SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ … · 3 AGRADECIMENTOS A Deus, pelo dom da vida,...
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
CLEMIRA APARECIDA SANTANA
FORMAÇÃO DE DOCENTES: APRENDER PARA ENSINAR
MATEMÁTICA.
UM OLHAR PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DAS
OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS.
PONTA GROSSA 2011
CLEMIRA APARECIDA SANTANA
FORMAÇÃO DE DOCENTES: APRENDER PARA ENSINAR
MATEMÁTICA.
UM OLHAR PARA O ENSINO APRENDIZAGEM DAS
OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS.
Produção apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE para implementação de atividades pedagógicas na Escola a ser aplicado no Colégio Estadual São Mateus – Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal, como cumprimento das atividades previstas no Plano Integrado de Formação Continuada – 2010. Orientador: Prof. Dr. Giuliano Gadioli La Guardia
PONTA GROSSA 2011
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AGRADECIMENTOS A Deus, pelo dom da vida, pela saúde, coragem diante das dificuldades e pela força para enfrentar os desafios das novas conquistas... Ao Sérgio, marido e companheiro sempre presente, pelo apoio e estimulo durante esta caminhada... As minhas filhas Raíza e Raína, fonte de amor e carinho, pela compreensão dos momentos ausentes... A minha mãe pelo apoio e presença, que ensinou-me, a importancia de acreditar que sou capaz Ao Professor Dr. Giuliano Gadioli La Guardia, pela orientação, pelo apoio às minhas iniciativas e, especialmente, pela confiança depositada ao longo deste trabalho Aos meus colegas do PDE pelo companheirismo e incentivo. Aos Coordenadores do PDE, pelo apoio disponibilizado, em especial, aos professores da CRTE e da Equipe de Ensino de NRE de União da Vitória.
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―Precisei cair para poder andar,
Precisei ouvir um não para encontrar limites,
Precisei errar para aprender o certo,
Precisei sentir falta para valorizar.
Esses são os desafios que nós, seres limitados,precisamos enfrentar, a fim de
percebermos que enquanto houver erro, haverá ideal e
enquanto houver sentido haverá vida.‖
(Boriel G. Vendramel, 1998,p.81)
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Sumário
Dados de identificação ............................................................................................. 6 Conteúdo Estruturante ............................................................................................. 6 Conteúdo Especifico ................................................................................................ 6 Tema de Estudo do Professor PDE .......................................................................... 6
Resumo ...................................................................................................................... 8 Apresentação da Produção Pedagógica ................................................................. 9 1.Introdução ............................................................................................................. 10 2.Objetivo geral da produção didático-pedagógica ............................................. 17 3.Objetivos específicos da produção didático-pedagógica ................................ 18 4. Estratégia de ação .............................................................................................. 18 5.Cronograma .......................................................................................................... 20
Unidade I 1.Números ................................................................................................................ 21 2.Conhecendo um pouco a história ...................................................................... 22 2.1.Atividades .......................................................................................................... 23 3.Sistema de numeração decimal .......................................................................... 25 3.1.Vamos pesquisar para saber um pouco mais ................................................. 26 4. Sistema de numeração decimal e importância do zero ................................... 26 4.1.Curiosidades ..................................................................................................... 27 4.2 Vamos pesquisar para saber um pouco mais ................................................. 28 4.3.Atividades .......................................................................................................... 28 5.Materiais pedagógicos ......................................................................................... 29 5.1.Material Dourado ............................................................................................... 29 5.1.1.Um pouco da história ..................................................................................... 30 5.1.2.Atividades com material dourado ................................................................. 31 6.Quadro valor-lugar (QVL) .................................................................................... 34 6.1.Atividades .......................................................................................................... 35 7.Elaboração de material pedagógico ................................................................... 37 7.1 Atividades .......................................................................................................... 39 Unidade II 1. Algoritmos............................................................................................................ 40 2.Adição ................................................................................................................... 40 2.1.Objetivo .............................................................................................................. 40 2.2.Conceito ............................................................................................................. 40 2.3.Curiosidades ...................................................................................................... 41 2.4.Algorítimo da adição ......................................................................................... 41 2.5.Sugestões de leituras ....................................................................................... 44 2.6.Sugestão site de atividades ............................................................................. 45 2.7.Utilizando material pedagógico ....................................................................... 45 2.8Atividades ........................................................................................................... 47 3.Subtração .............................................................................................................. 48 3.1.Objetivo .............................................................................................................. 48 3.2Conceito .............................................................................................................. 48 3.3Curiosidade ......................................................................................................... 49 3.4.Algoritmo da subtração .................................................................................... 49
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3.5Utilizando material pedagógico ........................................................................ 52 3.6Sugestão site de atividades .............................................................................. 56 3.7Atividades ........................................................................................................... 56 4.Multiplicação ......................................................................................................... 57 4.1.Objetivo .............................................................................................................. 57 4.2Conceito .............................................................................................................. 57 4.3Curiosidades ....................................................................................................... 58 4.4Algoritmo da Multiplicação ................................................................................ 59 4.5Curiosidade ......................................................................................................... 58 4.6Sugestão de Site de atividades ......................................................................... 63 4.7.Atividades .......................................................................................................... 64 5.Divisão................................................................................................................... 65 5.1Objetivo ............................................................................................................... 65 5.2.Representação da Divisão ............................................................................... 65 5.3.Conceito ............................................................................................................. 66 5.4.O algoritmo da divisão ...................................................................................... 66 5.5.Divisão exata...................................................................................................... 68 5.6Divisão aproximada ou inexata ......................................................................... 68 5.7.Curiosidade ........................................................................................................ 69 5.8Atividades ........................................................................................................... 69 5.9Sugestão de vídeo .............................................................................................. 71 6.Resolução de problemas ..................................................................................... 71 6.1.Atividade em duplas.......................................................................................... 73 Avaliação .................................................................................................................. 74 Considerações Finais ............................................................................................. 75 Referencias .............................................................................................................. 76
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PRODUÇÃO DIDÁTICO- PEDAGÓGICA / PROFESSOR PDE
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professora PDE: Clemira Aparecida Santana
Área PDE: Matemática
NRE: União da Vitória
Professor Orientador IES: Giuliano Gadioli La Guardia
IES vinculada: UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa
Escola de Implementação: Colégio Estadual São Mateus
Município: São Mateus do Sul
Público objeto da intervenção: Ensino Médio Integrado 2ª série Curso Formação
de Docentes
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Número e Álgebra
CONTEÚDO ESPECÍFICO
Números Reais
TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE
Tendências em Educação Matemática
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TIPO DE PRODUÇÃO
Caderno Pedagógico
TÍTULO DA PRODUÇÂO DIDÁTICO- PEDAGÓGICA:
Formação de Docentes: Aprender para Ensinar Matemática.
Um olhar para o ensino-aprendizagem das operações fundamentais.
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SANTANA,CLEMRA APARECIDA , FORMAÇÃO DE DOCENTES: APRENDER PARA ENSINAR MATEMÁTICA.
UM OLHAR PARA O ENSINO APRENDIZAGEM DAS OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS.
2010. CADERNO PEDAGÓGICO (PDE – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL) – SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA.
RESUMO O objetivo deste caderno pedagógico é propor estratégias para o ensino das Operações Fundamentais direcionado aos futuros docentes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, que atualmente cursam a 2ª série do Ensino Médio Integrado Curso Formação de Docentes do Colégio São Mateus, para estabelecer a importância da utilização de recursos didáticos para a compreensão e interpretação de problemas que envolvam as quatro operações, bem como estabelecer relações entre o conhecimento matemático e seu cotidiano na formulação e resolução de problemas. Para esta finalidade, pretende-se desenvolver uma metodologia para que estes alunos do Curso Formação de Docentes compreendam a resolução das operações mediante a confecção de materiais didáticos que possibilitarão desenvolver atividades apresentadas em situações do cotidiano. Identificando os problemas, formulando questões e hipóteses quanto à aprendizagem das operações no conjunto dos números naturais, e assim, estendendo-se tais técnicas de aprendizado ao conjunto dos números reais. Espera-se que com este caderno pedagógico os alunos possam dominar, utilizar e aplicar os conhecimentos adquiridos, permitindo o desenvolvimento da capacidade de comunicação de ideias matemáticas.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem – Matemática – Números Reais
SUMMARY
The goal of this educational project is to propose strategies for the teaching of fundamental operations directed to future teachers from 1st to 5th year of elementary school today students from 2nd Series Integrated middle school teacher training Course of College St. Matthew, to realize the importance of the use of teaching resources for understanding and interpretation of issues involving the four operations (namely: addition, subtraction, multiplication and Division), establish relationships between the mathematical knowledge and your daily life to understanding, knowledge and use of fundamental operations, in formulating and solving problems. For both intended to develop a methodology for these students of teacher training Course understand the resolution of operations by making learning materials that allow them to develop activities presented in everyday situations, identifying problems, formulating questions and hypotheses regarding the learning of operations on the set of natural numbers, so that they relate to the set of real numbers. It is hoped that with this pedagogical students dominate notebook, use and apply their acquired knowledge and develop communication skills of mathematical ideas. The study is developed with a view to providing tools that encourage both teaching and learning process of the four fundamental operations, how to promote reflections and changes in pedagogical practice.
Keywords: Learning – Mathematics – Teachers
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APRESENTAÇÃO DA PRODUÇÂO DIDÁTICO- PEDAGÓGICA:
O presente caderno Pedagógico explora o tema Operações Fundamentais a
partir de situações-problema que levam os alunos ao questionamento sobre os
conhecimentos anteriormente adquiridos, buscando o entendimento dos conceitos
formais dos temas propostos. Nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica do Estado do Paraná aborda-se o conteúdo ―Número e Álgebra‖
como parte dos conteúdos estruturantes e a resolução de problemas, como um dos
encaminhamentos metodológicos que será contemplado no caderno pedagógico.
Temos como proposta para este Caderno Pedagógico, a elaboração de material
didático para que os futuros docentes ao trabalharem com os seus alunos na sala de
aula, tenham subsídios necessários no transcorrer de todo o processo, para o ensino
das operações fundamentais, que é objetivo principal deste trabalho.
Procura-se apresentar a informação de forma clara e objetiva a fim de que se
possa abstrair o fundamental. Propõem-se questões que estejam diretamente
ligadas ao cotidiano e ao conteúdo a ser trabalhado e que, posteriormente, venham
auxiliar os alunos ( futuros docentes) na aplicação prática em sala de aula.
A presente produção tem por finalidade desenvolver questões norteadoras
referentes ao Conteúdo Estruturantes Número e Álgebra, constante no Ensino Médio
Integrado, na 2ª série do Curso Formação Docentes Educação Infantil e Anos Iniciais
Ensino Fundamental (FDEIAIEF) com Conteúdo Básico Números Reais, com ênfase
nas quatro operações fundamentais. Pretende-se tratar este tema em sentido mais
amplo e aprofundado.
Destaca-se a importância em se trabalhar este conteúdo neste curso, pois
neste projeto será abordado o tema ―Tendências na Educação Matemática‖,
articulando-se os conteúdos básicos do Ensino Fundamental, procurando-se
soluções, de forma a preencher as lacunas e sanar dificuldades identificadas na
própria aprendizagem dos docentes em formação. Nesta busca, propõe-se
desenvolver uma metodologia de inserção do tema a ser aplicado, no anseio de que
os alunos compreendam e sejam capazes de aplicar corretamente o emprego das
operações em situações impostas pelo cotidiano. Para isso, espera-se que os
mesmos sejam capazes de identificar problemas bem coimo formular questões e
hipóteses no que concerne o ensino-aprendizagem das operações no Conjunto dos
Números Naturais, bem como com relação ao ensino-aprendizagem do conteúdo
Conjunto dos Números Reais.
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Tendo em vista a realidade escolar na formação de docentes, a presente
proposta de aprofundar o estudo sobre o conteúdo conjunto numéricos em turmas
do ensino médio integrado no curso (FDEIAIEF) e sua aplicabilidade, enquadra-se
tanto na proposta das Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Matemática
quanto nas propostas apresentadas nos livros didáticos. Nesta perspectiva busca-se
refletir sobre a aprendizagem dos futuros docentes, utilizando-se uma metodologia
que realmente seja facilitadora dessa aprendizagem. Propõe-se, do mesmo modo,
uma ação reflexiva, buscando-se um aspecto cognitivo do processo ensino-
aprendizagem.
A Matemática se aprende mediante a análise, discussão, e apropriação de
conceitos matemáticos, bem como nas formulações de ideias lógicas, e percepção
de conjecturas. Concebe-se que, esses futuros docentes, possam trabalhar além do
senso comum e conheçam a teoria científica, que constatem regularidades,
generalizações e apropriem-se da maneira correta para interpretarem e descreverem
fenômenos matemáticos. Além disso, os futuros docentes deverão estar aptos a
transpor didaticamente a ligação entre a Matemática, vista tanto no campo de
conhecimento quanto como disciplina escolar. Isto posto, o docente será capaz de
tomar decisões com respeito à situação de defasagem de aprendizagem de seus
alunos. Pretende-se ainda, estimular os futuros docentes (que estarão engajados e
comprometidos com o processo ensino-aprendizagem) para evitar ou amenizar a
evasão dos alunos da sala de aula. Consolida-se a necessidade de discutir as
dificuldades dos futuros docentes e apresentar sugestões de como minimizá-las,
visando-se contribuir para a melhoria da prática educativa da Matemática na sala de
aula.
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1. INTRODUÇÃO
Freqüentemente, os professores deparam-se com alunos que apresentam
dificuldades diversificadas na disciplina de Matemática. Com relação às turmas do
curso (FDEIAIEF) a situação não é diferente, ou seja, existem alunos que dizem
―não gostar‖ de Matemática, mas no decorrer das aulas percebe-se que este
pensamento se traduz como ―não domínio do conteúdo específico‖. Percebe-se,
ainda, que muitos alunos efetuam as operações sem possuir o verdadeiro
entendimento do que estão fazendo:
Os procedimentos de cálculo mental se apóiam nas propriedades do sistema de numeração decimal e nas propriedades das operações e colocam em ação diferentes tipos de escrita numérica, assim como diferentes relações entre os números. (PARRA, 1996, p.189).
Com respeito à passagem exposta acima, pressupõe-se que os alunos não
consigam realizar as trocas de ordem numéricas tais como unidade, dezena,
centena e assim sucessivamente. Além disso, mesmo os alunos que conseguem
realizar tais trocas, não sabem explicar ou mesmo descrever o processo de reserva
ou empréstimo realizado nas operações. Diante de tal situação, o ensino procede de
forma mecânica e repetitiva, em que o aluno decora o processo sem aprender o
significa rela do mesmo. Por este e por muitos outros motivos, grande parcela dos
alunos demonstram aversão à Matemática, sem realmente perceberem que a
utilizam diariamente. Percebe-se que a principal dificuldade que os mesmos
encontram na matemática reside no pensamento lógico-abstrato: na escola devem
registrar os cálculos que realizam abstratamente, mas não entendem o que estão
registrando, e não compreendem que estão formalizando a matemática utilizada no
seu dia a dia.
Segundo Medeiros (citado por Bicudo, 2005, p.35) ―Para que o aluno
compreenda a matemática há necessidade que o aluno esteja com a consciência
dirigida para o assunto matemático estudado‖. Para tanto se faz necessário
direcionar o aluno para o assunto estudado, partindo-se de significados do conteúdo
matemático em questão.
―Essa compreensão exige um continuo trabalho de interpretação [...] é preciso
que se respeite o tempo necessário, um tempo vivido na Matemática‖. (Bicudo,
2005, p.35)
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Constata-se que é necessário que o aluno se coloque como participante ativo
das situações matemáticas que o envolve. Julga-se que, para obter o aprendizado
necessário, o aluno deva utilizar a linguagem matemática e também fornecer
respostas de forma padronizada com relação às respectivas situações-problema.
É necessário resgatar a Matemática que está inserida na codificação de toda uma realidade física e social, vivenciada pelos educandos, e analisar junto com eles, de forma dialógica, os diferentes significados atribuídos e as diferentes formas de pôr ordem nas idéias na construção desse conhecimento. (Medeiros; in: Bicudo, 2005, p.40)
Nota-se que o professor não percebe e não dispõe desse contexto, isto é, da
realidade vivida pelos alunos. Na verdade, o professor simplesmente dispõe do
discurso do aluno com relação ao respectivo conhecimento, e isso é insuficiente
para que o mesmo saiba, de fato, qual o cenário cultural, econômico, etc., em que o
aluno está inserido. Deste modo, propõe-se que o professor seja um educador, no
sentido de obter, ao menos parcialmente, o conhecimento da realidade do aluno.
Neste contexto, pode-se dizer que os objetivos poderão ser mais facilmente
alcançados numa situação de intersubjetividade, isto é, numa situação em que o
aluno é sujeito participante intelectualmente e não objeto passivo do processo
ensino-aprendizagem. Nesse sentido, compreende-se que o ensino da Matemática
não pode ser visto como processo isolado, e sim como um projeto contínuo do
ensino-aprendizagem. Este processo ao qual nos referimos acima representa uma
educação que se constrói por meio de metas que visam atingir um conhecimento
matemático adequado, para que este futuro professor consiga se inserir no mercado
de trabalho e possa contribuir com o processo educacional nacional.
Segundo Micotti citada por Bicudo ―Do ponto de vista da realidade escolar, as mudanças didáticas envolvem reflexão pedagógica e, principalmente mudanças praticas. Envolvem colaboração entre docentes, para que a escola reafirme seu compromisso com a aprendizagem para todas as crianças‖ (Bicudo, 2005, p.70)
Entende-se que a formação de cidadãos matematicamente alfabetizados, isto
é, que possuam habilidade para a resolução de problemas diversos, é de
fundamental importância para qualquer país que anseia se desenvolver.
O ensino da matemática baseia-se num currículo cientifico do conhecimento,
possibilitando um trabalho pedagógico que aponte na direção da totalidade do
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conhecimento e sua relação com o cotidiano. O professor estará sendo coerente ao
exigir a presença ativa do aluno na produção do conhecimento como algo
imprescindível. Busca-se uma ação educacional efetiva, focalizando a atenção sobre
os inter-relacionamentos entre a prática de ensino diária concreta e o contexto
ideológico e estrutural mais amplo.
Nesta perspectiva procura-se utilizar as tendências na Educação Matemática.
As orientações das diretrizes curriculares da Educação Básica do ensino médio
sugerem que:
Nenhuma das tendências metodológicas apresentadas nessas diretrizes esgota todas as possibilidades para realizar com eficácia o complexo processo de ensinar de aprender matemática, por isso sempre que possível, o ideal é promover a articulação entre elas. (2008, p.68)
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Matemática
(2008,p.63) :
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a pratica docente, das quais destacamos: •resolução de problemas; •modelagem matemática; •mídias tecnológicas; •etnomatemática; •história da matemática; •investigações matemáticas.
Seguindo as orientações das diretrizes de que nenhuma das tendências
isoladas esgota todas as possibilidades da aprendizagem dos alunos, pretende -se
desenvolver uma articulação entre as tendências metodológicas para que haja
uma efetiva aprendizagem. Ao se considerar a resolução de problemas como um
recurso de aprendizagem faz-se necessário selecionar vários tipos de problemas
para que o aluno tenha a oportunidade de pesquisar, raciocinar e utilizar os
conhecimentos adquiridos no decorrer da sua jornada escolar.
A oportunidade de usar os conceitos matemáticos no seu dia-a-dia favorece o desenvolvimento de uma atitude positiva ao aluno em relação a matemática. Não basta saber fazer mecanicamente as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão. É preciso saber como e quando usá-las convenientemente na resolução de situações-problema. (DANTE, 2005, p.13)
Enquanto vive-se numa época em que as mudanças sociais ocorrem
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rapidamente, contrariamente está o processo de ensino-aprendizagem,
especialmente no que concerne a Matemática.
Mais do que nunca precisamos de pessoas ativas e participantes, que deverão tomar decisões rápidas e, tanto quanto possível, precisas. Assim, é necessário formar cidadãos matematicamente alfabetizados, que saibam como resolver, de modo inteligente, seus problemas de comércio, economia, administração, engenharia, medicina, previsão do tempo e outros da vida diária. E, para isso, é preciso que a criança tenha, em seu currículo de matemática elementar, a resolução de problemas como parte substancial, para que desenvolva desde cedo sua capacidade de enfrentar situações-problema. (DANTE, 2005, p.15)
O ensino da resolução de problemas é, aparentemente, uma tarefa mais difícil
do que ensinar conceitos, habilidades e algoritmos matemáticos. Não é um
mecanismo direto de ensino, mas sim uma variedade de pensamentos que precisam
ser cuidadosamente desenvolvidos pelo aluno, com o devido apoio e incentivo do
professor. O sucesso em alguma atividade nos leva a desenvolver atitudes positivas
em relação à mesma.
Outra tendência que se apresenta neste projeto é o da modelagem
matemática, a qual de acordo com Biembengut (2005, p.23).
O trabalho de modelagem tem como objetivo principal criar condições para que os alunos aprendam a fazer modelos matemáticos, aprimorando seus conhecimentos. Os alunos escolhem o tema e a direção do próprio trabalho, cabendo ao professor promover essa autonomia. Espera-se por meio da modelagem: •Incentivar a pesquisa; •promover a habilidade em formular e resolver problemas; •lidar com tema de interesse; •aplicar o conteúdo matemático; e •desenvolver a criatividade.
A modelagem matemática consiste, dentre muitos outros quesitos, do
desenvolvimento de um trabalho pedagógico que possibilite a intervenção do
estudante nos problemas reais do contexto social e cultural, buscando-se soluções e
contribuições na sua formação crítica.
―A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de situações
do cotidiano. Ao mesmo tempo em que sugerem questionamentos sobre situações
de vida‖ (DIRETRIZES, 2008, p.64)
Faz-se necessário também uma reflexão sobre a importância da tecnologia
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(mídias tecnológicas) utilizada em sala de aula. Como os professores utilizam tais
tecnologias na pratica diária, que relevância essa tendência oportuniza o ensino dos
conteúdos propostos? Tal pensamento é ratificado pelo texto a seguir:
Entender o binômio "Computador e Educação‖, é ter em vista o fato de que o computador se tornou um instrumento, um ferramenta para aprendizagem, desenvolvendo habilidades intelectuais e cognitivas, levando o indivíduo ao desabrochar das suas potencialidades, de sua criatividade, de sua inventividade. O produto final desse processo é a formação de indivíduos autônomos, que aprendem por si mesmo, porque aprenderam a aprender, através da busca, da investigação, da descoberta e da invenção. (VEIGA, 2001)
Há dificuldades de adaptação e integração dos professores com os recursos
tecnológicos (computador, Internet, etc.) utilizados na escola. Isso requer uma
postura de revisão da prática em sala de aula, procurando-se adequar os vários
meios de informação à metodologia que esta sendo utilizada. Requer também novas
competências para desenvolver estratégias que contribuam para a aprendizagem,
utilizando-se as tecnologias como meios na intenção de educar. Nesse aspecto
surge a preocupação:
O papel então dos professores não é apenas o de transmitir informações, é o de facilitador, mediador da construção do conhecimento. Então, o computador passa a ser o "aliado" do professor na aprendizagem, propiciando transformações no ambiente de aprender e questionando as formas de ensinar. (VEIGA, 2001)
Surgem, de maneira natural, algumas indagações:
Como integrar as tecnologias de informação de forma a haver mudanças no
processo ensino-aprendizagem, bem como no processo de relacionamento aluno-
professor?
Entende-se que os professores deverão colocá-las à disposição dos alunos
como possibilidade de resolução de problemas e não somente como diversão. Além
disso, sabe-se que grande parte dos alunos está apta para a utilização da multimídia
como processo de aprendizagem. Em contrapartida, uma parte considerável dos
professores prefere a não utilização das tecnologias de multimídia no processo de
ensino-aprendizagem, pois temem revelar suas dificuldades no manuseio das
mesmas a seus alunos. A maioria dos professores tem consciência que precisam
mudar, mas não sabem como.
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Por isso a informática na escola é fundamental, tanto para alunos quanto para professores. Essa nova tecnologia tornou-se um importante meio de estudo e pesquisa. Os alunos do ensino fundamental e do ensino médio, ao utilizarem o computador entram em um ambiente multidisciplinar e interdisciplinar, ou seja, ao invés de apenas receberem informações, os alunos também constroem conhecimentos, formando assim um processo onde o professor educa o aluno e ao educar é transformado através do diálogo com os alunos. (VEIGA, 2001).
Ao se trabalhar com as mídias tecnológicas, abre-se um leque de formas de
ensino-aprendizagem e, neste contexto, professores e alunos devem manter um
diálogo constante, propiciando, assim, uma interação profícua e permanente.
O grande desafio do profissional da educação, mais do que utilizar tal ou qual recurso tecnológico é pautar-se em princípios que privilegiam a construção do conhecimento, o aprendizado significativo, interdisciplinar e integrador do pensamento racional, estético, ético e humanista. A escola precisa deixar de ser meramente uma agência transmissora de informação e focar sua intencionalidade na aprendizagem de fato. O foco da aprendizagem é a busca da informação significativa, da pesquisa, o desenvolvimento de projetos e não predominantemente a transmissão de conteúdos específicos. E a tecnologia está aí como um instrumento de amplas possibilidades. Como afirma Veiga (apude MORAN, 2007)
No presente projeto será abordado também a tendência Etnomatemática, a
qual consiste em estudar e resgatar os conhecimentos de um dado grupo,
considerando-se suas especificidades culturais, e utilizando-os para a compreensão
da Matemática como um todo. Muitas vezes opõe-se a matemática considerada
dominante, que determina o que será trabalhado nas escolas mediante o currículo. A
Etnomatemática pode ser considerada como uma das áreas de pesquisa que estuda
as adjetivações da Matemática, procurando dar mais autonomia ao estudo da
Matemática Escolar em relação à Matemática Acadêmica, levando-se em conta a
relação que há entre a matemática do cotidiano e a escolar.
Denominaremos Etnomatemática a matemática que é encontrada entre os grupos culturais identificáveis. Tais como: sociedades tribais nacionais, grupos obreiros, crianças de uma certa categoria de idade , classes profissionais, etc. Sua identidade depende amplamente dos focos de interesse, (Bicudo,2005,p.89)
Abordaremos, além dos tópicos que foram mencionados, o papel da Etnomatemática em se reconhecer e registrar questões de relevância social que
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produzam o conhecimento matemático, tendo sempre em mente a não existência de um único, mas sim de diversos conhecimentos, todos estes com sua respectiva importância.
A cultura se manifesta através de jargões, códigos, mitos, símbolos, utopias e maneiras de raciocinar e inferir. Associadas a estas, temos praticas, tais como: cálculo e a contagem, medição, classificação, ordenação, inferição, modelação, etc. que constituem a Etnomatemática. (Bicudo, 2005, p.92)
Subentende-se na História da Matemática, segundo as diretrizes (2008, p.66)
que ―é importante entender a história da matemática no contexto da pratica escolar
como componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina‖.
Além disso, um outro objetivo é a abordagem histórica, que está diretamente
vinculada a fatos sociais que ocorreram e que trouxeram contribuições e
influenciaram os avanços científicos de determinadas épocas. Sendo assim, a
história da matemática pode nos orientar para a elaboração de situações-problema
que venham propiciar melhor entendimento e compreensão dos conceitos
matemáticos abordados. Tais afirmações apontam o caminho da reflexão no que
concerne o ensino, bem como a lógica que deverá estar presente na aprendizagem.
A escola aparece como um espaço físico e psicossocial, onde professor e alunos
interagem entre si.
A abordagem histórica deve estar ligada às descobertas matemáticas. Mais
precisamente, as circunstâncias históricas e as correntes filosóficas que determinam
o pensamento e influencia o avanço cientifico de cada época devem, da mesma
forma, influenciar o ensino-aprendizagem da Matemática.
2. OBJETIVO GERAL DA PRODUÇÃO DIDÁTICO- PEDAGÓGICA:
Encaminhar metodologias e material didático para a execução do Projeto de
Intervenção Pedagógica: ―Formação de Docentes: Aprender para Ensinar
Matemática. Um olhar para o ensino aprendizagem das Operações
fundamentais.‖, na 2ª série do Ensino Médio Integrado Curso Formação
Docentes do Colégio São Mateus. Estabelecer relações entre o conhecimento
matemático e seu cotidiano para compreensão, conhecimento e utilização das
quatro operações matemáticas, na formulação e resolução de problemas.
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3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA PRODUÇÃO DIDÁTICO- PEDAGÓGICA:
Ao desenvolver as atividades propostas neste caderno pedagógico espera-se
que os estudantes sejam capazes de:
Refletir sobre o significado da matemática no cotidiano e sobre a
importância da compreensão do Sistema de Numeração Decimal;
Perceber a importância dos números no cotidiano;
Utilizar o material didático para a compreensão da mudança de base
numérica;
Compreender os conceitos, procedimentos e tendências na Educação
Matemática para o planejamento de soluções para problemas que exijam
iniciativa e criatividade;
Aplicar conhecimentos matemáticos para a compreensão e resolução de
situações-problema, que se apresentem no dia-a-dia;
Desenvolver a capacidade de comunicação de ideias matemáticas
oralmente e por escrito, expondo seu parecer de forma argumentativa;
Apropriar-se da prática pedagógica que engloba ensino-aprendizagem e
conhecimento matemático.
4 . ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
AÇÃO 1 Aplicar um questionário aos alunos consistindo de perguntas relacionadas à sua aprendizagem, utilizando-se os métodos aplicados;
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AÇÃO 2 Desenvolver atividades de revisão do conteúdo ―Operações com
Números Naturais‖, procurando-se sanar as dificuldades apresentadas
pelos alunos;
AÇÃO 3 Desenvolver, juntamente com os alunos, atividades em grupo
onde os mesmos deverão elaborar e criar jogos, brincadeiras ou formas
diferenciadas de trabalhar os respectivos conteúdos, facilitando-se, deste
modo, o processo de aprendizagem; realizar apresentação dos trabalhos
entre os grupos, propiciando debates e reflexões sobre os trabalhos
apresentados. Verificar quais as vantagens e desvantagens da aplicação
de cada trabalho para os alunos do 1º ao 5º ano;
AÇÃO 4 Grupo de Estudo: Desenvolver grupos de estudos com
professores e alunos propiciando troca de experiências, discutindo o
ambiente do indivíduo, suas manifestações culturais e relações de
produção e trabalho, no intuito de valorizar a história dos alunos,
reconhecendo e respeitando suas raízes culturais, num resgate da falha do
desenvolvimento cognitivo. Levando a abordagem das Tendências em
Educação Matemática e como inseri-las na aprendizagem diária (com
certificado de 32 horas pela UEPG);
AÇÃO 5 Produção do Material Pedagógico pelos alunos segundo
instruções do Caderno Pedagógico;
AÇÃO 6 Desenvolver com os alunos oficinas que abordem conteúdos
básicos da Matemática; mais especificamente, as quatro operações no
conjunto dos Números Naturais;
AÇÃO 7 Trabalhar com estatísticas a partir da investigação dos dados
levantados nos questionários respondidos pelos alunos, tendo em vista a
análise destes dados desde sua coleta até os cálculos finais, no sentido de
quantificar, qualificar, analisar e contextualizar as informações,
incorporando - se às experiências do cotidiano;
20
AÇÃO 8 Realizar uma exposição de trabalhos desenvolvidos para todo o
curso normal do colégio, em que poderão trocar experiências e contribuir
para a melhoria da educação fundamental.
Espera-se, com todas essas estratégias de ensino-aprendizagem, discutir e
apresentar sugestões para o ensino-aprendizagem da Matemática para futuros
docentes, que no momento não dominam o conteúdo básico. O problema que se
coloca ao professor é o de aplicar estratégias didáticas no ensino-aprendizagem de
seus futuros alunos, para que sejam superadas as atuais defasagens entre a escola
e contexto sócio cultural de seus alunos.
5. CRONOGRAMA
Ano 2011 Ano 2012
ATIVIDADES Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
Coleta de dados X
Revisão do Conteúdo: Opera -ções com Naturais
X
Trabalho em grupo X
Debates reflexão - Apresentação de trabalhos entre os grupos
X
Grupo de Estudo- Alunos e professores
X X X
Produção de material Pedagógico
X
Oficinas X
Exposição dos trabalhos Apresen- tação dos materiais
X
21
UNIDADE I
1. Números
Os números e sua representação
Ninguém sabe exatamente quando foram inventados os primeiros registros
numéricos; sabe-se, porém, que povos pré-históricos, antes mesmo de possuírem
uma linguagem escrita, grafavam o resultado de suas contagens, ou então,
grafavam o próprio ato de contar.
Não sabemos ao certo, mas podemos imaginar estórias sobre o uso
primitivo de contagens – anteriores até mesmo aos primeiros símbolos grafados.
Imagine um pastor de ovelhas, preocupado em não perder nenhum animal de seu
rebanho. Assim, ao soltá-las no pasto pela manhã, ele colocava uma pedrinha em
um saco para cada ovelha que saía do cercado. Ao anoitecer, ao recolher os
animais, era só retirar uma pedra para cada ovelha que reconduzia ao cercado.
Se não sobrasse nenhum a pedra, todas estariam a salvo. Caso contrario, era
hora de sair à procura de ovelhas desgarradas. Cada pedra restante no saco
correspondia a uma ovelha que não havia retornado.
Se tais pastores realmente existiram ou são apenas lendas, uma ideia
muito importante em Matemática foi contada: associar uma pedra a cada ovelha
permitia ao pastor ―conferir‖ seu rebanho e tomar providencias, quando
necessárias, para recuperar animais perdidos.
Como a ideia de passar o dia carregando um saco de pedras não é das
mais agradáveis, seria interessante trocar essas pedras por algo mais leve.
Talvez por isso tenha surgido outra boa idéia – pensar que três ovelhas poderiam
ser representadas por um registro gráfico, como I I I. Além disso, este mesmo
registro serviria para três pássaros, três pedras ou qualquer outro conjunto de três
objetos.
Usar um mesmo registro para uma mesma quantidade de coisas diferentes
(uma construção abstrata!) foi um grande avanço. O homem ainda se deparou, no
entanto, com a necessidade de registrar quantidades cada vez maiores – um novo
desafio, pois seus registros eram limitados (pedras, entalhes, partes do corpo
humano, desenhos, etc.) O difícil problema a ser resolvido pelo ser humano foi,
então, como designar números cada vez maiores, usando poucos símbolos? Esta
tarefa foi cumprida com registros completos e depois registros orais (fala) e por
escrito. Muitas civilizações, ao longo da história, criaram seus próprios registros,
até que se chegou à forma de grafar os números que utilizam até hoje, um
sistema posicional, denominado Sistema Decimal de Numeração.
Pró – Letramento em Matemática Números Naturais Fascículo 1, 2008, p.8
22
1.1. Atividade
O texto tratou de representações de números, e coloca que nosso sistema é decimal
e posicional. Escreva com suas próprias palavras o que significa esta afirmação.
Atividade baseada no livro Pró- Letramento em Matemática
2. Conhecendo um pouco a História
Com a necessidade de contar surgiu a criação dos números. A história da
Matemática se confunde com a história da humanidade. A evolução da humanidade
está diretamente ligada com a necessidade de contagem e, a partir desta
necessidade, surgem os sistemas de numeração: egípcio, babilônio (na antiga
Mesopotâmia), romano, etc..
Os egípcios estão entre os primeiros povos que desenvolveram um sistema
numérico. A numeração egípcia baseava-se na ideia de agrupamento de 10 em 10 e
data de cerca de 5 mil anos.
O conjunto de símbolos e regras foi criado pelos indianos, a cerca de 1400
anos. Superou todos os outros sistemas existentes até então; sua criação impôs
uma mudança total na forma de realizar os cálculos, pois anteriormente, os cálculos
só podiam ser realizados mecanicamente com algum material concreto. O sistema
de numeração Decimal por meio dos algoritmos permitiu o cálculo por escrito.
O sistema por nós utilizado no Brasil é o Sistema De Numeração Indo -
Arábico. Segundo fontes históricas este sistema decimal teve origem com os hindus,
que residiam no vale do rio Indu, onde atualmente localiza-se o Paquistão.
As dificuldades em ―fazer contas‖ com os números naturais apresentam como
principal causa deste problema o aprendizado do Sistema de Numeração Decimal.
23
2.1. Atividades
1- Vamos pesquisar os sistemas de numeração para saber um pouco mais sobre
eles: seguem algumas sugestões de endereços eletrônicos para consulta:
Sistema de numeração Egípcio – Disponível em: <
http://educar.sc.usp.br/matematica/l1t5.htm >. Acesso em 10/06/ 2011.
Sistema de numeração Egípcio – Disponível em: <
http://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/sistema-numeracao-egipcios.htm
>. Acesso em 06/06/ 2011.
DEZ, A BASE MAIS COMUM
Em certas regiões da África Ocidental, ―há relativamente pouco tempo‖,
os pastores tinham um costume bastante prático para avaliar um rebanho.
Eles faziam os animais passarem em fila, um a um. Após a passagem do
primeiro enfiavam uma concha num fio de lã branca, após o segundo uma
outra concha, e assim por diante até dez. Nesse momento desmanchava-se o
colar e se introduzia uma concha numa lã azul, associada às dezenas. E se
recomeça a enfiar conchas na lã branca até a passagem do vigésimo animal,
quando se introduzia uma segunda concha no fio azul. Quando este tinha, por
sua vez, dez conchas, e cem animais haviam sido contados, desfazia-se o
colar das dezenas e enfiava-se uma concha numa lã vermelha, reservada
desta vez para as centenas. E assim por diante até o término da contagem
dos animais. Para duzentos e cinqüenta e oito animais, por exemplo, haveria
oito conchas de lã branca, cinco azuis e duas vermelhas.
Não vamos pensar com isso que esses pastores raciocinavam como
―primitivos‖. Nós ainda contamos segundo o mesmo princípio que eles, só que
com símbolos diferentes. A ideia básica deste procedimento reside na
predominância do agrupamento por dezenas (ou ―feixes‖ de dez unidades),
por centenas (ou dezenas de dezenas) etc. Nesta técnica concreta, cada
concha de lã branca vale por uma unidade simples, enquanto cada concha da
segunda ou da terceira lã marca um agrupamento de dez ou de cem
unidades. Na linguagem dos matemáticos, isto se chama ―empregar a base
dez‖.
Georges Ifrah (1989,p.53)
24
Sistema de numeração Maia – Disponível em: <
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm36/numeracao_maia.htm
>. Acesso em 02/06/ 2011.
Sistemas de numeração Indo Arábico, Romano, Grego, Maia, Babilônico,
Egípcio, Chinês- Japonês – Disponível em: <
http://azevedomarquesmat.blogspot.com/>. Acesso em 12/06/ 2011.
http://www.somatematica.com.br/historia.php>. Acesso em 12/06/ 2011.
A MATEMÁTICA NA ANTIGUIDADE>. Acesso em 04/06/ 2011.
http://www.somatematica.com.br/historia/oriental.php >. Acesso em 12/06/ 2011.
http://www.somatematica.com.br/historia/oriental3.php >. Acesso em 12/06/ 2011.
A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA NO EGITO >. Acesso em 12/06/ 2011.
HISTÓRIA DA MATEMÁTICA NA MESOPOTÂMIA >. Acesso em 12/06/ 2011.
http://www.somatematica.com.br/historia/oriental.php >. Acesso em 12/06/ 2011.
http://www.somatematica.com.br/historia/seculoix.php >. Acesso em 12/06/ 2011.
2- Represente os números 3, 5, 36, 132, 458 e 4818 nos sistemas pesquisados.
3- No sistema de Numeração Romano, quais são todos os algarismos?
4- Este Sistema é posicional? Trabalha com base 10?
5- Como se escreve o número 999, com algarismos romanos?
25
3 . O SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL
Fonte própria
Como você contaria estes palitos?
Qual das formas você acha mais fácil contar?
Fonte própria Fonte própria
A primeira grande ideia estratégica é agrupar os elementos para facilitar a
contagem. Organizar os grupos facilita a visualização para a contagem evitando a
ocorrência de erros, deixando de contar os objetos ou contá-los mais de uma vez.
26
Nosso sistema de numeração fundamenta-se na ideia de agrupamento de dez
unidades. Quando junta-se dez unidades forma-se uma dezena, dez dezenas forma-
se uma centena, dez centenas forma-se um milhar, e assim por diante.
Este sistema é chamado sistema decimal justamente pelo agrupamento ser
realizado de dez em dez.
O sistema decimal é composto por dez símbolos (os algarismos são
0,1,2,3,4,5,6,7,8,9), e com estes símbolos pode-se representar qualquer número,
pois os algarismos representam quantidades diferentes dependendo da posição que
estiverem ocupando na representação (por isso o sistema é chamado posicional).
Em outras palavras, pode-se observar no Sistema de Numeração Decimal que o
significado de um símbolo depende da posição que ele ocupa.
Observe o número 15853: ele apresenta dois números 5 em sua representação,
cada um deles representam quantidades diferentes devido à posição que estão
ocupando. O algarismo 5 que está posicionado entre 3 e 8 representa um grupo
com 5 dezenas ou 50 unidades, o outro 5 que está posicionado entre 8 e o 1,
representa um grupo com 5 unidades de milhar ou seja 5000 unidades.
3.1 Vamos pesquisar para saber um pouco mais
A linguagem dos números
A ideia de correspondência
Do relativo ao absoluto
– Disponível em: < http://www.somatematica.com.br/numeros.php>. Acesso em
16/06/ 2011
4. O SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL E A IMPORTÂNCIA DO ZERO
A ideia ―chave‖ do sistema posicional é a representação do zero (0) pois
afinal, para que representar o vazio, isto é, para que representar a ausência de
valor?
27
Maria Fernanda Vomero escreveu um artigo publicado na revista
SUPERINTERESSANTE do mês de abril de 2001 que trata sobre a origem do
algarismo zero. Por muitos anos este número foi discutido sem se chegar a uma
conclusão a contento. O grande desafio de muitas gerações foi como representar
algo que nada representa .
4.1. Curiosidades
Curiosidades
Dois mil anos antes de cristo já haviam descoberto fórmulas para cálculo das
áreas do triângulo e do círculo, assim como do volume das esferas e dos
cilindros. Apesar de não conhecerem o zero, já resolviam nessa época equações
algébricas. Os conhecimentos astronômicos permitiram-lhes a organização de
um calendário baseado nos movimentos do sol. A divisão do ano em doze meses
de trinta dias é de origem egípcia; os romanos adotaram-na e ainda hoje é
conservada com pequenas modificações.
( Souto ,1978, p.32)
A cultura indiana antiga já trazia uma noção de vazio bem antes do conceito
matemático de zero. "Num dicionário de sânscrito, você encontra uma explicação
bastante detalhada sobre o termo indiano para o zero, que é shúnya", afirma o
físico Roberto de Andrade Martins, do Grupo de História e Teoria da Ciência da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Como adjetivo, shúnya significa
vazio, deserto, estéril. Aplica-se a uma pessoa solitária, sem amigos; a um
indivíduo indiferente ou insensível. O termo descreve um sentimento de
ausência, a falta de algo, uma ação sem resultados. Como substantivo, shúnya
refere-se ao nada, ao vácuo, à inexistência. A partir do século VIII d.C., os árabes
levaram para a Europa, junto com os outros algarismos, tanto o símbolo que os
indianos haviam criado para o zero quanto a própria idéia de vazio, nulo, não-
existente. E difundiram o termo shúnya – que, em árabe, se tornou shifr e foi
latinizado para zephirum, depois zéfiro, zefro e, por fim, zero.
(VOMERO,2001)
28
Vejamos como se escreve o número trezentos e dois: não poderia escrever
32, pois estaria colocando os algarismos 3 e 2 para representações de quantidades
diferentes, pois o 32 ( três grupos de uma dezena e duas unidades) já representa o
número trinta e dois. Este número possui 3 centenas ou 30 dezenas (neste caso não
sobram dezenas além daquelas que foram agrupadas nas centenas) e ainda possui
duas unidades. Como não ―sobraram dezenas‖, necessitamos de uma
representação para esta posição vazia, isto é, um símbolo para representar o
―nada‖. Portanto, para escrever o número 302 necessitamos do símbolo (0) zero
para representar a ausência de grupos de dezenas. Com isto podemos perceber a
importância do símbolo que representa o zero, sem ele não conseguiríamos
representar todos os números. Deste modo, com os dez símbolos podemos
representar qualquer número natural, visto que o conjunto dos números Naturais é
infinito e nosso Sistema de numeração é decimal e posicional.
Uma observação interessante é que nosso sistema de numeração levou séculos
para ser construído. Portanto, há a necessidade de se vivenciar de maneiras
diferentes esse aprendizado, utilizando-se o maior número de materiais didáticos
possíveis, para que se chegue a um conceito abstrato.
4.2 Vamos pesquisar para saber um pouco mais História do zero - Disponível em: < http://www.somatematica.com.br/historia/zero.php>. Acesso em 10/05/ 2011 4.3 Atividade: Pense e relate: além da base dez, você conhece outras bases e as utiliza em suas
contagens ou em cálculos matemáticos de seu dia a dia?
29
5. MATERIAIS PEDAGÓGICOS
Nas atividades aqui sugeridas serão citados algumas possibilidades de
materiais, dentre as muitas que existem para serem utilizados no processo ensino-
aprendizagem dos números naturais e, consequentemente, números reais.
Um ábaco pode ser considerado qualquer instrumento que os alunos
possam manipular para auxiliar na realização de cálculos matemáticos (soroban,
cartaz de pregas, cartaz de valor lugar, contador, flanelógrafo, etc.). Assim como
estes materiais, o material dourado é um excelente recurso para facilitar a
compreensão do valor posicional dos algarismos. Acompanhe alguns exemplos
dados a seguir.
5.1 Material dourado
O material dourado é conhecido como material Montessoriano de contagem,
foi criado pela médica italiana Maria Montessori (1870 – 1952) que trabalhava com
crianças que apresentavam distúrbios de aprendizagem. O material original era
constituído de contas de plástico na cor dourada, daí a origem do nome.
Material dourado
Imagem captada em: http://mateadg4md.blogspot.com/2009/06/figuras-do-
material-dourado.html acesso dia 18/07/2011
30
5.1.1 Um pouco da história:
Atualmente, o material dourado é composto por quatro tipos sendo cubos,
barras, placas e cubinhos de madeira, dispostos da seguinte forma:
um cubo pequeno, de 1cmX1cmX1cm representa a unidade;
uma barra de 1cmX1cmX10cm com 10 cubinhos unidos representa uma
dezena;
uma placa 1cmX10cmX10cm com 100 cubinhos unidos representa uma
centena;
um cubo grande 10cmX10cmX10cm com 1000 cubinhos ou 10 placas unidas
ou 100 barras unidas representa o milhar.
O "Material das Contas"
Vamos conhecer o material das contas pelas palavras de Maria
Montessori:
"Preparei também, para os maiores do curso elementar, um material destinado a
representar os números sob forma geométrica. Trata-se do excelente material
denominado material das contas. As unidades são representadas por pequenas
contas amarelas; a dezena (ou número 10) é formada por uma barra de dez
contas enfiadas num arame bem duro. Esta barra é repetida 10 vezes em dez
outras barras ligadas entre si, formando um quadrado, "o quadrado de dez",
somando o total de cem. Finalmente, dez quadrados sobrepostos e ligados
formando um cubo, "o cubo de 10", isto é, 1000.
Aconteceu de crianças de quatro anos de idade ficarem atraídas por esses
objetos brilhantes e facilmente manejáveis. Para surpresa nossa, puseram-se a
combiná-los, imitando as crianças maiores. Surgiu assim um tal entusiasmo pelo
trabalho com os números, particularmente com o sistema decimal, que se pôde
afirmar que os exercícios de aritmética tinham se tornado apaixonantes.
As crianças foram compondo números até 1000. O desenvolvimento ulterior foi
maravilhoso, a tal ponto que houve crianças de cinco anos que fizeram as
quatro operações com números de milhares de unidades".
http://educar.sc.usp.br/matematica/m2l2.htm
31
imagens captadas em: http://educar.sc.usp.br/matematica/m2l2.htm acesso 20/05/2011
Na impossibilidade de se ter esse material em madeira, pode-se desenhar em
cartões ou EVA; os cubos podem ser substituídos por quadradinhos de lado 2 cm,
barras por retângulos de 2 cm por 20 cm e placas por quadrados de lado 20 cm
formando a representação das unidades, dezenas e centenas. Uma das vantagens
da utilização do material dourado é permitir a visualização dos valores de cada peça.
5.1.2 Atividades com material dourado
Agrupamentos e trocas na base 10
1) Construir um ábaco de papel sulfite, dividir o sulfite em 4 partes iguais (pode-
se desenhar as peças ou escrever o nome de cada uma). Cada aluno recebe
uma quantidade de cubos e deverá fazer trocas com as peças para tentar
ficar sempre com o menor número de peças.
CUBO PLACA BARRA CUBINHO
32
a) Qual o menor número de peças para formar o numero 15?
b) O número de 43 cubinhos realizadas as trocas fica representado como ?
2) Com peças variadas, trocar entre todas possíveis para formar os números
pedidos.
3) Com 36 cubinhos, duas barras e uma placa. Qual o menor número de peças
que encontramos?
4) Representando Agrupamentos e trocas
Utilize o ábaco para representar com o material dourado os números pedidos
realizando trocas necessárias e logo após registre no seu caderno em forma de
tabela.
a) Como ficam representados 27 cubos no ábaco e no caderno?
b) O que dá pra formar com 3 placas, 15 barras e 35 cubos ?
Após os alunos se familiarizarem com a tabela pode-se apresentar o nome das
ordens:
Cubo equivale a Unidade de milhar
Placa equivale a Centena
Barra equivale a Dezena
Cubinho equivale a Unidade
CUBO PLACA BARRA
2
CUBINHO
7
33
5 ) Do caderno para o ábaco
a) Represente no ábaco o numero 185
b) O que será colocado no ábaco para o numero 327 ?
c) E para o numero 529 ?
6 ) O que acontecerá se precisarmos retirar 1 cubo nos seguintes casos:
a) Havendo uma placa;
b) Havendo uma placa e duas barras;
c) Havendo 4 placas;
7 ) O que acontecerá se acrescentarmos 1 cubo, isto é, com o que ficarei ?
a) Se tenho 9 barras e 9 cubos?
b) Se tenho 1 placa 9 barras e 9 cubos?
8 ) Analise as seguintes situações
1ª) Em uma fabrica de camisetas foram feitas 389 unidades em um dia e 425 no dia
seguinte. Quantas camisetas foram feitas nesses dois dias?
2ª) Um empregado trabalhou numa fabrica durante 3 anos, 6 meses e 18 dias e 4
anos, 10 meses e 26 dias em outra. Quanto tempo ao todo tem de serviço?
a) Para solucionar os dois problemas utiliza-se o mesmo raciocínio.
b) Escreva como as trocas e agrupamentos aparecem em cada situação.
CUBO
UM
Unidade
de milhar
PLACA
C
Centena
BARRA
D
Dezena
CUBINHO
U
Unidade
34
6. Quadro Valor Lugar (QVL)
UM
Unidade
de milhar
C
Centena
D
Dezena
U
Unidade
Imagem captada em: http://www.exatas.mat.br/opfundamentais.htm Acesso 01/07/2011
Utilizaremos esta forma de representação do QVL
UM
C
D
U
É um recurso utilizado pra reforçar o significado da representação posicional
decimal. Ao utilizar uma tabela onde aparecem indicadas as ordens decimais
(unidade, dezena, centena, unidade de milhar, etc.), o aluno pode fazer e desfazer
agrupamentos, dando significado aos números escritos no sistema de numeração
decimal. O quadro valor lugar é um recurso útil e deve acompanhar o aluno no
35
decorrer do processo de aprendizagem do sistema decimal de numeração e no
algoritmo das operações com números naturais. Pode-se também utilizá-lo para
ampliar o conhecimento quando se trabalhar os números decimais, para incluir as
ordens menores que a unidade, tais como décimos, centésimos, milésimos, etc, ou
ainda quando os alunos apresentarem dificuldades para compreender o valor
posicional.
6.1 Atividades:
1) Analise o QVL e responda:
UM
C
D
3
U
6
a) É correto dizermos que 36 tem 6 unidades ?
b) Quantas unidades tem o 36 ?
c) Explique qual é o significado do algarismo 6, em 36.
36
2) Responda com suas palavras as seguintes questões
UM
C
3
D
2
U
5
a) Explique por que é errado dizer que o número 325 tem 2 dezenas.
b) O numero 325 tem quantas dezenas?
c) Qual é o significado correto do algarismo 2 em 325?
3) Em grupos, elaborar uma atividade para facilitar a compreensão de que há
unidades agrupadas nas dezenas, há dezenas agrupadas nas centenas, e
assim sucessivamente nas demais ordens decimais.
37
7. Elaboração de material pedagógico
A proposta de trabalho com o material pedagógico tem a finalidade de
propiciar um encaminhamento para a retomada de procedimentos básicos nas
operações, auxiliando na aprendizagem dos alunos que apresentam dificuldades de
entendimento desses procedimentos. Este material é uma adaptação, reunindo-se a
representação do material dourado planificado, quadro valor lugar e o flanelógrafo.
Objetivo:
1) Facilitar a visualização, manipulação e compreensão do sistema
decimal, bem como reforçar o significado da representação posicional
decimal e possibilitar a aprendizagem do algoritmo das operações;
2) Propiciar a visualização dos algoritmos e o processo de trocas
realizadas para a resolução das operações.
Material: Feltro, Folhas coloridas de EVA para confeccionar os números,os sinais de
adição, subtração, multiplicação, divisão e representação do material dourado
planificado, Lápis, Tesoura, Cola, Vélcro.
Procedimentos: Confeccionar o material conforme as indicações:
1) construir as peças do material, orientar os alunos para que recortem 4 jogos
de algarismos de 0 a 9;
2) recortar os símbolos +, -- , x e ÷;
3) Recortar as letras U,D,C,UM (que representarão as casas das unidades,
dezenas, centenas e unidades de milhar) no quadro valor lugar;
4) Recortar tiras retangulares de 3cm por 50cm para a divisão dos quadros no
QVL;
5) Recortar as peças que representarão o material dourado planificado; os cubos
serão representados por 100 quadradinhos com 2cm de lado; as barras serão
representadas por 30 retângulos de 2cm por 20cm, e as placas por 10
quadrados de 20cm por 20cm. Construir um cubo 20cmx20cmx20cm, apenas
para visualização e explicação de que se precisaria de 1000 cubos de 2cm x
2cm x 2cm para se obter um cubo grande;
6) Atrás das peças colar vélcro para usá-las fixadas no feltro;
7) Providenciar 1 (um) metro quadrado de feltro.
38
Vejamos o material representado nas fotos:
Fonte própria
Fonte própria
39
7.1 Atividades
1) Confeccionar o material didático seguindo as instruções.
2) Utilizando o material confeccionado, resolver as seguintes operações,fazendo
um relato das trocas necessárias para realizar o calculo das operações.
a) 348 +429 =__________________
b) 149 + 561 = __________________
c) 365 + 746 = __________________
d) 321 – 149 = __________________
e) 236 – 128 = __________________
f) 563 – 294 = __________________
g) 134 x 8 = ____________________
h) 349 x 26 = ___________________
i) 136 ÷ 2 = ___________________
j) 2478 ÷ 6= __________________
3) Discutam e exponham suas conclusões:
a) A importância da utilização deste material didático para o ensino-
aprendizagem.
b) Quando trabalhado com este material, você identificou quais as dificuldades
que ele pode sanar?
40
UNIDADE II
1. ALGORITMOS
Um algoritmo é um dispositivo prático desenvolvido para facilitar a execução de
certas tarefas que se apresentam em nosso dia a dia. Em nosso cotidiano
convivemos com muitos algoritmos – alguns são muito simples, como ligar um som
(pois há apenas um botão para pressionar e ele está ligado) ; outros já precisam de
mais atenção pois são preparados gradualmente, tais como uma receita de um bolo
em que precisamos ter vários ingredientes e respeitar a ordem de execução das
etapas para obter sucesso. Há também outros algoritmos contendo um certo grau de
dificuldade; exigem muito treinamento para que se consiga realizá-los com
independência e segurança, como é o caso de ter autonomia para dirigir um
automóvel.
Quando nos é apresentado algum algoritmo novo é comum que necessitemos de
ajuda para poder utilizá-lo nas primeiras tentativas. Faz-se necessário compreendê-
lo para que se possa utilizá-lo com autonomia e não mecanicamente.
2. ADIÇÃO
2.1 Objetivo
Resolver situações-problema envolvendo adição; efetuar adições utilizando material
pedagógico construído; trabalhar com valor posicional.
2.2 Conceito
Adição: Esta é a operação mais natural em nossas vidas e sua conceituação serve
de base para futuras aprendizagens em matemática. A operação de adição envolve
situações de ―juntar‖ (ou reunir) e acrescentar. É fundamental que os alunos
vivenciem experiências que envolvam estes tipos de situações de forma concreta,
para que mais tarde não haja dificuldades na resolução de problemas que se
caracterizam pelas perguntas ―que conta eu faço?‖, demonstrando a dificuldade de
interpretação.
41
2.3 Curiosidades
2.4 Algoritmo da adição
Após trabalhar as situações fundamentais da adição de forma concreta e após
os alunos dominarem o processo de agrupamentos e trocas, pode-se apresentar o
algoritmo da adição. É fundamental que o professor esteja atento para o trabalho
com as operações de adição no momento da utilização do algoritmo, pois se os
alunos aprenderem a trabalhar eficientemente com o ábaco, os mesmo poderão não
apresentarão dificuldades em compreender que devemos colocar ―unidade embaixo
de unidade, dezena embaixo de dezena, centena embaixo de centenas, e assim por
O emprego regular do sinal + (mais) aparece na Aritmética Comercial de João
Widman d'Eger, publicada em Leipzig em 1489. Entretanto, os sinais de mais e
de menos não representavam a adição ou a subtração, ou os números positivos
ou negativos, mas os excessos e os déficit em problemas de negócio (Cajori vol.
1, página 128).
Os símbolos positivos e negativos vieram somente ter uso geral na Inglaterra
depois que foram usados por Robert Recorde, em 1557. Todavia, já eram
usados antes de aparecerem na escrita. Por exemplo: foram pintados em
tambores para indicar se os tambores estavam cheios ou não.
Os antigos matemáticos gregos, como se observa na obra de Diofanto,
limitavam-se a indicar a adição juntapondo as parcelas - sistema que ainda hoje
adotamos quando queremos indicar a soma de um número inteiro com uma
fração. Como sinal de operação mais usavam os algebristas italianos a letra P,
inicial da palavra latina plus. Símbolos - Disponível em: <
http://www.somatematica.com.br/curiosidades/c66.html
>. Acesso em 03/05/ 2011
http://www.somatematica.com.br/curiosidades/c66.html
42
diante‖. Os alunos também compreenderão a necessidade de começar o calculo
pelas unidades, realizando os cálculos da direita para a esquerda.
Vamos recordar os nomes dos termos da Adição:
Na adição 316 +526 =842 temos:
Os números 316 e 526 estão sendo somados e chamam-se Parcelas.
O número 842 é o resultado da adição e chama-se Soma ou Total
Vamos calcular a adição utilizando o algoritmo no QVL
Exemplo:
3526 + 1395 = 4921. Primeiramente, devemos ordenar os números nas devidas
posições: unidades, dezenas, centenas, milhar, etc.
UM
3
1
C
5
3
D
2
9
U
6
5
31 6 Parcela
+ 526 Parcela
842 Soma ou Total
43
Após esta fase podemos iniciar a soma. Neste processo, observa-se que os
números 3526 e 1395 foram agrupados para que possam ser somados.
UM
3
1
C
5
3
D
2
9
U
6
+ 5
=11
1
Constatamos que a soma das unidades (6 + 5 = 11) corresponde a 1 dezena e 1
unidade; assim, recorre-se ao recurso de reserva também conhecida como ―vai um‖.
Note que há que se ter o cuidado de especificar aos alunos o que significa este ―vai
um‖, pois quando estamos operando com as unidades e se tem reserva ―vai um
conjunto de dez unidades‖ ( que é igual a uma dezena) para ser somada na ―casa‖
das dezenas.
UM
3
1
C
5
3
D
1 +
2
+ 9
=12
U
6
5
2 1
44
Observa-se que, ao se operar a soma das dezenas tem-se 1 + 2 + 9 = 12.
Como 12 dezenas que é igual a 1 centena e 2 dezenas, na ―casa‖ das dezenas fica
o número 2 e ―vai um‖ (um conjunto de 10 dezenas que é igual a uma centena)
para a casa das centenas.
UM
3
1
C
1 +
5
+ 3
D
2
9
U
6
5
4 9 2 1
Isto quer dizer que na casa das centenas tem-se 1 + 5 + 3 = 9 centenas. Para
finalizar este processo, pode-se operar a ―casa‖ do milhar que é igual a (3 + 1=4) 4
unidades de milhar. Então, chega-se ao final da operação da adição: 3526 + 1395 =
4921.
2.5 Sugestões de leituras:
Teoria e prática de matemática: como dois e dois Volume único: Livro do
professor / Marília Barros de Almeida Toledo, Mauro de Almeida Toledo.—
1.ed. – São Paulo: FTD, 2009
Educação Matemática 1: números e operações numéricas / Terezinha
Nunes...[ et al. ] -- 2. ed. – São Paulo: Cortez, 2009
45
2.6 Sugestão site de atividades
Atividade online – Disponível em: <
http://www.imagem.eti.br/matematica/matematica_contas_adicao_1.html >.
Acesso em 12/06/ 2011.
2.7 Utilizando Material Pedagógico
Com o material pedagógico confeccionado, demonstramos um exemplo de
adição. Para seguir passo a passo:
Fonte própria
46
Fonte própria
Fonte própria
47
Fonte própria
2.8 Atividades
1) Utilizando o material didático produzido resolva as operações de adição
sugeridas e explique quais as trocas que foram necessárias para sua
resolução.
a) 26 + 18 = ________________
b) 42 + 64 = ________________
c) 64 + 26 = ________________
d) 145 +367 = _______________
e) 286 + 178 = _______________
2) Escreva o nome dos termos da adição:
1839 ______________
+348 ______________
2187 ______________
48
3. Subtração
3.1 Objetivo
Conhecer os algoritmos e ideias associadas ao conceito de subtração, bem
como a compreensão de sua utilização no cotidiano, identificar os termos da
subtração e efetuar operações utilizando técnicas diferenciadas buscando a
compreensão das ideias por elas transmitidas.
3.2 Conceito
A subtração envolve algumas ideias que demonstram outras ações além do ato
ou efeito de subtrair-se, como por exemplo:
a ideia de tirar: é a relação mais utilizada, pois já se imagina um todo
apresentado para dele retirar uma parte.
Por exemplo:
Em uma sala de aula havia 36 alunos. Na aula de português 15 foram à
biblioteca emprestar livros. Quantos permaneceram na sala ?
A ideia de comparar: visualizamos esta ideia em situação que necessitamos
confrontar duas quantidades independentes.
Por exemplo:
Sonia tem uma coleção de 68 brincos, e sua irmã Ana tem 75. Qual delas
tem mais brincos? Qual a diferença?
A ideia de completar: esta ideia está presente em situação que se faz
necessário descobrir qual é a parte que esta faltando para se chegar ao todo.
Por exemplo:
Quero comprar uma bicicleta que custa 348 reais, mais só tenho 159. Quanto
falta?
49
3.3 Curiosidade
3.4 Algoritmo da subtração
Para iniciar a utilização do algoritmo da subtração deve-se também trabalhar
com materiais de contagem e com o QVL. Mesmo utilizando o ábaco para iniciar a
aprendizagem da subtração, surgem muitas formas de realizar tal operação, pois
cada um utilizará o raciocínio que lhe é de maior compreensão.
No ano 830, Mohamed Ben Musa Alkarismí, um dos sábios mais notáveis do Século IX, fazia subtrações de números inteiros da seguinte forma:
(Para que você possa acompanhar as operações, usaremos aqui algarismos modernos.) De 12025 vamos tirar 3604.
A operação era iniciada pela esquerda (operação I). Assim, a 12 tirava 3 e restavam 9; cancelava os algarismos considerados (12 e 3) e escrevia o resto obtido em cima do "minuendo".
Continuando: a 90 tirava 6 restavam 84. A diferença obtida (operação II) era escrita sobre o "minuendo" e os algarismos que formavam os termos de subtração eram cancelados.
Por fim, a 8425 tirava 4 e restavam 8421 (operação III).
E assim temos a diferença entre os números dados.
– Disponível em: <http://www.somatematica.com.br/curiosidades/c76.html
>. Acesso em 18/06/ 2011
O algoritmo da subtração
Para iniciar a utilização do algoritmo da subtração como na adição deve-se
também trabalhar com materiais de contagem e o QVL.
Mesmo utilizando o ábaco para iniciar a aprendizagem surgem muitas formas
de realizar a operação, pois cada um utilizará o raciocínio com a ideia de
subtração que lhe é de maior compreensão.
Vamos seguir os passos para resolver a operação de subtração utilizando o
QVL para compreender o processo de trocas que devemos realizar.
a) 3235 - 1548 = 1687
50
Vamos recordar os nomes dos termos da Subtração:
Na subtração 4731 - 1634 =3097 temos:
O número 4731 chama-se Minuendo.
O número 1634 chama-se Subtraendo.
O número 3097 é o resultado da subtração e chama-se Resto ou Diferença.
Vamos seguir os passos para resolver a operação de subtração utilizando o
QVL para compreender o processo de trocas que devemos realizar.
a) 3235 - 1548 = 1687
Primeiramente, deve-se agrupar os números colocando-os em cada quadro,
respeitando as casas das unidades, dezenas,centenas, unidade de milhar e assim
por diante.
UM
3
1
C
2
5
D
3
4
U
4
7
4731 Minuendo
- 1634 Subtraendo
3097 Resto ou Diferença
51
Feito isso, verificamos que não é possível a subtração das unidades (4 - 7). É
preciso, portanto, recorrer ao Processo de recurso à ordem superior, também
conhecido como ‖vamos pedir emprestado ao meu vizinho‖ ou "pedir emprestado".
Frisar para os alunos que ―emprestar um do vizinho‖, é o mesmo que recorrer à casa
das dezenas; de fato empresta-se uma dezena:
UM
3
1
C
2
5
D
3 -1= 2
4
U
4+10= 14
7
7
Como uma dezena é igual a 10 unidades, ficamos com (4 + 10 = 14). Após colocar o
resultado de 14 unidades menos 7 unidades que é igual a 7 unidades,
continuaremos a resolução e observando-se que não é possível a subtração da casa
das dezenas (2 – 4) .Teremos que ―pedir emprestado‖ uma centena. Emprestamos
uma centena que é igual a 10 dezenas e temos (10 + 2 = 12). Logo após, realizamos
a operação (12 – 4 = 8).
UM
3
1
C
2 – 1 = 1
5
D
10+2 =12
4
U
14
7
8 7
52
Agora passamos, a efetuar a operação das centenas: como não é possível efetuar o
cálculo (1 – 5) centenas, teremos que ―pedir emprestado‖ um milhar, que é igual a
10 centenas, donde temos (10 + 1 = 11) centenas; agora, podemos efetuar a
operação na casa das centenas (11 – 5 = 6).
UM
3 – 1=2
1
C
10+ 1=11
5
D
12
4
U
14
7
1 6 8 7
Para finalizar, podemos efetuar a operação das unidades de milhar (2 - 1 = 1).
Então, o resultado da subtração é 3235 - 1548 = 1687, como desejado.
3.5 Utilizando Material Pedagógico
Exemplo de subtração utilizando o material pedagógico confeccionado:
Vamos resolver a subtração 243 – 129 :
53
Fonte própria
Observamos que não podemos retirar 9 unidades de 3 unidades. Necessitamos
realizar a primeira troca, emprestando-se uma dezena.
Fonte própria
54
Depois, trocamos a barra por 10 quadradinhos e realizamos a operação
(10 + 3 = 13),
Fonte própria
Fazemos a subtração de 13 unidades menos 9 unidades que é igual a 4 unidades;
percebe-se que ficamos com 3 dezenas:
Fonte própria
55
Das 3 dezenas retiramos 2 dezenas, restando 1 dezena.
Fonte própria
Na ―casa‖ das centenas temos 2 centenas para retirar 1 centena, restando 1
centena.
Fonte própria
Finalizando a operação temos que: 243 – 129 = 114.
56
3.6 Sugestão site de atividades
Atividade online – Disponível em: <
http://www.imagem.eti.br/matematica/matematica_contas_subtracao_1.html
> . Acesso em 15/06/ 2011.
3.7 Atividades
1) Utilizando o material pedagógico confeccionado resolva as operações de
subtração sugeridas e explique quais as trocas que foram necessárias para
sua resolução.
a) 348 – 129 = ____________________
b) 451 - 326 =____________________
c) 146 – 48 = ____________________
d) 564 – 286 = ____________________
e) 373 – 194 = ____________________
2) Resolva as subtrações:
a) 186 - 74 = ____________________________________________
b) 837 - 79 = ____________________________________________
c) 5.800 - 3.936 = _________________________________________
d) 10.802 - 9.974 =________________________________________
e) 312.214 - 237.146 = _____________________________________
3) Em uma subtração, o subtraendo é 234 e o resto é 214.
Qual é o minuendo?
4) Qual é o número que somado a 869 é igual a 1.048?
5) Escreva o nome dos termos da subtração:
1839 _______________________
- 348 _______________________
1491 _______________________
57
4. Multiplicação
4.1 Objetivo
Conhecer os algoritmos e ideias associadas ao conceito de multiplicação,
bem como a compreensão de sua utilização no cotidiano, identificar os termos da
multiplicação e efetuar operações utilizando técnicas diferenciadas buscando a
compreensão das ideias por elas transmitidas.
4.2 Conceito
Muitas vezes a multiplicação é vista ou definida como ―Adição de parcelas
iguais‖. É uma ferramenta muito útil para resolver problemas de contagem. A
multiplicação de dois números naturais além de enfoque de ―adição de parcelas
iguais‖ também pode ser trabalhada como raciocínio combinatório no qual consiste
em verificar quais e quantas são as possibilidades de formar pares com duas
coleções, ou ainda se trabalhar a ideia de Proporcionalidade.
Essa idéia é considerada uma das mais importantes na Matemática visto que em
outras ciências como Física e Química é muito utilizada.
Exemplos:
a) Como adição de parcelas iguais
3 X 4 = 4 + 4 + 4 + 4
b) Como raciocínio combinatório
―Vou fazer um lanche, para isso tenho a opção de 3 sabores de suco e 2
sabores de sanduíches. De quantas maneiras podem ser o meu lanche?‖
Sanduíche Queijo Sanduíche Frango
Suco Uva Suco Uva Sanduíche Queijo
Suco Uva Sanduíche Frango
Suco Morango Suco Morango Sanduíche Queijo
Suco Morango Sanduíche Frango
Suco Pêra Suco Pêra Sanduíche Queijo
Suco Pêra Sanduíche Frango
58
a) Como Ideia de Proporcionalidade:
Para fazer 12 quadrados foram ocupadas 3 folhas de EVA vermelho. Quantas
folhas serão necessárias para fazer 36 quadrados vermelhos?
Neste caso é necessário analisarmos proporcionalmente, se em 3 folhas
deu 12 quadrados, em quantas folhas dará 36 quadrados?
Quadrados Folhas
12 3
36 ?
Percebe- se que de 12 para 36 a quantidade triplicou
12 x 3 = 36
3 x 3 = 9
Então precisaremos de 9 folhas.
4.3 Curiosidades
Ao multiplicarmos 37 por múltiplos de 3 menores que 30, nos deparamos com uma fato curioso:
3 x 37 = 111 6 x 37 = 222 9 x 37 = 333 12 x 37 = 444 15 x 37 = 555 18 x 37 = 666 21 x 37 = 777 24 x 37 = 888 27 x 37 = 999
http://www.somatematica.com.br/curiosidades/c62.html
59
4.4 Algoritmo da Multiplicação
Vamos recordar os nomes dos termos da Multiplicação:
Na multiplicação 3186 x÷ 8 = 25488 temos:
O sinal de X, que indicamos na multiplicação, foi empregado pelo matemático
inglês Guilherme Oughtred no livro Clavis Matematicae, publicado em 1631.
Ainda nesse mesmo ano, Harriot, para indicar também o produto a efetuar,
colocava um ponto entre os fatores.
Em 1637, Descartes já se limitava a escrever os fatores justapostos, indicando,
desse modo abreviado, um produto qualquer. Na obra de Leibniz, encontra-se o
sinal para indicar multiplicação. Esse mesmo símbolo, colocado de modo
inverso, indicava a divisão. O ponto foi introduzido como um símbolo para a
multiplicação por Leibniz.
As formas a/b e , indicando a divisão de a por b, são atribuídas aos árabes. A
razão entre duas quantidades é indicada pelo sinal : , que apareceu em 1657
numa obra de Oughtred. O sinal , segundo Rouse Ball, resultou de uma
combinação de dois sinais existentes - e :
http://www.somatematica.com.br/curiosidades/c64.html
31 86 Multiplicando
X 21_ Multiplicador
25488 Produto
60
O número 3186 é o fator que esta sendo multiplicado e chama-se
multiplicando.
O número 8 é o fator que esta sendo multiplicado e chama-se multiplicador .
O número 2548 é o resultado da multiplicação e chama-se quociente.
Vamos utilizar o QVL para resolver o algoritmo da multiplicação. Exemplo: Para multiplicar 324 x 27
UM
C
3
D
2
2
U
4
7
Para resolver a operação de multiplicação utilizando o algoritmo devemos iniciar
pela ―casa‖ das unidades
UM
C
3
D
+2
2
2
U
4
7
28
8
Nesta operação o número sete esta na ―casa‖ das unidades. Então multiplicamos: 1º passo) 7 x 4unidades = 28 (2 dezenas e 8 unidades )
61
UM
C
3
D
+ 2
2
2
14
U
4
7
6 8
2º passo) 7 x 2 dezenas = 14 (1centena e 4 dezenas). Como no 1º passo temos 2
dezenas, não podemos deixar de somá-las aqui, e assim ficamos com 1 centena e
(4 + 2) dezenas, que é igual a 6 dezenas.
3º passo) 7 x 3 centenas = 21( 2 unidades de milhar e 1 centena ). Observamos que
no 2º passo ficamos com 1 centena, então temos ( 1 + 1 ) 2 centenas.
UM
C
+1
3
21
D
+ 2
2
2
U
4
7
2 2 6 8
62
Depois de multiplicar a unidade 7 por 324, multiplicaremos a dezena 2 por 324,
continuamos a colocar os resultados em suas respectivas ―casas‖.
UM
C
3
D
2
2
U
4
7
2 2 6
8
8
+
4º passo) Deixamos a ―casa ― das unidades com o sinal de + para lembrar que
estamos multiplicando as dezenas, 2 dezenas x 4 unidades = 8 dezenas
UM
C
3
D
2
2
U
4
7
2
6
2
4
6
8
8
+
5º passo) 2 dezenas x 2 dezenas = 4 centenas
6º passo) 2 dezenas x 3 centenas = 6 unidades de milhar.
63
Após realizadas todas as multiplicações devemos somar os resultados
seguindo os mesmos procedimentos do algoritmo da adição.
UM
C
3
D
2
2
U
4
7
2
6
2
4
6
8
8
+
8 7 4 8
Então, temos o resultado 324 x 27 = 8748. 4.5 Curiosidade
Vídeo outro algoritmo da multiplicação - Disponível em: <
http://amatematicaandaporai.blogspot.com/2009/04/outro-algoritmo-da-
multiplicacao.html < Acesso em 08/05/ 2011
Assistir a este vídeo é muito interessante para conhecer outro algoritmo da
multiplicação
4.6 Sugestão site de atividades
Resolver operações de multiplicação online - Disponível em: <
http://www.imagem.eti.br/matematica/matematica_contas_multiplicacao_pelo
_numero_2.html < Acesso em 08/05/ 2011
64
4.7 Atividades
1) Escreva o nome dos termos da multiplicação:
234 _______________________
X 8 _______________________
1872 _______________________
2) Utilizando o material pedagógico confeccionado, resolver as seguintes
operações, fazendo um relato dos procedimentos necessários para realizar o
calculo das operações.
a) 148 x 7 = _______________________
b) 342 x 9 = _______________________
c) 242 x 12 =_______________________
d) 327 x 24=_______________________
e) 162 x 35 = ______________________
3) Vamos pesquisar o método de multiplicar árabe
- Disponível em: < http://www.spce.org.pt/sem/16fb.pdf <Acesso 20/07/2011
Descreva se há alguma semelhança do método de multiplicar árabe com o
nosso sistema.
4) Pesquise também sobre as técnicas de multiplicação russa e egípcias.
65
5. Divisão
5.1 Objetivo
Conhecer as representações, os algoritmos e ideias associadas ao conceito
de divisão, bem como a compreensão de sua utilização no cotidiano.
5.2 Representações da divisão
Veja algumas formas de representação da divisão:
A forma mais conhecida é o sinal de divisão ;
Podemos representa-la como uma fração , neste caso o denominador deve
ser diferente de 0;
Podemos representa-la com uma barra ;
Podemos utilizar a representação da divisão por dois pontos
Podemos tambem utilizar o sinal de inverso .
A divisão é a operação que nos permite determinar o quociente entre dois números
a ÷ b . A operação inversa da divisão é a multiplicação.
Exemplo:
192 ÷ 6 = 32 e 32 x 6 = 192
Lembre-se
Que não é possível realizar a divisão por zero, isto é,
o divisor deve ser sempre diferente de zero.
66
5.3 Conceito
A divisão apresenta duas ideias distintas como conceito.
A primeira ideia é repartir igualmente, também chamada de partição.
Geralmente essa ideia é demonstrada na formação de grupos com a mesma
quantidade de elementos.
Exemplo: Mateus tem 234 selos em sua coleção, resolveu reparti-los igualmente
entre 6 álbuns.Com quantos selos ficará cada álbum?
A segunda ideia é a de medir: essa ideia retrata situações em que temos duas
quantidades e queremos saber quantos grupos teremos isto é ―quanto cabe‖
a quantidade menor na quantidade maior, ou quantos grupos menores posso
formar dentro de um grupo maior .
Exemplo:
Mateus tem 234 selos e quer colocá-los em álbuns. Quantos álbuns serão
necessários para distribuir 39 selos em cada um?
Desde muito cedo já temos em mente os conceitos de divisão, mas trabalhar
com ela que é considerada o ―monstro‖ das operações não é fácil, pois para ter
habilidade neste algoritmo temos que dominar os demais: a subtração e a
multiplicação que estão diretamente relacionadas com a divisão.
5.4 Algoritmo da Divisão
O processo de aprendizado da operação de divisão é o principal problema
dos alunos atualmente. Esta é a principal causa das dificuldades encontradas pelos
alunos para resolver questões que se apresentam em seu cotidiano. Não é raro
encontrarmos alunos que terminam seus estudos e não sabem efetuar as divisões
corretamente. Muitos encontram dificuldade em compreender o algoritmo, pois o
resolvem mecanicamente.
67
Vamos recordar os nomes dos termos da divisão:
Na divisão 86 ÷ 21 = 4 resto 2 temos:
O número 86 é o número que esta sendo dividido e chama-se dividendo.
O número 21 é o número pelo qual esta se dividindo e chama-se divisor.
O número 4 é o resultado da divisão e chama-se quociente.
O número 2 é o que sobra após realizada a divisão e chama-se resto.
Vejamos como se processa o algoritmo da divisão, observe as resoluções e os
esquemas.
Método longo:
Exemplos: a) 756 : 21 = 36
Dividendo 756 21 divisor
- 63 3 6 quociente
126
- 126
000 resto
Dividendo 86 21 divisor
- 84 4 quociente
2 resto
68
Método curto:
Exemplos: a) 756 : 21 = 36
5.5 Divisão Exata
Chamamos de divisão exata quando o resto da divisão é igual a zero. Isto acontece
quando o dividendo é múltiplo do divisor.
Exemplo: 49 ÷ 7 = 7.
5.6 Divisão Aproximada ou Inexata
É denominada divisão inexata quando o resto da divisão é diferente de zero. Isto
ocorre quando o dividendo não é múltiplo do divisor.
Exemplo: 36 ÷ 7 = 5, e o resto é igual a 1 (um).
Dividendo 756 21 divisor
126 3 6 quociente
000 resto
49 7
0 7
36 7
1 5
69
5.7 Curiosidade
5.8 Atividades
1) Observe a operação pronta e relate quais foram os passos e trocas
necessários para a sua resolução
1834 14
- 14 131
043
- 42
O14
- 14
00
Escolha um número de três algarismos: Ex: 234
Repita este numero na frente do mesmo: 234234
Agora divida por 13: 234234 ÷ 13 = 18018
Agora divida o resultado por 11: 18018 ÷ 11 = 1638
Divida novamente o resultado, só que agora por 7: 1638 ÷ 7 = 234
O resultado é igual ao numero de três algarismos que você havia escolhido: 234.
- Disponível em: < http://www.somatematica.com.br/curiosidades/c9.html
Acesso 25/06/2011
70
2) Utilizando o material pedagógico construído resolva as seguintes operações
relatando os procedimentos realizados
a) 4527 ÷ 23 =________________
b) 3472 ÷ 31 =________________
c) 342 ÷ 9 = __________________
d) 495 ÷ 9 =__________________
e) 364 ÷ 5 =__________________
3) Esta é fácil:
Vejam a questão da FUVEST 2003 – Primeira fase:
Num bolão,sete amigos ganharam vinte e milhões, sessenta e três mil e quarenta
e dois reais. O premio foi dividido em sete partes iguais. Logo, o que cada um
recebeu, em reais, foi:
(a)3.009.006,00
(b)3.009.006,50
(c)3.090.006,00
(d)3.090.006,50
(e) 3.900.060,50
Resposta: (a) problema de divisão - Disponível em: <
http://www.exatas.mat.br/opfundamentais.htm < Acesso em 01/07/2011
4) Vamos pesquisar para saber um pouco mais:
Leia o texto sobre Algoritmos da divisão – Disponível em - Disponível em: <
http://blogs.esecs.ipleiria.pt/eb1mat/files/2007/03/algoritmo_divisao.pdf > Acesso
em 01/05/2011
Após realizar a leitura, reflitam sobre o texto e relatem se já tinham conhecimento
sobre o assunto. Procure pesquisar diferentes formas de calcular a divisão, alem
do algoritmo que usamos você pode pesquisar a divisão egípcia e o algoritmo
americano. Há alguma semelhança entre eles?
71
5.9 Sugestão de vídeo
Diferentes jeitos de dividir - Disponível em:
<http://revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica-pedagogica/matematica-
d-divisao-1-3a-serie-429423.shtml>. Acesso em 20/ 06/ 2011.
6. Resolução de problemas
O Sistema de Numeração Decimal apresenta a vantagem de possibilitar que
possam ser estabelecidos processos através de algoritmos para facilitar a resolução
de problemas que envolvem as operações fundamentais.
Texto para leitura
A resolução de problemas e o ensino-aprendizagem de matemática
Resolver um problema não se resume em compreender o que foi proposto e
em dar respostas aplicando procedimentos adequados. Aprender a dar uma
resposta correta, que tenha sentido, pode ser suficiente para que ela seja
aceita até seja convincente, mas não é garantia de apropriação do
conhecimento envolvido.
Além disso, é necessário desenvolver habilidades que permitam pôr a prova
os resultados, testar seus efeitos, comparar diferentes caminhos, para obter a
solução. Nessa forma de trabalho, o valor da resposta correta cede o lugar ao
valor do processo de resolução.
O fato de o aluno ser estimulado a questionar sua própria resposta, a
questionar o problema, a transformar um dado problema numa fonte de
novos problemas, evidencia uma concepção de ensino e aprendizagem não
pela mera reprodução de conhecimentos, mas pela via de ação refletida que
constrói conhecimentos (BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Matemática – Terceiro e Quarto Ciclos do
Ensino Fundamental. Brasília: MEC, 1998. P. 42).
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A resolução de problemas deve oportunizar ao aluno envolver-se com as
aplicações de raciocínio matemático.
Segundo Lima (2001), citado por Dante (2010, p.20)
As aplicações são empregos das noções e teorias da matemática para obter resultados, conclusões e previsões em situações que vão desde problemas triviais do dia a dia a questões mais sutis que surgem noutras áreas, quer científicas, quer tecnológicas, quer mesmo sociais. As aplicações constituem a principal razão pela qual o ensino da matemática e tão difundido e necessário, desde os primórdios da civilização até os dias de hoje e certamente cada vez mais no futuro. Como as entendemos, as aplicações do conhecimento matemático incluem a resolução de problemas, essa arte intrigante que, por meio de desafios, desenvolve a criatividade, nutre a autoestima, estimula a imaginação e recompensa o esforço de aprender.
Tendo a visão da resolução de problemas como citada por Lima e Dante, é
necessário tomar muito cuidado para que não ocorra a situação descrita a seguir por
Starepravo (2009, p.22)
A resolução de problemas, na escola, tem se reduzido, via de regra, a um pretexto para o aluno ―fazer contas‖. A própria concepção de problema está equivocada, pois se basta ao aluno ―retirar‖ as informações numéricas para aplicá-las num algoritmo previamente ensinado, a atividade se constitui num exercício e não num problema. Problema é uma situação, cuja solução não é conhecida a priori por aquele que a enfrenta.
Infelizmente o que se tem visto nas escolas é esta situação: os professores
colocam as situações-problema e os alunos perguntam ―que conta utilizar‖
Se trabalharmos de fato com problemas, nossos alunos precisarão interpretar os seus dados para resolvê-los, representando as relações envolvidas da forma como são compreendidas por eles. A preocupação da criança não estará na escolha da ―conta‖ adequada, mas na elaboração de procedimentos que lhe permitam alcançar uma solução satisfatória. Starepravo(2009,23)
Para que o aluno tenha habilidade para resolver problemas podemos seguir
alguns procedimentos que facilitarão o raciocínio. Estes procedimentos são
chamado por Polia de etapas:
Segundo POLYA (2006) para se resolver um problema as principais etapas são
quatro :
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Compreender o problema;
Elaborar um plano;
Executar o plano;
Fazer o retrospecto ou verificação.
Estas etapas não podem ser vistas como um receita a ser seguida, que em um
passe de mágica resolverá todos os problemas de aprendizagem, mas elas podem
orientar a resolução de problemas, facilitando o raciocínio para encontrar a solução
do problema. Tendo em mente que devemos buscar formas, métodos e
procedimentos que visem a melhoria da aprendizagem dos alunos, estas etapas nos
auxiliam nesta caminhada.
6.1 Atividade em Duplas
Seguindo as etapas propostas por POLIA ,elaborem problemas que envolvam as
operações fundamentais:
a) Adição e Subtração com as ideias de tirar, comparar, completar.
b) Multiplicação com a ideia raciocínio combinatório
c) Multiplicação com a ideia de proporcionalidade
d) Multiplicação com a ideia de proporcionalidade e divisão com a ideia de medir
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AVALIAÇÃO
Considere a seguinte passagem das Diretrizes Curriculares da Rede Pública
de Educação Básica do Estado do Paraná – Matemática, que nos orienta sobre a
avaliação e nos diz que, ―No processo avaliativo, é necessário que o professor faça
uso da observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar
oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento‖
(DCE,2008 p.44) .
Visando cumprir tais orientações, a avaliação dar-se-á mediante a observação
do encaminhamento das atividades propostas, verificando a compreensão e o
entendimento dos processos de resolução dos algoritmos das quatro operações,
bem como dos materiais pedagógicos confeccionados.
O processo de avaliação deve envolver acompanhamento continuo do
professor, pois o desenvolvimento e registros das atividades por parte do aluno
orientam o professor para um diagnóstico e possível reorientação no processo
ensino- aprendizagem.
Nesta perspectiva: serão avaliadas as atividades desenvolvidas no decorrer da
implementação do projeto visando a aprendizagem e a compreensão dos conceitos
das operações fundamentais (adição, subtração, multiplicação e divisão), bem como
a utilização do material pedagógico confeccionado.
Como instrumento avaliativo, aos alunos deverão escrever um relatório
explicando os procedimentos para resolver as operações abordadas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente projeto consiste na tentativa de se encontrar uma solução para
uma questão extremamente grave no curso (FDEIAIEF): a falta de preparo dos
professores em formação para o ensino dos conteúdos básicos para o Ensino
Fundamental do Primeiro ao Quinto ano. Como é possível haver professores das
séries iniciais que não dominam as quatro operações básicas? Como tais
profissionais ministrarão os conteúdos básicos a seus alunos? Quem não sabe, não
ensina!
Segundo Bicudo ―pois não é possível que se queira ensinar algo a alguém
sem que se conheça esse algo‖ (2005, p.46).
Tendo como base tais argumentações, o que fazer, assina-se a falência de
uma educação Pública? Esta questão é extremamente relevante. Não se pode
aceitar uma situação tão perturbadora na Educação Brasileira: futuros docentes que
não dominam conteúdos básicos da Matemática. Desta maneira, deve-se propor
metodologias motivadoras de ensino-aprendizagem.
Concebe-se, neste projeto, uma realidade escolar diferente, e assim justifica-
se a necessidade de metodologias específicas que fundamentem a busca por
soluções que efetivem a aprendizagem. Nesse ínterim, afirma-se a importância de
centrar a prática pedagógica, sabendo-se relacionar o ensino-aprendizagem e o
conhecimento matemático.
Busca-se a apropriação do conhecimento básico da Matemática, bem como o
desenvolvimento intelectual e profissional desses futuros docentes, levando-os a
desenvolver valores e atitudes de sua formação integral como docentes,
potencializando-se meios para que os mesmos possam superar seus próprios
desafios pedagógicos.
Observa-se que um dos principais objetivos do ensino da Matemática é
desenvolver nos alunos a capacidade de raciocínio lógico-abstrato, seja mediante
atividades que o envolvam, o desafiem e o motivem, ou mesmo na resolução de
problemas reais.
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REFERÊNCIAS
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POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas: um novo aspecto do método matemático. Tradução e adaptação: Heitor Lisboa de Araújo. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.
SOUTO MAIOR, Armando. História Geral. São Paulo: Nacional, 1978.
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VEIGA, Marise Schmidt. Computador e Educação? Uma ótima combinação. Petrópolis, 2001. Pedagogia em foco. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/inedu01.htm>. Acesso em: 28 set. 2010. VOMERO, Maria Fernanda. Tudo o que o nada tem / SUPERINTERESSANTE, abril de 2001 – Ed. Abril – Edição 163.
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