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SÃO JOÃO

PROVA DE APTIDÃO ARTÍSTICA

MARIA NERY, 12º D2 // MULTIMÉDIA

Trabalho elaborado para a disciplina

de Prova de Aptidão Artística,

leccionada por Nuno Ferreira

RESUMO: Este documento visa ilustrar o desenvolvimento da Prova de Aptidão Artística realizada pela aluna Maria

Nery na tecnologia de Multimédia, inserida no curso de comunicação audiovisual da Escola Artística Soares dos Reis

no âmbito de finalização do curso. A prova consiste na realização de uma curta metragem, de animação, de carácter

pedagógico, subordinada ao tema: A Cidade do Porto.

ESCOLA ARTÍSTICA SOARES DOS REIS – PORTO – ANO LECTIVO 2014/2015

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Escola Artística Soares dos Reis – Porto – Relatório de PAA – Disciplina de Multimédia

ÍNDICE

INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………………………………………3

PRÉ-PRODUCÃO

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA IDEIA……………………………………………………4

CONCEITO…………………………………………………………………………………………………4

SINOPSE……………………………………………………………………………………………………4

TEXTO NARRATIVO (VERSÃO PORTUGUESA)………………………………………………….5

TEXTO NARRATIVO (VERSÃO INGLESA)…………………………………………………………6

DESENVOLVIMENTO DA ESTÉTICA E DA TÉCNICA……………………………………………7-10

PREPARAÇÃO DAS FILMAGENS…………………………………………………………………….11

PRODUÇÃO

ANIMAÇÃO STOP-MOTION/PRODUÇÃO VÍDEO……………………………………………….12

ANIMAÇÃO DIGITAL (ROTOSCOPIA)…………………………………………………………….12

GRAVAÇÃO DA VOZ-OFF……………………………………………………………………………12

PÓS-PRODUÇÃO

TRATAMENTO DE IMAGEM………………………………………………………………………….13

MONTAGEM……………………………………………………………………………………………..13

SUPORTES GRÁFICOS……………………………………………………………………..…………14

CONCLUSÃO.………………………………………………………………………………………………….……15

ANEXOS

FICHA DE INVESTIGAÇÃO DE TEMAS PAA…………………………………………………….16-18

ARGUMENTO TÉCNICO………………………………………………………………………………19-22

STORYBOARD……………………………………………………………………………………….…23-28

Maria Nery, 12ºD2

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INTRODUÇÃO

A Prova de Aptidão Artística é o projeto de final de curso inserido na disciplina de Projeto e Tecnologias tendo em conta toda a experiência adquirida ao longo dos 3 anos de ensino artístico especializado, mais especificamente, dentro da Tecnologia escolhida.

Todos os anos é exposto um tema ao qual os trabalhos se devem subordinar. O tema do ano letivo 2014/2015 é Cidade do Porto, sendo que a proposta para a Tecnologia de Multimédia é que seja produzida uma animação, de carácter pedagógico explorando um aspeto típico da cidade.

A curta-metragem apresentada tem como objetivo dar a conhecer a Festa de São João do Porto. Pretendo, através de uma vertente pedagógica e ao mesmo tempo cómica e leve, elevar este tema tão tipicamente portuense a uma escala internacional de forma a cativar possíveis visitantes à cidade.

Neste documento irei referir todo o processo de desenvolvimento do projeto, descrevendo a fase de Pré-Produção que engloba toda a fase de pesquisa até à chegada de um conceito, a produção de elementos como a sinopse, o argumento e o storyboard, e expõe as referências e estudos visuais produzidos que levaram à animação final. É também apresentada a fase de Produção, que refere todo o processo de animação e produção da sonorização do filme. Por fim, refiro a fase de Pós-Produção que engloba a edição e montagem do filme.

Maria Nery, 12ºD2

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PRÉ-PRODUÇÃO PROCESSO DO DESENVOLVIMENTO DA IDEIA

No inicio deste ano letivo, com a introdução do projeto PAA nas aulas de Projeto e Tecnologias, foi-nos proposto que apresentássemos 3 possibilidades de temas diferentes para explorar o tema geral Cidade do Porto, e para cada um desses, um sub-tema em forma de pergunta que representa a abordagem mais particular a dar a temas tão extensos. Na minha pesquisa inicial, tentei encontrar ícones da cidade que se adaptariam bem à abordagem pedagógica que é pedida este ano, que mostrassem potencial para manter um público interessado.

Os três temas escolhidos foram a Fundação de Serralves, a Escola de Arquitetura do Porto e o São João do Porto. (Em anexo, encontra-se a Ficha de Investigação para Propostas de Tema PAA, em que estes temas e os seus sub-temas se encontram mais explorados).

Comecei por explorar o primeiro tema, Fundação de Serralves, tendo desenvolvido todo o texto narrativo para o mesmo. No entanto, depois da sua exploração mais cuidada em aula com a turma e o professor, senti que tinha em mãos um tema massudo, não tendo tido sucesso em dar uma abordagem leve e de entretenimento aos factos a descrever.

Como desde o início o tema do São João tinha um carácter mais cómico aliado a uma pedagogia menos densa, pareceu-me que poderia ser muito mais cativante para um público generalizado, o que me fez adotar este como o tema a desenvolver. Dos dois sub-temas apresentados – “Como sobreviver a uma noite de S.João?” e “O que é preciso para a noite de S.João? – optei pelo segundo, uma vez que vi a possibilidade, para mim cativante, de explorar um carácter de tutorial.

CONCEITO

Quando comecei a refletir sobre este tema do S.João do Porto, decidi desde cedo que, uma vez que os locais da cidade conhecem inevitavelmente a tradição, seria relevante focar-me em informar um público a nível tanto nacional como internacional mas ao mesmo tempo apelar aos portuenses introduzindo um lado cómico/irónico que permitisse a identificação e interação com o filme da parte destas. Foi daí que surgiu a ideia de uma abordagem DIY (do it yourself), que permitia contextualizar a festa e enunciar os objetos mais icónicos da noite que a constituem, através de tutoriais que, de forma caricata, ensinam a como fazer cada um destes.

SINOPSE

Esta animação tem um carácter pedagógico e procura ensinar os espectadores a prepararem- se para o dia de S.João do Porto. O filme começa com uma introdução do que é e quando é a festa e quando começou, passando depois a apresentar uma lista das coisas que serão precisas para uma excelente noite e ensinando a como faze-las em casa, num espírito de S.João DIY.

Maria Nery, 12ºD2

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TEXTO NARRATIVO

Versão Inglesa

S.João – Porto’s Official Holiday – the most vivacious event of the year always takes place from the night of the 23rd of June to the morning of the 24th. Streets are completely taken on by insane crowds, anxious to party the whole night trough, holding the famous plastic hammers and smelly leak flower heads. Big bonfires are lit, where the bravest compete by jumping over the fire. Precisely at midnight the fireworks rumble over the Douro river, creating an unforgettable light spectacle. By the end of the night, having their hearts warmed from the “caldo verde”, the sardines and a few good old glasses of Port Wine, the most resilient party people stride in the direction of Foz do Douro surrounded by São João’s traditional balloons that lit the sky. Let’s move on to the crafting skills needed to be, undoubtedly, the life of the party.

Making your own plastic hammer:

Step 1: Dig up all the trash you can find at home Step 2: Shape it, remotely resembling a hammerish shape Step 3: Win 1000€ in the Annual Contest for Martelinhos de S.João

If your masterpiece is misunderstood, worry not, you shall have an entire night to avenge your little hammer against every single tripeiro!

Grow your own leek flower:

Step 1: Plant the seed Step 2: Love and nurture the shoot as your own precious child Step 3: By the day the smell gets so nauseating that you pass out just by getting near it, accept it’s pubescent years and harvest it at it’s peak.

Get sardines cooked to perfection:

Step 1: Get double dosage of Fresh Sardines from your local market at 6 a.m. Step 2: When your guests arrive, assemble the grill and throw half of the sardines into the fire. Step 3: Replace the first and already reduced to ashes sardines for the ones nana cooked for you and let your guests feast in delight.

Now that you’re all geared up and ready to face S.João’s night, you just need to switch those little fancy shiny shoes for a good pair of comfy sneakers, surround yourself with a good group of friends and you’re ready to throw yourself into the streets.

Maria Nery, 12ºD2

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Versão Portuguesa

S.João – o Feriado oficial da cidade do Porto – a mais animada festa popular do ano decorre sempre na noite de 23 para 24 de Junho. As ruas transformam-se em mares de gente ansiosa por festejar pela noite dentro, de martelo ou alho porro na mão, interagindo assim, vivamente, uns com os outros. Fogueiras são ateadas nas ruas onde os mais corajosos fazem competição de saltos sobre o fogo. Pontualmente à meia-noite dispara o fogo-de-artifício por cima do rio Douro criando um espetáculo de luz inesquecível. No fim da noite, com os corações aquecidos pelo caldo verde, as sardinhas assadas, e uns bons copos de Vinho do Porto, os mais resistentes rumam em direção à Foz do Douro, alumiados pelos balões de S.João que passeiam no céu, para assistir ao nascer do dia junto ao mar. Passemos agora aos skills de bricolage necessários para ser, infalivelmente, a alma da festa.

Fazer um martelo:

Passo 1: Desencanta todo o lixo que encontrares em casa Passo 2: Monta assemelhando-se minimamente a um martelo Passo 3: Ganha 1000€ no Concurso Anual de Martelinhos de S.João.

Se a tua arte for incompreendida, não há problema, terás uma noite inteira para vingar o teu martelo contra todo o santo tripeiro!

Plantar alho-porro no jardim:

Passo 1: Plantar a semente Passo 2: Amar o rebento como se fosse um filho Passo 3: No dia em que o cheiro for tão nauseabundo que te faz desmaiar, aceitar a sua adolescência, e colhê-lo no ponto.

Sardinhas assadas no ponto:

Passo 1: Comprar dose dupla de Sardinhas Frescas às 6h no Mercado Passo 2: Montar a grelha com a chegada dos convidados e colocar metade das sardinhas Passo 4: Substituir as sardinhas já reduzidas a cinza pelas da vovó e anunciar que o comer está na mesa

Agora que já estás munido com tudo o que precisas para enfrentar a noite de S.João só te falta e trocares esses sapatinhos de vela pelas sapatilhas mais confortáveis que encontrares e rodeares-te de um bom grupo de amigos e lançares-te às ruas.

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DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA E DA ESTÉTICA

O processo de estabelecimento da técnica e estética do meu projeto foi de certa forma atribulado, no sentido em que passei por uma fase longa de experimentação até atingir o meu resultado final.

Inicialmente, a minha intenção era fazer animação digital, com os desenhos produzidos em Photoshop e animados em After Effects, tendo passado por uma ainda extensa fase de pesquisa e de estudo.

PESQUISA/MOODBOARD:

Imagens retiradas do Behance, Vimeo e Pinterest

Maria Nery, 12ºD2

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ESTUDOS:

Não estava a sentir-me totalmente satisfeita com os resultados obtidos e o tempo de produção desta estética não estava a mostrar-se rentável. Decidi então partir para uma outra técnica que me pareceu ligar melhor com o projeto para além de ter um tempo de produção mais realista - o stop-motion, mais especificamente a Pixilation. Dos estudos anteriores procurei transpor a estética das cores fortes que sempre senti que ligava bem com o projeto, ligando-se estreitamente à alegria, vivacidade e cores fortes da festa de São João.

Para a parte de contextualização da noite de S.João, que conta com elementos da cidade, multidões de pessoas, e outros elementos difíceis de produzir no ambiente de estúdio, senti que resultaria melhor manter a animação digital. Adotei a técnica de rotoscopia, para que houvesse uma ligação e coerência na forma humana e na naturalidade dos movimentos, permitindo a coexistência das duas estéticas no filme.

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PESQUISA:

img. 1 e 2: Hello Play NYE promo - Greg Barth img. 3: Let’s Play - Brian Tornay

img. 4: Chit Chat Roullete - David Luepschen img. 5 e 6: Pyramid Vritra - Palace - Robert Wallace

img. 7 e 8: Ladi 6 - Hold Tight - Robert Wallace

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EXPERIÊNCIAS:

Maria Nery, 12ºD2

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PREPARAÇÃO DAS FILMAGENS

Considerando a estética que procurava adotar, o local de filmagem ideal para obter os resultados pretendidos em termos de luz e cor seria um ambiente de estúdio, que me permitiria controlar estes elementos sem restrições de horários relativas à luz solar.

Em relação aos cenários - sempre fundos de cores fortes e planas de modo a dirigir o olho do espectador para os objetos e transmitir o espirito vivo e festivaleiro do S.João - decidi produzi-los manualmente, uma vez que as várias experiências que fiz em fundo chroma key não me permitiam obter a estética idealizada. Dois dos cenários, obti ao pintar papel de cenário com tinta spray enquanto para o terceiro utilizei um tecido.

Foi necessária uma recolha e produção de adereços para obter as composições pensadas. Para a cena do martelo, necessitei de recolher lixo e pinta-lo de branco, arranjar notas de monopólio e confettis e, por fim, juntar diferentes bonecos para criar a “multidão”. Para a cena seguinte, do alho-porro, necessitei apenas e terra e diferentes plantas de plástico, incluindo o próprio alho-porro. Por fim, para as sardinhas, utilizei sardinhas reais, que foram pintadas de preto ou dourado conforme a cozedura pretendida, um fogareiro que foi pintado de branco e uma toalha típica da festa, aos quadrados e colorida, para contrastar com a cor de fundo.

Uma vez que, para dar ênfase aos objetos e salientar a ideia de tutorial arts and crafts, nunca entram em plano mais do que as mãos e braços das personagens, não tive qualquer dificuldade em encontrar atores, tendo apenas cuidado estético na escolha das mãos e procurando sempre pessoas diferentes umas das outras. Procurei também que os atores utilizados tivessem conhecimento dentro da área do audiovisual, uma vez que não tendo possibilidade de ter uma equipa técnica, necessitaria pelo menos de um assistente de filmagens para assegurar a qualidade do projeto.

Passei então à marcação de dias de filmagens, com a consciência, a partir dos testes feitos anteriormente, que necessitaria de um dia inteiro para cada cena, cerca de 8h a 10h. Necessitei no total de 3 dias ao longo de 2 semanas para as gravações finais.

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PRODUÇÃO ANIMAÇÃO STOP MOTION/PRODUÇÃO VÍDEO

Após toda a pré-produção se encontrar definida pormenorizadamente, passei então à fase de filmagens do stop-motion. Como já referi, o meu método de filmagens desenvolveu-se ao longo de três dias, e consistiu na mistura de produção vídeo com captura de imagens frame a frame para obter a animação stop motion. Tomei esta decisão de misturar as duas técnicas, uma vez que havia planos em que a sua produção em stop-motion me parecia supérflua, tirando até expressividade – um exemplo é quando o movimento em plano é feito unicamente pelas personagens, e geralmente é até brusco ou repentino para realçar o tom de caricatura. Cingi-me à utilização do stop motion para a movimentação/transformação de objetos inanimados, porque senti que era quando realmente poderia tirar partido desta técnica. A junção destas duas permitiu-me tanto atingir a estética que tinha idealizado como fazer uma boa rentabilização de tempo de filmagens.

Tomei a decisão de gravar cada cena por inteiro, em sessões mais longas, para assegurar a continuidade entre planos, principalmente em relação à luz e composição do cenário. O tempo de filmagens por cena,

Para a captura de imagem e vídeo, utilizei uma Nikon D600, com uma lente 24-70mm, sempre apoiada em tripé para garantir a estabilidade dos planos estáticos. A iluminação foi conseguida através de três focos de luz, dois apontados para o fundo e um que fazia os jogos de luz sobre os elementos cénicos e a personagem.

ANIMAÇÃO DIGITAL (ROTOSCOPIA)

Como já referi anteriormente, toda a parte noturna do filme, de explicação do São João, é produzida em animação digital, mais especificamente em rotoscopia desenvolvida em Flash com uma frame rate de 12 fps.

Para a sua produção, comecei por fazer filmagens na escola, em tempo de aulas, sem dar atenção especial a cenários e utilizando diferentes colegas meus como personagens, de modo apenas a ter uma guia de movimentos de câmara e de personagens. Após a conclusão das mesmas, importei os vídeos para o photoshop, para os exportar como imagens. Estas imagens foram importadas para o Flash, e frame-a-frame, foram desenhadas por cima, numa estética simples, de linha fluída com cores fortes, próximas do fluorescente dos sinais noturnos. Para tornar os desenhos mais visualmente impactantes, procurei fazer preenchimentos de certos elementos com diversos padrões. Os vídeos originais foram removidos e substituído por um fundo negro, alusivo à noite, com uma simples animação de estrelas a piscar, obtidas através de uma alteração gradual de opacidade, em loop.

GRAVAÇÃO DA VOZ OFF

A voz off do filme foi gravada no estúdio de som da escola. Idealizei uma voz feminina, de efeito de certa forma mecânico, muito típico do estereótipo de um tutorial. Para conseguir esse efeito utilizei uma colega minha, a Beatriz Teixeira, que estudou inglês durante vários anos e tinha como referência os CDs educativos típicos dos institutos.

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PÓS-PRODUÇÃO TRATAMENTO DE IMAGEM

Com todo o stop-motion produzido, passei à fase de edição da imagem, de modo a assegurar totalmente a estética idealizada, realçando as cores berrantes que quis dar ao filme. Utilizei o Lightroom, uma vez que me sentia à vontade com este programa que me permitia uma edição detalhada por imagem, mas ao mesmo tempo a possibilidade de aplicação múltipla às sequências de frames de um plano. A edição assentou principalmente na alteração de contraste, realces e alteração por cor específica dos níveis de saturação e luminância.

MONTAGEM

A parte da montagem foi relativamente simples, consistindo na junção dos planos e sua transição previamente definida no argumento técnico e no storyboard. Para isto utilizei o Premiere. Posteriormente, no mesmo programa, apliquei a voz-off e a banda sonora - que consiste na música Pink Batman de Dan Deacon - fazendo os ajustes necessários tanto ao audio como ao filme para que a sincronização estivesse perfeitamente ajustada.

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SUPORTES GRÁFICOS

CAPA DVD

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CONCLUSÃO

Este projeto foi provavelmente o mais desafiante mas, ao mesmo tempo, recompensante de todo o meu percurso nesta escola. Representa todo o culminar do conhecimento e prática adquirido ao longo dos três anos, tendo sido uma autêntica prova às capacidades de todos nós, uma possibilidade excelente de evolução e um passo valorizável na procura de uma estética/estilo mais pessoal.

O meu processo de trabalho ao longo do ano foi significativamente atribulado, no sentido em que foi repleto de indecisões que me consumiram tempo de produção, mas no entanto me permitiram uma extensa experimentação que levou à exploração de diversas técnicas e a encontrar um estilo com que me identificasse e que ligasse bem com o conceito que queria transparecer, o que penso que consegui atingir com sucesso.

Em suma, penso que este projeto me vai trazer uma extensa bagagem académica para os anos futuros, tanto a nível técnico, como de capacidade de resolução de problemas e gestão de prazos. Foi, para mim, uma experiência extremamente interessante e satisfatória, que apesar de ser extremamente trabalhosa, resultou num bom produto final que olharei no futuro como uma referência por onde evoluir, mas também com orgulho.

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ANEXOS FICHA DE INVESTIGAÇÃO PARA PROPOSTAS DE TEMAS DE PAA

Nesta primeira fase de investigação foi-nos pedida a exploração de 3 temas diferentes, atribuindo-lhes subtemas que viriam a definir a abordagem específica que queriamos dar a um tema mais geral. O desenvolvimento de cada subtema foi feito através da realização de uma sinopse, após uma primeira pesquisa de referências sobre o tema. Não senti grandes dificuldades nesta primeira fase, sinto que entendi rapidamente a proposta e consegui encontrar ícones da Cidade do Porto nos quais me parecia haver interesse em dar a conhecer numa vertente pedagógica.

Penso que consegui focar-me em aspetos mais particulares dos mesmos, tendo consciência que era impossível tratar o tema por completo.

1. Tema 1: Fundação de Serralves1.1. Sub-tema pedagógico para a minha animação e PAA, sobre o tema 1: De que forma é que o Serviço Educativo de Serralves pode ajudar na compreensão da Arte Contemporânea?

2. 1.2. Sinopse:

Esta animação terá um carácter pedagógico e visa mostrar como funciona o Serviço Educativo da Fundação de Serralves. A animação começará com uma introdução breve sobre a arte contemporânea e como esta é por muitas vezes um quebra-cabeças, de difícil busca por um significado, o que leva à rejeição da mesma por muitas pessoas, podendo aqui ser comicamente introduzidos estereótipos da arte contemporânea com observadores que ficam completamente exaustos a tentar tirar significado dos mesmos.

É então apresentada uma solução para o problema – uma visita a Serralves – mas pela “mão” do Serviço Educativo, sendo aqui feita uma espécie de visita guiada à Fundação, bem como à dinamização que o Serviço faz para promover o entendimento/gosto pela arte: visitas guiadas, conferencias, workshops, debates, espetáculos, oficinas criativas e os apreciados eventos como Serralves em Festa e a Festa de Outono.

1.3. Referências para subtema 1:Ref 1 --- Website da Fundação Disponível em: http://www.serralves.pt/pt/

Ref 2 --- Entrevista à Coordenadora do Serviço Educativo Disponível em: http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=160&doc=11855&mid=2

Ref 3 --- Link para video do vimeo sobre o serviço educativo de Serralves para a Educação Disponível em: http://vimeo.com/76042151

Ref 4 --- Link para vídeo do youtube feito pelo canal 180 para documentar o Serralves em Festa Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=y8UBDkXkpKQ

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2. Tema 2: São João do Porto 2.1. Sub---tema pedagógico para a minha animação e PAA, sobre o tema 2: 1.Como (sobre)viver a uma noite de S.João?ALTERNATIVA 2.O que é preciso para noite de S.João?2.2. Sinopse:

1. Esta animação de carácter pedagógico visa, através do ponto de vista de alguém que não gosta do S.João, retratar o ambiente da noite mais agitada e dinâmica da nossa cidade. Há uma voz-off que vai descrevendo a festa, a sua origem, e as coisas que todos os tripeiros adoram da festa como aspetos detestáveis, dando dicas de como “sobreviver” aos ataques do alho porro, às investidas incessantes dos martelos, ao cheiro das sardinhas a assar, às multidões de gente, à música pimba, etc. Todas estas críticas acabam por retratar o ambiente festivaleiro deste dia, e por muito que o ponto de vista do narrador seja negativo, é inegavelmente chamativo para inúmeras pessoas, que vão ver os pontos negativos deste “outsider” louco como pontos positivos.

2. Esta animação tem um carácter pedagógico e procura ensinar os espectadores a prepararem- se para o dia de S.João do Porto. A animação começa com uma introdução do que é e quando é a festa e quando começou, passando depois a apresentar uma lista das coisas que serão precisas para uma excelente noite e ensinando a como faze-las em casa, num espírito de S.João DIY. A lista de coisas poderá incluir, um balão de s.joão, um martelo, uma quadra de majerico, um alho porro plantado no jardim/varanda, sardinhas assadas no ponto, o cultivo do gosto temporário por música pimba, um bom grupo de amigos e um bom par de sapatos confortáveis.

2.3. Referências para subtema 2:Ref 1 - Página da Wikipédia sobre o S.João do Porto Disponível em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Jo%C3%A3o_do_Porto

Ref 2 - Página do Turismo do Porto sobre a festa Disponível em: http://visitporto.travel/Visitar/Paginas/Artigo.aspx?artigo=8

Ref 3 - Link do Youtube sobre os eventos do S.João de 2013 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Oc9MydlyXpI&feature=youtu.be

Ref 4 - Link para o Concurso Anual de Martelinhos de S.João Disponível em: http://www.fjuventude.pt/pt/98/martelinhos---de---s---joao.aspx

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3. Tema 3: Escola de Arquitetura do Porto 3.1. Sub---tema pedagógico para a minha animação e PAA, sobre o tema 3:

O que é a “Escola”?Quem são os seus principais representantes? O que é que caracteriza esta corrente?Que obras habitam a cidade?Até onde se expande esta corrente?

3.2. Sinopse: Com esta animação pedagógica será feita uma apresentação à Escola do Porto, uma das correntes mais influentes a nível internacional da arquitetura contemporânea nacional. Tudo começa com um esclarecimento do que é a Escola do Porto, sendo feita a distinção entre a faculdade e a corrente arquitectónica. De seguida são mostrados os principais representantes desta corrente e, mostrando as suas obras, são também expostas as principais características dos edifícios e um roteiro da arquitetura contemporânea portuense. Por fim, é mostrada a difusão desta corrente, e das obras destes arquitetos pelo resto do mundo.

3.3. Referências para subtema 3:Ref 1 --- Página da Wikipédia sobre a Escola do Porto Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_do_Porto

Ref 2 --- Artigo sobre a Escola do Porto e a sua influência Disponível em: http://www.porto24.pt/cidade/escola-do- -porto-esta-viva-e-e-ainda-referencia-para-novos-arquitectos/

Ref 3 --- Artigo com exemplos de obras e características Disponível em: http://www.ignezferraz.com.br/mainportfolio4.asp?pagina=Artigos&cod_item=981

Ref 4 --- Artigo sobre Siza Vieira e Eduardo Souto Moura e os prémios Pritzker Disponível em: http://noticias.universia.pt/destaque/noticia/2011/03/29/805720/pritzkers- portugueses-pertencem-a-escola-do- porto.html

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ARGUMENTO TÉCNICO

Maria Nery, 12ºD2

FUNDO PRETO

WIDE SHOT:

SURGEM ÍCONES DO PORTO, SEGUIDOS DE UMA LUA QUE SETRANSFORMA GRADUALMENTE NUM SOL.

CUT TO

WIDE SHOT:

Surgem multidões de todos os cantos.

CUT TO

CLOSE UP:

Duas mãos seguram e agitam um martelo e um alho-porro.

CUT TO

WIDE SHOT:

Duas personagens saltam sobre uma fogueira.

CUT TO

WIDE SHOT:

Espetáculo de fogo de artifício.

CUT TO

CLOSE UP:

Coração enche-se de caldo verde, caem sardinhas, líquidofica vermelho e transborda o coração.

CUT TO

WIDE SHOT:

Marcha da personagem, acompanhada por balões no céu. Mãosobe e puxa um fio.

FUNDO COM PAREDE AMARELA

EXTREME CLOSE UP:

Mão puxa o fio que liga a luz.

CUT TO

CLOSE UP:

(CONTINUED)

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Maria Nery, 12ºD2

CONTINUED: 2.

Braços puxam as mangas para cima.

CUT TO

EXTREME CLOSE UP:

Boca sopra um party whistle.

CUT TO

MEDIUM:

Mão empurra o caixote do lixo no centro do plano, caindo nochão e deixando cair parte do lixo. Caixote move-se parafora do plano, deixando o lixo no centro de onde se vaiconstruir o martelo.

CUT TO

MEDIUM:

Martelo aparece em cena a ser agitado enquanto confettis enotas caem por trás.

CUT TO

CLOSE UP:

Martelo derruba a multidão de bonecos.

FUNDO COM PAREDE VERDE

CLOSE UP:

Mão deixa cair uma semente.

CUT TO

MEDIUM:

Rebento cresce gradualmente. Mão acaricia-o e coloca-lhe umcobertor por cima.

CUT TO

MEDIUM:

Planta continua a crescer.

CUT TO

POV:

(CONTINUED)

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Maria Nery, 12ºD2

CONTINUED: 3.

Personagem aproxima-se do alho porro, caindo em terra,desmaiado, com o cheiro.

CUT TO

MEDIUM:

Mão surge do chão, arrasta-se pela terra e arranca a o alhoporro.

FUNDO COM PAREDE AZUL

MEDIUM:

Sardinhas entram para dentro de um saco segurado pelapersonagem.

CUT TO

WIDE SHOT:

Mão atira, de forma enojada, sardinhas para um fogareiro.

CUT TO

MEDIUM:

Sardinhas vão carbonizando gradualmente.

CUT TO

MEDIUM:

Personagem pousa sardinhas na mesa.

CUT TO

CLOSE UP:

Mão arranca o bilhete.

CUT TO

MEDIUM:

Vários braços pegam vorazmente nas sardinhas.

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Maria Nery, 12ºD2

4.

CLOSE UP:

Martelo na mão da personagem.

CUT TO

CLOSE UP:

Alho porro preso às costas.

CUT TO

CLOSE UP:

Sardinhas a nadar na barriga.

CUT TO

CLOSE UP:

Sapatos são trocados por sapatilhas.

CUT TO

FULL SHOT:

O grupo estático em pose power rangers.

CUT TO

FULL SHOT:

Grupo é completamente tomado pela multidão.

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STORYBOARD

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