SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - Operação de migração para … · 2014-04-22 · interesses...
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAISPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
OFICINA PEDAGÓGICA: USO E RECICLAGEM DO PLÁSTICO
ELENITA BALDISSERA SANCHEZ
MARINGÁ – PR2011
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 032. MEIO AMBIENTE 073. RESÍDUO SÓLIDO 09 3.1. Tipos de Resíduos 09 3.1.1. Quanto a Origem 09 3.1.2. Quanto às características físicas 10 3.1.3. Quanto a composição química 104. DESTINO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 12 4.1. Lixão 12 4.2. Aterro Sanitário 12 4.3. Incineração 13 4.4. Compostagem 13 4.5.Reciclagem 145. COLETA SELETIVA 176. PLÁSTICO 197. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 238. REFERÊNCIAS 24
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1. INTRODUÇÃO
A disciplina de ciências tem como objetivo primordial a investigação da
natureza, ou seja, do conjunto de elementos integradores que constitui o
Universo em toda sua complexidade. Cabe ao ser humano investigar,
interpretar e estabelecer novas formas de pensar, de se relacionar com a
natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus recursos. Porém, o ser
humano, depende de suas relações de troca com a natureza para sobreviver,
isso significa que deve suprir suas necessidades sem comprometer a
capacidade das próximas gerações.
Segundo Villeneuve (1992), esse tipo de desenvolvimento consistiria em
assegurar uma gestão responsável dos recursos de forma a preservar os
interesses de gerações futuras e, ao mesmo tempo, atender às necessidades
atuais.
Ao longo da história, a humanidade relaciona-se com a natureza de
forma irracional, que culminaram com inúmeros problemas ambientais como o
aquecimento global, as mudanças climáticas e o esgotamento dos recursos
naturais. Cabe também a nós professores, despertar em nossos alunos o
pensar ecológico em relação à busca de novos materiais e fontes energéticas,
à prática da seleção e reciclagem de resíduos e à diminuição do desperdício e
do impacto ambiental.
Tais problemas ambientais tornam-se para nós desafios que devem ser
trazidos para sala de aula, incentivando os alunos a participarem como ser
integrante do meio ambiente na busca de soluções nessa relação homem-
natureza, de tal modo que coletivamente se minimize os problemas causados
pela ação humana.
Dentre os diversos problemas ambientais, o lixo preocupa os estudiosos
da área de educação ambiental. O acúmulo de resíduos sólidos causa
problemas ambientais, econômicos e sociais. É fundamental desenvolver
atividades de educação ambiental no sentido de motivar uma maior
participação do cidadão no sistema de limpeza municipal, de atos simples e
diários como o correto acondicionamento de nossos resíduos, a observância
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dos horários de coleta, o não jogar lixo nas ruas, o varrer e conservar limpas as
calçadas, o reutilizar e o reciclar materiais.
A reciclagem do lixo assume papel fundamental na preservação do meio
ambiente, além de diminuir a extração de recursos naturais, reduz o acúmulo
de resíduos nas áreas urbanas. Apesar da importância que a reciclagem, é
necessário também a conscientização por parte da população em evitar o
desperdício no dia-a-dia e reutilizar ao máximo objetos e embalagens
descartáveis.
Atualmente, há uma infinidade de artigos confeccionados a partir de
material reciclável e é por meio de atividades organizadas, numa oficina
pedagógica, que os alunos poderão produzir estes materiais, de forma de
forma lúdica e divertida e, ao mesmo tempo, refletir criticamente sobre todas as
questões que envolvem o crescente acúmulo de lixo.
De acordo com Marcondes (2008, p. 73)
As oficinas temáticas, baseadas na contextualização social dos conhecimentos e na experimentação, permitem a criação de um ambiente propício para interações dialógicas entre o professor e os alunos e entre os próprios alunos. Essa maior dialogicidade é importante no processo de ensino-aprendizagem, pois os alunos manifestam suas idéias, suas dificuldades conceituais e seus entendimentos. O professor tem a oportunidade de acompanhar o desenvolvimento de seus alunos, podendo, nesse processo, redirecionar ou refazer percursos que facilitem a aprendizagem.
Nesse processo, cabe ao professor mediar e orientar de forma coerente
e organizada os trabalhos a serem desenvolvidos nessa proposta pedagógica,
a fim de conscientizar os alunos a se tornarem cidadãos críticos e participantes
de seu meio, proporcionando uma aprendizagem significativa para sua
formação.
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SEQUÊNCIA DIDÁTICA
1. INVESTIGANDO O CONHECIMENTO PRÉVIO DOS ALUNOS EM RELAÇÃO AO MEIO AMBIENTE
Antes de iniciar o estudo de uma unidade, o professor deve investigar o
conhecimento prévio de seus alunos sobre o tema, visando despertar o
interesse do aluno e atingir os objetivos propostos.
Sugestão ao Professor:
a) Realização de dinâmica de desenho do meio ambiente em grupo.
- O professor deve separar os alunos em dois grupos;
- Em seguida, fornecer folha de cartolina e um conjunto de canetinhas
coloridas para cada grupo;
- O professor deve solicitar que um grupo faça um desenho do “meio
ambiente” na época do descobrimento do Brasil e outro grupo do “ meio
ambiente” nos dias de hoje (século 21), com os principais componentes da
paisagem e os principais problemas ambientais existentes em cada época;
- Após o término, o professor deve mediar a discussão sobre as concepções
que os alunos têm de “meio ambiente”, as origens dos problemas
ambientais, as soluções para os mesmos.
b) Aplicação de Questionário 1. Quantas pessoas vivem na sua casa? _____________
2. Qual a procedência da água que abastece sua casa?
( ) poço particular ( ) poço artesiano ( ) Sanepar
( ) outro : Qual ________
3. Na sua casa é feita a separação de lixo para a coleta?
( ) sim ( ) não
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4. Em suas ações no cotidiano, você se considera uma pessoa que tem
contribuído para a preservação do Meio Ambiente?
( ) sim ( ) não
Se a resposta for afirmativa, de que maneira tem contribuído
para a preservação do Meio Ambiente?
5. Você assiste na televisão ou acompanha na internet notícias, entrevistas,
reportagens, vídeos, filmes ou documentários relacionados ao Meio Ambiente?
( ) sim ( ) não
Se a resposta for afirmativa, qual a forma de acompanhamento de
maior frequência ?
6. Na sua concepção estamos com problemas em relação ao meio ambiente no
planeta Terra?
( ) sim ( ) não
7. Você acredita que a ação do ser humano no ambiente está contribuindo para
causar as mudanças climáticas no planeta Terra?
( ) sim ( ) Não ( ) parcialmente
Em caso de reposta negativa ou parcial, o que estaria contribuindo para
essas mudanças?
8. Com suas próprias palavras, defina “lixo”:
9. De todos os materiais que compõem o lixo, o que pode ser reciclado?
10. Para onde vai o lixo coletado ?
11. Na sua opinião, o lixo faz mal à saúde?
12. Qual a importância da reciclagem?
A investigação poderá ser feita individualmente ou em pequenos grupos,
com base no conhecimento de cada aluno. O professor não deve intervir nas
respostas dos alunos. Procure relacionar tais respostas com uma futura
avaliação do tema estudado.
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2. PROBLEMATIZAR O CONCEITO DE MEIO AMBIENTE
O termo ambiente tem origem latina – ambiens, entis, que rodeia; meio
em que vivemos. Em Biologia, meio ambiente inclui tudo o que afeta
diretamente o metabolismo ou o comportamento de um ser vivo ou de uma
espécie, incluindo a luz, o ar, a água, o solo ou os outros seres vivos que com
ele coabitam.
Durante a Conferência Internacional promovida pela Organização das
Nações Unidas (ONU) sobre o Meio Ambiente realizada em Estocolmo, em
1972, definiu-se meio ambiente como: “O meio ambiente é o conjunto de
componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos
diretos ou indiretos em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as
atividades humanas.”
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), estabelecida pela Lei
6938 de 1981, define meio ambiente como “o conjunto de condições, leis,
influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite,
abriga e rege a vida em todas as suas formas.”
Os seres vivos estão presentes nos mais diversos ambientes naturais da
Terra, estabelecendo entre si e com o meio um relacionamento capaz de
garantir não somente a sua sobrevivência, mas também a preservação dos
recursos naturais disponíveis.
O homem está capacitado a sobreviver nos ambientes mais diversos e é
certamente a espécie que mais modifica o meio em que vive. Sua atuação
intensa sobre o meio ambiente vem agredindo a natureza, exterminando seres
vivos e poluindo recursos naturais.
No início do desenvolvimento da civilização humana os impactos
ambientais eram poucos. Com o aumento da população humana e,
principalmente, após a Revolução Industrial, o ser humano vem gerando
profunda interferência na natureza. Os impactos ambientais vão desde a
poluição do meio até as alterações climáticas que prejudicam a existência dos
seres vivos na biosfera. Essas alterações ambientais põem em risco a própria
humanidade e a manutenção da Terra depende cada vez mais do próprio
homem.
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Diante da atual crise ambiental com seus respectivos problemas, a
educação ambiental surge como um processo do desenvolvimento humano
para que se possa conhecer melhor o ambiente e reformular as práticas. Na
tentativa de reintegrar sociedade e natureza.
Sugestão ao Professor: Convidar um representante de um órgão ambiental para realização de uma
palestra, destacando a importância do meio ambiente e a função dos órgãos
ambientais.
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3. RESÍDUO SÓLIDO
A palavra lixo ou resíduo sólido, derivada do latim lix, significa cinza. No
dicionário lixo ou resíduo sólido é definido como sujeira, imundície,
considerados sem utilidade, supérfluos ou perigosos, gerados pela atividade
humana e que devem ser descartados ou eliminados. O conceito de "lixo" pode
ser considerado como uma invenção humana, pois em processos naturais não
há lixo.
Existem várias formas de se classificar os lixo, como por exemplo, os
restos de comida são decompostos por microrganismos e, por isso, são
chamados de biodegradáveis. As garrafas pet, as sacolas de supermercado, os
metais e os vidros não são biodegradáveis, porque não são decompostos por
microrganismos e permanecem por muito tempo ocupando espaço no lixo.
Há também os resíduos sólidos que são perigosos, isto é, representam
perigo à saúde humana ou ao ambiente e que podem contribuir para o
aumento da mortalidade dos seres vivos. Embalagens de produtos corrosivos,
medicamentos, agulhas e seringas, alimentos contaminados, rejeitos industriais
como mercúrio, chumbo e arsênio, são alguns exemplos de resíduos
considerados perigosos.
3.1 Tipos de Resíduos
Em meados de 1987, a Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT, editou a NBR 10.004/87 com a classificação desses resíduos. A
classificação varia de acordo com a procedência dos resíduos:
3.1.1. Por Origem
Resíduos Domiciliar : Nessa categoria inclui-se grande parte do lixo
doméstico, restos de alimentos, folhas, sementes, restos de carne e ossos,
jornais, revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas
descartáveis, etc.
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Resíduo Comercial : inclui o resíduo produzido em instalações públicas, em instalações comerciais, bem como restos de construções e demolições.
Resíduo industrial: é gerado pela indústria, e pode ser altamente prejudicial ao meio ambiente e à saúde humana.
Resíduo hospitalar: resíduos coletados de hospitais, farmácias e clínicas veterinárias é a classificação dada aos resíduos perigosos produzidos dentro de hospitais, como seringas usadas, aventais, medicamentos, sangue coagulado, órgãos e tecidos removidos, animais mortos, filmes fotográficos de raio X, etc.
Resíduo nuclear: composto por produtos altamente radioativos, como restos de combustível nuclear, produtos hospitalares que tiveram contato com radioatividade.
Resíduos de construção e demolição: são resíduos provenientes de obras civis - construção, reconstrução, ampliação, alteração, conservação e demolição ou derrocada de edificações, assim como o solo e lama de escavações.
Resíduos portuários e aeroportuários: Todos os resíduos provenientes de outros países podem ser classificados como perigosos, pois são possíveis agentes contaminantes e vetores de doenças endêmicas. Basicamente originam-se de material de higiene pessoal e restos de alimentos, que podem hospedar doenças provenientes de outras cidades, estados e países.
3.1.2. Quanto às características físicas
Seco: papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras, guardanapos e tolhas de papel, pontas de cigarro, isopor, lâmpadas, parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças.
Molhado: restos de comida, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, etc.
3.1.3. Quanto à composição química:
Orgânico: é composto por pó de café e chá, cabelos, restos de alimentos, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, ossos, aparas e podas de jardim.
Inorgânico: composto por produtos manufaturados como plásticos, vidros, borrachas, tecidos, metais (alumínio, ferro, etc.), tecidos, isopor, lâmpadas, velas, parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças, etc.
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Sugestão ao Professor:
Solicite aos alunos que realizem a leitura do texto, faça uma discussão sobre as características e os tipos de resíduos sólidos.
Atividades:
Reunidos em grupos faça uma relação de resíduos sólidos que são produzidos em nossa casa, escola, comércio, hospital, indústrias e pesquise para onde são destinados. Ao termino do trabalho, relate suas conclusões para os demais alunos.
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4. DESTINO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Segundo a ABRELPE (2010) a atividade humana produz resíduo, em
torno de 0,5 quilogramas de lixo por dia. No Brasil são produzidas cerca de 100
mil toneladas de lixo por dia. Diante dessa grande quantidade, o que fazer com
esse lixo, constituído por diversos materiais, como vidros, plásticos, metais,
papéis, papelão e restos de comida? A destinação do lixo pode ser variada
como:
4.1. Lixão
Os lixões são locais onde o lixo é descarregado diretamente sobre o
solo, sem nenhuma medida de proteção à saúde e ao meio ambiente.
Nesses locais, a matéria orgânica em decomposição atrai insetos, ratos
e outros animais transmissores de doenças, onde passam a viver e se
reproduzir.
Os resíduos da decomposição dos alimentos produz um caldo negro e
malcheiroso, o chorume, que se mistura aos demais materiais encontrados no
lixo. Quando o chorume é carregado pelas chuvas, contamina o solo, os rios e
o lençol freático, tornando a água imprópria para o consumo.
O lixão não é a solução correta para o descarte do lixo. Além do mau
cheiro e do aspecto desagradável que produz, favorece a proliferação de
insetos e animais, que podem causar ou transmitir doenças, comprometendo a
saúde pública, e leva à contaminação do solo e das águas.
4.2.Aterro sanitário
Nos aterros sanitários, o lixo é colocado em valas abertas no solo e
forradas com material impermeável, o geomembrana, para evitar que o
chorume se infiltre no solo, e diariamente o lixo é compactado por máquinas e
coberto com terra. O aterro também possui sistemas de escoamento do
chorume e das águas pluviais, além de uma tubulação para a saída de gases
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produzidos durante a decomposição dos resíduos, principalmente o gás
metano.
Infelizmente, a maioria dos aterros de nosso país não pode ser
considerada aterro sanitário verdadeiro, eles são na verdade, aterros
controlados, pois diminuem o mau cheiro e o acesso de insetos e animais por
serem cobertos, mas como não são impermeabilizados não evitam a
contaminação do solo e das águas. A maior dificuldade para a construção e a
manutenção dos aterros sanitários é seu alto custo.
4.3. Incineração
A incineração é a queima do lixo em aparelhos e usinas especiais em
alta temperatura até reduzi-lo a cinzas.
Apresenta a vantagem de reduzir bastante o volume de resíduos, além
de destruir os organismos que causam doenças, no caso do lixo hospitalar.
Depois da queima do lixo, as cinzas podem ser encaminhadas para aterros
sanitários ou mesmo ser reciclados.
A instalação de incineradores e sua manutenção têm custo elevado, por
isso a utilização desse método é menos freqüente.
4.4. Compostagem
A matéria orgânica do lixo pode ser transformada em adubo numa usina
de compostagem, onde inicialmente o lixo é separado e somente o material
orgânico passa por processo de decomposição que duram de quatro a cinco
meses. Apesar de ser originário do lixo, o composto orgânico não é prejudicial
à saúde, pois, enquanto é fabricado os microrganismos são mortos pelo
oxigênio e pela elevada temperatura.
O processo é bastante útil, porque além de ser uma solução para o lixo
orgânico, também contribui para a agricultura e participa do processo de
reciclagem da matéria orgânica.
Durante a decomposição do lixo é produzida uma grande quantidade de
gás combustível, o biogás, que pode ser aproveitado como fonte de energia por
indústrias ou para geração de eletricidade em usinas termelétricas.
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4.5. Reciclagem
A reciclagem é o processo que permite o reaproveitamento de materiais
como papel, vidro, plástico e metal. O processo de reciclagem diminui o volume
de lixo, portanto, evita a poluição do solo, da água e do ar, reduz a utilização de
recursos naturais, economiza energia, pois gasta-se menos energia na
reciclagem do que na obtenção a partir de fontes naturais e gera empregos
desde a coleta de materiais até as usinas de reciclagem.
Os materiais recicláveis podem ser divididos em:
• Papéis – jornais, revistas, embalagens, envelopes, papelão, etc.;
• Plásticos – os plásticos recicláveis trazem o símbolo da reciclagem;
• Metais – latas de alimentos e de bebidas, fio de cobre, arame, peças de
automóveis, etc.;
• Vidros – copos, frascos, embalagens, garrafas e outras peças, exceto
vidros de janelas e lâmpadas.
O Brasil ainda engatinha no campo da reciclagem, mas a lei nº. 12.305,
de 02 de agosto de 2010 estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos –
PNRS. A nova lei obriga a logística reversa, ou seja, o retorno de embalagens
e outros materiais à produção industrial após consumo e descarte pela
população, principalmente eletrodomésticos, pilhas e baterias que deverão
retornar à origem para que sejam reutilizados ou reciclados.
O símbolo da reciclagem é reconhecido internacionalmente pelas setas
que representam os três grupos que precisam trabalhar em conjunto para que
a reciclagem funcione: as empresas que fabricam o produto, os consumidores
e as usinas de reciclagem.
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Sugestão ao Professor:
Monte com seus alunos um questionário abrangendo todas as dúvidas
relacionadas ao destino dos resíduos sólidos, relacione as mais fundamentais
para a pesquisa e realize uma visita ao aterro sanitário de seu município. Os
alunos farão a entrevista com o funcionário responsável pelo aterro sanitário
para ampliar seus conhecimentos.
Atividades:
Após a leitura do texto, responda:
1. Neste capítulo você conheceu várias formas de dar destino ao lixo.
Identifique quais delas possuem as características abaixo:
a) Em altas temperaturas, destrói micróbios que causam doenças.
b) Transforma lixo em adubo.
c) O lixo é descarregado diretamente no solo, sem proteção.
d) São necessários filtros para evitar a poluição do ar.
e) O lixo é compactado e coberto por camadas de terra.
f) Processo de reaproveitamento de materiais.
2. Quais são os riscos que os lixões trazem à nossa saúde?
3. Quais são as vantagens dos aterros sanitários sobre os lixões ?
4. Faça X nas atitudes que colaboram para reduzir o volume de lixo:
( ) Usar produtos descartáveis, como toalhas de papel, em vez de toalhas de
pano.
( ) Usar os dois lados de uma folha de papel.
( ) Preferir calculadoras que utilizem pilhas em vez de energia solar.
( ) Usar copos de vidro de requeijão para beber água, em vez de jogá-los fora.
( ) Usar sacola de pano para fazer compras, em vez de sacolas de plástico
descartáveis.
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5. Quais são as vantagens da reciclagem dos materiais do lixo?
6. Leia a seguinte frase: “A reciclagem é uma importante forma de preservação ambiental”.Explique o que você entendeu da parte destacada em negrito.
7. Realize uma pesquisa sobre o tempo de decomposição dos diversos tipos de
materiais recicláveis. Monte uma tabela e compare com seus colegas.
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5. COLETA SELETIVA
A coleta seletiva consiste na separação dos materiais que serão
jogados no lixo. O processo deve ser iniciado em casa, nas escolas, escritórios,
lojas, restaurantes ou outro tipo de estabelecimento, separando os
componentes do lixo em pelo menos duas categorias: uma formada por
resíduos de comida e demais materiais biodegradáveis e outra por vidro, metal,
plástico, papel e papelão.
Há diferentes caminhões de coleta, e cada um apanha um tipo de lixo. O
lixo doméstico é recolhido com maior freqüência que o lixo reciclável. Após a
coleta, os funcionários separam o lixo reciclável por categorias e depois são
encaminhados para a reciclagem.
A Resolução CONAMA 275/01 estabelece o código de cores para os
diferentes tipos de resíduos sólidos:
• Azul – papel/ papelão.
• Vermelho – plástico.
• Verde – vidro.
• Amarelo – metal.
• Laranja – resíduos perigosos.
• Branco – resíduos ambulatoriais e serviços de saúde.
• Roxo – resíduos radiativos.
• Marrom – resíduos orgânicos.
• Preto – madeira.
• Cinza – resíduo geral não reciclável ou misturado ou contaminado não
passível de separação.
ALGUNS BENEFÍCIOS DA COLETA SELETIVA :
• Reduz o desmatamento de florestas nativas.
• Reduz a extração dos recursos naturais.
• Diminui a poluição do solo, da água e do ar.
• Economiza energia e água.
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• Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo.
• Diminui o lixo nos aterros e lixões.
• Prolonga a vida útil dos aterros sanitários.
• Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis
pelas indústrias.
• Diminui o desperdício.
• Melhora a limpeza e higiene da cidade.
• Previne enchentes.
• Diminui os gastos com a limpeza urbana.
• Cria oportunidade de fortalecer cooperativas.
• Gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis.
Sugestão ao Professor:
Elabore juntamente com seus alunos um mapa conceitual do reaproveitamento
do lixo urbano e destaque a importância da reciclagem, da coleta seletiva e da
compostagem para o ambiente.
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6. PLÁSTICOS
A palavra plástico vem do grego plastikós, que significa adequado à
moldagem. Plásticos são materiais formados pela união de grandes cadeias
moleculares chamadas polímeros que, por sua vez, são formadas por
moléculas menores denominadas monômeros. O inglês Alexander Parkes
produziu o primeiro plástico, em 1862. Rapidamente, o plástico tornou-se um
dos maiores fenômenos da era industrial, garantindo mais durabilidade e
leveza em sua aplicabilidade.
Os plásticos não são tóxicos e justamente por esta qualidade, são
amplamente utilizados para embalar alimentos, bebidas e medicamentos. Na
saúde são largamente empregados na fabricação de seringas, bolsas para
transfusão de sangue e frascos para soro fisiológico. Por sua atoxidade, não
contaminam o lençol freático, os rios e os oceanos.
A embalagem plástica protege os produtos, garante a segurança
alimentar, evita contaminação, transmissão de doenças, proliferação de insetos
e roedores. Ao impedir a perda do produto, evita o desperdício de tudo o que a
sociedade e o meio ambiente investiram para produzi-lo: energia, recursos
naturais, trabalho etc. Apesar de um uso tão amplo, apenas 4% do petróleo
extraído são destinados à produção de plásticos.
Outra grande vantagem dos plásticos é sua leveza, proporcionando
grande economia no transporte das mercadorias. As embalagens de plástico
descartadas reduzem o peso dos resíduos, diminuem o custo de coleta e
destinação final e não apresentam riscos de manuseio.
Finalmente, uma das maiores vantagens dos plásticos é que eles são
100% recicláveis. Para se beneficiar amplamente desta vantagem, a sociedade
deve estimular a deposição correta das embalagens após o uso e aumentar o
alcance da coleta seletiva.
Utilizados em quase todos os setores da economia, tais como:
construção civil, agrícola, de calçados, móveis, alimentos, têxtil, lazer,
telecomunicações, eletroeletrônicos, automobilísticos, médico-hospitalar e
distribuição de energia.
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Os plásticos são reunidos em sete grupos ou categorias:
O símbolo da reciclagem com um número ou uma sigla no centro, muitas
vezes encontrado no fundo dos produtos, identifica o plástico utilizado.
1 - PET - Polietileno Tereftalato, usado em garrafas de refrigerantes.
2 - PEAD - Polietileno de Alta Densidade, consumido por fabricantes de
engradados de bebidas, baldes, tambores, autopeças e outros produtos.
3 - PVC - Policloreto de Vinila, comum em tubos e conexões e garrafas para
água mineral, detergentes líquidos, bolsas de sangue, material hospitalar.
4 - PEBD - Polietileno de Baixa Densidade, utilizado na fabricação de
embalagens de alimentos. Ex.; sacos de arroz ou feijão, sacolas para
supermercados, sacos de lixo, bolsa para soro medicinal.
5 - PP - Polipropileno, que compõe embalagens de massas e biscoitos, potes
de margarina, utilidades domésticas, fraldas, seringas descartáveis, entre
outros.
6 - PS - Poliestireno, utilizado na fabricação de eletrodomésticos, copos
descartáveis, potes para iogurtes, sorvetes, doces, pratos, aparelhos de
barbear descartáveis, brinquedos, etc..
7 - Outros – encontram-se os seguintes plásticos: ABS/SAN, EVA, PA e PC,
estão presentes em solados, autopeças, chinelos, pneus, acessórios esportivos
e náuticos, CDs, corpos de computadores, etc.
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Sugestão ao Professor:
Desenvolva uma atividade prática em sala de aula:
1. Escolha dez objetos de plástico que existem em sua casa.
a) Anote os nomes desses objetos.
b) Localize nesses objetos o código de reciclagem. Procure no texto o nome do
plástico de que são feitos esses objetos.
c) Qual é o nome do plástico que apareceu mais vezes nos objetos que você
escolheu?
2. Em garrafas de refrigerante podemos encontrar nos rótulos: “Embalagem
Retornável” e/ou “Embalagem Reciclável”.
Na sua opinião, há diferença entre essas duas instruções? Explique.
3. Faça uma pesquisa sobre a quantidade de plásticos que são reaproveitados
no Brasil.
4. Realize uma coleta de garrafas pet. Nessa atividade vamos construir
materiais pedagógicos e utilidades domésticas, mostrando para nossos alunos
que podemos reutilizar alguns materiais plásticos e não somente descartá-los.
Vamos confeccionar:
Puff de garrafas pet - www.youtube.com/watch?v=ksnR9yPjd-E
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Porta treco - www.youtube.com/watch?v=_Wd6pxBmlL4
www.youtube.com/watch?v=0sR4ROnQSc8&feature=relmfu
Flores de garrafas pet www.youtube.com/watch?v=oOzmJMSd9so
www.youtube.com/watch?v=X3XnklpBuTU&feature=relmfu
Materiais didático-pedagógico - como estão na figura abaixo.
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7. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Esse termo foi usado pela primeira vez em 1987, no Relatório
Brundtland, um relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento criado em 1983 pela Assembléia das Nações
Unidas. A definição mais usada para o desenvolvimento sustentável é:
“ O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual,
sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas
próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro,
atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social, econômico e de
realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos
recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.”
O desenvolvimento sustentável requer um levantamento de todas as
necessidades de uma região ou país para compará-las às suas
potencialidades, ou seja, sua capacidade de fornecer essas necessidades para
determinada população de forma sustentável, sem degradação e respeitando
os limites de renovação ou reciclagem natural dos recursos.
Sugestão ao Professor:
1. Monte com seus alunos uma lista de medidas que podem ser implantadas
em nosso dia-a-dia para reduzir a produção de lixo e estimular o consumo
consciente.
2. Escreva um texto refletindo sobre a questão: “o ser humano faz parte da
natureza?”
3. Realize uma nova investigação para saber o que mudou nos conhecimentos
de seus alunos sobre o meio ambiente.
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8. REFERÊNCIAS
ABRELPE - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. São Paulo: Grappa Editora e Comunicação, 2010.
BRANCO, Samuel Murgel. O Meio Ambiente em Debate. 26ª Edição. São Paulo: Moderna, 1997.
CANTO, Eduardo Leite do. Ciências Naturais: Aprendendo com o cotidiano. 3ª Edição, São Paulo: Moderna, 2009.
GEVANDEZNAJDIR, Fernando. Ciências. 4ª edição. São Paulo: Ática, 2009.
GONÇALVES, Antonio Gabriel Cerqueira. Definição de Meio Ambiente e Ecologia. Julho, 30 de maio de 2010. Acessado às 22:40. Disponível em: http://www.diariodoverde.com
Kupstas, Maricia et al. Ecologia em Debate. 3ª Edição, São Paulo: Moderna, 1997.
LOPES, Sonia. Biologia. Volume 1. Sonia Lopes; Sergio Rosso. 1ª Edição, São Paulo: Saraiva, 2010.
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