SAÚDE E EDUCAÇÃO
-
Upload
karina-bastos -
Category
Documents
-
view
216 -
download
3
description
Transcript of SAÚDE E EDUCAÇÃO
Artigo Revista Brasileira de Cincia, Tecnologia e Sociedade, v.2, n.1, p.25-38, jan/jn 2!11. - 25 -EDUCAO E PROMOO DA SADE NO BRASIL ATRAVS DE CAMPANHAS PBLICAS "anilo Brancal#$o Ber%el1 Ca&ila Carneiro "ias Rigolin2 Re!"o# ' presente artigo revisa parte da #ist(ria das ca&pan#as p)%licas desa)denoBrasilde&aneiracr*tica,ressaltandopassagens+e e,e&pli-i+e&e-orne.a&&avis$oa%rangenteso%reosconceitosde educaoemsadeepromoodasade.'pri&eirore&ete/+elas desenvolvidasapartirde1025,+etin#a&poro%jetivo&oldaro co&porta&entodapopla.$opara&avida&aissad1vel.2segnda, por sa ve3, srge na d4cada de 108! e prev &dan.as organi3acionais de co&porta&ento, geral&ente atrav4s da -or&la.$o de leis. Concli-se +e aa%ordage&dapromoodasadeo%t4&&aiorades$odoscidad$os, contri%indo para a &el#ora da +alidade da sa)de da popla.$o. P$%$&r$-'($&e#edca.$oe&sa)de,pro&o.$odasa)de,ca&pan#as p)%licas de sa)de. HEALTH EDUCATION AND PROMOTION ON BRA)IL THROU*H PUBLIC CAMPAI*NS A+tr$'t#T#ispaperrevie5sparto-t#e#istor6o-Bra3ilian#ealt#p%lic ca&paigns,e&p#asi3ingcertainc#apterst#ate,e&pli-6ande&%racet#e concepts o- health education and health promotion. T#e -irst one re-ers to ca&paignst#at-irsttoo7placein1025and5#ose&aingoals5ereto s#apepoplation8s%e#avior-ora#ealt#ierli-e.T#esecondoneappears arond108!8sdecadeandspportsorgani3ationalc#angeso-%e#avior, sall6%6la5-or&lation.9econcldet#att#e#ealt#pro&otion approac#is&oree--icient,contri%tingtot#ei&prove&ento- poplation8s #ealt# +alit6. ,e--.or/# #ealt# edcation, #ealt# pro&otion, p%lic #ealt# ca&paigns. 1:estrandodo;rogra&ade;(s-ederal de S$o Carlos. ?-&ail@ dan%er%elA#ot&ail.co&. 2"otorae&;ol*ticaCient*-icaeTecnol(gicapela=BCC2:;."ocentedo;rogra&ade;(s-ederaldeS$oCarlos.?-&ail@ ca&ilacarneiro.diasAg&ail.co&. Artigo Revista Brasileira de Cincia, Tecnologia e Sociedade, v.2, n.1, p.25-38, jan/jn 2!11. - 20 -I1tro/!23o :ovi&entossociais,cient*-icosepol*ticosse&preestivera&/-rentedas &dan.asdeco&porta&entoda#&anidadenos&aisvariadoste&as+ea circnda&.?rroseacertos&arcara&odesenvolvi&entode&a1reade con#eci&entoessencialparaagarantiade&ais+alidadedevidaparaaspessoas@a sa)de.Bestedo&*nio,osconceitosdeedca.$oepro&o.$oparaasa)des$o consideradosparadig&asnorteadoresde&odelosea%ordagensde-or&la.$ode pol*ticas p)%licas de sa)de coletiva. :es&oantesdainstitcionali3a.$odestesconceitos,oBrasilj1desenvolvia ca&pan#aspara&el#ora&entodascondi.Dessanit1rias.ederaldeSa)de;)%lica,co&a &etadesperaravar*ola,apeste%%Snicaea-e%rea&arela.;araco&%ateresta )lti&a, ele dividi a cidade do Rio de Paneiro e& de3 distritos, co& &a e+ipe &4dica e& cada, co& o o%jetivo de aper-ei.oar a opera.$o &ata-&os+itos. ;ara o co&%ate / var*ola, sa estrat4gia -oi otra, co&o e,plica Benc#i&ol H2!!!, p. 2RUK@ 'co&%ate/var*oladependiadavacina.H...K?&jn#ode 10!N,'s5aldoCr3apresentoaoCongressoprojetodelei reinstarandoao%rigatoriedadedavacina.$oerevacina.$o e&todoopa*s,co&cl1slasrigorosas+eincl*a&<as aosre-rat1rioseae,ignciadeatestadopara&atr*clase& escolas, acesso a e&pregos p)%licos, casa&entos, viagens etc. 2 lei -oi aprovada no dia 31 de ot%ro, co& a p%lica.$o nos jornais e& nove de nove&%ro. O neste cen1rio +e ocorre a Revolta da Gacina, co&o -ico con#ecida a &ani-esta.$opoplarcontr1ria/decis$ogoverna&entaldei&porai&ni3a.$o contra a var*ola. :olinH2!!3,p. 5!1K descreveestaocasi$oco&o&aLse&anasangrentano RiodePaneiro,e&10!N,drantea +alogoverno -ederalen-rento&averdadeira Artigo Revista Brasileira de Cincia, Tecnologia e Sociedade, v.2, n.1, p.25-38, jan/jn 2!11. - 9: -insrrei.$oM."eacordoco&aatora,estai&posi.$o-oiaco&pan#adadeopress$o policial, tili3ando a -or.a co&o a.$o para a sa)de preventiva. ?sta&edidaaca%o porcolocara popla.$ocontraoscientistase#igienistas, +esstentava&anecessidadedavacina.$o.L2revoltadrododia1!a23de nove&%rode10!N.2s-or.asrepressivas&apeara&acidadeeoestadodes*tio-oi decretado no Rio de Paneiro e Biter(iM, a-ir&a Bnes H2!!!, p. 2U!K. ?ste&odelodeinterven.$o-icocon#ecidoco&osanitarismocampanhista, e&+e osoda-or.aedaatoridadeera oinstr&ento principaldea.$o.Segndo estavis$o,os-insjsti-icaria&os&eios.Caracter*stica&arcantedesteepis(dio4a -altadeco&nica.$oentre?stadoepopla.$oso%reai&portVnciadai&ni3a.$oe sa conte,tali3a.$o co& a precariedade da sa)de p)%lica no pa*s.2pesardoatoritaris&odo&4todo,o&odelocampanhistao%teve i&portantesavan.osnocontroledasdoen.asepid&icas,co&opore,e&plo,a erradica.$oda-e%rea&arelanoRiodePaneiro.Cssoservide-ortaleci&entoparao sanitaris&o e para a &icro%iologia pasteriana no pa*s.?ste4&e,e&plo+en$oa%rangene&aedca.$oe&sa)dene&a pro&o.$odasa)de.2estrat4giadeapro,i&a.$odos(rg$osp)%licosn$opodeser consideradasatis-at(ria,apesardetervacinadograndepartedapopla.$oea prevenido da var*ola. 2 partir deste epis(dio, as ca&pan#as de sa)de co&e.ara& a ser -or&ladasvisando/apro,i&a.$o&aisa&istosajnto/popla.$o,assnto a%ordado a segir. A e/!'$23o e" $6/e 2s pr1ticas instit*das por 's5aldo Cr3 tro,era& grandes contri%i.Des para asa)dep)%lica,co&oainstiti.$odoregistrode&ogr1-ico,+etin#aporo%jetivo con#ecere&apearapopla.$oeosriscosend&icosQaintrod.$odola%orat(rio paradiagn(sticoetiol(gicoea-a%rica.$odeprodtospro-il1ticosparasoda popla.$o.'tras&dan.asocorrera&nad4cadade101!,co&ascontri%i.Desde CarlosC#agas3paraasa)dep)%lica,eapartirdad4cadade102!,+andoariaH2!!2Ke,plica+eaLreestrtra.$odo servi.o sanit1rio teve co&o &eta a pro&o.$o de a.Des de sa)de per&anentes, &enos voltadas para a.Des e&ergenciais de co&%ate a doen.as espec*-icasM. ;araai&ple&enta.$odapropostade;alaSo3a,srgira&asedcadoras sanit1rias,+eatava&noscentrosdesa)de.Sas-n.Desera&aela%ora.$ode carta3espro&ocionais,consel#osde#igiene,instr.Desaoss1rios,ela%ora.$ode palestrasee,posi.Des.?stetra%al#orepresentaainser.$odeca&pan#aslocali3adas de sa)de, a%rangendo as popla.Des pr(,i&as /s nidades de sa)de.?steepis(dio&arcaoin*ciodatili3a.$odaedca.$oe&sa)de,+e4 evidenciadapeloo%jetivocond3iroco&porta&entoindividaldosgrpossociais para ado.$o de Lpr1ticas sad1veisM, o seja, & conjnto de atitdes +e resltaria& e& &el#ora na +alidade de vida e di&ini.$o das doen.as. ;ala So3a se &anteve / -rente do Servi.o Sanit1rio at4 102R, +ando dei,o o cargo para se dedicar /s atividades do Cnstitto de Figiene. Beste ano, Loperava& no estado N5 centros de sa)de e postos de #igiene encarregados de prestar atendi&ento geral / popla.$o, al4& da reali3a.$o de pes+isas la%oratoriaisM, e,plica >aria H2!!2K. Segindoreco&enda.Desinternacionaisda'rgani3a.$o:ndialdaSa)de H':SK,inicia-se,e&10RU,o;rogra&adeCnteriori3a.$odas2.DesdeSa)dee Sanea&entoH;C2SSK,+esecon-igraco&oopri&eiroprogra&ade&edicina si&pli-icadadogoverno>ederal.'resltado4ae,pans$odoatendi&entonarede p)%lica a&%latorial.?& 10RR, ocorre a CG Reni$o dos :inistros das 2&4ricas, e& +e se discte a necessidadedeincentivodaparticipa.$oco&nit1riaparaa&plia.$odosservi.osde sa)de@ Los indiv*dos deveria& con#ecer &el#or sas pr(prias condi.Des de sa)de, de &odo+e,apartirdisto,pdesse&setrans-or&are&agentesinteressadose& pro&over se pr(prio desenvolvi&entoM HRCC? e C2B"?C2S, 1080, p. 3N8K.;aradisse&ina.$odessasideias,apostara&-senadivlga.$ode&ateriaise& &eiosdeco&nica.$o,e&alasdid1ticasepalestrase¢rosdesa)de,escolas, Artigo Revista Brasileira de Cincia, Tecnologia e Sociedade, v.2, n.1, p.25-38, jan/jn 2!11. - 92 -igrejaseotros espa.osdeco&nidades.2liadoaisso,aaten.$ointegral/sa)dese %aseavanaregionali3a.$odeatendi&ento,#ierar+i3a.$odeservi.os, disponi%ili3a.$odetecnologiassi&pli-icadaseparticipa.$odaco&nidadeH;2C:, 2!!1K.RiceeCandeiasH1080p.3N8-3N0Kelenca&algnsaspectosnegativosda iniciativa, co&o o en-o+e crativo tradicional, e& detri&ento da preven.$o, no siste&adeatendi&ento&4dico-sanit1rioQ-altadeintegra.$o dos &e&%ros da co&nidade co& a e+ipe de sa)deQ asncia deen-o+es<isetoriaisQceticis&oporpartedopessoal +anto/propostadetra%al#arconjnta&enteco&a co&nidadee,-inal&ente,-altadepessoal+ali-icadopara pro&overatividadesco&nit1riasna1readeedca.$oe& sa)de. ?&s*ntese,aata.$oatrav4sdoconceitodeedca.$oe&sa)dej1n$oera &aiss-icienteparasprirasnecessidadesidenti-icadas,por+en$oa%rangia &4todos preventivos para a sa)de ne& possi%ilidades de di1logo co& o s1rio. ?stas lacnasevidenciara&anecessidadedei&planta.$odenovasa%ordagens,co&oas %aseadas no conceito de pro&o.$o da sa)de, +e 4 revisto na se.$o seginte. A 5ro"o23o /$ $6/e Co&oo%jetivodetentarrevertero+adrodecrisenasa)de,ogoverno institi,e&1081,oConsel#oConsltivode2d&inistra.$odaSa)de;revidenci1ria HC'B2S;K.Ses&e&%rosera&t4cnicosligadosao&ovi&entosanit1rio,Lo+ed1 in*cioarptra,pordentro,dado&inVnciadosan4is%rocr1ticosprevidenci1riosM H;'IC2X. H;'IC?RZBCC2CBT?RB2CC'B2IS'BR?C=C"2"'S;RC:[RC'S"?S2Y"?,organi3adapela':Se& sete&%ro de 10R8, na cidade de 2l&a-2ta, antiga =RSS. Artigo Revista Brasileira de Cincia, Tecnologia e Sociedade, v.2, n.1, p.25-38, jan/jn 2!11. - 9< -Sa)deHS=SK.2d4cadade100!tro,enovasperspectivas,co&aconsolida.$oda pro&o.$o da sa)de na -or&la.$o das ca&pan#as nacionais."eve-se entender +e a transi.$o de &a a%ordage& para otra n$o ocorre de &aneira &ecVnica. ;or isso, 4 poss*vel identi-icar caracter*sticas da edca.$o e& sa)de e& ca&pan#as reali3adas a partir da d4cada de 100!. Beste conte,to, 4 desenvolvida no Brasil ca&pan#a governa&ental de preven.$o / 2ids e otras doen.as se,al&ente trans&iss*veis, te&a a%ordado a segir. C$"5$1($ +r$i%eir$ /e 5re&e123o = Ai/ 2partirde108U,segindoreco&enda.Desda'rgani3a.$o:ndialdeSa)de H':SK,oBrasilinicioodesenvolvi&entodeca&pan#asdepreven.$odeFCG/2ids Hs*ndro&e da i&node-icincia ad+iridaK atrav4s de &ecanis&os de mar!eting social. 's &eios de co&nica.$o -ora& tili3ados co&o dissipadores desses conte)dos, co& desta+eparaatelevis$o.;artedestasca&pan#asgan#odesta+einternacional, tornandooBrasil&are-erncianapro&o.$odestestra%al#os.?ntre108Ue2!!!, -ora&prod3idos&aisdeR!an)nciostelevisivosso%reessate&1ticapeloederal HS2BT'SQ 'ICG?CR2, 2!1!K.Bospri&eirosanos,asca&pan#astratava&oFCG/2idsco&oLdoen.a+e vin#ade-oraM.?stevi4s-oia%andonado+andoos*ndicesdein-ec.$o-ora& crescendonopa*s.?ntre100Ne2!!!,oto&passoparaaresponsa%ili3a.$oda &l#erparaco&oscidadosco&apr(priasa)de.2partirdoano2!!!,a n-asese de no so do preservativo &asclino Ha ca&isin#aK e os #o&ens voltara& a ser te&a das ca&pan#as. "e acordo co& ;olistc#c7 H1000K, & dos principais -atores +e contri%*ra& paraorecon#eci&entointernacionaldasca&pan#as%rasileiras-oio-orneci&ento gratitoparaosportadoresdain-ec.$o,atrav4sdo:inist4riodaSa)de,das &edica.DesdoLco+etelMprescritopeloreceit1rio&4dico.L?steprocedi&ento4 )nico,no&ndo,e-oi%astanteelogiadoporatoridadescient*-icasnaCon-erncia :ndialde2C"S,e&. Conceitos de educao e de promoo em sade% mudanas individuais e mudanas organizacionais. Sa)de ;)%lica, v. 31, n. 2, p. 2!0-13, 100R. >2RC2, Iina. ) 1undao 'oc!efeller e os servios de sade em (o Paulo ,-234564.% perspectivas hist*ricas. Fist(ria, Cincias, Sa)de W :angin#os, v. CE, n. 3, set-de3, p. 5U1-0!. Rio de Paneiro, 2!!2. "ispon*vel e&@ Artigo Revista Brasileira de Cincia, Tecnologia e Sociedade, v.2, n.1, p.25-38, jan/jn 2!11. - 97 -`#ttp@//555.scielo.%r/scielo.p#pascriptbscicartte,tdpidbS!1!N-50R !2!!2!!!3!!!!5dlngbendnr&bisoe, acesso e& nove&%ro de 2!1!. >?RR?CR2, Ii3 't1vio. Neg*cio pol$tica ci7ncia e vice5versa% uma hist*ria institucional do 8ornalismo m9dico "rasileiro entre -:3; e -:B2. Bras*lia, 2!!1. ;'IC