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abcdefghijklmnopqrstuvwxyyz Distribuição Gratuita PROIBIDA A VENDA A Felicidade Não É Deste Mundo Retrato de Jesus Não Peques Mais! Destaques: Léon Denis Finados Teu Filho Primeira parte Primeira parte Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 9 - nº 85 - Novembro/2008

Transcript of seareiro 11 2008 - espiritismoeluz.org.br · independentemente da crença da criatura; que, no...

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Distribuição Gratuita

PROIBIDA A VENDA

A Felicidade Não É Deste MundoRetrato de JesusNão Peques Mais!

Destaques:

Léon Denis

FéFinadosTeu Filho

Primeira partePrimeira parte

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 9 - nº 85 - Novembro/2008

EditorialSeareiroeditorial

Então, se alguém vos disser: O Cristo está aqui, ou está ali, não acrediteisabsolutamente; - porquanto falsos Cristos e falsos profetas se levantarão que farãograndes prodígios e coisas de espantar, ao ponto de seduzirem, se fosse possível, ospróprios escolhidos. (Mateus).

Este alerta constante no Evangelho será sempre atual. Os homens continuam na busca e naaceitação por fantasias em que possam acreditare e que basta um ato exterior para melhorarem.

A cada dia vemos se integrar ao meio espírita rituais e, mesmo, teorias que não constam dabase kardequiana, mas que espíritas desavisados e, principalmente, dirigentes espíritas que nãoestudam Kardec, preferem aceitar tais teorias, já que, além de implantarem uma novidade, o quelhes massageia o ego junto aos presentes, acabam atraindo novos adeptos para aquela casaespírita, lotando os salões, não para se estudar, o que seria o ideal, mas para estes verdadeirosespetáculos de falsa doutrina.

Ultimamente, temos visto um maior número de livros e matérias, em periódicos sobreapometria, que dizem ser “uma técnica que viria a fornecer maior eficácia nos tratamentosespirituais”. Ao lermos explicações que dão sobre esta técnica, vemos contradições gritantes emrelação ao que aprendemos com o nosso Mestre Jesus, codificados pelo nosso Kardec.

Vejamos alguns pontos citados sobre a apometria:Dizem que pode ser cobrado o tratamento; que a apometria viria harmonizar o lado espiritual

do atendido, facilitando a cura; que, durante o tratamento, quem está trabalhando com apometriapoderá ir até ao passado do paciente para encontrar a cura; que a técnica funcionaindependentemente da crença da criatura; que, no tratamento, poderá sentir alguma coisaestranha, apesar de não acontecer sempre e, se ela for médium, deverá se ligar ao seu anjo daguarda.

Ao verificarmos estes pontos, vemos que, apesar de dizerem que “a apometria foidesenvolvida a partir dos ensinamentos que foram decodificados por Allan Kardec em suasobras”, lembramos que Kardec codificou e os ensinamentos transmitidos pelosespíritos. E não existe em Kardec nada que possa endossar essa técnica que só leva fantasia àscriaturas e que, de acordo com os pontos citados, não é gratuita, como tudo o que vem de Deus. Aharmonia tem que vir da própria criatura, com o seu refazimento e sua luta para superar as suasimperfeições e seus instintos. Quem pode dizer que teria acesso ao passado de quem quer queseja para encontrar a cura dele, que independe de a criatura ter fé, quando o Cristo nos disse que“a nossa fé que nos curou”, e que tratamento é esse em que a criatura pode sentir “coisasestranhas”?

Tudo isso e muito mais que temos visto em quem defende esta técnica faz com quequestionemos: o que mais veremos ser inserido no meio espírita por uma total falta deconhecimento da doutrina do Cristo, e por parte de quem se diz espírita?

Quanto falta, a quem acredita nisto, ler, além das obras de Kardec, as de André Luiz para queperceba que não somos nós, criaturas imperfeitas, que tratamos as outras criaturas, como dizemos defensores desta técnica. Acima de tudo, pela Misericórdia do Pai Celestial, pelo coração donosso Mestre Jesus e pelos Seus colaboradores incansáveis que trabalham incessantementepelo nosso bem, num tratamento espiritual, quem trabalha são eles, os Espíritos, e não oencarnado. E as técnicas existentes na Espiritualidade estão bem distantes de uma técnicainventada por quem quer se acreditar a fonte curadora, e não aceita que temos uma oportunidadede trabalho onde atuamos como coadjuvantes, isto quando não atrapalhamos os Espíritos, aoinvés de auxiliá-los.

Devemos parar de inventar moda no meio espírita, com a desculpa de que os tempos sãooutros, quando nós mesmos avançamos um milésimo do que éramos há milênios e, mesmoassim, queremos nos acreditar criaturas auto-suficientes, esquecendo-nos de nossa condiçãofilial junto a Deus.

Se estudarmos as obras kardequianas e as obras psicografadas pelo nosso Chico Xavier, quenão são poucas e, por acaso, estão aí para serem estudadas, sem que inventemos novas formasde passes, como temos visto, além da aposição das mãos que o Cristo nos ensinou; seseguirmos um trabalho de desobsessão como Kardec e André Luiz nos orientam, sem quecoloquemos a pessoa numa roda de médiuns, como se fosse uma verdadeira sessão de“descarrego” (como se vê nas religiões afro) e arrancássemos os Espíritos que a acompanham eo jogássemos no monturo, aliviando o encarnado que atrai e continuará atraindo esses Espíritospelo seus pensamentos desajustados, ah, como estaríamos aproveitando a oportunidade dareencarnação junto à doutrina do nosso Mestre!

Cuidemos, todos nós, espíritas, de nosso livre-arbítrio, e busquemos estudar, mas o que vemde Deus!

Equipe Seareiro

não decodificou

SeareiroSeareiro2

Grandes Pioneiros:

Livro em Foco:Cantinho do Verso e Prosa:

Pegadas de Chico Xavier:

Família:Contos:

Tema Livre:

Canal Aberto:

Atualidade:

Clube do Livro:Kardec em Estudo:

Léon Denis -Primeira Parte - Pág. 3

Trilha de Luz - Pág. 9Amor a

Deus - Pág.10; Dia de Deus - Pág.10Contragosto

- Pág. 11; Retrato de Jesus - Pág. 11Teu Filho - Pág. 12O Sapinho Quá-Quá - Pág. 13

Não Peques Mais! - Pág. 14;Decisão Infeliz - Pág. 15

Fé - Pág. 16; Chico, Anos deSaudade! - Pág. 17

Método Prático - Pág. 17;Finados - Pág. 18

Livro da Esperança - Pág. 18A Felicidade Não É Deste

Mundo - Pág. 19

ÍND

ICE

Publicação MensalDoutrinária-espírita

Direção e Redação

Endereço para correspondência

Conselho Editorial

Revisão

Jornalista Responsável

Diagramação e Arte

Imagem da Capa

Impressão

Tiragem

Ano 9 - nº 85 - Novembro/2008Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40

CCM: 39.737

Seareiro é uma publicação mensal,destinada a expandir a divulgação daDoutrina Espírita e manter o intercâmbioentre os interessados em âmbitomundial. Ninguém está autorizado aarrecadar materiais em nosso nome, aqualquer título. Conceitos emitidos nosartigos assinados refletem a opinião deseu respectivo autor. Todas as matériaspodem ser reproduzidas, desde quecitada a fonte.

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12.000 exemplares

Livro “Léon Denis, O Apóstolo doEspiritismo Sua Vida, Sua Obra” - Gaston

Luce

Apequena aldeia Foug situa-se aos arredores de Toul,na região da Alsácia-Lorena, França. Nesse local, numamodesta casinha, habitava o pedreiro Joseph Denis esua esposa, de origem camponesa,Anne-Lucie Liouville.Estavam casados há menos de um ano.

O trabalho árduo e exaustivo do pedreiro Joseph não otirava da alegria de retornar à simplicidade do lar e serrecebido pelos abraços de Anne-Lucie, que o aguardavaansiosa, com o jantar substancioso feito pelas verduras elegumes tirados do solo. Plantio esse cultivado pelasmãos deAnne-Lucie.

Certo dia, a alegria de Joseph foi maior. Ao chegar dotrabalho, Anne-Lucie o surpreende com a notícia de queele seria pai. Ela percebera que, em suas entranhas,uma nova vida palpitava: seria mãe!

Era o que faltava para completar a felicidade, diziaJoseph, abraçando e beijando a esposa.

Findava o ano de 1845.Ao raiar o dia 1º de janeiro de 1846, ouvindo-se ainda o

explodir dos fogos de artifícios, pelo ano-novo, ouvia-setambém o vagido de um recém-nascido; Léon Denisanunciava a sua chegada ao mundo físico.

Entre risos e lágrimas, a criança foi aconchegada aocolo materno, tendo recebido antes o beijo paternal.

Horas depois, Anne-Lucie, olhando pela janela de seuquarto, que dava acesso à ferrovia de Paris aEstrasburgo, olhava o trem que passava, apitando,anunciando sua chegada à aldeia.

Levantando o filhinho em seus braços, balbuciou:— Este agora é o seu mundo, meu filho. É aqui que

você crescerá, vendo a chegada e a partida dessestrens, que conduzem vidas de lá para cá. Assim comonossas vidas, onde uns chegam e outros partem paranovos rumos. E você está chegando a estas paragens,com as bênçãos de Deus.

Anne-Lucie, ainda com o filhinho nos braços,recordava o momento em que conhecera Joseph Denis.E, colocando o bebê a seu lado na cama, falava como sea criança pudesse ouvi-la, com os relatos do passado econtinuava:

Com o choro do recém-nascido, Anne-Lucie despertados seus devaneios. Era preciso alimentar o bebê.

A vida segue seu curso. O menino crescia e as

dificuldades também cresciam. Joseph já havia passado paraoficial de empreiteiro, chegando até a ser suboficial daCompanhia de Bombeiros da comunidade, para ter maisdinheiro e cobrir as despesas, enfrentando situações difíceis ese expondo aos incêndios, demonstrando muita coragem;porém era preciso vencer para que a família não passassedificuldades maiores.

O pequeno Léon se desenvolvia entre os cuidados e carinhoque recebia dos pais e principalmente do avô, François, que olevava todos os dias a passear pelos bosques vizinhos. Mas oque deixava o menino feliz era ver os patos que nadavam noregato cujas águas se lançavam num açude. Seus olhinhosbrilhavam de contentamento, querendo participar da nataçãodos patinhos enfileirados.

O trabalho para garantir o sustento da família estava cada diamais difícil. A última obra realizada por Joseph foi a da IgrejaBayonville. Sem mais objetivos monetários em Foug, a famíliade Joseph Denis transferiu-se para Estrasburgo. Nesse local, opai de Léon, abandonando a profissão de empreiteiro e com oacréscimo salarial de bombeiro, consegue emprego na Casa daMoeda. Mas Joseph dizia à esposa, Anne-Lucie, que esseemprego seria provisório. Ele ouvira falar que na estrada deferro, isto é, na rede ferroviária, estavam precisando deempregados; era só ter paciência e logo estariam em melhorescondições.

Léon já tinha conhecimento do alfabeto e sabia contar porquesua mãe o preparava para matriculá-lo numa escola.

Com a procura de um estabelecimento escolar (nome dadopelos habitantes do local), Léon foi aceito numa escolaparticular, dirigida pelo professor Haas.

Os alunos dessa escola dividiam-se em dois grupos, pelopreconceito existente entre alemães e franceses. Embora arígida educação que o professor Haas transmitia aos alunos dasdiferentes nacionalidades, após as aulas, saíam aos socos epedradas, de ambos os lados. Com isso, o pequeno Léon ficavaà margem dos acontecimentos; ele não gostava de violência eprocurava se esconder. Mesmo na sala de aula, se esquivava departicipar das matérias explicadas pelo professor Haas.

Léon era muito inteligente e absorvia as aulas, embora dessea impressão de que nada compreendia.

Afamília de Joseph viria a sofrer novas mudanças.

— Seu avô materno, meu filho, chama-se FrançoisLiouville. Nasceu numa região da França chamadaGondreville. Aí, seu avô possuía uma bela propriedadeque precisou ser vendida por dificuldades financeiras. Eveio morar justamente aqui, meu filho, em Foug, ondevocê e eu nascemos. Como seu avô era carpinteiro eaqui, em Foug, a construção civil se desenvolvia rápido,ele era contratado para fazer os forros ou tetos das casasnovas. Seu avô sempre teve muito carinho com suamãezinha; por isso quando conheci seu papai, ele nãogostou porque temia que eu sofresse. Mas seu papaiJoseph, mesmo tendo um forte caráter, sempre tratoubem sua mãezinha. Casamo-nos e Deus nos brindoucom o presente mais belo, que é você, meu amor.

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 3

Léon DenisLéon Denis

Catedral Saint-Étienne de Toul, França

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

Primeira Parte

Embora todo o cuidado deAnne-Lucie em fazer economias, osganhos não cobriam o necessário,frente as despesas. Joseph veio atomar conhecimento de que emBordeaux, mais exatamente naCasa da Moeda dessa localidade,precisavam de mão-de-obra parapolimento demoedas.

D e i m e d i a t o , J o s e p hencaminhou-se para lá e, apósalguns testes, foi aceito. Diasdepois, a família mudava-se paraBordeaux. O salário ainda erainsuficiente; por isso Léon teve queabandonar a escola, para serajudante de seu pai, no polimentodas moedas.

As mãos do menino chegavam asangrar pela rudeza do trabalho,porém Léon sentia-se feliz emajudar no acréscimo de salário. Paraele, Espírito com farta bagagemespiritual, era o cumprimento de umdever filial. Amava a família e poucose importava com as brincadeiraspróprias de sua idade. Seus onzeanos pareciam o dobro, pela suamaturidade.

Passado algum tempo, a Casa daMoeda termina seu período derefundição de moedas de cobre.Para Joseph, representava troca deemprego, o que até certo ponto obeneficiava porque, finalmente,conseguira empregar-se na Companhia das Estradas deFerro do Sul. Mas teve, antes desse acontecimento, de fazerum estágio, como carteiro, da estação de Bordeaux. Apósesse período, foi nomeado chefe da estação de Morcenx, emLandes. Isso deixava Anne-Lucie tranquila com Léon. Aestabilidade salarial melhorara um pouco, e o fato de verLéon voltar aos estudos deixava-a feliz.

As mudanças contínuas atrasaram os estudos de Léon.Porém o novo professor notou a precocidade e inteligênciade Léon que, rapidamente, recuperou o tempo que o fizeraafastar-se da escola.

O menino absorvia com entusiasmo as aulas ao ar livre,que eram administradas pelo professor, o qual teria sidoaluno de Jean-Jacques Rousseau. Este último dizia que erao melhor método para aprender matérias como geografia,botânica, zoologia e tantos outros benefícios oferecidos pelaNatureza e que nela devem ser buscados e apreciados. Léonsentia-se privilegiado, pois Landes possuía belas paisagense florestas, portanto com farto material de onde todos osalunos participavam com muito interesse.

Anne-Lucie estava feliz com o progresso dos estudos deLéon. Parecia que a vida estava dando uma trégua naagitação familiar. Mas Joseph fora convocado para trabalharna estação de Moux, na estrada do Sul. Como chefe deestação, ele não poderia recusar essa promoção.

E novamente a família teve que sofrer nova mudança.Moux é uma estação antes de Lézignan, na direção deNarbonne.

Foi com tristeza que Léon deixou Landes e sua bucólicapaisagem e, mais ainda, seus estudos. Ambos ficariam

guardados em sua memóriajuvenil.

Tanto Anne-Lucie como Léon,sentiam dificuldades de adaptar-seàquele local situado na região doLanguedoc. Moravam em umaestação barulhenta e poeirenta,onde a Estrada de Ferro do Sultinha passagem de trens a curtosintervalos. Era um local perigoso eexigia muito do chefe da estação.Toda atenção era importante, paraevitar-se acidentes.

Léon estava sempre atento aosfatos. Logo percebeu que seu painão correspondia à vigilânciapedida pelos superiores. Passouentão a trabalhar no telégrafo,atendendo às mensagens alipassadas.

Cobria, desse modo, asinvigilâncias do pai, para que nãoviesse a sofrer punição oudemissão.

Léon era conhecido como o"ferroviário infantil".

Joseph Denis não conseguiafazer seu trabalho, como cheferesponsável da estação de Moux.Ve n d o q u e L é o n e s t a v asobrecarregado e que, sendoainda tão criança, tinha deixado osestudos, resolveu pedir demissão.Soubera que estava sendoconstruída a linha férrea de

Montluçon a Limonges e pedira o emprego como chefe deobras, que era sua verdadeira profissão. Foi aceito comosupervisor de outros trabalhos ferroviários, compreendendolinhas menores, de Tours a Vierzon.

E, dentro desse contexto, a família mais uma vez muda-se,parecendo ser definitivo, para Tours.

A situação financeira pouco melhorara. Léon, sentindo aprecariedade nesse particular, consegue empregar-se numafábrica de louças, chamada pelos franceses de "faïencerie".O serviço de Léon era braçal, tinha que carregar os cestosdas louças que eram retiradas do forno, em sua fase final.

Léon aproveitava todos os momentos vagos para ler. Pelasua vontade de crescer com conhecimentos mais elevados,conseguiu matricular-se numa escola de curso noturno, dovilarejo próximo.

Seus trabalhos escolares eram perfeitos; todos osprofessores admiravam o capricho na caligrafia, seu pendorpara com a geografia, a cartografia, enfim eram bagagensespirituais que começavam a brotar com o seuamadurecimento físico. E o grande desejo de Léon era o deadquirir, por seus próprios meios, os fascículos da"Geografia Universal de Malte-Brun" que eram publicados eilustrados por Gustave Doré. Como ele recebia gratificações,além do salário, passou a economizar e, com o acréscimo,poderia comprar os fascículos. Mas Anne-Lucie descobriu aeconomia guardada por Léon e, achando-se em dificuldadespara as compras da casa, fez uso do dinheiro. Contando eagradecendo ao filho por ter guardado algo do salário, Léonouviu, sem deixar que sua mãe sentisse sua desilusão.

Segue dessa forma o adolescente Léon, passando de um

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Léon Denis e sua mãe, Anne-Lucie

a outro emprego, até firmar-secomo correspondente e fazendotambém a contabilidade doescritório de uma das maisimpor tan tes empresas defornecimento de couro, a "CasaPillet". Devido ao seu esforço esuas constantes buscas atravésde livros e o seu extenuantetrabalho noturno, começou a terproblemas nos olhos. Teve que sesubmeter a vários tratamentos,mas estava sempre otimista.

Alcançando os 18 anos de suaexistência física, já tendo vivido,pode-se afirmar, o dobro, pelasdificuldades e sua visão tãomadura, ele começou a questionaro porquê da vida. Quais mistériosenvolviam o ser? Essas questõescomeçaram a invadir sua mente.Dentre seus mestres sábios, eleevoca Platão, quando afirma:"Recordar é viver". Ele tambémsente que algo o leva a recordar,mas o quê? E ainda quando Platãoensina: "A sabedoria é aprender a morrer e que a vida é areflexão da morte", o que também encontra nas leituras delivros como os de Sêneca e de outros sábios. Mas o enigmacontinuava. Enquanto ele não conseguia ter soluções paraessas indagações tão profundas, para apaziguar seu íntimoLéon olhava para o céu e, amando o estudo da astronomia,procurava fazer mapas astrais no conjunto da galáxia,através da sua brilhante matéria cerebral, isto é em suasmemórias.

Era habitual que Léon, quando passava pelo centrocomercial da cidade, parasse em frente das livrarias para veros últimos lançamentos. E, em certa ocasião, sua atenção foivoltada para um curioso título: "O Livro dos Espíritos", deAllan Kardec. De imediato, consultando seus minguadosníqueis, chegou à conclusão de que, deixando o lanche datarde por um tempo, ele poderia adquirir o livro. E assim o fez.Com o exemplar em mãos, não cabia em si pelocontentamento de ter respostas para os seus problemas.

Algo em sua mente fazia essa confirmação. A verdade eraque seus protetores espirituais aguardavam a hora certa,para que sua reencarnação missionária florescesse parafazer luz nas trevas, através de seus escritosesclarecedores. Seria a continuidade de mais umvanguardeiro da Verdade Cristã.

Léon, ao chegar em sua casa, trancou-se em seusaposentos e devorou o livro. Encontrou as tão esperadasrespostas, aceitou a teoria espírita que eliminou todas assuas dúvidas. Encontrara, também, a lógica dos problemasuniversais.

O interessante era que Anne-Lucie, após ter descoberto oesconderijo de Léon, sempre que desconfiava de algo,procurava saber o que seu filho escondia; ela encontrava olivro, lía-o e aguardava, ansiosa, a chegada de Léon paracomentar os assuntos que muito a impressionavam e faziamtrabalhar sua mente para os problemas reencarnatórios. Issotrouxe muita alegria para o coração de Léon. Ele viviasempre solitário com suas formas de pensar; agora já podiaabrir-se com sua mãe.

Envolvido e muito interessado com os fenômenos

espíritas, Léon passou a ler tudo o que se referisse aoEspiritismo. Através dos periódicos, tomou conhecimentodos estudos feitos por Emile de Girardin em Guernesey, juntoà família de Victor Hugo, onde Vacquerie anotava osacontecimentos para publicar em Les Miettes de L´Histoire,periódico francês.

Sabia Léon que Tours fora uma das primeiras cidades, naFrança, a conhecer o Espiritismo. O doutor Chauvet, desde1862, presidia um grupo espírita, que o fez publicar um livrointitulado: Espirit, Force, Matière. Queria Léon fazer parte dessegrupo mas, por falta de tempo, não conseguia frequentá-lo.

Por esse motivo, juntou-se a alguns amigos e passaram afazer as experiências com as tão comentadas mesasgirantes. A princípio, as provas que Léon esperava não seconfirmaram. Após vários meses, os fatos começaram a seconcretizar. Léon e os amigos sentiram que o Plano Espiritualsuperior só se fez presente quando ficaram somente aquelesque, de fato, persistiram na realização, com seriedade, dareunião, sem espíritos embusteiros e mistificadores.

E foi, com essas experiências, que Léon Denis sentiu queo "Invisível" esperava a maturidade daqueles quepretendiam ser perseverantes no conhecimento espiritual.

Léon encontrava-se cada vez mais interessado naspesquisas e estudos no campo doutrinário, quando veio asaber que o mestre lionês, Allan Kardec, viria a Tourainevisitar uns amigos.

Todos os espíritas locais se empolgaram e queriam formarcaravanas para irem cumprimentá-lo. Combinaram, então,em alugar uma sala na rua Paul Louis Courrier. Para isso,Léon e outros amigos foram até a Prefeitura, para pedir aautorização da reunião, isso porque uma lei do Impérioproibia qualquer concentração com mais de 20 pessoas.

No exato momento da realização da reunião, uma recusaformal, vinda em comunicado, a impedia. Léon foraincumbido de dar o novo endereço para o fim almejado.Tinham conseguido, na última hora, permissão de sereunirem na casa do senhor Rebondin, na rua du Sentier, emSpirito-Villa. A reunião seria no jardim, ao ar livre. E sob umcéu ricamente ornado de estrelas, numa agradável noite

Prefeitura de Tours, França

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 5

outonal, fez-se ouvir a doce e grave vozdo mestreAllan Kardec.

O jardim da residência estavaapinhado, pessoas que se apertavamumas às outras, mas o silêncio era total.Todos queriam ver a fisionomia sorridentee iluminada desse grande professor damatéria espiritual. Ele falava comsobriedade sobre os problemasobsessivos e os fenômenos das mesasgirantes.

Chamava a atenção para que fossemfeitos estudos sérios sobre o assunto,porque esse era apenas o começo deuma longa estrada a ser percorrida. E,quando interrompido pelas perguntasfeitas pela assistência, respondiaserenamente, aclarando o assunto,dizendo que era mesmo muito complexaa "vida d’além-túmulo". Ao término, todosqueriam abraçá-lo, reconhecendo-se que a noite, além deproveitosa, seria inesquecível.

No dia imediato, Léon e alguns amigos retornaram a, para agradecerem pessoalmente a vinda de

Kardec à reunião. Cumprimentando o mestre lionês, foramtestemunhas de uma deliciosa visão: Kardec apanhavafrutos de uma cerejeira e colocava-as amorosamente naboca de sua doce Gabi.

Após essa vez, Léon teve mais dois encontros com AllanKardec. Um deles foi na residência do próprio Kardec à ruaSainte-Anne, em Paris e, depois, em Bonneval, onde Kardecfalou aos espíritas de Eure-et-Loir e de Loir-et-Cher.

Léon e amigos entusiasmados pelos estudos e pesquisas,após receberem orientações do próprio Kardec, fundaramem Tours o Grupo da Rue du Cygne, onde ele era osecretário, acompanhado de outros membros que faziamparte da diretoria do grupo formado.

Para Léon, essa experiência foi muito proveitosa. Nasprimeiras reuniões, ele sentiu que a falta de estudos do grupofísico apresentava muitas falhas. Ele acreditava que haviamuito mais animismo do que a real manifestação deEspíritos.

Essas preocupações, com o decorrer do tempo, passarama dar lugar para outra série de acontecimentosdesagradáveis. Léon estava com 24 anos, quando a guerrade 1870 assolou o país.

Foi ele dispensado do serviço militar, por ter sériosproblemas na visão; pouco enxergava, mas, por sua livrevontade, foi para a região de La Rochelle juntar-se aosjovens do 26º Corpo do Exército, em formação. Com isso, oincansável Léon dizia cumprir com seus deveres cívicos.Tanta era a ansiedade de Léon para ser útil, e não umelemento figurativo, que aprendeu rapidamente o manejodas armas, servindo de instrutor aos jovens da suacorporação. Chegou ele a ser promovido a tenente e todoslhe depositavam muita confiança nas manobras perigosas.

Nas horas mais serenas, em conversas com os jovens,Léon ficou sabendo que um sargento era espírita e médium.Propõe ele uma experiência com os copos. Feita a prece,copos e objetos dentro da barraca, começaram a serarremetidos para todos os lados, quando Léon recebe aintuição de cessarem a reunião, porque os Espíritos que alise encontravam estavam muito revoltados e cheios de ódiono coração. Era preciso que a reunião, para surtir o efeito queeles queriam, fosse realizada em outro lugar. Os dias

estavam cada vez mais sinistros. Os inimigos, os alemães, jáestavam próximos a Tours. Embora todos os esforçosusados pelas tropas defensoras, a queda do Império eraiminente. Em Chagnolet, onde se encontravam Léon e suacompanhia, a torcida era para que uma república livre viessea acontecer. Pensavam ser essa a oportunidade da Europaviver uma era de paz, através da liberdade e da fraternidade.

Após dias aflitivos diante de uma trégua, Léon e oscompanheiros reúnem-se para uma prece, quando osargento, médium psicofônico, transmite:

"A Alemanha e a França estão em negociações. A horatão almejada da paz se aproxima. É preciso consolar osaflitos, aplacar a revolta das mães que não verão seus filhosretornarem desse mar de sangue e ódio. A hora é de prece ede esclarecer a todos a grandeza de Deus, que nãodesampara os aflitos. Portanto, façam o bem." (Lamennais).

Finda a guerra, Léon e todos que sobreviveram a essetriste episódio voltaram a seus lares, aos seus negócios.Léon voltou ao seu emprego na Casa Pillet.

A França, derrotada e humilhada por ter sido abalado oImpério, lutava para se reerguer na ordem moral. Osrepublicanos lutavam para novos caminhos e Léon voltava-separa a Espiritualidade.

Tendo o dom da oratória, dedica-se a esclarecer oEvangelho. Torna-se o orador da Loja Maçônica dosDemófilos. E segue com os , de retorno ao Grupo da Rue duCygne, tendo já desenvolvida sua mediunidade, comovidente. Por esse meio, quando concentrado via aspectosque pressentia serem fatos vividos por ele em épocas dahistória medieval. A certeza lhe é dada pelo seu guiaespiritual, informando-o que a sua vontade de ir ao , noperíodo da guerra, era o reflexo de seu passado por terparticipado de lutas sanguinolentas. Mas, na atualreencarnação, sua luta maior seria no campo fraterno, pelaunião, enaltecendo o Evangelho do Cristo.

Léon Denis tinha por guia o Espírito de Durand e, por guiados trabalhos do Grupo Cygne, Sorella. Muitas eram asorientações para o grupo, mas principalmente para Léon,onde a Espiritualidade o preparava para se tornar um fielescritor de obras espíritas.

Léon recebe de Joana D’Arc, numa reunião de efeitosfísicos e de transportes, um ramalhete de lírios. Isso foi paraincentivá-lo a esclarecer pela oratória, como ter coragem defalar perante intelectuais sobre temas tão cheios depreconceitos como: materialismo, ciência e razão. Léondeixou sempre claro que o ponto alto dos acontecimentos

Spirito-Villa

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SeareiroSeareiro6

Auguste VacquerieEmile de Girardin

surgiu com a Revolução de 1789. Aí o problema político e oreligioso entraram em alvoroço. O povo pedia um governodemocrático e o clero que à religião pertencesse a ciência.

Joana D’Arc dava-lhe apoio, porque a ideia espiritualistaestava longe de ser alcançada. Embora todo seu esforço,Léon não conseguia fazer sucessores com suas oratórias. Aideia da Doutrina Consoladora não era compartilhada poraqueles que se diziam simpatizantes do Espiritismo. Aciência materialista dominava a verdadeira ciência da razãoe a religião.

Essa religião não levava à fé, mas para a descrença,pregando o absoluto do nada, isto é, a vida é só matéria; apósisso, o "nada". Mas Léon continuava a lutar para a crençareencarnatória. Pregava a existência de Deus, da alma emevolução constante e o prosseguimento da vida pelos laçosfamiliares.

Suas atividades aumentavam e os Espíritos o ajudavamno campo da divulgação doutrinária. Como conciliar,trabalho, estudo e o ganha-pão? Mas a resposta chegavarápida, acalmando a agitação de Léon.

Por conta da Casa Comercial Pillet, era preciso que eleviajasse para expandir o comércio de couro. De imediato,Léon aceitou a proposta do empresário. Dessa forma, elepoderia enriquecer seus conhecimentos espirituais e atenderao pedido do Plano Espiritual, na divulgação doutrinária.

De início, ele visita o centro das províncias como: Lorraine,Normandie, Bretagne, Périgord, Auvergne e países vizinhos.E depois seguiu para Londres. Como os negócios materiaisprogrediam e a oportunidade de falar sobre a Espiritualidadepor onde passava, conseguiu convencer seu patrão para irmais distante. Visitou a região de Vaud na Suíça, a Córsega,a Lombardia, a Argélia e a Tunísia, voltando pela Itália.Retornou muitas vezes aos lugares já mencionados. ParaLéon, todos os lugares da Itália estiveram sempre presentesem sua memória, tanto que, de Veneza, apreciando todaaquela beleza natural, tomou de papel e caneta e enviou umalonga carta a seus pais, descrevendo tudo o que sua retinaguardou, ao visitar as paragens do solo italiano. Num dostrechos dessa carta, Léon lembra ao coração materno que,quando pequeno, ainda em idade escolar, estudando ageografia através doAtlas, ele dizia à mãezinha:

— Um dia, visitarei todos esses lugares. Hei de ganharmuito dinheiro para poder fazer grandes viagens.

E agora, pensava Léon, o fato que parecia só um sonho,tornava-se realidade.

Após o longo período como viajante e fornecedor das

ideias, no campo profissional, e o aprendizado comoportunidades de sentir o efeito de suas palavras sobre asquestões espirituais em outros países, Léon resolveupermanecer novamente em sua cidade. Nesse meio tempo,voltou a se informar das novidades doutrinárias. E atravésdos amigos fica sabendo que, em Touraine, um grupo depessoas ligadas ao ensino do país, formou um círculo paraque o povo pudesse receber instruções nos locaisdesprovidos de escolas. Essa “Liga do Ensino”, nome dadopelos organizadores do círculo, trabalharia para receberemdoações de livros e objetos essenciais ao ensino. Criariamcursos para alfabetização de adultos e bibliotecas públicaspopulares, que deveriam ser criadas para facilitar esseprojeto. O objetivo principal seria para que a França adotasseo ensino obrigatório gratuito, sem entraves burocráticos e aindependência da escola do jugo das igrejas. Léon vibrou decontentamento e procuraria ser mais um interessado paraque esse objetivo seguisse em frente.

A ideia implantada começou em Indre-et-Loire,modestamente, alcançando, em primeiro estágio, afundação de uma biblioteca com inúmeras doações de livros.Em Tours, o Círculo da Liga de Ensino, começou logo a sercombatido. Isso porque certas obras referentes à bibliotecapública foram proibidas, mas Léon e outros organizadores,embora sentindo diminuir as atividades dos jovens,continuaram a luta e o movimento conseguiu subsistir.

Em Indre-et-Loire, praticamente onde a ideia nasceu,havia um deputado, o Dr. Belle que, desde o início, apoiara oCírculo da Liga, achando que seria um meio realmente válidopara forçar a França a criar mais escolas gratuitas. Sabendodo trabalho sério desenvolvido por Léon, que criara e elevarao nível de negócios da Casa Pillet, sendo originário do povopobre e que crescera em conhecimento mais pela vontadedo que tivera facilidades para estudar, escolhe-o como seusecretário geral e conferencista em assuntos sobreeducação e ensino.

Léon, tendo como presidente do Círculo da Liga de Ensinoo próprio Dr Belle, aceitou, honrado, o convite que lhe dariamais chances de colocar o lado religioso, sem que ninguémfosse censurado em sua forma de crença. E quanto a isso,Léon Denis sabia, por várias experiências passadas, comofazê-lo. Em suas conferências, seus temas preferidos eram:

. Mas, quando as reuniõesdo Círculo eram mais privativas, seus temas eram maispolêmicos como:

etc.Inicia-se o ano de 1881.Léon sentia-se oprimido por tantas

contradições. Sua saúde fragilizada e oproblema da visão se acentuando o deixavampreocupado, sem saber ao certo o rumo quedeveria tomar. O materialismo invadia asinteligências e o Positivismo dominava aUniversidade. Com isso, o idealismo ficaraesquecido e o Espiritismo tornara-se objeto dezombarias. Os ateus mostravam-se unânimesante as crenças do “nada”, evidenciando comtudo isso que a Doutrina Espírita, tão defendidapor Léon, estava sendo ridicularizada.

Léon não estava sozinho nas dúvidas eresponsabilidades assumidas perante Deus. OsEspíritos enviados por Jesus estavam aampará-lo. E numa manhã, quando o seucoração entristecido rogava auxílio, vê ao seu

A República Americana, Astronomia Popular, As Terras doEspaço e Os Universos Distantes

O Mundo e a Vida, Os Problemas Morais eReligiosos

Hippolyte Léon Denizard Rivail(Allan Kardec) Victor Hugo

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 7

SeareiroSeareiro8

lado o Espíritode Joana D'Arc, dizendo-lhe:

— "CoragemSeareiro doC r i s t o ,estaremos comvocê em todasas horas, nocombate aomal. Aguardet r a n q u i l o aajuda do Alto,que os meiosl h e s e r ã od a d o s n omomento certo da ação, para você cumprir a obra, a que sepropôs, na divulgação do Evangelho do Senhor."

Mais restabelecido pelas vibrações de Joana D’Arc e coma certeza de que o Alto acompanhava sua intenção decontinuar a divulgar a doutrina, embora veladamente, devidoaos momentos críticos pelos quais passava, continuou Léonem seu trabalho profissional.

Estava de passagem pelo subúrbio de Le Mans e viera asaber que um grupo de operários espíritas reunia-sefrequentemente numa pequena sala local, para receberemorientações e estudos daqueles que os ajudavam a manter otrabalho espírita. Léon quis conhecê-los e ficou perplexo coma surpresa que o aguardava.Após os cumprimentos cordiais,deu-se o início das tarefas noturnas e Léon fez brevecomentário do mundo espiritual; a seguir, através de um dosmédiuns presentes, o Espírito de Jerônimo de Praga semanifesta, saudando Léon Denis. Tomado de profundaemoção, Denis agradece a saudação e diz do seu carinhopara com essa entidade, que há muito tempo atrás o haviaincentivado para as tarefas mediúnicas.

Esse primeiro contato com o Espírito de Jerônimo de Praga,fez com que Léon descrevesse, aos presentes à reunião, areencarnação passada desse vanguardeiro da Espiritualidade.Nascera na Tchecoslováquia e, como Espírito mandado peloAlto, acompanhara todo o movimento cristão, vindo a ser umdiscípulo de Jan Huss. Como este, no século XV, por ordem doConcílio de Constança, foram ambos queimados vivos. Aotérmino do relato, Jerônimo deixa uma mensagem:

No dia 31 de março de 1881, por ocasião do 12°aniversário do desencarne de Kardec, Léon, como todosaqueles que acompanhavam o mestre lionês nodesenvolvimento da Doutrina Espírita, estava agora noCemitério Père-Lachaise tentando, através da comoção aque todos estavam afeitos, prestar homenagens póstumasdirigidas ao ser indicado pelo Cristo para trazer acontinuidade de Sua obra sobre a Terra. E, a pedido de muitosque ali teceram palavras de agradecimento ao mestre lionês,Léon Denis proferiu a mais sentida oratória de sua vida.

Em 1882, completamente integrado no movimento Espírita,une-se aos membros que realizariam um Congresso quedefiniria a reinauguração daem Paris. O senhor Leymarie que acompanhara seu grandeamigo Allan Kardec desde que o conhecera, era o maisentusiasmado integrante desse movimento.

Após a aceitação realizada nesse Congresso, a senhoraGabi, esposa de Allan Kardec, sendo informada desseacontecimento, acatou de bom grado as resoluçõestomadas. Gabi apontou como presidente da sociedade,nessa época, o senhor Dr. Josset que já havia dirigido todo omovimento congressista. Teria ele a assistência do senhorChaigneau e Delanne. Leymarie continuaria sendo o grandeapoio à senhora Allan Kardec que, apesar da idadeavançada, continuava corajosamente a executar os planosdeixados por seu companheiro.

Gabi também insistiu junto a todos esses defensores daassociação que fosse criado um periódico, cujo nome Kardecjá havia denominado como sendo umdivulgador da Doutrina Espírita. Tudo isso veio a lume com oprestígio de Léon Denis e todos faziam questão absoluta desua palavra e de seus artigos, como matéria importantenesse novo periódico doutrinário.

Por essa época, Leymarie ocupava-se em tratar doespólio da viúva de Allan Kardec. Tinha ele pressa em podercontar com Léon, para uma ação conjunta em defesa dessaimportante causa. Léon, por estar ausente e em viagens,dando continuidade ao seu trabalho profissional edoutrinário, soube por seu pai, o senhor Joseph, que lheenviou uma carta contando a procura do senhor Leymariepara que fosse defensor da continuidade das obraskardequianas. Respondeu-lhe, satisfeito por poder ajudarem tão importante fato, que estaria presente na dataoportuna. Acrescentava, em sua missiva a Leymarie, quenão se preocupasse em mandar-lhe dinheiro para a suavolta, pois tinha o suficiente para cumprir tão importantecompromisso.

Léon Denis tinha essa firmeza de caráter. Quandoconvidado para divulgar a doutrina, não admitia quepagassem suas despesas. Se ele não tivesse os recursosnecessários, deixava claro porque não atendia ao convite.Ainda esclarecia que não era por orgulho e sim por nãoquerer pesar às instituições com encargos necessários àsobras indicadas por elas, no campo assistencial.

Léon Denis participara junto a Leymarie para tornar válidoo testamento da senhora Allan Kardec no qual, sendo ela aúnica herdeira, deixava à "Sociedade" a continuação dasobras espíritas deAllan Kardec. Isso, porque estava havendouma questão em que parentes, por parte de Gabi, tentavamimpugnar esses direitos autorais, alegando problemasmentais de Gabi. Mas as testemunhas apresentadas porLeymarie e Léon Deni foram esmagadoras.

Desde então, se o campo de trabalho de Léon já erasólido, tornou-se mais ainda pelas bases das obras deKardec. Leymarie, por vezes preocupado com o movimento

"A luta na Terra é desigual e contínua, mas sempresurgirão os defensores corajosos, para manter firme o desejoda Paz. O Cristão estará à frente, reerguendo aos incautosem meio do caminho."

Sociedade dos Estudos Espíritas,,

O Espiritismo,

Pierre-Gaëtan LeymarieGabriel DelanneAmélie-Gabrielle Boudet

(Gabi Kardec)

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 9

espírita, confessava a Léon que temia que as obras deKardec viessem a ficar esquecidas, pois, enquanto viviafisicamente, Gabi, a viúva do mestre lionês, continuava atarefa da divulgação desses importantes livros. E, por certo,Kardec esperava que os amigos e os simpatizantes fizessemfrente ao trabalho espiritual, com a continuidade das obrasditadas peloAlto.

Praticamente, Léon começara suas publicações muitotempo após as oratórias. Essas publicações começaram em1880. Com um opúsculo de umas cinquenta páginas,publicou e a Como tudo o quepassara a publicar, ele relatava os lugares por onde estiveraem suas viagens. Descrevia a cultura do povo, os hábitosalimentares e, precisamente, a religião. Foram muitas assuas anotações, que se tornavam interessantes para quemas lia. E foi nesse estilo descritivo e repleto de fatos curiososque foram publicados na , os romances:

e . No primeiro, ele relata a vidade um médico que, apaixonado pelas obras filosóficas, torna-se um discípulo de Allan Kardec por encontrar na DoutrinaEspírita as respostas e o rumo para a sua vida. E ,

que tem seu enredo desenvolvido na Itália, conta a históriade uma meiga jovem chamada Giovanna. Teve esseromance grande repercussão entre os jovens.

Publicou também, em opúsculo, a sua famosa oratória,, sob os auspícios da Liga de Ensino. Tratava essa

publicação da Lei de Solidariedade, unindo em todos ostempos, todas as raças. Afirmava Léon nesse opúsculo:

. Precisava Léon ir comcautela, havia muito preconceito. O povo ainda não estavapreparado para esses e outros assuntos em torno de raça ereligião.

Em 1885, Léon, já mais despojado dos preconceitos eimpondo-se mais com as obras kardequianas, publica:

, em brochura. Aí, ele expõe, liberto de ideiaspreconcebidas, o problema da existência.

Essa obra obteve um grande sucesso na França e naBélgica e, em menor escala, em outros países.

Eloísa

Túnis Ilha da Sardenha.

Revue Spirite OMédico de Catânia Giovanna

Giovanna

OProgresso

"Ahumanidade caminha vagarosamente, porque não sabe deonde vem, nem para onde vai. Por isso, as crises de desespero,revoltas e blasfêmias contra Deus"

OPorquê da Vida

Final da primeira parte.

Bibliografia�

Léon Denis, O Apóstolo do Espiritismo SuaVida, Sua Obra -

Grandes Espíritas do Brasil -

Gaston Luce, Tradução JoséJorge, Editora CELD, 1ª ed., 2003.

Zêus Wantuil,Editora FEB, 1ª ed., 1969.Imagens:

Livro "Léon Denis, O Apóstolo do EspiritismoSua Vida, Sua Obra" - Gaston Lucehttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/comm

ons/1/1c/Toul-cathedrale-2005.jpghttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/62/Hotel_de_Ville_Tours.jpghttp://media-2.web.britannica.com/eb-media/70/36570-004-41E07423.jpghttp://www.gavroche.org/vhugo/gallery/images/AugusteVacquerie.jpghttp://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/colesprmd01.jpghttp://blog.syracuse.com/shelflife/2008/02/hugo.jpghttp://farm2.static.flickr.com/1038/1240503696_0b9bffa6a1.jpg?v=0http://www.autoresespiritasclassicos.com/Gabriel%20Delanne/O%20Livro%20Reencarnacao/Gabriel%20Delanne.gifhttp://allankardec.paris.free.fr/images/pierre%20Gaetan%20Leymarie.gif

Francisco Cândido Xavierpelo espírito EmmanuelEditora IDE - 96 páginas

1ª edição - 1980

livro em focoLivro em Foco

Trilha de LuzAinda nos extraviamos e,muito, dos caminhos doBem, porém nunca estamossó e o auxílio sempre estáp r e s e n t e ; b a s t a q u esintonizemos, por exemplo,a bússola para nos orientarnos problemas de rumo.Mas, a ajuda quando écaptada por nossa própriavontade, se avoluma, poissomente a luz nos dádetalhes da estrada que noscabe percorrer.

Até agora, a alma humana é uma mistura de luz e sombra(mais sombra). Por isso temos que nos esforçar, pois a

evolução nos exige esforço e ampliação da luz, clareando osinstintos e a razão, para que sejamos induzidos às decisõescertas a nos garantir a paz de consciência.

Nossas quedas em tentações nada mais são do que aausência de luz em nossa vida interior, nos levando àperturbação, ao desequilíbrio, aos hábitos infelizes, àdiscórdia e ao ódio mortal.

Não nos esqueçamos nunca do amparo, da misericórdiadivina, que estará ao nosso lado. Bastará um simplesriscar de um fósforo para começarmos a ver, sentir o que noslevará de volta aos caminhos corretos.

As liçôes deste livro são como degraus nos desafiando àelevação, para que nos reconheçamos ainda imperfeitospara a Vida Superior, porém desamparados.

Família Amado

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Livros básicos da doutrina espírita. Temos os 419 livrospsicografados por Chico Xavier, romances de diversosautores, revistas e jornais espíritas. Distribuiçãopermanente de edificantes mensagens.

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Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”

Pensando em Deus, pensa igualmente nos homens,nossos irmãos.

Detém-te, de modo especial, na simpatia e no amparopossível, em favor daqueles que se fizeram pais oututores.

As mães são sempre revelações angélicas de ternura,junto aos sonhos de cada filho, mas é preciso nãoesquecer que os pais também amam.

Esse perdeu a juventude, carregando asresponsabilidades do lar; aquele se entregou a pesadossacrifícios, apagando a si mesmo, para que os filhos setitulassem com brilho na cultura terrestre; outros seescravizaram a filhinhos doentes; muitos foram banidosdo refúgio doméstico, às vezes pelos própriosdescendentes, exilados que se acham em recantos deimaginário repouso, por trazerem a cabeça branca porfora, e, em muitas ocasiões, alquebrada por dentro, sob acarga das lembranças difíceis que conservam, emrelação aos infortúnios que atravessaram para que afamília sobrevivesse, e, ainda, outros renunciaram àfelicidade própria, a fim de se converterem nos guardiõesda alegria e da segurança de filhos alheios!...

Compadece-te de nossos irmãos, os homens, que nãovacilaram em abraçar amargos compromissos, abenefício daqueles que lhes receberam os dons da vida.

Ainda mesmo aqueles que se transviaram ou queenlouqueceram, sob a delinquência, na maioria doscasos, nos merecem respeitoso apreço pelas nobresintenções que os fizeram cair.

A vida comunitária, na Terra de hoje, instituiu datas dehomenagens a profissões e pessoas. Lembrando isso,reconhecemos, por nós, que o Dia das Mães é o dia doamor, mas reconhecemos também que o Dia dos Pais é oDia de Deus.

EmmanuelBibliografia: Seara d Fée , Editora IDEImagem:http://www.svthirdday.com/Rich%20Images/GodsPainting.jpg

Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

Amor a DeusDeus construiu a Terra à feição deTorre muito alta,Que não se inclina e nem tomba,Sem medidas e sem estudos prévios.Sem picareta e sem bomba.

Vendo, em torno, as águasImensas, agitadas,Quais gigantes em luta,Reuniu-as num todo,A dividi-las nas cavidades do mundo.

E fez os belos mares de leito profundo,Com água especializadaPara que houvesse privilégiosE tivéssemos todos facilmenteA bênção da água salgada...

Em seguida, abriu valetasComo se nada fossePara termos, sem tropeços,O amparo da água doce...

Prevendo o futuro com povoados,Cidades e nações,Espalhou por toda parteValiosas plantações,Afim de que tivéssemos a bendita alegriaDo pão de cada dia.

Ouvindo a música nos caminhos,Deu apoio aos passarinhos,Acomodando a todosEm seus próprios ninhos.

Mais tarde, deu liberdade plenaAos homens e mulheres,Sejam do mundo verde ou do deserto,Mas com a lei da consciência agindo perto.

Para enfeitar a nossa vidaE consolar as nossas dores,Semeou em toda a TerraCentenas de espécies de flores.

Lembrando tudo isso,Sirvamos e amemos uns aos outros,Irmãos, queridos meus,Sabendo que tudo o que temos e usamos,Pertence à Luz de Deus.

Saibamos, meus amigos,Para ter vida segura,Com Deus precisamos aprender e praticarSilêncio, trabalho e brandura.

Hoje, estamos nós em festa,De união, amor, carinho e luzPois, hoje, recordamos, contentes,Aressurreição de Jesus.

Cornélio PiresPsicografia de Francisco Cândido Xavier, em 11 de

abril de 1998, no Grupo Espírita da Prece Chico Xavier.

Dia de Deus

SeareiroSeareiro10

ContragostoEstando Chico num grupo de amigos em

Uberaba, fora-lhe perguntado:— Chico, por que você continua nesse trabalho

tão exaustivo, de atendimento a esse povo todo,quando você se encontra tão doente?

E ele respondeu:— Estou doente, mas não me sinto inútil. Faço

por aguentar e cumprir o meu dever perante oCristo. Quero viver muito tempo ainda. Sei que nãoposso fazer frente à morte, mas cuido de tomarmeus remédios, cuidar para que a morte nãochegue rápido. Sei que um dia terei que partir, maso farei muito contrariado. Se quiserem, podemconstar no meu túmulo:

(Conversas com Chico, em Uberaba)

Aqui jaz Chico Xavier, muitoa contragosto.

pegadas de chico xavierPegadas de Chico Xavier

Retrato de JesusChico, estão dizendo que aquela carta enviada da Galileia

pelo senador romano Públio Lêntulus ao imperador TibérioCésar, em que traça o perfil de Jesus, não é autêntica. O quevocê poderia nos dizer a respeito?

É autêntica. Foi encontrada nos arquivos de Roma. Eu a liantes de receber o livro Eis a carta:

Públio Lêntulus(L'indizione sétima, luna seconda)

—Há dois mil anos.

Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existindonos nossos tempos um homem, o qual vive atualmente degrandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcadoprofeta da Verdade, e os seus discípulos dizem que é filho deDeus, criador do Céu e da Terra e de todas as coisas que nela seacham e que nela tenham estado; em verdade, ó César, cadadia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita osmortos, cura os enfermos, em uma só palavra, é um homem dejusta estatura e é muito belo no aspecto. Há tanta majestade norosto, que aqueles que o veem são forçados a amá-lo ou temê-lo. Tem os cabelos da cor da amêndoa bem madura, sãodistendidos até as orelhas, e das orelhas até as espáduas; sãoda cor da terra, porém mais reluzentes.

Tem no meio da sua fronte uma linha separando os cabelos,na forma em uso nos nazarenos; o seu rosto é cheio, o aspecto émuito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face deuma cor moderada, o nariz e a boca são irrepreensíveis. Abarba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muitolonga, mas separada pelo meio; seu olhar é muito expressivo egrave; tem os olhos graciosos e claros; o que surpreende é queresplandecem no seu rosto como os raios do sol, porémninguém pode olhar fixo no seu semblante porque, quandoresplandece, apavora e, quando ameniza, faz chorar; faz-seamar e é alegre com gravidade. Diz-se que nunca ninguém o viurir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos; napalestra contenta muito, mas o faz raramente e, quando delealguém se aproxima, verifica que é muito modesto na presençae na pessoa. É o mais belo homem que se possa imaginar, muitosemelhante a sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não setendo jamais visto, por estas partes, uma donzela tão bela.

De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; elesabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminhadescalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem,vendo-o assim, porém, em sua presença, falando com ele,tremem e admiram. Dizem que um tal homem nunca fora ouvidopor estas partes. Em verdade, segundo me dizem os hebreus,não se ouviram jamais tais conselhos, de grande doutrina,como ensina este Jesus; muitos judeus o têm como divino emuitos me querelam, afirmando que é contra a lei de tuamajestade.

Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja,mas, ao contrário, aqueles que o conhecem e com ele têmpraticado afirmam ter dele recebido grandes benefícios esaúde, porém à tua obediência estou prontíssimo. Aquilo quetua majestade ordenar será cumprido.

Vale, da majestade tua, fidelíssimo e obrigadíssimo.

Bibliografia: Momentos com Chico Xavier - Adelino da Silveira, EditoraMiragraf Mirassol Gráfica Ltda, 1ª. ed., 1999.

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 11

SeareiroSeareiro12

“Observa a flor tenra que desabrocha no jardim de teular...

Espírito extasiado, exclamas ante o hóspede frágil quete pede refúgio ao coração:

— Meu filho! Meu filho!E sentes o suave mistério do amor que renova as

forças para o trabalho, enriquecendo a alma, comestímulos santos.

Dessa criaturinha leve e doce que ainda não fala,recolhes poemas inarticulados de esperança e ternura...

Desse anjo nascituro que ainda não caminha, recebessugestões silenciosas de coragem para marchar comdestemor, dentro da luta em que te refazes para a VidaMaior...”

“Bênçãos intangíveis do Céu te coroam a fronte, eaprendes a suportar, com heroísmo, o cálice de fel que omundo te apresenta e a cultivar a humildade que te fazmais humano e melhor, à frente dos semelhantes...”

“Contudo, não te esqueças, é ao som dessa músicarenovadora que teu filho será amanhã teu retrato e que,nele, estamparás teus próprios ideais e teus própriosimpulsos, plasmando-lhe o novo modo de ser.”

“Sem dúvida, não é um estrangeiro em tua casa, nemum desconhecido ao teu afeto...

É alguém que chega de longe, como acontece a timesmo.

Alguém que te comungou as experiências do passadoe que se liga ao teu caminho pelos laços luminosos doamor ou pelas duras algemas da aversão.

Recebe-o, assim, com doçura e reconhecimento, masnão olvides o dever de amá-lo com a elevação espiritualnecessária ao combate que, amanhã, lhe cabe ferir...

Ajuda-o, equilibra-o e ampara-o com o trabalho dignoe com o estudo edificante.

Ama-o e educa-o, oferecendo-lhe o melhor de tuaalma, porque, cumpridas as tuas obrigações no lar, aindamesmo que teu filho não te possa compreender anobreza do sacrifício e a excelsitude da abnegação,receberás do Eterno Senhor, Nosso Pai Celestial, a

Grande é a alegria quando nasce um filho.Os pais, extasiados, reparam e comentam todos os

detalhes sobre a criança. O sorriso, o choro, as mudanças depeso e tamanho...

É esse estado que Emmanuel chama de “suave mistériodo amor”.

Com o nascimento do filho, os pais sentem também queaumenta a responsabilidade, pois o futuro daquele serdepende deles. E não falamos só da parte material(alimentação, vestimenta, saúde etc.).

A maioria dos pais sente uma responsabilidade espiritual,se perguntando, muitas vezes:

Sabemos que uma grande maioria “sufoca” as obrigaçõesespirituais com os filhos, substituindo-as por coisasmateriais. Muitos presentes, fazem-lhes todos os gostos,atendem a todas as exigências das crianças, trabalham maishoras para poder pagar tudo isso.

Por que não atender àquele primeiro pensamento deamparo espiritual ao invés de só o amparo material?

Todos os pais sabem das dificuldades que enfrentarampara “criar” os seus filhos, mas todos, quando sãoperguntados como suportaram e conseguiram levar adiante,respondem:

É a mais pura realidade.O auxílio de Deus aos pais que se propõem a educar os

seus filhos, dentro da doutrina cristã, se faz presente a cadainstante.

Deus manda os Espíritos amigos para proteger e intuir afamília, trazendo bênçãos de fortalecimento para os pais.Estes enfrentam as dificuldades da vida, animados por essasbênçãos e sempre com a imagem dos filhos na mente.

Emmanuel nos lembra uma máxima importantíssima: A

força do exemplo.Examinemos muitos dos nossos hábitos e vamos chegar à

conclusão de que repetimos muitas coisas que os nossospais faziam, quando éramos crianças.

Por isso, devemos vigiar os nossos atos e modificarmos onosso modo de ser, tendo como exemplo Jesus.

Agindo assim, transmitiremos aos nossos filhosreferências boas, em que eles poderão se apoiar pelo restoda vida.

Esta modificação é um efeito benéfico que o nascimentode um filho pode proporcionar para os pais.

Somos o espelho para os nossos filhos. Eles enxergam emnós as atitudes que eles vão tomar no futuro; por isso aospais recomenda-se: Orai e vigiai!

O que eu farei para afelicidade de meu filho?

— Na hora a gente encontra forças e vai em frente! Deusajuda!

Famíliafamilia

Teu Filho

Quá-Quá era um sapinho. Em tudo o que ia fazer, erasempre o último a chegar.

Um dia, junto com seus irmãos, foi até o brejo para ensaiaros primeiros saltos.

Aalegria era grande

odos a aplaudiram.— Já que aplaudiram é porque aprenderam a lição. Vamos

todos pular, mas um de cada vez.Cada um escolhia uma direção e...

zapt!Quando chegou a vez de Quá-

Quá, todos ficaram a olhá-lo. E opobrezinho abaixou, abaixou,ensaiou, ensaiou, pulou e...

Plaft! Deu com o nariz numaárvore.

Só se via sapinho de barriga paracima de tanto dar risada.

— Outra vez! — disse a Mamãe-sapo.Quá-Quá ensaiou novamente e...Zapt e... plaft! Novamente

estatelou-se contra uma árvore!Todos os sapinhos caíram na

gargalhada.A Mamãe-sapo repreendeu todo

mundo e preocupada aproximou-sede Quá-Quá.

Olhou bem nos seus olhos elamentou:

— Quá-Quá tem um defeito navista!

Sem perder tempo, procuraram ove lho Co im-Co im, um sapoexperiente e que todos confiavam.

Depois de examinar o sapinho,Coim-Coim concluiu que, pelaprimeira vez, estava diante de umsapo que precisava de óculos.

— Um sapo de óculos! —resmungou, coçando a cabeça.

E não houve jeito. Quá-Quá passou a usaróculos.

Entretanto, por mais que caprichasse noestilo da armação dos óculos, estes não

paravam no lugar.Era ensaiar um pulo e... ploft... caíam os óculos ao chão!Quá-Quá, dessa forma, não podia mesmo saltar. E um

sapo que não salta era logo ridicularizado pelos própriosirmãos, contra a vontade da Mamãe-sapo.

Os danadinhos, mesmo sabendo das dificuldades devisão de Quá-Quá, não perdiam oportunidade de aborrecê-lode todas as formas.

O pobrezinho sentia-se muito, mas muito infeliz.Um dia, os sapinhos combinaram ir brincar na lagoa.

A Mamãe-sapo, quandosoube, foi logo dizendo

— Cuidado com o Nico!Aquele menino prende emuma gaiola quantos sapinhosele encontrar... e não soltanunca mais!

— Tomaremos cuidado,mamãe.

Ela, no entanto, não ficousatisfeita e avisou:

— Se ele aparecer... sumamo mais depressa possível!

— Faremos isso, mamãe.E foram, com pressa, para

a lagoa.Quá-Quá, com seus óculos

mal-ajeitados, não quisperder a oportunidade deacompanhá-los até a lagoa.E, por não saltar igual aosoutros, seguia o alegre grupo,muitos e muitos metros atrás.Vez por outra, ouvia osirmãozinhos:

— Quá-Quá, olha que oNico vai te pegar!

Na lagoa, todos mergulhavamna água branquinha e brincavamde esconde-esconde naspequenas ilhas e nos arbustosque ali cresciam.

Dizia a Mamãe-sapo:—Agora vocês verão como se dá um salto.Saltou e t

benção da alegria e da paz, de vez que, diante d'Ele,todos somos filhos e tutelados também.”

Nenhuma criança que nasce em nossa família é umEspírito desconhecido. No fundo do nosso coração, sentimosque já o conhecemos.

Pelas várias reencarnações que tivemos, fomos criandomuitas amizades e inimizades.

Esses amigos ou inimigos, quando precisam reencarnar,pedem a Deus que lhes dê a bendita oportunidade derenascer e, quando a conseguem, aproveitam uma gestaçãoque está para se iniciar em nossa família.

Por esta razão, Emmanuel nos lembra que o Espírito querecebemos na condição de filho, pode ter sido alguém muitoamigo, que já partilhou de bons momentos de afeição conosco,

como também pode ser alguém a quem nós odiamos ouprejudicamos e que volta para nos cobrar o amor não vivido.

Seja como for, a função de um pai/mãe é receber commuito amor e carinho essa criatura que, acima de tudo, é umfilho de Deus que nos procura para evoluir espiritualmente.

Não nos esqueçamos de educá-los moralmente, seja qual fora condição em que ele venha. Desde a mais tenra idade,devemos ler o Evangelho de Jesus para que ele receba asvibrações de amor que partem do coração dos pais. Ensiná-lhesa orar, a agradecer a Deus por tudo, a respeitar o próximo etc.Esta é a missão dos pais.

WilsonBibliografia:

,Família - Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos,

Editora CEU, 3ª ed. 1981.Imagem: http://shoutai.missionjapan.org/communication/data/praying%20girl.jpg

Contoscontos

O Sapinho Quá-Quá

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 13

Quá-Quá, ficava à margem e ninguém se lembrava dele.Num momento, porém, Quá-Quá ajeitou-se para um

grande salto, mas seus óculos caíram; mesmo assim,corajosamente se arremessou sem direção certa e...

Plaft! caiu junto de seus manos, que reclamaram com ele.Em seguida, quase sem fôlego gritou:— Nico! Nico vem vindo!Os irmãos, apavorados, só então ouviram as pisadas do

menino, já muito perto, que voava na direção em que eles seencontravam.

Foi um corre-corre para se esconder.Nico andou de um lado para outro, com sua terrível gaiola.

Todos os sapinhos estavam tremendo e suando, escondidose muito quietos, assim como a Mamãe-sapo mandara.

Nico cansou de procurar e, naquele dia, não pegounenhum sapinho.

Depois de muito tempo, quando se afastou, os sapinhossaíram de seus esconderijos e, mais aliviados, se reuniramem torno de Quá-Quá.

— Puxa! — exclamou um dentre eles — Se não fosse oQuá-Quá estaríamos perdidos!

Voltaram para casa e contaram tudo à Mamãe-sapo.AMamãe-sapo, após ouvi-los, disse-lhes:— Vejam, meus filhos! Ninguém deve ser desprezado por

qualquer defeito que tenha! Se, de um lado faltou a visão aQuá-Quá, por outro, passou a ter tão bons ouvidos. E é capazde ouvir melhor do que todos vocês juntos.

Eles concordaram.—Ah! Se não fosse Quá-Quá!A partir daquele dia, então, os sapinhos, quando iam a

algum lugar, sempre convidavam Quá-Quá para lhes fazercompanhia. Pulavam um pouco menos e, assim, todos iamjuntos.

Quá-Quá, de óculos, vigiava por eles!Texto adaptado por Silvana e Reinaldo

Bibliografia: - -Roque Jacintho história “O SapinhoQuá-Quá”, Editora FEB , 1ª ed., 2007.Imagem do livro “O PeixinhoAzul”

O Peixinho Azul

SeareiroSeareiro14

“Vai e não peques mais”. Jesus (João, 8:11)Asemente valiosa que não ajudas, pode perder-se.Aárvore tenra que não proteges, permanece exposta à destruição.A fonte que não amparas, costuma secar.Aágua que não distribuis, forma pântanos.O fruto não aproveitado, apodrece.A terra boa que não defendes, é asfixiada pela erva inútil.Aenxada que não utilizas, cria ferrugem.As flores que não cultivas, nem sempre se repetem.O amigo que não conservas, foge do teu caminho.A medicação que não respeitas, na dosagem e na oportunidadeque lhe dizem respeito, não te beneficia o campo orgânico.Assim também é a graça Divina.Se não guardas o favor do Alto, respeitando-o em ti mesmo, se nãousas os conhecimentos elevados que recebes em benefício daprópria felicidade, se não prezas a contribuição que te vem deCima, não te vale a dedicação dos mensageiros espirituais.Debalde improvisarão eles milagres de amor e paciência, nasolução de teus problemas, porque, sem a adesão de tua vontadeao programa regenerativo, todas as medidas salvadoras resultarãoimprestáveis.“Vai e não peques mais”.O ensinamento de Jesus é suficiente e expressivo.O Médico Divino proporciona a cura, mas se não a conservamos,dentro de nós, ninguém poderá prever a extensão e asconsequências de novos desequilíbrios que nos aviltarão ainvigilância.

EmmanuelPsicografia de Francisco Cândido Xavier, livro “Segue-me”, Casa Editora OClarim)

tema livreTema Livre

Não Peques Mais!Jesus, ao curar os cegos, paralíticos, leprosos,

ao afastar os espíritos que obsediavam, sempre aoestabelecer-se a cura, repetia a recomendação:“Vai e não peques mais”. Era a parte que cabia ao“doente” fazer para que o benefício recebido fossepreservado.

Não entendemos que as nossas atitudes,pensamentos e palavras, ou seja, a nossa forma deser, acarretam diversos males espirituais que, emsua grande maioria, se refletem no corpo físico,através de doenças.

Entretanto, pela Misericórdia Divina, nãoestamos abandonados. Os mensageiros espirituaistrabalharão para o nosso restabelecimento, mas,para que este benefício não se perca, precisamosnos reformar, fazer o esforço sincero para colocarem prática os ensinamentos de Jesus, pois sóassim estaremos nos “vacinando” de outros malesainda piores.

Pratiquemos a caridade, a paciência e atolerância para com o próximo, sejamos maisamáveis dentro da família, ofereçamos o ombroamigo para aqueles que querem desabafar os seusproblemas. Em resumo: tornemo-nos maishumanos e menos distantes dos nossossemelhantes.

Somente praticando o Bem é que saberemos oque é ser cristão, e assim, perpetuaremos todas asbênçãos que vêm do MaisAlto em nosso socorro.

Vitório

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”

Rua das Turmalinas, 56 / 58 - Jardim Donini - Diadema - SP

Tratamento Espiritual: 2ª e às 19h453 e às 14h45

4ªª 6ªAtendimento às Gestantes: 2ª às 15 horas

Evangelização Infantil: ocorre em conjunto às reuniõesReuniões: 2ª, 4 e 5 às 20 horas3 e 6 às 15 horas

Domingo às 10 horas

ª ªª ª

Artesanato: Sábado das 10 às 16 horas

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 15

Está sendo divulgado, já há algum tempo, que asobras de Allan Kardec estão ultrapassadas e que, apóso desencarne de Francisco Cândido Xavier, suas obrasou melhor, como ele dizia, as ”Obras dos Espíritos”, quesão os livros por ele psicografados, estão sendodeixadas de lado e substituídas por livros que somenteestão novamente, como outrora, deturpando as “LeisDivinas”, como fizemos com “Os Dez Mandamentos”,com a “Lei doAmor”, exemplificada por “Cristo Jesus” e,agora, com “O Consolador Prometido”.

Vale lembrar que colheremos por esta nefastaatitude, ou seja estamos atrapalhando a Obra do Pai eretardando a nossa própria evolução; lamentaçõesfuturas não valerão porque já recebemos o devidoesclarecimento; agora e depois seremos cobrados pelanossa própria consciência.

Estamos falando dessa forma para lembrar quetemos muito a extrair das obras de Allan Kardec e deFrancisco Cândido Xavier.

Há um assunto grave que estamos acompanhando edo qual encerraremos apenas, por ora, o exemplocitado abaixo porque o tema é muito mais complexo doque pensamos. A nossa capacidade de entendimentoainda é deficitária e estamos recebendo o que podemoscompreender.

Retomando o assunto “aborto”, transcreveremos umpequeno trecho, finalizando o capítulo “Dolorosa perda”do livro “No Mundo Maior”, onde poderemos observar oquanto ainda temos de aprender e que estamosdesprezando, buscando, em livros menos dignos, umafantasia perniciosa.

André Luiz descreve particularidades que malimaginamos ocorrer, num processo de aborto delituoso;a reação do embrião, ao ser violentado, é espantosa,seu estado mental e a sua forma espiritual vão tomandoaspectos característicos impressionantes de quantos

se algemam numa sintonia de ódio recíproco. Ocorre umaverdadeira guerra mental entre mãe e filho; acusações são ditasde parte a parte, a mãe repelindo o filho, considerando-o umintruso em sua vida; o filho afirmando que, assim como sua vidaestá sendo interrompida, ele fará o mesmo com ela; o filho passa,então, a envolver todo o sistema reprodutor e o coronário da mãe,provocando uma desarmonia física, generalizada, terminandonuma hemorragia fatal.

Abaixo segue uma pequena descrição de André Luiz sobre adecisão infeliz de se optar pelo aborto delituoso.

Como podemos observar, este crime, o aborto, é muito maiscomplexo e nos falta conhecimento para que possamos comentá-loainda mais. O relato de André Luiz nós dá uma noção bastanteclara do quanto estamos errados, não só nesse campo comotambém em outros. Para muitos, o assunto pode ter parecido umpouco deprimente, mas isto ocorre porque a nossa consciência noscobra, pela falta cometida, e assumimos um estado de culpa;entretanto, temos que encarar a realidade e buscar a nossareforma interior que, de há muito, estamos protelando. Assim,saberemos enfrentar as adversidades que criamos para nósmesmos, sem esse sentimento de derrota moral, entendendo queteremos sempre o auxílio de nossos Maiores quando o desejarmos,pois Deus não nos abandona em hipótese alguma.

A extensão do tempo em que permanecemos em sofrimento éproporcional à nossa decisão e à vontade sincera de voltarmos aocaminho doAmor.

Devemos lembrar ainda que nem todo aborto e nem tododesvio moral que uma criatura venha a cometer, ocorremsimplesmente pela falta de educação recebida Não podemospassar essa impressão pois, assim, estaríamos julgando eculpando muitos pais que tudo fazem ou fizeram peloadiantamento moral de seus filhos, mas que não conseguem ounão conseguiram tal êxito, por ser a ingratidão do filho um atrasomomentâneo de sua evolução, oportunidade que o Espíritoencarnado não soube ou não está sabendo aproveitar, mas que,um dia, a sua consciência despertará para a Verdade única que éDeus.

Roberto Cunha

- ,

— Vingar-me-ei! Pagarás ceitil por ceitil! Não te perdoarei!... Nãome deixaste retomar a luta terrena, onde a dor, que nos seriacomum, me ensinaria a desculpar-te pelo passado delituoso e aesquecer minhas cruciantes mágoas... Renegaste a prova que nosconduziria ao altar da reconciliação. Cerraste-me as portas daoportunidade redentora; entretanto, o maléfico poder, que imperaem ti, habita igualmente minhalma... Trouxeste à tona de minharazão o lodo da perversidade que dormia dentro em mim. Negas-meo recurso da purificação, mas estamos agora novamente unidos earrastar-te-ei para o abismo... Condenaste-me à morte, e, por isso,minha sentença é igual. Não me deste o descanso, impediste meuretorno à paz da consciência, mas não ficarás por mais tempo naTerra... Não me quiseste para o serviço do amor... Portanto, serásnovamente minha para a satisfação do ódio. Vingar-me-ei! Seguiráscomigo!

Calderaro fitou-me com o acabrunhamento de um soldadovaloroso que perdeu temporariamente a batalha, e informou:

— Agora, nada vale a intervenção direta. Só poderemoscooperar com a oração do amor fraterno, aliada à funçãorenovadora da luta cotidiana. Consumou-se, para ambos,doloroso processo de obsessão recíproca, de amargasconsequências no espaço e no tempo, e cuja extensão nenhumde nós pode prever.

.

Bibliografia: - Francisco Cândido Xavier pelo espíritoAndré Luiz, Editora FEB,14ª ed.,1987.

Allan Kardec Tradução de RoqueJacintho, EditoraLuz no Lar, 3ª ed.,1991.Imagem: http://www.nineactions.blogger.com.br/odio.jpg

No Mundo Maior

O Evangelho Segundo O Espiritismo

Decisão Infeliz

Conforme cita o dicionário, entende-se como fé aconfiança que se tem na realização de alguma coisa,atingir determinado fim, ou a fé que se tem em alguém ou emsi próprio; fidelidade em honrar seus compromissos;lealdade; garantia; ter fé no futuro.

Filosoficamente, adotando-se o ponto de vista daEscolástica (Escola Filosófica), a fé é crença religiosa semfundamento em argumentos racionais, embora,eventualmente alcançando verdades compatíveis comaquelas obtidas por meio da razão.

Do ponto de vista religioso, a fé é um sentimento inato queo homem possui da existência de Deus, bem como de suaprópria trajetória evolutiva neste planeta. Consiste, além daconvicção no Supremo Arquiteto do Universo, na crença emdogmas especiais que quase todas as religiões adotam.

A fé, independentemente de religião, é a confiança dascriaturas em seus destinos, é o sentimento que as eleva àInfinita Potestade; é a certeza de estarem no caminho que vaiter à Verdade.

A fé esclarecida é foco poderoso que ilumina com brilhanteluz a infinita estrada que todos nós temos a percorrer.

A fé religiosa pode ser raciocinada ou cega.A fé cega é como farol cujo clarão não pode penetrar nem

traspassar o nevoeiro. Nada examinando, a fé cega aceita, semverificação, tanto o falso quanto o verdadeiro, chocando-se, acada passo, com a e a razão, sem aceitá-las.

Já a fé religiosa, levada ao excesso, produz o fanatismo.Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona.

Somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro,porque nada teme do progresso das luzes (ciências), dado que o

que é verdadeiro na obscuridade, também o é, à luz meridiana.Há vários tipos de fé: de oficio, pública, conjugal,

patriótica, de citação, púnica, falsa artigo de ato deconfissão de profissão de etc.

Em sentido moral, a confiança em suas próprias forçastorna o homem capaz de executar coisas materiais, o quenão consegue fazer quem duvida de si próprio.

A fé robusta imprime perseverança e energia, obtendo-seos recursos que fazem com que se vençam os obstáculospequenos ou grandes.

A fé sincera e verdadeira é sempre calma, pois se apoia nainteligência e na compreensão das coisas para chegar aoobjetivo visado.

Da fé vacilante resultam a incerteza e a hesitação, de quese aproveitam os adversários, tais como as dificuldades,resistências, má vontade, preconceitos, interesse material,egoísmo, fanatismo e paixões. A fé vacilante não procura osmeios de vencer porque não acredita que o possa conseguir.Ela sente, de antemão, sua própria fraqueza.

A confiança na fé dá uma espécie de lucidez que permitese veja, em pensamento, a meta que se quer alcançar e osmeios de lá chegar, dando a quem a possui a segurançanecessária para seu desiderato.

Não se deve confundir a fé com a presunção, isto é,julgamentos baseados em indícios ou aparências.

A fé verdadeira atém-se à humildade. Aquele que a possuideposita mais confiança em Deus do que em si próprio, poissomos, independentemente de querermos ou não, simplesinstrumentos Dele.

A fé não se prescreve nem se impõe. Quando se fala dasverdades espirituais básicas e não de tal ou qual crençaparticular, a fé se adquire e ninguém há que esteja impedidode possuí-Ia, bastando procurá-la sinceramente. As provas

que propiciam a aquisição da féestão ao nosso derredor: daparte de uns, há descaso, da deoutros, o temor de seremforçados a mudar de hábitos; daparte da maioria, há o orgulho,negando-se a reconhecer aexistência de uma força superior,porque teria que se curvar diantedela.

Em certas pessoas, a féparece de algum modo inato;uma centelha basta paradesenvolvê-la. Essa facilidade deassimilar as verdades espirituaisé sinal evidente de progressoanterior. Em outras, a fé não estápresente; são criaturas denatureza retardatár ia. Asp r i m e i r a s j á c r e r a m ecompreende ram; t razem,intuitivamente, oAs segundas estão com o

por adquirir.A fé necess i t a que a

para

,

evidência

fé, fé, fé,fé, fé

conhecimento.

conhecimento

Canal Abertocanal aberto

Este espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.

SeareiroSeareiro16

Qual o método mais prático de nos tornarmos Espíritas: odo estudo ou o da assistência social?

Espiritismo é a equação dos problemas da alma.Se o Espírita, porém, se detiver exclusivamente no campo

de indagações intelectivas, terá da Doutrina dos Espíritosuma visão deformada, pelo unilateralismo de suasobservações.

Permitindo-nos levantar o véu de questões angustiantes,a doutrina não nos conclama a um ensaio literalista, semmaior expressão em nosso mundo. Leva-nos, isto sim, a nosespiritualizarmos, ajustando-nos à nossa natureza profundae encaminhando-nos no rumo do Infinito.

Consideraríamos atitude pouco sensata a de quem sepusesse a estudar os cursos d'água; em seguida, edificassegrandes barragens e patrocinasse a execução de poderosasusinas hidroelétricas, mas que se negasse a utilizar a energiadisciplinada para acionar motores e iluminar os filamentos.

Amente disciplinada deve acionar e iluminar o mundo.Se o Espírita, no entanto, se detiver no socorro dos

desvalidos da fortuna, ofertando-lhes abrigo e pão, remédioe instrução, saúde e emprego, desocupando-se dosaneamento da causa originária da penúria — que é odesequilíbrio espiritual em que estamos imersos — dentroem pouco transformaria a doutrina numa extensa eadmirável rede de construções de alvenaria, louvada pelomundo, mas divorciada da realidade da vida eterna.

Consideraríamos atitude pouco sensata a de quem sepusesse a socorrer as vítimas da insalubridade, mobilizando

recursos farmacêuticos e atenção de facultativos,investindo preciosos recursos em vacinas e naedificação hospitalar, organizando programas paraamealhar auxílio e utilizando condições variadas,mas que se conservasse indiferente em anular acausa dos ‘males e em sanear os pântanos e asregiões infectas.

Reunamos, pois, para nos tornarmos Espíritas:

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 17

inteligência apreenda perfeitamente aquilo em que se devecrer. E, para crer, não basta é precisodogmas religiosos da fé cega produzem, hoje, o maiornúmero de incrédulos, porque, para se imporem, exigem aabdicação das mais preciosas prerrogativas do homem: o

e Afé raciocinada, por se apoiar nosfatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa.porque se tem e tem-se certeza porque

E, como diz Allan Kardec com respeito à fé:

A futura fé, a que todos nós aspiramos e que já estáemergindo das espessas sombras que ainda nos envolvem,não será nem católica, nem evangélica, nem muçulmana,nem budista, ou de qualquer outra crença religiosa; será, sim,

a crença universal das almas, aquela que reinará em todasas sociedades adiantadas do mundo e do espaço sideral,aquela que fará cessar o antagonismo que separaatualmente a ciência atual da religião, porque, com ela, aciência se tornará cada vez mais religiosa, assim como areligião se tornará cada vez mais científica.

E, resumindo, no dizer de um Espírito Luminar,

José Venício de Azevedo - São Bernardo do Campo - SP

ver, compreender. Os

raciocínio o livre-arbítrio.Crê-se

certezacompreendeu.

"Se todas ascriaturas encarnadas estivessem suficientementepersuadidas da força que trazem consigo, e se quisessempôr a sua vontade a serviço dessa força, seriam capazes derealizar o que até hoje chamais de prodígios e que ésimplesmente o desenvolvimento das faculdades humanas."

"Não há féinabalável senão aquela que pode encarar a razão face aface em todas as épocas da Humanidade.”

Bibliografia: Cristianismo e Espiritismo

Depois da Morte

Dicionário Houaiss da Língua PortuguesaO Evangelho Segundo o Espiritismo

Revista Espírita

- Léon Denis, Editora FEB,1994.

- Léon Denis, tradução de João Lourenço de Souza,Editora FEB, 1994.

, Editora Objetiva- Allan Kardec, Cap. XIX , Editora

FEB- Allan Kardec, tradução de Júlio de Abreu Filho, 12

volumes, Ed. Edicel, 1858 a 1869.Imagem: http://bp3.blogger.com/_inEw8vGtUAo/R1FWeD_YH6I/AAAAAAAAADk/r-E94BLGG00/s320/mulher+hemorro%C3%ADsa.JPG

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Informe-se através:E-mail: [email protected](11) 4044-5889 (com Eloísa)Caixa Postal 42 - CEP 09910-970 - Diadema - SP

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Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”

atualidadeAtualidade

Método Prático

Um exemplo de amor e féPara toda a Humanidade;Francisco Cândido Xavier,Anos de saudade!

Humilde e fiel servidorDo Evangelho de Jesus,Transformou uma vida de dorNuma existência de Luz!

Avida segue adianteTudo tem que evoluir.Seguimos firmes e confiantesComo se ele tivesse aqui!

Unidos numa oração,Num só pensamento,Avocê Chico, querido irmão,O nosso agradecimento!

Chico, Anos de Saudade!

Carlo Augusto Sobrinho - Rio de Janeiro - RJImagem: http://www.agirbrasil.com/Imagens/Imagens_Seitas/Kardecismo/Chico_Xavier.jpg

Os associados do Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”, receberam no mês de agostode 2008 o "Livro da Esperança", psicografia de Francisco Cândido Xavier, através do EspíritoEmmanuel. Em sua 20ª edição, recebe uma nova “roupagem”, com capa de José Cláudio deLima Lopes.

Baseado em , a obra objetiva o estudo e a reflexão dosleitores nos preceitos exemplificados pelo Cristo, sempre atuais.

Na abertura de cada capítulo e de acordo com cada um, temos uma citação do NovoTestamento e de

O trabalho desenvolvido por estes dois grandes Espíritos nos deixa, em seus 90 tópicos,mensagens confortadoras, nos incentivando, através da fé e da caridade, a seguirmos o nossocaminho de forma resignada e a trabalharmos no campo do Bem.

Bons estudos!Marcelo e

O Evangelho Segundo o Espiritismo

O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Rosangela

Francisco Cândido Xavierpelo espírito Emmanuel

Editora CEU238 páginas

20ª edição - 2008

Livro da Esperança

clube do livroClube do Livro

SeareiroSeareiro18

VISITE NOSSO SITEVISITE NOSSO SITE www.espiritismoeluz.org.brVocê poderá obter

informações sobre oEspiritismo, encontrar

matérias sobre aDoutrina e tirar dúvidassobre Espiritismo por e-

mail. Poderá tambémcomprar livros espíritas

e ler o Seareiroeletrônico.

Você poderá obterinformações sobre o

Espiritismo, encontrarmatérias sobre a

Doutrina e tirar dúvidassobre Espiritismo por e-

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a auto-iluminação, compulsandoseriamente os compêndios deEspiritismo-cristão, a partir dasobras basilares codificadas porAllan Kardec.o e x e r c í c i o c a r i d o s o n oatendimento material e espiritualde quantos se façam carentes doamparo espírita-cristão.

A dolorosa realidade do nosso mundoreside no desequilíbrio entre razão esentimentos, entre o bem-estar social e aabsoluta penúria espiritual, entre aciência comprometida pelo orgulho e areligião deserta de fé, entre as aspirações de domíniomaterial do universo e a afetividade catalogada por complexode inferioridade.

Espiritismo não consagra esses desvarios.Sua ação renovadora — por isso tão dificilmente

compreendida por nós, almas aprisionadas a velhos e

arcaicos sistemas de lógica ditada pelo egoísmo — é a deiluminar a mente para movimentar o coração; de esclarecer ohomem, para fazê-lo amar seu semelhante; de libertar acriatura de fábulas e fantasias, para provê-Ia com oselementos do Bem.

Roque Jacintho

Reverencia-se no mês de novembro “Finados” (culto aosmortos). Mortos?!

Passamos a analisar esta data com muita tristeza. Tristezasim, não pelos nossos parentes e amigos que se foram paraoutras dimensões, mas pela falta de fé que, até a presentedata, ainda não despertou.

Se observarmos os avanços da medicina, da tecnologia etantos outros, ficamos muito surpresos. Médicos operam aquilômetros de distância, robôs fazem trabalhosextraordinários etc. No entanto, quando se fala dos legadosde Deus, tão bem esclarecidos por Jesus, nada avançou.

Quem não sabe que irá desencarnar?A morte não existe. É a continuidade da vida, é o que nos

impulsiona a viver de acordo com as Leis Divinas para quepossamos colher os frutos do amor e da paz.

Em casas espíritas, não falamos com desencarnados?Não recebemos deles instruções e inspirações? E os

tratamentos espirituais?Ao retornar à Espiritualidade, temos nossas lembranças

reativadas, quando então tomamos consciência do tempoque novamente perdemos, não praticando os ensinamentosque Jesus nos deixou há mais de dois mil anos, quando nãoaumentamos nossos débitos por atitudes irracionais. Enossa conduta para com os que partiram?

Lembremo-los com saudades sim, mas com oagradecimento pelos momentos concedidos para as trocasde experiências, carinhos e muito amor, levando-lhesmensagens sem o selo das lágrimas ou revolta e com acerteza do reencontro, com a benevolência de nosso amadoJesus.

Se flores e velas forem transformadas em alimentos aospobres, com certeza nossos entes queridos receberão luzesdivinas, que serão o bálsamo para suas dores, permitindo-lhesa tão necessária paz e crescimento espiritual.

Aos meus, perdão.Que Jesus nos abençoe!

Vanda

Finados

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 19

A Felicidade Não É Deste Mundo

kardec em estudoKardec em Estudo

Esta frase exprime bem nossa falta de fé na vida futura.Não estou falando dos incrédulos, mas sim de nós, espíritasque, na prática, parecemos não enxergar um palmo diante donariz.Agimos como se a felicidade fosse algo inalcançável.

Acreditamos que, endinheirados, somos ou seremosfelizes. Pois bem, não está provado que daquilo que“possuímos” materialmente, nada se leva após odesencarne? Até quando vamos crer que carro, casa,roupas, entre outros bens materiais, nos farão felizes?

Não estou dizendo que devemos nos despojar de todos osbens materiais e nos transformarmos em farrapos humanos,deixando tudo de lado.Aracionalidade está em empregar essariqueza material de modo inteligente, visando o bem-estar dopróximo e que ela não sirva para desvios humanos de todaordem.

Quando Jesus pronunciou a frase “Afelicidade não é destemundo”, Ele quis dizer que a Terra, em face de sua atualcondição de mundo de provas e expiações, não proporcionaque desfrutemos da felicidade em sua plenitude; cada um denós tem a sua parte de miséria, sua cota de sofrimentos e dedecepções. Isso não quer dizer que devemos ficardesmotivados e nos entregarmos aos vícios e instintos. Pelocontrário, é necessário muito esforço para nos melhorarmose transformarmos os instintos em sentimentos, ou melhordizer, em superioridade moral.

Talvez você pergunte: Como posso, então, ser feliz? Como

progredir moralmente e transformar os vícios e instintos emsentimentos?

A resposta é simples. Somos todos devedores de amor,uns aos outros. A situação de imoralidade, criminalidade,entre outras misérias humanas, só será sanada quandotransformarmos as interrogativas acima em amor, e uma dasformas de praticá-lo é através da caridade.

Paulo de Tarso define a verdadeira caridade como a“reunião de todas as qualidades do coração na bondade e nabenevolência para com o próximo.” Significa dizer que sóteremos a real felicidade quando sentirmos, em nossocoração, que fizemos tudo aquilo que poderíamos pelopróximo, visando, sim, a sua felicidade.

E como fazer a caridade? perguntará você ainda.Simples, inicie pelo exercício do “bom-dia” àqueles com

quem convive. Mas um bom-dia, desejando a felicidade aosemelhante. Ceda seu lugar no ônibus, no trem ou no metrô.Procure uma instituição filantrópica séria e se engaje em umtrabalho. Deixe de se queixar dos problemas do dia-a-dia.

Não deixe para amanhã a ajuda que pode prestar hoje.Nossa disposição ao Bem (não apenas a intenção)transformará a mente em um verdadeiro celeiro de boasideias e ações.

O amor ao próximo só poderá frutificar se o praticarmos. Eessa prática é essencial para atingirmos a felicidade, quepoderá ainda ter início neste mundo. E quando estivermos

s u f i c i e n t e m e n t eaperfeiçoados e purificadosespiritualmente, poderemospassar a viver em planetassuperiores semeados porDeus ao longo do Universoo u , c o m n o s s a“transformação espiritual”,s e g u n d o n o s s o g r a uevolutivo, colaborar namudança da Terra, de umm u n d o o n d e o m a lpredomina, em um mundosuperior na categoria dosmundos.É com a mente, as mãos e ocoração, ligados ao Bem,q u e f a r e m o s a l u zincandescer.

ReinaldoBibliografia: O Evangelho Segundoo Espiritismo - Allan Kardec -Tradução de Roque Jacintho,Editora Luz no Lar, 2004.Imagem:http://www.dhnet.org.br/desejos/sentidos/felicidade/felicidade.jpg

“Eu não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim!”“Eu não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim!”

O Evangelho Segundo o EspiritismoCapítulo V “Bem-Aventurados os Aflitos” - Item 20

O Evangelho Segundo o EspiritismoCapítulo V “Bem-Aventurados os Aflitos” - Item 20

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