minarete ou almádena

· Mirabe

Judaísmo

· Templo de Jerusalém

· Muro das lamentações

· Sinagoga, esnoga

Religiões orientais

· Bralha

· Miau - pagode chinês

· Pagode

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Termos comuns a diversas confissões religiosas

Ádito

Altar

Cemitério

Convento

Igreja

Mosteiro

Santuário

Templo

Túmulo

Cidades

· Belém de Judá

· Carbala

· Cazimain

· Cufa

· Jerusalém

· Mashhad

· Meca

· Medina

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· Najaf

· Samarra

Arquitetura residencial

· Casa professa

· Paço (arquitectura)

· Paço arquiepiscopal

· Paço episcopal

· Residência paroquial

Arquitetura educativa

· Juniorado

· Noviciado

· Postulantado

· Seminário

· Seminário maior

· Seminário menor

Arquitetura funerária

· Capela mortuária

· Cemitério

· Cemitério-jardim

· Columbário

· Crematório

· Dólmen

· Jazigo

· Mausoléu

· Morgue

· Necrópole

· Panteão

· Sepultura

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· Tholos

Acidentes geográficos

· Calvário

· Gólgota

· Monte Sinai

· Rio Ganges

· Rio Jordão

Abaixo uma pequena mostra dos templos, santuários religiosos ...

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SANTUÁRIOS ISLÂMICOS

CAABA

A Caaba ou Kaaba (também conhecido como Ka'bah ou Kabah) é uma construção que é

reverenciada pelos muçulmanos, na mesquita sagrada de Al Masjid Al-Haramem Meca, e

é considerado pelos devotos do islã como o lugar mais sagrado do mundo, localizada

nas coordenadas 21°25'21,15"N e 39°49'34,1"E.

A Caaba é uma construção cúbica de 15,24 metros de altura, e é cercada por muros de

10,67 metros e 12,19 metros de altura. Ela está permanentemente coberta por uma

manta escura com bordados dourados que é regularmente substituída. Em seu interior,

encontra-se a Hajar el Aswad ("Pedra Negra"), uma pedra escura, de cerca de

50 centímetros de diâmetro, que é uma das relíquiasmais sagradas do islã. Ela é,

provavelmente, o resto de um meteorito.[1]

A Caaba é o centro das peregrinações (hajj) e é para onde o devoto muçulmano volta-se

para as suas preces diárias (salat). É o lugar mais sagrado do Islã.

Quando o profeta Maomé repudiou todos os deuses pagãos e proclamou um deus

único, Alá, poupou a Caaba e tornou-a de um centro de peregrinação pagã em um centro

da nova fé. No período pagão, a Caaba provavelmente simbolizava o sistema solar,

abrigando 360 ídolos, sendo assim uma representação zodiacal. O edifício foi

restaurado diversas vezes; a construção atual é datada do século VII, substituindo a

mais antiga que foi destruída no cerco de Meca em 683.

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Construção:

Segundo relatos islâmicos, quando Abraão propagou pelo Iraque a crença monoteísta,

foi perseguido. Então foi necessário um local simples para ser o ponto de adoração

monoteísta. Abraão escolheu Meca por ser geograficamente o centro do mundo.

Muçulmanos relatam que a construção da Caaba está descrita no Alcorão e na Bíblia,

como segue[2]:

"7 E apareceu o SENHOR a Abrão e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um

altar ao SENHOR, que lhe aparecera.

8 E moveu-se dali para a montanha à banda do oriente de Betel e armou a sua tenda,

tendo Betel ao ocidente e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao SENHOR e invocou o

nome do SENHOR." Gênesis 12, 7,8.

Bem como descrito no Alcorão:

"E quando Abraão e Ismail elevam as fundações da casa, dizendo, Nosso Senhor! aceita

de nós (este trabalho). Certamente Tu escutas, és conhecedor." Capítulo 2, vers. 127

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MESQUITA

Uma mesquita (em árabe:سجد é um local de culto para os seguidores do islã. Os (م

muçulmanos frequentemente referem-se à mesquita utilizando o seu nome em árabe,

masjid (plural: masajid). A palavra masjid significa templo ou local de culto e deriva

da raiz árabe sajada (raiz s-j-d, "prostrar-se", em alusão às prostrações realizadas

durante as orações islâmicas).

A palavra mesquita é usada para se referir a todos os tipos de edifícios dedicados ao

culto muçulmano, embora em árabe seja feita uma distinção entre a mesquitas de

dimensões menores e as mesquita de maior dimensão, que possuem estruturas sociais.

Estas últimas são denominadas como "masjid jami".

O objectivo principal da mesquita é servir como local onde os muçulmanos possam se

encontrar para rezar. No entanto, as mesquitas são também conhecidas pela seu papel

comunitário e por serem as formas mais expressivas da arquitectura islâmica. Elas

evoluíram significativamente desde os espaços ao ar livre que eram a Mesquita Quba e o

Masjid al-Nabawi do século VII d.C.. Hoje em dia, a maioria das mesquitas possuem cúpulas,

minaretes e salas de oração que podem assumir formas elaboradas. Surgidas na

Península Arábica, as mesquitas podem ser encontradas em todos os continentes em que

existem comunidades muçulmanas. Não são apenas locais para o culto e a oração, mas

também locais onde se pode aprender sobre o islão e conviver com outros crentes.

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Etimologia

Na tradição islâmica, existem dois termos para indicar a mesquita: masjid, que em

espanhol foi traduzido como mezquita e entrou em todas as línguas europeias, e giâmi’,

que é a denominação mais difundida no mundo islâmico. O primeiro nome deriva da raiz sjd

cujo significado é prostrar-se e o segundo da raiz gm que significa reunir-se.

História

No Ocidente é frequente pensar-se nas mesquitas como um templo semelhante às igrejas

cristãs, um edifício dedicado apenas ao culto de Deus. Na realidade a mesquita é a

construção mais complexa do mundo islâmico.

Grandes pátios e torres altas (minaretes) são elementos frequentemente associados

com as mesquitas. No entanto, as primeiras mesquitas, que surgiram na Península

Arábica eram estruturas muito simples. As mesquitas evoluíram bastante nos séculos

que se seguiram, adquirindo as estruturas que lhes são hoje familiares ao mesmo tempo

que se adaptaram às várias culturas do mundo.

As primeiras mesquitas

Segundo as crenças islâmicas, a primeira mesquita do mundo é a área em torno da Kaaba

em Meca, actualmente na Arábia Saudita. Esta área é hoje conhecida como Masjid al-

Haram ou Mesquita Sagrada. Desde 638 o Masjid al-Haram tem sido expandido várias

vezes para poder acomodar o número crescente de muçulmanos que vivem na área ou que

realizam a peregrinação anual a Meca (Hajj). Para outros, a primeira mesquita foi a

Mesquita de Quba em Medina, dado que esta foi a primeira mesquita construída pelo

profeta Muhammad. A primeira coisa que Muhammad fez quando se aproximou de Medina

foi construir a Mesquita Quba, na qual os muçulmanos acreditam que permaneceu

durante três dias antes de entrar na cidade.

Alguns dias depois de ter começado o trabalho na mesquita Quba, Muhammad

estabeleceu outra mesquita em Medina, conhecida hoje em dia como Masjid al-Nabawi, ou

a Mesquita do Profeta. A localização da mesquita foi declarada após a realização no

local da primeira oração de Muhammad à sexta-feira. Nesta mesquita seriam

desenvolvidas algumas das práticas habituais nas mesquitas atuais, como o adhan, ou

seja, a chamada à oração. O Masjid al-Nabawi foi construído com um grande pátio,

elemento presente nas mesquitas construídas desde então. Num dos lados do pátio

colocava-se Muhammad para pregar. Mais tarde, o profeta do islão adoptou um púlpito

com três degraus de modo a servir como plataforma de onde pudesse realizar os seus

sermões. Este púlpito é hoje conhecido como mimbar e é comum nas mesquitas actuais.

Hoje em dia, o Masjid al-Haram em Meca, o Masjid al-Nabawi em Medina e a Mesquita de Al

Aqsa em Jerusalém são considerados como três locais sagrados do islão.

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Difusão e evolução

As mesquitas começaram a ser construídas em outras partes do mundo à medida que o

islão se difundiu fora da Arábia. Em 640 o Egipto foi ocupado por muçulmanos árabes e

desde então muitas mesquitas têm surgido pelo país. A prova da enorme quantidade de

mesquitas pode ser encontrada no facto da capital egípcia, o Cairo, receber o apelido

de "cidade com mil minaretes". Algumas mesquitas egípcias estão dotadas de escolas

(madrassas) e outras de hospitais.

A primeira mesquita chinesa foi construída no século VIII em Xi´an. A Grande Mesquita de

Xi´an, cujo edifício actual data do século XVIII, não possui muitos dos elementos

habitualmente associados às mesquitas tradicionais, apresentando em vez disso

elementos da arquitectura chinesa. As mesquitas que se situam na região ocidental da

China possuem elementos mais comuns aos que se encontram em outras partes do mundo.

Na Índia, as mesquitas difundiram-se durante o período do Império Mogol (séculos XVI e

XVII). Os Mogóis desenvolveram uma arquitectura própria plasmada em cúpulas

bolbosas, como se pode observar na Jama Masjid de Deli.

As mesquitas surgiram na Turquia no século XI quando os Turcos fixados na região se

converteram ao islão. Algumas das mesquitas do Império Otomano eram igrejas ou

catedrais do Império Bizantino (Hagia Sophia). Os Otomanos desenvolveram a sua própria

arquitectura para a mesquita, com grandes cúpulas centrais, vários minaretes e

fachadas abertas. O estilo otomano geralmente incluía colunas trabalhadas e tectos

altos no interior, formas que cruzava com elementos tradicionais como o mihrab.

O crescimento recente das mesquitas na Europa está associado ao movimento migratório

de populações muçulmanas para o continente. Algumas cidades europeias, como Roma,

Londres e Munique possuem mesquitas que apresentam as tradicionais cúpulas e

minaretes. Estas mesquitas pretendem agregar as comunidades muçulmanas da região.

Espalhados nas cidades grandes e pequenas onde há muçulmanos, existem outros

lugares pequenos para oração, que podem conter umas cinquenta pessoas. Eles podem

ser quartos ou salões no térreo de um edifício, lugares mais discretos que servem

especialmente para a oração do meio-dia, em lugar de estradas e calçadas.

Nos Estados Unidos da América as mesquitas surgiram no começo do século XX. No período

que decorreu até 1950 surgiram apenas 2% das actuais mesquitas, enquanto que 87%

foram criadas depois de 1970 e 57% depois de 1980.

Estrutura

As mesquitas apresentam uma grande variedade de estilos arquitectónicos e

ornamentais. Contudo, é possível identificar uma série de elementos comuns.

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Plantas

As primeiras mesquitas seguiram o que se denomina como planta simples ou árabe, tendo

se desenvolvido na época dos Omíadas. Com uma planta rectangular ou quadrangular,

consistem num edifício sustentado por colunas (sendo por causa disso denominadas como

mesquitas hipóstilas) às quais se juntam o número de naves que se entender. Neste

modelo existe um grande pátio interior com fontes, encontrando-se o espaço para a

oração dividido em três naves.

Nos séculos XI a XIII desenvolveu-se no Irão outro tipo de mesquita, com uma entrada

única que permite aceder a um pátio central em cujos lados se encontram salas

abobadadas conhecidas como iwans. Um exemplo representativo deste tipo de mesquita é

a Grande Mesquita da Sexta-feira em Isfahan.

No século XV e XVI os Otomanos introduziram mesquitas com uma grande cúpula central

sobre a sala das orações; em alguns casos surgem outras pequenas cúpulas ao longo do

edifício. Nestas mesquitas existem também quatro minaretes esguios.

Minarete

Um elemento comum às mesquitas é o minarete, uma torre alta e delgada geralmente

situada num dos cantos da estrutura da mesquita. O minarete é geralmente o ponto mais

alto da mesquita e muitas vezes o ponto mais alto na área onde a mesquita se situa. O

minarete mais alto do mundo é o da Mesquita Hassan II em Casablanca, Marrocos.

As primeiras mesquitas não eram detentoras de minaretes. Alguns movimentos

conservadores do islão, como o Wahhabismo, evitam colocar minaretes nas mesquitas,

por considerarem-nos uma forma de ostentação. O primeiro minarete foi construído em

665 em Bassora durante o reinado do califa omíada Muawiyah I. Este califa estimulou a

construção de minaretes por influência das torres das igrejas cristãs. Os arquitectos

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islâmicos copiaram este elemento das igrejas e utilizaram-no com a mesma finalidade:

chamar os crentes à oração.

É através do minarete, cuja altura superior às casas que o rodeiam tem a função

prática de fazer chegar mais facilmente aos fiéis a voz do muezim que os chama para as

cinco orações diárias. Às vezes, numa ou outra oportunidade, os minaretes assumiram

também uma função simbólico-política, como a de afirmação da superioridade do Islã

sobre as outras religiões.

Em muitos países onde os muçulmanos não constituem a maioria da população, as

mesquitas não estão autorizadas a emitir em tom alto a chamada à oração (adhan).

Com o avanço da técnica, ultimamente, estão sendo usados alto-falantes, ainda mais

quando a mesquita se encontra no meio de bairros não muçulmanos e os muezins

aproveitam desse instrumento para alongar suas orações. Em outros casos, começaram

a ser usadas gravações da chamada à oração. Essas inovações são contrárias à

tradição muçulmana ou sunnah e os países islâmicos mais rigorosos condenam a prática.

No Egito, o uso dos alto-falantes está limitado a dois minutos e proibido na primeira

oração do dia.

Nas mesquitas onde não existe o minarete o muezim faz o apelo dentro da mesquita ou no

exterior do edifício.

Cúpulas

As cúpulas são igualmente um dos elementos mais associados às mesquitas, estando

presente na arquitetura islâmica desde o século VII. As cúpulas, são uma representação

do universo visto por Deus, rente ao limbo das cúpulas "acima e externamente ao salão

das orações" normalmente é aplicado uma lua crescente com uma estrela, mostrando

tratar-se de uma imagem da terra visto além das estrelas fixas. O tamanho das

cúpulas aumentou ao longo do tempo, passando de uma pequena área do tecto perto do

mihrab a ocupar todo o tecto por cima do salão das orações.

Salão das orações

O salão das orações, também conhecido como musalla, não possui mobiliário. As cadeiras

e os bancos estão ausentes do local, de modo a permitir que o maior número de crentes o

possam ocupar. Ao contrário de outros locais de culto, as imagens de pessoas, de

animais e de figuras religiosas não existem no salão, devido à oposição do islão à

representação da figura humana e por se considerar que os muçulmanos devem fixar a

sua atenção em Deus.

Do lado oposto à entrada para o salão de orações encontra o muro qibla. Este muro

deve estar posicionado numa linha perpendicular à cidade de Meca. Os crentes rezam em

filas paralelas à qibla e assim ficam virados em direcção a Meca. Em geral no centro

deste muro está o mirhab, um nicho que por vezes é ricamente decorado. Durante a

oração da sexta-feira um púlpito ou minbar é colocado perto do mirhab, a partir do

qual é dado o sermão (khutba). O minbar é feito de madeira, pedra ou mármore e muitos

são portáteis.

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Funções religiosas

Orações

Todos os muçulmanos adultos devem realizar o salá (oração pública), cinco vezes por

dia, prostrando-se em direcção de Meca. Embora algumas mesquitas mais pequenas, com

congregações pequenas, só ofereçam alguns dos serviços de orações, a maioria das

mesquitas oferece as cinco orações diárias: antes do nascer do sol, ao meio-dia, na

parte da tarde, após o por-do-sol e de noite. Não é necessário rezar nas mesquitas, mas

de acordo com um hadith realizar a oração junto com outros muçulmanos é mais piedoso

do que rezar sozinho.

A sexta-feira é o dia em que a comunidade islâmica se reúne, na mesquita, ao meio-dia,

para a oração. Em seguida, realiza-se o khutbah, isto é, o discurso que não é um simples

sermão religioso. Nele aprofundam-se as questões sociais, políticas, morais e tudo o que

interessa à comunidade islâmica.

A sexta-feira, portanto, é mais que um dia de descanso, como o sábado dos judeus ou o

domingo dos cristãos. É o dia da semana em que a comunidade islâmica que se reúne.

Dependendo do país onde se encontre, a sexta-feira pode até ser um dia de trabalho, mas

todos fecham os seus negócios pelo menos na hora do khutbah.

A oração funerária, ou salat ul-janazah, é feita na mesquita, para um muçulmano

falecido, estando presentes os seus familiares e amigos. Ao contrário das orações

diárias, as orações funerárias são de uma maneira geral realizadas no exterior da

mesquita, no pátio.

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No calendário islâmico existem duas grandes festas ou Eids: Eid ul-Fitr e Eid ul-Adha. Em

ambas ocasiões são feitas orações especiais nas mesquitas na parte da manhã. As

orações destas festas devem ser feitas em grandes grupos, de modo que as grandes

mesquitas acolhem não só os seus visitantes habituais, mas os crentes que frequentam

outras mesquitas mais pequenas.

Eventos do mês do Ramadã

O mês mais sagrado do islão, o Ramadão, é observado através de várias práticas. Dado

que os muçulmanos praticam o jejum durante o dia durante o Ramadão, as mesquitas

celebram uma refeição que quebra o jejum (iftar) entre o momento que decorre após o

por-do-sol e a a oração da noite. A comida é fornecida, pelo menos em parte, pelos

membros da comunidade. Tendo em conta que a comunidade é fundamental para

proporcionar estes jantares, as mesquitas que possuem pequenas congregações não

poderão oferecer estas refeições de uma maneira diária. Nestas ocasiões, as mesquitas

convidam muitas vezes os pobres a comer, acto considerado como uma forma honrosa de

piedade no mês do Ramadã.

Caridade

O terceiro dos "Cinco pilares do Islão" estabelece que cada muçulmano devem dar

aproximadamente 2,5% dos seus rendimentos (zakat). Uma vez que as mesquitas

constituem o centro das comunidades muçulmanas, elas são o local onde os muçulmanos

vão para doar o zakat ou para recolhê-lo. Antes da festa de Eid ul-Fitr as mesquitas

também recolhem um zakat especial que serve para ajudar os muçulmanos mais pobres

a participar nas orações e celebrações associadas à festa.

Funções sociais

Educação

Uma das funções mais comuns das mesquitas é abrigar instituições educativas. Algumas

mesquitas, especialmente aquelas que se situam em países onde não existem escolas

islâmicas financiadas pelo estado, possuem escolas a tempo inteiro que ensinam

aspectos da religião islâmica, assim como aspectos do ensino geral. Estas escolas a

tempo inteiro têm em geral estudantes do ensino primário e médio. A maioria das

mesquitas possuem também escolas a tempo parcial, que funcionam à noite ou ao fim-de-

semana. Este último tipo de aulas estão orientadas basicamente para o ensino de

aspectos da religião islâmica a todas as classes etárias; nos países onde o islão não é

a religião da maioria da população ensina-se o árabe e realizam-se leituras do

Alcorão.

Nos Estados Unidos e na Europa é também possível encontrar aulas dirigidas a pessoas

que se converteram recentemente ao islão cujo objetivo é ensinar pontos básicos da

religião. As mesquitas também poderão fornecer aulas sobre a jurisprudência islâmica.

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Papel político

Na história muçulmana, quase todas as revoluções e levantes populares começaram

após esses discursos na mesquita.

A Jihâd que, normalmente é traduzida como guerra santa contra os infiéis, num sentido

mais literal significa guerra no caminho de Alá, e obriga todo o fiel a defender a sua

comunidade e o que ficou decidido e proclamado no khutbah.

Devido a esses possíveis desdobramentos políticos, nos países onde o governo não é

muçulmano ou, embora muçulmano, não é fundamentalista, agentes especiais são

enviados para observar e vigiar, nessa momento, as mais importantes mesquitas do país.

Em outros lugares, onde a ligação do governo com Islã é mais estrita, o texto do

khutbah deve ser apresentado às autoridades civis, e ter a sua aprovação, antes de

ser lido. Nas mesquitas financiadas pela Arábia Saudita (maioria nos países europeus),

os imãs ou chefes das mesmas são impostos pela monarquia saudita, razão pela qual ela

tem total controle sobre essas mesquitas.

Influência da Arábia Saudita

As mesquitas são geralmente mantidas com os recursos (esmolas) dos fiéis de cada

comunidade onde se inscrevem. As do mundo ocidental são financiadas, em sua maioria,

pela Arábia Saudita que adquire desse modo o direito de impor-lhes os seus imãs e a sua

ideologia. A Arábia Saudita segue uma corrente religiosa conhecida como Wahhabismo.

Embora o movimento saudita de promoção da sua forma de islão remonte aos anos 60, foi

só no começo dos anos 80, após a revolução islâmica no Irão, que o governo saudita

começou a financiar a construção de mesquitas por todo o mundo. Estima-se que este

governo tenha gasto cerca de quarenta e cinco milhões de dólares em doações para a

construção de mesquitas e escolas islâmicas. O jornal saudita Ain al-Yaqeen publicou

em 2002 uma notícia que dava conta da construção de cerca de 1500 mesquitas e 2000

centros islâmicos em países onde os muçulmanos não são a maioria da população.

Normas

Uma vez inaugurada, a mesquita torna-se um espaço sagrado que supera o fato de ser

simplesmente um lugar religioso porque, sendo sagrado, deve ser respeitado e venerado

e, portanto, somente a comunidade decide quem pode ser admitido dentro desse espaço e

quem não pode, porque sua presença o profanaria.

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Vestuário

Segundo o islão, os muçulmanos devem vestir-se de forma modesta. Em consequência,

embora muitas mesquitas não forcem explicitamente regras, homens e mulheres devem

ter em mente estarem vestidos de forma modesta quando frequentem a mesquita. Os

homens devem visitar a mesquita com roupas largas que não revelem as formas do

corpo. As mulheres também devem seguir o mesmo padrão, com blusas e calças que

cubram os pulsos e tornozelos. Muitas mesquitas também pedem às mulheres não

muçulmanas para que coloquem um lenço de acordo com o conceito de "hijab".

Segregação dos gêneros

A lei islâmica (charia) estabelece que os homens e as mulheres devem ocupar posições

separadas no salão das orações; mais especificamente, as mulheres devem ficar atrás

dos homens. O profeta Muhammad considerava que as mulheres deveriam rezar em casa e

de acordo com um hadith, ele teria afirmado que a "a melhor mesquita para as mulheres

é a parte interior das suas casas". O califa Omar foi ao ponto de proibir as mulheres de

frequentarem a mesquita e determinou que elas deveriam rezar em casa.

Hoje em dia muitas mesquitas determinam como local reservado às mulheres um quarto

separado ou uma área atrás de uma cortina, onde elas não podem ver o imam. As

mesquitas no sul e sudeste da Ásia colocam homens e mulheres em salas separadas. Em

cerca de dois terços das mesquitas dos Estados Unidos as mulheres rezam atrás de

cortinas ou em áreas separadas, não no salão principal; algumas mesquitas não

admitem sequer a presença de mulheres. Cerca de um quarto das mesquitas não

oferecem programas dedicados às mulheres e um terço não as admitem nos órgãos de

gestão.

Mesquitas no Brasil

Existem mesquitas espalhadas nas principais cidades do país, localizadas geralmente

nos pontos de maior concentração de árabes.

· Mesquita Abu Bakr (do árabe: سجد و م كر أب ;localizada em Porto Alegre ,(ب

· Liga da Juventude Islâmica do Brasil, no bairro do Pari, na cidade de São Paulo;

· Centro Islâmico de Campinas, no estado de São Paulo;

· Centro Islâmico e Mesquita de Jundiaí, no estado de São Paulo;

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· Sociedade Beneficente Muçulmana de Uruguaiana, Rio Grande do Sul;

· Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro, localizada no estado do Rio de

Janeiro.

BASÍLICA: SANTUÁRIOS CATÓLICOS

BASÍLICA DE SÃO PEDRO

A Basílica de São Pedro (em latim Basilica Sancti Petri, em italiano Basilica di San

Pietro) é uma basílica no Estado do Vaticano, tratando-se da maior das igrejas do

cristianismo e um dos locais cristãos mais visitados.[1][2][3] Cobre um área de 23000 m²

ou 2,3 hectares (5.7 acres) e pode albergar mais de 60 mil devotos (mais de cem vezes a

população do Vaticano). É o edifício com o interior mais proeminente do Vaticano, sendo

sua cúpula uma característica dominante do horizonte de Roma, sendo adornada com 340

estátuas de santos, mártires e anjos[4]. Situada na Praça de São Pedro, sua construção

recebeu contribuições de alguns dos maiores artistas da história da humanidade, tais

como Bramante, Michelangelo, Rafael e Bernini.

Foi provado que sob o altar da basílica está enterrado São Pedro[5] (de onde provém o

nome da basílica) um dos doze apóstolos de Jesus e o primeiro Papa e, portanto, o

primeiro na linha da sucessão papal. Por esta razão, muitos Papas, começando com os

primeiros, têm sido enterrados neste local.[6] Sempre existiu um templo dedicado a São

Pedro em seu túmulo, inicialmente extremamente simples, com o passar do tempo, os

devotos foram aumentando o santuário, culminando na atual basílica. A construção do

atual edíficio sobre o antigo começou em 18 de abril de 1506 e foi concluído em 18 de

novembro de 1626,[7] sendo consagrada imediatamente pelo Papa Urbano VIII. A basílica

é um famoso local de peregrinação, por suas funções litúrgicas e associações

históricas. Como trabalho de arquitetura, é considerado o maior edifício de seu período

artístico.

Page 21: Santuários Mundo fernando de ogum

21

A Basílica de São Pedro é uma das quatro basílicas patriarcais de Roma, sendo as

outras a Basílica de São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros.

Contrariamente à crença popular, São Pedro não é uma catedral, uma vez que não é a

sede de um bispo. Embora a Basílica de São Pedro não seja a sede oficial do Papado (que

fica na Basílica de São João de Latrão), certamente é a principal igreja que conta com

a participação do Papa, pois a maioria das cerimônias papais são realizadas na

Basílica de São Pedro devido à sua dimensão, à proximidade com a residência do Papa, e a

localização privilegiada no Vaticano.

Túmulo de São Pedro

Depois da crucificação de Jesus, no segundo trimestre do primeiro século da era cristã,

está registado no livro bíblico de Atos dos Apóstolos que um de seus doze discípulos,

conhecido como Simão Pedro, um pescador da Galileia, assumiu a liderança entre os

seguidores de Jesus e foi de grande importância na fundação da Igreja Cristã.

O nome é Pedro "Petrus" em latim e "Petros", em grego, decorrente de "Petra", que

significa "pedra" ou "rocha" em grego. Pedro depois de um ministério com cerca de trinta

anos, viajou para Roma e evangelizou grande parte da população romana. Pedro foi

executado no ano 64 d.C durante o reinado do imperador romano Nero, sendo crucificado

de cabeça para baixo à seu próprio pedido, perto do Obelisco no Circo de Nero.

Os restos mortais de São Pedro foram enterrados fora do Circo, na Colina do Vaticano,

a menos de 150 metros (490 pés) a partir do seu local de morte. Seu túmulo foi

inicialmente marcado apenas com uma pedra vermelha, símbolo de seu nome, mas sem

sentido para os não-cristãos. Um santuário foi construído neste local alguns anos mais

tarde. Quase trezentos anos depois, A antiga Basílica de São Pedro foi construída ao

longo deste sítio.

A partir dos anos 1950 intensificaram-se as escavações no subsolo da basílica, após

extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que

datava do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira

basílica na época de Constantino, a equipe chefiada pela arqueóloga italiana

Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a São Pedro,

inclusive uma parede repleta de grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego,

significa "Pedro está aqui".

Page 22: Santuários Mundo fernando de ogum

22

Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e

idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se

acredita, com muita probabilidade, serem de São Pedro. A data real do martírio, de

acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64

d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de São

Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante

a perseguição do imperador romano Valeriano em 257.

Antiga Basílica de São Pedro

Page 23: Santuários Mundo fernando de ogum

23

O Imperador Constantino entre 326 e 333 d.C. ordenou a construção da "Antiga" Basilica

de São Pedro, sobre o templo simples dedicado ao apóstolo, desta basílica nada restou

atualmente, porém ela pode ser quase totalmente reconstruída por descobertas

arqueológicas, descrições de peregrinos e desenhos antigos. Como em quase todas as

igrejas da antiguidade, seguiu-se o modelo da basílica cívica romana: um salão

retangular, dividido em nave central e naves laterais, que oferecia espaço bastante

para a congregação dos fiéis. As cerimônias no altar eram realizadas na abside ao

final da nave central, bem visíveis a todos. Havia transeptos, uma abside na

extremidade ocidental, um grande átrio. Um afresco do século XVI na igreja de San

Martino ai Monti nos dá uma idéia aproximada da aparência interior, com seu teto em

madeira, mas ignoramos tudo sobre estátuas ou pinturas.

A basílica atual, com estrutura renascentista e barroca, foi erguida sobre a antiga, o

que exigiu que o edifício fosse orientado para oeste, mas também que a necrópole antiga

fosse aterrada, sendo construídas muralhas de suporte para criar uma enorme base

que servisse como alicerce. Na plataforma, construiu-se então a basílica, com nave

central e quatro naves laterais, ricamente adornada com afrescos e mosaicos e um

grande átrio dianteiro, com colunas. Muitas vezes alterado e restaurado, o edifício de

Constantino, conhecido como velha igreja de São Pedro, sobreviveu até o início do século

XVI.

Idade Média

Durante o exílio dos papas em Avignon, de 1309 a 1377, ficou muito deteriorada e perdeu-

se grande parte de sua magnificência. O desejo de uma igreja de grandiosidade

apropriada para servir à cristandade, assim como a transferência da residência papal

para o Vaticano, fez nascer planos de uma igreja nova. Sob o papado de Nicolau V

(pontificado de 1447 a 1455) os trabalhos tiveram início num coro novo e no transepto,

mas foram logo abandonados por falta de recursos.

Século XVI

Page 24: Santuários Mundo fernando de ogum

24

No pontificado de Júlio II (1503 a 1513) decidiu-se afinal derrubar a igreja velha e em 18

de abril de 1506 Bramante recebeu o encargo de desenhar a nova basílica. Seus planos

eram de um edifício centralmente planificado, com um domo colocado sobre o centro de

uma cruz grega (com braços de idêntico tamanho), forma que correspondia aos ideais da

Renascença por copiar a de um mausoléu da antiguidade. Uma sucessão de papas e

arquitetos nos 120 anos seguintes participariam da construção que culminou no edifício

atual. Iniciada por Júlio II, continuando nos pontificados do Papa Leão X (1513-1521),

Papa Adriano VI (1522-1523).

Papa Clemente VII (1523-1534), Papa Paulo III (1534-1549), Papa Júlio III (1550-1555) , Papa

Marcelo II (1555), Paulo IV (1555-1559), Papa Pio IV (1559-1565), Papa Pio V (santo) (1565-

1572), Papa Gregório XIII (1572-1585), Papa Sisto V (1585-1590), Papa Urbano VII (1590),

Papa Gregório XIV (1590-1591), Papa Inocêncio IX (1591), Papa Clemente VIII (1592-1605),

Papa Leão XI (1605), Papa Paulo V (1605-1621), Papa Gregório XV (1621-1623), Papa

Urbano VIII (1623-1644) e Papa Inocêncio X (1644-1655).

Renascença

Page 25: Santuários Mundo fernando de ogum

25

Em 1517 o Papa Leão X ofereceu indulgências para aqueles que dessem esmolas para

ajudar na reconstrução da Basílica de São Pedro.[8] O agressivo marketing de Johann

Tetzel em promover esta causa provocou Martinho Lutero a escrever suas 95 Teses

(Tetzel seria inclusive punido por Leão X por seus sermões, que ia muito além

ensinamentos reais sobre as indulgências). Embora Lutero não negasse o direito do Papa

ou da Igreja de conceder perdões e penitências,[9] exigia a correção de abusos na

prática.

Um século mais tarde o edifício ainda não estava completado. A Bramante sucederam,

como arquitetos, Rafael, Fra Giocondo, Giuliano da Sangallo, Baldassare Peruzzi,

Antonio da Sangallo. O Papa Paulo III (pontificado de 1534-1549) em 1546 entregou a

direção dos trabalhos a Michelangelo. Este, aos 72 anos, deixou-se fascinar pela

cúpula, concentrando nela os seus esforços, mas não conseguiu completá-la antes de

sua morte em 1564.

O zimbório é visível de toda a cidade de Roma, dominando seus céus e tem diâmetro de 42

m, ligeiramente menor ao domo do Panteão, mas é mais imponente por ser muito mais alto,

com 132,5 m. Graças a seus planos e a um modelo em madeira, seu sucessor, Giacomo della

Porta, foi capaz de terminá-la com ligeiras modificações. O modelo segue o da famosa

cúpula que Brunelleschi ergueu na catedral de Florença e cria impressão de grande

imponência. A diferença é que, ao contrário do que Michelangelo planejou, não se trata

de uma cúpula semicircular mas afunilada, criando um movimento de impulso para cima

até culminar na lanterna cujas janelas, inseridas em fendas entre duas colunas,

deixam a luz inundar o interior. Terminada em 1590, ainda é uma das maravilhas da

arquitetura ocidental. Vignola, Pirro Ligorio, Giacomo della Porta continuaram os

trabalhos na basílica.

Conclusão das Obras

Page 26: Santuários Mundo fernando de ogum

26

Mudanças na liturgia, introduzidas pelo Concílio de Trento, fizeram necessárias outras

mudanças sob o pontificado do Papa Paulo V (1605 a 1621), que encarregou Carlo

Maderno de aumentar para o leste o edifício, aumentando a nave e criando assim uma

cruz latina. Completou também em 1614 a famosa fachada.

Em 1629, Gian Lorenzo Bernini, agora o arquiteto principal, começou a construir as

torres sineiras na fachada, que ruíram por deficiências estruturais. Trinta anos mais

tarde Bernini redesenharia a Praça de São Pedro, mudando alguns aspectos do domo de

Michelangelo e, sobretudo, unificando todos os edifícios em um conjunto harmonioso.

Giacomo della Porta e Fontana concluiu a cúpula em 1590 durante o pontificado do Papa

Sisto V. O papa que o sucedeu financiou a colocação das inscrições em honra a Sisto V na

entrada da basílica. O Papa Clemente VIII liderou a colocação da cruz latina na cúpula,

evento acompanhado pelo soar dos sinos de toda a cidade de Roma. Segundo a tradição,

nesta cruz estão contidas partes da Vera Cruz e relíquias de Santo André.

Já em meados do século XVIII, rachaduras apareceram na cúpula e os arquitetos

empenhados na construção do restante da basílica tiveram de se concentrar no domo e

planejaram a colocação de anéis de ferro na obra prima de Michelangelo.

Na cúpula jaz a inscrição:

S. Petri pp sixtvs gloriae. V. A. m. d. xc. Pontif. V. (Para a glória de São Pedro; Sisto V,

Papa, no ano de 1590 e quinto ano do seu pontificado.)

Os trabalhos terminaram oficialmente quando se acrescentou uma sacristia, sob o

pontificado do Papa Pio VI (1775-1799).

Obras-primas

Page 27: Santuários Mundo fernando de ogum

27

Algumas obras-primas da Basílica de São Pedro:

· O pórtico, a porta de bronze, século XV. A Porta Santa.

· A estátua em bronze de São Pedro por Arnolfo di Cambio.

· O túmulo do papa Urbano VIII por Bernini.

· O baldaquino e a cadeira de Pedro (Cathedra Petri) por Gian Lorenzo Bernini.

· A Capela do Sacramento,

· O túmulo do papa Inocêncio VIII, de 1498, por Antonio Pollaiuolo.

· A entrada do túmulo de São Pedro.

· A sacristia e a nova sacristia.

· Museu do Tesouro de São Pedro, ou Museo del Tesoro di S. Pietro

· A imagem de São Longuinho por Bernini.

· A Pietà, por Michelangelo.

· A Cúpula de São Pedro, projetada por Michelangelo, com 39.000 toneladas, 42

metros de diâmetro, e a mais elevada parte do Vaticano.

· Fonte dos Quatro Rios

Page 28: Santuários Mundo fernando de ogum

28

Praça de São Pedro

Localizada a leste da Basílica de São Pedro, a Piazza di San Pietro foi construído pelo

próprio Bernini entre 1656 e 1667. Bernini concluiu a fachada atual da basílica que

situa-se diretamente a frente da praça. No centro da praça, Domenico Fontana ergueu o

Obelisco do Vaticano, como é chamado atualmente, anteriormente situado no Circo de

Nero e de 40 metros de altura. Fontana planejou a colocação do obelisco sob as ordens

do Papa Sisto V. O episódio da colocação teve lugar em 28 de setembro de 1586 e quase

terminou em tragédia devido ao peso do obelisco.

Referências

1. James Lees-Milne descreveu a Basílica de São Pedro como "a church with a unique

position in the Christian world" (a maior igreja com uma posição única no mundo do

cristianismo) em Lees-Milne 1967, p. 12.

2. Banister Fletcher, um renomado historiador arquitectónico chama-lhe de "…the

greatest of all churches of Christendom" (A maior de todas as igrejas da cristandade)

em Fletcher 1996, p. 719.

3. "The greatest church in Christendom", (a maior igreja do cristianismo) Roma 2000

4. Por Dentro Do Vaticano (título original: Inside the Vatican). Estados Unidos. 2002.

National Geographic Documentary.

5. Desde a Reforma, duvidou-se se São Pedro havia sido martirizado realmente em Roma

e seus restos mortais estavam nesta Basílica, porém atualmente os historiadores

concordam que São Pedro foi de fato martirizado em Roma e após uma minuciosa e

meticulosa investigação nos anos 1950, o Papa Pio XII na enciclícia "Domenico Cardinale

Tardini" (pág.:76), confirmou que haviam sido achados os ossos do mártir.

6. Reardon, Wendy J. 2004. The Deaths of the Popes. Macfarland & Company, Inc. Pág.: 23-

26. ISBN 0-7864-1527-4

7. Baumgarten 1913

8. Enrico dal Covolo: The Historical Origin of Indulgences

9. Certum est, nummo in cistam tinniente augeri questum et avariciam posse: suffragium

autem ecclesie est in arbitrio dei solius (Tese 28).

Fonte: Wikipedia

BASÍLICA DE SANTA MARIA MAIOR – ROMA

Page 29: Santuários Mundo fernando de ogum

29

A Basílica de São João de Latrão (em italiano: San Giovanni in Laterano), localizada na

praça de mesmo nome em Romaé a Catedral do Bispo de Roma: o Papa. Seu nome oficial é

Archibasilica Sanctissimi Salvatoris (Arquibasílica do Santíssimo Salvador) e é

considerada a "mãe" de todas as igrejas do mundo. É uma das quatro basílicas

patriarcais.

Como catedral da Diocese de Roma, contém o trono papal (Cathedra Romana), o que a

coloca acima de todas as igrejas do mundo, inclusive da Basílica de São Pedro. Tem o

título honorífico de Omnium Urbis et Orbis Ecclesiarum Mater et Caput (Mãe e Cabeça de

todas as Igrejas de Roma e do Mundo).

É uma das quatro basílicas patriarcais de Roma. As três outras, também

caracterizadas com uma Porta Santa e um Altar Papal, são:

· a Basílica Vaticana, que manifesta a igreja apostólica fundada sobre o apóstolo

Pedro;

· a Basílica Ostiense, que manifesta a igreja católica fundada sobre a missão de

Paulo;

· a Basílica Liberiana, ou Mariana que manifesta a igreja santa gerada com Cristo

de Maria.

História

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O local onde se encontra a Basílica de São João de Latrão foi ocupado durante o Império

Romano pelos gens Lateranos. Os Lateranos serviram como administradores para

diversos imperadores; Sexto Laterano foi o primeiro plebeu a ser designado Cônsul. Um

dos Lateranos, também designado Cônsul, Pláucio Laterano, ficou famoso por ter sido

acusado por Nero de conspiração contra o imperador: acusação que resultou em

confisco e distribuição de suas propriedades por volta do ano 60 d.C.

Juvenal menciona o palácio, e fala que era dotado de alguma magnificência, regiæ

ædes Lateranorum. Algum resquício das construções originais ainda resistem nos muros

da cidade exteriormente à Porta de São João e um largo corredor, decorado com

pinturas, foram descobertos no século XVIII junto à Basílica, atrás da Capela

Lancellotti. Outros traços, menos significantes, apareceram durante escavações

feitas em 1880, quando obras de ampliação estavam em andamento.

No ano de 161, Marco Aurélio construiu ali um palácio. Em 226, Sétimo Severo devolveu

uma parte das propriedades dos Lateranos. Não se sabe se incluiu o palácio. Sabe-se que

o Palácio Laterano encontrava-se em posse do Imperador Constantino I enquanto casado

com sua segunda esposa, Fausta, irmã de Magêncio. Ficou conhecido na época como "Domus

Faustae", ou "Casa de Fausta," e, posteriormente foi doado ao Bispo de Roma por

Constantino. A data precisa da doação é desconhecida, mas os estudiosos acreditam que

tenha sido durante o pontificado do Papa Melquíades, em tempo de hospedar um sínodo

dos bispos em 313, realizado com o intuito de combater o Donatismo.

História

O local onde se encontra a Basílica de São João de Latrão foi ocupado durante o Império

Romano pelos gens Lateranos. Os Lateranos serviram como administradores para

diversos imperadores; Sexto Laterano foi o primeiro plebeu a ser designado Cônsul. Um

dos Lateranos, também designado Cônsul, Pláucio Laterano, ficou famoso por ter sido

acusado por Nero de conspiração contra o imperador: acusação que resultou em

confisco e distribuição de suas propriedades por volta do ano 60 d.C.

Juvenal menciona o palácio, e fala que era dotado de alguma magnificência, regiæ

ædes Lateranorum. Algum resquício das construções originais ainda resistem nos muros

da cidade exteriormente à Porta de São João e um largo corredor, decorado com

pinturas, foram descobertos no século XVIII junto à Basílica, atrás da Capela

Lancellotti. Outros traços, menos significantes, apareceram durante escavações

feitas em 1880, quando obras de ampliação estavam em andamento.

No ano de 161, Marco Aurélio construiu ali um palácio. Em 226, Sétimo Severo devolveu

uma parte das propriedades dos Lateranos. Não se sabe se incluiu o palácio. Sabe-se que

o Palácio Laterano encontrava-se em posse do Imperador Constantino I enquanto casado

com sua segunda esposa, Fausta, irmã de Magêncio. Ficou conhecido na época como "Domus

Faustae", ou "Casa de Fausta," e, posteriormente foi doado ao Bispo de Roma por

Constantino. A data precisa da doação é desconhecida, mas os estudiosos acreditam que

tenha sido durante o pontificado do Papa Melquíades, em tempo de hospedar um sínodo

dos bispos em 313, realizado com o intuito de combater o Donatismo.

Tempo de Constantino

Page 31: Santuários Mundo fernando de ogum

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A Basílica foi fundada por Constantino, o primeiro imperador cristão, para ser a

principal igreja de Roma, era a única dentre as três grandes basílicas construídas que

se encontrava no interior dos muros que cercavam a cidade e por isto serviu de

catedral. A Basílica de São Pedro e a Basílica de São Paulo Extramuros situavam-se

sobre os túmulos dos apóstolos, do lado externo da muralha.

A dedicação oficial do Palácio Laterano e Basílica foi presidida pelo Papa Silvestre I em

324, declarando ambos Domus Dei ou "Casa de Deus". Inicialmente dedicada ao Salvador,

Basilica Salvatoris, posteriormente dedicada também a São João Batista e São João

Evangelista.

Da Idade Média ao início da Idade Moderna

Seu nome moderno data do século VII quando o Papa Gregório I, o Grande, (pontificado de

590 a 604), a colocou sob a proteção de São João Batista. Desta igreja medieval

subsistem o importante claustro, do século XIII, e algumas partes da igreja. Durante a

Idade Média, foram realizados cinco grandes concílios ecumênicos na Basílica de São

João de Latrão, conhecidos como os Concílios de Latrão.

Sua modificação mais importante data de 1650, quando o papa Inocêncio X (pontificado de

1644 a 1655) chamou Francesco Borromini, que transformou a basílica de quatro naves

laterais em uma igreja barroca. Entre 1733 e 1736, Alessandro Galilei acrescentou a

fachada monumental e em 1886 o papa Leão XIII (pontificado 1878-1903) mandou alargar

o coro.

A fachada de Galilei, acima do vestíbulo, marca o apogeu do barroco em Roma. Altas

pilastras e colunas dividem a parede em cinco seções, com uma central. Uma

balaustrada adorna o ático, com imagens dos santos. Atrás da fachada principal há um

segundo paredão, na forma de colunata com dois andares e projetando-se um pouco

para a frente acima da entrada principal de modo a criar um balcão para as bençãos

papais.

A Edificação do Complexo Laterano

Page 32: Santuários Mundo fernando de ogum

32

A antiguidade da Basílica e do Complexo Laterano pode ser medida pelo antigo

Baptisterium; pelos restos do palácio medieval papal com a Scala Santa e a Capela

Sancta Santorum; pelo Triclínio de São Leão e pelo Obelisco Laterano.

A Basílica

Até 1309, ao lado da Basílica se situava a residência do Papa, cujo resquício ainda é

visível na Capela Sancta Sanctorum e na Scala Santa. Todos os papas foram nela

entronizados até o Século XIX. Ao seu lado situa-se o Palácio Laterano.

Na fachada norte se vê a chamada «loggia da bênção». O arquiteto Domenico Fontana já

construira um vestíbulo diante do transepto norte da Praça de São João de Latrão

(piazza di S. Giovanni in Laterano) em 1586-1598, encomendada pelo papa Sisto V. É uma

estrutura com dois andares e pinturas internas e dela o papa dava sua bênção

tradicional no dia da Ascensão. Dentro do vestíbulo, há uma estátua de bronze do rei

Henrique IV de França feita por Nicolas Cordier em 1608. Como o rei fez generosas

doações ao capítulo, todos os chefes de Estado da França desde então são cônegos

honorários da basílica.

O interior da antiga basílica — o imperador Constantino adornou a antiga basílica

monumental com ouro, prata, mosaicos. Tratava-se de uma basílica tradicional com

quatro naves com colunas, transeptos e ábside. Em toda a largura, havia uma espécie

de átrio (atrium) quase quadrado para servir como local de meditação e purificação.

Quinze colunas de mármore da Numídia separavam a ampla nave central das laterais, e

cada amplo arco tinha 4 m. de largura. Um arco triunfal em altas pilastras marcava o

limite entre a nave e o transepto com o altar no centro. Na ábside, atrás, ficava a

cadeira papal, elevada. As naves não eram abobadadas, e as traves de madeira do teto

ficavam expostas como se deduz ao ver o afresco em S. Martino ai Monti, que mostra o

interior da velha basílica.

Ao redesenhar a igreja em 1650, Borromini recebeu ordem do papa para criar uma

igreja moderna, mas manter-se tanto quanto possível fiel à antiga estrutura de

Constantino. Reduziu as 14 arcadas da nave central a cinco apenas, colocadas entre

altos pilares enquadrados por pilastras colossais, e inserindo janelas acima delas.

Nas paredes entre os pilares colocou nichos emoldurados por colunas, e enormes

estátuas dos Apóstolos foram ali colocadas entre 1703 e 1719 graças a doadores

generosos. Os nichos são coroados por relevos em estuque que mostram cenas do Antigo

e do Novo Testamento, e medalhões pintados com retratos dos profetas. Comparados com

as delicadas estruturas do apogeu do Barroco, quase todas em estuque branco, os

tetos em madeira executados durante o pontificado do papa Pio IV (1559-1565), mantidos

por ordem do papa Inocêncio X, dão impressão de pesados, maciços. Borromini também

acrescentou capelas às naves laterais, e ao contrário da velha basílica longitudinal,

a atual parece mais ampla, mais larga.

Um dos trabalhos mais importantes é o altar papal, no qual apenas o papa pode

celebrar a Eucaristia. Contém a ara em madeira do altar onde, segundo a tradição, os

primeiros bispos de Roma celebravam missa. Acima, ergue-se o tabernáculo, adornado

com afrescos e esculturas. Pode ter sido desenhado por Giovanni di Stefano, de Siena,

entre 1367 e 1370, mas foi muito restaurado em 1851. As flores-de-lis são referência ao

patrono, rei Carlos V de França. Na parte superior vêem-se bustos de S. Pedro e S. Paulo,

de prata dourada, os quais, na Idade Média, se acreditava conterem as próprias

Page 33: Santuários Mundo fernando de ogum

33

cabeças dos Apóstolos. Na confessio, abaixo do altar, está o túmulo do papa Martinho V

(pontificado de 1417 a 1431) feito por Simone di Giovanni Ghini cerca do ano 1443. Nesta

igreja, em 1417, Martinho V deu por findo o Grande Cisma.

O Claustro

Entre a basílica e o Muralha Aureliana havia, em períodos anteriores, um grande

mosteiro, no qual habitava uma comunidade de monges da Ordem de São Bento que servia

à igreja. Este mosteiro era o maior de Roma, com seus 36 metros na lateral. A única

parte que restou desta edificação foi o claustro, circundado por graciosas colunas de

mármore marchetado. Estas são de um período intermediário entre o Romanesco e o

Gótico: obra do estilo cosmatesco dos Vassaletto, célebre família de marmoristas

romanos, datados do início do Século XIII.

O Palácio Laterano

Scala Santa

Page 34: Santuários Mundo fernando de ogum

34

A Scala Santa ou Escada Santa, significa na tradição católica a escada usada por

Jesus para entrar na sala de seu interrogatório com Poncio Pilatos antes da

crucificação. A Scala Santa di Roma, está em um celebre edifício vizinho a Basílica de

São João de Latrão ou San Giovani Latereno. Afirma-se que foi trazida a Roma por Santa

Helena, mãe de Constantino no ano de 326 d.C.

Obelisco Laterano

O Obelisco Laterano é o maior obelisco de Roma: tem 32,18 m de altura (com o

embasamento e a cruz, 45,70 m). Erigido, atualmente, na praça São João de Latrão, este

obelisco foi construído na época dos faraós Tutmósis III e Tutmósis IV (Século XV a.C.). É

proveniente do templo de Amon em Tebas (Egipto). Foi transportado para Roma pelo

imperador Constantino II em 357 e colocado no Circo Máximo, onde já se encontrava o

Obelisco Flamínio. Refundido em três partes, em 1587, com o obelisco Flamínio, foi erigido

novamente em sua atual posição, em 1588, sob a supervisão do arquiteto Domenico

Fontana, por solicitação do Papa Sisto V.

BASÍLICA DE NOSSA SENHORA APARECIDA - BRASIL

A Basílica de Nossa Senhora Aparecida, também conhecido como Santuário Nacional de

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, fica localizada na cidade de Aparecida, no

interior do Estado de São Paulo, Brasil. É o terceiro maior templo católico do mundo. Foi

inaugurada em 4 de julho de 1980, quando João Paulo II visitou o Brasil pela primeira

vez. Em outra de suas visitas, passando por Aparecida, abençoou o Santuário e, em 1984,

a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, elevou a Nova Basílica a Santuário

Nacional. Localiza-se no centro da cidade, tendo como acesso a "Passarela da Fé", que

liga a basílica atual com a antiga, ambas visitadas por romeiros.

Page 35: Santuários Mundo fernando de ogum

35

O Baptisterium

O Batistério Octogonal de Latrão é, provavelmente, o mais antigo do cristianismo,

considerado o protótipo dos batistérios. Muitíssimo bem preservado, registra, como um

calendário, as intervenções ao longo dos séculos. Fica no lado meridional da basílica.

Foi construído com forma de rotunda, possivelmente sobre uma base mais antiga ou um

nympheum do antigo palácio, por volta de 313 ou 315 por Constantino, que teria sido ali

batizado. A forma octogonal com a fonte no centro foi criada em 432, quando o papa

Sisto III substituiu o edifício de Constantino pela nova estrutura. Apresenta ainda

restos de antigos mosaicos e colunatas de pórfiro egípcias.

Sua entrada é notável, e o rico entalhe dos capitéis, bases e entablamentos do período

Flaviano (Século I). A parte superior descansa sobre uma arquitrave sobre pilares de

pórfiro, com uma inscrição que louva o batismo. No século XVI, criou-se um círculo de

colunas menores na arquitrave o que fez levantar a galeria.

Um portal de bronze da época do Papa Hilário (Século V) é um dos últimos remanescentes

da antiguidade romana.

O interior se deve muito ao redesenho barroco feito por Andrea Sacchi e seus alunos no

século XVII, decorando as paredes com afrescos que mostram a vida de Constantino, e a

lanterna foi decorada com cenas da vida de São João Batista. A pia batismal, de

basalto verde, da antiguidade clássica, recebeu uma orla de bronze dourado por Ciro

Ferri em 1677. As capelas laterais, dedicadas a Santa Rufina, São Venâncio e dois São

João, datam dos séculos V a VII. A porta de bronze da Cappella del Battista é mesmo

proveniente da Antiguidade. Os tetos da capela de São João Batista são decorados com

mosaicos do século V, tendo no centro o Cordeiro de Deus e ao redor uma guirlanda que

mostra as estações do ano, com espigas de milho, rosas, lilases, azeitonas e folhas de

vinha e, ao redor, vasos de flor entre pares de pássaros.

Page 36: Santuários Mundo fernando de ogum

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SANTUÁRIOS DO JUDAÍSMO

Sinagoga (do grego συναγωγή, propriamente ―juntança‖; composto de σύν ―com, junto‖ e ἄγω

―conduzir‖) é o local de culto da religião judaica, sendo desprovido de imagens

religiosas ou de peças de altar e tendo como o seu objeto central a Arca da Torá. O

serviço religioso da sinagoga é feito todos os dias, sendo alguns envolvendo leituras da

Torá, a peça central da sinagoga, cujos rolos são retirados da Arca (Aaron haKodesh)

e transportados até o púlpito (Bimá).

Em língua hebraica a sinagoga recebe o nome de כנסת בית, transliterado para beit

knésset e traduzido para "casa de assembleia". Também é chamada תפילה בית, beit tefila,

ou seja, "casa de oração.

Origem histórica

Por volta de 750 a.C., o reino foi dividido em dois: Israel a norte e Judá a sul. Em 722 a.C, o

reino do norte foi devastado pelos Assírios e séculos depois, o reino do sul foi

conquistado pelos Babilónios (em 587 a.C.). Em 539 a.C., aqueles que regressaram à sua

terra natal passaram a ser, desde então, conhecidos como judeus (de Judá e Judeia).

Foi depois do regresso do exílio na Babilônia que o formato da religião que hoje

conhecemos começou a se desenvolver. O culto passou a centrar-se na sinagoga, um

hábito adquirido na Babilônia devido à inexistência de um templo. A sinagoga passou a

funcionar como um ponto de encontro dos judeus para as orações e para a leitura das

Escrituras.

Segundo descobertas arqueológicas recentes, a primeira sinagoga fundada nas

Américas foi a Sinagoga Kahal Zur Israel, construída no Brasil em 1637 e cujas antigas

ruínas encontram-se cuidadosamente preservadas na cidade de Recife, no mesmo local

onde foi posteriormente construído o Centro Cultural Judaico do Estado de Pernambuco.

Page 37: Santuários Mundo fernando de ogum

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Na atualidade

Apesar de difícil de calcular, o número de judeus é de aproximadamente 13 milhões de

pessoas (cerca de 0,15% da população mundial), sendo que cerca de 5,6 milhões destes

vivem em Israel, 5,3 milhões nos Estados Unidos, e meio milhão na França. Outras

comunidades importantes existem no Canadá, no Reino Unido, na Rússia, na Argentina, na

Alemanha, e na Austrália (mais de cem mil), assim como no Brasil, na Ucrânia, na África

do Sul e na Hungria (mais de cinquenta mil).

O judaísmo fundamenta-se no conceito de um D'us eterno e invisível, cuja vontade foi

revelada na Torá escrita, composta pelos primeiros cinco livros da Bíblia (o

Pentateuco) e oral preservada e transmitida por tradição de pai para filho ou de

rabino para aluno. O judaísmo acredita que a Torá foi escrita por Moisés, mas ditada

diretamente por Deus. Como vemos, a religião judaica não aceita o que se chama de Novo

Testamento, e que ainda esperam o Messias que os cristãos tomam como havendo sido

Jesus.

Page 38: Santuários Mundo fernando de ogum

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MURO DAS LAMENTAÇÕES:

O Muro das Lamentações, ou Muro Ocidental, (Qotel HaMa'aravi המערבי הכותל em hebraico), é

o local mais sagrado do judaísmo.

Trata-se do único vestígio do antigo templo de Herodes, erigido por Herodes o Grande no

lugar do Templo de Jerusalém inicial. Foi destruído por Tito no ano de 70. Muitos fieis

judeus visitam o Muro das Lamentações para orar e depositar seus desejos por escrito.

Antes da sua reabilitação por Israel, após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, o local

servia de depósito para incineração de lixo.

Os restos que hoje existem datam da época de Herodes o Grande, que mandou construir

grandes muros de contenção em redor do Monte Moriá, ampliando a pequena esplanada

sobre a qual foram edificados o Primeiro e o Segundo Templo de Jerusalém, formando o

que hoje se designa como a Esplanada das Mesquitas.

História

O Primeiro Templo, ou Templo de Salomão, foi construído no século X a.C., e derrubado

pelos babilónios em 586 a.C.. O Segundo Templo, entretanto, foi construído por Esdras e

Neemias na época do Exílio da Babilónia, e voltou a ser destruído pelos romanos no ano

70 da nossa era, durante a Grande Revolta Judaica. Deste modo, cada templo esteve

erguido durante 400 anos.

Quando as legiões do imperador Tito destruíram o templo, só uma parte do muro exterior

ficou em pé. Tito deixou este muro para que os judeus tivessem a amarga lembrança de

que Roma vencera a Judeia (daí o nome de Muro das Lamentações). Os judeus, porém,

atribuíram-no a uma promessa feita por Deus, segundo a qual sempre ficaria de pé ao

menos uma parte do sagrado templo como símbolo da sua aliança perpétua com o povo

judeu. Os judeus têm pregado frente a este muro durante os derradeiros dois milénios,

crendo que este é o lugar acessível mais sagrado da Terra, já que não podem aceder ao

interior da Esplanada das Mesquitas, que seria ainda mais sagrado.

Page 39: Santuários Mundo fernando de ogum

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A tradição de introduzir um pequeno papel com pedidos entre as fendas do muro tem

vários séculos de antiguidade. Entre as petições dos judeus estão ferventes súplicas a

Deus para que regresse à terra de Israel, o retorno de todos os exilados judeus, a

reconstrução do templo (o terceiro), e a chegada da era messiânica com a chegada do

Messias judeu.

O Muro das Lamentações é sagrado para os judeus devido a ser o último pedaço do muro

que rodeava o Templo pelos lados sul e leste. Alem disso, o Muro é o lugar mais próximo

do sancta sanctorum ou lugar "sagrado entre os sagrados" (1 Reis 8:6-8). Das três

secções do muro, a do leste, do sul e do oeste, a do oeste é o lugar tradicional de oração

(daí o seu nome em hebraico, Hakótel Hama'araví, "o Muro Ocidental").

Na Esplanada das Mesquitas, rodeada pelo Muro, os muçulmanos construíram ao longo

dos séculos a Cúpula da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa.

Page 40: Santuários Mundo fernando de ogum

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TEMPLOS

TEMPLO GREGO:

O templo grego é uma das tipologias arquitetónicas de maior relevo na Grécia Antiga.

Tem origem no mégaron, um espaço existente nos anteriores palácios micénicos,

exercendo uma forte influência na posterior arquitectura da Roma Antiga e no seu

respectivo templo romano.

Áreas do templo:

· Pronaos: esta é a antecâmara que antecede o naos e que se transformará, mais tarde,

no nártex.

· Naos ou Cella: neste espaço, delimitado por 4 paredes sem janelas, é colocada a

estátua da divindade e pode ser, por vezes, organizado em 3 alas divididas por colunas.

Em templos de grandes dimensões o naos pode funcionar como um pátio interior, sem

cobertura.

· Aditon ou Abaton: espaço só acessível a sacerdotes para o culto ou colocação de

oferendas. Esta área pode funcionar de diferentes maneiras; como uma sub-divisão do

naos, aberta para ele; como uma câmara isolada no centro do naos; ou como um nicho na

parede posterior do naos.

· Opistódomo: Câmara oposta ao pronaos onde se encontra o tesouro e que também pode

funcionar, por vezes, como aditon.

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A maioria dos templos gregos clássicos eram hexastilos (fachada com seis colunas).

Alguns exemplos conhecidos são:

· O grupo de Paestum, incluindo o Templo de Hera (c. 550 AC), o Templo de Apolo (c. 450 AC),

o primeiro Templo de Ateneia («Basilica», c. 500 AC) e o segundo Templo de Hera (460-440

AC);

· O Templo de Afáia, más tarde dedicado a Atenea em Egina (c. 495 AC);

· O templo E em Selinunte (465-450 AC), dedicado a Hera;

· O Templo de Zeus em Olímpia, atualmente em ruínas;

· O templo F ou o chamado «Templo de a Concórdia» em Agrigento (c. 430 AC), um dos

templos clássicos gregos melhor conservados, mantendo quase todo o peristilo e o

entablamento;

· O «templo inacabado» de Segesta (c. 430 AC);

· O Templo de Hefesto baixo da Acrópole de Atenas, conhecido muito tempo como

«Templo de Teseu» (449-444 AC), o templo grego melhor conservado desde a antiguidade;

· O Templo de Posídon em o cabo Sunião (c. 449 AC);

· O Templo de Apolo Epicúrio em Basas (c. 450 AC).

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Templo grego

Espaços internos

aditon • naos • opistódomo • períbolo • peristilo • pronaos

Ordens

dórica • coríntia • jónica

Elementos

Ábaco • acrotério • antefixo • arquitrave • atlante • canelura • cariÁtide • capitel

• coluna • cornija • estereóbata • estilóbata • entablamento • entasis • equino •

friso • frontão • fuste • métopa • mútula • propileus • tríglifo • tímpano

Page 43: Santuários Mundo fernando de ogum

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CONJUNTO DE TEMPLOS DE KHAJURAHO

Khajuraho (hindi: , Khajurāho) é uma pequena cidade no estado de Madhya Pradesh,

a cerca de 620 quilómetros a sudoeste de Deli, capital da Índia. Segundo o censo de 2001,

a população era de 7 665 habitantes. O termo Khajuraho poderá derivar da palavra

Hindi khajur que significa Tamareira.

Khajuraho seria apenas uma pequena vila indiana localizada em Madhya Pradesh, a 620

quilômetros de Déli, não fosse por um detalhe...

Khajuraho era a capital religiosa da dinastia Hindu Rajput dos Chandelas, seguidores

do culto tântrico, que controlou esta região da Índia entre os séculos 10 e 12. O

conjunto de templos foi construído ao longo de cem anos - de 950 a 1050 - e possui uma

área central protegida por uma muralha com oito portões.

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História

Khajuraho é hoje um dos mais populares destinos turísticos na Índia, provavelmente

pela presença do maior grupo de templos Hindus medievais, famosos pelas suas

esculturas eróticas, onde serviu de capital religiosa à dinastia Hindu Rajput dos

Chandelas, que controlou esta parte da Índia entre o século 10 e o século 12 os quais

seriam seguidores do culto tântrico.

O conjunto de templos foi construído ao longo de cem anos, desde o ano 950 até ao ano

1050, dotado de uma área central protegida por uma muralha com oito portões, cada um

dos quais com duas palmeiras de ouro. Na época áurea da cidade, contavam-se mais de 80

templos Hindus, dos quais apenas 22 se encontram em estado razoável de conservação,

espalhados numa área de cerca de 21 km².

São um exemplo da ligação entre a religião e o erotismo, sendo excelentes

demonstrações dos estilos arquitectónicos da Índia que ganharam popularidade devido

à representação lascíva de alguns aspectos da forma de vida tradicional durante a

época medieval naquela região. Viriam a ser redescobertos somente durante o século

20, tendo sofrido bastante com o crescimento das selvas circundantes que causaram

prejuízos a alguns dos monumentos. O declínio económico e financeiro dos Chandelas

Rajputs é tido como a razão principal para o abandono do local como centro de culto e

vida social, sendo por isso a principal causa da deterioração provocada pela acção dos

elementos da natureza aos monumentos.

O conjunto de monumentos foi classificado pela UNESCO como Património Mundial.

Arquitetura

Os templos de Khajuraho, construídos através de superestruturas em espiral,

enquadram-se no estilo Shikhara dos templos do norte da Índia e por vezes à planta ou

esquema Panchayatana.

Alguns templos são dedicados ao panteão Jain sendo os restantes dedicados a

divindades Hindus - destacando a trindade Brahma, Vishnu e Shiva, e a várias outras

formas Devas. Os templos Panchayatana eram dotados de quatro salas de culto nos

quatro cantos e uma sala principal no centro do podium que consistia a sua base. Os

templos eram agrupados em três divisões geográficas: oriental, ocidental e sul.

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MOSTEIROS:

Um mosteiro ou monastério é uma instituição e edifício de habitação, oração e trabalho

de uma comunidade de monges ou monjas. Os mosteiros budistas são chamados de Vihara

(embora no budismo tibetano possa ser usado o termo "gompa").

Os mosteiros cristãos ocidentais também são chamados de abadia, priorado, convento

cartuxo, convento de frades, e preceptoria, enquanto a habitação de freiras também

pode ser chamada de convento. A vida comum de um mosteiro cristão é chamada

cenobítica, ao contrário do anacorético (ou anacoreta) da vida de um anacoreta e da

vida

Alguns mosteiros ...

MOSTEIRO DE JOKHANG - LHASA - TIBETE

Mosteiro de Jokhang (Lhasa, Tibete)

O Templo de Jokhang, situado no centro de Lhasa, na Praça Barkhor, foi o primeiro

templo budista do Tibete e, para muitos tibetanos, é o templo mais sagrado do país. Os

telhados são revestidos a talha dourada, onde sobressaem dois veados ladeando uma

Chakra de orações. Tal como o Palácio da Potala, em 2000 foi classificado pela UNESCO

como Patrimônio da Humanidade.

O templo construído em 647, é a primeira estrutura de madeira e alvenaria, ainda

existente no Tibete. É o centro do budismo tibetano e da terra sagrada dos seguidores

budistas. Milhares de peregrinos vêm aqui para o culto diário. Muitos dos peregrinos

estavam rastejando no chão. Aparentemente, na sua peregrinação de suas casas, os

peregrinos se prostram no chão depois de caminhar dois passos e, em seguida, repita o

processo novamente e novamente. Muitos outros foram rodas de orações de giro.

Page 46: Santuários Mundo fernando de ogum

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Praça em frente ao mosteiro. Enormes queimadores de incenso não param de ser

alimentados pelos peregrinos que circundam o templo.

Mosteiro Jokhang Templo Jokhang, ou é o famosos templos budistas de Lhasa, no Tibete. É

o centro espiritual da cidade e talvez a sua atracção

turísticos mais famosos. Ele é considerado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade,

com o Palácio de Potala e

Norbulingka Palace.

O templo foi construído pelo rei Songtsen Gampo,provavelmente em 642. Originalmente

seu nome era Rasa Tulnang Tsuklakang. Ambos Bhirututi como Wencheng, o Nepalês e

esposas do rei chinês, trazido como dote numerosas imagens budistas que foram

instalados nesta templo. Jochen, juntamente com o templo Ramoche é um dos o primeiro

construído na cidade e um dos mais reverenciados como ela abriga uma imagem de Jowo

jovem Buda disse ter sido esculpida na vida de Sidarta Gautama.

Este é um edifício de quatro andares, com telhados cobertas com telhas de bronze

dourado. Estilo projeto arquitetônico é baseado na vihara

Índia, que mais tarde tornou-se uma mistura de Nepaleses estilo e da Dinastia Tang. No

teto estão as estátuas de dois cervo dourado

acompanhamento de uma roda do Dharma.

O complexo do templo tem numerosos santuários e decorados. O salão principal do

edifícios do templo abriga a estátua de Jowo. Também

Há estátuas do rei Songtsan Gambo e seus dois esposas. Durante a revolução cultural

destruída muitas destas esculturas foram reconstruídos

utilizado em alguns casos pedaços das estátuas origina

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ALCOBAÇA: Mosteiro de Alcobaça

A Abadia de Alcobaça é um dos mais importantes mosteiros cistercienses medievais.

O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, também conhecido como Real Abadia de Santa

Maria de Alcobaça ou mais simplesmente como Mosteiro de Alcobaça, é a primeira obra

plenamente gótica erguida em solo português. Foi começado em 1178 pelos monges de

Cister. Está classificado como Património da Humanidade pela UNESCO e como Monumento

Nacional, desde 1910.

Em 7 de Julho de 2007. Foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal. Em 1834 os

monges foram obrigados a abandonar o mosteiro, na sequência da expulsão de todas as

ordens religiosas de Portugal durante a administração de Joaquim António de Aguiar,

um primeiro ministro notório pela sua política anti-eclesiástica.

Ao estatuto de monumento emblemático da Ordem durante o século XIII, a nível europeu,

juntam-se os de primeira obra inteiramente gótica de Portugal e de segundo panteão da

monarquia nacional, depois dos enterramentos régios de D. Afonso I e de D. Sancho I em

Coimbra.

O mosteiro foi fundado em 1153 por doação do nosso primeiro monarca a Bernardo de

Claraval.

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TAKTSANG: Mosteiro budista:

Mosteiro de Taktsang ou Paro Taktsang (spa phro stag tshang) / (spa gro stag tshang)

é um dos mais afamados mosteiros do Butão. Ele foi construido em 1692 na boca da

caverna Taktsang Senge Samdup (stag tshang seng ge bsam grub) onde o santo budista

Guru Padmasambhava teria meditado lá pelos idos anos 800 da Era Comum.

Este mosteiro situado a 3 120 metros de altitude é uma dentre treze cavernas

taktsang(s) ou os chamados ninho(s) do tigre (tiger lair, em inglês)" espalhados pelo

Tibete e Butão onde o santo Padmasambhava teria meditado em sua época.

O nome Taktsang (stag tshang) significa o ninho do tigre. Sendo que, reza a antiga

lenda, o santo Padmasambhava (também conhecido como Gurú Rinpoche) milagrosamente

voou até lá montado nos lombos de um fabuloso tigre.

Dentre os vários mestres famosos que visitaram o local no passado consta o nome do

famoso poeta tibetano Jetsun Milarepa.

O monastério tem sete templos abertos ao público, tanto a fiéis como a turistas

curiosos. O edifício sofreu vários incêndios em diferentes épocas, e o que se vê hoje em

dia, naturalmente, é a mais recente restauração.

Existem duas opções de ascensão: alcança-se o topo simplesmente a pé ou,

alternativamente, montado em uma mula de serviço de aluguel.

STUPA

O Stupa (ou ainda Estupa) é um tipo de monumento ou parte de um templo, construído em

forma de torre, geralmente cónica, circundada por uma abóbada e, por vezes, com um ou

vários chanttras (toldos de lona). Originalmente era um monumento funerário de pedra,

semi-esférico, com cúpula, mirante e balaustradaCom o advento do Budismo, evoluiu para

uma representação arquitetônica do cosmo.

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CATEDRAIS:

NOTRE-DAME: Catedral de Paris

A Catedral de Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas catedrais francesas em

estilo gótico. Iniciada sua construção no ano de 1163, é dedicada a Maria, Mãe de Jesus

Cristo (daí o nome Notre-Dame – Nossa Senhora), situa-se na praça Parvis, na pequena

ilha Île de la Cité em Paris, França, rodeada pelas águas do Rio Sena.

A catedral surge intimamente ligada à ideia de gótico no seu esplendor, ao efeito claro

das necessidades e aspirações da sociedade da altura, a uma nova abordagem da

catedral como edifício de contacto e ascensão espiritual.

A arquitetura gótica é um instrumento poderoso no seio de uma sociedade que vê, no

início do século XI, a vida urbana transformar-se a um ritmo acelerado. A cidade

ressurge com uma extrema importância no campo político, no campo económico (espelho

das crescentes relações comerciais), ascendendo também, por seu lado, a burguesia

endinheirada e a influência do clero urbano. Resultado disto é uma substituição também

das necessidades de construção religiosa fora das cidades, nas comunidades monásticas

rurais, pelo novo símbolo da prosperidade citadina, a catedral gótica. E como reposta à

procura de uma nova dignidade crescente no seio de França, surge a Catedral de Notre-

Dame de Paris.

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As turbulências da História

A catedral foi, nos finais do século XVII, durante o reinado de Luís XIV, palco de

alterações substanciais principalmente na zona este, em que túmulos e vitrais foram

destruídos para substituir por elementos mais ao gosto do estilo artístico da época, o

Barroco.

Em 1793, no decorrer da Revolução francesa e sob o culto da razão, mais elementos da

catedral foram destruídos e muitos dos seus tesouros roubados, acabando o espaço em

si por servir de armazém para alimentos.

Com o florescer da época romântica, outros olhares são lançados à catedral e a

filosofia vira-se para o passado, enaltecendo e mistificando numa aura poética e

etérea a história de outras épocas e a sua expressão artística. Sob esta nova luz do

pensamento é iniciado um programa de restauro da catedral em 1844, liderado pelos

arquitetos Eugene Viollet-le-Duc e Jean-Baptiste-Antoine Lassus, que se estendeu por

vinte e três anos.

Em 1871, com a curta ascensão da Comuna de Paris , a catedral torna-se novamente pano

de fundo a turbulências sociais, durante as quais se crê ter sido quase incendiada.

Em 1965, em consequência de escavações para a construção de um parque subterrâneo

na praça da catedral, foram descobertas catacumbas que revelaram ruínas romanas,

da catedral merovíngia do século VI e de habitações medievais.

Já mais próximo da actualidade, em 1991, foi iniciado outro projecto de restauro e

manutenção da catedral que, embora previsto para durar dez anos, se prolonga além

do prazo.

A literatura e a fama

durante o espírito do romantismo, victor hugo escreveu, em 1831, o romance ―notre-Dame

de paris‖, o corcunda de notre-Dame. Situando os acontecimentos na catedral durante a

Idade Média, a história trata de Quasimodo que se apaixona por uma cigana de nome

Esmeralda. A ilustração poética do monumento abre portas a uma nova vontade de

conhecimento da arquitectura do passado e, principalmente, da Catedral de Notre-Dame

de Paris.

Momentos altos na catedral

· 1314 - Na praça Parvis, em frente à fachada ocidental da catedral, o último grão

mestre templário, Jacques de Molay, após dez anos na prisão, juntamente com outros

templários, foram executados queimados vivos na fogueira. Foram condenados pela

igreja católica com ordem direta do Papa Clemente V, influenciado e pressionado pelo

rei Filipe IV de França, que acusaram os templários de serem hereges, culpados de

adoração ao demônio, homossexualidade, desrespeito à Santa Cruz, sodomia e outros

comportamentos de blasfêmia.

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· 1431 - Coroação de Henrique VI de Inglaterra durante a Guerra dos cem anos.

· 1804 - Coroação a 2 de Dezembro de Napoleão Bonaparte a imperador de França e

sua mulher Josefina de Beauharnais a imperatriz, na presença do Papa Pio VII

· 1909 - Beatificação de Joana d'Arc.

MAGDEBURG:Catedral de Saint Maurice e Catherine

A Catedral de Magdeburg, chamada oficialmente Catedral de Saint Maurice e Catherine

(conhecido como Dom Magdeburger em alemão) foi uma das primeiras catedrais góticas

da Alemanha. Com a sua altura elevada de 99,25 e 100,98 m, respectivamente, é uma das

maiores catedrais da antiga República Democrática Alemã. A catedral está em

Magdeburg, capital da Saxônia-Anhalt, Alemanha, e é também o túmulo de Oto I da

Alemanha.

A primeira igreja construída em 937 sobre a localização da atual catedral foi a

Abadia de St. Maurice, dedicada a St. Moritz. A construção da catedral atual durou

cerca de 300 anos, desde o início em 1209 até o final da torre, em 1520. Apesar de ter sido

assaltado várias vezes, é rica em arte, desde a Idade Média, à arte contemporânea.

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COLONIA: Catedral Gótica da cidade de Colônia Alemanha

A Catedral de Colônia (alemão: Kölner Dom), localizada na cidade alemã de Colônia, é

uma igreja de estilo gótico, o marco principal da cidade e seu símbolo não-oficial.

A construção da igreja gótica começou no século XIII (1248) e levou, com as

interrupções, mais de 600 anos para ser completada. As duas torres possuem 157 metros

de altura, com a catedral possuindo comprimento de 144 metros e largura de 86 metros.

Quando foi concluída em 1880, era o prédio mais alto do mundo. A catedral é dedicada a

São Pedro e a Maria.

Foi construída no local de um templo romano do século IV, um edíficio quadrado conhecido

como a "mais velha catedral" e administrada por Maternus, o primeiro bispo cristão de

Colônia. Uma segunda igreja foi construída no local, a chamada "Velha Catedral", cuja

construção foi completada em 818, que acabou queimada em 30 de abril de 1248.

Com a Segunda Guerra Mundial, a catedral acabou recebendo 14 ataques por parte de

bombas aéreas e não caiu; a reconstrução foi completada em 1956. Na base da torre

noroeste, um reparo de emergência realizado com tijolos de má-qualidade retirados de

uma ruína próxima da guerra permaneceu visível até fim da década de 1990 como uma

lembrança da guerra, mas então foi decidido que a parte deveria ser reformada para

seguir a aparência original.

Segundo a tradição, no interior da catedral está guardado o relicário de ouro com os

restos mortais dos Três Reis Magos Baltazar, Melchior e Gaspar.

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ULM: A catedral mais alta do mundo

A Catedral de Ulm (Ulmer Münster, em alemão) é a mais alta igreja do mundo, com a

torre de 161,53m de altura e 768 degraus. E também um exemplo resistente da

arquitetura eclesiástica gótica. A Catedral de Ulm nunca foi sede de um Bispo. Assim

como a famosa Catedral de Colônia, a Catedral de Ulm permaneceu incompleta até o

século XIX.

História

No século 14, a paróquia de Ulm se localizava fora dos muros da cidade e os burgueses

decidiram unir forças para erguer uma nova igreja no centro da cidade e em 1377 foi

lançada a pedra fundamental. Para a igreja foram concebidas três naves principais de

mesma altura e uma unica torre.

Em 1392, Ulrich Ensingen (um dos autores da Catedral de Estrasburgo) foi nomeado

arquiteto chefe. Ulrich imediatamente desenvolveu planos para tornar a Catedral a

mais alta igreja da Europa.

A Catedral foi consagrada no ano de 1405, no entanto, danos estruturais começaram a

surgir devido principalmente a altura das naves e ao peso do pavimento. Para resolver

os problemas estruturais foram adicionadas uma centena de colunas nas naves

laterais.

Já em 1531 os cidadãos de Ulm, adeptos do Protestantismo, paralisaram as obras até o

fim do movimento Reformista e novamente em 1543 antes que o campanário atingisse a

altura de 100 metros.

As paralisações foram causadas por fatores políticos e religiosos como a Guerra dos

Trinta Anos em 1618 e a Guerra da Sucessão Espanhola em 1703. O resultado foi uma

estagnação econômica causando o corte de gastos públicos.

Em 1817 as obras foram retomadas e finalmente em Maio de 1890 a Catedral foi

concluída.

Page 54: Santuários Mundo fernando de ogum

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Problemas

Além das sucessivas paralisações na construção, a Catedral de Ulm também sofreu

danos durante a Segunda Guerra Mundial. Os constantes bombardeios danificaram

intensamente a igreja, mas o mais intenso deles ocorreu em 17 de dezembro de 1944 que

devastou toda a cidade e a Catedral e 80% do centro de Ulm foi destruído.

Arte

O Tímpano da Catedral de Ulm retrata passagens do Gênesis oriundo da Idade Média.

Em 1877, a congregação judaica de Ulm - incluindo Hermann Einstein, o pai de Albert

Einstein - doou fundos para a construção de uma estátua do profeta Jeremias.

Em 1763, Wolfgang Amadeus Mozart tocou na Catedral e o evento ficou conhecido como

uma das maiores apresentações de Órgão (instrumento) do mundo.

IGREJAS E CATEDRAIS MAIS ALTAS DO MUNDO

Altura (metros)

Nome

Término da construção

Cidade

País

Observações

161,5 m

Catedral de Ulm

1890

Ulm

Alemanha

Projetada para ser menor, mas o tamanho aumentou com o intuito de ultrapassar a

Catedral de Colônia; segunda maior igreja gótica (e maior igreja gótica protestante)

da Alemanha

159,7 m

Catedral de Lincoln

1311

Lincoln

Page 55: Santuários Mundo fernando de ogum

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Inglaterra

Hoje com 83 m - torre destruída em 1549; edifício mais alto do mundo de 1311 a 1549

158,4 m

Igreja de São Olavo

1519

Tallinn

Estônia

Hoje com 123 m - torre destruída por raio em 1625; edifício mais alto do mundo de 1549 a

1625

158 m

Basílica de Nossa Senhora da Paz de Yamoussoukro

1989

Yamoussoukro

Costa do Marfim

Maior igreja do mundo; maior domo de igreja do mundo; igreja Católica mais alta do

mundo

157,4 m

Catedral de Colônia

1880

Colônia

Alemanha

Mais alto edifício do mundo de 1880 a 1884; maior igreja gótica da Alemanha; mais alta

catedral Católica do mundo

153 m

Catedral de Saint-Pierre de Beauvais

1569

Beauvais

França

Torre destruída em 1593

151 m

Page 56: Santuários Mundo fernando de ogum

56

Catedral Notre-Dame de Rouen

1876

Rouen

França

Edifício mais alto do mundo de 1876 a 1880; maior igreja da França

150 m

Catedral de São Paulo

1240

Londres

Inglaterra

Torre destruída por raio em 1561; catedral totalmente destruída no Grande Incêndio de

Londres em 1666

147,3 m

St. Nikolai

1847

Hamburgo

Alemanha

Edifício mais alto do mundo de 1847 a 1876; o restante da igreja foi bombardeada em

1943 - restou apenas uma torre.

144.0m

Catedral de Estrasburgo

1439

Estrasburgo

França

Edifício mais alto do mundo de 1625 a 1847

137 m

Stephansdom

1570

Viena

Page 57: Santuários Mundo fernando de ogum

57

Áustria

Mais alta igreja da Áustria

136 m

Igreja de São Pedro

Século XV

Riga

Letônia

Torre destruída em 1666 e novamente em 1721; torre e telhado destruídos na Segunda

Guerra Mundial

134,5 m

St Lambert e Notre Dame

1433

Liège

Bélgica

Destruída pelos Liegeois em 1793 após a Revolução Francesa

134,1 m

Nova Catedral de Linz

1924

Linz

Áustria

132,8 m

Igreja de St. Petri

1878

Hamburgo

Alemanha

132,5 m

Page 58: Santuários Mundo fernando de ogum

58

Basílica de São Pedro

1626

Cidade do Vaticano

Vaticano

Maior igreja com o domo mais alto do mundo de 1626 a 1989

131,9 m

Igreja de St. Michaelis

1786

Hamburgo

Alemanha

131,3 m

Abadia de Malmesbury

Malmesbury

Inglaterra

Torre destruída no final do século XV ou no início do século XVI.

130,6 m

St. Martin

1500

Landshut

Alemanha

Estrutura de alvenaria mais alta do mundo

130 m

St. Elisabeth

1535

Wroclaw

Polônia

Hoje com 83 m, torre destruída em 1529 durante tempestade

128 m

Page 59: Santuários Mundo fernando de ogum

59

Santuário de Nossa Senhora de Lichen

2000

Stary Licheń

Polônia

Maior igreja da Polônia, sétima maior da Europa e décima primeira maior do mundo

127 m

Martinikerk (torre chamada Martinitoren)

1482

Groninga

Países Baixos

Pináculo destruído por fogo em 1577, agora com 97 m de altura

125 m

Igreja de São Jacobi

1962

Hamburgo

Alemanha

125 m

Marienkirche

1350

Lübeck

Alemanha

124 m

Catedral de Maringá

1972

Maringá

Brasil

123 m

Page 60: Santuários Mundo fernando de ogum

60

Onze-Lieve-Vrouwekathedraal

1521

Antuérpia

Bélgica

123 m

Catedral de Salisbury

1315

Salisbury

Inglaterra

Mais alta igreja do Reino Unido

123 m

Igreja de São Pedro

1973

Riga

Letônia

Já foi maior; mais alta igreja da Letônia

123 m

Catedral de Pedro e Paulo

1733

São Petersburgo

Rússia

122,3 m

Abbaye-aux-Hommes

Século XIII

Caen

França

Torre substituída por outra menor no século XVII

121 m

Page 61: Santuários Mundo fernando de ogum

61

Igreja de San Gaudenzio (Novara)

1878

Novara

Itália

119,8 m

Catedral Basílica de São Tiago Apóstolo

1892

Szczecin

Polônia

Torre destruída durante bombardeio em 1944; hoje (2008) mede 110,16 m - segunda maior

igreja da Polonia.

119,8 m

Igreja de Riverside

1930

Nova Iorque

Estados Unidos

119,2m

Domkyrka

1435

Uppsala

Suécia

119 m

Reinoldikirche

1520

Dortmund

Alemanha

Construída em 1454 com 112m, destruída por terremoto em 1661, agora com 104 m (340 ft)

Page 62: Santuários Mundo fernando de ogum

62

118,3 m

Catedral de Metz

1468

Metz

França

117,5 m

Catedral de Schwerin

1892

Schwerin

Alemanha

117 m

São Petrikirche

1577

Rostock

Alemanha

116,5 m

Münster

1330

Freiburg

Alemanha

116,5 m

Dom

1905

Berlim

Alemanha

Domo danificado na Segunda Guerra Mundial

Page 63: Santuários Mundo fernando de ogum

63

115,9 m

Onze-Lieve-Vrouwekerk

1350

Bruges

Bélgica

115,3 m

St. Katharinen

1657

Hamburgo

Alemanha

115,3 m

Sagrada Família

em construção

Barcelona

Espanha

Prevista para ter 172 m (564 pés)

115 m

São Andreas

1389

Hildesheim

Alemanha

115 m

Duomo

1434

Florença

Itália

Page 64: Santuários Mundo fernando de ogum

64

114,6 m

Catedral de Chartres

1514

Chartres

França

114 m

Basílica de Saint Michael

1492

Bordeaux

França

113 m

Igreja Memorial do Kaiser Guilherme

1895

Berlim

Alemanha

Espira danificada na Segunda Guerra Mundial, altura actual: 68 m

112,5 m

Domtoren

1382

Utrecht

Países Baixos

O domo da catedral foi destruído durante uma tempestade em 1674

112 m

Catedral de Schleswig

1894

Schleswig

Alemanha

Page 65: Santuários Mundo fernando de ogum

65

112 m

CAtedral de Amiens

1549

Amiens

França

111,5 m

Catedral de São Paulo

1710

Londres

Inglaterra

Mais alto edifício de Londres até 1962

111 m

Johanniskirche

Século XIV

Lüneburg

Alemanha

110,4 m

Herz-Jesu-Kirche

1891

Graz

Áustria

110,1 m

Catedral Nova

1733

Salamanca

Espanha

Page 66: Santuários Mundo fernando de ogum

66

109 m

Duomo di Milano

1858

Milão

Itália

108,8 m

Nieuwe Kerk

1496

Delft

Países Baixos

106 m

Santuário da Madonna Negra

1900

Czestochowa

Polônia

106 m

Igreja de Saint-Joseph

1957

Le Havre

França

105 m

Igreja de Niguliste

1230

Tallinn

Estônia

Page 67: Santuários Mundo fernando de ogum

67

105 m

Catedral de Regensburg

1856

Regensburg

Alemanha

105 m

Catedral de Zagreb

1899

Zagreb

Croácia

105 m

Catedral de Lübeck

1341

Lübeck

Alemanha

105 m

Os Inválidos

1706

Paris

França

105 m

Sankta Klara

1888

Estocolmo

Suécia

Page 68: Santuários Mundo fernando de ogum

68

105 m

St. Petri

1310

Malmö

Suécia

105 m

Catedral de São Patrick

1939

Melbourne

Austrália

105 m

Catedral de Cristo o Salvador

2000

Moscou

Rússia

Reconstrução; catedral original consagrada em 1883 e demolida pelos soviéticos em

1931; ainda a mais alta igraja Ortodoxa do mundo

105 m

Igreja de St. Catherine

1550

Hoogstraten

Bélgica

104 m

Catedral de Magdeburg

1520

Magdeburg

Alemanha

Page 69: Santuários Mundo fernando de ogum

69

Mais alta igreja da antiga Alemanha Oriental

104 m

Reinoldikirche

1954

Dortmund

Alemanha

Tinha 119 m de 1520 até 1661

103,3 m

Catedral de St. Patrick

1878

Nova Iorque

Estados Unidos

103 m

Igreja de St. Stanislaw e St. Waclaw

1496

Swidnica

Polônia

103 m

Katharinenkirche

1430

Osnabrück

Alemanha

102,6 m

Igreja de Santa Maria

1854

Chojna

Polônia

Page 70: Santuários Mundo fernando de ogum

70

102,3 m

Catedral de Ypres

Século XX

Ypres

Bélgica

Rélica quase perfeita da igreja medieval destruída na Primeira Guerra Mundial

102 m

Catedral de St. Bartolomeu

1600

Plzeň

República Tcheca

101,8 m

Catedral de Saint Isaac

1858

São Petersburgo

Rússia

Igreja Ortodoxa mais alta de 1858 a 1883 e 1937 a 2000

101,5 m

Catedral de São Stanislaw

1912

Lódz

Polônia

101 m

Catedral Anglicana de Liverpool

1978

Liverpool

Inglaterra

Page 71: Santuários Mundo fernando de ogum

71

Maior catedral e igreja protestante da Europa e possivelmente a maior igreja

protestante do mundo

101 m

Catedral de St. Wenceslas

1892

Olomouc

República Tcheca

101 m

Catedral de Segóvia

1558

Segovia

Espanha

100 m

Gedächtniskirche

1904

Speyer

Alemanha

100 m

Münster

1893

Bern

Suíça

100 m

Basílica do National Shrine da Imaculada Conceição

1959

Washington, DC

Page 72: Santuários Mundo fernando de ogum

72

Estados Unidos

Maior Igreja Católica Romana das Américas

100 m

Catedral da Sé

1954

São Paulo

Brasil

A Catedral da Sé é considerada um dos 5 maiores templos góticos do mundo. Seu órgão de

origem italiana é o maior da América do Sul.

100 m

Basílica de Nossa Senhora Aparecida

1980

Aparecida

Brasil

99,5 m

Igreja de São Vicente

1883

Eeklo

Bélgica

99,5 m

Catedral de São Vitus

1929

Praga

República Checa

99,5 m

Frauenkirche

1525

Page 73: Santuários Mundo fernando de ogum

73

Munique

Alemanha

99 m

Igreja de São João

1892

Stargard Szczecinski

Polônia

99 m

Votivkirche

1879

Viena

Áustria

98 m

St.-Petri-Dom

1893

Bremen

Alemanha

98 m

Onze-Lieve-Vrouwentoren

Século XV

Amersfoort

Países Baixos

O restante da igreja explodiu acidentamente em 1797

98 m

Grote Kerk

Page 74: Santuários Mundo fernando de ogum

74

Breda

Países Baixos

98 m

Basílica de St. Martin

1534

Amberg

Alemanha

97,8 m

Catedral de Nidaros

1300

Trondheim

Noruega

97,3 m

Marktkirche

Século XIV

Hannover

Alemanha

96,9 m

Martinikerk

1627

Groninga

Países Baixos

Já foi mais alta

96,9 m

Catedral de São Rumboldo

1520

Page 75: Santuários Mundo fernando de ogum

75

Mechelen

Bélgica

A torre deveria ter aproximadamente 127 m (417 ft), mas o dinheiro acabou

96,9 m

Oratório de São José

1967

Montreal

Canadá

Mais alta igreja do Canadá

96,6 m

Igreja Agrícola

1935

Helsinki

Finlândia

Ainda a construção mais alta da Finlândia

96 m

Catedral de Norwich

1480

Norwich

Inglaterra

96 m

Catedral Ortodoxa de Timisoara

1946

Timisoara

Roménia

96 m

Domkirke

1500

Page 76: Santuários Mundo fernando de ogum

76

Aarhus

Dinamarca

96 m

Kreuzkirche

1788

Dresden

Alemanha

96 m

Igreja de Saint Leopold (Donaufeld)

1914

Viena

Áustria

96 m

Basílica de St. Stephen

1905

Budapeste

Hungria

Ainda a mais alta construção de Budapeste

96 m

Catedral de São Paulo

1931

Melbourne

Austrália

95,7 m

Tyska Kyrkan

1884

Page 77: Santuários Mundo fernando de ogum

77

Estocolmo

Suécia

95,4 m

Catedral de St. Colman's

1919

Cobh

República da Irlanda

Maior torre de igreja da Irlanda

95,1 m

Frauenkirche

1743

Dresden

Alemanha

Destruída em um bombardeio em 1945 e reedificada em 2005

95,1 m

Kaiserdom

1877

Frankfurt

Alemanha

94,1 m

Igreja de St Walburge

1866

Preston

Inglaterra

93,8 m

Kreuzkirche

1800

Page 78: Santuários Mundo fernando de ogum

78

Dresden

Alemanha

93,8 m

Catedral de St. John

1861

Limerick

Irlanda

Segunda mais alta torre de igreja da Irlanda

93,8 m

Catedral de Paderborn

Século XIII

Paderborn

Alemanha

93,5 m

Igraja da Ressurreição de Cristo

1907

São Petersburgo

Rússia

93,5 m

St. Ulrich e Afra

1594

Augsburg

Alemanha

92,9 m

Eusebiuskerk

1965

Page 79: Santuários Mundo fernando de ogum

79

Arnhem

Países Baixos

92,9 m

Catedral de St. James

1853

Toronto

Canadá

92,9 m

Catedral de Sevilla

1196

Sevilla

Espanha

92,6 m

Grote Kerk

1424

Haia

Países Baixos

92,6 m

Igreja Presbiteriana Coral Ridge

1973 (?)

Forte Lauderdale

Estados Unidos

92,3 m

Catedral de Múrcia

1792

Page 80: Santuários Mundo fernando de ogum

80

Múrcia

Espanha

91,7 m

Catedral Nacional de Washington

1990

Washington, DC

Estados Unidos

91,1 m

Saint-Jacobuskerk

1878

Haia

Países Baixos

91,1 m

St. Andreas

Século XII

Braunschweig

Alemanha

90,5 m

Catedral de Canterbury

1077

Canterbury

Inglaterra

A torre foi reconstruída em 1494 com o tamanho atual

90 m

Notre-Dame de Paris

1345

Page 81: Santuários Mundo fernando de ogum

81

Paris

França

90 m

Catedral Velha

1433

Coventry

Inglaterra

A torre foi a única parte que restou intacta da catedral quando bombardeada em 1940

90 m

Catedral de Santa Eulália

Século XV

Barcelona

Espanha

90 m

Catedral de Riga

1776

Riga

Letônia

90 m

Nova Igreja Evangélica Garnison

1897

Berlim

Alemanha

90 m

São Nikolajs

1829

Page 82: Santuários Mundo fernando de ogum

82

Copenhague

Dinamarca

90 m

Catedral Episcopal de Santa Maria

1917

Edimburgo

Escócia

90 m

Igreja Paroquial de São Tiago

1515

Louth

Inglaterra

a maior igreja eclesiástica Anglicana do Reino Unido

90 m

Garnisonkirche St. Martin

1900

Dresden

Alemanha

90 m

Georgskirche

1501

Nördlingen

Alemanha

Page 83: Santuários Mundo fernando de ogum

83

90 m

Mosteiro do Escorial

1584

San Lorenzo de El Escorial

Espanha

90 m

Catedral de Toledo

1440

Toledo

Espanha

90 m

Abbaye-aux-Hommes

Século XIII

Caen

França

Já foi bem mais alta

90 m

Saint-Eloi

Século XV

Dunkirk

França

90 m

Basílica do Sagrado Coração

1971

Bruxelas

Bélgica

Page 84: Santuários Mundo fernando de ogum

84

89,9 m

Vor Frelsers Kirke

1696

Copenhaga

Dinamarca

89,3 m

Catedral de Saint Bavo

1538

Gante

Bélgica

89,3 m

St. Mary Redcliffe

1872

Bristol

Inglaterra

Segunda maior torre de igreja eclesiástica da Inglaterra; a antiga torre foi destruída

em uma tempestade na década de 1440

88,7 m

Catedral Metropolitana do Cristo Rei

1967

Liverpool

Inglaterra

88,3 m

Peterskirche

1885

Leipzig

Alemanha

Page 85: Santuários Mundo fernando de ogum

85

88 m

Catedral de Burgos

1400

Burgos

Espanha

87,7 m

Dreikönigskirche

1857

Dresden

Alemanha

Completamente destruída no bombardeio de 1945 e agora reconstruída

87,1 m

Catedral

1787

Orléans

França

87,1 m

Saint-Epvre

1872

Nancy

França

86,8 m

Catedral de Westminster

1903

Londres

Inglaterra

Page 86: Santuários Mundo fernando de ogum

86

86,5 m

Schlosskirche

1897

Chemnitz

Alemanha

Destruída em 1945 e reconstruída consideralmente menor

86,2 m

Liebfrauenkirche

1651

Bremen

Alemanha

86,2 m

Igreja de St. Wulfram's

1450

Grantham

Inglaterra

86,2 m

Aegidienkirche

1840

Lübeck

Alemanha

86,2 m

Catedral de São Tiago

1225

Riga

Letônia

Page 87: Santuários Mundo fernando de ogum

87

86,2 m

Marienkirche

Século XIV

Mühlhausen

Alemanha

Segunda maior na Turíngia

86,2 m

Jakobskirche

Século XVI

Straubing

Alemanha

86,2 m

Igreja de Saint-Ouen

1851

Rouen

França

86 m

St. Georg

1904

Ulm

Alemanha

85,9 m

Hofkirche

1755

Dresden

Alemanha

Page 88: Santuários Mundo fernando de ogum

88

Elevada ao status de catedral em 1980; maior igreja da Saxônia

85,9 m

Catedral de Turku

1834

Turku

Finlândia

85,9 m

Igreja de St. Elphin

Década de 1860

Warrington

Inglaterra

A igreja data de 1354

85,6 m

Basílica de Saint-Denis

1281

Saint-Denis

França

Agora consideravelmente menor

85,6 m

Dom

Berlim

Alemanha

Reconstruída após a Segunda Guerra Mundial; considerada maior antigamente

85,3 m

Westerkerk

1638

Amsterdão

Países Baixos

Page 89: Santuários Mundo fernando de ogum

89

Maior igreja protestante dos Países Baixos

85,3 m

Johanneskirche

1881

Düsseldorf

Alemanha

85,3 m

Igreja de Saint-Esprit

1931

Paris

França

85 m

Igreja de St. Mary Abbot

1879

Londres

Inglaterra

Mais alta torre de igreja de Londres

85 m

Igreja de Saint-Nicolas

Século XIX

Nantes

França

83,5 m

Igreja de Santa Maria

1292

Stargard Szczecinski

Polônia

Page 90: Santuários Mundo fernando de ogum

90

82,9 m

St. Botolph

1520

Boston

Inglaterra

Mais alta torre de igreja (em oposição ao domo) na Iglaterra; conhecida como "Boston

Stump"

Page 91: Santuários Mundo fernando de ogum

91

CIDADES SAGRADAS:

O Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (italiano:

Stato della Città del Vaticano), é a sede da Igreja Católica e uma cidade-estado

soberana sem costa marítima cujo território consiste de um enclave murado dentro da

cidade de Roma, capital da Itália. Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com

uma população de pouco mais de 800 habitantes, é o menor Estado do mundo, tanto por

população quanto por área.

A Cidade do Vaticano é uma cidade-estado que existe desde 1929. É distinta da Santa Sé,

que remonta ao Cristianismo primitivo e é a principal sé episcopal de 1,142 bilhão de

Católicos Romanos (Latinos e Orientais) de todo o mundo. Ordenanças da Cidade do

Vaticano são publicados em italiano; documentos oficiais da Santa Sé são emitidos

principalmente em latim. As duas entidades ainda têm passaportes distintos: a Santa Sé,

como não é um país, apenas trata de questões de passaportes diplomáticos e de serviço;

o estado da Cidade do Vaticano cuida dos passaportes normais. Em ambos os casos, os

passaportes emitidos são muito poucos.

Page 92: Santuários Mundo fernando de ogum

92

O Tratado de Latrão, de 1929, que criou a cidade-estado do Vaticano, a descreve como

uma nova criação (preâmbulo e no artigo III) e não como um vestígio dos muito maiores

Estados Pontifícios (756-1870), que anteriormente abrangiam a Itália central. A maior

parte deste território foi absorvido pelo Reino da Itália em 1860 e a porção final, ou

seja, a cidade de Roma, com uma pequena área perto dele, dez anos depois, em 1870.

A Cidade do Vaticano é um estado eclesiástico ou sacerdotal-monárquico, governado

pelo bispo de Roma, o Papa. A maior parte dos funcionários públicos são todos os

clérigos católicos de diferentes origens raciais, étnicas e nacionais. É o território

soberano da Santa Sé (Sancta Sedes) e o local de residência do Papa, referido como o

Palácio Apostólico.

Os papas residem na área, que em 1929 tornou-se Cidade do Vaticano, desde o retorno de

Avignon em 1377. Anteriormente, residiam no Palácio de Latrão na colina Celio no lado

oposto de Roma, local que Constantino deu ao Papa Milcíades em 313. A assinatura dos

acordos que estabeleceram o novo estado teve lugar neste último edifício, dando

origem ao nome Tratado de Latrão, pelo qual é conhecido.

Page 93: Santuários Mundo fernando de ogum

93

JERUSALÉM

erusalém tem um papel importante no judaísmo, cristianismo e islamismo. O Livro anual

de estatística de Jerusalém listou 1.204 sinagogas, 158 igrejas, e 73 mesquitas dentro

da cidade. Apesar dos esforços em manter coexistência pacífica religiosa, alguns

locais, como o Monte do Templo, tem sido continuamente fonte de atritos e controvérsias.

Jerusalém é sagrada para os judeus desde que o Rei David a proclamou como sua capital

no 10º século a.C. Jerusalém foi o local do Templo de Salomão e do Segundo Templo. Ela é

mencionada na Bíblia 632 vezes.

Hoje, o Muro das Lamentações, um remanescente do muro que contornava o Segundo

Templo, é o segundo local sagrado para os judeus perdendo apenas para o Santo dos

santos no próprio Monte do Templo. Sinagogas ao redor do mundo são tradicionalmente

construídas com o seu Aron Hakodesh voltado para Jerusalém, e as dentro de Jerusalém

voltado para o Santo dos santos. Como prescrito no Mishná e codificado no Shulchan

Aruch, orações diárias são recitadas em direção a Jerusalém e ao Monte do Templo.

Muitos judeus tem placas de "Mizrach" (oriente) penduradas em uma parede de suas

casas para indicar a direção da oração.

O cristianismo reverencia Jerusalém não apenas pela história do Antigo Testamento

mas também por sua significância na vida de Jesus. De acordo com o Novo Testamento,

Jesus foi levado para Jerusalém logo após seu nascimento e depois em sua vida quando

limpou o Segundo Templo. O Cenáculo que se acreditava ser o local da última ceia de

Jesus, é localizado no Monte Sião no mesmo prédio que sedia a tumba de David. Outro

lugar proeminente cristão em Jerusalém e o Gólgota, o local da crucificação. O

Evangelho de João o descreve como sendo localizado fora de Jerusalem, mas evidências

arqueológicas recentes sugestionam que Golgotha fica a uma curta distância do muro

da Cidade Antiga, dentro do confinamento dos dias presentes da cidade. A terra

correntemente ocupada pelo Santo Sepulcro é considerado um dos principais candidatos

para o Gólgota e ainda tem sido um local de peregrinação de cristãos pelos últimos dois

mil anos.

Page 94: Santuários Mundo fernando de ogum

94

Jerusalém é considerada a terceira cidade sagrada do Islamismo. Aproximadamente um

ano antes de ser permanentemente trocada por Caaba em Mecca, a qibla (direção da

oração) para os muçulmanos era Jerusalém. A permanência da cidade no Islão,

entretanto, é primariamente de acordo com a Noite de Ascensão de Maomé (c. 620 d.C.). Os

muçulmanos acreditam que Maomé foi miraculosamente trasportado em uma noite de

Mecca para o Monte do Templo em Jerusalém, aonde ele ascendeu ao Paraíso para

encontrar os profetas anteriores do Islão. O primeiro verso no Al-Isra do Alcorão

notifica o destino da jornada de Maomé como a Mesquita de Al-Aqsa (a mais distante), em

referência à sua localização em Jerusalém. Hoje, o Monte do Templo é coberto por dois

marcos islâmicos para comemorar o evento — A Mesquita de Al-Aqsa, derivada do nome

mencionado no Alcorão, e a Cúpula da Rocha, que fica em cima da Pedra Fundamental, na

qual os muçulmanos acreditam que Maomé ascendeu ao céu.

MECA:

Meca (pronunciado / mɛkə /, também chamado Makka(árabe: كة :Meca (na íntegra: árabe م

al كة كرمة Bahia م م Mukarrama [Maek tælmukær ː æ ː æmæ], turco: Mekke) é a terceira-ال

maior cidade da Arábia Saudita, considerada o local mais sagrado de reunião da

religião islâmica. Culturalmente, a cidade é moderna, cosmopolita e etnicamente

diversa.

A tradição islâmica atribui o início de Meca aos descendentes de Ismael. No século VII, o

profeta islâmico Maomé proclamou o Islamismo na cidade, então um importante centro

comercial, e a cidade desempenhou um papel importante na história inicial do Islã. Após

966, Meca foi liderada por sharifs locais, até 1924, quando ficou sob o domínio dos

sauditas. No seu período moderno, Meca viu uma grande expansão em tamanho e

infraestrutura.

Page 95: Santuários Mundo fernando de ogum

95

A cidade moderna situa-se na Arábia Saudita e a capital da província Makkah, na

região histórica de Hejaz. Com uma população de 1,7 milhões (2008), a cidade está

localizada a 73 km adentro de Jeddah, em um vale estreito, e 277m acima do nível do mar.

Todos os anos, a cidade saudita de Meca recebe milhões de muçulmanos para um ritual

histórico e religioso de desapego, arrependimento e reflexão. O Hajj, que significa

"peregrinação" em árabe, é um dos cinco pilares da religião islâmica - junto com o

testemunho, a reza, a esmola e o ramadão.

A caminhada é antiga e foi realizada por todos os profetas a partir de Maomé - que, em

628, fez a primeira peregrinação, levando 1.400 fiéis à Meca.

A história do Hajj remota aos fundamentos do islamismo, à época de Abraão,

considerado pai de todos os profetas. Segundo a religião, Deus ordenou que Abraão -

junto com seu filho Ismael - reerguesse os pilares da Caaba (meteorito, que fica em

Meca, considerado sagrado pelos muçulmanos) e fizesse o chamamento para que o povo

viesse peregrinar. O ritual implica seguir os caminhos e reproduzir atos feitos por ele.

Contam os muçulmanos que Abraão viu no sonho que estava sacrificando seu filho e

levou Ismael para a morte. No caminho, foi tentado três vezes por Satanás e apedrejou-

o com sete pedras. No momento do sacrifício, a faca não cortou. Deus, então, enviou o

anjo Gabriel para dizer a Abraão que ele havia concluído sua prova e sido sincero.

Cordeiros foram sacrificados no lugar de Ismael.

Desapego

O Hajj é uma obrigação para todo o muçulmano que tem condições financeiras e físicas

de empreender a viagem. Mulheres estão inclusas - mas só devem ir se acompanhadas de

um grupo de outras mulheres ou de um homem. O peregrino deve vestir apenas uma túnica

branca, simbolizando o desapego a valores e bens.

"Naquele momento, todos são iguais", explica o xeque Jihad Hassan Hammadeh, vice-

presidente da Assembleia Mundial da Juventude Islâmica (WAMY) no Brasil, em

entrevista ao G1, por telefone.

Hammadeh já realizou a peregrinação diversas vezes, a última delas em 2005. Segundo

ele, tudo muda na vida de quem faz a viagem. "Foram as melhores viagens da minha vida.

Sofri, mas é uma satisfação incrível, individual, de retorno ao espiritual."

O custo varia conforme o muçulmano quer viajar. Há hotéis e há barracas. "É possível

fazer a peregrinação com mil dólares e com sete mil", diz Hammadeh. Ele conta que sua

primeira ida lhe custou apenas US$ 100. "Dormi em papelões, no chão."

Segurança

A reunião de multidões em Meca já causou muitos acidentes. Em 2006, 363 pessoas

morreram num pisoteamento. Em 2004, o número foi de 244. No pior deles, ocorrido em 1990,

o número de mortes foi de 1.400, segundo o jornal "New York Times".

Nos últimos anos, o governo saudita fez obras para tentar evitar os acidentes,

construindo uma nova rede de estradas e de pontes para facilitar a viagem a um custo

de cerca de US$ 1 bilhão.

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Além disso, vários hospitais móveis são instalados em diferentes partes da região para

atender aos peregrinos que possam sofrer algum percalço. Segundo Hammadeh, os

tumultos ocorrem pela quantidade de gente junta. "Não há assaltos nem criminalidade.

O que existe é às vezes um desespero por algum barulho ou movimento brusco de alguém."

LHASA:

Lassa ou Lhasa (em tibetano: , em chinês tradicional 拉薩, em chinês simplificado: 拉萨,

em transliteração pinyin Lāsà) é a capital administrativa da Região Autonoma do

Tibete, na República Popular da China. Está localizado no sopé do Monte Gephel.

Tradicionalmente, a cidade é a sede do Dalai Lama. Sua principal atração é o Palácio de

Potala, parte do Patrimônio Mundial da Humanidade da UNESCO, e é o berço do budismo

tibetano. O Jokhang, em Lassa, é considerado como o centro mais sagrado do Tibete.

Lassa literalmente significa "lugar dos deuses", apesar de antigos documentos e

inscrições tibetanas demonstrarem que o local era chamado de Rasa, que significa

"lugar de cabra", até o século VII.

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Com aproximadamente 200 mil habitantes, a cidade encontra-se a uma altitude de 3.490

metros acima do nível do mar, sendo uma das mais altas cidades do mundo. A cidade faz

parte de um município-prefeitura, a Prefeitura de Lassa, que consiste em oito condados

de pequeno porte: Lhünzhub, Damxung, Nyêmo, Qüxü, Doilungdêqên, Dagzê, Maizhokunggar

e Distrito de Chengguan.

A TERRA PURA DE AVALOKITESHVARA

"O TETO DO MUNDO", o Tibete sempre esteve separado do resto da Ásia. Localizado sobre

um planalto elevado (entre 3.660 e 4.750 metros de altura), ele é cercado por

montanhas que incluem o Monte Everest. Há séculos, o Tibete era um país guerreiro. Em

763, a capital da China foi conquistada pelo rei tibetano Khrisrong.

No mesmo ano, esse rei trouxe professores budistas da Índia e da China, e o Tibete

tornou-se um baluarte do budismo, o qual foi adotado como ideologia nacional. A 3.658

metros do nível do mar, Lhasa é considerada baixa para os padrões tibetanos. Até 1950,

quando o Tibete foi anexado pela China, Lhasa era o centro político e religioso do país,

bem como a residência do seu venerado líder espiritual, o Dalai Lama. Os budistas

tibetanos acreditam que o Dalai Lama é um deus vivo, a reencarnação de

Avalokiteshvara, o bodhisattva da compaixão.

Os bodhisattvas são budas que adiam a sua entrada no nirvana para permanecer junto

aos humanos e ajudá-los no seu progresso espiritual. O Palácio Potala, morada

tradicional do Dalai Lama, significa literalmente "A Terra Pura de Avalokiteshvara",

um lugar que equivale aproximadamente à idéia ocidental de paraíso.

OS TEMPLOS DO PALÁCIO

Quando os chineses invadiram e bombardearam Lhasa em 1959, o Dalai Lama abandonou a

capital para refugiar-se na Índia. Apesar disso, sua antiga residência permanece um

lugar de peregrinação para muitos budistas tibetanos. Sua importância é maior por

conter os espetaculares túmulos dos Dalai Lamas anteriores. O mais esplêndido dentre

eles é o

túmulo do 13Q Dalai Lama: a sua stupa dourada é tão alta que entra por um outro

andar e, sobre o altar, uma bela mandala tem mais de 20 mil pérolas incrustadas.

Restaram apenas dois aposentos do palácio original do rei Srongtsan-gampo,

construído no século 7. O primeiro deles é a Sala de Meditação do Rei, que possui imagens

do soberano e de suas duas esposas, ambas consideradas bodhísattvas; o outro recinto,

considerado o mais sagrado dos lugares do palácio, é uma capelinha dedicada a

Avalokiteshvara. Segundo se diz, também data do século 7 a imagem do bodhisattva que

pode ser vista no interior dessa capela. Os peregrinos

que visitam o templo prostram-se ao chão e procuram tocar com os dedos todos os

objetos ali contidos. Acredita-se que esse gesto atrai bênçãos e boa sorte.

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O TEMPLO JOKHANG

O Templo Jokhang, o mais sagrado de Lhasa, não fica no Palácio Potala, e sim num bairro

da cidade chamado Barkhor. Segundo a crença budista, a doutrina de Buda chegou ao

Tibete na forma de um macaco. Este se acasalou com um demônio feminino dos rochedos,

dando origem aos diferentes clãs tibetanos. O rei Songsten era considerado uma

emanação de Avalokiteshvara, e suas duas esposas, uma nepalesa e a outra chinesa,

consideradas emanações das companheiras dele, os bodhísattvas femininos Bhrkuti e

Tara. Os templos budistas no Tibete são erguidos em pontos geomânticos importantes,

para poder captar as energias do demônio feminino que, segundo a crença, jaz

prostrado sob a superfície do Tibete.

Esse demônio feminino talvez represente as crenças nativas dos tibetanos,

demonizadas pelo budismo. Acredita-se ainda que o rei Songsten e suas esposas, à hora

da morte, foram absorvidos pela grande estátua de Avalokiteshvara situada no

Templo Jokhang. Parte do dote da esposa nepalesa do rei, essa estátua é a mais

reverenciada do Tibete. O templo tem uma orientação oeste-leste e, conta a lenda, foi

erigido no sítio do lago Wothang, que foi preenchido a pedido da rainha.

Monte Kailash:

O Monte Kailash — tibetano: , Kangrinboqê ou Gang Rinpoche; chinês: 冈仁波齐峰, Gāng

rén bō qí fēng; sânscrito: , Kailāśā Parvata — é uma montanha do Tibete,

considerada como um dos lugares mais sagrados para os hindus e budistas.

Page 99: Santuários Mundo fernando de ogum

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Significação religiosahindus — O cume do Kailâsa é considerado a residência de Shiva e

de sua Shákti, Parvati — literalmente filha da montanha —, o que explica seu carácter

sagrado para os hindus, que vêm também a montanha como um lingan acompanhado da

yoni simbolizada pelo Lago Manasarovar.

budistas — A montanha é o centro do universo e cada budista aspira em dar-lhe a volta

Os jainistas e bönpos (religião tradicional do Tibete anterior ao budismo) também

consideram a montanha sagrada. As proximidades da montanha divina são lugares

santos onde "as pedras rezam".

Segundo uma lenda, durante uma disputa com um mongebön, o mestre Milarepa, para

mostrar sua superioridade, ter-se-ia transportado no cimo da serra sobre um raio de

sol.

Com suas quatro faces destacadas nas direções norte, sul, leste e oeste, o Monte Kailas

parece um enorme diamante, possui 3/4 de altura do Everest. Perto dele estão nascendo

os rios Indo, Sutlej e Bramaputra, a nascente do Ganjes não fica distante. Na face sul

um corte vertical fundo cruza camadas horizontais gerando a imagem de uma suástica.

A palavra deriva do sancristo suastika que significa bem estar e boa sorte. Os budistas

consideram a montanha uma MANDALA - o círculo sagrado do qual brotam os sagrados

rios, como os raios de uma roda eterna.

PALÁCIO DE POTALA:

O Palácio de Potala (em tibetano: = , Wylie: Po ta la; no chinês simplificado: 布达拉宫, no

chinês tradicional: 布達拉宮; pinyin: Bùdálā Gōng) está localizado em Lassa, no Tibete, na

região autónoma homonima da China. Foi a principal residência do Dalai Lama, até que o

14º Dalai Lama fugiu para Dharamsala, Índia, depois de uma revolta falhada, em 1959.

Actualmente o palácio é um museu estadual da China. Recebeu o nome em referência ao

Monte Potala, a morada de Cherenzig, ou Avalokiteshvara.

O Lugar foi usado para refúgio de meditação pelo Rei Songtsen Gampo, que construiu, em

637, o primeiro palácio como saudação à sua noiva, a Princesa Wen Cheng da Dinastia

Tang da China. A construção do actual palácio começou em 1645, durante o reinado do

quinto Dalai Lama, Lozang Gyatso. Em 1648, o "Potrang Karpo" (Palácio Branco) foi

concluido, e o Palácio de Potala passou a ser usado como palácio de Inverno pelo Dalai

Lama a partir dessa época. O "Potrang Marpo" (Palácio Encarnado) foi acrescentado

entre 1690 e 1694.

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Construído a uma altitude de 3.700 m (12.100 pés), do lado da colina Marpo Ri, a Montanha

Encarnada, no centro do Vale de Lassa,[2] o Palácio de Potala, com as suas vastas

muralhas interiores apenas quebradas nas partes superiores por filas retas de muitas

janelas, e os seus telhados planos em vários níveis, não é diferente de uma fortaleza

na sua aparência. Na base Sul da rocha fica um grande espaço encerrado por muros e

portões, com grandes pórticos no lado interior. Uma série de escadarias relativamente

fáceis, quebradas por intervalos de subidas suaves, conduz ao topo da rocha. Toda a

largura desta é ocupada pelo palácio.

O Palácio Branco

O Palácio Branco é a parte do palácio onde se encontravam os aposentos de estar do

Dalai Lama. O primeiro Palácio Branco foi construído durante a vida do quinto Dalai

Lama, na década de 1650, sendo depois alargado para o seu tamanho atual pelo décimo

terceiro Dalai Lama no início do século XX. O palácio foi usado para uso secular e

continha os aposentos de estar, gabinetes, o seminário e a tipografia. Um pátio central

pintado de amarelo, conhecido como "Deyangshar", separa os aposentos de habitação do

Lama e dos seus monjes do Palácio Encarnado, o outro lado do Potala sagrado, o qual

era totalmente devotado ao estudo religioso e à oração. Este contém as stupas de ouro

— as tumbas de oito Dalai Lamas — a galeria de assembleia dos monjes, numerosas

capelas, e bibliotecas para as importantes escrituras Budista, o Kangyur em 108

volumes e o Tengyur com 225. O edifício amarelo, ao lado do Palácio Branco no pátio

entre os principais palácios, acolhe gigantescos estandartes adornados com símbolos

sagrados que se ostentam ao longo da face Sul do Potala durante os festivais de Ano

Novo.

O Palácio Encarnado

O Palácio Encarnado é uma parte do Palácio de Potala totalmente devotado ao estudo

religioso e oração budista. Consiste num esquema complicado com muitas galerias

diferentes, capelas e bibliotecas em muitos níveis com um complexo grupo de pequenas

galerias e passagens enroladas:

A Grande Galeria Oeste

A galeria central principal do Palácio Encarnado é a Grande Galeria Oeste, a qual

consiste em quatro grandes capelas que proclamam a glória e o poder do construtor do

Potala, o quinto Dalai Lama. A galeria é notável pelos seus refinados murais

reminiscentes das miniaturas persas, representando eventos da vida do quinto Dalai

Lama. A famosa cena da sua visita ao Imperador Shun Zhi em Pequim fica localizada na

parede Este, do lado de fora da entrada. Tecidos especiais do Butão cobrem as

numerosas colunas e pilastras da galeria.

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A Capela do Santo

No lado Norte da Grande Galeria Oeste do Palácio Encarnado fica o santuário mais

sagrado do Potala. Uma grande inscrição em azul e ouro por cima da porta foi escrita

pelo Imperador Tongzhi da China, no século XIX, proclamando o Budismo como um

Abençoado Campo de Fruta Maravilhosa. Esta capela, tal como a caverna Dharma por

baixo dela, data do século XVII. Contém uma pequena estátua antiga, incrustada de

jóias, de Avalokiteshvara e dois dos seus servidores. No andar abaixo existe uma baixa

e escura passagem que conduz à Caverna Dharma, onde se acredita que Songsten Gampo

estudava o Budismo. Na caverna sagrada existem imagens de Songsten Gampo, das suas

esposas, do seu ministro chefe e de Sambhota, o estudante que desenvolveu a escrita

tibetana, em companhia das suas muitas divindades.

A Capela Norte

A Capela Norte está centrada num Buda Sakyamuni coroado à esquerda e no quinto

Dalai Lama à direita, sentados em magníficos tronos de ouro. As suas iguais alturas e

auras partilhadas implicam igual estatuto. No extremo esquerdo da capela fica a

sepultura stupa de ouro do décimo primeiro Dalai Lama, o qual morreu em criança, com

filas de benignos Budas Médicos, que foram os curadores celestes. À direita da capela

estão Avalokiteshvara e as suas encarnações históricas, incluindo Songsten Gampo e os

primeiros quatro Dalai Lamas. Escrituras cobertas de seda entre as tampas de

madeira, dão forma a uma biblioteca especializada numa sala que ramifica para fora

da capela.

A Capela Sul

A Capela Sul centra-se em Padmasambhava, o mágico e santo indiano do século VIII. A sua

consorte, Yeshe Tsogyal, um oferta do Rei, está ajoelhada à sua esquerda, e a sua

outra esposa, da sua terra nativa de Swat, está à sua direita. À sua esquerda,

encontram-se oito das suas manifestações meditativas envoltas em gaze. À sua direita

estão oito coléricas manifestações empunhamdo instrumentos de poderes mágicos para

subjugar os demónios da fé Bon.

A Capela Este

A Capela Este é dedicada a Tsong Khapa, fundador da tradição Gelug. A sua figura

central está rodeada por lamas do Mosteiro Sakya que governou por um breve período

o Tibete, e formou a sua própria tradição até ser convertido por Tsong Khapa. Outras

estátuas estão expostas, feitas de vários materiais e exibindo expressões nobres.

A Capela Oeste

Esta é a capela que contém as cinco stupas douradas. A enorme stupa central contém o

corpo mumificado do quinto Dalai Lama. Esta stupa foi construida em sândalo e está

solidamente revestida de 3.727 kg. (8.200 lb) de ouro maciço e guarnecida com jóias semi-

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preciosas. Esta ergue-se ao longo de três andares, tendo quase 50 pés de altura. À

esquerda fica a stupa fúnebre do décimo segundo Dalai Lama e à direita fica a do décimo

Dalai Lama. As stupas de ambos os extremos contêm importantes escrituras.

A Primeira Galeria

A Primeira Galeria fica situada no piso acima da Capela Oeste, e possui várias janelas

largas que iluminam e ventilam a Grande Galeria Oeste e às suas capelas abaixo. Entre

as janelas, suberbos murais mostram a construção do Potala em detalhes refinados.

A Segunda Galeria

A Segunda Galeria dá acesso ao pavilhão central, o qual é usado pelos visitantes do

palácio se refrescarem e comprarem lembranças.

A Terceira Galeria

A Terceira Galeria, além de refinados murais tem vários quartos escuros, que

ramifivam para fora, contendo enormes colecções de estátuas de bronze e figuras em

miniatura feitas de cobre e ouro, valendo uma fortuna. A galeria do sétimo Dalai Lama

fica no lado Sul e, do lado Este, uma entrada liga a secção com a Capela do Santo e o

Deyangshar (pátio aberto) entre os dois palácios.

A Sepultura do Décimo Terceiro Dalai Lama

A sepultura do 13º Dalai Lama fica localizada a Oeste da Grande Galeria Oeste e só

pode ser alcançada a partir de um piso superior e com a companhia de um monge ou de um

guia do Potala. Construida em 1933, a gigantesca stupa contém jóias principescas e uma

tonelada de ouro maciço. Tem 14 metros (46 pés) de altura. Entre as ofertas devocionais

encontram-se presas de elefantes da Índia, leões e vasos de porcelana e um pagode

feito com mais de 200.000 pérolas. Murais elaborados em estilos tibetanos tradicionais

retratam eventos da vida do 13º Dalai Lama durante o início do século XX.

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VARANASI:

Varanasi (em sânscrito: , Vārāṇasī, comumente conhecida como Benares (em hindi:

e em urdu: نارس :transl. Banāras, localmente, como Kashi (em hindi: , em urdu ,ب

شی ا .Kāśī, é uma cidade do estado de Uttar Pradesh, na Índia ,ک

Localizada às margens do Ganges, tem mais de 3 milhões de habitantes e é uma das

cidades mais antigas do mundo, considerada a cidade mais sagrada pela religião hindu.

História

A data exata da fundação de Varanasi é desconhecida, já que as únicas fontes de

informações partem das tradições hindus. Segunda os brâmanes, Varanasi foi fundada

por Shiva, há mais de 5 mil anos atrás, fazendo-a uma das sete cidades sagradas do

Hinduísmo. Contudo, estudiosos consideram a hipótese de que a cidade surgiu há cerca de

3000 anos.

Varanasi foi um grande centro comercial e industrial, tendo se destacado na produção

e distribuição de marfim, seda e perfumes. A cidade atingiu o posto mais respeitado entre

as cidades da Índia, durante os tempos de Siddhartha Gautama, quando foi a capital do

Reino de Kashi.

Kashi

Varanasi tornou-se um reino independente durante o século XVIII e, sobre a tutela do

Império Britânico, tornou-se também o centro econômico e religioso da região. Em 1910, os

britânicos definiram Varanasi como um estado da Índia Britânica, sendo Ramanagar a

nova capital.

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Economia

Varanasi possui várias microempresas especializadas na produção de sáris, tapetes e

artesanato.A Seda baranasi e o leite Koha são considerados a marca registrada da

cidade e suas indústrias são responsáveis por grande parte dos assalariados da

região. Apesar da indústria desenvolvida e elogiada, Varanasi também têm sido o

centro das atenções quando o assunto é o trabalho infantil.

VIJAYANAGAR – HAMPI:

VIJAYANAGAR, esplendida cidade em ruínas situada numa paisagem estranha e bela, foi

outrora o centro de um império hindu e uma das maiores cidades do sul da ìndia. As ruínas

incluem Hampi, um dos maiores complexos templários do país.

O local está associado a muitas histórias narradas no poema épico Ramayana. Em

Viayanagar, Shiva teria feito penitência - precisamente na colina Hemakuta - antes de

desposar Parvati. Acredita-se que no mesmo lugar Shiva queimou o Deus da Luxúria. A

colina sagrada ficva ao sul de Virupakska.

Quando os muçulmanos iniciaram a conquista da Índia vindos do norte , no ano 1000 d.C.

Vijayanagar - "Cidade Vitória" - desafiou uma expansão maior dos invasores, tornando-

se importante centro de resistencia da cultura e da religião dos hindus.

Em 1565, a cidade finalmente caiu, sendo saqueada e finalmente abandonada.

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SAMARCANDA:

Samarcanda (em uzbeque: Samarqand; em tadjique: Самарқанд; em persa: ند سمرق ; em russo:

Самарканд), cujo nome significa "Forte de Pedra" ou "Cidade de Pedra", em sogdiano, é a

segunda maior cidade do Uzbequistão e a capital da província de Samarcanda, situando-

se num fértil vale irrigado, conhecida como MARACANDA pelos antigos gregos.

A cidade é famosa pela sua localização estratégica no centro da Rota da Seda entre a

China e a Europa, e por ser um centro de estudos islâmicos de grande importância.

Fundada no primeiro milénio antes da era cristã, como paragem na Rota da Seda, foi

conquistada por Alexandre, o Grande e pelos Abássidas. Foi no século XIV a capital do

império de Tamerlão, que a dotou de magníficos edifícios dignos de uma capital

imperial.[1] Foi ainda capital do Uzbequistão entre 1925 e 1930.[2] Hoje é o centro

comercial e turístico do país e tem cerca de 550 milhares de habitantes.

A ocupação do local onde hoje se ergue a cidade de Samarcanda data do Paleolítico

Inferior e é um dos berços das civilizações desenvolvidas pelos povos da Ásia Central. O

museu de Samarcanda mostra vários exemplos de sílex talhado encontrados na área da

cidade, no sítio arqueológico denominado Afrasiab.

É uma das mais antigas cidades do mundo, tendo sido fundada, aproximadamente, em 700

a.C.. Foi conquistada por Alexandre, o Grande em 329 a.C., quando era conhecida sob o

nome de "Marakanda".[4] Alexandre iria mais longe, até ao subcontinente indiano, mas a

Sogdiana marcou o limite das suas conquistas na Ásia Central.

Foi conquistada pelos árabes em 712 e brilhou sob o império dos Samânidas. Samarcanda

foi provavelmente a capital da Sogdiana até à invasão chinesa da região então

conhecida como Transoxiana. Revoltados com o domínio chinês, uma coligação dos povos

árabes, iranianos e túrquicos derrotou os chineses na batalha de Talas em 751[5], e

capturou artesãos de papel chineses. Samarcanda tornar-se-ia em consequência o

primeiro centro de fabrico de papel do mundo islâmico.

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O matemático, astrónomo e poeta persa Omar Khayyām (1048-1131) residiu na cidade de

1072 a 1074, antes de se instalar em Ispahan, no Irão, por convite do sultão seljúcida

Malik Shah I. Em Samarcanda escreveu um tratado de álgebra.[6]

O exército de Gengis Khan sitiou e destruiu a cidade em 1220[7][4]. Marco Polo não passou

em Samarcanda, pois o seu itinerário para a China seguia mais a sul, pelo Afeganistão,

mas o seu pai e tio foram até Bucara pela tradicional Rota da Seda cujo prolongamento

natural atravessava Samarcanda antes chegar às montanhas do Pamir. Marco Polo

escreveria o que lhe contaram:

“Samarcanda é uma muito nobre e enorme cidade, onde se encontram belos jardins e

todos os frutos que o homem possa desejar. as suas gentes são cristãs e sarracenas.‖ -

Marco Polo - Descobertas do Mundo, o Livro das Maravilhas (Tomo I)

Samarcanda foi depois o centro político do Império Timúrida e a capital mais opulenta da

Ásia Central. A cidade era dominada pela gigantesca cúpula de sua mesquita. Os

monumentos a Tamerlão eram cobertos de azulejos de ouro, lápis-lazúli e alabastro. O

seu mausoléu, o Gur-e Amir, é uma jóia da arte islâmica, com um sepulcro sobre uma

enorme pedra de jade. Pensa-se que nesse túmulo estejam depositados os restos mortais

do guerreiro Tamerlão, morto em 1405.

Alguns pontos de interesse da cidade histórica são a Praça do Registan, a Mesquita de

Bibi-Khanym, a Necrópole de Shakhi-Zinda, o Mausoléu de Gur-Emir, o Observatório de

Ulugbek e o Museu de Afrasiab.

Samarcanda foi inscrita na lista do patrimônio mundial da UNESCO .

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MONTES SAGRADOS:

HIMALAIA

O Himalaia, Himalaias ou Cordilheira do Himalaia é a mais alta cadeia montanhosa do

mundo, localizada entre a planície indo-gangética, ao sul, e o planalto tibetano, ao

norte. A cordilheira abrange cinco países (Índia, China, Butão, Nepal, Paquistão) e

contém a montanha mais alta do planeta, o Monte Everest. O nome Himalaia vem do

sânscrito (pronunciada com um longo primeiro 'a' e um curto último 'a', como 'himaal-ya',

em vez de 'him-u-l-yu' ou 'him-u-layaa') e significa "morada da neve". Os Himalaias

espalham-se, de oeste para leste, do vale do rio Indo ao vale do rio Bramaputra,

formando um arco de cerca de 2500 km de extensão e com uma largura variando de 400

km no oeste, na região da Caxemira-Tibete, a 150 km no leste, na região do Tibete-

Arunachal Pradesh.

EMEISHAN

Monte Emei ( chinês : 峨嵋山; pinyin : Emei Shan; Wade-Giles : O 2-mei 2 Shan 1, pronunciado

[ mě ʂán] ) é uma montanha em Sichuan província de Western China . Monte Emei é muitas

vezes escrito como 峨眉山 e ocasionalmente 峩 嵋 山 ou 峩 眉山 mas todos os três são

traduzidas como o Monte Emei ou Emeishan Monte: o 峨 palavra pode significar alta ou

elevada, mas o nome da montanha é apenas um topónimo que não carrega nenhum

significado adicional.

As montanhas a oeste de que são conhecidos como Daxiangling . [1] Uma grande área em

torno do campo é geologicamente conhecida como a Emeishan Permiano Província Ígnea

Grande, uma grande província ígnea gerada pelo Traps Emeishan erupções vulcânicas

durante o período Permiano . At 3,099 metres (10,167 ft), Mt. Em 3099 metros (10167 pés),

Mt. Emei is the highest of the Four Sacred Buddhist Mountains of China . [ 2 ] Emei é a mais

elevada das Quatro Montanhas Sagradas budistas da China . [2]

Emei (Emeishan) está localizado perto da cidade do condado-nível da cidade do mesmo

nome ( Emeishan City ), que faz parte da cidade de prefeitura-nível de Leshan .

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MAHENJO-DARO:

Em 1922, no vale do Rio Indo, na "Colina dos Mortos", escavadeiras descobriram as ruínas

de uma stupa budista, provavelmente erigida no século 3 a.C. escavações posteriores,

por baixo do morro artificial no centro, revelaram restos ainda mais antigos

pertencentes a uma rica civilização ainda desconhecida da idade do Bronze.

Mohenjo-daro, Mohenjodaro ou Moenjodaro foi uma cidade da Civilização do Vale do Indo,

localizado no Paquistão.

Mohenjo Daro é um sítio arqueológico com mais de 4.000 anos de antiguidade que

apresenta uma apaixonante interrogação. Antiga sede de uma civilização da qual se

ignoram as causas do repentino desaparecimento, foi o local onde se adotou uma forma

de escrita de tipo pictográfico, cujo significado nos é ainda desconhecido, e onde também

se usavam roupas de algodão, as mais antigas já descobertas. Mohenjo Daro é um local

onde não existem tumbas, mas é chamado de Colina dos Mortos e o lugar onde estão os

esqueletos é extremamente radioativo.

A maioria são esqueletos com traços de carbonização e calcinação de vítimas de morte

repentina e violenta. Não são corpos de guerreiros mortos nos campos de batalha, mas

sim restos de homens, mulheres e crianças. Não foram encontradas armas e nenhum

resto humano trazia feridas produzidas por armas de corte ou de guerra. As posições e

os locais onde foram descobertas as ossadas indicam que as mortes foram repentinas,

sem que houvesse tempo hábil para que as vítimas dessem conta do que estava

ocorrendo. As vidas das pessoas foram ceifadas enquanto realizavam suas atividades

diárias. Passaram do sono à morte junto a dezenas de elefantes, bois, cães, cavalos,

cabras e cervos.

Mohenjo Daro situa-se aproximadamente a 400 milhas de Harappa. Foi construida por

volta de 2600 a.C., e foi abandonada por volta de 1700 a.C., provavelmente devido a uma

mudança do curso do rio que suportava esta civilização.

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MONTES DA CHINA:

A China possui cinco montes sagrados: a montanha oriental Taishan (a da Supremacia), a

montanha ocidental Huashan (a do Esplendor), e a montanha meridional Hengshan (a do

Equilíbrio), e a montanha setentrional Heengshan (a da Constância) e a montanha

central Songshan (a da Eminência).

Todas possuem mais de 2.000 metros de altura. Seus picos estranhos e rochas empinadas

as tornam majestosas e impressionantes. Suas vistas são maravilhosas e atraem muitos

turistas.

TAISHAN

Taishan, cuja altitude é de 1.524 metros, se situa na província de Shangdong, sendo

famoso por seu proeminente e grandioso pico. Os reis e imperadores ofereciam sacrifícios

ao céu nos templos antigos da montanha, enquanto muitos literatos de várias épocas

deixaram nas rochas e pedras manuscritos valiosos.

Taishan é, aliás, um lugar ideal para contemplar o raiar do sol. Exceto durante o

inverno, quando a cerração toma conta do local, as visitas não cessam durante todo o

ano.

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HENGSHAN

A montanha Hengshan (a do Equilíbrio), situada na província de Hunan, no centro da

China, é majestosa e se estende por centenas de quilômetros. Dizem que tem 72 picos.

Devido às condições climáticas mais favoráveis do que nas demais montanhas, possui

arbustos e bosques de bambu sempre esverdeados. As plantas e flores exalam fortes

aromas durante todo o ano.

HEENGSHAN

A montanha Heengshan (a da Constância), localizada na província de Shanxi no Norte do

País, se prolonga também por centenas de quilômetros. Lá há rochas raramente vistas e

árvores gigantes. O lugar mais conhecido é o Templo Pendente (Suspenso no Ar), o qual,

situado na ribanceira Jinlongkou, conta como um grupo de edifícios vermelhos e verdes

tão graciosos que parecem interligadas às rochas por fios invisíveis.

SONGSHAN

A montanha Songshan, localizada na província de Henan, na planície central da China,

também se chama montanha Central. Na realidade se compõe de dois montanhas - Taishi e

Shaoshi -, cada uma com 36 picos, dos quais o mais elevado se ergue a 1.492 metros.

Songshan é a mais conhecida entre as cinco montanhas afamadas da China por sua longa

história, cultura brilhante e muitos lugares de valor histórico.

O Templo Budista de Shaolin é considerado como origem de proliferação de budismo da

China e Kungfu de Shaolin.

Page 111: Santuários Mundo fernando de ogum

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HUASHAN

Monte Hua Hua Shan ou em chinês ( chinês simplificado : 华 å ± ± ; tradicional chinesa : 华 å

± ± ; pinyin : Hua Shan ) está localizado na província de Shaanxi , cerca de 120

quilômetros a leste da cidade de Xi'an , perto da cidade Huayin na China.

Também conhecido como Xiyue, Western Grande Montanha, é a montanha ocidental da

China Cinco Montanhas Sagradas taoísta , e tem uma longa história de significado

religioso. Originalmente classificados como tendo três picos, nos tempos modernos, a

montanha é classificado como cinco picos principais, dos quais o mais elevado é o Pico do

Sul em 2154.9m.

O caráter "华" ou "华" (hua) tem sido muito utilizado como sinônimo da literatura política

para a própria China

Huashan, situada na província e Shaanxi, é a mais rigorosa entre os cinco montes

mencionados.

Em Qianchichuang, a escada de pedra de 370 graus é tão angusta (Verticalizada) que

permite a passagem de apenas uma pessoa.

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KUN LUN

O Kun Lun é uma das Montanhas Sagradas mais importantes da China. Não se sabe o

sentido do termo Kun Lun, que a julgar pelo ideograma é anterior à escrita chinesa.

Existe o Kun Lun no nível físico: trata-se de uma cadeia de montanhas na região leste da

China e que faz parte do conjunto montanhoso dos Himalaias.

o nome da montanha ―física‖ foi dado em homenagem à montanha sagrada. em relação e

esta última, conta a tradição taoísta que, quando as cinco forças criativas do universo

revelaram seus conhecimentos, criaram assim a ordem no Universo, e nesse momento

ergueu-se de um imenso oceano o monte kun lun, que foi assim descrito: ―era uma ilha

gigantesca e íngreme, cercada por fortíssimas ondas de nove quebras; sustentava um

grande tronco no alto do qual havia um continente (…).‖

O Monte Kun Lun inteiro é chamado de ―cidade inferior do rei de jade‖, pois representa o

mundo material que é governado por ele. O Rei de Jade simboliza a consciência universal.

ainda segundo a tradição, o kun lun é a morada de todos os deuses: ―todos os homens

sagrados, imortais do mundo sob o Céu, têm seu governo no alto do Monte Kun Lun, no

continente da coluna.‖ dizem que esta coluna seria feita de bronze polido, com um

diâmetro de cerca de três mil léguas e sua altura chegaria aos céus. O Monte Kun Lun

Sagrado é entendido como sendo uma escada que conduz ao Céu, já que se trata de uma

montanha feita de infinitas dimensões. Existe um Monte Kun Lun acima do outro: quando se

consegue entrar no primeiro nível da montanha ainda tem o segundo, terceiro, quarto

níveis, e assim sucessivamente. Seguindo o caminho do Monte Kun Lun chega-se à mais alta

hierarquia espiritual.

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Por isso o Kun Lun é considerado pelo taoísmo como o símbolo da Montanha Sagrada que

conduz o praticante à realização da grande obra espiritual.

Antigamente havia uma fotografia em nosso templo, na Sociedade Taoísta do Brasil, do

Mestre Liu da Ordem da Espada, da Escola da Tradição dos Imortais Kun Lun (Escola Kun

Lun). Mestre Liu queria subir o Monte Kun Lun Sagrado, e para isso buscou uma entrada a

partir da montanha ―física‖. ele foi para lÁ e em estado de meditação profunda fez três

tentativas para entrar. Na primeira e na segunda não obteve sucesso, mas na terceira

conseguiu.

Ao entrar, viu-se em uma grande montanha, com uma grande floresta, diferente do

lugar em que estava. Lá encontrou seus mestres e o Patriarca de sua Escola lhe

esperando. De lá, ele e um dos mestres começaram a subida da montanha, que era muito

alta, e assim levaram dias, semanas para subir. Durante o caminho, o mestre ia

explicando a seu discípulo o que era, e o que significava cada lugar, cada planta,

animal, rocha, riacho e fonte que encontravam. Havia árvores, animais e toda uma

natureza desconhecida da humanidade.

Num dado momento, chegaram a um lugar em que havia uma árvore frondosa, gigantesca,

e sob ela, já envolvido pelo cipó, um velhinho sentado em estado meditativo. Sua barba e

cabelos longos cobriam o chão. Nesse momento o mestre de Liu disse-lhe: ―não fique aí

parado, feche os olhos, ajoelhe-se e reverencie‖.

O mestre depois explicou: ―aquele em meditação é o nosso patriarca, o primeiro corpo do

nosso patriarca, ou seja, ele saiu do mundo físico e entrou no mundo do Kun Lun

espiritual. De lá, meditou de novo, transcendeu de novo, criou outro corpo e foi para o

outro Monte Kun Lun, deixando o corpo parado lá, em meditação, há centenas de milhares

de anos. Ele não está mais naquele corpo, está em outro nível do Kun Lun, mas tem que

reverenciar, pois é o primeiro corpo ascencionado do patriarca da linhagem kun lun.‖

Portanto, o Patriraca já havia seguido para o segundo ou terceiro nível do Kun Lun, e o

Mestre Liu estava ligado ao primeiro nível.

Conta-se que aos 95 anos de idade, Mestre Liu reuniu algumas pessoas entre discípulos e

iniciados e falou: ―vou retornar ao kun lun‖. então ele se sentou e simplesmente

―desligou-se‖ - o espírito dele foi pelo menos para o primeiro nível e lá deve estar

continuando o seu trabalho espiritual para poder ascender aos outros níveis.

A Tradição Taoísta propicia ao praticante caminhos para a realização espiritual e o

Kun Lun representa o estágio mais elevado dessa realização. Sua grande altura, forma

íngreme e as fortes ondas, indicam que o acesso não é fácil, mas que, com trabalho,

torna-se uma condição possível e segura de se atingir, porém, é preciso ―dar a partida‖

com simplicidade, afetividade e humildade. Se o Caminho começa debaixo dos pés, como diz

lao tsé, então vamos começar, ou melhor, vamos ―retornar ao kun lun‖.

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ORIENTE MÉDIO:

I - MONTES DE ISRAEL

1 - Montes de Judá

Os montes de Judá localizam-se ao Sul dos montes de Efraim. Constituem-se de uma série

de elevações, entre as quais há herbosos vales, por onde correm riachos que deságuam

nos mares Morto e Mediterrâneo. Eis os mais notórios montes de Judá: Sião, Moriá,

Oliveiras, e o da Tentação.

1.1 - Monte Sião

Localizado na parte Leste de Jerusalém, o monte Sião ergue-se ali soberano e altivo.

Com aproximadamente 800 metros de altitude, ao nível do Mediterrâneo, é a mais alta

montanha da cidade Santa. Designa-o desta forma o profeta Joel: "E vós sabereis que eu

sou o Senhor vosso Deus, que habito em Sião, o monte da minha santidade; e Jerusalém

será santidade; estranhos não passarão mais por ela" (Jl 3.17).

O Monte Sião era habitado pelos Jebuseus. Davi, en­tretanto, ao assumir o controle

político-militar de Israel, resolveu desalojá-los. A partir de então, aquela singular

elevação passou a ser a capital do Reino de Israel. Em vir­tude de sua posição

privilegiada, era uma fortaleza natural para a cidade de Jerusalém.

Mais tarde, ordenou Davi fosse levada a arca da aliança a Sião. Por causa disso, o

monte passou a ser considera­do santo pelos hebreus. Décadas mais tarde, com a

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remoção da sagrada urna ao Santo Templo, Sião passou a designar, também, a área

compreendida pela Casa do Senhor. E, não foi muito difícil a própria Jerusalém ser

chamada por esse abençoado nome.

No Monte Sião encontra-se a sepultura do rei Davi. Em uma das lombadas dessa

memorável área, localiza-se um cemitério protestante, onde está sepultado o

renomado arqueólogo Sir Flinders Petri.

Após o Exílio Babilônico, os judeus começaram a identificar-se, com mais intensidade, com

a mística Sião. Na luxuriante e soberba Babilônia, eles lembravam-se desse nome e

derramavam copiosas lágrimas. Nos tempos modernos, foi criado um movimento, visando à

criação do

Estado de Israel, cujo nome é Sionismo. Essa designação reflete bem o amor dos judeus

por sua terra.

A Igreja de Cristo é considerada a Sião Celestial, repleta de justiça e habitada por

homens, mulheres e crianças comprados pelo sangue do Cordeiro.

1.2 - Monte Moriá

Moriá é sinônimo de sacrifício e abnegação. Nesse monte, o patriarca Abraão passou a

maior prova de sua carreira espiritual. Premido pelo Todo-poderoso, preparava-se para

sacrificar seu filho, seu único filho Isaque, quando ouviu este brado: "Abraão, Abraão! E

ele disse: Eis-me aqui. Então disse-lhe o anjo do Senhor: Não estendas a mão contra o

moço, e não lhe faças nada; por­quanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o

teu filho, o teu único" (Gn 22.11,12). Continua a narrativa: "Então levantou Abraão os

seus olhos; e eis um carneiro detrás dele, travado pelas suas pontas num mato; e foi

Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho" (Gn

22.13).

Localizado a leste de Sião, e Monte Moriá tem uma altitude média de 800 metros ao nível

do Mediterrâneo. De forma alongada, sua parte mais baixa era conhecida como Ofel. No

tempo de Abraão, Moriá não designava propriamente um monte, mas uma região.

Mil anos após a era patriarcal, Salomão construiu o Templo nessa elevação. A Casa do

Senhor, entretanto, foi destruída por Nabucodonozor, em 587 a.C. Reconstruída no tempo

de Esdras e Neemias, foi novamente destruída pelo general Tito, no ano 70 de nossa era.

Atualmente, sobre esse monte, encontra-se a Mesquita de Ornar, um dos lugares mais

sagrados para os muçulmanos.

O que significa Moriá? O professor Zev Vilnay, citado por Enéas Tognini, explica: "Os

sábios de Israel perguntaram: - 'Por que este monte se chama Moriá?' - Porque vem da

palavra 'Mora', que, em hebraico, significa temor. Desta montanha o temor de Deus

percorreu a terra toda. Outra versão diz que vem de 'ora', que quer dizer luz, pois

quando o Todo-poderoso ordenou: 'Haja luz', foi do Moriá que pela primeira vez brilhou a

luz sobre a humanidade."

Hoje, Moriá poderia ser chamado "Montanha das Lágrimas". Do Templo, restou apenas uma

muralha na qual judeus de todo o mundo choram seu exílio e suas amargu­ras। O Muro

das Lamentações é o último resquício da glória passada de Israel.

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Monte das Oliveiras

O Monte das Oliveiras situa-se no setor oriental de Je­rusalém. O Vale do Cedrom

separa-o do monte Moriá. Esse monte, denominado "Mons Viri Galilaei", compõe uma

cordilheira, sem muita expressão, com aproximadamente três quilômetros de

comprimento.

Na parte ocidental do Monte das Oliveiras, fica o Jardim do Getsêmani. Nos dias do Antigo

Testamento, essa sagrada elevação era coberta de oliveiras, vinhedos, figueiras e uma

série de outras árvores frutíferas e ornamentais. A fertilidade dessa região é

proverbial e secular, haja vista que, depois do exílio babilônico, a Festa dos

Tabernáculos foi realizada com os ramos das árvores do Olivete.

No Jardim do Getsêmani, Jesus enfrentou um dos mais dolorosos momentos de seu

ministério. Envolto na sombra da noite, clamou. Pressionado pelos nossos pecados,

chorou. Ali, seu corpo foi esmagado por causa das nos­sas transgressões.

1.4 - Monte da Tentação

Logo após o seu batismo, foi Jesus levado a um monte, onde passou 40 dias. Em completo

jejum por 40 dias, foi tentado pelo Diabo; teve fome depois de terminar o jejum e sofreu a

solidão. Essa elevação, que serviu de claustro ao Salvador, é conhecida como o monte

da Tentação.

Distante 20 quilômetros a leste de Jerusalém, esse monte fica a quase 1000 metros

acima do nível do mar. Sua altura, contudo, não ultrapassa a 300 metros, por

encontrar-se no profundo terreno do vale do Jordão. Caracterizado por ingrata

aridez, possui inúmeras cavernas, onde os monges refugiam-se para meditar.

Na realidade, as Sagradas Escrituras não declinam o nome do monte onde o Senhor foi

tentado.

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2 - Montes de Efraim

A região montanhosa de Efraim abrange a área ocupada pelos efraimitas, pela metade

dos manassitas e por uma parcela dos benjamitas. Conhecemos essa área, também por

estes nomes: monte de Naftali. monte de Israel e mon­te de Samaria. Essa área é

classificada, geograficamente, como Planalto Central.

Eis os mais importantes montes de Efraim: Ebal e Gerizim। Sobre ambos os montes, foram

pronunciadas as maldições e as bênçãos sobre os filhos de Israel. Ambas as elevações,

testemunham os visitantes, formam um anfi­teatro, com perfeita acústica.

2.1 - Monte Ebal

Do Ebal foram pronunciadas as maldições. Localizado no Norte de Nablus, seu solo é

aridificado e com muitas escarpas. Tem 300 metros de altura e fica a mais de mil metros

de altitude em relação ao Mar Mediterrâneo.

Jotão proclamou seu célebre apólogo do cume desse monte. E, dessa engenhosa maneira,

incitou Israel a lutar contra o usurpador Alimeleque.

Tanto o Ebal, como o Gerizim, ocupam posição estra­tégica। Para se alcançar qualquer

parte da Terra Santa, há de se passar, necessariamente, por ambos os montes "Ebal"

significa, em hebraico, pedra.

Entretanto, o Monte da tentação é o único que corresponde ao cenário onde Cristo

travou uma de suas mais decisivas batalhas.

2.2 - Monte Gerizim

Ao contrário do Ebal, o monte Gerizim é coberto por reconfortante vegetação. A

altura dessa elevação é de 230 metros. Com relação ao nível do Mediterrâneo, está

situado a 940 metros de altitude. Nesse monte, foram abertas muitas cisternas para

captar águas da chuva.

Após o exílio babilônico, os samaritanos, instigados por Sambalá, construíram um

templo sobre o Gerizim. Visavam tirar a glória do Templo reconstruído por Esdras e

Neemias. Em 129 a.C, o lugar de adoração dos samarita­nos seria destruído por João

Hircano.

Recentemente, Salcy descobriu reminiscências desse espúrio santuário. Conforme

descreve esse laborioso arqueólogo, o templo dos samaritanos era rico e suntuoso.

O Monte (gerizim, atualmente é conhecido como Jebel et-Tor. E. continua sendo o lugar de

adoração dos samaritanos. Segundo dizem, foi nesse monte que Abraão pagou o dízimo a

Melquisedeque. Eles acreditam, também, que foi nesse lugar que Isaque seria

sacrificado pelo piedoso pai dos hebreus.

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3 - Montes de Naftali

Essa designação abarca todo o conjunto montanhoso do Norte da Terra Santa. Abrange

a região da Galiléia. Quando da conquista de Canaã, esse território foi destina­do às

tribos de Aser, Zebulom, Issacar e Naftali. Os naftalitas ficaram com uma área mais

extensa. Em virtude dis­so, essas terras passaram a ser conhecidas como Naftali.

Eis os quatro mais importantes montes dessa região: Carmelo, Tabor, Gilboa e Hatim.

3.1 - Monte Carmelo

Travou-se no Carmelo um dos mais renhidos comba­tes entre a fé e a idolatria. Cheio do

Espírito Santo, Elias desafiou várias centenas de profetas de Baal. A vitória, é claro,

coube ao profeta do Senhor. Esse monte, em virtude dessa confrontação, é símbolo de

prova e fogo.

O Carmelo não é propriamente um monte. Faz parte, na realidade, de uma cordilheira de

30 quilômetros de comprimento. Sua largura oscila entre 5 a 13 quilômetros, a começar

do Mediterrâneo em direção ao Sudeste do território israelita. O ponto mais elevado

dessa serra não atinge 600 metros. O duelo de Elias com os falsos profetas deu-se

exatamente no cume do monte Carmelo.

No lado Norte dessa cordilheira, passa o rio Quisom, onde os vassalos de Baal foram

exterminados। Oswaldo Ronis acrescenta-nos mais alguns detalhes acerca do Carmelo:

"Este é o único monte que se destaca do planalto central na direção oeste, formando um

promontório ao sul da planície do Acre (Accho ou Asher) e é a única parte do território

da palestina que avança mar Mediterrâneo aden­tro, formando, ao Norte, a baía do

Acre onde se localiza a cidade de Haifa. Note-se que este monte ou serra forma uma

barreira entre as planícies Esdraelom, ao norte e Sarom ao sul, apresentando em seus

flancos inúmeras caver­nas que, pela sua conformação interna, parece (algumas)

terem sido habitadas. Uma delas é conhecida como a 'Gruta de Elias' , que hoje é um

santuário muçulmano."

3.2 - Monte Tabor

Localizado também na Galiléia, o Tabor tem 320 metros de altura. Trata-se de um monte

solitário, plantado na luxuriante Esdraelom. Visto do Sul, lembra-nos um semicírculo.

Dista a apenas 10 quilômetros de Nazaré e a 16 do mar da Galiléia. Situa-se a 615

metros acima do nível do Mar Mediterrâneo.

De seu cume podem-se avistar magníficas paisagens. A alma poética dos hebreus

embevecia-se com os maravi­lhosos quadros vislumbrados desse monte. O Tabor, por esse

motivo, era comparado ao monte Hermom.

O Tabor é muito importante no Antigo Testamento. Em suas cercanias, os exércitos de

Débora e Baraque com­bateram as forças de Sísera. Mais tarde, Gideão, nessa mesma

área, colocou em fuga os batalhões dos midianitas.

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Nos dias de Oséias, foi construído um santuário pagão sobre o monte Tabor, contra o

qual clamou o santo profeta: "Ouvi isto, ó sacerdotes, e escutai, ó casa de Israel, e

escu­tai, ó casa do rei, porque a vós pertence este juízo, visto que fostes um laço para

Mizpá, e rede estendida sobre o Tabor" (Os 5.1).

Tempos mais tarde, foi construída uma cidade no topo desse monte. Em 218 a.C., Antíoco a

conquistou e transformou-a em uma fortaleza. O Tabor seria cenário, ainda, de vários

conflitos entre romanos e judeus. O historiador Flávio Josefo, por exemplo, fortificou

uma determinada área desse monte. Dessas fortificações, sobraram, somente, trechos

de um muro.

A partir do Século III de nossa era, renomados teólogos começaram a ventilar esta

hipótese: A transfiguração do Cristo deu-se no Monte Tabor. Visando perenizar esse

importantíssimo momento da vida terrestre de Jesus, a mãe de Constantino Magno,

Helena, ordenou fossem construídos três santuários: um para Jesus, e os outros dois

para Moisés (representante da Lei) e Elias (representante dos profetas).

Hoje, todavia, acredita-se que a transfiguração ocorreu nas encostas sulinas do monte

Hermom.

O Tabor, atualmente, é chamado de Jabal al-Tur pe­los árabes. Os israelenses

continuam a tratá-lo de Har Tãbhôr.

3.3 - Monte Gilboa

Com 13 quilômetros de comprimento e com uma lar­gura que varia entre 5 a 8

quilômetros, o Monte Gilboa está localizado no Sudeste da planície de Jezreel. Sua

forma é alongada. Situa-se a 543 metros de altitude.

Em Gilboa, que significa fonte borbulhante em hebraico, morreram o rei Saul e seu filho

Jônatas, quando combatiam os incircuncisos filisteus. A fatalidade inspirou este cântico

davídico: "Vós, montes de Gilboa, nem orvalho, nem chuva caia sobre vós, nem sobre vós,

campos de ofertas alçadas, pois aí desprezivelmente foi profanado o escudo dos

valentes, o escudo de Saul, como se não fora ungido com óleo" (2 Sm 1.21).

As colinas do Gilboa são conhecidas, hodiernamente, como Jebel Fukua.

3.4 - Monte Hatim

Localizado nas proximidades do mar da Galiléia, o monte Hatim compõe o chamado Cornos

de Hatim. Sua altitude não ultrapassa os 180 metros. É um lugar bastante atrativo. De

seu topo, pode-se avistar o Mar da Galiléia. Seus dois picos principais têm a aparência de

chifres.

Acredita-se ter sido esse o monte, do qual Cristo pro­nunciou o célebre Sermão da

Montanha। O Hatim é conhecido, de igual modo, como o Monte das bem-aventuranças.

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II - MONTES TRANSJORDANIANOS

Os montes transjordanianos são conhecidos, também, como Montes do Planalto. Eis as

suas principais elevações: Gileade, Basam, Pisga e Peor.

1 - Monte de Gileade

Trata-se de um conjunto montanhoso. Vai do Sul do Rio Yarmuque ao mar Morto. Gileade é

dividido pelo Ri­beiro de Jaboque, onde Jacó lutou com o Anjo do Senhor. Essa foi a

primeira região conquistada pelos israelitas e coube à tribo de Gade. O profeta Elias é

originário dessa terra. No tempo de Jesus, esse território era conhecido como Peréia.

O nome dessa localidade surgiu com o encontro entre Jacó e Labão. Designou-a, o

primeiro, assim: Jegar-Saaduta. E, o segundo, Galeed. Ambas as nomenclaturas

significam montão do testemunho.

Essa região, na antigüidade, era famosa pela sua ferti­lidade. De seu solo, explodiam o

trigo, cevada, oliveira e legume. O seu bálsamo era procuradíssimo. Hoje, esse

terri­tório está em poder da Jordânia. Para os judeus ortodoxos, entretanto, Gileade é

a eterna possessão dos filhos de Israel.

2 - Monte de Basam

Basam é um dilatado e fertilíssimo conjunto de mon­tanhas. Ao norte, limita-se com o

monte Hermom. Ao les­te, com a região desértica da Síria e da Arábia. A Oeste, com o

Jordão e o mar da Galiléia. E, ao sul, com o Vale do Yarmuque.

Assim refere-se Davi a esse monte: "O monte de Deus é como o monte de Basam, um monte

elevado como o monte de Basam" (Sl 68.15).

As terras do Basam, por causa de sua fertilidade, constituem-se um celeiro para Síria e

o Estado de Israel. Na era veterotestamentária, essa região estava coberta de cedros

e carvalhos. E, em suas viscejantes pastagens, eram apascentados numerosos

rebanhos.

Nos dias de Abraão, o monte de Basam era habitado pelos temidos refains, um povo

constituído de homens de elevada estatura. O último soberano dessa nação foi

exe­cutado pelos israelitas. Trata-se de Ogue, cuja cama me­dia aproximadamente

quatro metros de comprimento e quase dois de largura.

Essa área foi destinada, por Moisés, aos manassitas.

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3 - Monte Fisga

Do cimo do monte Pisga, contemplou Moisés a Terra Prometida: "Então subiu Moisés das

campinas de Moabe ao Monte Nebo, ao cume de Pisga, que está defronte de Jerico; e o

Senhor mostrou-lhe toda a terra, desde Gileade até Dã. Assim morreu ali Moisés, servo

do Senhor, na terra de Moabe, conforme o dito do Senhor" (Dt 34.1 e 6).

O Pisga está localizado na planície de Moabe. Dista 15 quilômetros do Leste da foz do rio

Jordão. Moisés vislumbrou o solo da promissão de uma altitude de 800 metros. O monte

Pisga é conhecido, também, como Nebo. Alguns autores, contudo, dizem haver, nessa

região, dois montes: o Pisga e o Nebo.

4 - Monte Peor

O monte Peor está localizado nas imediações do Nebo. Em hebraico, "Peor" significa

abertura. Nesse monte era adorado o imoral Baal-Peor.

Do monte Peor, tentou Balaão amaldiçoar os filhos de Israel. No entanto, seus esforços

foram em vão. Como último recurso para prejudicar a marcha dos israelitas, induziu-os

a participar das sensuais cerimônias de adoração de Baal-Peor. Não fosse a ação

pronta e enérgica de Moisés, os hebreus teriam se corrompido completamente. Desse

lamentável episódio, falaria mais tarde o grande legislador: "Os vossos olhos têm visto

o que Deus fez por causa de Baal-Peor: pois a todo o homem que seguiu a Baal-Peor o

Senhor teu Deus consumiu no meio de ti" (Dt 4.3).

III - MONTE SINAI

O Sinai constitui-se de uma península montanhosa, localizada entre os golfos de Suez e

Acaba. Nessa região, Deus apareceu a Moisés e o comissionou a libertar Israel do jugo

faraônico. Da sarça ardente, clamou o grande Jeová: "Eu sou o que sou". Em frente a esse

monte, ficaram os israelitas acampados por quase um ano. Nesse santo lugar, o Senhor

entregou a Lei aos filhos de Israel (Êx 19 e Nm 10).

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Conhecido também como Horebe, o monte Sinai ser­viu de refúgio a Elias. Nele, o profeta,

o ardente profeta de Jeová, pôde esconder-se da perversa Jezabel. "Sinai", segundo os

exegetas, significa sarça ardente, fendido ou rachado. Dizem alguns ser esse nome uma

evocação a Sin, deusa da Lua. Nas Sagradas Escrituras, esse monte recebe três

diferentes designações: Monte Sinai. Horebe e Monte de Deus.

Essa sagrada elevação tem uma forma triangular. Seus vértices superiores repousam

nos territórios asiático e africano. Ao Leste, é banhada pelo Golfo de Acaba. Ao

Ocidente, pelo Golfo de Suez. A área da Península do Sinai mede 35.000. Nessa região,

podemos encontrar três zonas geológicas: Cretácea, Arenística e Granítica.

Apesar de aridificado, esse território tem os seus encantos particulares. Os montes

erguem-se soberanos e altivos. Queimadas pelo Sol, as areias mostram-se

multicoloridas. A vegetação é sobremodo escassa, tornando a sobrevivência humana

praticamente impossível. Os oásis são uma raridade. Em alguns locais, contudo,

vislumbram-se verdes vales, em virtude da água, que provém da neve de alguns altos

picos. Nesses lugares, os anacoretas encontram repouso e silêncio para a sua

meditação.

O Sinai pertencia ao Egito. No entanto, na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel capturou

toda essa região. Segundo a Palavra de Deus, a região do Sinai pertence, de fato, aos

israelitas.

Autor: Oséias de Lima Vieira

Professor de Geografia na rede Pública e particular de ensino. Professor de Geografia

geral e Geografia do Mundo Bíblico, História da Igreja e Arqueologia Biblica no

Instituto Bíblico de Teologia IBADETRIM.

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MONTE FUJI:

Juntamente com os montes Tate (3.015 metros de altitude) e Haku (2.702,2 metros de

altitude), o monte fuji, com 3.776 metros de altitude, é uma das ―três montanhas

sagradas‖ do japão.

É a montanha mais alta do país. É um vulcão ativo, sendo que a última erupção ocorreu

entre 16 de dezembro de 1707 e terminou em 1 de janeiro de 1708. Desde então, não houve

qualquer sinal que possa indicar risco de uma nova erupção, assim o Monte Fuji é

classificado como um vulcão ativo de baixo risco. Fica entre as províncias de Shizuoka e

Yamanashi e a apenas alguns quilômetros da área urbana de Tóquio, a maior do mundo,

com aproximadamente 31,6 milhões de habitantes, de onde o Monte Fuji pode ser avistado

num dia claro.

Três pequenas cidades rodeiam a montanha: ao sul está Gotenba, com cerca de 85 mil

habitantes e cuja altitude varia de 250 a 650 metros; ao norte está Fujiyoshida, que com

aproximadamente 53 mil habitantes é a cidade mais alta do Japão, com cerca de 850

metros de altitude e a sudoeste está Fujinomiya com estimados 122 mil habitantes e é o

principal ponto de hospedagem para quem procura visitar a montanha. O Monte Fuji é

conhecido por seu formato parecido com o de um cone simétrico e por ser, provavelmente,

o símbolo mais conhecido de um dos países mais populosos do mundo.

O Monte Fuji é rodeado por cinco lagos e está próximo à cidade de Hakone, à Península

Izu e às Ilhas Izu.

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Em 663, um monge foi o primeiro humano a escalar o Monte Fuji. Desde então, seu topo foi

considerado sagrado, restrito apenas a algumas pessoas, com cargos eclesiásticos. Só

na Era Meiji (1868-1912) é que as mulheres foram permitidas a escalarem a montanha. Os

samurais, guerreiros japoneses durante a organização feudal do país, mas que existem

até hoje, utilizaram o sopé da montanha para praticarem seus treinamentos, visto que

a área, mesmo próxima da maior região metropolitana do planeta, é bastante calma,

mesmo nos dias atuais. Hoje a escalada ao Monte Fuji é completamente livre. Estima-se

que cerca de 200 mil pessoas cheguem até um dos oito picos da montanha por ano.

CORDILHEIRA DOS ANDES

A Cordilheira dos Andes ou grande queniol (em língua quechua: Anti(s)) é uma vasta

cadeia montanhosa formada por um sistema contínuo de montanhas ao longo da costa

ocidental da América do Sul, sendo a formação geológica da mesma datada do período

Terciário. A cordilheira possui aproximadamente 8000 km de extensão.

É a maior cadeia de montanhas do mundo (em comprimento), e em seus trechos mais largos

chega a 160 km do extremo leste ao oeste. Sua altitude média gira em torno de 4000 m e

seu ponto culminante é o pico do Aconcágua com 6962 m de altitude.

A Cordilheira dos Andes se estende desde a Venezuela até à Patagônia, atravessando

todo o continente sul-americano, caracterizando a paisagem do Chile, Argentina, Peru,

Bolívia, Equador e Colômbia, também conhecidos como países Andinos.

Nos territórios da Colômbia e da Venezuela a cordilheira se ramifica e se prolonga até

quase alcançar o Mar do Caribe. Em sua parte meridional serve de longa fronteira

natural entre Chile e Argentina. Na zona central, os Andes se alargam dando lugar a

um planalto elevado conhecido como Altiplano, partilhado pelo Peru, Bolívia e Chile. A

cordilheira volta a estreitar-se no norte do Peru e se alarga novamente na Colômbia

para estreitar-se e dividir-se ao entrar na Venezuela.

O norte do Chile e da Argentina compartilham os picos mais altos dos Andes, seguidos

pela Cordilheira Branca, localizada no Peru, a Cordilheira Real da Bolívia e os Andes

Equatorianos.

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Seu maior cume é o Aconcágua (na Argentina): com 6962 m de altitude, é o ponto mais alto

do continente americano. No sul do Peru, próximo de Cuzco, encontra-se o Nudo de

Vilcanota, que alcança seu ponto mais elevado no Monte Ausangate (6380 m).

Nesta cordilheira está localizado o glaciar de Quelccaya, um dos dois únicos glaciares

planos na zona tropical do planeta. Esta singularidade há permitido estudar em seus

gelos as mudanças climáticas ocorridas no trópico desde a última era glacial.

MACHU PICCHU

Machu Picchu (em Portugal também denominado de Machu Pichu)[1], em quíchua Machu

Pikchu, "velha montanha", também chamada "cidade perdida dos Incas", é uma cidade pré-

colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de

altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens

de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido

à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta

tardia em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi

reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre

as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com

pouco espaço entre as rochas.

Consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e

recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona

sagrada com templos, praças e mausoléus reais.

A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para

agricultura são impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade.

No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira

organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a histórica

inca, tudo planejado para a passagem do deus sol.

Localização:

Machu Picchu se encontra a 13º 9' 47" de latitude sul e 72º 32' 44" de longitude oeste. Faz

parte do distrito de mesmo nome, na província de Urubamba, no Departamento de Cusco,

no Peru. A cidade importante mais próxima é Cusco, atual capital regional e antiga

capital dos incas, a 130 quilômetros dali.

A 2400 metros de altitude, Machu Picchu está situada no alto de uma montanha, cercada

por outras montanhas e circundada pelo rio Urubamba, o que lhe proporciona uma

atmosfera única de segurança e beleza

As montanhas Machu Picchu e Huayna Picchu são parte de uma grande formação

orográfica conhecida como Batolito de Vilcabamba, na Cordilheira Central dos Andes

peruanos. Encontram-se na margem esquerda do chamado Canyon do Urubamba,

conhecido antigamente como Quebrada de Picchu.[8] Ao pé dos montes e praticamente

rodeando-os, corre o rio Urubamba (Vilcanota). As ruínas incas encontram-se a meio

caminho entre os picos das duas montanha, a 450 metros acima do nível do vale e a 2.438

metros acima do nível do mar. A superfície edificada tem aproximadamente 530 metros de

comprimento por 200 de largura e contém 172 edifícios em sua área urbana.

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As ruínas, propriamente ditas, estão dentro de um território do Sistema Nacional de

Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (SINANPE), chamado Santuário Histórico de

Machu Picchu, que se estende sobre uma superfície de 32 592 hectares, (80 535 acres ou

325,92 km²) da bacia do rio Vilcanota-Urubamba (o Willka mayu ou "rio sagrado" dos

incas). O Santuário Histórico protege uma série de espécies biológicas em perigo de

extinção e vários estabelecimentos incas,entre os quais Machu Picchu é considerado o

principal.

Huayna Picchu

Huayna Picchu é uma montanha localizada no Peru, em torno da qual o rio Urubamba

segue seu curso. Ela é mais alta que Machu Picchu, a chamada "cidade perdida dos Incas"

e divide-a em seções. Os incas construíram uma trilha até o lado do Huayna Picchu,

templos e terraços em seu topo. O pico de Huayna Picchu é de cerca de 2.720 metros (8.900

pés) acima do nível do mar, ou cerca de 360 metros (1.200 pés) mais alto que Machu Picchu.

De acordo com guias locais, no topo da montanha era a residência do sumo sacerdote.

Todas as manhãs, antes do nascer do sol, o sumo sacerdote, com um pequeno grupo ia a

pé a Machu Picchu para assinalar a chegada do novo dia. O Templo da Lua, um dos três

templos principais na área de Machu Picchu, situado no lado da montanha, a uma

altitude inferior a Machu Picchu. Adjacente ao Templo da Lua é a grande caverna, outro

templo sagrado com alvenaria

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GRUTAS E CAVERNAS SAGRADAS

AJANTA

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ELLORA

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OUTROS LUGARES SAGRADOS

CASA DE ADORAÇÃO BAHÁ'Í - DELI

Casas de Adoração Bahá'í em Árabe Mashriqu'l-Adhkár (Árabe: شرق é a ,( ار ا م

designação de um templo da Fé Bahá'í. Os ensinamentos da religião atribuem que estes

templos devem ser construídos próximos a dependências dedicados ao desenvolvimento

social, humanitário, educacional e científico, embora ainda nenhum desses templos

tenham sido construídos nesta extensão.

Concepção

As Casas de Adoração Bahá'í simbolizam, de acordo com os ensinamentos da Fé Bahá'í, a

unidade de Deus, unidade de todos os Seus Manifestantes, a unidade da humanidade. Visa

resgatar o aspecto transcedental dos seres humanos, através da celebração e

reverência ao Criador.

Os escritos da Fé Bahá'í, associam os templos Bahá'ís com a construção de um complexo

de edificações ao redor, que visam o benefício e progresso humano, tais como hospitais,

escolas, orfanatos, universidades, e outros. Os Bahá'ís afirmam, que futuramente, as

Casas de Adoração serão localizadas no centro de todas as cidades.

As cidades são estruturadas de modo a facilitar o transporte de mercadorias,

traduzindo uma melhor configuração de fluxo econômico, permitindo o desenvolvimento

sócio-econômico urbano. As consideradas "doenças modernas", são associadas ao stress

provocadas, em muitas, pela agitação de grandes centros urbanos. Esses aspectos do

desenvolvimento das cidades, na concepção apresentada, sufoca as relações humanas e

necessidades individuais, tais como o contato com a natureza ou a vida social. A unidade

mundial, como é o princípio da Fé Bahá'í, será dificilmente realizada se os aspectos da

socialização visarem primariamente a aquisição de mercadorias, como de certo modo

tem se tornado aparente nos centros urbanos. Os templos Bahá'ís e os complexos que

futuramente serão estabelecidos ao redor, representarão um progresso orgânico e

essencial do indivíduo e da sociedade. O valor evocativo é a de que todas as estruturas

das cidades serão edificadas visando a unidade da humanidade.[2]

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Características Arquitetônicas

Os Escritos da Fé Bahá'i relativos à estrutura dos templos Bahá'ís, definem que estes

devem possuir duas características básicas: possuir nove entradas e um domo central

no topo.

Atualmente, todas os templos Bahá'ís, até então construídos, possuem apenas uma sala

sem divisão sob o domo, e os assentos do auditório são voltados para o Santuário de

Bahá'u'lláh em Akka, Israel. É comum que ao redor destes templos se cultivem plantas e

árvores.

Outras características da arquitetura, tais como o design e materiais, são de acordo

com a cultura local.

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RIO GANGES – Índia

O rio Ganges (em hindi, e na maior parte das línguas indianas, ; IAST: Gaṅgā, transl.

Ganga), também conhecido como rio Benares, é um dos principais rios do subcontinente

Indiano. Suas águas se deslocam rumo ao leste através da planície do Ganges do norte

da Índia até ao Bangladesh. Com 2510 km de extensão, nasce no Himalaia ocidental, no

estado indiano de Uttarakhand, e desagua no delta do rio Sunderbans, na baía de

Bengala. Desde muito tempo é considerado um rio sagrado para os hindus, que o veneram

na forma da deusa Ganga, e também possui um grande valor histórico: diversas capitais

de províncias ou impérios, como Patliputra, Kannauj, Kara, Allahabad, Murshidabad e

Calcutá, localizam-se em suas margens. O Ganges e seus afluentess abrangem uma

bacia hidrográfica fértil de cerca de um milhão de quilômetros quadrados, nos quais

vive uma das mais altas densidades populacionais de seres humanos em todo o planeta. A

profundidade média do rio é de 16 m, e a máxima é de 30 m.

O ex-primeiro-ministro da Índia Jawaharlal Nehru, em seu livro Descoberta da Índia,

atribui ao rio diversos significados simbólicos:

"O Ganges, acima de tudo, é o rio da Índia, que manteve cativo o coração da Índia e atraiu

incontáveis milhões às suas margens desde a alvorada da história. A história do

Ganges, de sua fonte ao mar, dos tempos antigos aos modernos, é a história da

civilização e da cultura da Índia, da ascensão e queda de impérios, de cidades grandes e

orgulhosas, de aventuras do homem."

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Situada às margens do rio Ganges, Varanasi é considerada por muitos fieis a cidade mais

sagrada do hinduísmo. O Ganga é mencionado no Rigveda, a mais antiga das escrituras

hindus. Consta do Nadistuti sukta (10.75), onde estão listados os rios de leste a oeste. É

um costume local espalhar as cinzas dos entes queridos que foram cremados no rio.

De acordo com a religião hindu um rei muito famoso, Bhagiratha, praticou por muitos

anos, a tapasya, para trazer à Terra Ganga de sua residência nos Céus, para que

encontrasse a salvação de seus ancestrais, amaldiçoados por um profeta. Ganga se

convence e, através de uma trança de cabelo (Jata) do deus Shiva, desce à Terra para

lavar os pecados dos humanos e torná-la pia e fértil. Para os hindus da Índia, o Ganges

não é apenas um rio, mas também uma divindade materna, um conjunto de tradições, e

muito mais.

Alguns hindus acreditam que uma vida não é completa sem um mergulho no Ganges pelo

menos uma vez na vida. Muitas famílias hindus conservam um frasco com água do rio em

suas casas, hábito que é considerado prestigioso, para que pessoas à beira da morte

possam beber de sua água; muitos hindus acreditam que o Ganges pode limpar uma pessoa

de todos os seus pecados, e poderia até mesmo curar a doença. As escrituras antigas

mencionam que a água do Ganges porta as bençãos dos pés do Senhor Vishnu; assim, a Mãe

Ganges também é conhecida como Vishnupadi, que significa "pés de Vishnu".

Algumas das congregações religiosas e festivais hindus mais importantes acontecem em

torno do rio. Estes eventos, como o Kumbh Mela, realizado a cada doze anos em

Allahabad, são realizados às margens do rio. Varanasi tem centenas de templos

situados à beira do Ganges, que frequentemente são alagados durante as estações

chuvosas. A cidade, além de ponto importante de peregrinação para hindus de todos os

locais, também é um tradicionalmente associada à prática da cremação.

Poluição

A poluição do Ganges tem afetado as 400 milhões de pessoas que vivem próximas de suas

águas.

Desde a última década de 90 e especialmente nos últimos anos, as condições da água do

rio e afluentes têm ficado abaixo das consideradas aceitáveis pela OMS, já que o

despejo irregular de esgoto tem aumentado, inclusive a partir de um hospital que

atende tuberculosos. Em trecho do rio localizado em Varanasi, o mais sagrado do país, o

nível de bactérias excede em 3 mil vezes o permitido. Outro problema é o ritual da

cremação dos mortos em sua orla. Dependendo da casta e da situação econômica da

família, muitas vezes os corpos não são cremados corretamente e/ou jogados inteiros

no rio, contaminando-o. O afluente Yamuna, cuja vida aquática desapareceu, teria

recebido US$ 500 milhões em ações de despoluição nos últimos dez anos, segundo o

Conselho de Controle de Poluição de Nova Délhi.

Entretanto, o rio oferece aos moradores de sua região suprimento de comida e água

fresca. Muitas criaturas nativas, incluindo o crocodilo gavial, vivem às suas margens.

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História

Durante o início das Eras Védicas, os rios Indo e Sarasvati eram os principais rios da

região; os três Vedas posteriores, no entanto, parecem dar mais importância ao Ganges,

gradualmente mais citado nas obras.

Talvez o primeiro ocidental a mencionar o Ganges tenha sido Megástenes, por diversas

vezes no decorrer de sua obra, Indika: "A Índia (...) possui muitos rios grandes e

navegáveis que, depois de nascerem nas montanhas que se estendem ao longo da

fronteira setentrional, atravessam a terra plana; muitos destes, após unirem-se uns

aos outros, acabam desaguando no rio chamado Ganges. Este rio, que na sua nascente

tem 30 estádios de largura, flui no sentido norte-sul, e deságua no oceano que forma a

fronteira leste do Gangaridai, uma nação que possui uma tropa numerosa dos mais

enormes elefantes."

Uma representação ocidental do rio pode ser vista na Piazza Navona, de Roma, onde uma

escultura célebre - a Fontana dei Quattro Fiumi, "Fonte dos Quatro Rios", de autoria de

Gian Lorenzo Bernini, em 1651, simboliza os quatro grandes rios do mundo (o Ganges, o

Nilo, o Danúbio e o Rio da Prata).

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PAGODES: TEMPLOS BUDISTAS

Pagode é um termo em português que se refere a vários tipos diferentes de torres

aparentemente sobrepostas com múltiplas beiradas, comuns na China, no Japão, nas

Coreias, no Nepal, e em outras partes da Ásia, embora em muitos contextos seja usado

como sinônimo de estupa. Muitos dos pagodes foram construídos para fins religiosos,

geralmente budistas, por isso localizavam-se dentro ou próximo a templos.

Em alguns países pode referir-se a outras construções religiosas. Por exemplo, no

Vietnã, pagode é um termo genérico significando "local de trabalho".[necessário

esclarecer]

Acredita-se que o desenho original dos pagodes nasceu entre os Newar do Vale de

Catmandu, no Nepal. A partir de então, a estrutura arquitetônica espalhou-se pela

Ásia, adquirindo diversas formas a medida que detalhes específicos de cada região iam

sendo incorporados ao modelo original.

Pagodes costumam atrair raios devido à altura. Essa tendência fez com que as pessoas

vissem os pagodes como lugares carregados espiritualmente. Muitos deles têm uma

antena no topo, conhecida como finial, que foi feita de modo a ter valor simbólico dentro

do Budismo: por exemplo, ela pode conter formas representando uma lótus. O finial

também funciona como um pára-raios, assim protegendo o pagode de danos que os raios

possam causar.

Função

Apesar de muitos dos pagodes terem sido construídos com propósitos religiosos, eles

podem também ser usados para embelezar vistas, para supervisão militar (por exemplo,

como uma atalaia), ou para ajuda na navegação de navios. Alguns pagodes, como os

Três Pagodes, na Cidade de Dali, também tornaram-se símbolo do local.

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Etimologia

A procedência da palavra "pagode" é incerta, com diferentes fontes afirmando

diferentes derivações. A primeira aparição da palavra no inglês, de acordo com o

Dicionário Oxford, data de 1634.

De acordo com o Dictionnaire Historique de la Langue Française, de Alain Rey (edição

revisada de 1995), a palavra apareceu pela primeira vez no francês como "pagode", em

1545, significando "templo de uma religião oriental", sendo ela derivada de igual

palavra do português, datada de 1516. A derivação é hipotética. Possíveis raízes podem

ser do dravidiano pagodi ou pagavadi, de um dos nomes de Kali derivado do sânscrito

bhagavati ("deusa"), e do persa butkada ("templo").

De acordo com A Pictorial History of Chinese Architecture (MIT Press, 1984), de Liang Ssu-

Cheng, a palavra "pagode" deriva do chinês 八角塔 (em pinyin, bā jiǎo tǎ), significando

literalmente "torre de oito cantos". Pagodes com base octogonal eram muito populares

durante o final da Dinastia Ming e o início da Dinastia Qing, período em que os europeus

mantiveram contato com os chineses.

No século 18, o Chinoiserie, estilo baseado principalmente no chinês, tornou-se popular

na Europa, introduzido pelo comércio crescente e pelas novas rotas de viagem. Um

exemplo é o pagode dos Jardins de Kew, na Inglaterra, completado em 1762 como um

presente à Princesa Augusta, mãe de George III. Numa reviravolta repentina, "pagod"

virou a denominação no comércio de luxo para uma peça de porcelana de um deus chinês

sentado.

Pagodes famosos

· Pagode An Quang, local de encontro de vietnamitas budistas em Ho Chi Minh, e sede

do Institute for Dharma Propagation.

· Muitos dos pagodes com fins religiosos são stupas budistas. No entanto, alguns

pagodes servem como mesquitas ou como igrejas, ou etc. O Pagode Daqin, na China, é um

exemplo, sendo construído pelos primeiros cristãos.

· Pagode Jade Chop, na região de Three Gorges do Rio Chang Jiang (Yangtze), China.

· Pagode Templo Miruksa, em Iksan, província de Chollabuk-do, na República da

Coréia, um pagode paekche construído em meados do século quinto.

· Toji, a mais alta estrutura de madeira do Japão.

· Torre de Porcelana, uma maravilha do mundo medieval, localizada em Nanquim,

China.

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ABADIA:

Abadia (do latim abbatia, que deriva do aramaico abba, "pai") é uma comunidade

monástica cristã, originalmente católica ("casa regular formada"), sob a tutela de um

abade ou de uma abadessa, que a dirige com a dignidade de pai (ou madre) espiritual da

comunidade. Deve apresentar no mínimo doze monges professos solenes em seus quadros,

e cuja erecção canónica tenha sido decretada formalmente pela Santa Sé. O termo é

ainda utilizado para se referir a igrejas que pertenceram a abadias hoje extintas,

caso da Abadia de Westminster ou da de São Galo. Em Portugal, também se designava

como abadia algumas freguesias cujo pároco era designado como abade, mas tal

designação não mais é utilizada.

Um priorado apenas difere de uma abadia pelo facto de o seu superior se intitular prior,

em vez de abade. Difere dos conventos ou mosteiros em geral, já que estes últimos podem

referir-se a comunidades monásticas não cristãs. Os priorados eram, originalmente,

casas subsidiárias de uma abadia principal, a cujo abade estavam subordinados. Tal

distinção desapareceu praticamente a partir do Renascimento.

As primeiras comunidades cristãs monásticas consistiam em grupos de celas ou cabanas

reunidas em torno de um centro, onde habitava um eremita ou anacoreta de reconhecida

virtude e de vida ascética exemplar, mas sem obedecer a qualquer ordem espácio-

funcional. Tais comunidades já existiam, nesses moldes, entre grupos religiosos não

cristãos, como os Essénios na Judeia e talvez entre os Therapeutae, no Egipto.

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Abadias beneditinas:

Na Europa ocidental, os primeiros mosteiros aproveitaram em grande parte o traçado

das vilas romanas deixadas como marca do Império Romano, reutilizando-as ou copiando

a sua planta-tipo. Não há grande conhecimento quanto aos principais órgãos

constituintes das abadias antes da institucionalização da regra monástica de São

Bento de Núrsia, primeiramente aplicada em Monte Cassino e que depois se difundiu, com

uma rapidez quase miraculosa, por toda a Europa Ocidental. De início, e tal como se pode

verificar da leitura da Regra, os mosteiros eram compostos por um oratório de

pequenas dimensões, já que se destinava única e exclusivamente para uso dos monges; um

dormitório, onde pouco mais constava que uma enxerga, lençol, cobertor e travesseiro;

uma cozinha e despensa, um refeitório, uma sala de leitura e oficinas.

Depois de São Bento, foram erigidos mosteiros excedendo, em espaço e esplendor, tudo o

que antes se vira. Poucas foram as grandes cidades Italianas que não tivessem o seu

convento Beneditino - o mesmo acontecendo nos grandes centros populacionais de

Inglaterra, França e Espanha. O número de mosteiros fundados de 520 a 700 é espantoso.

Antes do Concílio de Constança, 1415, nada menos que 15 070 abadias, apenas desta

ordem religiosa. Em Portugal, a Casa Mãe da Ordem Beneditina foi o Mosteiro de São

Martinho de Tibães, que assumiu o papel de importante centro, não só religioso, mas

também cultural e estético.

Tais edifícios eram organizados uniformemente segundo uma planta-tipo que apenas era

modificada para se adaptar às circunstâncias próprias de cada local, como nas

abadias de Durham e de Worcester, onde os mosteiros foram erigidos junto a margens

escarpadas de um rio. Não existe actualmente qualquer exemplar preservado dos

mosteiros beneditinos primitivos. Mas tem-se acesso a uma planta para o grande

mosteiro suíço de São Galo, elaborada cerca do ano de 820 por um autor anónimo, e que,

apesar de possivelmente nunca ter sido implementada, permite tirar ilações quanto à

forma como seria um mosteiro carolíngio de primeira classe no final do século IX. Estes

planos foram investigados principalmente por Keller (Zurique, 1844) e pelo Professor

Robert Willis (Arch. Journal, 1848, vol. v. pp. 86-117). Devemos, ao último, as descrições

mais detalhadas e os esquemas mais reveladores, feitos a partir das transcrições que

efectuou dos originais, actualmente em arquivo neste convento.

A aparência geral do convento é a de uma cidade composta por casas isoladas e ruas

entre elas. Foi planeada, de forma evidente, segundo as disposições da regra de São

Bento, que aconselhava que o mosteiro fosse tanto quanto possível auto-suficiente,

contendo todas as infra-estruturas necessárias para as necessidades básicas dos

monges, bem como as construções consignadas às funções religiosas e sociais próprias

do convento. Devia conter, assim, um moinho, uma padaria, estábulos para equinos e

bovinos, bem como acomodações para a execução de todas as artes mecânicas

necessárias, de modo a reduzir ao máximo a dependência dos monges em relação ao

exterior. O claustro aparece já como um elemento agregador dos vários edifícios. Crê-

se que resulte da transfiguração do atrium das construções romanas, tendo-se usado o

seu espaço interior, depois do trabalho nos campos e das refeições, para a audição de

prelecções de algum mestre.

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CONVENTO:

O termo convento, do latim conventus que significa "assembleia", advém originalmente da

assembleia romana onde os cidadãos se reuniam para fins administrativos ou de justiça

(convéntum jurídicum). Posteriormente passou-se a utilizar com sentido religioso,

relativamente ao monasticismo quando, para melhor servir e amar a Deus, os homens se

retiravam do mundo, primeiro sozinhos, depois em grupos de monges (comunidades

religiosas), para edifícios concebidos para o efeito, os conventos.

São Bento, no Ocidente, foi o primeiro a criar a estrutura de um convento. Depois, ao

trabalho da Igreja, juntou-se o das cruzadas desde o século XII nas Ordens militares, e

o dos apostolados nas Ordens mendicantes. Os conventos, fosse qual fosse o estilo

arquitectónico da sua construção, tiveram sempre um traçado fundamentalmente igual,

devido às exigências da vida religiosa em comunidade: a igreja conventual com o coro; o

claustro no rés-do-chão para onde abriam as salas em que se realizavam os outros

actos de vida em comum; a sala do capítulo para as reuniões solenes de instrução e

correcção donde normalmente também eram erguidos o refeitório e a biblioteca; em

cima, a toda a volta, corriam os dormitórios, com celas individuais; ao redor do edifício,

campo para recreio e cultivo.

Por vezes, o termo Convento é confundido, erradamente, com Mosteiro. Convento, é

quando o edifício, aquando da sua construção, se inseria na malha urbana, normalmente

delimitada por uma Muralha. A designação de Mosteiro aplica-se ao oposto, ou seja:

quando o edifício foi construído fora da Cidade.

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Hoje em dia, devido à expansão das malhas urbanas, muitos Mosteiros encontram-se já

em Zona Urbana. No entanto, na hora de os classificar, tem de se ter sempre em atenção

qual o entorno na data da sua construção.

Exemplo disso é o Mosteiro de Celas, Coimbra. No séc. XIII (data de fundação), estava a

alguns quilómetros da Cidade. Hoje em dia, encontra-se em pleno coração da malha

urbana.

TAJ MAHAL

O Taj Mahal (em hindi म , persa اج é um mausoléu situado em Agra, uma cidade (محل ت

da Índia e o mais conhecido[1] dos monumentos do país. Encontra-se classificado pela

UNESCO como Património da Humanidade. Foi recentemente anunciado como uma das Novas

Sete Maravilhas do Mundo Moderno em uma celebração em Lisboa no dia 7 de Julho de

2007.

A obra foi feita entre 1630 e 1652 com a força de cerca de 20 mil homens,[2] trazidos de

várias cidades do Oriente, para trabalhar no sumptuoso monumento de mármore branco

que o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita,

Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal ("A jóia do palácio"). Ela

morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo,

junto ao rio Yamuna.

Assim, o Taj Mahal é também conhecido como a maior prova de amor do mundo, contendo

inscrições retiradas do Corão. É incrustado com pedras semipreciosas, tais como o lápis-

lazúli entre outras. A sua cúpula é costurada com fios de ouro. O edifício é flanqueado

por duas mesquitas e cercado por quatro minaretes.

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Supõe-se que o imperador pretendesse fazer para ele próprio uma réplica do Taj Mahal

original na outra margem do rio, em mármore preto, mas acabou deposto antes do início

das obras por um de seus filhos.

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O Santuário Nacional da Umbanda:

O Santuário Nacional da Umbanda, esta situado na cidade de Santo André, no bairro do

Montanhão, onde foi uma antiga pedreira. Acreditem, era pedra pura aquele local!

Conforme nos explicou Pai Ronaldo Linares, presidente da FUGABC e responsável pela

manutenção e preservação do Santuário, a cerca de 40 anos atrás a região onde se

localiza o Santuário da Umbanda era, nada mais nada menos, que uma grande pedreira,

que já vinha sendo explorada há muitos anos.

Quando começou a cuidar desta área, que era uma grande cratera, resultado da

exploração local, Pai Ronaldo conta que foi preciso plantar cada muda existente hoje

lá. Foi feito um verdadeiro REFLORESTAMENTO no local, pois não existiam plantas,

árvores e nem mesmo queda de água.

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Hoje as duas cachoeiras que estão livres para acesso são resultados do desvio de um

pequeno córguinho que corria atrás da montanha, e com a extração de pedras do local

acabou por tornar-se duas quedas d´agua, duas cachoeiras.

O Santuário da Umbanda, dispõe de estacionamento amplo, sanitários, lanchonete, loja

de artigos religiosos e áreas para realização de trabalhos espirituais, são tendas de

vários tamanhos, distribuídas em todo o Santuário, mais de 140 tendas, sendo algumas

delas para locação avulsa e outras são de locação fixa.

Pai Ronaldo Linares mantém no Santuário da Umbanda um laboratório botânico, onde são

preparadas mudas para plantio, e caso você passe por lá, vale dar uma atenção

especial às colunas onde estão os Orixás, ao redor e atrás de cada uma, foi plantada a

planta correspondente ao Orixá em questão, sendo algumas trazidas de longe, por não

serem nativas da região, como é o caso dos ―dendezeiros‖ que ficam ao redor do vale

onde estão localizadas as imagens dos Orixás. Ao redor de toda a propriedade existem

plantas todas em correspondência com o Orixá próximo à cerca.

São feitas restaurações e criação de imagens neste barracão, tudo mantido pelos

frequentadores e pela FUNGABC.

Por incrível que pareça, quando fomos fazer a visita no Santuário da Umbanda, Pai

Ronaldo enquanto descrevia com riqueza de detalhes, sobre como foi a construção do

Santuário, comentou em dado momento que mesmo fazendo reflorestamento local,

criando toda aquela área verde, sem a ajuda da prefeitura e de empresas privadas,

apenas com seus colaboradores, buscando em determinadas épocas mudas de plantas na

serra a caminho do mar, foi multado por solicitar a ajuda de um funcionário, para tirar

uma árvore que havia caído e estava obstruindo a passagem na estrada. O detalhe é

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que o funcionário não derrubou a árvore, apenas desobstrui a passagem partindo uma

árvore que já estava tombada devido à chuva e vendaval.

Vale lembrar que o Santuário da Umbanda dispõe de seguranças uniformizados e

apaisana, sendo um local seguro e muito amplo para realização de trabalhos,

oferendas e etc

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Igreja do Nosso Senhor do Bonfim

A Igreja de Nosso Senhor do Bonfim foi construída por escravos, entre 1750 e 1754. O

templo católico possui estilo colonial, paredes de taipa de pilão e piso de aroeira. A

arquitetura colonial e a arte sacra são os atrativos para os turistas.

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Igreja de Nosso Senhor do Bonfim

Situada na Colina Sagrada, da península de Itapagipe, está a Igreja de Nosso Senhor do

Bonfim. Os visitantes podem encontras as fitas de colocar no braço. Antes de amarrar

se faz necessário desejar algum desejo que é realizado no momento que a fitinha se

solta com o desgaste do passar dos tempos. Para o povo baiano a igreja representa a

maior representação da fé católica. As imagens de Nossa Senhora da Guia e do Nosso

Senhor do Bonfim chegaram de Portugal no dia 18 de abril de 1745, trazidos por Teodósio

Rodrigues de Faria, em um domingo de Páscoa. Interessante notar que o ato representou

promessa cumprida pelo capitão da marinha portuguesa. Após longas tempestades,

Teodósio prometeu que traria ao Brasil os símbolos como sinal de agradecimento e

devoção.

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Interessante notar que somente no ano de 1754 a parte interna da Igreja foi reformada

e as imagens trazidas ao tempo, momento no qual foi realizada missa solene. Neste

época a iluminação interna era feita com lampiões, sendo substituídos por luz pública

em 1892, feita por lâmpadas compostas de gás carbônico. Vale ressaltar que no ano de

1773 a lavagem da igreja aconteceu quando os escravos foram obrigado a lavar a

igreja no sentido de comemorar as festas para o Senhor do Bonfim. O tempo passou e os

adeptos da candomblé se identificaram com Bonfim que passou a ser considerado como

Oxalá nas representações religiosas no sentido de evitar a inquisição católica

atuante no Brasil. Após saber do ocorrido, a Arquidiocese de Salvador proibiu as

lavagens internas dentro da igreja, transferindo assim o ato religioso nas escadarias

e adro. Nas lavagens as baianas despejam água nos degraus ao som de cantos

africanos em homenagem para Oxalá representado pelo Nosso Senhor do Bonfim.

Artigo escrito por Renato Duarte Plantier

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Pelourinho

Representa nome de bairro situado no Centro Histórico de Salvadores. Possui amplo

conjunto arquitetônico colonial da época do período barroco, representante outra

organização do Patrimônio Histórico da Organização das Nações Unidas para a

Educação, a Ciência e a Cultura. Em termos gerais a palavra está referida à coluna de

pedra situada no centro da praça. Na época da colonização era usada no sentido de

castigar os escravos de maneira pública. O bairro soteropolitano está ligado de

maneira direta não somente com a história da cidade como também do Brasil desde o

momento em que o país foi descoberto pelos portugueses. Quem fundou a cidade foi

português Tomé de Souza, no ano de 1549, considerado como primeiro governador geral

de todo o Brasil, que de certa forma selecionou o pelourinho de maneira estratégica,

visto que a região está no alto e próximo da região portuária. Interessante notar que o

bairro era residencial e possui as melhores moradias até a chegada do século XX. A

partir dos anos de 1960 aconteceu alto nível de degradação sem controle por parte do

Estado. As atividades econômicas se mudaram junto com os moradores dos casarões,

começando assim a transformação do Centro Histórico como ponto de prostituição,

tráfico de drogas e alto nível de marginalidade.

EDIÇÃO: FERNANDO DE OGUM

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Estudiosa descobriu iguarias mineiras nos santuários das Serras da Piedade e do

Caraça. Locais estão entre os maiores atrativos do Caminho Religioso da Estrada Real

Serra da Piedade será um dos pontos de partida do Caminho Religioso da Estrada Real –

segundo a especialista, iniciar o estudo pela serra piedade foi estratégico. ―lÁ é um

ponto de pesquisa muito rico. Tudo o que acontecia de bom ou ruim era levado para a

Serra da Piedade. Tudo o que se comia em Minas era levado para lá por meio dos

peregrinos e bandeirantes. Vi que lá tinham ficado essas marcas, esse histórico

registrado. comecei a aprofundar e fiquei muito surpresa‖, enaltece.

Outra descoberta importante foi a Rosca da Rainha, desenvolvida em uma época que não

havia farinha de trigo no país. ―dom pedro esteve na região e um fazendeiro importou a

farinha para fazer o pão e recebê-lo. Com isso, ele fez a Rosca da Rainha para receber

Dom Pedro. A receita levava óleo de mamona, farinha de trigo, doce de leite na massa,

goiabada e creme de manteiga‖, explica.

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Influência francesa

No Santuário do Caraça o estudo ainda está em andamento. De antemão, Vani Pedrosa

revela que encontrou novas receitas, curiosidades e especificidades da gastronomia

mineira relacionadas às influências francesas. ―não havia mais ouro e ingredientes. a

Serra do Caraça entrou com a parte iluminista, que ficou nesse lugar numa época de

falta de produtos e com novas técnicas, o que gerou linhas de quitandas e docerias de

convento‖, comenta.

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