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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ – UENP
TELMA SOFIA ISHII DOGNANI
O EQUILÍBRIO DA BALANÇA PARA APROPRIAÇÃO DO
CONCEITO DE EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU
JACAREZINHO – PARANÁ
2012
TELMA SOFIA ISHII DOGNANI
O EQUILÍBRIO DA BALANÇA PARA APROPRIAÇÃO DO CONCEITO DE EQUAÇOES DO PRIMEIRO GRAU
Produção Didática Pedagógica apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação, sob orientação do Professor Fernando Oliveira da Silva
JACAREZINHO – PARANÁ
2012
Ficha para identificação da Produção Didático- Pedagógica
Professor PDE/2012
Título: O equilíbrio da balança para apropriação do conceito de equações do primeiro grau.
Autor: Profª Telma Sofia Ishii Dognani
Disciplina/ Área: Matemática
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Escola Estadual Profª Hercília de Paula e Silva. Avenida Elson Soares, 34
Município da escola: Carlópolis-PR
Núcleo Regional de Educação: Jacarézinho-PR
Professor Orientador: Profº Fernando Oliveira da Silva.
Instituição de Ensino Superior: Uenp/ Jacarézinho
Formato do Material Didático: Unidade didática
Relação Interdisciplinar -
Público Alvo: Alunos do 8º ano do Ensino Fundamental do período matutino
Localização: Escola Estadual Profª Hercília de Paula e Silva. Carlópolis-PR
Resumo: Pensando numa melhor compreensão e
também num atrativo que desperte mais a atenção
dos alunos e procurando trabalhar de uma maneira
para entender e aprender matemática, resolvi
montar esse projeto.
É uma nova maneira de compreender o
significado de uma equação para que não fique tão
abstrata e sem significado.
Todo o processo desde a montagem de
uma equação até o seu valor numérico fica vago
para os educandos. Talvez se associarmos objetos
concretos como por exemplo uma balança não
digital, daquelas antigas com dois pratos, que era
muito usada em açougues e supermecados
possamos dar um suporte na visualização e
montagem das equações. Os alunos construirão
uma balança com dois pratos junto com o professor
e atravéz das pesagens e com o equilíbrio dela irão
associar o equilíbrio às equações.
Com a balança em equilíbrio irão entender
as mudanças que ocorrem nas equações sem
alterar a igualdade dos seus membros, acrescentar
ou tirar, multiplicar, dividir, etc.
Atrávez da contrução da balança e
equilíbrio pretende-se desenvolver nos alunos
conceitos básicos para o estudo de equações do 1º
grau.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Equação, balança, equilíbrio
APRESENTAÇÃO
Fazendo cumprir a finalidade social da educação, o PDE é um programa de
Formação Continuada diferenciado, que tem por objetivo qualificar o professor
através de estudos teóricos e experiências vivenciadas. A intenção é buscar
alternativas que superem problemas da escola em que atua e da educação
paranaense, identificados na elaboração do Projeto de Intervenção Pedagógica. É
nesse meio de interpretação que a produção didático-pedagógica, voltada para a
realidade das escolas do Paraná, objetiva a articulação entre a teoria e a prática
num contexto específico que caracteriza as escolas da Educação Básica de nosso
Estado.
Esta produção didática-pedagógica se caracteriza como uma Unidade
Didática voltada para o estudo de Equação do 1º grau no Ensino de Matemática,
sendo direcionada a alunos do 8º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual
Professora Hercília de Paula e Silva, sob a orientação do professor Fernando
Oliveira da Silva. O tema será desenvolvido adotando-se uma metodologia mais
significativa, através da construção de uma balança de dois pratos, antigamente
chamada “ balança de pescador “.
No decorrer dos anos, atuando como professora de matemática na 7ª série
(8º ano) do ensino fundamental, constatei uma grande dificuldade por parte dos
alunos em compreender uma matéria que faz parte do currículo e que é essencial
para as séries posteriores: "equação".
A disciplina de matemática sempre foi a que os alunos encontram mais
dificuldades e no momento em que apresentamos equações essas dificuldades se
tornam maiores.
Antigamente aprendíamos o conteúdo de matemática de uma maneira mais
simplificada obedecendo as regras que eram impostas pelos professores e livros
didáticos muitas vezes sem ter sentido ou significado, mas conseguíamos aprender
e resolver a maioria das atividades dos conteúdos propostos..
Atualmente as dificuldades aumentaram. Os alunos a cada ano estão menos
interessados e com mais dificuldade em entender e aprender matemática. Por isso
temos que estar sempre inovando e preparando nossas aulas pensando numa
melhor compreensão e também num atrativo que desperte mais a atenção deles.
Com esse objetivo decidi elaborar esse projeto que é ao meu ver uma nova
maneira de compreender o significado de uma equação para que não fique tão
abstrato e sem significado para os alunos.
Todo o processo desde a montagem de uma equação até o seu valor
numérico fica vago para os educandos. Talvez se associarmos objetos concretos
como por exemplo uma balança não digital, daquelas antigas com dois pratos, muito
usada em açougues e supermercados possamos dar um suporte na visualização e
montagem das equações.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Quando nos deparamos com certas perguntas vindas dos alunos como:
__ Professor, essa Matemática toda que estamos estudando, para que serve?
__ Onde é que nós vamos usar isso na vida?
Temos que nos questionarmos que talvez o ensino esteja se desenvolvendo
muito abstratamente, sem exibir a relevância dos conceitos introduzidos e que algo
deve ser feito para motivá-los.
A Matemática deve ser ensinada nas escolas porque é parte substancial de todo o patrimônio cognitivo da Humanidade. Se o currículo escolar deve levar a uma boa formação humanística, então o ensino da Matemática é indispensável para que essa formação seja completa. O ensino da Matemática se justifica ainda pelos elementos enriquecedores do pensamento matemático na formação intelectual do aluno, seja pela exatidão do pensamento demonstrativo que ela exibe, seja pelo exercício criativo da intuição, da imaginação e dos raciocínios por indução e analogia. O ensino da Matemática é também importante para dotar o aluno do instrumento necessário no estudo das outras ciências e capacitá-lo no trato das atividades práticas que envolvem aspectos quantitativos da realidade. (ÁVILA 2010)
É justificado, em larga medida o ensino da Matemática, pela riqueza dos
diferentes processos de criatividade que ele exibe, proporcionando ao educando
excelentes oportunidades de exercitar e desenvolver suas faculdades intelectuais.
Mas, segundo ÁVILA a razão mais importante para justificar o ensino da
Matemática é o relevante papel que esta disciplina desempenha na construção de
todo o edifício do conhecimento humano. Foram ideias matemáticas simples de
semelhança de figuras geométricas e proporcionalidade que permitiram aos
astrônomos, já no século III a.C., calcular o tamanho da Terra, os tamanhos do Sol e
da Lua e as distâncias a que se encontram esses astros da Terra. E a solução
desses problemas mudou radicalmente a ideia do homem a respeito do mundo em
que vivia.
Muitos foram os educadores famosos que, nos últimos séculos, ressaltaram a importância do apoio visual ou do visual-tátil como facilitador para a aprendizagem. Assim, por exemplo, por volta de 1650, Comenius escreveu que o ensino deveria dar-se do concreto ao abstrato, justificando que o conhecimento começa pelos sentidos e que só se aprende fazendo. Locke, em 1680, dizia da necessidade da experiência sensível para alcançar o conhecimento. Cerca de cem anos depois, Rousseau recomendou a experiência direta sobre os objetos, visando à aprendizagem. Pestalozzi e Froebel, por volta de 1800, também reconheceram que o ensino deveria começar pelo concreto; na mesma época, Herbart defendeu que a aprendizagem começa pelo campo sensorial. Pelos idos de 1900, Dewey confirmava o pensamento de Comenius, ressaltando a importância da experiência direta como fator básico para construção do conhecimento, e Poincaré recomendava o uso de imagens vivas para clarear verdades matemáticas. Mais recentemente, Monessori legou-nos inúmeros exemplos de materiais didáticos e atividades de ensino que valorizam a aprendizagem através dos sentidos, especialmente do tátil, enquanto Piaget deixou claro que o conhecimento se dá pela ação refletida sobre o objeto; Vygotsky, na Rússia, e Bruner, nos Estados Unidos, concordaram que as experiências no mundo real constituem o caminho para a criança construir seu raciocínio.(LORENZATO, 2010)
Cada educador, a seu modo, reconheceu que é básica para a aprendizagem a
ação do indivíduo sobre o objeto. Esse reconhecimento evidencia o papel
fundamental que o material didático pode desempenhar na aprendizagem.
São muitos os nomes de expoentes da educação que reconheceram a
eficácia do material didático na aprendizagem da matemática como: Willy Servais,
Caleb Gattegno, Emma Castelnuovo, Pedro Puig Adam, Tamas Varga, Georges
Cuisenaire, Jean-Louis Nicolet, Luigi Campedelli, Zoltan P. Dienes. No Brasil: Julio
César de Mello e Souza e Manoel Jairo Bezerra, entre outros, muito contribuíram
para a divulgação do uso de material didático como apoio às aulas de matemática.
Justamente por isso, para que as escolas possuam objetos e imagens a
serem utilizados nas aulas, como facilitadores da aprendizagem, introduzirei o uso e
manuseio da balança para ensinar equação do 1º grau.
Equação é uma igualdade onde aparece uma letra (incógnita) que
representa um valor desconhecido, como:
x + 3 = 91
2 - 3y = 4y + 6
3 = a
O 1º membro de uma equação é a expressão à esquerda do sinal = .
O 2º membro de uma equação é a expressão à direita do sinal = .
Os membros são constituídos pelos termos da equação.
Resolver uma equação é descobrir o valor da incógnita que torna a
igualdade verdadeira.
Quando duas equações têm a mesma solução, diz-se que são equivalentes.
E para resolver uma equação, podemos mudar um termo de um membro para o
outro, trocando-lhe o sinal.
Numa equação, podemos multiplicar ou dividir ambos os membros pelo
mesmo número, desde que não seja 0 ( zero).
Quando dois termos têm um fator comum representado pela mesma letra
diz-se que são Termos semelhantes.
As equações podem ser classificadas em: Equações Possíveis e
Determinadas, sendo as equações que só têm uma solução chamam-se; já as
equações que têm uma infinidade de soluções chamam-se Equações Possíveis e
Indeterminadas e as equações que não têm nenhuma solução chamam-se
Equações Impossíveis.
De acordo com Oliveira (s/d), em outros tempos, as pessoas procuravam
solucionar problemas do cotidiano, envolvendo matemática, através de processos
aritméticos, porém em determinadas situações esse processo não conseguia
resolver os problemas que surgiam.
Constituiu-se as equações quando passou a trabalhar com elementos
algébricos. E equações são expressões algébricas que representam uma
determinada situação problema.
Além de conseguir esquematizar um problema com expressões algébricas, é
necessário conseguir resolvê-las, então foram realizados estudos sobre os métodos
de obtenção da solução das equações.
Por meio de manipulações aritméticas, é feita a obtenção da solução de uma
equação, envolvendo incógnitas que são letras que podem representar qualquer
número.
Por exemplo, a solução de uma equação do tipo ax+b=0 é dada pela
expressão x= -b/a. Veja que x é a incógnita, ou seja, o valor que queremos
determinar e a, b são os coeficientes dessa equação, representados por números
quaisquer. (OLIVEIRA, s/d)
Os números e operações/álgebra e funções é o tema de maior prioridade
para a Matemática ensinada na educação básica, onde o estudante já reconhece as
diferentes representações dos números racionais, faz cálculos com valores
aproximados de radicais e faz cálculos algébricos.
Os alunos vem do 7º ano com uma noção de equação e em geral resolvem
utilizando um único procedimento de resolução que consiste no método da
transposição, isto é, transpor os termos de um membro para outro da igualdade.
Esse procedimento de resolução, quando aplicado mecanicamente e, sem a
compreensão de equações equivalentes, pode levar os alunos a cometerem
determinados erros.
Esses erros podem ser provenientes tanto do fato de efetuar a transposição de
termos sem alterar indevidamente o sinal do coeficiente. Isto é, os alunos efetuam a
“passagem’’ de um coeficiente ou de um termo independente para o outro lado da
equação, simplesmente alterando o sinal do número que é transposto, muitas vezes
em uma sequência de atos mecânicos, sem a percepção da operação envolvida,
que é a essência desse método.
Estudos nessa direção constataram, conforme Kieran (1992), que muitos estudantes
aprenderam a manipular equações de uma maneira mecânica, usando um algarismo
de resolução, que consiste no procedimento “ muda de lado – muda de sinal ’’.
O professor deve levar em consideração que um ensino calcado em técnicas, sem
uma reflexão de seu significado, pode levar os alunos a cometerem determinados
erros, que estão vinculados a esta concepção de ensino.
O grande desafio do professor é identificar esses erros, perceber suas incidências e
planejar situações didáticas pertinentes para provocar sua superação, evitando que
se transformem em erros sistemáticos.
Efetuar a mesma operação em ambos os lados de uma equação enfatiza a
relação de equivalência das equações, e essa ênfase está ausente no procedimento
de transposição.
O método de efetuar nos dois membros de uma equação uma operação que
é a inversa de uma das operações dadas explicita o equilíbrio primeiro membro e
segundo membro da equação. Além disso, a justificativa para se efetuar a mesma
operação nos dois membros é precisamente manter a equação em equilíbrio e a
solução inalterada ao longo de todo o processo de resolução. Ademais, esse
procedimento envolve também a simplificação do primeiro e do segundo membros
da equação ( KIERAN 1994).
Nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Matemática, a
aprendizagem consiste em criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido
e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se capaz de
estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar.
O ensino não pode ser baseado apenas em memorizar ou fixar listas de
exercícios. O processo pedagógico tem que ser direcionado para a visão de mundo
do aluno, suas opções de vida e do seu cotidiano.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de
Matemática, é necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para
que o estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e
apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos
matemáticos e de outras áreas do conhecimento.
Portanto, pensando sempre numa melhor compreensão e entendimento por
parte dos alunos decidi introduzir o conceito de equação de uma maneira real e
significativa. No decorrer da minha pesquisa observei que vários autores também
citam como exemplo a balança em equilíbrio para introduzir o conceito de equação
do 1º grau.
A balança de braços iguais é composta por um travessão horizontal ficando
fixado no centro, para que haja equilíbrio, por um ponto móvel em um suporte. Os
pratos estão situados nas pontas desse travessão, que ficam dependurados por uma
corda ou corrente, onde serão colocados os pesos ou objeto de massa
desconhecida, um de um lado e um de outro lado.
Segundo os autores PIAGET e INHELDER, as crianças dos 3 aos 5 anos de
idade, normalmente apresentam reações esclarecedoras. Numa balança, desde
cedo se constrói a noção de um equilíbrio entre o peso do corpo e outros corpos.
Através do manuseio da balança e da colocação de objetos em seus pratos a criança
compreende que, para o equilíbrio, existe necessidade de um peso de cada lado, e mesmo de
pesos aproximadamente iguais, sendo que ainda não sabe proceder sistematicamente para
conseguir essa igualização, sendo que agora começa a colocar e a tirar, mas sem igualizações
exatas; fazendo correções sucessivas, ou seja, regulações, mas não ainda operações
estritamente reversíveis.
Esses dois tipos de regulações, por igualizações e por adições, ou supressões, dão assim o ponto de partida para as futuras transformações por reciprocidade (simetrias) e por inversão, relativamente aos pesos. Quanto às distâncias, há progresso na tendência para a simetria. (cf. MAL). (PIAGET E INHELDER, 2008, s/p).
Entretanto, ainda não há correspondências sistemáticas do tipo: mais distante = mais
pesado. (PIAGET E INHELDER, 2008)
Conceito central da Álgebra, a aprendizagem das equações, representa para
os alunos o início de uma nova etapa no seu estudo da Matemática. Envolvendo
números e operações com que contactaram anteriormente, ao lado das expressões
numéricas, surgem agora outras expressões, envolvendo novos símbolos e novas
regras de manipulação, que remetem para outro nível de abstração.
Sempre pensando em dar mais significado e tornar menos abstrato o ensino
da matemática e principalmente de equação do 1º grau, utilizarei a “balança de dois
pratos”, também conhecida como “ balança de pescador”, muito usada antigamente
e agora substituída pelas balanças digitais.
Usando a definição de equação que é uma igualdade onde aparece uma
letra que representa um valor desconhecido, farei a comparação da igualdade com a
balança em equilíbrio. Com objetos dos próprios alunos e da sala de aula e pesos
confeccionados por mim demonstrarei que existe uma igualdade/equilíbrio quando
colocado num dos pratos da balança o objeto e no outro prato o peso equivalente a
ele.
Demonstrarei também que há o desequilíbrio/desigualdade quando colocado
num dos pratos da balança um objeto e no outro prato um peso que não é
equivalente a ele.
O lado esquerdo é igual ao lado direito, e temos que acreditar neste fato
para podermos prosseguir com a nossa resolução.
A palavra “equação” vem da palavra “igual”.
Quando é colocado em ambos os pratos da balança objetos iguais (pesos
iguais), eles poderão observar que a balança continua equilibrada e colocado
objetos diferentes (pesos diferentes), perde-se o equilíbrio, há o desequilíbrio. Então,
os estudantes deverão fazer várias pesagens de objetos diferentes, devendo anotar
os pesos e comparar vendo o equilíbrio e/ou desequilíbrio, observando a diferença
que há entre eles.
ATIVIDADES
Depois das pesagens dos materiais dos próprios alunos e da sala de aula
onde a noção de equilíbrio através da balança é estabelecida, tem de ser feito uma
retomada de conteúdos do 7º ano. Explicar que o cancelamento dos termos
acontece quando os números são opostos. Ex.: + 2 – 2 = 0. Se os alunos lembrarem
que no ano anterior 7º ano eles aprenderam que na conta corrente se tinha R$
200,00 ( + 200,00 ) e é debitado um cheque de R$ 200,00 ( - 200,00 ), a conta ficará
nula ( 0 ), eles terão mais facilidade no entendimento e resolução das equações.
Mesmo assim o professor deve retomar esse conteúdo e uma das maneiras é
fazendo a analogia entre números opostos e saldo bancário, porque a maioria dos
alunos tem facilidade em entender as operações com números inteiros quando
comparamos com dinheiro, comprar, voltar troco.
1. Resolva as equações:
a) 5x +3 = 4x + 9
5x +3 -3 = 4x +9 -3
5x = 4x +6
5x - 4x = 4x – 4x +6
x = 6
Quando adicionamos ( ou subtraímos ) valores iguais em ambos os membros da
equação, ela permanece em equilíbrio. Demonstrar através da balança que ao
colocarmos em ambos os pratos objetos iguais o equilíbrio se mantém. Primeiro
acrescenta-se nos dois membros -3 e depois - 4x.
Verificação:
5x + 3 = 4x + 9
5.6 + 3 = 4. 6 + 9
30 + 3 = 24 + 9
33 =33
b) 3y + 7 = 2y + 1
3y + 7 – 7 = 2y +1 – 7
3y = 2y – 6
3y – 2y = 2y – 2y – 6
y = - 6
Demonstrar através da balança que ao colocarmos ou tirarmos em ambos os
pratos objetos iguais o equilíbrio se mantém. Primeiro acrescenta-se – 7,
depois – 2y.
Verificação:
3y + 7 = 2y + 1
3.(- 6) + 7 = 2. (- 6) + 1
- 18 + 7 = - 12 + 1
- 11 = - 11
c) 8m + 2 = 6m + 4
8m – 6m + 2 = 6m – 6m + 4
2m + 2 = 4
2m + 2 – 2 = 4 – 2
2m = 2
=
m = 1
Quando adicionamos ( ou subtraímos ) valores iguais em ambos os membros da
equação, ela permanece em equilíbrio. Da mesma forma, se multiplicamos ( ou
dividimos ) ambos os membros da equação por um valor não nulo, a equação
permanece em equilíbrio. Primeiro acrescenta-se nos dois membros – 6m, depois -2,
e : 2.
Verificação:
8m + 2 = 6m + 4
8.1 + 2 = 6. 1 + 4
8 + 2 = 6 + 4
10 = 10
d) 3x + 1 = x + 1
3x + 1 – 1 = x + 1 – 1
3x = x
3x – x = x – x
2x = 0
x = 0
Acrescenta-se em ambos os membros da equação valores iguais: - 1; - x; : 2,
e a equação permanece em equilíbrio.
Verificação:
3x +1 = x + 1
3 . 0 + 1 = 0 + 1
0 + 1 = + 1
1 = 1
e) 5n + 3 = 4n + 9
5n + 3 – 3 = 4n + 9 – 3
5n = 4n + 6
5n – 4n = 4n + 6 – 4n
n = 6
Acrescenta-se em ambos os membros da equação valores iguais: - 3; - 4n e a
equação permanece em equilíbrio.
Verificação:
5n + 3 = 4n + 9
5 . 6 + 3 = 4 . 6 + 9
30 + 3 = 24 + 9
33 = 33
f) 2 – 5 ( x + 2)= 14 – x
2 – 5x – 10 = 14 – x
- 5x – 8 = 14 – x
- 5x – 8 + 8 = 14 – x + 8
- 5x = - x + 22
- 5x + x = - x + x + 22
- 4x = + 22
ou x = - 5,5
Acrescenta-se em ambos os membros da equação valores iguais: + 8; + x; : - 4, e a
equação permanece em equilíbrio.
Verificação:
2 – 5 ( x + 2 ) = 14 – x
2 – 5 ( - 5,5 + 2 ) = 14 – ( - 5,5)
2 – 5 ( - 3,5 ) = 14 + 5,5
2 + 17,5 = 19,5
19,5 = 19,5
g) 4x = 3 – ( x + 5 )
4x = 3 –x – 5
4x + x = 3 – x – 5 + x
5x = - 2
5x = - 2
5 5
ou x = - 0,4
Acrescenta-se em ambos os membros da equação valores iguais: + x ; : 5 e a
equação permanece em equilíbrio.
Verificação:
4x = 3 – ( x + 5 )
4 . - 0,4 = 3 – ( - 0,4 + 5 )
- 1,6 = 3 - ( 4,6 )
- 1,6 = - 1,6
2. Veja as medidas do comprimento e da largura de um retângulo. Sabendo-se
que a área desse retângulo tem 105 cm², quanto mede o comprimento desse
retângulo?
7cm
(x + 5) cm
3. Qual deve ser o número real a para que a expressão
-
seja igual
a 1?
4. Um carro, desenvolvendo uma certa velocidade média, percorreu x km,
distância que separa as cidades paranaenses de Curitiba e Maringá, em 5
horas. Se tivesse aumentado em 20 km/h sua velocidade média, teria
percorrido a mesma distância em uma hora a menos, ou seja, em 4 horas.
Qual foi a distância x percorrida?
5. A balança da figura está equilibrada. Os copos são idênticos e contêm, ao
todo, 1400 gramas de farinha. Os copos do prato da esquerda estão
completamente cheios e os copos do prato da direita estão cheios até metade
de sua capacidade. Qual é o peso, em gramas, de um copo vazio?
A) 50
B) 125
C) 175
D) 200
E) 250
Fonte: Obmep 2012
6. Um queijo foi partido em quatro pedaços de mesmo peso. Três desses
pedaços pesam o mesmo que um pedaço mais um peso de 0,8 kg. Qual era o
peso do queijo inteiro?
A) 1,2 kg
B) 1,5 kg
C) 1,6 kg
D) 1,8 kg
E) 2,4 kg
Fonte: Obmep 2011
7. Combinemos que n representa um número natural. Nesse caso, 3n representa o
triplo desse número. Usando esse exemplo, escreva a expressão algébrica
correspondente a:
a) o triplo de um número, mais um;
b) um número par;
c) um número ímpar;
d) a metade de um número;
e) o quádruplo de um número;
f) o consecutivo de um número natural;
g) a soma das expressões obtidas nos itens a e e.
h) a expressão obtida no item e menos a expressão do item a.
8. Em um retângulo, o lado maior é igual ao triplo do lado menor, mais 5 metros.
a) Se o lado menor mede x, quanto mede o outro lado?
b) Obtenha a fórmula que dá o perímetro P desse retângulo. Essa fórmula deve ser
simplificada.
c) Sabendo que o perímetro P tem 17 metros, calcule o valor de x, resolvendo uma
equação.
d) Calcule agora o valor de x para que o perímetro P tenha 9 m.
9. Resolva a equação x + 2 = 2 – x – 2
2 3
Para eliminar a fração, multiplica os dois lados da igualdade pelo mmc ( 2; 3 ), que é
6, a equação permanece em equilíbrio e os denominadores são eliminados.
6 . x + 2 = 6 . 2 – 6 . x – 2
2 3
Fazendo alguns cálculos algébricos, a equação fica mais simples.
3 ( x + 2 ) = 12 – 2 ( x – 2 )
3x + 6 = 12 – 2x + 4
3x + 6 = - 2x + 16
Quando adicionamos valores iguais em ambos os membros da equação (+ 2x), ela
permanece em equilíbrio.
3x + 2x + 6 = - 2x + 2x + 16
5x + 6 = 16
Quando subtraímos valores iguais em ambos os membros da equação ( - 6 ), ela
permanece em equilíbrio.
5x + 6 – 6 = 16 – 6
5x = 10
Quando dividimos ambos os membros da equação por um valor não nulo ( : 5 ), a
equação permanece em equilíbrio.
x = 2
10. Resolva as seguintes equações:
a)
. Dica: multiplique os dois lados pelo mmc ( 2; 6 ).
b)
Dica: outra maneira de escrever essa equação é
. Para
resolver, multiplique os dois lados pelo mmc ( 2; 3; 5 ), que é igual a ...
c)
d)
REFERÊNCIAS
ÁVILA, Geraldo. Várias faces da matemática. Tópicos para licenciatura e leitura em
geral. 2 ed. Blucher, 2010.
CASTRUCCI, GIOVANNI, Jr Giovanni. A conquista da Matemática A + Nova. 1.ed.
FTD São Paulo, 2002
HUGENTHOBLER, Aline; BERGAMO, Douglas; SILVA Gabrielle Andrade B. e
SANTOS, Matheus Pradella dos. Balança de Braços Iguais. Novo Hamburgo, 12
de maio de 06. Disponível em:
<http://ead.liberato.com.br/~mitza/rlt06_1t_1s_meca_3.pdf>. Acesso em:
08/06/2012, ás 19 horas e 06 min.
IMENES, Márcio Luiz; LELLIS Marcelo. MATEMÁTICA IMENES & LELLIS Editora
Moderna, São Paulo- 2009.
LORENZATO,Sergio;. O Laboratório de Ensino de Matemática na Formação de
Professores. 3 ed. Autores associados, 2010.
MOREIRA, Camila de Jesus; SILVA, Lucas Eduardo de Mello e MARTINI Thomás
Augusto. FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA
CUNHA. Balança Romana. Novo Hamburgo, junho de 06. Disponível em:
<http://ead.liberato.com.br/~mitza/rlt06_1t_1s_elet_4.pdf>. Acesso em: 08/06/2012,
ás 19 horas e 32 min.
OLIVEIRA, Gabriel Alessandro de. Equipe Brasil Escola. Equação. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com/matematica/equacao.htm>. Acesso em: 27/06/2012, ás
19 horas e 23 min.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica de Matemática. Curitiba: SEED, 2008.
PIAGET, Jean e INHELDER, Bärbel. Da lógica da criança à lógica do adolescente. São
Paulo: Pioneira, 1976. s e t e m b r o 1 2 , 2 0 0 8 . O Equilíbrio da Balança – Piaget.
Disponível em: <http://www6.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/o-equilibrio-da-balanca/>.
Acesso em: 2/05/2012, ás 15horas e 09 min.
http://www.obmep.org.br acessado em 13/11/2012