saúde - hospitaldebraga.pt · A febre consiste na subida de 1º C, ou mais, da média da...

4

Transcript of saúde - hospitaldebraga.pt · A febre consiste na subida de 1º C, ou mais, da média da...

A febre consiste na subida de 1º C, ou mais, da média da temperatura normal diária de cada indivíduo. Quando não se tem conhecimento da mesma, considera-se febre perante os seguintes valores: retal >38º C; axilar > 37,6º C; mpânico >37,8º>37,8º C; oral > 37,6º C. O método de avaliação de temperatura retal é o mais preciso, pois permite uma maior aproximação da temperatura do interior do organismo. As situações que apresentem febre apenas são graves (cerca de 5% dos eventos) quando surgem outras manifestações clínicas, conhecidas como sinais de alerta.OOs sinais de alerta a que tem de estar atento(a) são: sonolência excessiva ou dificuldade em adormecer; face/olhar de sofrimento; irritabilidade e/ou gemido; choro inconsolável; não tolerar o colo; dor; convulsão; aparecimento de manchas na pele nas primeiras 24 a 48 horas; respiração rápida com cansaço; vómitos entre as refeições; recusa alimentar total superior a 12 horas; sede insaciável; lábios ou unhas roxas; trémulos intensos e demorados durante a subida térmica; urina turva e/ou com cheiro intenso; febre com duração superior a cinco dias.OO anpiréco de 1ª linha é o paracetamol, devendo administrar a dose prescrita pelo médico, sendo o intervalo mínimo entre tomas de 4 horas. A administração de dois anpirécos alternados é desnecessária e nem deve ser habitual. Os anpirécos apenas são ulizados para atenuar o desconforto e não eliminar a febre a todo o custo.DDeve levar o seu filho a um serviço de saúde em caso de febre se: ver idade inferior a 3 meses; ver idade inferior a 6 meses com temperatura axilar > 39º C ou retal > 40º C; ver temperaturas superiores a 40º C (axilar) ou 41º C (retal); apresentar sinais de alerta; tem uma doença crónica grave.

PEDIATRIA

O MEU FILHO TEM FEBRE. E AGORA?

A febre, por si só, não é uma doença, mas uma resposta do organismo, resultante do combate a infeções, sendo por tal benigna.

Patrícia BarbosaEnfermeira do Serviço de Pediatria do Hospital de Braga

TEMPO DE LEITURA2 MINUTOS

COMO EVITAR ASINFEÇÕES RESPIRATÓRIAS:

● Manter uma higiene pessoal adequada com especial atenção à lavagem regular das mãos

● Nunca utilizar as mãos para cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir

●● Evitar lugares densamente frequentados, multidões e áreas pouco ventiladas

● Não fumar perto das crianças (o tabagismo passivo aumenta a frequência e gravidade das infeções respiratórias)

●● Mesmo se aparentemente assintomático, evitar beijar e abraçar sobretudo crianças pequenas

● Lavar/desinfetar com regularidade os brinquedos

> 38ºC

> 37,6ºC

> 37,8ºC

> 37,6ºC

Retal

Axilar

Timpânico

Oral

• Deve oferecer ao seu filho água e/ou leite e respeitar o seu apetite;

• Ajustar o vestuário e roupa de cama à noção de frio ou de calor;

• Administrar antipirético se apresentar desconforto;

• A utilização de técnicas de arrefecimento (banho, compressas, ventoinha) são desaconselhadas.

Valores de Referência:

Método de Avaliação:

CONSELHOS-CHAVE: FEBRE NAS CRIANÇAS:

Em idade pediátrica as “viroses” são as infeções mais comuns e, ao contrário do que se possa pensar, não é um termo que deva ser usado para designar aquilo cuja causa se desconhece!Por “virose” entende-se toda a doença causada por vírus, parculas simples, que condicionam infeções geralmente autolimitadas, sem necessidade de tratamento específico. EEmbora haja vírus com maior propensão para causar sintomas num determinado órgão ou sistema (respiratório, gastrointesnal, musculo- -esqueléco,…), nesta época do ano faz todo o sendo salientar os vírus respiratórios, “que andam por aí de mãos dadas connosco e com as nossas crianças”! AsAs infeções das vias respiratórias (conspações, pneumonias, bronquiolites...) são altamente contagiosas e geralmente adquiridas por inalação de goculas respiratórias contendo vírus ou por contacto direto com supercies contaminadas. O frio não é causa direta mas é no outono/inverno que a prevalência destes vírus é maiovírus é maior.De longe, as conspações são as “viroses” respiratórias mais comuns nas crianças. Sendo vários os vírus envolvidos, a mesma pessoa pode ser infetada várias vezes por diferentes vírus, daí resultando várias conspações ao longo do ano. Os sintomas mais comuns são secreções nasais, febre (temperatura axilar ≥37.6ºC), tosse, dor de garganta, irritabilidade e diminuição do apete, podendo durar até 10 dias. Inclusive, pode desenvolver-se uma segunda conspação sem resolução completa da primeira. MMedidas gerais como repouso, controlo da febre (preferencialmente com paracetamol), lavagem nasal frequente, reforço da ingestão de líquidos (água e sumos naturais) e evicção de mudanças de temperatura têm-se mostrado as mais eficazes no seu tratamento. RReforça-se que os anbiócos nada fazem nas infeções causadas por vírus. Também an-histamínicos, xaropes da tosse e descongesonantes nasais são por norma desaconselhados.AsAs “viroses” respiratórias podem e devem ser prevenidas com medidas de higiene simples, mas eficazes. É importante ensinar às crianças medidas de higiene, dando sempre o exemplo. Mais vale prevenir do que remediar!

VIROSES: COMO EVITAR?

Margarida Reis MoraisPediatra do Hospital de Braga

PEDIATRIA TEMPO DE LEITURA2 MINUTOS

saúde+N.º 02 | DEZEMBRO 2018

No inverno é mais dicil manter a hidratação, uma vez que a ingestão de água é, em geral, diminuída em relação a outras estações. No entanto, a importância de manter os níveis de água estáveis no organismo é tão

importante como no verão. ÉÉ aconselhável o consumo de 2 litros de água por dia, independentemente da estação do ano.EEvitar a desidratação é fundamental para que não ocorram problemas no funcionamento do organismo, como é o caso da diminuição e eficácia do sistema imunitário e do aparecimento das doenças respiratórias prevalentes no inverno. Isto, porque o ar seco e

frio aliado à poluição, faz com que as mucosas sequem, facilitando o alojamento de bactérias. PPara reforçar a ingestão de líquidos, inclua a água como bebida de acompanhamento das refeições, beba chás e infusões ao longo do dia, introduza leite ou bebidas vegetais nos lanches, experimente águas aromazadas e sumos naturais, inicie as refeições com sopa, coma várias porções de fruta ao longo do dia e evite bebidas alcoólicas e sal, pois aumentam a desidratação. Hidrate-se e previna as complicações do frio.

MEDICINA INTERNA

MANTENHA-SE HIDRATADO

Rafaela Fernandes

Sabia que a água é considerada um dos nutrientes mais importantes para o organismo?

Enfermeira do Serviço de Medicina Internado Hospital de Braga

TEMPO DE LEITURA1 MINUTO

URGÊNCIA

QUANDO DEVO IR A UMA URGÊNCIA?

Diariamente nos Serviços de Urgência existem inúmeras situações não urgentes. As razões para este facto podem estar relacionadas com a facilidade no acesso e a rapidez na resolução do problema de saúde, mas não devem ser esmuladas.

Ricardo CostaEnfermeiro do Serviço de Urgênciado Hospital de Braga

Uma situação urgente é toda aquela em que a demora de diagnósco ou de tratamento pode trazer risco ou prejuízo grave para a víma, tais como, os casos de traumasmos graves, intoxicações agudas, queimaduras, perda de consciência, incapacidade repenna de se mexer ou falar, crises cardíacas ou respiratórias. Nestas situações solicite ajuda através do número 112. RRecomenda-se que nas situações não agudas ou de instalação súbita, a primeira procura de ajuda seja junto dos centros de saúde ou através da linha grás SNS 24 (808242424), onde um especialista o orientará e, em caso de necessidade, o encaminhará para o hospital. Os Serviços de Urgência estão preparados para lidar com casos em que a assistência hospitalar seja mesmo necessária. Numa altura em que se prevê aumento da incidência da gripe,gripe, é importante reforçar que em caso de apresentar sintomas procurar um serviço de urgência não deve ser a primeira opção.

Se for encaminhado para um serviço de urgência através da linha SNS 24 tem isenção da taxa moderadora

Mais de 40% das idas ao serviço de urgência hospitalar são injusficadas *

*Fonte: SNS, Dados de 2017.

Planeie as refeições atempadamente e faça a sua lista de compras

Organize o seu prato evitando exagerar nas porções

Respeite o esquema habitual das refeições durante o dia e evite o consumo alimentar excessivo à ceia

Reparta as sobras pelos elementos da família ou ofereça a instuições de solidariedade

Inicie a refeição com uma sopa de legumes. Assim vai senr-se mais saciado antes da refeição principal

Modere a quandade de sobremesas e de bebidas alcoólicas

Realize caminhadas em família, após as refeições

Com o aproximar da época natalícia chega o dilema do controlo do peso. Afinal, o Natal é quando o Homem quer… mas esta premissa não se aplica à alimentação! Lembre-se que o Natal se celebra num só dia e que a resolução de ano novo para abater aqueles quilos que o incomodam não acontece sozinha! Aproveite este Natal para oferecer aos seus e a si um presente especial: comer bem e de forma saudável! Siga as minhas recomendações:

ÉPOCA FESTIVA SAUDÁVEL

NUTRIÇÃO

Ser saudável em tempo de festa também é possível. Saiba como conciliar as calorias com prazer à mesa.

TEMPO DE LEITURA1 MINUTO

Rita Costa AlvesNutricionista do Hospital de Braga

PSIQUIATRIA

DEPRESSÃO SAZONAL

Catarina Fernandes e Daniela FreitasMédicas do Serviço de Psiquiatria do Hospital de Braga

A depressão sazonal é um po de depressão que surge numa determinada época do ano, mais frequentemente no outono/inverno.Apesar de oscilações do humor poderem ocorrer de forma sazonal na população geral, o seu efeito é modesto e não patológico. Assim, a depressão sazonal caracteriza-se por episódios recorrentes de depressão que começam no outono ou no inverno e resolvem-se na primavera ou verão seguiseguintes. Trata-se de uma condição comum, que afeta principalmente mulheres entre os 20-30 anos. Também é mais frequente em países com baixa exposição de luz solar no inverno, como é o caso dos países nórdicos. A causa ou origem desta patologia ainda não é totalmente conhecida. Pensa-se que a

menor exposição à luz natural durante o inverno possa desregular os ritmos circadianos (o nosso relógio biológico interno), com consequente desregulação de hormonas, como a melatonina, e de neurotransmissores, como a serotonina. OOs sintomas da depressão sazonal incluem tristeza, perda de prazer/interesse pelas avidades do dia-a-dia, falta de concentração e energia, baixa auto esma e, por vezes, ideação suicida. Tipicamente ocorre sonolência diurna, aumento do apete e peso, com preferência por hidratos de carbono.carbono.Reconhecer a depressão sazonal é importante, já que condiciona sofrimento e compromisso psicossocial. Os principais tratamentos englobam fármacos, fototerapia, psicoterapia ou uma associação destes. A depressão sazonal pode ser uma doença recorrente. O tratamento agudo é eficaz e o tratamento de manutenção pode prevenir episódios futuros. Além do tratamento, é importante aumentar a exposição solar diária, através de caminhadas ao ar livre ou maximizando a exposição de luz em casa e no locallocal de trabalho. Estas medidas são igualmente benéficas para a restante população.

TEMPO DE LEITURA2 MINUTOS

TEMPO DE LEITURA1 MINUTO

saúde+

Síndrome AntibióticoCausa Comum

Bactéria Bactériaou Vírus

Vírus

Faringite BacterianaTosse ConvulsaPneumoniaOtite MédiaSinusiteBronquite

Faringite VíricaFaringite VíricaConstipaçãoGripe

SimSimSimTalvezTalvezNãoNãoNãoNãoNão

O uso excessivo de anbiócos é um dos fatores que contribui para o surgimento da resistência anmicrobiana. Esta resistência ocorre quando as bactérias não respondem ao anbióco habitualmente usado para tratar a respeva infeção.

Saiba mais sobre este medicamento que traz tantas dúvidas e preocupações:

1. A gripe melhora com antibiótico.MITO. As infeções virais, como a gripe, conspação ou bronquite, não melhoram com anbióco nem este acelera a cura. Os anbiócos apenas tratam infeções causadas por bactérias.

2. É preciso acabar a caixa para tratar a infeção.MIMITO. A duração do tratamento é decidida pelo médico e a maioria das infeções são curadas em apenas 3 a 5 dias. É fundamental seguir as indicações do médico, pois tanto uma dose a menos como a mais é prejudicial. 3.3. A resistência aos antibióticos é um problema que afeta toda a gente.VERDADE. A resistência aos anbiócos pode afetar pessoas de qualquer idade em qualquer local do mundo e as bactérias resistentes podem ser transmidas ao ambiente e a qualquer pessoa.

4. Os antibióticos têm efeitos colaterais.VERDADE. Os anbiócos podem causar efeitos adversos, como por exemplo diarreia, tonturas, vómitos ou reações alérgicas.

5. Pode-se usar os antibióticos que sobraram da ocasião anterior.MIMITO. Os comprimidos que sobram devem ser entregues na farmácia. Em caso de nova infeção deve ir novamente ao médico e só tomar anbiócos com receita médica.

INFECCIOLOGIA

MITOS E VERDADES SOBRE ANTIBIÓTICOS

Desde a sua descoberta que os anbiócos são responsáveis pela cura de muitas infeções bacterianas. No entanto, se não forem ulizados corretamente perdem a sua eficácia. O combate a este problema depende de todos nós!

Joana AlvesInfecciologista do Hospital de Braga

TEMPO DE LEITURA2 MINUTOS

PEDIATRIA

A enurese - perda de urina durante o sono - é uma patologia frequente em idade pediátrica e, embora considerada benigna, tem um importante impacto na qualidade de vida da criança e da família, sendo um fator de estigmatização, stress e isolamento social.

COMO LIDAR COM A PERDA DE URINA DURANTE O SONO

A definição de enurese, segundo a Sociedade Internacional de Connência Infanl, consiste na perda involuntária e intermitente de urina durante o sono, em crianças com idade igual ou superior a 5 anos. É uma doença que pode ter diversas causas e considera-se primária se a criança nunca apresentou um período superior a 6 meses sem perdas de urina, tendo nesses casos uma forte componente hereditária associada. A enurese considera-se secundária quando pode ser explicada por causas orgânicas, como obspação ou síndrome da apneia obstruva do sono, ou por fatores psicológicos/psicossociais que causam na criança ansiedade, tristeza ou preocupação como o nascimecomo o nascimento de um irmão, a separação dos pais ou a entrada no infantário.

TEMPO DE LEITURA2 MINUTOS

A abordagem diagnósca da enurese passa pela exclusão de doenças subjacentes, podendo ou não ser necessário realizar exames complementares de diagnósco. No que respeita ao tratamento, estão disponíveis medidas farmacológicas e não farmacológicas, sendo a intervenção educacional e comportamental um dos principais

pilares do tratamento.

• Não critique ou culpabilize a criança, opte antes pelo reforço positivo: encoraje e recompense as “noites secas” e não puna as “noites molhadas”;• Controlo da ingestão de líquidos: incentive a ingestão hídrica durante o dia e a sua redução nas 3 horas antes de deitar; • Incentive a criança a urinar sempre antes de dormir e não utilize proteções (fraldas).

CONSELHOS PRÁTICOS

Pediatra do Hospital de BragaMarlene Rodrigues

TEMPO DE LEITURA2 MINUTOS

CONSELHOS PRÁTICOS:

Proteger as zonas afetadas nos meses mais frios, com gorros e cachecóis

Deixar o champô atuar pelo menos 5 minutos e só depois enxaguar

Evitar banhos com água quente e secar bem a pele sem esfregar

Escovar o cabelo do bebé com escova suave, ajudando

a destacar a escama

DERMATOLOGIA

Este é um problema comum que afeta tanto adultos como crianças. Saiba mais sobre esta doença crónica que não é contagiosa nem originada por falta de higiene.

DERMATITE SEBORREICA

A dermate seborreica é uma inflamação crónica que surge em áreas da pele ricas em glândulas sebáceas. A causa é desconhecida, mas parece estar associada à proliferação de uma levedura existente na pele, a MalasseziaMalassezia, em pessoas com excesso de oleosidade. Esta patologia ocorre com mais frequência nos bebés, geralmente nos primeiros 3 meses de vida e de forma autolimitada, e nos adultos eentre os 30 e 60 anos. É parcularmente comum em pessoas com doenças neurológicas, como a Doença de Parkinson. O stress emocional e sico, bem como o frio, são fatores agravantes.A dermate seborreica costuma surgir gradualmente, provocando descamação seca ou gordurosa (caspa), por vezes com vermelhidão e comichão associados, no couro cabeludo,

por detrás das orelhas, no canal audivo externo, sobre as sobrancelhas, nos sulcos do nariz e, por vezes, também no peito, axilas e costas. Nos bebés, pode provocar crostas amarelas e espessas no couro cabeludocabeludo (crosta láctea), além de vermelhidão na face. Frequentemente, surge uma vermelhidão persistente na zona da fralda ao mesmo tempo que as lesões do couro cabeludo.O tratamento consiste no uso de champôs ancaspa suaves, cremes adequados a estados seborreicos e medicamentos de aplicação local. A hidratação da pele é fundamental. O tratamento deve ser mando popor várias semanas, e retomado se houver recidiva. A maioria dos casos de dermate seborreica nos bebés não necessita de tratamento médico.

Regina CaldasMédica do Serviço de Dermatologiado Hospital de Braga

saúde+