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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO-SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO-SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS-

DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL-PDE

DESCOBRINDO O MÉTODO CIENTÍFICO POR MEIO DA AÇÃO FUNGICIDA DA PRÓPOLIS

PROFESSOR PDE: Laurinda Tolardo Moris

PROFESSOR ORIENTADOR: Débora De Mello Gonçales Santana

IES: Universidade Estadual de Maringá

Maringá

2012

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LAURINDA TOLARDO MORIS

DESCOBRINDO O MÉTODO CIENTÍFICO POR MEIO DA AÇÃO FUNGICIDA DA PRÓPOLIS

Unidade Didática apresentado à Coordenação do Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná, em convênio com a Universidade Estadual

de Maringá, como requisito para o desenvolvimento das atividades

propostas para o período de 2012/2013. Sob a orientação da

Professora Dra Débora de Mello Gonçales Santana.

MARINGÁ 2012

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Produção Didático-Pedagógica

Unidade Didática

Professor PDE: Laurinda Tolardo Moris

Professor (a) Orientador (a): Débora de Mello Gonçales Sant´Ana

Área PDE: Ciências / Biologia

NRE: Maringá

IES Vinculada: Universidade Estadual de Maringá – UEM

Escola de Implementação: Escola Estadual Cecília Meireles – EF

Público objeto da intervenção: 8º ano

Tema: MICROBIOLOGIA

Título: DESCOBRINDO O MÉTODO CIENTÍFICO POR MEIO DA AÇÃO FUNGICIDA

DA PRÓPOLIS

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1 FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

TÍTULO: DESCOBRINDO O MÉTODO CIENTÍFICO POR MEIO DA AÇÃO FUNGICIDA DA PRÓPOLIS

Autor

Laurinda Tolardo Moris

Disciplina/Área Ciências / Biologia

Escola de implementação Projeto e sua localização

Escola Estadual Cecília Meireles – EF Rua Londrina, 989

Município da escola

Santa Fé

Núcleo Regional de Educação

Maringá

Professor Orientador

Débora de Mello Gonçales Sant´Ana

Instituição de Ensino Superior

UEM

Relação Interdisciplinar

Ciências / Biologia

Resumo

A pesquisa científica é caracterizada pela contínua busca de tratamento e transformação de informações e pode ter impacto benéfico no Ensino Formal, contribuindo para a formação de um aluno crítico e participativo. Este estudo objetiva levar os estudantes do ensino fundamental a desenvolverem de forma prática o método científico. Para isso, estudarão um tema relacionado ao seu dia a dia, as micoses de unha. Em seguida, farão um ensaio testando a ação fungicida da própolis em diferentes concentrações. Por meio das atividades práticas e da ação mediadora da docente PDE. Os estudantes poderão compreender melhor as onicomicoses e também a utilidade da própolis produzida na mesma região onde residem. Além disso, poderão aprender a concluir baseado na experimentação, bem como praticarão a organização e apresentação de resultados.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras)

Fungos, Própolis, Onicomicoses, Método Científico.

Formato do Material Didático

Unidade Didática

Público Alvo

Alunos do 8º ano do ensino fundamental

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PROBLEMA

A compreensão do método científico leva as crianças a perceberem que é

possível identificar como diferentes variáveis podem influenciar em um fenômeno,

quando são testadas em separado. Estudos têm mostrado que as crianças são

capazes de pensar cientificamente, ou seja, fazer previsões, executar pequenas

experiências, chegar a conclusões e rever as suas hipóteses iniciais à luz de novas

evidências. Porém, poucas são as atividades escolares que incentivam o exercício

desta prática do método científico.

Por outro lado, pouco é estudado sobre os fungos, apesar de serem abordadas

no ensino fundamental as diversas formas de vida. Pouco se sabe especialmente

sobre aqueles causadores de lesões em unhas, por isso, a escolha deste tema visa

levar o estudante à aplicação do conhecimento científico em sua vida cotidiana. Por se

tratar de uma doença, a onicomicose (micose de unha) precisa de tratamento e a

escolha do extrato de própolis para o tratamento se deu por ser um produto natural,

com potencial medicamentoso e produzido no próprio município onde os estudantes

residem. A junção destes três tópicos levará a um estudo prático e contextualizado que

contribuirá para o aprendizado significativo dos estudantes.

JUSTIFICATIVA

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), um dos objetivos do

ensino de ciências no ensino fundamental é compreender a Ciência como um processo

de produção de conhecimento e uma atividade humana, histórica, associada a

aspectos de ordem social, econômica, política e cultural. Para isso, a compreensão das

diferentes etapas características do planejamento e execução de um projeto de

pesquisa pode aproximar os estudantes do método de produção da Ciência (BRASIL,

1998).

Um dos eixos temáticos dos PCN, a saúde, pressupõe que o aluno deve

compreender a integridade do corpo humano como resultado do estabelecimento de

relações entre os vários processos vitais, e destes com o ambiente, a cultura ou a

sociedade. Neste sentido, a escolha do tema onicomicose justifica-se por procurar

levar a compreensão das relações entre o ser humano e outros organismos presentes

no ambiente, como os fungos. Ainda nos PCN, encontramos que trabalhar com os

“nomes de doenças, seus agentes e sintomas são conteúdos desenvolvidos em temas

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de trabalho significativos para os estudantes [...], mas é de pouca valia sua

apresentação isolada de contexto”. Por isso, este tema será utilizado como meio para o

desenvolvimento de práticas sobre o método científico bem como sobre a ação

fungicida do extrato de própolis. Neste sentido, nos PCN (p. 79) afirmam que “os testes

de reconhecimento de substâncias e de suas propriedades, de caracterização e

separação de misturas serão úteis nos estudos sobre materiais, ao lado de outras

fontes de informação”. Por isso, a escolha do teste do própolis como forma de oferecer

oportunidade de tratamento com produto natural, bem como compreensão de seu

processo natural de produção e interesse econômico para a região.

OBJETIVOS

GERAL

Desenvolver no aluno, através do método científico, a capacidade de identificar a ação

e desenvolvimento dos fungos “in vitro”, bem como a ação fungicida da própolis sobre

eles.

ESPECÍFICOS

Valorizar o conhecimento científico, compreender técnicas e procedimentos,

suas aplicações e importância para ensino de Ciências.

Conhecer, enumerar as principais características dos fungos, sua estrutura

celular, nutrição, reprodução, doenças causadas por fungos e sua importância

para a indústria farmacêutica e para a humanidade.

O aluno deverá anotar todo o processo de aprendizado, deverá identificar as

doenças causadas por fungos (micoses) no seu ambiente familiar, e outros,

fotografar, fazer anotações, esclarecer dúvidas através de pesquisas e debates.

Descobrir através do método científico, a ação fungicida da própolis, sua

procedência, e sua importância na indústria farmacêutica para a cura de várias

doenças.

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TIPO DE PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: UNIDADE DIDÁTICA

MATERIAL DIDÁTICO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

ESTUDANDO A CIÊNCIA

De acordo com os cientistas, ciência é qualquer assunto que possa ser

estudado pelo homem pela utilização do método científico e de outras regras especiais

de pensamento. No mundo acadêmico, fazer ciência é imprescindível para todos, pois

por meio dela é que existem descobertas e invenções. A ciência e a tecnologia trazem

os aparelhos de comunicação, o computador, fibras ópticas, meios de transportes

complexos, instrumentos cirúrgicos de alta precisão, equipamentos na área de

engenharia, energia nuclear, complexos sistemas de produção, aviões, foguetes,

materiais bélicos, controle das pragas e aumento da produtividade no setor

agropecuário.

Atualmente a ciência não é considerada como algo pronto, acabado ou

definitivo, não sendo possuidora de verdades imutáveis. Realizando essa busca com

mais rigor, a ciência tem o papel de aproximar cada vez mais da verdade através dos

métodos que proporcionem um controle, uma sistematização, uma revisão e uma

segurança maior do que possuem outras formas de saber não-científicas. Ela está

sempre em construção, sendo dinâmica e renovando-se e reavaliando-se

continuamente.

Muitos estudiosos da Metodologia Científica procuram entender a ciência

por ângulos diferentes, mas todos caminham para um único objetivo que é a

demonstração da verdade por meio da observação e da experimentação. A ciência é,

portanto, acumulação de conhecimentos sistemáticos; atividade que se propõe a

demonstrar a verdade dos fatos experimentais e suas aplicações práticas; caracteriza-

se pelo conhecimento racional, sistemático, exato, verificável e, por conseguinte,

falível; conhecimento certo do real pelas suas causas; conhecimento sistemático dos

fenômenos da natureza e das leis que os regem, obtido pela investigação, pelo

raciocínio e pela experimentação intensiva; conjunto de enunciados lógicos e

dedutivamente justificados por outros enunciados; conjunto orgânico de conclusões

certas e gerais, metodicamente demonstradas e relacionadas com o objeto

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determinado; corpo de conhecimentos consistindo em percepções, experiências e fatos

certos e seguros; estudo de problemas solúveis, mediante método científico; forma

sistematicamente organizada de pensamento objetivo.

O espírito científico, na prática, traduz-se por uma mente crítica, objetiva e

racional. A consciência crítica levará o pesquisador a aperfeiçoar seu julgamento e a

desenvolver o discernimento, capacitando-o a distinguir e separar o essencial do

acidental, o importante do secundário. Criticar é julgar, distinguir, discernir, analisar

para melhor poder avaliar os elementos componentes da questão. A crítica, assim

entendida, não tem nada de negativo. É, antes, uma tomada de posição, no sentido de

impedir a aceitação do que é fácil e superficial. O crítico só admite o que é suscetível

de prova.

A objetividade é a condição básica da ciência. O que vale não é o que algum

cientista imagina ou pensa, mas aquilo que realmente é. Isso porque a ciência não é

literatura. A objetividade torna o trabalho científico impessoal a ponto de desaparecer,

por exemplo, a pessoa do pesquisador. Só interessam o problema e a solução.

Qualquer um pode repetir a mesma experiência, em qualquer tempo, e o resultado

será sempre o mesmo, porque independe das disposições subjetivas. A objetividade

do espírito científico não aceita meias-soluções ou soluções apenas pessoais. O “eu

acho”, o “creio ser assim” não satisfazem a objetividade do saber.

Uma das características da pesquisa científica é que segue o método

científico, ou seja, etapas organizadas para a produção do conhecimento que

envolvem:

1 – Observação.

2 – Questionamento, identificação do problema, elaboração de perguntas.

3 – Formulação de hipóteses.

4 – Coleta de dados.

5 – Análise de dados.

6 – Teste de hipóteses.

7 – Conclusões

8 – Nova pergunta

Na sequência encontra-se a descrição de cada uma destas etapas.

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Figura 1 – Representação das etapas do método científico.

OBSERVAÇÃO

Segundo Volpato (2004): a primeira e crucial necessidade é a curiosidade. O

pesquisador deve estar emocionalmente envolvido no enigma que originou o objetivo

da pesquisa, pois somente assim não medirá esforços para executá-la e será crítico o

suficiente para buscar a resposta mais adequada. O objetivo de uma pesquisa é um

dos primeiros itens a serem examinados na avaliação de um artigo para publicação.

Assim, a relevância teórica ou prática do tema deve ser prioritariamente avaliada.

Devemos ter certeza que o objetivo escolhido é suficiente para ser aceito para

publicação nas melhores revistas do mundo na área.

Nem todo problema é passível de tratamento científico. Isso significa que

para se realizar uma pesquisa é necessário, em primeiro lugar, verificar se o problema

cogitado se enquadra na categoria de científico. Gil, 1946.

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A observação é de importância capital nas ciências. É dela que depende o

valor de todos os outros processos. Sem a observação, o estudo da realidade e de

suas leis reduzir-se-á à simples conjetura e adivinhação. Para o bom êxito da

observação exigem-se certas condições. Para se realizar a observação, é necessário

atenção, exatidão e precisão.

PROBLEMA

Oliveira, (1999) destaca que:

O problema é um fato ou fenômeno que ainda não possui resposta ou explicações. Trata-se e uma questão ainda sem solução e que é objeto de discussão, em qualquer área de domínio do conhecimento. A sua solução, resposta ou explicação só será possível por meio da pesquisa ou da comprovação dos fatos, que no caso da ciência, antecede a hipótese. O problema delimita a pesquisa e facilita a investigação. (OLIVEIRA, 1999, p. 106; 107).

Na fase inicial de uma pesquisa, seja qual for a estratégia, ativa ou não,

depois de definidos os temas e objetivos é necessário colocar os principais problemas

pelo qual a investigação será encaminhada. O problema tem que dar sentido ao tema.

Ele pode relacionar um elemento real e um explicativo inadequado ou relacionar dois

elementos explicativos concorrentes do mesmo fato. Com um elemento só, não se tem

um problema.

Para Sampieri,( 2006) “formular o problema não é nada além de aperfeiçoar

e estruturar mais formalmente a idéia de pesquisa”. A etapa inicial nessa formulação

pode ser automática, imediata ou pode levar um tempo, vai depender de quanto

envolvido o pesquisador esteja com o tema. Deverá levar em consideração a

complexidade da idéia, a existência de estudos antecedentes, o empenho do

pesquisador, o enfoque escolhido e suas habilidades pessoais. É imprescindível

formular um problema específico concreto, pois através dele que se dará a pesquisa

com procedimento científico.

Segundo esse mesmo autor é preciso em primeiro lugar estabelecer o que a

pesquisa pretende, aonde quer chegar. Algumas buscam solucionar problemas em

especial e outras são apenas para relatar evidências empíricas a favor dela. Alguns

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estudos são direcionados para gerar a formulação de um problema ou induzir a um tipo

de conhecimento.

Iniciando-se qualquer pesquisa, em qualquer área, seja qual for a estratégia

adotada, depois de definidos o tema e os objetivos, o enfoque deve ser no problema

para que o tema escolhido ou hipótese ganhe sentido.

FORMULAÇÃO DE HIPÓTESE

Pode-se resumir uma hipótese como uma resposta temporária à questão

levantada no problema. Para Sampieri, 2006, as hipóteses nem sempre são

verdadeiras. Elas podem ser ou não comprovadas por fatos. Quando se levantam

hipóteses é tentando explicar, mas não os fatos em si. Não há grau de certeza quando

são formuladas. Na verdade elas são proposições quanto às relações entre duas ou

mais variáveis e se fundamentam em conhecimento organizado e sistemático.

Uma hipótese é simplesmente definida como suposição formulada pelo

pesquisador a respeito de possíveis soluções a um problema colocado na pesquisa,

principalmente ao nível observacional. A hipótese desempenha um importante papel na

organização da pesquisa: a partir da sua formulação, o pesquisador identifica as

informações necessárias, evita a dispersão, focaliza determinados segmentos do

campo de observação, seleciona os dados, etc. (VOLPATO, 2004).

A formulação de hipóteses pertinentes depende de uma grande variedade

de fatores: a problemática teórica na qual se movem os pesquisadores, o quadro de

referência cultural dos participantes, os insights imprevisíveis surgidos na prática ou na

discussão coletiva, as analogias detectadas entre o problema sob observação e outros

problemas anteriormente encontrados, etc.

As hipóteses indicam o que estamos buscando ou tentando provar e se

definem como tentativas de explicações do fenômeno pesquisado, formuladas como

proposições. De fato, na nossa vida cotidiana, constantemente elaboramos hipóteses

acerca de muitas coisas e em seguida indagamos sua veracidade.(SAMPIERI, 2006, p.

118).

Analisando a forma qualitativa, as hipóteses, mais que serem provadas,

aumentam o conhecimento sobre um evento, um contexto ou uma situação. Sua

simples geração ajuda a dar maior entendimento ao fenômeno analisado. Mas

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também, quando uma hipótese é reforçada em diversos estudos qualitativos, isso seria

muito frutífero para o desenvolvimento de qualquer ciência ou disciplina.

Não existem regras para elaboração de hipóteses, mas é preciso ter

fundamentação teórica para servir de base para a investigação. O resultado final pode

comprovar ou rejeitar uma hipótese, desde que produza o encontro de interpretações

altas, como em dissertações e teses.

COLETA DE DADOS

A coleta de dados é efetuada por grupos de observação e pesquisadores

sob controle do seminário central (THIOLLENT, 1947). Há muitas formas de coletar

dados, como questionários, entrevistas e a experimentação laboratorial. Não importa

quais as técnicas utilizadas e qual o grupo de observação com pesquisadores e

participantes comuns, o importante é colher informações que se fazem necessárias

para o andamento da pesquisa. Quanto mais detalhes conseguirem, mais rica fica a

descrição da pesquisa.

É importante que todas essas informações sejam discutidas, analisadas e

interpretadas, sempre procurando atribuir os elementos explicativos à obtenção de

informação de forma clara e concisa.

ANÁLISE DOS DADOS

Uma vez manipulados os dados e obtidos resultados, o passo seguinte é a

análise e interpretação destes, constituindo-se ambas no núcleo central da pesquisa.

(OLIVEIRA, 1999).

Análise e interpretação são duas atividades distintas, mas estreitamente

relacionadas e, como processo, envolvem duas operações: análise ou explicação e

interpretação. (OLIVEIRA, 1999). De acordo com esse mesmo autor: a análise é a

tentativa de evidenciar as relações existentes entre o fenômeno estudado e outros

fatores. Essas relações podem ser “estabelecidas” de acordo com suas propriedades

relacionadas de causa-efeito, produtor-produto, de correlações, de análise de

conteúdo, etc. Na análise, o pesquisador entra em detalhes sobre os dados

decorrentes do trabalho estatístico, a fim de conseguir respostas às suas indagações,

e procura estabelecer as relações necessárias entre os dados obtidos e as hipóteses

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formuladas. Estas são comprovadas ou refutadas mediante a análise. Para ele a

interpretação é a atividade intelectual que procura dar um significado mais amplo às

respostas, vinculando-as a outros conhecimentos. Em geral, a interpretação significa a

exposição do verdadeiro significado do material apresentado em relação aos objetivos

propostos e ao tema. Esclarece que não só o significado do material, mas também faz

ligações mais amplas dos dados discutidos. Na interpretação dos dados da pesquisa é

importante que eles sejam colocados de forma sintética e de maneira clara e acessível.

FUNGOS: VISÃO GERAL

Ao longo da última década, o aparecimento de infecções importantes

causadas por fungos tem aumentado. Estas infecções estão ocorrendo como infecções

nosocomiais e em indivíduos com sistema imunológico comprometido. Segundo

Tortora et al. (2003, p. 320) os fungos também são benéficos. São importantes na

cadeia alimentar porque decompõem vegetais mortos, e por isso reciclam elementos

vitais. Ainda de acordo com suas pesquisas quase todas as plantas dependem de

simbiose com fungos, conhecidos como micorrizas, os quais ajudam as plantas a

absorverem minerais e água do solo. Os fungos também são valiosos para os animais.

Algumas formigas cultivam fungos para quebrar a celulose e a lignina presentes nas

plantas, possibilitando sua digestão. Os fungos são utilizados pelos homens como

alimentos (cogumelos) e para a produção de comida (pão) e drogas (álcool). Existem

mais de 100.000 espécies de fungos, e dessas cerca de 100 são patogênicas dos

homens e dos animais.

De acordo com Harvey et al (2008) apenas poucas espécies são

responsáveis pela maioria das infecções clínicas importantes. Para ele as doenças

humanas causadas por fungos (micoses) são classificadas pela localização na

superfície ou no interior do corpo onde a infecção ocorre. Essas infecções são

chamadas cutâneas quando se limitam a epiderme, e são subcutâneas quando

penetram na pele, e sistêmicas quando são profundas dentro do corpo. As sistêmicas

podem ser divididas entre aquelas causadas por fungos patogênicos, infectando

indivíduos saudáveis e aquelas que infectam indivíduos predisponentes,

imunodeficientes. Para Trabulsi e Alterthum (2008) os fungos apresentam um conjunto

de características que permitem sua diferenciação das plantas, não sintetizam clorofila

nem qualquer pigmento fotossintético; não tem celulose na parede celular, exceto

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alguns fungos aquáticos, e não armazenam amido como substância de reserva. A

presença de substâncias quitinosas na parede da maior parte das espécies fúngicas e

a capacidade de armazenar glicogênio as assemelham às células animais. Seres

ubíquos, encontrados em vegetais, na água, em animais, no homem, em detritos e em

abundância no solo, participando ativamente do ciclo dos elementos na natureza.

A dispersão dos fungos na natureza é feita por algumas vias tais como:

animais, homem, insetos, água e pelo ar atmosférico, através dos ventos. Conforme

Tortora et al (2003, p. 320) “ todos os fungos são quimio-heterotróficos, necessitando

de componentes orgânicos para energia e fonte de carbono. Segundo suas pesquisas

os fungos são aeróbicos ou anaeróbicos facultativos e somente alguns desses últimos

são conhecidos.

CARACTERÍSTICAS DOS FUNGOS

Os fungos podem ser distinguidos de outros organismos infecciosos, como

bactérias ou vírus, porque são eucariotos (isto é, possuem um núcleo envolvido por

membrana). Suas estruturas características, habitats e modos de crescimento e

reprodução são usados para distinguir os diferentes grupos de fungos.

Os fungos são formados por: parede, membrana plasmática, núcleo e

citoplasma. A parede na visão de Trabulsi e Alterthum (2008) “é uma estrutura rígida

que protege a célula de choques osmóticos (possui até oito camadas e mede de 200 a

350 nm)”. É composta de um modo geral, por glucanas, mananas e, em menor

quantidade, por quitina, proteínas e lipídeos. As glucanas e as mananas estão

combinadas com proteínas, formando as glicoproteínas, manoproteínas e

glicomanoproteínas. Essa glucanas normalmente nas células fúngicas são polímeros

de D-glicose, ligados por pontes betaglicosídicas. As mananas, polímeros de manose,

são formadas pelo material amorfo da parede e são diferenciadas em dois tipos: uma

manoproteína não enzimática, envolvida na arquitetura da parede, e uma

manoproteína com características enzimáticas, relacionada com a degradação de

macromoléculas. A quitina é o principal componente estrutural do exoesqueleto de

invertebrados e da parede celular fúngica. Nas leveduras, a quitina encontra-se em

menor quantidade do que nos bolores. Sobre a membrana plasmática pode-se dizer

que ela atua como uma barreira semipermeável, no transporte ativo e passivo dos

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materiais, para dentro e para fora da célula, sendo constituída de uma porção

hidrofóbica e de uma porção hidrofílica, apolar e polar. O esterol da membrana

citoplasmática dos fungos é ergosterol, diferentemente da membrana citoplasmática

das células animais, em que o esterol é o colesterol. Essa diferença possibilitou um

grande avanço na terapia das micoses, com a elaboração de antifúngicos sintéticos

com toxicidade seletiva para a célula fúngica com atuação nas várias etapas da síntese

do ergosterol. (TRABULSI ; ALTERTHUM, 2008).

Harvey et al (2008) afirmam que a parede celular e a membrana celular

fúngicas são fundamentalmente diferentes das bactérias e outros eucariotos. Por esse

motivo, os fungos não são afetados por antibióticos como a penicilina, que bloqueiam a

ação de peptideoglicana. A membrana fúngica contém ergosterol no lugar de colesterol

encontrado na membrana dos mamíferos. Estas características devem ser observadas

na hora de escolher agentes quimioterápicos contra as infecções fúngicas.

O núcleo e o citoplasma contêm genoma fúngico que está agrupado em

cromossomos lineares, compostos de dupla fita de DNA arrumados em hélice (Trabulsi

e Alterthum, 2008 p. 481). Também são formados por histonas que são proteínas

básicas, associadas ao DNA cromossomal. A membrana nuclear é de natureza lipídica

e possui numerosos poros. Dentro do núcleo, encontra-se o nucléolo, um corpúsculo

esférico contendo DNA, RNA e proteínas. Este corpúsculo é o sítio de produção do

RNA ribossomal. Durante a divisão nuclear, observa-se que a membrana desaparece,

sendo substituída por um aparato em forma de agulhas (processo mitótico) com

numerosos microtúbulos. Após a mitose, a membrana nuclear é novamente

sintetizada. Também há os ribossomos, as mitocôndrias, retículo endoplasmático,

aparelho de Golgi, lomassomos e cápsula. Vejamos cada um ainda conforme

pesquisas de Trabulsi e Alterthum (2008).

Ribossomos são os sítios da síntese protéica, compostos de RNA e proteína

e ocorrem dentro do citoplasma da célula. As mitocôndrias são sítio da fosforilação

oxidativa, composta de membranas de fosfolipídeos. O retículo endoplasmático é uma

membrana em forma de rede que se encontra distribuída por toda a célula fúngica.

Está ligada à membrana nuclear, mas não à membrana citoplasmática. Os ribossomos

(80S) podem estar aderidos ao retículo endoplasmático. O aparelho de Golgi uma

estrutura dictiossoma é uma agregação interna de membranas e está envolvida no

armazenamento de substâncias que serão desprezadas pela célula fúngica. Os

vacúolos estão relacionados com armazenamento de substâncias de reserva para a

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célula, tais como, glicogênio e lipídeos. Os lomassomos são corpúsculos que ocorrem

dentro do periplasma (espaço entre a parede celular e a membrana citoplasmática) da

célula fúngica, com função ainda não conhecida. A cápsula aparece em alguns fungos

como Cryptococcus neoformans, ela é de natureza mucopolissacarídica com estrutura

fibrilar composta de amilose e de um poliosideo semelhante à goma arábica. A cápsula

é importante na patogenia desse fungo por dificultar a fagocitose.

NUTRIÇÃO, CRESCIMENTO E METABOLISMO

Os fungos são microorganismos eucarióticos que se encontram amplamente

distribuídos no solo, na água, em alimentos, nos vegetais, em detritos em geral, em

animais e no homem, e em sua maioria são aeróbicos obrigatórios, com exceção de

certas leveduras fermentadoras anaeróbicas facultativas, que podem desenvolver-se

em ambiente com oxigênio reduzido ou mesmo na ausência deste elemento. Não

possuem mecanismos químicos fotossintéticos ou autotróficos para produção de

energia ou síntese de constituintes celulares assim afirmam Trabulsi e Alterthum

(2008).

Para Harvey et al (2008) todos os fungos são heterotróficos, isto é,

necessitam de fontes orgânicas de carbono pré-formadas para o crescimento,

dependem do transporte de nutrientes solúveis, os fungos secretam enzimas

degradativas em seu ambiente circundante. É essa capacidade que permite ao fungo

viver saprofiticamente em restos orgânicos. Portanto o hábitat da maioria dos fungos é

solo ou água contendo matéria orgânica em decomposição. Alguns fungos podem ser

parasitas de organismos vivos. Porém essas infecções parasíticas geralmente se

originam do contato do indivíduo com solo infectado com o fungo, sendo Candida uma

exceção, pois é componente da flora normal de mucosas humanas.

Já para Trabulsi e Alterthum (2008) os fungos absorvem oxigênio e

desprendem anidrido carbônico durante seu metabolismo oxidativo. Alguns fungos

podem germinar muito lentamente em meio com pouco oxigênio. O crescimento

vegetativo e reprodução assexuada ocorrem nessas condições, enquanto a

reprodução sexuada se efetua apenas em atmosfera rica em oxigênio. Na respiração,

ocorre a oxidação da glicose, processo essencial para a obtenção de energia. Alguma

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levedura, como Saccharomyces cerevisiae, fazem o processo de fermentação alcoólica

de grande importância industrial na fabricação de bebidas e na panificação. Devido à

ausência de clorofila, os fungos, para se nutrirem, necessitam de substâncias

orgânicas que eles próprios são incapazes de elaborar. Assim são obrigados a viver

em estado de saprofitismo, parasitismo ou simbiose. Ainda conforme os autores acima

citados, a nutrição da maioria dos fungos dá-se por absorção, processo no qual

enzimas adequadas hidrolisam macromoléculas, tornando-as assimiláveis através de

mecanismos de transporte. As principais enzimas encontradas nos fungos são: lipases,

invertases, lactases, amilases, proteinases, entre outras. Há fungos que têm a

capacidade de hidrolisar substâncias orgânicas complexas como quitina, osso, couro,

inclusive materiais plásticos.

Diz Amabis e Martho (2002) que os fungos têm nutrição heterotrófica. A

maioria das espécies vive no solo, alimentando-se de cadáveres de animais, de

plantas e de outros seres vivos. Eles liberam enzimas digestivas sobre o material

orgânico, que é digerido; as hifas absorvem, então os produtos da digestão. Esse

modo de vida dos fungos causa o apodrecimento de diversos materiais, e por isso eles

são chamados de saprófagicos (do grego sapros, podre, e phagein, comer). Certas

espécies de fungos são parasitas, vivendo à custa de animais e de plantas vivos.

Outras espécies vivem em associações harmoniosas com outros organismos, trocando

benefícios.

Os fungos, como todos os seres vivos, precisam de água para se

desenvolver. Algumas espécies (halofílicas) desenvolvem-se em ambiente com

elevada concentração de sal.

DIVERSIDADE DOS FUNGOS

O reino fungo é dividido em quatro filos: Phycomycetes (ficomicetos),

Ascomycetes (ascomicetos), Basidiomycetes (basidiomicetos) e Deuteromycetes

(deuteromicetos). Para separar os fungos por filos é preciso observar o tipo de

processo sexual e de estrutura reprodutiva que apresentam.

Pelczar et al (1997) apresentam as características de cada filo. A

reprodução dos ficomicetos é sexuada por fusão gametangial; o zigoto é transformado

em zigósporo com parede celular espessa e há reprodução vegetativa por meio de

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esporangiósporos no interior de esporângios. Segundo pesquisas desse mesmo autor

existem cerca de 600 espécies de zigomicetos no mundo. Muitos deles são saprófitas,

vivendo em vegetais em decomposição; alguns são parasitas, vivendo em animais ou

mesmo em fungos. Há ainda aqueles que são utilizados na elaboração de produtos

comercialmente valiosos como molho de soja, ácidos orgânicos e esteróides para

drogas conceptivas e antiinflamatórias. Os ficomicetos são considerados os fungos

mais primitivos. Suas hifas têm estrutura cenocítica e não formam corpo de frutificação.

Muitos são saprófitos, e alguns parasitas como o bolor negro do pão (GOWDAK e

MATOS, 1991, p. 144). As hifas dos ficomicetos ou zigomicetos são não-septadas:

Suas células possuem parede composta por celulose e uma pequena quantidade de quitina. A reprodução é feita por alternância de gerações. Na fase esporofítica não há corpo de frutificação e os esporos são produzidos no interior de um esporângio típico. O conhecido bolor preto do pão, pertencente à espécie Rhizopus stolonifer, é um zigomiceto. (CARVALHO, 2002, p. 302).

Nos ascomicetos os esporos sexuais produzidos endogenamente em um

asco semelhante a saco produzido em um ascocarpo bem diferenciado, a reprodução

vegetativa é por conídios. Os ascomicetos desempenham um papel ecológico, pois

degradam moléculas animais e vegetais resistentes como a celulose, a lignina e o

colágeno. Os patogênicos dizimam árvores como as castanheiras e o ulmeiro na

América do Norte. Alguns formam micorrizas que é a associação benéfica entre fungos

e raízes de plantas, conforme explica Amabis e Martho (2002):

Certos fungos se associam a raízes de plantas, formando as micorrizas ( do grego mykos, fungo e rhizos, raiz). Tanto o fungo quanto a planta hospedeira se beneficiam com a associação (mutualismo). O fungo obtém das raízes da planta substâncias como açúcares e aminoácidos, das quais se nutre. Por outro lado, a raiz envolvida pelas hifas do fungo consegue absorver melhor os sais minerais escassos no solo (nutrientes minerais), fundamentais ao crescimento da planta. (AMABIS E MARTHO, 2002 p. 196).

Conforme acima a parceria é mútua, ambos se beneficiam, pois existe a

transferência de nutrientes entre eles. Em muitos casos há uma dependência absoluta

de uma ou de ambas as partes, sendo a associação imprescindível para garantir a

sobrevivência, como exemplo algumas orquídeas não germinam se não forem

infectadas por fungos. Os Claviceps purpúrea produzem alcalóides alucinógenos,

incluindo os precursores do LSD, quando infectam o centeio ou outro cereal. Uma

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infecção chamada de fungão (ergot) e o consumo desses grãos contaminados podem

causar aborto espontâneo e até morte no homem e nos animais. Os ascomicetos

podem ser uni ou pluricelulares, suas hifas são septadas, na sua parede celular tem

grande quantidade de quitina e pequena quantidade de celulose. Na fase sexuada

várias pode entrar gametas, hifas e gametângios no processo. Já nas leveduras

unicelulares, a reprodução assexuada ocorre por brotamento. Entre os ascomicetos

destacam-se como já citados os gêneros Saccharomyces sp. (leveduras) e Penicillium

sp. As leveduras são usadas na fabricação de pães e bebidas alcoólicas. O Penicillium

sp embolora roupas e alimentos, e também permite a produção de queijos como o

roquefort e o camembert.

Nos basidiomicetos os esporos sexuais produzidos exogenamente em célula

em forma de clava denominada basídio; os basídios formados em basidiocarpos bem

diferenciados. Para Pelczar et al (1997), dos basidiomicetos existem mais de 25000

espécies, incluindo o carvão, ferrugem, fungos limosos, bufa-de-lobo e cogumelos.

Várias espécies devastam plantações como o carvão provoca doença grave nos

cereais. Outros como os cogumelos cultiváveis (Agaricus) são alimentos bem

apreciados. Os cogumelos comuns são basidiocarpos, e suas lamelas superficiais sob

o chapéu são carregadas com basídios microscópicos, cada um originando

basidiósporos, que recebem nutrientes do solo. A ferrugem e o carvão são parasitas

microscópicos de grãos e cereais e de algumas plantas, como exemplo o fungo da

ferrugem do trigo, a Puccinia graminis. Existem basidiomicetos saprófitos (comestível:

Agaricus, Pleurotus e Auricularia; tóxicos: Amanita e alucinógenos: Psilocybe) e

parasitas (aqueles que atacam o milho e enferrujam café, goiaba, trigo e ervilha.

Os deuteromicetos a reprodução sexuada é desconhecida, a reprodução

vegetativa da-se por meio de conídios que se originam de conidióforos. Segundo

Pelczar et al (1997), existem cerca de 25.000 espécies de deuteromicetos, alguns

utilizados na indústria e na medicina. A penicilina é produzida pelo Penicillium notatum

e P. chrysogenum. Esse tipo de fungo também é considerado fungo imperfeito por não

apresentar processo sexual de reprodução conhecido. Vários fungos dessa espécie

são parasitas que causam micoses nos pés (Trichophyton) e podem viver na boca, no

tubo digestivo e na vagina como a Candida albicans, normalmente sem causar muito

transtorno ao portador.

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DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS

Qualquer infecção de origem fúngica é chamada de micose. As micoses são

geralmente, infecções crônicas (longa duração) porque os fungos crescem lentamente.

Elas são classificadas em cinco grupos de acordo como o grau de envolvimento no

tecido e modo de entrada no hospedeiro. Pode ser: sistêmica, subcutânea, cutânea,

superficial ou oportunista (TORTORA et al, 2003, p.327).

As micoses sistêmicas são infecções fúngicas profundas no interior do

corpo. Não se restringem a nenhuma região podendo afetar vários órgãos e tecidos.

São causadas por fungos que vivem no solo (dejetos de animais) e as vias aéreas

superiores são a principal porta de entrada, por isso, normalmente iniciam-se nos

pulmões e alcançam outros tecidos do corpo. Não são contagiosas. Mais freqüentes no

sexo masculino, chega até 30 homens para uma mulher.

A patogenicidade nos fungos não é essencial para a sua sobrevivência ou disseminação. Geralmente, mais de 90% das infecções ou são assintomáticas, ou de muito rápida evolução. Nos poucos indivíduos que apresentam infecção crônica, ou residual, a resposta celular é um processo granulomatoso semelhante àquele da tuberculose. (TRABULSI e ALTERTHUM,2008, p. 517).

As micoses subcutâneas são infecções fúngicas abaixo da pele. São

causadas por fungos saprofíticos que vivem no solo e na vegetação, a infecção ocorre

quando a ferida aberta recebe esporos ou fragmentos de micélio. Podem afetar a

apenas a epiderme, o cabelo e as unhas, sendo considerados como dermatófitos e

suas infecções chamadas de micoses cutâneas. “Os dermatófitos secretam

queratinases, enzimas que degradam queratina, proteína encontrada no cabelo, na

pele e nas unhas. A infecção é transmitida a partir de um indivíduo para outro ou a

partir de um animal para o homem por contato direto ou por contato com cabelo

infectado e células epidérmicas (como tesoura do cabeleireiro ou pisos de banheiro)”.

(TORTORA et al, 2003, p. 327). O agente esporotricose é Sporothrix schenckii, fungo

dimórfico, ubiquitário na natureza, onde vive, principalmente, no solo e em vegetais. A

forma clínica da micose e sua patologia dependem do local de penetração do

microorganismo e da resposta do hospedeiro. A forma mais comum é a linfocutânea

que compromete pele, tecido subcutâneo e gânglios linfáticos regionais. No local de

penetração do fungo, forma-se uma lesão ulcerada e , geralmente, ao longo do trajeto

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de um linfático aparecem nódulos que amolecem, rompem-se e eliminam pus.

(TRABULSI; ALTERTHUM, 2008, p. 511).

As micoses superficiais localizam-se nos fios de cabelo e em células

epidérmicas superficiais. São infecções típicas de clima tropical. Compreendem as

micoses superficiais estritas, as dermatofitoses, as hialo-hilomicoses e feohifomicoses

e as micoses mucocutâneas ou leveudores, de acordo com Trabulsi e Alterthum (2008)

As superficiais estritas estão na superficialidade da pele ou nos pelos, o habitat

principal é o homem (Malassezia spp.), mas também estão na natureza

(Phaeoannellomyces werneckii). As dematofitoses atingem pele, pelo e unhas e

originam-se de fungos queratinofílicos, os dermatófitos. Podem ser transmitidas de

homem a homem, de animal ao homem ou do solo ao homem. As hialo-hifomicoses e

feo-hifomicoses são produzidas por fungos filamentosos não dermatófitos, hialinos e

escuros e estão na pele, unhas e mucosas. Caracterizam-se por lesões modulares nos

pelos (piedras) ou manchas na pele, produzindo alteração mias superficial do estrato

córneo e não inflamam nada do hospedeiro. Geralmente são assintomáticas, formadas

por lesões hipo e hiperpigmentadas, tendo o nome de versicolor, sua consistência é

furfurácea, de bordos delimitados, localizados no tórax, abdome, pescoço, face e as

vezes nas axilas, virilhas e coxas.

A pitiríase versicolor é prevalente em zonas tropicais e subtropicais, ocorrendo principalmente em adolescentes e adultos. É conhecida também como micose de praia, pois, quando o indivíduo se expõe ao sol, as manchas preexistentes são reveladas... (TRABULSI e ALTERTHUM, 2008, p. 505).

Um patógeno oportunista normalmente é inofensivo em seu habitat natural,

mas pode tornar-se patogênico quando encontra um hospedeiro debilitado ou

traumatizado, ou pessoas em tratamento antibiótico intenso, ou com sistema

imunológico afetado por drogas ou distúrbios imunes. Os pacientes com AIDS estão

sujeitos a esse tipo de patologia. Um dos patógenos oportunistas mais comuns é a

Candida albicans, que causa candidíase, uma doença da mucosa da boca, vagina e

trato alimentar. Infecções mais sérias por Candida podem envolver o coração

(endocadite), o sangue (septicemia) e o cérebro (meningite) (PELCZAR et al,1997, p.

270).

Segundo Tortora et al (2000), a mucormicose é uma micose oportunista

causada por Rhysopus e Mucor ; a infecção ocorre principalmente em pacientes com

cetoacidose resultante de diabetes melitos, leucemia, ou de tratamento com drogas

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imunossupressoras. A aspergilose também é uma micose oportunista causada por

Aspergillus. Ocorre normalmente em pacientes que estão debilitados por doenças nos

pulmões, câncer ou que tenha inalado seus esporos.

As onicomicoses são infecções fúngicas que acometem as unhas das mãos

e dos pés, podendo ocorrer na matriz, no leito e na placa ungueal. Também funcionam

como porta de entrada para infecções disseminadas em pacientes

imunocomprometidos, assim podem causar dor, desconforto, limitações físicas e

ocupacionais frequentemente sérias (LIMA et al, 2007). Onicomicose nada mais é do

que uma infecção nas unhas determinada por diversas espécies de fungos:

dermatófitos, não dermatófitos e leveduras. A distribuição destes diferentes patógenos

não é uniforme, e depende de vários fatores tais como clima, área geográfica e

migração (MARTINS et al, 2007, p.596).

Sobre as unhas vale salientar que elas:

são lâminas constituídas de células também queratinizadas, que recobrem parcialmente o dorso das falanges distais, tanto das mãos, como dos pés, com a função de protegê-las. Apresentam uma parte distal, chamada de corpo da unha, e uma parte proximal, de matriz da unha, que fica oculta pela pele. A unha é transparente, o que permite ver a tonalidade rosada do vale da unha, sobre o qual repousa. Esse vale é abundantemente vascularizado e inervado (NETO, 2012, p. 70).

Ainda segundo este autor o crescimento das unhas é contínuo durante a

vida, devido ao processo de proliferação das células epiteliais de sua raiz, que

gradativamente se queratinizam formando uma placa córnea formada de células

mortas. Elas crescem aproximadamente um mm por semana, e no verão é mais rápido

do que no inverno.

A transmissão das onicomicoses pode ser de forma direta, contato pessoal,

ou indireta, através das roupas de cama, vestuário, calçados e utensílios contaminados

com propágulos fúngicos, originários do solo e liberados juntos com pelos ou material

de descamação da pele (LIMA et al, 2007).

Para MARTINS et al, 2007, p. 596:

Os fatores que contribuem para a instalação de onicomicose podem ser divididos em: gênero perturbações circulatórias periféricas, resistência diminuída, traumatismo e fatores de manutenção, como profissão, clima, disfunção hormonal (MARTINS et al, 2007, p.596).

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Para Silva et al, 2005, p. 387 “ as micoses em geral, apesar de não serem

consideradas doenças de notificação obrigatória em nosso meio, são reconhecidas

como problema de saúde pública em muitas partes do mundo”. Elas aparecem mais

em ambientes com baixa higiene, falta de condições sanitárias adequadas e de acordo

com idade, sexo, ocupação e profissão também.

PROPRIEDADES DA PRÓPOLIS

Há mais de 20 milhões de anos as abelhas, descendentes das vespas,

deixaram de se alimentar de insetos e aranhas para consumirem pólen e néctar das

flores. Na América do Sul, abelhas do gênero Apis foram introduzidas entre 1832-1839,

vindas da Europa se fixaram em zonas temperadas, subtropicais e algumas em zonas

tropicais. Apenas 2% dessas abelhas se socializaram e adquiriram a capacidade de

produzir mel. Assim torna-se importante o estudo da apicultura e das técnicas de

explorar os produtos das abelhas, do mel e seus derivados. De acordo com Souza et.

al (2007) as abelhas são os principais agentes polinizadores dos vegetais que para

garantir a polinização, produzem substâncias adocicadas que atraem as abelhas, que

em seus pelos o grão pólen entre nas plantas sendo ela florífera ou não. Frazão;

Silveira (2003) afirmaram em seus estudos que as abelhas são importantes para as

populações tradicionais, seja para produção de mel, cera e outros produtos e ainda

pelas atividades de polinização nas plantas cultivadas em sistemas agro-florestais ou

em outros cultivares. Algumas pesquisas apontam que o conhecimento sobre os

produtos das abelhas e repassado entre as famílias e os mais utilizados e conhecidos

são o mel e a própolis.

A própolis é uma mistura de cera com resinas de plantas, produzido

normalmente pelas abelhas selvagens ou domésticas e tem propriedades que

protegem a colméia de fungos e bactérias. Sua origem vem do grego pro que significa

em/para defesa de, e polis cidade (defesa da colméia). As abelhas utilizam para vedar

aberturas e revestir as paredes internas da colméia, cobrir a carcaça de invasores e

para proteger a colônia de doenças, graças a sua ação antiséptica e propriedades

antimicrobianas. SALANTINO et al (2005).

A própolis é uma resina que é mastigada pelas abelhas, misturada a

enzimas salivares, parcialmente digeridas e, por fim, misturada a cera (Ghisalberti,

1979; Marcucci, 1995). Sua coloração pode variar do amarelo claro ao marrom escuro,

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sendo que, em geral, a própolis é composta por 50% de resina, 30% de cera, 10% de

extratos vegetais, 5% de pólen e 5% de outras substâncias (Cesarino et al, 1987; Monti

et al, 1983). A composição química da própolis varia de acordo com a vegetação da

região da colméia, sendo os compostos das espécies de Populus os principais

componentes encontrados na própolis européia e norte americana (Greenaway et al,

1990). Devido a grande diversidade da flora brasileira, a composição da própolis

encontrada no país é única e muito variável, (PARK et al, 2004). A principal fonte

botânica da própolis brasileira é a Baccharis dracunculifolia. Estudos realizados

recentemente, comparando a composição química da própolis verde e do extrato de B.

dracunculifolia, mostraram que os dois extratos são quimicamente similares,

apresentando, inclusive, a mesma quantidade de flavonóides, compostos conhecidos

por sua capacidade de seqüestrarem radicais livres, ainda segundo o mesmo autor. Os

flavonóides e outros compostos fenólicos tem se mostrado excelentes agentes

antioxidantes em estudos in vitro e, portanto, muitos pesquisadores tem sugerido que

suas inclusões na dieta poderia trazer efeitos positivos sobre o estresse oxidativo e

doenças relacionadas (URQUIAGA et al, 2000). Nakajima et. al, (2009), comparando a

própolis com outros produtos fabricados pelas abelhas, observaram que a própolis tem

ação antioxidante não apenas mais forte que esses produtos, mas também que outros

conhecidos compostos antioxidantes, como por exemplo, o ácido ascórbico.

Atualmente vários estudos vem sendo realizados com o objetivo de avaliar as

atividades da própolis e de seus componentes, principalmente no que se refere a sua

atividade antitumoral, antioxidante, antiinflamatória, antibiótica (AKAO et al, 2003),

antimutagenica (ALVES DE LIMA et al, 2005) e anticarcinogenica (BAZO et al, 2002).

Kismet et al,(2008) observaram que a própolis apresentou efeito hepatoprotetor em um

modelo experimental de icterícia obstrutiva. Os autores sugerem que esse efeito

possa estar relacionado à sua atividade antioxidante, antiinflamatória e

imunomoduladora. Por outro lado Russo et al, (2006) também demonstraram que a

ação antioxidante da própolis protege o DNA de espermatozóides humanos contra

danos induzidos pelo benzopireno e por espécies reativas de oxigênio, aumentando a

fertilidade.

Nas últimas décadas, as atividades biológicas e farmacológicas da própolis

têm levado a um aumento considerável de sua utilização na medicina popular, e

também atraído o interesse de um número crescente de pesquisadores. As atividades

de própolis estão relacionadas à sua complexa e variável composição química, a qual

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está ligada a flora de cada região onde é coletada. Um exemplo é a própolis vermelha,

encontrada somente no estado de Alagoas, a única que produz o flavonóide capaz de

combater os radicais livres e rejuvenescer e repor hormônios. Ela é produzida a partir

de uma resina extraída pelas abelhas da planta rabode-bugiu, com o intuito de proteger

a colméia. A diferença entre os tipos de própolis são as particularidades das espécies

de vegetais e da abelha rainha de cada região. Setenta por cento dessa própolis

produzida em Alagoas é enviada ao Japão onde a matéria-prima é transformada em

produtos de tratamento bucal, balas, chocolates, cápsulas e solução de bochecho.

(WANDERLEY, 2007).

De acordo com estudos feitos por Burdock apud Svidzinski, as abelhas

formam a própolis misturando várias substâncias coletadas de espécies variadas de

plantas e essa mistura é composta de 47% de resina contendo vitaminas, sais

minerais, compostos fenólicos como flavonóides, ácidos graxos, alcoóis aromáticos e

ésteres, 30% de ceras, 5% de pólen, 15% de substâncias voláteis e matérias estranhas

e 13% de substâncias desconhecidas. Como já antes mencionado, o destaque fica

para os flavonóides, responsáveis por ações antiinflamatórias, antimicrobianas e

antifúngicas. Ainda segundo seus estudos, podemos afirmar que a própolis é de suma

importância farmacológica, pelas suas propriedades terapêuticas e sua fácil obtenção.

Está comprovada a ação antimicrobiana diante de vários agentes etiológicos, por

exemplo, bactérias Gram positivas como Streptococcus pyogenes, Staphylococcus

aureus e Gram negativas Escherichia coli (Burdock apud Svidzinski 1998; Nieva, 1999;

Packer; Luz, 2007) e leveduras, principalmente Candida albicans (Fernandes et al

apud Svidzinski , 2007; De Castro, 2001, Oliveira et. al., 2006).

Já existem estudos sobre a própolis em diversas áreas, desde a

caracterização da droga (Franco et al; Bruschi et al apud Svidzinski, 2007) e

otimização dos processos de extração (Franco et al;Bueno apud Svidzinski; , 2007) até

controle de qualidade ( Souza et al apud Svidzinski, 2007), mas não há relato de

estudos sobre a relação entre as condições de otimização da extração da própolis e a

atividade antimicrobiana. Falando em micróbios encontramos a onicomicose que é

uma infecção fúngica ungueal que pode ser causada por fungos filamentosos ou

leveduras, e que representa de 20 a 50% das onicopatias e 30% de todas as infecções

micóticas superficiais, dentre as quais se destacam as leveduras, que até pouco tempo

não eram consideradas patogênicas para as unhas e tem sido responsáveis por 75%

dos casos de onicomicoses na Líbia (Ellabib et al apud Svidzinski, 2007), por 59,1 %

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dos casos em Roma ( Svidzinski apud Mercantini et. al., 1996), e por 49,1% dos casos

na cidade do Rio de Janeiro ( Svidzinski apud Araújo et al., 2003). O aumento das

onicomicoses se dá pelo aumento do número de pacientes imunocomprometidos, em

detrimento do aumento da sobrevida de doentes graves e da vida média da população.

Para Svidzinski :

A prevalência de onicomicose é maior na população adulta, chegando a atingir dois ou 3% e observa-se aumento à medida que a idade aumenta. Nas crianças o aparecimento é baixo devido ao rápido crescimento da unha, menor área superficial para invasão, probabilidade reduzida de trauma, menor incidência de Tinea pedis e menor contato com esporos infectantes. Apesar de serem infecções comuns, ainda hoje as onicomicoses são de difícil tratamento, frequentemente associadas ao insucesso terapêutico e com altas taxas de recidivas. Trazem como consequência queda na qualidade de vida do paciente e prejuízo estético, que se refletem na auto-estima, vaidade e discriminação social. (SVIDZINSKI, 2006 p. 152)

Essas consequências atrapalham o desenvolvimento humano e é um

desafio encontrar métodos que possam diminuir as leveduras, já que elas aumentam

com a utilização de drogas antibacterianas, dos imunosupressores em indivíduos

transplantados, fatores genéticos, tendências atópicas, traumas na unha, uso de

calçados apertados e não arejados, uso de piscinas públicas, duchas comunitárias e

excesso de umidade. Ainda de acordo com Svidzinski et al (2007) as leveduras fazem

parte da microbiota normal de mucosas, peles e anexos, e até há pouco tempo eram

consideradas agentes, sem importância clínica. Porém hoje em dia, são responsáveis

por um número expressivo de casos de oncomicose confirmados laboratoriamente e

merece atenção. Esse tipo de oncomicose por leveduras costuma se aglutinar com

infecções cutâneas, paroníquias e candidíase mucocutânea crônica e quando

encontram fatores locais ou sistêmicos predisponentes podem invadir tecidos e se

tornarem patogênicas. No Brasil o clima quente e úmido favorece esse tipo de

oncomicose.

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ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Nesta etapa serão abordados aspectos teóricos de diferentes espécies de

fungos patogênicos, enfatizando os causadores de micoses. Serão apresentadas as

características destas infecções especialmente das onicomicoses, ou micoses de

unha. Com a utilização de materiais explicativos serão abordadas as características

das lesões presentes nas unhas bem como as principais espécies de fungos

causadores. Por meio de imagens serão enfatizadas as características das

onicomicoses.

Nesta etapa todos os estudantes deverão ter um caderno ou caderneta que será

o “diário de bordo” das atividades a partir de agora. Será um caderno individual onde

os estudantes registrarão, ao longo do desenvolvimento do projeto, todas as etapas

realizadas, anotando detalhada e precisamente todos os fatos, passos, descobertas e

indagações, investigações, entrevistas, testes, resultados e análise.

Os estudantes deverão realizar um levantamento de lesões sugestivas de

onicomicoses entre os familiares e documentação por meio de fotografias. Após

conhecer de forma teórica as lesões características de micoses de unha, os estudantes

Atividade 1 – Estudo teórico sobre a biologia dos fungos e identificação de sua

presença no contexto em que o estudante está inserido. Desenvolver aulas

expositivas abordando as características biológicas dos fungos, sua inserção na

natureza e sua presença ao nosso redor.

Estimular os estudantes a identificar a presença dos fungos em seu cotidiano nos

bolores, mofos e fermentos.

Atividade 2 – Estudo sobre micoses, especialmente as onicomicoses e suas

formas de tratamento.

Atividade 3 – Levantamento de lesões sugestivas de onicomicoses entre

familiares.

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observarão as unhas das mãos de seus familiares visando identificar casos de

onicomicoses. Nos casos que forem identificadas lesões serão realizadas fotografias

para registro, que serão levadas a sala de aula para discussão do grupo. Durante a

aula, serão analisadas as fotografias em grupo, discutindo a prevenção de lesões e a

necessidade de tratamento.

Nesta etapa, os estudantes poderão observar na prática os fungos, suas

características morfológicas, de crescimento e inibição de crescimento. Será

trabalhado com o fungo Candida parapsilosis, um fungo de baixa patogenicidade,

colonizador frequente de mãos e causador de onicomicose em unhas da mão,

especialmente entre pessoas que mantém as mãos úmidas por muito tempo.

A partir da levedura congelada em um banco de fungos será preparado um

caldo em que estas espécies tornem-se ativas e acertarão a concentração do inoculo a

ser utilizado. Será preparado um inoculo de 2,5 – 5 x 105 Unidades Formadoras de

Colônias (UFC) / ml. Partindo do caldo de cândida com concentração conhecida será

preparada uma série de tubos para a incubação do microrganismo com diferentes

concentrações de extrato de própolis, visando conhecer a concentração inibitória

mínima deste composto natural sobre o crescimento dos fungos.

Em tubos de ensaio estéreis com tampa de rosca serão preparadas a diluição.

Cada tubo de ensaio receberá 0,5 mL de solução salina, 0,5 mL de suspensão de

levedura na concentração supramencionada e a solução alcoólica de própolis diluída.

Atividade 4 – Realização de atividade experimental com o cultivo de fungos e o

teste da ação fungicida do extrato alcoólico de própolis.

Etapas do Método Científico - Observação. Nesta etapa, os estudantes

executarão a etapa da observação, quando farão a coleta de lesões entre seus

familiares. Deverão anotar as observações realizadas sobre o tema proposto.

Etapas do Método Científico - Elaboração de hipóteses

Os estudantes formularão hipóteses a respeito dos efeitos do extrato de

própolis sobre os fungos. Deve-se questionar o que eles acreditam que acontecerá

com os fungos quando forem cultivados com e sem a presença do extrato de

própolis. As hipóteses construídas deverão ser registradas no guia de campo.

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Experimento teste:

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução alcoólica de própolis concentradas.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

Os tubos serão mantidos por 72 horas na estufa a 35oC , período suficiente para

que o própolis exerça sua ação. Depois de 72 horas os tubos serão mantidos em

Etapas do Método Científico - Coleta de dados

Os estudantes desenvolverão as etapas apresentadas abaixo do

experimento. Deverão anotar os resultados do experimento em seu caderno de

campo e compreender que esta é a etapa de coleta de dados.

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geladeira. Todo o experimento será repetido em outros 10 tubos de ensaio em que

será colocado apenas o álcool sem o própolis, conforme apresentado abaixo.

Experimento controle

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução alcoólica sem própolis, na mesma

concentração do usado para a preparação do extrato de

própolis.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

0,5 mL de solução salina + 0,5 mL de suspensão de levedura +

0,5 mL de solução do tubo de ensaio anterior.

Posteriormente, com o auxílio de um palito de dentes deverá será colocado uma

gota do conteúdo do tubo em uma placa de petri previamente preparada. Nesta placa

de petri haverá o meio de cultura Agar.

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Esta placa de Petri ficará incubada em estufa a 37C durante 48 horas para o

crescimento do fungo. No fundo da placa de Petri será escrito com caneta apropriada o

número do tudo do qual foi coletada a amostra para ser colocada na placa. Após o

período de incubação será realizada a leitura da placa, verificando se houve ou não

crescimento de leveduras. Poderá ser observado se o extrato de própolis inibiu o

crescimento de leveduras e a partir de que concentração isso ocorreu.

Nesta etapa serão construídos gráficos e tabelas para organizar os dados

coletados. Esta construção será coletiva com a turma. Posteriormente, serão

interpretados os gráficos para que possa ser concluído se o própolis inibe o

crescimento dos fungos e em qual concentração. Posteriormente serão estudados de

forma teórica sobre o própolis, sua origem, constituição química e mecanismo de ação

fungicida.

A partir do estudo e das conclusões será redigido um texto na forma de relatório,

construídos como texto coletivo.

Atividade 5 – Interpretação dos resultados do experimento, estudo teórico sobre o

própolis e redação das conclusões finais.

Etapas do Método Científico - Análise dos dados e teste das hipóteses

A partir dos dados coletados e dos gráficos construídos os estudantes

deverão avaliar os resultados obtidos, visando responder as questões levantadas e

verificar as hipóteses elaboradas.

Etapas do Método Científico - Elaboração das conclusões

Os estudantes deverão elaborar as conclusões a partir da análise dos dados

e registrar em seus cadernos de campo.

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CONCLUSÃO

O grande obstáculo que é preciso vencer nas ciências é, por um lado, a

complexidade dos objetos e, por outro lado, a limitação da inteligência humana. A

inteligência não é capaz de tirar da complexidade de ideias, de seres e de fatos,

relações de causa e efeito e as relações entre princípio e consequência. Por isso há

necessidade de se analisar e dividir as dificuldades para melhor resolvê-las. Segundo

esses mesmos autores sem a análise, todo o conhecimento é confuso e superficial;

sem a síntese, é fatalmente incompleto.

Entretanto para nós, o que está em causa é, neste momento, a questão da

prática científica e de que forma é que ela nos ajuda e dá ensinamentos para o ensino

das ciências. Ainda de acordo com esses mesmos autores trata-se de uma perspectiva

que exige dos alunos grande capacidade criativa, assim com um bom fundo teórico e

espírito crítico. É certo que o professor tem que providenciar essa excelente formação

teórica, incitar a diferença e o pensamento divergente, para levar a descobrir o que não

é esperado, não é menos certo que a exigência conceptual a par de processos

científicos de elevada complexidade tornam as situações de aula algo difícil. Para se

mobilizar tais competências, capacidades e atitudes com eficiência, torna-se

necessário conhecer bem o contexto em que se opera e, neste sentido, o domínio dos

conteúdos científicos é um requisito para que tal possa acontecer.

Está em causa, pois, uma mudança no papel do aluno: este passa de

receptor, sobretudo de conteúdos científicos, a sujeito ativo na construção do seu

próprio saber – de conhecimento, quer conteudal quer processual. Isto exige-lhe um

esforço do ponto de vista conceptual, metodológico e atitudinal. O professor deve

procurar, sim, incentivar os alunos a conscientizarem as suas dificuldades, a pensar

sobre o porquê delas, estando atento aos obstáculos que se colocam à aprendizagem,

ou seja, deve ajudá-los e dar-lhes confiança para que se possam exprimir num clima

de liberdade, sem perda do rigor intelectual.

______________________ ________________________________ assinatura do proponente assinatura do orientador

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