Saúde Oral

3
7 24 de outubro 2012 Saúde Oral Quem é que pode ter consultas no centro de saúde? À partida, admito que todos os utentes do ACES tenham acesso à consulta, quando estiver em funcionamento, mas devem ser encaminhados pelo médico de família. O utente marca a consulta e apenas tem que pagar a taxa moderadora. Como em todas as consultas, de especialidade ou não, os utentes que têm isenção não pagam. No entanto, há grupos que têm prioridade. E quais são? Pessoas com deficiência mental, pes- soas com recursos económicos mais débeis e mais necessitados, grávidas ou pessoas com o vírus HIV. Mas o seu enca- minhamento é sempre uma decisão do médico de família. É claro que a consulta vai sempre depender do serviço existente, já que os médicos-dentistas estão limita- dos no tempo, porque uma consulta não demora cinco minutos mas, em média, cerca de meia hora. O médico de família preenche um modelo de referenciação que entrega ao utente e é este que vai marcar a consulta. Desempenha funções no centro de saúde de Vagos desde julho. Como tem funcionado neste período de tempo? Não tem funcionado porque temos, há vários meses, uma limitação no equipa- mento. Sei que a direção do ACES está empenhada, junto da ARS, em resolver o caso. No entanto, isso impede-nos de fazer qualquer tipo de tratamento no centro de saúde, já que o raio-x não funciona, o equipamento não está funcional, e entretanto deixámos de ter consumíveis (como por exemplo a anestesia). Acredita- mos que, em breve - se calhar ainda este mês -, estejamos a trabalhar noutro local onde há equipamento a funcionar. Mas não estamos aqui parados, temos aproveitado para fazer intervenção noutros níveis. Como por exemplo? Uma vez que as escolas só começaram agora em setembro, decidimos iniciar al- guma intervenção no âmbito da educação para a saúde e promoção da saúde junto dos lares de 3ª idade do concelho. Até ao momento já vimos mais de duas centenas de idosos que estão institucionalizados. Verificámos o estado da sua saúde oral, nalguns casos mais graves notificámos o médico de família para os encaminhar para outros serviços, e fizemos formação junto dos idosos que tinham alguma ca- pacidade para receber essa informação. Fizemos ainda formação às pessoas que cuidam dos idosos nas instituições. Trata- se de uma formação específica sobre os conceitos básicos da higiene e cuidados da saúde oral, que terminou com a realiza- ção de exercícios práticos, como escovar os dentes de outra pessoa. Já temos o feedback de que os utentes começaram a ter alguns cuidados na higienização das próteses e do resto dos dentes que têm. E junto dos alunos? Em relação às escolas estamos agora a iniciar os contactos para saber quantas turmas e quantos alunos existem para poder depois criar uma calendarização para intervir junto dos mesmos. É feito em todos os anos escolares? Não, iremos dar prioridade a determi- nados grupos, já que seria complicado estar a dar resposta a todos os alunos. Deste modo, iremos dar continuidade ao trabalho efetuado noutros anos letivos. Iremos também disponibilizarmo-nos a dar formação e esclarecimentos aos pais, para desmistificar a ideia de que os filhos não têm condições de fazer a sua higiene oral na escola. E temos que fazer de tudo para que as crianças tenham menos doenças, o que significa que haverá menos tratamentos. Porque seja para as famílias como para o estado ou seguradoras, é muito mais barato prevenir do que tratar. Deste modo, iremos dar atenção aos alu- nos do jardim-de-infância (com 4/5 anos) e depois 1º ciclo os alunos com 6/7 anos, porque são eles que irão depois receber os cheque-dentista dos 7 anos. Estarão mais orientados para medidas de prevenção, já que, como costumo dizer, de nada vale ar- ranjar os dentes todos de um lado ao outro se não forem corrigidos os hábitos. Quando chegássemos ao último dente teríamos que começar do início novamente. Nos cerca de 200 idosos que viu, como avalia a sua saúde oral? Com grandes necessidades. Desde logo muitos usam próteses que estão desa- justadas e depois têm hábitos que não são promotores de saúde. Há má higienização das próteses, que pode condicionar os restantes dentes que eventualmente ainda tenham e que podem expor os idosos a outros fatores de risco. Hoje sabe-se que há determinadas bactérias que existem na boca que podem ser expiradas para os brônquios e resultar em pneumonias. Fazer prevenção da saúde oral pode si- gnificar minimizar os riscos de outras pato- logias (cardiovascular, renal, entre outras) que não têm a ver com a cavidade bocal. Naturalmente que os idosos nunca tiveram cheques-dentista quando eram novos, ou seja, alguns não só não estão motivados para os cuidados de higiene e saúde oral, como foram expostos a uma medicina na base da extração e são desdentados e isso vai condicionar muitos fatores, como por exemplo a alimentação. Mas noutros tempos o centro de saúde também não tinha consultas nesta área e recorrer ao privado sai caro… Não se caminhou no sentido de se intro- duzir os médicos-dentistas ou estomatolo- gistas nos cuidados primários e a preven- ção não tem sido a principal aposta. E, com a crise, muitas pessoas vão adiando a prevenção e a ida ao dentista, tal como fazem com as outras especialidades ou nas opções alimentares. Defendo que a me- dicina dentária deveria estar nos cuidados de saúde primária, porque nós devemos tratar apenas aquilo que não conseguimos prevenir. Não consigo dar os valores em concreto, mas cada euro que é gasto em prevenção são 6 ou 7 que evitamos em tratamentos na área da saúde oral, que é o quarto tipo de patologia mais caro de se tratar, seja pago pelo estado, pela própria pessoa ou seguro. Acha que as pessoas só recorrem quando não podem adiar mais? Nalguns casos sim, só na última é que vai ao dentista e muitas vezes já está na terceira ou quarta vez com antibióticos, depois dos chás, mezinhas ou anti- inflamatórios não terem resultado. Há um grupo grande que se enquadra nesta situação. E isto faz parte da educação para a saúde. Se calhar só teremos resul- tados na próxima geração, assim como já começámos a ter do trabalho que já foi efetuado nos últimos anos. A quem são atribuídos os cheques- dentista? Os cheque-dentista são distribuídos pelas unidades de saúde pública nas escolas a todos os alunos com 7, 11 e 13 anos. Serve para realizar tratamentos preventivos ou curativos. Todos os outros são atribuídos pelos médicos de família. Ou a grávidas que estão a ser acompanhadas pelo Sistema Nacional de Saúde (SNS), ou idosos que tenham o complemento solidário do idoso (com carências socioeconómicas e mais de 65 anos), portadores de HIV de qualquer idade, às crianças que estão em idades intermédias e miúdos com menos de 6 anos. Nestes casos o cheque-dentista tem prazo de validade de três meses; no caso da grávida pode ter um prazo de validade até 60 dias após o parto. Isto foi uma política muito importante porque havia um grande preconceito pelo facto de a grávida tratar os seus dentes. Mas o que se sabe é que determinadas doenças gengivais têm muito mais impacto para a grávida e para o feto se não forem trata- das, podendo-se evitar doenças da criança para toda a vida. Os cheques-dentista podem ser utiliza- dos no privado? São só utilizados no privado, em médicos dentistas ou estomatologistas convencio- nados com a direção-geral de saúde. É uma forma de libertar os serviços onde existem ou promover nas localidades onde não existia esse serviço. É um serviço gra- tuito para o utente, mas há determinados tratamentos que não estão previstos. Sabe quantos vaguenses utilizaram este cheque-dentista? Os números que me deram são referentes a 2011. De salientar que os cheques- dentista emitidos podem ser utilizados ou não pelo utente. Dos miúdos com idades intermédias, aqueles que não receberam na escola, apenas um foi registado. Para as grávidas foram entregues 78 e 44 foram utilizadas (56,1% de utilização) e aos idosos foram entregues 12 e utilizados 11 (91,7%). Não sei dizer se os que foram entregues se são muitos ou poucos porque não tenho conhecimento do número de grávidas seguidas no SNS nem quantos idosos do concelho de Vagos terão direito a cheque-dentista. Acredito que existirão mais e que, aí, o médico de família tem um papel importante na promoção dos cheque-dentista. Entrevista a José Frias-Bulhosa, médico-dentista no centro de saúde de Vagos Prevenir saúde oral reduz gastos

description

Especial sobre saúde oral

Transcript of Saúde Oral

Page 1: Saúde Oral

724 de outubro 2012

SaúdeOral

Quem é que pode ter consultas no centro de saúde?

À partida, admito que todos os utentes do ACES tenham acesso à consulta, quando estiver em funcionamento, mas devem ser encaminhados pelo médico de família. O utente marca a consulta e apenas tem que pagar a taxa moderadora. Como em todas as consultas, de especialidade ou não, os utentes que têm isenção não pagam. No entanto, há grupos que têm prioridade.

E quais são?Pessoas com deficiência mental, pes-soas com recursos económicos mais débeis e mais necessitados, grávidas ou pessoas com o vírus HIV. Mas o seu enca-minhamento é sempre uma decisão do médico de família. É claro que a consulta vai sempre depender do serviço existente, já que os médicos-dentistas estão limita-dos no tempo, porque uma consulta não demora cinco minutos mas, em média, cerca de meia hora. O médico de família preenche um modelo de referenciação que entrega ao utente e é este que vai marcar a consulta.

Desempenha funções no centro de saúde de Vagos desde julho. Como tem funcionado neste período de tempo?

Não tem funcionado porque temos, há vários meses, uma limitação no equipa-mento. Sei que a direção do ACES está empenhada, junto da ARS, em resolver o caso. No entanto, isso impede-nos de fazer qualquer tipo de tratamento no centro de saúde, já que o raio-x não funciona, o equipamento não está funcional, e entretanto deixámos de ter consumíveis (como por exemplo a anestesia). Acredita-mos que, em breve - se calhar ainda este mês -, estejamos a trabalhar noutro local onde há equipamento a funcionar. Mas não estamos aqui parados, temos aproveitado para fazer intervenção noutros níveis.

Como por exemplo?Uma vez que as escolas só começaram agora em setembro, decidimos iniciar al-guma intervenção no âmbito da educação para a saúde e promoção da saúde junto dos lares de 3ª idade do concelho. Até ao momento já vimos mais de duas centenas de idosos que estão institucionalizados. Verificámos o estado da sua saúde oral, nalguns casos mais graves notificámos o médico de família para os encaminhar para outros serviços, e fizemos formação junto dos idosos que tinham alguma ca-

pacidade para receber essa informação. Fizemos ainda formação às pessoas que cuidam dos idosos nas instituições. Trata-se de uma formação específica sobre os conceitos básicos da higiene e cuidados da saúde oral, que terminou com a realiza-ção de exercícios práticos, como escovar os dentes de outra pessoa. Já temos o feedback de que os utentes começaram a ter alguns cuidados na higienização das próteses e do resto dos dentes que têm.

E junto dos alunos?Em relação às escolas estamos agora a iniciar os contactos para saber quantas turmas e quantos alunos existem para poder depois criar uma calendarização para intervir junto dos mesmos.

É feito em todos os anos escolares?Não, iremos dar prioridade a determi-nados grupos, já que seria complicado estar a dar resposta a todos os alunos. Deste modo, iremos dar continuidade ao trabalho efetuado noutros anos letivos. Iremos também disponibilizarmo-nos a dar formação e esclarecimentos aos pais, para desmistificar a ideia de que os filhos não têm condições de fazer a sua higiene oral na escola. E temos que fazer de tudo para que as crianças tenham menos doenças, o que significa que haverá menos tratamentos. Porque seja para as famílias como para o estado ou seguradoras, é muito mais barato prevenir do que tratar. Deste modo, iremos dar atenção aos alu-nos do jardim-de-infância (com 4/5 anos) e depois 1º ciclo os alunos com 6/7 anos, porque são eles que irão depois receber os cheque-dentista dos 7 anos. Estarão mais orientados para medidas de prevenção, já que, como costumo dizer, de nada vale ar-ranjar os dentes todos de um lado ao outro se não forem corrigidos os hábitos. Quando chegássemos ao último dente teríamos que começar do início novamente.

Nos cerca de 200 idosos que viu, como avalia a sua saúde oral?

Com grandes necessidades. Desde logo muitos usam próteses que estão desa-justadas e depois têm hábitos que não são promotores de saúde. Há má higienização das próteses, que pode condicionar os restantes dentes que eventualmente ainda tenham e que podem expor os idosos a outros fatores de risco. Hoje sabe-se que há determinadas bactérias que existem na boca que podem ser expiradas para os brônquios e resultar em pneumonias.

Fazer prevenção da saúde oral pode si-gnificar minimizar os riscos de outras pato-logias (cardiovascular, renal, entre outras) que não têm a ver com a cavidade bocal. Naturalmente que os idosos nunca tiveram cheques-dentista quando eram novos, ou seja, alguns não só não estão motivados para os cuidados de higiene e saúde oral, como foram expostos a uma medicina na base da extração e são desdentados e isso vai condicionar muitos fatores, como por exemplo a alimentação.

Mas noutros tempos o centro de saúde também não tinha consultas nesta área e recorrer ao privado sai caro…

Não se caminhou no sentido de se intro-duzir os médicos-dentistas ou estomatolo-gistas nos cuidados primários e a preven-ção não tem sido a principal aposta. E, com a crise, muitas pessoas vão adiando a prevenção e a ida ao dentista, tal como fazem com as outras especialidades ou nas opções alimentares. Defendo que a me-

dicina dentária deveria estar nos cuidados de saúde primária, porque nós devemos tratar apenas aquilo que não conseguimos prevenir. Não consigo dar os valores em concreto, mas cada euro que é gasto em prevenção são 6 ou 7 que evitamos em tratamentos na área da saúde oral, que é o quarto tipo de patologia mais caro de se tratar, seja pago pelo estado, pela própria pessoa ou seguro.

Acha que as pessoas só recorrem quando não podem adiar mais?

Nalguns casos sim, só na última é que vai ao dentista e muitas vezes já está na terceira ou quarta vez com antibióticos, depois dos chás, mezinhas ou anti-inflamatórios não terem resultado. Há um grupo grande que se enquadra nesta situação. E isto faz parte da educação para a saúde. Se calhar só teremos resul-tados na próxima geração, assim como já começámos a ter do trabalho que já foi efetuado nos últimos anos.

A quem são atribuídos os cheques-dentista?

Os cheque-dentista são distribuídos pelas unidades de saúde pública nas escolas a todos os alunos com 7, 11 e 13 anos. Serve para realizar tratamentos preventivos ou curativos. Todos os outros são atribuídos pelos médicos de família. Ou a grávidas que estão a ser acompanhadas pelo Sistema Nacional de Saúde (SNS), ou idosos que tenham o complemento solidário do idoso (com carências socioeconómicas e mais de 65 anos), portadores de HIV de qualquer idade, às crianças que estão em idades intermédias e miúdos com menos de 6 anos. Nestes casos o cheque-dentista tem prazo de validade de três meses; no caso da grávida pode ter um prazo de validade até 60 dias após o parto. Isto foi uma política muito importante porque havia um grande preconceito pelo facto de a grávida tratar os seus dentes. Mas o que se sabe é que determinadas doenças gengivais têm muito mais impacto para a grávida e para o feto se não forem trata-das, podendo-se evitar doenças da criança para toda a vida.

Os cheques-dentista podem ser utiliza-dos no privado?

São só utilizados no privado, em médicos dentistas ou estomatologistas convencio-nados com a direção-geral de saúde. É uma forma de libertar os serviços onde existem ou promover nas localidades onde não existia esse serviço. É um serviço gra-tuito para o utente, mas há determinados tratamentos que não estão previstos.

Sabe quantos vaguenses utilizaram este cheque-dentista?

Os números que me deram são referentes a 2011. De salientar que os cheques-dentista emitidos podem ser utilizados ou não pelo utente. Dos miúdos com idades intermédias, aqueles que não receberam na escola, apenas um foi registado. Para as grávidas foram entregues 78 e 44 foram utilizadas (56,1% de utilização) e aos idosos foram entregues 12 e utilizados 11 (91,7%). Não sei dizer se os que foram entregues se são muitos ou poucos porque não tenho conhecimento do número de grávidas seguidas no SNS nem quantos idosos do concelho de Vagos terão direito a cheque-dentista. Acredito que existirão mais e que, aí, o médico de família tem um papel importante na promoção dos cheque-dentista.

Entrevista a José Frias-Bulhosa, médico-dentista no centro de saúde de Vagos

Prevenir saúde oral reduz gastos

Page 2: Saúde Oral

824 de outubro 2012

1 - Beba água. Além de vários outros benefí-cios, a água ajuda a evitar o mau hálito já que, em muitos casos, este é causado pela

boca estar seca ou com pouca saliva. É por isso, inclusive, que o hálito não cos-

tuma estar assim tão “fresco” quando acordamos;

2 - Escove os dentes. Faz-se, pelo menos, três refeições ao dia (ou

seis, se for muito saudável e con-sciente que a alimentação deve ser fracionada) e, após cada uma deve-se escovar os dentes. No entanto, é sobretudo à noite, antes de dormir,

que se deve escovar os dentes, já que é no período da noite que as

bactérias têm mais tempo para agir;

3 - Não esqueça de passar o fio dental. O mau gosto na boca pode

vir, muitas vezes, da sujidade acumulada entre os dentes ou do próprio tártaro. Deve passar o fio dental ao menos uma vez ao dia;4 - Escove a língua. Para além de

escovar os dentes e passar o fio den-tal, deve-se também escovar a língua

(pode com a escova e pasta de dentes), para retirar acúmulos de comida que

ficam na superfície e retirar uma camada de bactérias que pode se concentrar nela;5 - Cuide da alimentação. Dietas radicais

que cortam hidratos de carbono totalmente tendem a causar mau-hálito – reconsidere e

tente ao menos comer uma fatiazinha de pão ao dia. Além disso, há certos alimentos como maçã, cenou-

ras e pepino que, quando comidos crus, “raspam” os dentes e funcionam como ajudantes do fio dental;

6 - A boca não é a única suspeita. Em alguns casos, o problema pode ser o esófago ou estômago. Na dúvida deve-se fazer um diagnóstico no dentista que logo o

encaminhará para consulta no médico de família ou de gastroenterologista;

7 - Evite café. O café pode criar uma espécie de “cobe-rtura” na língua, o que evita a oxigenação e ajuda na

proliferação de bactérias (as maiores culpadas pelo mau hálito). Pode ser substituído pelo chá, por exemplo;

8 - Masque pastilha elástica (sem açúcar). A ajuda não vem só do sabor artificial da pastilha elástica mas sim do aumento de produção de saliva. Como a boca seca é uma

das principais causas do mau hálito, mantê-la húmida ajuda a reduzi-lo na maioria dos casos.

Saúde oral

8 dicas para combater o mau-hálito

Tel. 234 792 335

José Manuel Pereira MartinsLABORATÓRIO DE PRÓTESE DENTÁRIA

Rua António Carlos Vidal | C. Comercial Narciso 1º andar - sala 10 | 3840-411 VAGOS

Medicina Dentária

EstéticaOrtodontiaPróteses CirurgiaImplantesConsertos de PrótesesBranqueamento a leserPiercing dental

Psicologia Clínica Drª Miriam VenturaAdultos e crianças

Podologia Drª Liliana RajãoAlterações de pele, Unhas e pésExame biomecânicoPé de adlto e criançaPé Diabético e pé Desportista

Ginecologia/ObstetríciaDrª Filomenta Coelho

Orientação escolar e vocacionalNutriçãoAcupuntura

[email protected]

Rua da Estrada nº 203840-302 OUCA

CHEQUE

DENTISTA

CHECK-UP GRATUITO EM PODOLOGIA E MEDICINA DENTÁRIA

Drª Rosa AlmeidaDrª Isabel MouratoDrª Ana Coelho

SAUDE ORAL ao longo da vidaA saúde oral é considerada como uma parte integrante da saúde geral. As doenças da boca e dos dentes têm consequências negativas na qualidade de vida das pessoas.A ausência parcial ou total de dentes traz graves consequências a nível da saúde física e emocional. A capacidade de mastigação torna-se muito reduzida afectando as escolhas alimentares, contribuindo para défices nutricionais e, consequentemente, para um risco aumentado de aparecimento de outras doenças. As pessoas tendem a evitar os alimentos ri-cos em fibras e escolhem alimentos com menor valor nutricional, elevados teores de gordu-ras saturadas e colesterol. A falta de dentes também dificulta a comunicação interpessoal promovendo o isolamento das pessoas.A falta de dentes, deve-se, essencialmente, à progressão da cárie dentária que resulta na destruição dos dentes, e ás doenças periodontais que levam à destruição dos tecidos de suporte dos dentes (gengivas, osso alveolar etc…). Estas doenças têm um factor causal comum – a placa bacteriana. Esta, é uma massa formada essencialmente por bactérias, constituintes da saliva e restos alimentares, que adere fortemente aos dentes, devendo ser removida diariamente, no mínimo duas vezes por dia.Existem muitos medicamentos, que diminuem o fluxo salivar (xerostomia), tornando assim as pessoas mais vulneráveis aos problemas orais, sendo necessário intensificar a escovagem dos dentes e, eventualmente, utilizar produtos específicos que promovam maior produção de saliva. As práticas adequadas de higiene oral, como a escovagem dos dentes e a limpeza interdentária, removem a placa bacteriana, contribuindo para a manutenção dos dentes durante toda a vida, e consequentemente, para uma boa saúde oral. São recomen-dadas desde o nascimento dos primeiros dentesA perda de dentes devido a doenças orais não é pois uma consequência inevitável do envel-hecimento. Hoje, é possível manter a dentição saudável durante toda a vida.

Recomendações:• Escovar os dentes diariamente, duas ou mais vezes por dia, sendo uma delas à noite antes de dormir.• Usar uma escova de dentes com filamentos de textura macia; a escova de dentes é um objecto pessoal e intransmissível.• Substituir a escova quando os pelos começam a ficar deformados; normalmente a escova deve ser substituída de 3 em 3 meses.• Utilizar um dentífrico com flúor. Quase todos os dentífricos contêm este elemento. O flúor torna os dentes mais resistentes e contribui para a prevenção da cárie dentária.• Limpar os espaços entre os dentes, onde a escova não chega; utilizar escovilhões ou fio dentário (à venda em superfícies comerciais ou farmácias). O escovilhão ou fio dentário é um complemento para uma boa higiene oral, devendo ser utilizados diariamente, pelo menos uma vez por dia.• Se usar prótese dentária, escovar a prótese diariamente com uma escova própria e utilizan-do sabonete neutro, dentífrico não abrasivo ou outro produto destinado a esse efeito.• Prestar atenção ao eventual desgaste da prótese e ao seu ajuste na boca.As próteses devem estar bem adaptadas para não provocarem lesões nas mucosas e para permitirem a adequada mastigação dos alimentos.• Observar frequentemente, com iluminação adequada, os lábios, dentes, mucosas e língua. Se observar alguma alteração comunique ao médico assistente.• Visitar regularmente o profissional de saúde oral (estomatologista, dentista ou higienista oral) para este diagnosticar, o mais precocemente possível, alguma alteração que necessite tratamento.É essencial a realização diária das práticas de higiene oral. Nos casos em que esteja depen-dente de outros, a pessoa idosa poderá ter ajuda para a execução da escovagem dos dentes e da limpeza inter-dentária, por parte de um familiar, de outra pessoa que lhe preste cuidados ou de um técnico da especialidade.Nunca é tarde demais para adoptar estilos de vida promotores da saúde!

Ponto de SaúdeCentro de Saúde de [email protected]

Sete alimentos que ajudam no combate ao mau hálito

- Maçã, cenoura e pepino- Chá de boldo- Gengibre

- Iogurte natural sem açúcar- Sumo de limão- Hortelã

- Água

Saúde Oral

Page 3: Saúde Oral

924 de outubro 2012

Qual a importância da saúde oral para uma vida saudável?

Os cuidados de higiene oral devem iniciar-se desde a erupção do primeiro dente no bebé, com o hábito diário da escovagem e remoção da placa bacteriana, prolongando-se por toda a vida do indivíduo, uma vez que quase todas as doenças que afectam a cavidade oral podem ver a sua progressão travada pela existência de uma correcta e eficaz higiene.A sensibilização para os cuidados relacionados com a saúde oral deve assim iniciar-se o mais precocemente possível, enraizando desde cedo nas crianças hábitos de higiene oral. Estas devem ser observadas por um médico dentista ou profissional da área pelo menos uma vez por ano, sendo importante acompanhar o desenvolvimento da criança, uma vez que esta pode apresentar algum tipo de patologia cuja intervenção precoce seja necessária para um correcto desenvolvimento facial e oral. A realização de aplicações tópicas de flúor em consultório e o recurso a selantes de fissuras pode contribuir de forma extremamente benéfica para a saúde oral da criança.A visita regular ao consultório de medicina dentária, entenda-se 1 a 2 vezes por ano é de extrema importância no diagnóstico e prevenção de inúmeras patologias orais e sistémicas, cujas primeiras manifestações estão presentes na cavidade oral; temos como exemplo Leucemias, doenças auto-imunes, SIDA, entre muitas outras. A observação da cavidade oral realizada por um profissional treinado é importante na detecção de lesões malignas como o cancro oral, o qual está cada vez mais presente em jovens, associado a deficiências na higiene oral e ao consumo excessivo de álcool e tabaco.Para garantir uma boa saúde oral devemos apostar numa boa higienização e em consultas de rotina da especialidade; o simples hábito de escovar os dentes duas a três vezes ao dia pode evitar a perda precoce dos dentes, o que muitas vezes leva a situações dramáticas como a incapacidade de realizar uma correcta alimentação, e que por sua vez leva a diversas complicações a nível do tubo digestivo.

Ana Bessa, Médica Dentista

Qual a importância da saúde oral para uma vida saudável?

A saúde oral está intimamente relacionada com a saúde geral e mantê-la é uma prioridade. Embora poucas pessoas se lembrem, a boca é uma porta de comunicação entre o mundo exterior e o resto do corpo e, por isso, podemos dizer que “a saúde começa pela boca”.Quando falamos em cavidade oral abrangemos um vasto leque de patologias que nela se podem instalar e que podem ter um impacto negativo no bem-estar e qualidade de vida. Uma boa saúde oral favorece a mastigação, deglutição, digestão e fala e contribui para a ausência de dor, desconforto e mau-hálito. Estes aspetos refletem-se diretamente na dieta, nutrição, autoestima e relações sociais e profissionais.A infeção oral desempenha um papel crucial em questões que vão desde o nascimento prematuro e baixo peso dos recém-nascidos até às doenças cardiovasculares.Embora os problemas da cavidade oral possam provocar e/ou agravar determinadas patologias sistémicas (isto é, patologias que afetam todo o organismo), também são diversas as doenças que apresentam as suas primeiras manifestações nas gengivas, dentes e língua, entre as quais a diabetes, doenças cardiovasculares, desequilíbrios hormonais, infeções respiratórias, cancro ou problemas nutricionais.Assim, a consulta de rotina de Medicina Dentária torna-se fulcral não só pela identificação e tratamento precoces da patologia oral mas também por favorecer a realização de diagnósticos precoces de doenças sistémicas e/ou impedimento do agravamento das mesmas.O seu sorriso revela não só o seu estado de espírito mas também os seus hábitos e saúde geral. A dissociação da saúde oral da do restante organismo não pode ser feita!Lembre-se: visite regularmente o seu Médico Dentista - o melhor tratamento é sempre a prevenção!

Ana Coelho, Médica Dentista

Qual a importância da saúde oral para uma vida saudável?

Saúde oral e vida saudávelSaúde oral significa ausência de doenças orais e as mais comuns são a cárie dentária e doenças gengivais que se não forem prevenidas e /ou tratadas precocemente, evoluem para a perda parcial ou total dos dentes e consequentemente para a perda da função mastigatória, dicção (fala) e problemas estéticos, fundamentais para o bem-estar físico, mental e social do individuo.Saúde define- se por bem estar não só físico mas também mental e social. A importância da saúde oral é atualmente inequívoca, fazendo parte integrante de todos os programas para a promoção da saúde, levados a cabo pela maioria dos estados e sob diretrizes da OMS (Organização Mundial de Saúde).A cárie dentária é uma doença cientificamente bem conhecida relativamente às causas, tratamento e prevenção. Quer a cárie dentária quer as doenças gengivais podem ser prevenidas através de hábitos alimentares e de higiene dentária diária tais como: escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia, evitar alimentos cariogénicos e fazer consultas de revisão de 6 em 6 meses para despiste e tratamento precoce quer da cárie dentária, quer das doenças gengivais.É da responsabilidade do estado esclarecer as populações sobre a prevenção da doença através dos centros de saúde e escolas, com programas de informação sobre a prevenção, assim como, assegurar cuidados médicos de prevenção primária e secundária da cárie dentária através da contratualização de profissionais (cheques-dentistas), e a estratégia de intervenção desses programas deverá ser desenvolvida nos ambientes onde as crianças e jovens vivem e estudam. Os conteúdos curriculares, a influência da família, dos professores, assim como a oferta alimentar nas cantinas e bufetes das escolas (a oferta deve possibilitar escolhas saudáveis e económicas como o leite, o pão e a fruta), são decisivos para a formação dos alunos e para adoção de práticas saudáveis.

Lucilia Oliveira, Médica Dentista

Qual a importância da saúde oral para uma vida saudável?

Existe na sociedade portuguesa uma tendência generalizada para descurar os problemas de saúde oral, o que, com a conjuntura económica actual, tememos que agrave. Seja por razões económicas, desconhecimento ou temor, o certo é que a grande maioria da população tende a adiar a consulta no médico dentista. Nada de mais errado, pois a saúde oral deficiente afecta não só a cavidade oral mas todo o organismo.A higiene oral é o principal factor que contribui para a saúde da cavidade oral. Assim, quase todas as doenças que afectam a cavidade oral podem ver a sua progressão travada pela existência de uma correta e eficaz higiene!A principal função da higiene oral é a correcta remoção da placa bacteriana da superfície dos dentes e deve iniciar-se como hábito diário desde a erupção do primeiro dente do bebé.A placa bacteriana ou biofilme oral é uma película aderente e transparente constituída por bactérias e seus produtos, formando-se constantemente sobre os seus dentes e gengivas. É a principal causa da cárie dentária e das doenças periodontais que podem levar à perda de dentes. Perdas essas que, para além de interferirem na estética da face, afectam a eficácia mastigatória o que em última análise pode provocar complicações a nível digestivo. Focos infecciosos ao nível dos dentes, se não tratados atempada e convenientemente, podem interferir a nível cardíaco e de outros orgãos.Alterações na oclusão (forma como encaixamos os dentes uns nos outros), quer sejam provocadas pela perda de dentes, pelo uso continuado de próteses dentárias mal adaptadas ou por mal posicionamento dentário, podem levar a patologias da articulação tempero-mandibular, dores de cabeça e até mesmo a alterações na postura que podem provocar dores de costas intensas.Por todas estas razões a visita ao seu médico dentista deve ser efectuada de 6 em 6 meses, pois só assim se pode detectar precocemente os problemas mais comuns como a cárie dentária e a doença periodontal e outras patologias mais graves como o carcinoma oral.Só o seu médico dentista tem competências médicas para efectuar um diagnóstico rigoroso da sua cavidade oral e assim contribuir para a sua saúde!

Sofia Simões e Maria José MaltezMédicas dentistas

Medicina DentáriaClínica Geral Dra Alcina Carvalho

NutriçãoDra Liliana Lobato

PediatraDra Estala Margatho

Análises ClínicasAVELAB

Terapia da Fala Dra Janine Caetano

PsicologiaDra Susana Cunha

Cardiopneumologista Dra Tânia Otero

Rua Principal 183-B Ponte de Vagos

Dra Sofia SimõesDra Maria José MaltezDra Ana Margarida FrançaDr José Manuel AntunesDra Alexandra Vinagre -ORTODONTIADr Salomão Rocha - IMPLANTOLOGIA

Saúde Oral