SÃO ROQUE FARM

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC CURSO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL MARIANE HAACK SIMONE PERAZZOLI WILLIAM MICHELOM GRANJA SÃO ROQUE Videira 2012

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC

CURSO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

MARIANE HAACK

SIMONE PERAZZOLI

WILLIAM MICHELOM

GRANJA SÃO ROQUE

Videira

2012

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MARIANE HAACK

SIMONE PERAZZOLI

WILLIAM MICHELOM

GRANJA SÃO ROQUE

Trabalho apresentado ao Curso de Engenharia Sanitária

e Ambiental da Universidade do Oeste de Santa

Catarina, como requisito para a obtenção de nota da

Disciplina de Controle de Poluição.

Professor (a): Prof. Dra. Sabrina Salamoni

Videira

2012

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4

1.1 OBJETIVOS ................................................................................................................... 6

1.1.1 Objetivo Geral ................................................................................................................ 6

1.1.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 6

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 7

2.1 ATIVIDADE SUINÍCOLA E O MEIO AMBIENTE .................................................... 7

2.2 TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO ......................................................................... 8

2.3 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ....................................................................................... 9

3 DESCRIÇÃO DO LOCAL E ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

PROPRIEDADE ........................................................................................................... 10

3.1 CARACTERIZAÇÃO DOS POLUENTES GERADOS ............................................. 10

3.1.1 Efluentes ....................................................................................................................... 10

3.1.2 Resíduos sólidos ........................................................................................................... 11

3.1.3 Emissões atmosféricas .................................................................................................. 11

3.2 SISTEMAS DE TRATAMENTO EMPREGADOS .................................................... 12

3.2.1 Rede coletora (transporte de dejetos) ........................................................................... 13

3.2.2 Composteira .................................................................................................................. 13

3.2.3 Decantador (separador de sólidos) ................................................................................ 13

3.2.4 Lagoas anaeróbias - atuais biodigestores ...................................................................... 14

3.2.5 Lagoas facultativas ....................................................................................................... 15

3.2.6 Lagoa de maturação ...................................................................................................... 15

3.2.7 Banhados construídos e macrófitas .............................................................................. 15

3.3 PROGRAMAS IMPLANTADOS NA PROPRIEDADE VISANDO A REDUÇÃO

DA GERAÇÃO DE POLUENTES E APROVEITAMENTO DE SUB-PRODUTOS16

3.3.1 Emissões atmosféricas .................................................................................................. 16

3.3.2 Resíduos Sólidos ........................................................................................................... 18

3.3.3 Efluentes ....................................................................................................................... 18

4 OBSERVAÇÕES DO GRUPO E PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS PARA O

SISTEMA ..................................................................................................................... 19

5 CONCLUSÃO .............................................................................................................. 20

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 21

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1 INTRODUÇÃO

É notável, principalmente nos últimos anos, o destaque do Brasil na produção e

exportação de carne suína, devido, principalmente a fatores como a grande extensão territorial

e a oferta de matéria prima para a produção. Sendo o país, o quarto maior produtor mundial de

suínos, atrás somente da China, União Europeia e Estados Unidos. Santa Catarina é,

isoladamente, o maior estado produtor de suínos do país, representando 26,6% do total

nacional e com um crescimento de 3,5% da atividade em 2009. A produção brasileira de

suínos cresceu 17,7% entre os anos de 2005 e 2009, enquanto que em Santa Catarina este

aumento foi de 22,7%. Além da produção elevada, o estado é pioneiro na exportação de carne

suína e sempre foi o maior estado exportador do país (SANTA CATARINA, 2010).

O Meio-Oeste Catarinense é caracterizado por cidades de pequeno e médio porte que

tiveram seu desenvolvimento baseado principalmente na agroindústria. A região do Vale do

Rio do Peixe, conforme dados obtidos no Plano Diretor Municipal (2007), faz parte de um

dos maiores complexos agroindustriais de suínos e aves do país, onde os frigoríficos de médio

e grande porte estão associados aos produtores rurais em um modelo de integração, no qual as

empresas fornecem insumos, transferem tecnologia e compram a produção de animais.

Com relação ao município de Videira, a suinocultura é uma atividade ainda mais

representativa, pois dos 19,7% de participação do setor do agronegócio no PIB do município,

50% advém da suinocultura, demonstrando sua grande relevância. A microrregião de Joaçaba,

onde o município está localizado, é a segunda maior produtora de suínos do estado,

representando 14,4% da produção total de suínos e contando com 1.129 mil cabeças (SANTA

CATARINA, 2010).

A atividade, quando iniciada no estado, era desenvolvida em pequena escala e de

forma familiar, porém, este modo de produção foi substituído, no início dos anos 70, pela

produção em larga escala. Com o aumento na escala de produção, consequentemente, houve

um aumento considerável na geração de dejetos resultantes da atividade que, quando não

tratados adequadamente, transformam-se em sérios passivos ambientais. O tratamento destes

passivos somente começou a ter relevância a partir da criação da Política Nacional do Meio

Ambiente (PNMA), que foi instituída por meio da Lei Federal nº 6.938/81, a qual estabelece

os mecanismos de proteção, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, visando a

assegurar o desenvolvimento com respeito à natureza (BRASIL, 1981).

Considerando esses aspectos, o presente trabalho buscou conhecer a forma pela qual

uma propriedade suinícola, denominada Granja São Roque, localizada no município de

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Videira, realiza o manejo e tratamento dos poluentes gerados decorrente de suas atividades,

bem como propor alternativas para a melhoria do sistema implantado.

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1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Conhecer o sistema de manejo e tratamento dos poluentes gerados em uma

propriedade suinícola bem como propor alternativas para a melhoria do sistema implantado.

1.1.2 Objetivos Específicos

Descrever as atividades realizadas em uma propriedade suinícola;

Identificar os poluentes gerados na propriedade (sólidos, líquidos e gasosos);

Identificar os sistemas empregados no tratamento dos poluentes gerados;

Propor melhorias para os sistemas de tratamento dos poluentes.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ATIVIDADE SUINÍCOLA E O MEIO AMBIENTE

A suinocultura é uma das maiores e mais importantes cadeias produtivas da indústria

alimentar existente no Brasil. O sistema de produção em regime de integração é grande

responsável pelo crescimento da suinocultura no sul do País, promovendo uma produção mais

eficiente, simplificando a administração das propriedades rurais que adotam este sistema.

Além disso, a suinocultura vem seguindo uma tendência clara ao migrar para áreas que são

grandes produtoras de grãos, como o cerrado brasileiro, presente no Centro-Oeste, parte do

Nordeste e do Sudeste (GARTNER; GAMA, 2005).

A atividade suinícola é altamente poluidora, já que os sistemas intensivos de

confinamento produzem grandes quantidades de dejetos. Conforme os autores citados acima

(GARTNER; GAMA, 2005), a produção intensiva e o aumento de produtividade resultam no

aumento da poluição por dejetos suínos, fato que têm causado desequilíbrios ecológicos em

diversos municípios da região Sul, principalmente no oeste do Estado de Santa Catarina. Este

panorama foi agravado a partir da década de 1970, quando a produção desse resíduo orgânico

excedeu em grande parte sua capacidade de absorção pelo meio ambiente.

A principal causa da degradação ambiental ocorre através do lançamento direto dos

resíduos sem tratamento nos córregos e rios, promovendo redução do teor de oxigênio,

disseminação de patógenos e contaminação das águas com substancias tóxicas - amônia e

nitratos (FONSECA; ARAÚJO; HENDGES, 2009). Conforme Spies (2009), a eutrofização e

a acidificação do solo e da água são importantes impactos ambientais que causam danos à

biodiversidade e desequilíbrio.

Além da poluição hídrica e do solo, também deve ser considerada a emissão de gases

gerados pelos sistemas de tratamento adotados (OLIVEIRA; HIGARASHI; NUNES, 2004;

OLIVEIRA; HIGARASHI, 2006). Em sistemas de criação de suínos e tratamento dos

dejetos, os principais gases emitidos são o CO2, CH4 e os gases nitrogenados (NH4, N2O e N2)

(OLIVEIRA et al., 2003). Essas emissões afetam negativamente a qualidade do ar,

representando uma grande preocupação devido aos efeitos prejudiciais na qualidade ambiental

e saúde humana (OLIVEIRA; HIGARASHI; NUNES, 2004).

Além da toxicidade, esses gases são potenciais fontes de geração de odor desagradável.

Essas emissões, muitas vezes são sentidas a distâncias que vão além dos limites da área da

propriedade emissora. Conforme Oliveira (2004) investimentos econômicos consideráveis no

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design das edificações, das estruturas de armazenamento e tratamento, bem como no sistema

de transporte e distribuição são necessários para reduzir/minimizar a emissão de gases e

odores.

2.2 TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO

O sistema tradicional de manejo de dejetos utilizado na Região Sul se baseia em

conduzir os dejetos da área de criação dos animais, através de tubulações ou canaletas para

um depósito (esterqueiras, bioesterqueiras). Nesse local, os dejetos permanecem por

determinado tempo para fermentação, para depois serem transportados com máquinas até as

lavouras. Esse sistema, adequadamente instalado e manejado, apresenta bons resultados,

desde que na propriedade exista área agrícola necessária para absorver a quantidade de

resíduo gerada (KUNZ et al., 2004; OLIVEIRA; HIGARASHI, 2006). Neste caso, o tempo de

armazenamento recomendado para a estabilização da matéria orgânica e inativação de

patógenos deve ser em torno de 120 dias (KUNZ, HIGARASHI; OLIVEIRA, 2005).

Sistemas de lagoas de estabilização podem ser projetados para tratar resíduos e/ou

efluentes após o recebimento de um tratamento prévio. Recomenda-se uma combinação de

decantador de fluxo ascendente, seguido por lagoas de estabilização anaeróbias (tempo de

detenção entre 35 e 46 dias), facultativas (tempo de detenção de 24 dias) e aguapés (tempo de

detenção de 15 dias). Contudo, um dos maiores problemas do manejo dos dejetos suinícolas

nesses sistemas é o alto grau de diluição, ocasionado principalmente por vazamentos no

sistema hidráulico, desperdício de água nos bebedouros e por sistemas de limpeza

inadequados (KUNZ et al., 2005).

Dentre as alternativas tecnológicas inovadoras para o gerenciamento dos dejetos de

suínos Perdomo, Oliveira e Kunz (2003) destacam a utilização de biodigestores. Além dos

aspectos ambientais, tal como a redução da emissão de gases de efeito estufa, a produção de

biogás pode agregar valor a produção, tornando-a autossustentável economicamente, por meio

da geração de energia (térmica) e a valorização agronômica do biofertilizante (OLIVEIRA,

2004; OLIVEIRA; HIGARASHI, 2006).

Além da produção de biogás, os autores Sànchez et al. (2005) citam que tratamento de

dejetos por digestão anaeróbia possui outras vantagens, tais como a destruição de organismos

patogênicos e parasitas, produção de baixa biomassa determinando menor volume de dejetos e

capacidade de estabilizar grande volumes de dejetos orgânicos diluídos a custos reduzidos.

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Deve ser observado o fato de que o efluente gerado no biodigestor não pode ser

descartado diretamente nos corpos hídricos, pois ainda apresenta alto potencial poluidor,

necessitando assim receber um tratamento posterior. No caso da aplicação no solo, como

biofertilizante, deve seguir os preceitos de balanço de nutrientes (KUNZ et al., 2005)

Conforme Paillat et al. (2005 apud OLIVEIRA; HIGARASHI, 2006) outro método

alternativo de manejo dos dejetos provenientes da atividade suinícola, o qual visa modificar as

características químicas e físicas dos dejetos, dando origem a um produto final de alto valor

agronômico, trata-se da compostagem. Essa técnica pode representar uma solução efetiva para

regiões com problemas de alta concentração da produção de suínos, pois permite transferir os

resíduos na forma de composto para outras regiões que demandam este tipo de adubo.

Contudo, Kunz et al. (2005) citam que a maior dificuldade na adoção desses sistemas refere-

se à remoção da umidade do dejeto, a qual deve ser de 95%.

2.3 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

No Estado de Santa Catarina, os efluentes somente poderão ser lançados diretamente

no corpo hídrico receptor desde que obedeçam as seguintes condições e padrões, resguardadas

outras exigências cabíveis de acordo com a resolução do CONAMA 430/11 e a Lei Estadual

14.675:

Tabela 1 – Níveis aceitáveis para lançamento de efluente

suinícola

Variáveis Concentração

pH Entre 6 a 9

DBO 60 mg/l ou 80% de remoção

Fósforo total 4,0 mg/l ou 75% de remoção

Nitrogênio total 20,0 mg/l

Sólidos Sedimentáveis 1 ml/l/h*

Sólidos Suspensos

20% de remoção**

Cobre 0,5 mg/l

Zinco 1,0 mg/l

*Em teste de 1 hora em cone Inmhoff.

** Remoção após desarenação.

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3 DESCRIÇÃO DO LOCAL E ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

PROPRIEDADE

A Granja São Roque está localizada em Videira, no oeste de Santa Catarina. O

município fica situado no Vale do Rio do Peixe e está localizado a 400 Km da capital do

estado, Florianópolis. Videira possui uma população de 47.188 habitantes, tendo uma área de

377,85 km² (IBGE, 2012). Ao norte, limita-se com os municípios de Caçador e Arroio Trinta,

ao oeste faz fronteira com Iomerê e Pinheiro Preto, ao sul com o município de Tangará e ao

leste com os municípios de Fraiburgo e Rio das Antas. Todos esses municípios têm

representativa criação de suínos em sua economia.

A propriedade é uma Unidade Produtora de Leitão – UPL, dividida em três unidades,

denominados Granja São Roque I, Granja São Roque II e Granja São Roque III. Atualmente,

conta com 8.500 matrizes e uma população de 45.500 suínos.

A Granja São Roque foi construída na década de 70, porém, uma nova gestão passou a

ser implantada em 2003, ano em que um projeto de modernização e readequação ambiental

começou a ser desenvolvido, tendo como premissa o tratamento ambiental adequado para os

dejetos dos suínos, a autossuficiência energética da propriedade, a partir do biogás

proveniente da biodigestão anaeróbica dos dejetos dos suínos, e a redução de emissões de

gases causadores do efeito estufa (PASQUAL, 2011).

3.1 CARACTERIZAÇÃO DOS POLUENTES GERADOS

3.1.1 Efluentes

Conforme Oliveira e Tavares (2006), as exigências nutricionais, as aplicações de

antibióticos e de complexos vitamínicos, a água desperdiçada em bebedouros e os sistemas de

limpezas utilizados interferem diretamente na composição e volume dos dejetos gerados,

cujos principais constituintes são: matéria orgânica, nutrientes (fósforo, nitrogênio, entre

outros), substâncias tóxicas, metais pesados (manganês, ferro, cobre, zinco, etc.) e os

organismos patogênicos (coliformes fecais, Escherichia coli entre outros).

A produção total de dejetos em granjas de suínos é muito variável, dependendo

principalmente do manejo de limpeza adotado em cada granja, determinando a maior ou

menor quantidade de água utilizada. De qualquer forma a água estará sempre presente,

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diluindo e fazendo parte na geração de resíduo final, o que dá aos dejetos de suínos, na maior

parte dos sistemas, a característica de efluente líquido.

No caso da granja São Roque, a propriedade gera em média 360 m³ de efluentes/dia,

constituídos de fezes, urina e volumes expressivos de água, que é utilizada no manejo de

limpeza das instalações (PASQUAL, 2011). A tabela 2 mostra a quantidade de dejetos

gerados, conforme a categoria de suínos:

Tabela 2 - Número de suínos por categoria e quantidade de dejetos gerados

na Granja São Roque

Categoria de

Animal

Número

Implantado

Dejetos

(L/animal/dia)

Dejetos

Plantel (L/dia)

Machos 27 10 270

Marrãs 950 8 7600

Matrizes 10.200 30 306.000

Leitões 10.400 1 10.400

Leitões em creche 24.000 2 36.000

Total 47.577 360.270

Fonte: Proença (2009)

3.1.2 Resíduos sólidos

São aqueles provenientes do processo de biodigestão, material grosseiro retido no

decantador e lodo proveniente das lagoas facultativas e de polimento. Matéria orgânica de

animais mortos, descartados, bem como resíduos de partos, restos de ração também devem ser

considerados. Conforme Pasqual (2011) estima-se que a propriedade gere em torno de 100

toneladas/mês de resíduos sólidos, o que produziria cerca de 30 toneladas/mês de

biofertilizante, com 30% de umidade.

3.1.3 Emissões atmosféricas

A degradação biológica dos resíduos produz gases tóxicos, uma vez que a degradação

de fibras vegetais e de proteínas provoca a formação de compostos voláteis. Damasceno

(2010) cita que os principais problemas ambientais decorrentes da atividade suinícola estão

relacionados à emissão para a atmosfera de metano (CH4) e amônia (NH3), além de maus

odores, resultantes da fermentação de compostos nitrogenados.

Belli Filho e Lisboa (1998) identificaram mais de 200 compostos responsáveis pelos

maus odores dos dejetos de suínos (mercaptanos, aldeídos, cetonas, ácidos graxos voláteis,

fenóis, álcoois, éter e hidrocarbonetos aromáticos). Além disso, nas emissões gasosas das

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criações de suínos estão presentes bactérias, fungos e endotoxinas que são contaminantes do

ar presentes nas instalações (SILVA; BELLI FILHO, 2009).

Em função de sistema de tratamento de dejetos de suínos adotado na propriedade, há

uma redução considerável de emissões atmosféricas, principalmente de gases do efeito estufa,

e a percepção da presença de odores no local e seu entorno é mínima.

3.2 SISTEMAS DE TRATAMENTO EMPREGADOS

A Figura 1 esquematiza o sistema de tratamento de poluentes gerados na propriedade,

o qual será melhor descrito a partir do item 3.2.1 ao item 3.2.7.

Figura 1 - Fluxograma do funcionamento do sistema de tratamento

de dejetos dos suínos, da Granja São Roque

Fonte: Pasqual (2011)

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3.2.1 Rede coletora (transporte de dejetos)

Toda a rede coletora consiste em tubulação de PVC 200 mm, com declividade de

0,7%. A cada 20 metros há um poço de visita ou ponto de vistoria, com tubos de diâmetro 80.

Dentro do decantador, os canos são de 100 mm e perfurados. Estes, também estão presentes

na saída do segundo biodigestor, com a finalidade de estimular a oxigenação do líquido.

3.2.2 Composteira

É o local onde são depositadas e processadas as matérias orgânicas de animais mortos,

descartados, bem como resíduos de partos. Neste material é adicionada maravalha, com o

objetivo de diminuir o mau odor e acelerar o processo de compostagem. O resultado é um

composto orgânico que pode ser utilizado na agricultura, propiciando melhorias das condições

físicas e químicas do solo.

3.2.3 Decantador (separador de sólidos)

É responsável pela separação dos sólidos dos dejetos suínos que, juntamente com o

lodo que se forma no fundo dos biodigestores, são utilizados para produção de fertilizantes

orgânicos, de forma seca e estabilizada.

Após a decantação dos dejetos, através de uma caixa de recalque o líquido é

bombeado para o sistema de biodigestão, ficando os sólidos retidos no decantador. O

bombeamento hidráulico ocorre apenas no complexo São Roque II, na segunda etapa do

tratamento pelo fato do sistema de tratamento encontrar-se em porção superior ao complexo.

Nos complexos São Roque I e III os dejetos chegam ao decantador, em sua totalidade, por

gravidade. O dejeto é mantido, inicialmente nas salas, dentro das valas, por um período de 12

dias, após é enviado para o decantador, passando por uma tubulação de PVC com declividade

0,7%.

Cada decantador instalado contém três células de enchimento sequencial, onde cada

célula leva 15 dias para encher, o dejeto então decantará ali por um período de 30 dias e,

posteriormente a parte líquida será transportada (gravitacionalmente) para o sistema de

biodigestão, passando por dois biodigestores sequenciais (2 lagoas anaeróbicas). A Figura 2

mostra as instalações que compreendem a composteira (esquerda), o sistema de decantação

(centro) e um biodigestor (direita).

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Figura 2 – Parte do sistema de tratamento de dejetos suínos

Fonte: Os autores

3.2.4 Lagoas anaeróbias - atuais biodigestores

São responsáveis pelo tratamento primário do efluente com cargas orgânicas elevadas.

Estas lagoas reduzem e estabilizam a matéria orgânica e recuperam seu substrato, para que

este possa ser convertido em biofertilizante e biogás. Na propriedade há cinco biodigestores

instalados, visando a captação do biogás gerado, cuja principal constituição é o gás metano,

que é muito favorável para a geração de energia elétrica. A Figura 3 mostra o sistema de

biodigestores sequenciais.

Figura 3 – Biodigestores em série

Fonte: Os autores

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3.2.5 Lagoas facultativas

Responsáveis pelo tratamento secundário do efluente, que tem como característica a

qualidade ambiental, pois é aeróbica na superfície e anaeróbica no fundo;

3.2.6 Lagoa de maturação

Tem como finalidade “polir” o efluente tratado, que possui uma grande quantidade de

sólidos suspensos.

Figura 4 – Sistema lagoas (facultativa e de maturação)

Fonte: Os autores

3.2.7 Banhados construídos e macrófitas

Os banhados construídos consistem na percolação do efluente tratado em tanques

preenchidos com pedra brita e areia, servindo como filtragem final, para a oxigenação do

efluente tratado. O polimento com macrófitas tem a finalidade de remover as concentrações

de nutrientes (N e P), melhorando as características do efluente. Após todas essas etapas o

efluente passa por uma caixa de passagem e segue para seu destino final.

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Figura 4 – Banhados Construídos

Fonte: Os autores

3.3 PROGRAMAS IMPLANTADOS NA PROPRIEDADE VISANDO A REDUÇÃO DA

GERAÇÃO DE POLUENTES E APROVEITAMENTO DE SUB-PRODUTOS

Recentemente, o mercado consumidor de alimentos vem exigindo produtos de

qualidade, preços competitivos produzidos a partir de sistemas que não são ambientalmente

poluidores, pressionando para a reutilização de subprodutos agro-alimentares dentro dos

padrões aceitáveis de ponto de vista ambiental, econômico e de saúde.

O principal objetivo da unidade relaciona-se com o tratamento ambiental adequado dos

poluentes gerados na propriedade, a diminuição da incidência de vetores patogênicos, a

redução do odor e a melhora da qualidade do efluente final tratado. Com este propósito,

diversas tecnologias estão sendo desenvolvidas e aplicadas no tratamento dos poluentes

gerados nesta propriedade, abrangendo as problemáticas relacionadas às emissões

atmosféricas, geração de resíduos sólidos e efluentes.

3.3.1 Emissões atmosféricas

Os dejetos provenientes da pecuária constituem uma das fontes mais abundantes para a

produção de biogás no Brasil. Por meio da criação de suínos, por exemplo, os dejetos dos

animais podem ser utilizados como matéria-prima para geração de energia elétrica, térmica e

automotiva. Indiretamente, estes resíduos geram demandas por serviços de planejamento,

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implantação, operação e manutenção dos processos que produzem o biogás e energias que

com ele podem ser geradas (PASQUAL, 2011; BLEY et al, 2009).

Na Granja São Roque, o biogás proveniente dos biodigestores é transportado para uma

planta de geração de energia – Central de Geração. A geração de energia elétrica consiste na

queima do CH4 em motogeradores, evitando a emissão desse gás para a atmosfera. Para

extrair o sulfato de hidrogênio do biogás antes de sua chegada aos motogeradores, utiliza-se

um filtro de limalha de ferro. A energia gerada está diretamente ligada à linha de distribuição

local, sob os requisitos técnicos da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e proteção

específica. Além de gerar eletricidade para atender a demanda interna, a propriedade vende o

seu excedente para a concessionária local. A figura 2 mostra o percurso do biogás gerado na

propriedade:

Figura 2 – Fluxograma do percurso do biogás

Fonte: Pasqual (2011)

Nesse sistema, a redução de emissões é alcançada por meio da combustão do biogás

nos motogeradores para produção de energia elétrica e/ou por meio da queima no flare

(queima de até 4.500 m3/dia), sendo o biogás convertido em CO2, evitando assim as emissões

de metano. Dentre as melhorias que vem sendo desenvolvidas no sistema, destaca-se:

a) Análise de Eficiência Energética: quanto a geração de eletricidade a partir de fontes

renováveis, a propriedade está realizando um estudo para otimizar seus recursos energéticos e

contribuir para a preservação do meio ambiente. Este projeto está sendo desenvolvido em

parceria com o Serviço Nacional da Indústria (SENAI/BR-SC) e Empresa SC-Gás.

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b) Créditos de Carbono: o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) da Granja

São Roque já está registrado na Organização das Nações Unidas (ONU) e está sobre o

progresso de validação por uma Entidade Operacional Designada.

3.3.2 Resíduos Sólidos

Estudos desenvolvidos pela Granja São Roque em parceria com a EMBRAPA-Suínos

e Aves (Centro Nacional de Pesquisa) preveem que os resíduos sólidos resultantes do

processo de digestão sejam destinados à produção de biofertilizante.

Esse fato vem de encontro com Oliveira (1993), o qual cita que o confinamento de

suínos, com criação em ciclos fechados, proporciona um melhor aproveitamento de esterco e

sua utilização mais racional se impõe não apenas pelo seu valor fertilizante, como também

para se evitar a poluição.

3.3.3 Efluentes

Com vistas a tratar adequadamente os efluentes, a propriedade faz um controle de

todos os insumos utilizados no manejo dos suínos, em especial os produtos químicos

(detergentes e desinfetantes utilizados para a limpeza das instalações), os quais podem

influenciar direta e /ou indiretamente na composição química dos efluentes. Dentre as ações

desenvolvidas na propriedade para o manejo dos efluentes, destacam-se:

a) Controle e monitoramento dos efluentes: para controlar e monitorar os

parâmetros de DQO e DBO, a propriedade realiza trimestralmente análises bioquímicas do

sistema de tratamento ambiental.

b) Gestão e reuso de água: a propriedade apresenta um fluxo de drenagem invertido

nas instalações que alojam os suínos, de modo a evitar a contaminação das águas dos rios e a

poluição do meio ambiente. Além disso, há um rígido controle do consumo de água, pelo uso

de hidrômetros, que são instalados em todas as tomadas d’água e são controlados por meio de

séries históricas. No caso das águas servidas destinadas a reutilização, há o estabelecimento

de padrões sanitários e ambientais como subsídio para a conservação e uso eficiente de água.

c) Extração de nutrientes: tal como nitrogênio e fósforo (provindos do sistema de

polimento com macrófitas) para posterior incorporação em biofertilizante.

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4 OBSERVAÇÕES DO GRUPO E PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS PARA O

SISTEMA

O sistema de polimento com macrófitas se encontra atualmente desativado, uma vez

que as altas concentrações de N tornam-se tóxicas para essas plantas aquáticas, prejudicando

o desempenho na purificação do efluente, e causando a morte das mesmas. Conforme

experimento realizado por Caris, Andrade e Philippi (2008), quando expostas a concentrações

de 80,0 mg.L-1

de N-NH3 as macrófitas apresentaram uma dificuldade maior para retomar o

crescimento.

Visando reduzir a alta concentração de nutrientes presentes no sistema após a

biodigestão, antes do efluente seguir para a lagoa de polimento, sugere-se a implantação de

aeradores mecânicos (sistema de aeração forçada), de maneira que se reduza a concentração

de sólidos presentes no efluente, melhorando a eficiência do sistema e possibilitando assim o

sucesso na aplicação de macrófitas para a redução dos níveis de N e P.

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5 CONCLUSÃO

O sistema de tratamento de poluentes implantado na Granja São Roque, por meio de

biodigestores anaeróbios reduz a matéria orgânica dos resíduos líquidos em comparação com

a lagoa anaeróbia, possibilitando o aproveitamento dos sub-produtos gerados e contribuindo

significativamente para o desenvolvimento sustentável. Ademais, o odor desagradável das

moléculas voláteis, resultantes da digestão anaeróbia é significativamente reduzido uma vez

que os gases formados ficam contidos dentro de uma cobertura flutuante e sofrem,

posteriormente, combustão.

A ação desenvolvida na propriedade é um exemplo positivo e um grande desafio que

deve ser considerado no manejo dos dejetos de suínos. Uma vez que esse modelo de gestão

propõe a redução significativa os impactos ambientais gerados por esse tipo de atividade,

contribuindo com a minimização dos riscos de contaminação dos lençóis freáticos,

diminuição dos odores provocados pelas lagoas anaeróbias descobertas, diminuição dos

vetores patogênicos ligados a dejetos animais, bem como minimização das emissões de gases

de efeito estufa para a atmosfera.

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