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Secretaria de Saúde Diretoria de Vigilância em Saúde Gerência de Promoção, Prevenção e Vigilância Epidemiológica Versão Final Revisada 24/04/2014 Perfil Epidemiológico da População Ipojucana: 2006-2013 Ipojuca - Abril, 2014

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Secretaria de Saúde

Diretoria de Vigilância em Saúde Gerência de Promoção, Prevenção e

Vigilância Epidemiológica

Versão Final Revisada

24/04/2014

Perfil Epidemiológico da População

Ipojucana: 2006-2013

Ipojuca - Abril, 2014

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PE 60, km 14, Prédio C - Complexo Educacional e da Saúde – Centro – Ipojuca – Pernambuco – CEP 55.590-000 Fone: (81) 3551-1147/1156/1207 – FAX 3551-1274 – CNPJ – 11.248.285/0001-09

Prefeito do Ipojuca Carlos Santana

Vice- Prefeito do Recife

Pedro Mendes

Secretária de Saúde Cristina Paulino

Secretária Executiva de Saúde

Elaine Alves

Diretoria Geral de Vigilância em Saúde Antonio Flaudiano Bem Leite

Gerência de Promoção, Prevenção e Vigilância Epidemiológica

Polyanne Ribeiro

Coordenação de Doenças e Agravos Transmissíveis e Não Transmissíveis Andrea Lopes de Oliveira

ELABORAÇÃO TÉCNICA

Andrea Lopes de Oliveira Antonio Flaudiano Bem Leite

COLABORAÇÃO

Cícero Pereira de Carvalho Andrea Bezerra da Silva

REVISÃO TEXTUAL Antonio Flaudiano Bem Leite Nádia Virgínia Victor Pereira

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©2014 - Secretaria de Saúde do Ipojuca. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada à fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica. Série A. Normas e Manuais Técnicos Publicação eletrônica Elaboração, distribuição e informações:

Secretaria de Saúde do Ipojuca Rua Cel. João de Souza Leão S/N Centro – Ipojuca – Pernambuco - CEP 55.590-000 - Fone: (81) 3551-1147/1156/1207 – FAX 3551-1274 Home page: www.ipojuca.pe.gov.br Impresso no Brasil/Printed in Brazil

Ficha Catalográfica

Ipojuca. Secretaria Municipal de Saúde. Diretoria Geral de Vigilância em Saúde. Gerência de Promoção, Proteção e Vigilância Epidemiológica.

Uma Análise da Situação de Saúde da População Ipojucana – 2006-2013 -Versão Preliminar -/ Secretaria Municipal de Saúde, Diretoria Geral de Vigilância em Saúde, Gerência de Promoção, Prevenção e Vigilância Epidemiológica. Ipojuca: Secretaria de Saúde, 2014.

88. : il. – (Serie A. Plano e Relatórios) ISBN (não registrado) 1. Situação de saúde. 2. Indicadores de Saúde. I. Titulo. II. Serie.

NLM WR (não registrado) Catalogação na fonte – Biblioteca Municipal do Ipojuca.

Revisão: Diretoria Geral de Vigilância em Saúde Gerência de Promoção, Prevenção e Vigilância Epidemiológica Diretoria de Planejamento e Gestão

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APRESENTAÇÃO

As informações tratada hoje em dia como instrumento essencial para organização de

padrão de sociedade voltada para planejamento, controle, monitoramento e avaliação dos

processos de intervenção através de programas, projetos e políticas públicas de saúde. A

produção de informações em saúde deve estar orientada de forma a permitir uma

compreensão ampliada do processo saúde/doença. Parte-se do entendimento de que o estado

de saúde de uma coletividade é a expressão de uma vasta gama de características e fatores

próprios de seu meio econômico, social e ambiental. Isto significa que a informação em saúde

deve abranger não apenas os dados produzidos pelo próprio setor, mas também aqueles

produzidos por outras esferas de atuação1.

Essa publicação traz na sua organização informações sobre a situação sócio

demográfica e de saúde da População Ipojucana no período de 2006 a 2014 e afirma o

compromisso da Gerência de Promoção, Prevenção e Vigilância Epidemiológica em produzir

e divulgar anualmente análises da situação de saúde em nosso município.

Na edição de 2014, além da situação de saúde, sobre o nascer, riscos de adoecer e

morrer, bem como suas magnitudes e tendências, a publicação traz a situação sócio

demográfica da população. As informações apresentadas foram produzidas a partir dos bancos

de dados dos Sistemas de Informações do Sistema Único de Saúde.

Espera-se que o documento seja amplamente divulgado entre os profissionais da

Saúde e gestores a fim de subsidiar a tomada de decisões e o aperfeiçoamento das ações para

a melhoria dos indicadores de saúde do município e da qualidade de vida da população.

A Secretaria de Saúde.

1 Brasil. Ministério da Saúde. Gestão Municipal de Saúde: textos básicos. Rio de Janeiro: Brasil. Ministério da Saúde, 2001.

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LISTA DE QUADRO E TABELA

Quadro 1 – Principais causas básicas de internação hospitalar segundo faixa etária e capítulo da CID-10. Ipojuca, 2013* ....................................................................................................... 68

Quadro 2 – Principais causas básicas de óbito segundo faixa etária e capítulo da CID-10. Ipojuca, 2013* .......................................................................................................................... 83

Tabela 1- População Residente por Faixa Etária, Sexo e Situação, Ipojuca 2012. .................. 15

Tabela 2- População Residente por ano ................................................................................... 16

Tabela 3- Situação educacional segundo variáveis sócio demográficas. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010 .......................................................................................................................................... 17

Tabela 4- Situação de escolaridade1 segundo variáveis sócio demográficas. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010 .............................................................................................................................. 18

Tabela 5- Renda média domiciliar per capita segundo raça/cor. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010 . 19

Tabela 6- Índice de Gini e Razão de Renda. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010 ................................ 19

Tabela 7- População com renda abaixo de ½ e ¼ salário mínimo segundo raça/cor. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010. ................................................................................................................... 20

Tabela 8- Taxa de desemprego e população desocupada segundo raça/cor. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010. ............................................................................................................................. 21

Tabela 9- População de criança com renda abaixo de ½ e ¼ salário mínimo segundo raça/cor. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010. ..................................................................................................... 22

Tabela 10- Taxa de trabalho infantil e população infantil ocupada segundo raça/cor. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010. ................................................................................................................... 23

Tabela 11- População idoso vivendo com parentes segundo sexo. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010. .................................................................................................................................................. 24

Tabela 12- População idoso vivendo com parentes segundo faixa etária. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010. ......................................................................................................................................... 24

Tabela 13- Proporção de nascidos vivos segundo local de ocorrência do parto. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ............................................................................................................................ 30

Tabela 14 - Número e proporção de casos confirmados de hepatites virais segundo classificação etiologia e ano de diagnóstico. Ipojuca-PE, 2007 a 2013* ................................. 42

Tabela 15 - Proporção de contatos examinados dos casos novos de tuberculose, segundo o ano de diagnostico. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ............................................................................... 46

Tabela 16 – Proporção de contatos examinados dos casos novos de hanseníase, segundo o ano de diagnostico. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ............................................................................... 50

Tabela 17 - Casos de esquistossomose, segundo confirmação laboratorial. Ipojuca-PE, 2010 a 2013* ........................................................................................................................................ 51

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Tabela 18 - Casos notificados e confirmados de dengue segundo forma clínica, taxa de detecção (por 100.000 hab.) e óbitos. Ipojuca-PE, 2007 a 2013* ............................................ 53

Tabela 20 - Casos notificados e confirmados de dengue segundo forma clínica, taxa de detecção (por 100.000 hab.) e óbitos. Ipojuca, 2007 a 2012* .................................................. 58

Tabela 21 – Percentual de casos notificados e confirmados de meningites segundo ano de início dos sintomas e classificação etiológica. Ipojuca, 2007 a 2013*..................................... 60

Tabela 21- Internações hospitalares segundo Capítulo da CID-10. Ipojuca, 2008-2012. ........ 67

Tabela 22- Internações hospitalares segundo grupo de causas sensíveis à atenção básica. Ipojuca, 2008-2013. .................................................................................................................. 70

Tabela 23- Número de óbitos maternos e razão de morte materna. Ipojuca, 2006 a 2013* .... 80

Tabela 25- Mortalidade proporcional por causa básica, segundo capítulo da CID-10. Ipojuca, 2006 a 2013* ............................................................................................................................ 81

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Número de nascidos vivos ocorridos em Ipojuca. Ipojuca-PE, 2007 a 2013* ........ 25

Figura 2 – Número de nascidos vivos de mães residentes e taxa bruta de natalidade por 1.000 habitantes. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ...................................................................................... 26

Figura 3 – Proporção de nascidos vivos segundo faixa etária da mãe. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ........................................................................................................................................ 27

Figura 4 – Proporção de nascidos vivos segundo escolaridade da mãe. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ........................................................................................................................................ 28

Figura 5 – Proporção de nascidos vivos segundo número de consultas pré-natal realizadas pela mãe. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ................................................................................................ 29

Figura 6 – Proporção de nascidos vivos segundo tipo de parto. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* .... 30

Figura 7 – Proporção de nascidos vivos segundo peso ao nascer. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* . 32

Figura 8 - Proporção de nascidos vivos prematuros (< 37 semanas). Ipojuca-PE, 2006 a 2013* .................................................................................................................................................. 33

Figura 9 –Taxa de detecção dos casos de Aids segundo faixa etária e ano diagnóstico. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ........................................................................................................ 35

Figura 10 – Número de casos novos e taxa de detecção de Aids (13 anos e mais) por 100.000 habitantes, segundo sexo e ano de diagnóstico. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ............................. 36

Figura 11 – Número de óbitos por Aids e taxa de letalidade segundo ano de diagnóstico. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ........................................................................................................ 37

Figura 12 – Distribuição dos casos de sífilis em gestante segundo faixa etária e ano de diagnóstico. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* .................................................................................... 38

Figura 13 – Taxa de detecção (por 1000 nascidos vivos) de sífilis em gestante segundo faixa etária e ano de diagnóstico. Ipojuca-PE, 2007 a 2013* ............................................................ 39

Figura 14 – Casos de sífilis congênita e taxa de detecção por 1.000 nascidos vivos de mães residentes. Ipojuca-PE, 2007 a 2013* ...................................................................................... 40

Figura 15 – Número de casos novos e taxa de detecção de hepatites virais por 100.000 habitantes, segundo ano de diagnóstico. Ipojuca, 2007 a 2013* .............................................. 41

Figura 16 - Taxa de detecção de tuberculose por 100.000 habitantes. Ipojuca-PE, 2006 a 2013. .................................................................................................................................................. 43

Figura 17 - Relação da Proporção de Casos de Tuberculose Testados para HIV e Casos de Tuberculose com HIV em Andamento. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ......................................... 44

Figura 18 – Proporção de Casos de Tuberculose por forma de apresentação clínica. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ...................................................................................................................... 45

Figura 19 - Proporção de Casos de Tuberculose Segundo Situação de Encerramento. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ...................................................................................................................... 47

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Figura 20 - Número de casos novos e taxa de detecção de hanseníase por 100.000 habitantes. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ........................................................................................................ 48

Figura 21 - Percentual de cura e abandono do tratamento da hanseníase. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ........................................................................................................................................ 49

Figura 22 - Proporção de exames positivos para geo-helmintíase por ano de diagnóstico. Ipojuca, 2011 e 2012* .............................................................................................................. 52

Figura 23 - Taxa de detecção (por 100.000 hab.) de dengue segundo faixa etária e anos de início dos sintomas. Ipojuca-PE, 2007 a 2013*........................................................................ 54

Figura 24 - Número de casos notificados e confirmados de leptospirose segundo ano de início dos sintomas. Ipojuca, 2010 a 2013* ........................................................................................ 55

Figura 25 - Número de casos confirmados e taxa de detecção de leptospirose segundo ano de início dos sintomas. Ipojuca, 2010, 2011 e 2013*.................................................................... 55

Figura 26 - Casos notificados de leptospirose segundo sexo. Ipojuca, 2007 a 2013* .............. 56

Figura 27 - Número de casos confirmados e taxa de detecção (por 100.000) de leishmaniose tegumentar americana segundo sexo e ano de diagnóstico. Ipojuca, 2007 a 2013*................. 57

Figura 28 - Casos confirmados e taxa de detecção (por 100 mil hab.) de meningites segundo ano de início dos sintomas. Ipojuca, 2007 a 2013* .................................................................. 59

Figura 29 - Número de casos confirmados de meningites segundo etiologia e ano de início dos sintomas. Ipojuca-PE, 2007 a 2013* ........................................................................................ 60

Figura 30 - Taxa de detecção (por 100 mil hab.) das meningites segundo a faixa etária e ano de início dos sintomas. Ipojuca-PE, 2007 a 2013* ................................................................... 61

Figura 31 - Casos notificados de violência segundo classificação final e ano de ocorrência. Ipojuca, 2008 a 2013* .............................................................................................................. 62

Figura 32 - Casos confirmados e de provável confirmação de violência segundo sexo e ano de ocorrência. Ipojuca, 2008 a 2013*............................................................................................ 63

Figura 33 - Casos confirmados e de provável confirmação de violência segundo faixa etária e ano de ocorrência. Ipojuca, 2008 a 2013* ................................................................................ 64

Figura 34 - Casos confirmados e de provável confirmação de violência segundo tipo da violência. Ipojuca, 2008 a 2013* .............................................................................................. 65

Figura 35 - Casos confirmados e de provável confirmação de violência segundo tipo da violência e ano de ocorrência. Ipojuca, 2008 a 2013*.............................................................. 65

Figura 35 – Percentual de internação de segundo principais capítulos da CID-10 e ano de processamento. Ipojuca, 2008 a 2013* ..................................................................................... 66

Figura 37 - Número de óbitos e coeficiente de Mortalidade Geral. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* .................................................................................................................................................. 71

Figura 38 - Mortalidade proporcional, segundo sexo. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ................... 72

Figura 39 - Mortalidade proporcional, segundo faixa etária. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ........ 73

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Figura 40 - Mortalidade proporcional, segundo sexo e faixa etária. Ipojuca-PE, 2007 a 2012* .................................................................................................................................................. 74

Figura 41 - Mortalidade proporcional, segundo raça/cor. Ipojuca-PE, 2007 a 2012* ............. 75

Figura 42 - Mortalidade proporcional, segundo raça/cor e faixa etária. Ipojuca-PE, 2006...... 75

Figura 43 - Mortalidade proporcional, segundo raça/cor e faixa etária. Ipojuca-PE, 2013*.... 76

Figura 44 - Mortalidade proporcional, local de ocorrência. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* .......... 77

Figura 45 – Número de óbitos em menores de um ano e Coeficiente de Mortalidade Infantil (por 1000 nascidos vivos). Ipojuca-PE, 2006 a 2013* ............................................................. 78

Figura 46 - Número de óbitos infantis e fetal e coeficiente de mortalidade infantil (por 1000 nascidos vivos). Ipojuca, 2006 a 2013* .................................................................................... 79

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 12

2. METODOLOGIA SIMPLIFICADA ......................................................................................... 13

2.1. Tipo de estudo: .......................................................................................................................... 13 2.2. Fonte de dados: ......................................................................................................................... 13 2.3. Período de referência: ................................................................................................................ 13 2.4. Período de tabulação: ................................................................................................................ 14 2.5. Medidas estatísticas ................................................................................................................... 14 2.6. Aplicativos de processamento: .................................................................................................. 14 2.7. Apresentação de dados: ............................................................................................................. 14

3. PERFIL SÓCIO DEMOGRÁFICO .......................................................................................... 15

3.1. Situação Demográfica ............................................................................................................... 15 3.2. Situação de Educacional ............................................................................................................ 17 3.3. Situação de Renda ..................................................................................................................... 19

4. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE NATALIDADE ................................................................ 25

4.1. Perfil dos Nascidos Vivos ......................................................................................................... 25 4.1.1. Características demográficas e sociais das gestantes ............................................................ 26 4.1.2. Características da Gestação e do Parto .................................................................................. 28 4.1.3. Características do Recém-nascido ......................................................................................... 31

5. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MORBIDADE ................................................................. 34

5.1. Doenças Transmissíveis ............................................................................................................ 34

5.1.1. Aids ....................................................................................................................................... 34 5.1.2. Sífilis em Gestante ................................................................................................................ 37 5.1.3. Sífilis Congênita .................................................................................................................... 39 5.1.4. Tuberculose ........................................................................................................................... 42 5.1.5. Hanseníase ............................................................................................................................. 47 5.1.6. Esquistossomose.................................................................................................................... 50 5.1.7. Geo-Helmintíase.................................................................................................................... 51 5.1.8. Dengue .................................................................................................................................. 52 5.1.9. Leptospirose .......................................................................................................................... 54 5.1.10. Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) ...................................................................... 56 5.1.11. Leishmaniose Visceral (LV) ................................................................................................. 57 5.1.12. Meningites ............................................................................................................................. 58

5.2. Doenças Crônica Não-Transmissíveis....................................................................................... 61

5.2.1. Violência ............................................................................................................................... 61

5.3. Morbidade – Internações Hospitalares ...................................................................................... 66

5.3.1. Geral ...................................................................................................................................... 66 5.3.2. Condições Sensível à atenção básica ..................................................................................... 69

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4. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MORTALIDADE ............................................................ 71

4.1. Mortalidade Geral ..................................................................................................................... 71 4.2. Mortalidade Infantil................................................................................................................... 77 4.3. Mortalidade Materna ................................................................................................................. 79

5. RESUMO DAS PRINCIPAIS SITUAÇÕES E PROBLEMAS DE SAÚDE PÚBLICA ...... 84

6. REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 88

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1. INTRODUÇÃO

A Epidemiologia aborda a análise da situação de saúde de populações utilizando

geralmente dados demográficos, de morbidade e mortalidade. Apesar de se referirem à ocorrência

de eventos indesejáveis ─ doença e morte ─, e não propriamente à saúde no seu sentido mais

amplo, são usados pela facilidade operacional e por serem indicadores da situação de saúde e

servirem de alerta para a intervenção dos serviços de saúde.

Os indicadores de morbidade, principalmente, a incidência/detecção, tornam-se úteis

quando são relacionados à população sob risco. Em geral, os dados de morbidade no Brasil não

têm cobertura populacional, exceto no caso de doenças e agravos de notificação compulsória.

Uma fonte importante de dados de morbidade com abrangência nacional é o Sistema de

Informações Hospitalares, que se refere somente a casos de doenças que demandam internação ─

morbidade hospitalar.

As medidas de mortalidade são utilizadas como indicadores de saúde e no planejamento

dos programas e políticas. A morte, como evento único, é um evento mais bem definido, o que

facilita operacionalmente a análise no âmbito populacional.

A partir da década de 1960, o Brasil tem experimentado importantes transformações no

seu perfil de morbidade e mortalidade em função dos processos de transição demográfica

(redução da mortalidade precoce e das taxas de fecundidade, com aumento da expectativa de vida

ao nascer e da população idosa), nutricional (declínio da desnutrição em crianças e adultos,

aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade) e epidemiológica (redução progressiva das

mortes por doenças infecto-parasitárias e elevação das mortes por doenças e agravos não

transmissíveis) (BRASIL, 2005).

Dessa forma, as mudanças observadas no perfil de saúde da população têm resultado em

novos desafios tanto para gestores e tomadores de decisão do setor de saúde quanto para as

autoridades de outros setores governamentais (MALTA, 2006).

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2. METODOLOGIA SIMPLIFICADA

2.1. Tipo de estudo:

O perfil epidemiológico tem uma característica de tipologia de estudo descritivo.

2.2. Fonte de dados:

No âmbito local, foram utilizados as seguintes fontes de dados:

i. Sistema de informação sobre Nascidos Vivos (SINASC);

ii. Sistema de informação sobre Mortalidade (SIM);

iii. Sistema de informação de Agravos Notificáveis (SINAN);

iv. Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SIS-

PCE)

No âmbito de domínio público tabulados diretamente da rede de internet, foram utilizadas

as seguintes bases:

i. Sistema de informação de Internação (SIH); e

ii. Centos 2010 e estimativas intercensitária do IBGE;

2.3. Período de referência:

i. Centos 2010 e estimativas intercensitária do IBGE – 1991, 2000 e 2010;

ii. Sistema de informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) – 2006 a 2013;

iii. Sistema de informação de Agravos Notificáveis (SINAN) – 2007 a 2013

iv. Sistema de informação sobre Mortalidade (SIM) – 2006 a 2013; e

v. Sistema de informação de Internação (SIH) – 2008 a 2013

Uma observação importante de relatar está relacionado ao encerramento de cada banco de

dado. Para o SINASC, SIM e SINAN, os último dois anos (2012 e 2013), ainda não se encontram

encerrados, portanto ainda são dados e informação que estão sujeitos a alteração para o próxima

edição do Perfil Epidemiológico.

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2.4. Período de tabulação:

Os dados de referência dos sistemas de informação são do dia 14 de março de 2013, o

quais foram atualizados e gerados arquivos de extensão DBF e DBC, para os SIM, SINASC,

SINAN e os registro de AIH reduzida para o AIH.

2.5. Medidas estatísticas

i. Frequências absoluta (N)

ii. Frequência relativa (%)

iii. Média

iv. Desvio padrão

2.6. Aplicativos de processamento:

i. Tabwin, versão 3.4

ii. Excel, versão 2013

2.7. Apresentação de dados:

iii. Gráficos

iv. Figuras

v. Tabelas

vi. Quadros

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3. PERFIL SÓCIO DEMOGRÁFICO 3.1. Situação Demográfica

A estimativa da população residente no município Ipojuca para 2013 com data de referência em 1º de julho de 2013

enviada para o Tribunal de Contas da União (TCU) foi de 87.926 habitantes. Todavia para ainda não foi divulgada para o ano de

2013 as estimativas por faixa etária e sexo, permanecendo neste documento as estimativa para 2012 destas variáveis.

Tabela 1- População Residente por Faixa Etária, Sexo e Situação, Ipojuca 2012.

Faixa Etária Masculino Feminino Total Geral

Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total N % N % N % N % N % N % N % N % N %

Menor 1 ano 540 0,02 187 0,02 772 0,02 501 0,02 187 0,02 728 0,02 1041 0,02 374 0,02 1500 0,02 1 a 4 anos 2243 0,07 922 0,08 3121 0,08 2207 0,07 900 0,09 3067 0,07 4450 0,07 1822 0,08 6188 0,07 5 a 9 anos 2964 0,10 1160 0,10 4123 0,10 2851 0,09 1242 0,12 4093 0,10 5815 0,09 2401 0,11 8216 0,10

10 a 14 anos 3095 0,10 1301 0,12 4397 0,11 2990 0,09 1273 0,12 4262 0,10 6085 0,10 2574 0,12 8659 0,10 15 a 19 anos 3039 0,10 1377 0,12 4416 0,11 3115 0,10 1229 0,12 4344 0,10 6154 0,10 2606 0,12 8760 0,10 20 a 29 anos 6264 0,21 2109 0,19 8373 0,20 6613 0,21 1953 0,18 8567 0,20 12877 0,21 4062 0,19 16940 0,20 30 a 39 anos 5057 0,17 1503 0,13 6559 0,16 5251 0,17 1458 0,14 6709 0,16 10307 0,17 2961 0,14 13268 0,16 40 a 49 anos 3223 0,11 1193 0,11 4415 0,11 3645 0,11 1089 0,10 4734 0,11 6868 0,11 2282 0,10 9149 0,11 50 a 59 anos 1979 0,07 730 0,07 2710 0,07 2242 0,07 619 0,06 2860 0,07 4221 0,07 1349 0,06 5570 0,07 60 a 69 anos 1098 0,04 428 0,04 1527 0,04 1333 0,04 366 0,03 1699 0,04 2432 0,04 795 0,04 3226 0,04 70 a 79 anos 561 0,02 191 0,02 752 0,02 745 0,02 194 0,02 939 0,02 1305 0,02 386 0,02 1691 0,02

80 anos e mais 240 0,01 81 0,01 321 0,01 312 0,01 61 0,01 374 0,01 552 0,01 142 0,01 695 0,01 Total 30303 0,73 11183 0,27 41486 1,00 31805 0,75 10571 0,25 42376 1,00 62107 0,74 21755 0,26 83862 1,00

Fonte: IBGE, Censos e Estimativas Nota (1):*Estimativa populacional baseada nas proporções referentes ao Censo 2010 Nota(2): ** Valores estimados para de sexo para zona urbana e rural, nesta metodologia, não correspondem necessariamente aos valores estimados referente a estimativa de IBGE para 2012, podendo, devido

ao método, variar para mais ou para menos, porém não ultrapassa a variação de 0,5% do valor total, o que não impede a utilização nos processos de planejamento de plano e projetoNota(3): Tabulação realizada em em 01/04/2014

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Fonte: IBGE, Censos e Estimativas

Tabela 2- População Residente por ano em Ipojuca Ano População Método 2013 87.926 Estimativa 2012 83.862 Estimativa 2011 82.277 Estimativa 2010 80.637 Censo 2009 75.510 Estimativa 2008 74.059 Estimativa 2007 71.068 Estimativa 2006 69.521 Estimativa 2005 67.961 Estimativa 2004 64.899 Estimativa 2003 63.548 Estimativa 2002 62.196 Estimativa 2001 60.925 Estimativa 2000 59.281 Censo

Fonte: IBGE, Censos e Estimativas

Taxa de crescimento anual estimada (%) (2008-2012) 3,04 Mulheres em idade fértil (10-49 anos), 2012 28.616 Proporção da pop. feminina em idade fértil, 2012 (%) 67,5

Fonte: IBGE, Censos e Estimativas

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3.2. Situação de Educacional

Tabela 3- Situação educacional segundo variáveis sócio demográficas. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010

Variável sócio demográfica

Taxa de analfabetismo1 População alfabetizada2 População não alfabetizada3

População de 15 anos ou mais4

1991 2000 2010 Total 1991 2000 2010 1991 2000 2010 1991 2000 2010 Raça/Cor Branca 37,7 21,6 15,5 21,4 3410 7086 12953 2063 1956 2377 5473 9042 15330 Preta 55,8 40,3 23,6 34,2 797 1739 4054 1006 1173 1252 1803 2912 5306 Amarela ... - 18,5 17,6 - 18 300 - - 68 - 18 368 Parda 48,8 30,8 21,9 31,1 9754 18211 27864 9288 8112 7831 19042 26323 35695 Indígena ... 53,3 - 23,5 - 7 19 - 8 - - 15 19 Sem declaração 77,8 39,8 ... 49 8 68 - 28 45 - 36 113 - Sexo Masculino 49,9 29,7 21,4 30,3 6631 13353 21812 6602 5642 5924 13233 18995 27736 Feminino 44,1 29,1 19,3 27,7 7338 13776 23378 5783 5652 5604 13121 19428 28982 Situação Urbano 36,9 42 16,7 25,4 9733 6704 35357 5689 4853 7094 15422 11557 42451 Rural 61,3 24 31,1 33,7 4236 20425 9833 6696 6441 4434 10932 26866 14267 Faixa etária 15 a 24 anos 34,8 15,1 4,9 15,7 6325 11394 15728 3381 2022 813 9706 13416 16541 25 a 59 anos 49,2 32,3 22 30,6 7189 14408 27225 6953 6866 7690 14142 21274 34915 60 a 69 anos 76,7 61,1 52,1 60,6 357 888 1476 1178 1395 1606 1535 2283 3082 70 a 79 anos 88,0 67,4 64,1 70,5 87 326 549 640 675 979 727 1001 1528 80 anos e mais 95,5 74,8 67,5 75,0 11 113 212 233 336 440 244 449 652 Total 47,0 29,4 20,3 29,0 13969 27129 45190 12385 11294 11528 26354 38423 56718

Fonte: IBGE - Censos Demográficos Legenda

- - Dado numérico igual a 0 não resultante de arredondamento.

0; 0,0 - Dado numérico igual a 0 resultante de arredondamento de um dado originalmente positivo.

Notas explicativas: 1 Taxa de analfabetismo: Percentual de pessoas com 15 anos ou mais de idade que não sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples, no idioma que conhecem, na população total residente da mesma faixa etária, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 2 População alfabetizada: População residente de 15 anos ou mais de idade que sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples, no idioma que conhecem, na população total residente da mesma faixa etária, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 3 População não alfabetizada: População residente de 15 anos ou mais de idade que não sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples, no idioma que conhecem, na população total residente da mesma faixa etária, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 4 População Residente: População residente de 15 anos ou mais de idade.

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Tabela 4- Situação de escolaridade1 segundo variáveis sócio demográficas. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010

Variável Menos de 1

ano de estudo 1 a 3 anos de

estudo 4 a 7 anos de

estudo 8 anos e mais

de estudo Não

determinada Alfabetização

de adultos

Sem instrução/ 1º

ciclo fundamental incompleto

1º ciclo fundamental completo/ 2º

ciclo incompleto

2º ciclo fundamental completo ou

mais

Não determinada

População de 15 anos ou mais2

1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 2000 2010 1991 2000 2010 Cor/Raça

Branca 34,37 15,26 16,86 19,49 32,74 32 15,97 32,27 0,05 0,97 - 26,39 15,12 47,97 10,52 5485 9153 15330 Preta 46,39 25,63 21,44 30,99 27,5 28,53 4,67 13,34 - 1,5 - 35,7 15,36 36,66 12,29 1800 2930 5306 Amarela 41 - 24,96 - 24,57 - 9,47 100 - - - 30,79 15,26 41,14 12,81 - 18 367 Parda

23,41

26,86

30,46

18,07

1,16 0,05 35,06 15,74 35,78 13,42 19023 26482 35698 Indígena - - - 53,33 - - - 46,67 - - - - - 100 - - 15 19 Sem declaração 77,78 31,3 - 26,96 - 32,17 22,22 9,57 - - -

36 115 -

Sexo

Masculino 43,29 21,95 24,41 28,14 24,19 30,08 8,11 18,43 - 1,33 0,06 34,74 16,24 35,71 13,32 13194 19119 27738 Feminino 36,77 21,37 21,59 22,78 28,69 31,22 12,93 23,69 0,02 0,95 - 30,82 14,85 42,57 11,76 13150 19594 28982

Situação

Urbano 31,52 17,76 21,05 22 31,75 33,16 15,66 25,82 0,02 1,21 0,04 48,52 18,69 21,86 10,93 15451 27130 14266 Rural 52,12 30,77 25,77 33,45 18,9 24,79 3,21 10,01 - 0,98 - 27,43 14,47 45,04 13,06 10893 11583 42454

Total 40,04 21,65 23 25,43 26,43 30,66 10,51 21,09 0,01 1,14 0,03 32,74 15,53 39,21 12,52 26344 38713 56720 Fonte: IBGE - Censos Demográficos

Legenda: - - Dado numérico igual a 0 não resultante de arredondamento.

0; 0,0 - Dado numérico igual a 0 resultante de arredondamento de um dado originalmente positivo.

Notas explicativas: 1Escolaridade Escolaridade declarada, nas seguintes categorias:

Para o Censo de 1991: Menos de 1 ano de estudo 1 a 3 anos de estudo 4 a 7 anos de estudo 8 anos e mais de estudo Não determinada

Para o Censo de 2000: Menos de 1 ano de estudo 1 a 3 anos de estudo 4 a 7 anos de estudo 8 anos e mais de estudo Alfabetização de adultos Não determinada

Para o Censo de 2010: Sem instrução/1º ciclo fundamental incompleto 1º ciclo fundamental completo/2º ciclo incompleto 2º ciclo fundamental completo ou mais Não determinada

2População de 15 anos ou mais: População residente de 15 anos ou mais de idade. A distribuição da população por escolaridade: Distribuição percentual de pessoas com 15 anos ou mais de idade segundo a escolaridade declarada. Se nas Seleções disponíveis for marcada na caixa de Escolaridade apenas uma ou mais categorias, a distribuição percentual será calculada sobre o total destas categorias.

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3.3. Situação de Renda Tabela 5- Renda média domiciliar per capita segundo raça/cor. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010

Raça/cor Renda média domiciliar per capita*

Cor/Raça 1991 2000 2010 Total

Branca 114,72 249,24 439,38 314,4

Preta 103,74 166,77 359,92 253,53

Amarela 40,65 197,51 287,76 279,87

Parda 88,11 186,94 303,51 208,42

Indígena ... 109,87 1204,35 571,99

Sem declaração 105,48 149 ... 144,42

Total 94,6 200,57 346,14 238,25 Fonte: IBGE - Censos Demográficos Nota: *Renda média domic. per capita: Média das rendas domiciliares per capita das pessoas residentes em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Considerou-se como renda domiciliar per capita a soma dos rendimentos mensais dos moradores do domicílio, em reais, dividida pelo número de seus moradores. O salário mínimo do último ano para o qual a série está sendo calculada torna-se a referência para toda a série. Esse valor é corrigido para todos com base no INPC de julho de 2010, alterando o valor da linha de pobreza e consequentemente a proporção de pobres. O valor de referência, salário mínimo de 2010, é de R$ 510,00. Tabela 6- Índice de Gini e Razão de Renda. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010

Raça/cor Ano do censo

1991 2000 2010

Índice de Gini 0,4618 0,5497 0,5213

Razão de renda 10,61 22,94 21,50 Fonte: IBGE - Censos Demográficos Notas: O salário mínimo do último ano para o qual a série está sendo calculada torna-se a referência para toda a série. Esse valor é corrigido para todos com base no INPC de julho de 2010, alterando o valor da linha de pobreza e consequentemente a proporção de pobres. Nesta tabela, o valor de referência, salário mínimo de 2010, é de R$ 510,00.

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Tabela 7- População com renda abaixo de ½ e ¼ salário mínimo segundo raça/cor. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010

Raça/Cor % população com renda < 1/2

SM1 % população com renda < 1/4

SM2 População com renda < 1/2

SM3 População com renda < 1/4

SM4 População Geral5

1991 2000 2010 Total 1991 2000 2010 Total 1991 2000 2010 1991 2000 2010 1991 2000 2010 Branca 92,72 72,28 48,91 65,07 77,93 44,4 21,1 39,9 8702 10260 10954 7314 6302 4726 9385 14194 22395 Preta 97,4 81,81 57,37 72,41 73,39 50,78 24,68 41,98 2580 2887 3791 1944 1792 1631 2649 3529 6608 Amarela 100 100 62,79 65,3 100 - 23,99 23,52 7 34 356 7 - 136 7 34 567 Parda 95,17 82,86 61,53 77,4 83,21 54,21 29,1 51,63 31261 33634 31209 27334 22004 14762 32849 40589 50724 Indígena ... 100 - 57,78 ... 73,08 - 42,22 - 26 - - 19 - - 26 19 Sem declaração 100 90,85 ... 91,81 58,33 51,63 ... 52,34 36 278 - 21 158 - 36 306 -

Total 94,79 80,3 57,66 73,95 81,51 51,6 26,47 47,93 42586 47119 46310 36620 30275 21255 44926 58678 80313 Fonte: IBGE - Censos Demográficos Notas explicativas: 1 % população com renda < 1/2 SM: Proporção (%) da população residente com renda domiciliar mensal per capita de até meio salário mínimo, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 2 % população com renda < 1/4 SM: Proporção (%) da população residente com renda domiciliar mensal per capita de até um quarto de salário mínimo, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 3 População com renda < 1/2 SM: Contingente da população residente com renda domiciliar mensal per capita de até meio salário mínimo, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 4 População com renda < 1/4 SM: Contingente da população residente com renda domiciliar mensal per capita de até um quarto de salário mínimo, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 5 População total: Total da população considerada, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Considerou-se como renda domiciliar per capita a soma dos rendimentos mensais dos moradores do domicílio, em reais, dividida pelo número de seus moradores. O salário mínimo do último ano para o qual a série está sendo calculada torna-se a referência para toda a série. Esse valor é corrigido para todos com base no INPC de julho de 2010, alterando o valor da linha de pobreza e consequentemente a proporção de pobres. O valor de referência, salário mínimo de 2010, é de R$ 510,00.

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Tabela 8- Taxa de desemprego e população desocupada segundo raça/cor. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010

Cor/Raça Taxa de desemprego 16a e+1 População desocupada 16a e+2

População economicamente ativa 16a e+3

1991 2000 2010 Total 1991 2000 2010 1991 2000 2010

Branca 5,22 25,84 12,86 15,38 141 1247 1178 2702 4825 9157

Preta 2,71 23,39 12,93 13,93 26 346 417 961 1479 3226

Amarela ... - 25 23,44 - - 64 - 17 256

Parda 4,26 23,77 15,49 15,29 456 3190 3062 10697 13418 19765

Indígena - 7 19

Sem declaração 33 38 -

Total 4,33 24,18 14,56 15,21 623 4783 4721 14393 19784 32423 Fonte: IBGE - Censos Demográficos Notas explicativas: 1Taxa de desemprego 16a e+: Proporção (%) da população residente economicamente ativa de 16 anos e mais que se encontra sem trabalho na semana de referência, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 2População desocupada 16a e+: População residente economicamente ativa de 16 anos e mais que se encontra sem trabalho na semana de referência, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 3População economicamente ativa 16a e+: População residente economicamente ativa de 16 anos e mais na semana de referência, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Define-se como População Economicamente Ativa (PEA) o contingente de pessoas com 10 ou mais anos de idade que está trabalhando ou procurando trabalho. Para este indicador, considerou-se apenas a população com 16 anos ou mais.

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Tabela 9- População de criança com renda abaixo de ½ e ¼ salário mínimo segundo raça/cor. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010

Raça/Cor % crianças renda domiciliar <

1/2 SM1 % crianças renda domiciliar <

1/4 SM2 Crianças renda

domiciliar < 1/2 SM3 Crianças renda

domiciliar < 1/4 SM4 Crianças (menores de

14 anos)5 1991 2000 2010 Total 1991 2000 2010 Total 1991 2000 2010 1991 2000 2010 1991 2000 2010

Branca 94,89 80,2 61,53 75,59 82,15 51,61 29,47 49,32 3715 4160 4353 3216 2677 2085 3915 5187 7075

Preta 99,53 95,37 73,6 86,43 78,8 69,54 36,45 56,85 845 598 959 669 436 475 849 627 1303

Amarela 100 100 71 74,11 100 - 24,5 25 7 17 142 7 - 49 7 17 200

Parda 96,72 91,38 74,67 87,31 89,82 67,68 38,76 64,8 13552 13066 11243 12586 9677 5836 14012 14298 15056

Indígena ... 100 ... 100 ... 100 ... 100 - 11 - - 11 - - 11 -

Sem declaração 100 94,82 ... 95,02 - 50,78 ... 48,76 8 183 - - 98 - 8 193 -

Total 96,47 88,7 70,65 84,23 87,69 63,44 35,73 60,27 18127 18035 16697 16478 12899 8445 18791 20333 23634 Fonte: IBGE - Censos Demográficos Notas explicativas: 1 % crianças renda dom < 1/2 SM: Proporção (%) de crianças (menores de 14 anos) residentes com renda domiciliar mensal per capita de até meio salário mínimo, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Considerou-se como renda domiciliar per capita a soma dos rendimentos mensais dos moradores do domicílio, em reais, dividida pelo número de seus moradores. 2 % crianças renda dom < 1/4 SM: Proporção (%) de crianças (menores de 14 anos) residentes com renda domiciliar mensal per capita de até um quarto de salário mínimo, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 3 Crianças renda domic < 1/2 SM: Contingente de crianças (menores de 14 anos) residentes com renda domiciliar mensal per capita de até meio salário mínimo, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 4 Crianças renda domic < 1/4 SM: Contingente de crianças (menores de 14 anos) residentes com renda domiciliar mensal per capita de até um quarto de salário mínimo, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 5 População total: Contingente de crianças (menores de 14 anos) considerada, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. O salário mínimo do último ano para o qual a série está sendo calculada torna-se a referência para toda a série. Esse valor é corrigido para todos com base no INPC de julho de 2010, alterando o valor da linha de pobreza e consequentemente a proporção de pobres. O valor de referência, salário mínimo de 2010, é de R$ 510,00.

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Tabela 10- Taxa de trabalho infantil e população infantil ocupada segundo raça/cor. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010

Cor/Raça Taxa de trabalho infantil1 População infantil ocupada2 População infantil3

1991 2000 2010 Total 1991 2000 2010 1991 2000 2010

Branca 11,84 6,6 2,72 6,2 169 106 68 1427 1607 2498

Preta 20,78 14,08 10,29 13,99 80 60 74 385 426 719

Amarela - 9 98

Parda 12,33 8,95 3,5 8 681 544 231 5523 6080 6608

Indígena - 11 -

Sem declaração - 23 -

Total 12,68 8,71 3,76 7,92 930 710 373 7335 8156 9923 Fonte: IBGE - Censos Demográficos Notas explicativas: 1 Taxa de trabalho infantil: Proporção (%) da população residente com 10 a 15 anos de idade que se encontra trabalhando ou procurando trabalho na semana de referência, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 2 População infantil ocupada: População residente com 10 a 15 anos de idade que se encontra trabalhando ou procurando trabalho na semana de referência, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 3 População infantil: População residente de 10 a 15 anos de idade.

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Tabela 11- População de idoso vivendo com parentes segundo sexo. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010

Sexo 1991 2000 2010

%1 N2 População de Idoso3

%1 N2 População de Idoso3

%1 N2 População de Idoso3

Masculino 10,8 146 1357 7,6 139 1829 6,5 155 2389

Feminino 20,6 237 1149 13 248 1904 14,5 416 2873

Total 15,3 383 2506 10,4 387 3733 10,9 571 5262 Fonte: IBGE - Censos Demográficos Notas explicativas: %idosos resid como out parente Proporção de idosos (60 anos ou mais de idade) que residem em domicílios como outro parente ou como agregado, ou seja, não chefiam, nem são cônjuges do chefe do domicílio em que residem. Nos Censos, outro parente é definido como a "pessoa que tinha qualquer outro grau de parentesco com a pessoa de referência da unidade domiciliar (ou da família) ou com o seu cônjuge", e agregado é definido como a "pessoa que não era parente da pessoa de referência da unidade domiciliar (ou da família) nem do seu cônjuge e não pagava hospedagem nem alimentação". Idosos resid como out parente Número de idosos (60 anos ou mais de idade) que residem em domicílios como outro parente ou como agregado, ou seja, não chefiam, nem são cônjuges do chefe do domicílio em que residem. População de idosos População residente de 60 anos ou mais de idade.

Tabela 12- População de idoso vivendo com parentes segundo faixa etária. Ipojuca, 1991, 2000 e 2010.

Faixa etária 1991 2000 2010

%1 N2 População de Idoso3

%1 N2 População de Idoso3

%1 N2 População de Idoso3

60 a 69 anos 7,9 121 1535 6,4 147 2283 8,5 262 3082

70 a 79 anos 21,5 156 727 8,9 89 1001 10,1 154 1528

80 anos e mais 43,4 106 244 33,6 151 449 23,8 155 652

Total 15,3 383 2506 10,4 387 3733 10,9 571 5262 Fonte: IBGE - Censos Demográficos Notas explicativas: % idosos resid como out parente Proporção de idosos (60 anos ou mais de idade) que residem em domicílios como outro parente ou como agregado, ou seja, não chefiam, nem são cônjuges do chefe do domicílio em que residem. Nos Censos, outro parente é definido como a "pessoa que tinha qualquer outro grau de parentesco com a pessoa de referência da unidade domiciliar (ou da família) ou com o seu cônjuge", e agregado é definido como a "pessoa que não era parente da pessoa de referência da unidade domiciliar (ou da família) nem do seu cônjuge e não pagava hospedagem nem alimentação". Idosos residentes como outros parente Número de idosos (60 anos ou mais de idade) que residem em domicílios como outro parente ou como agregado, ou seja, não chefiam, nem são cônjuges do chefe do domicílio em que residem. População de idosos População residente de 60 anos ou mais de idade.

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4. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE NATALIDADE

4.1. Perfil dos Nascidos Vivos

O conhecimento do número de nascidos vivos (NV), de uma área, em um período de

tempo, é imprescindível, para embasar o planejamento de ações na área materno-infantil. No

período de 2006 a 2013, foram registrado uma média de 1.563 (±74) nascimentos de mães

residentes do município do Ipojuca. A média anual de residentes que nascem fora do município

foi próximo de 82,0%, com tendência para diminuição desse percentual para os últimos 4 anos da

série histórica (Figura 1).

Figura 1 – Número de nascidos vivos ocorridos em Ipojuca. Ipojuca-PE, 2007 a 2013*

Fonte: Sinasc/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: * Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14.03.2014

No período entre 2006 e 2013, Ipojuca obteve uma média anual de 81,8% que nasceram

em outros municípios. O número de nascidos vivos apresentou discreto aumento de 1,74% no

período analisado (Figura 2).

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A Taxa Bruta de Natalidade (TBN) também apresentou redução ao longo do período,

passou de 22,4, em 2006, para 18,0 NV/1000 hab. em 2013, com um decréscimo de 19,6%

(Figura 2).

Figura 2 – Número de nascidos vivos de mães residentes e taxa bruta de natalidade por 1.000 habitantes. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinasc/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: * Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14.03.2014

4.1.1. Características demográficas e sociais das gestantes

A faixa etária e a escolaridade da mãe são características importantes para a avaliação da

mortalidade infantil e materna por expressarem o contexto socioeconômico o qual estão inseridos

o binômio mãe-filho (RIPSA, 2008).

A gestação em idade inferior a 16 anos ou acima de 35 anos incorre em maior risco. As

adolescentes têm dificuldades com as adaptações fisiológicas necessárias à gestação, tendo risco

de complicações sérias com a alimentação inadequada, excessivo ganho de peso, doença

hipertensiva específica da gestação, parto prematuro e desajuste emocional. A gestação acima de

35 anos sofre aumento na incidência de hipertensão arterial crônica, diabetes e anomalias

genéticas (MANUAL DE ORIENTAÇÃO, ASSISTENCIA PRÉ-NATAL, 2000).

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No período de 2006 a 2013, cerca de 30,4% das mães eram adolescentes, sendo 1,76% na

faixa de 10 a 14 anos e 28,66% na faixa de 15 a 19 anos. Entre os anos de 2006 a 2013,

observou-se uma discreta tendência na diminuição no percentual de mães adolescentes (10 a 19

anos), de 31,45% (2007) para 30,91% (2013), nota-se tendência de crescimento significativo na

faixa etária de10 a 14 anos (Figura 3).

Figura 3 – Proporção de nascidos vivos segundo faixa etária da mãe. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinasc/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: * Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14.03.2014

Em relação ao grau de instrução materna, o percentual de mães com nenhum grau de

instrução ou com apenas 1 a 3 anos de estudo, apresentou média, no período, de 2,18% (±1,24) e

9,02% (±2,5), respectivamente. Em 2013, houve uma diminuição de 47,57% na proporção de

mães sem nenhum grau de instrução, em relação a 2006. Ressalta-se, também, que em 2006, o

percentual de mães com 12 e mais anos de estudo era de 6,30%, e, em 2013, passou para 5,44%,

representando uma redução de 41,80% (Figura 4).

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Figura 4 – Proporção de nascidos vivos segundo escolaridade da mãe. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinasc/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: * Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14.03.2014

4.1.2. Características da Gestação e do Parto

A frequência de toda gestante ao pré-natal é fator primordial para a prevenção e o

tratamento precoce de diversas afecções que poderão afetar a integridade do novo ser que irá

nascer, além de propiciar, no momento do parto, informações necessárias para o atendimento

adequado (MANUAL DE ORIENATÇÃO, ASSISTENCIA PRÉ-NATAL, 2000).

A gestante deve procurar o serviço de pré-natal o mais cedo possível, impreterivelmente

dentro do primeiro trimestre, a fim de que toda a investigação a respeito da sua saúde seja

completada em tempo hábil. O número total de consultas, preconizado pela Organização Mundial

da Saúde, não deve ser inferior a seis. Qualquer número abaixo desta cifra já é considerado como

atendimento deficiente. A cobertura de consultas de pré-natal está associada à mortalidade

materna e infantil (MANUAL ASSISTENCIA PRÉ-NATAL, 2000).

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Em Ipojuca, entre 2006 e 2013, a proporção média anual de gestante considerada assistida

no pré-natal com quatro ou mais consultas foi de 82,47% (±2,23). O percentual de gestantes que

não compareceu ao pré-natal passou de 6,05% para 4,80%, correspondendo a uma redução de

21,96% (Figura 5).

Figura 5 – Proporção de nascidos vivos segundo número de consultas pré-natal realizadas pela mãe. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinasc/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: * Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14.03.2014

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que o total de partos cesáreos em

relação ao número total de partos realizados em um serviço de saúde seja de 15%. Esta

determinação está fundamentada no preceito de que apenas 15% do total de partos apresentam

indicação precisa de cesariana, ou seja, existe uma situação real onde é fundamental para

preservação da saúde materna e/ou fetal que aquele procedimento seja realizado cirurgicamente e

não por via natural (OMS, 1996).

Assim, o excessivo número de partos cesáreos tem-se tornado um importante problema de

saúde pública, uma vez que reflete em um acompanhamento pré-natal inadequado ou indicações

equivocadas do parto cirúrgico.

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Em Ipojuca, destaca-se a evolução da proporção de partos cesarianas ao longo dos seis

anos, passando de 37,2% em 2006 para 47,2% no ano de 2013, representando um aumento de

27,0%, apesar da queda da proporção no último ano da série (Figura 6).

Figura 6 – Proporção de nascidos vivos segundo tipo de parto. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinasc/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: * Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14.03.2014

A quase totalidade dos nascimentos ocorre em hospital. A proporção de partos

hospitalares, em Ipojuca, apresentou valores acima de 98,00% em todo período analisado (Tabela

13).

Tabela 13- Proporção de nascidos vivos segundo local de ocorrência do parto. Ipojuca-PE, 2006 a 2013* Local Ocorrência 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Hospital 98,8 99,2 98,7 99,0 99,8 99,4 99,6 99,9 Outro Estabelecimento de Saúde 0,3 0,4 0,3 0,3 0,0 0,2 0,1 0,1 Domicílio 0,6 0,3 0,6 0,6 0,2 0,3 0,1 0,0 Outros 0,3 0,1 0,4 0,1 0,0 0,1 0,2 0,1 Não informado 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Ignorado 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Sinasc/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: * Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14.03.2014

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4.1.3. Características do Recém-nascido

Em todo o período, nasceram mais crianças do sexo masculino, perfazendo um total de

51,1%.

As análises da ocorrência do baixo peso ao nascer e da prematuridade são de grande

importância por serem considerados fatores preditores da mortalidade infantil. Embora, estejam

relacionados a algumas variáveis maternas, suas frequências são resultados direto de uma

condição socioeconômica desfavorável. Portanto, pode ser considerado um bom indicador de

qualidade de vida.

O baixo peso ao nascer decorre de dois fatores distintos: a duração da gestação e o retardo

de crescimento intrauterino (VICTORA, 2001). Pode ser subdividido em peso muito baixo ao

nascer, aquele com menos de 1500 gramas e peso extremamente baixo ao nascer, aquele com

menos de 1000 gramas (OMS, 1994).

No período analisado, não foi observado redução na proporção de nascidos vivos com

baixo peso ao nascer (<2.500 gramas) significativa para o período. Entre os nascidos vivos com

muito baixo peso ao nascer (<1.500 gramas) houve uma redução de 20,4%, passando de 1,4% no

início do período para 1,1% em 2013 (Figura 7).

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Figura 7 – Proporção de nascidos vivos segundo peso ao nascer. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinasc/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: * Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14.03.2014

A prematuridade ainda representa um problema de saúde pública relevante por ser a

principal causa dos óbitos infantis ocorridos na primeira semana de vida no Brasil e em todas as

regiões, com importância relativa maior no primeiro dia de vida (BRASIL, 2011). No período

entre 2007 a 2012, a proporção de prematuros passou 5,5% em 2007 para 13,82%, em 2012. O

ano de 2011 apresentou elevação acentuada, o que pode ser explicado pela mudança no campo de

preenchimento da idade gestacional na Declaração de Nascido Vivo (DNV), que a partir de 2011

passou a ser preenchido pela data da última menstruação (Figura 8).

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Figura 8 - Proporção de nascidos vivos prematuros (< 37 semanas). Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinasc/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: * Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14.03.2014

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5. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MORBIDADE

5.1. Doenças Transmissíveis

5.1.1. Aids

A Aids é uma doença que representa um dos maiores problemas de saúde da atualidade,

em função do seu caráter pandêmico e de sua gravidade. A história natural dessa infecção vem

sendo alterada, consideravelmente, pela terapia antirretroviral (TARV), a qual foi iniciada no

Brasil em 1996, resultando em um aumento da sobrevida dos pacientes, mediante reconstrução

das funções do sistema imunológico e redução de doenças secundárias e, consequentemente,

melhorando a qualidade de vida dos pacientes (BRASIL, 2011).

O primeiro caso registrado de aids em Ipojuca foi detectado em 1990. No período entre o

primeiro registro e 2013, foram detectados 293 casos confirmados e tendência ao aumento de

detecção a partir de 2002, alertando para o território um grande potencial de transmissibilidade

dessa doença.

No recorte do período de 2006 a 2013, o município do Ipojuca foram detectados 216

casos, desses 14 foram em crianças. O ano 2012 foi marcado pelo maior taxa de detecção para

contrair a infecção pelo vírus, como também o de maior risco para a população com idade

inferior a 13 anos. Considerando esta faixa etária, foi observada uma tendência declinante no

período, sugerindo a eficácia das ações para controle da transmissão vertical do vírus (Figura 9).

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Figura 9 –Taxa de detecção dos casos de Aids segundo faixa etária e ano diagnóstico. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinan/Datasus/MS Nota(1): *Dados sujeitos à alteração, tabulado em 02/04/2014 Nota(2): Os anos relacionados no campo "Períodos Disponíveis" são baseados no ano de diagnóstico. Dados consolidados até 30/06/2013.

No período analisado, observou-se que o ano de 2009 está marcado por um intenso

declive de casos novos em indivíduos com 13 anos e mais do sexo masculino, assim como um

aclive deste indicador para o sexo feminino na mesma faixa etária. Em 2010, esta situação se

inverte, ou seja, o sexo masculino se apresenta como população de maior risco. No ano de 2013,

o risco para infecção se iguala entre os sexos (Figura 10).

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Figura 10 – Número de casos novos e taxa de detecção de Aids (13 anos e mais) por 100.000 habitantes, segundo sexo e ano de diagnóstico. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinan/Datasus/MS Nota(1): *Dados sujeitos à alteração, tabulado em 02/04/2014 Nota(2): Os anos relacionados no campo "Períodos Disponíveis" são baseados no ano de diagnóstico. Dados consolidados até 30/06/2013.

A Aids, dentre as doenças infecciosas e parasitárias, ainda é a que mais mata.

Considerando a gravidade da doença, o Ipojuca apresentou óbitos pela doença em todos os anos,

com seus valores mais elevados em 2006 e 2012 (10 óbitos) e 2013 (16 óbitos). A taxa de

letalidade para o início da série e último foram as mais elevadas e respectivamente, 58,8% e 80%

(Figura 11).

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Figura 11 – Número de óbitos por Aids e taxa de letalidade segundo ano de diagnóstico. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinan/Datasus/MS Nota(1): *Dados sujeitos à alteração, tabulado em 02/04/2014 Nota(2): Os anos relacionados no campo "Períodos Disponíveis" são baseados no ano de diagnóstico. Dados consolidados até 30/06/2013.

5.1.2. Sífilis em Gestante

A sífilis adquirida é uma doença de transmissão predominantemente sexual:

aproximadamente, um terço dos indivíduos expostos a um parceiro sexual com sífilis adquirirá a

doença. O Treponema pallidum, quando presente na corrente sanguínea da gestante, atravessa a

barreira placentária e penetra na corrente sanguínea do feto. A transmissão pode ocorrer em

qualquer fase da gestação, estando, entretanto, na dependência do estado da infecção na gestante,

ou seja, quanto mais recente a infecção, mais treponemas estarão circulantes e, portanto, mais

gravemente o feto será atingido (BRASIL, 2009a). A notificação e vigilância dos casos de sífilis

em gestante são imprescindíveis para o monitoramento da transmissão vertical.

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No município do Ipojuca, os anos de 2011 e 2012 se destacaram por apresentar maior

número de casos, 25 e 24 casos respectivamente (Figura 12). Dentre as faixas etárias, as gestantes

com idade entre 20 e 29 anos foram identificadas como população de maior risco de 2009 a 2012

(Figura 12 e 13).

Figura 12 – Distribuição dos casos de sífilis em gestante segundo faixa etária e ano de diagnóstico. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinan/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: * Dados sujeitos à alteração, tabulação feita em 14/03/2014

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Figura 13 – Taxa de detecção (por 1000 nascidos vivos) de sífilis em gestante segundo faixa etária e ano de diagnóstico. Ipojuca-PE, 2007 a 2013*

Fonte: Sinan/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: * Dados sujeitos à alteração, tabulação feita em 14/03/2014

5.1.3. Sífilis Congênita

A sífilis é uma doença infecto-contagiosa sistêmica, de evolução crônica. A infecção do

feto ocorre pelo Treponema pallidum, transmitida por via placentária, em qualquer momento da

gestação ou estágio clínico da doença em gestante não tratada ou inadequadamente tratada. Sua

ocorrência evidencia falhas dos serviços de saúde, particularmente da atenção ao pré-natal, pois o

diagnóstico precoce e tratamento da gestante são medidas relativamente simples e bastante

eficazes na prevenção dessa forma da doença (BRASIL, 2011).

A taxa de detecção de sífilis congênita no Ipojuca apresentou, no período de 2008 a 2012,

uma tendência ascendente. Em 2008, este indicador foi representado por 1,8 casos a cada 1000

nascidos vivos, enquanto que em 2012 a taxa foi de 8,6/1000 NV, apresentando uma variação de

377,8%. Em 2010 houve a implantação do Centro de Testagem Ambulatorial (CTA), , o que

intensificou a busca ativa e incidência de casos, justificando o aumento da detecção de novos

casos.

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Nos anos de 2011, 2012 e 2013, os valores para taxa de detecção ainda são considerados

altos para o município, visto que o Ministério da Saúde (MS) preconizou como meta o registro de

menos de um caso para cada mil nascidos vivos (Figura 14) (BRASIL, 2005b).

Figura 14 – Casos de sífilis congênita e taxa de detecção por 1.000 nascidos vivos de mães residentes. Ipojuca-PE, 2007 a 2013*

Fonte: Sinan/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca

Sinasc/GPPVE/DVS/SMS Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

O controle da sífilis congênita é realizado a partir do tratamento das gestantes infectadas e

de seus parceiros mediante a busca ativa de novos casos em serviços de pré-natal e em

maternidades. Essa ação confirma a importância da inserção da vigilância epidemiológica na

Estratégia da Saúde da Família, visando prevenir a transmissão vertical do treponema.

4.1.4 Hepatites Virais

As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes vírus hepatotrópicos que

apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas. Possuem

distribuição universal e observam-se diferenças regionais na ocorrência e magnitude destas em

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todo mundo, variando, de acordo com o agente etiológico. Têm grande importância para a saúde

pública em virtude do número de indivíduos acometidos e das complicações resultantes das

formas agudas e crônicas da infecção (BRASIL, 2009a).

No ano de 2007, o risco para infecção por algum vírus das hepatites virais foi maior do

que os demais anos com uma taxa de detecção de 14,1/100.000 hab. e o segundo maior em 2013

(7,2/100.000 hab.). Nos anos de 2011 e 2012, esta taxa de detecção não apresentou variação

significativa, sendo 2,43 e 2,38/100.000 hab. respectivamente (Figura 15).

Figura 15 – Número de casos novos e taxa de detecção de hepatites virais por 100.000 habitantes, segundo ano de diagnóstico. Ipojuca, 2007 a 2013*

Fonte: Sinan/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Quanto à classificação etiológica, no período de 2007 a 2009, o vírus A se apresentou

como maior incidente, diferindo do período de 2010 a 2012, nos quais a incidência foi variável,

porém com proporção constante do vírus C (Tabela 14).

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Tabela 14 - Número e proporção de casos confirmados de hepatites virais segundo classificação etiologia e ano de diagnóstico. Ipojuca-PE, 2007 a 2013*

Classificação Etiológica

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

N % N % N % N % N % N % N %

Vírus A 4 11,43 2 25,00 2 50,00 2 28,57 0 0,00 1 10,00 2 20,00

Vírus B 3 8,57 2 25,00 0 0,00 1 14,29 2 28,57 0 0,00 3 30,00

Vírus C 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2 28,57 1 14,29 2 20,00 1 10,00

Vírus B + C 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 10,00

Não se aplica 8 22,86 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00

Ign/Branco 20 57,14 4 50,00 2 50,00 2 28,57 4 57,14 7 70,00 3 30,00

Total 35 100,00 8 100,00 4 100,00 7 100,00 7 100,00 10 100,00 10 100,00 Fonte: Sinan/ GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

5.1.4. Tuberculose

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Bacilo de Koch, bactéria que

afeta, principalmente, os pulmões, mas, também pode atingir os ossos, rins, olhos e meninges. A

transmissão é direta, de pessoa para pessoa, mas somente 5% a 10% dos infectados pelo bacilo

adquirem a doença (BARSIL, 2009).

Estima-se que, cerca de um terço da população mundial esteja infectada com o

Mycobacterium tuberculosis, sob o risco de desenvolver a enfermidade com oito milhões de

casos novos anualmente. Já no Brasil, esta estimativa é de 50 milhões de pessoas, perfazendo

uma média 80 mil casos novos por ano (BARSIL, 2009).

O estado de Pernambuco, no ano de 2011, apresentou possui uma média de 4.000 novos

casos por ano e 200 óbitos, ocupando o 4º lugar em incidência (números de casos novos) e o 2º

lugar em mortalidade entre os estados brasileiros.

O Ipojuca está entre as 108 cidades prioritárias do Estado para o Projeto Sanar - Programa

de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas da Secretaria Estadual de Saúde, sendo a

Tuberculose (TB) um dos agravos objeto de ações e investimentos, eleito através do percentual

de incidência da doença no município.

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Entre 2006 a 2013, foi detectado um total de 316 casos novos, sendo a maior taxa de

detecção no ano de 2006 e a menor no ano de 2009, com tendência a decréscimo para o período

(Figura 16).

Esse indicador pode sofrer influência de fatores relacionados à melhoria das ações de

controle da tuberculose, como a busca de casos e controle de contatos. A intensificação da busca

ativa de casos em determinado município pode ser a responsável pelo aumento deste coeficiente e

vice-versa.

Figura 16 - Taxa de detecção de tuberculose por 100.000 habitantes. Ipojuca-PE, 2006 a 2013.

Fonte: Sinan/ GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Entre os infectados, a probabilidade de adoecer aumenta, na presença de infecção pelo

vírus da imunodeficiência humana (HIV), por isso, recomenda-se nacionalmente que todos os

casos de tuberculose façam o teste anti-HIV. Atualmente, muitos exames são solicitados, mas as

informações referentes ao seu resultado não são inseridas no sistema informatizado.

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O mesmo acontece em Ipojuca onde, no período de 2007 a 2012, dos 316 casos

notificados, aproximadamente 72,2% foram testados para HIV e cerca de 40% tem resultado

(Figura 17).

Figura 17 - Relação da Proporção de Casos de Tuberculose Testados para HIV e Casos de Tuberculose com HIV em Andamento. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinan/ GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

A tuberculose é transmitida por via aérea em praticamente todos os casos. Os doentes

bacilíferos, isto é, aqueles cuja baciloscopia de escarro é positiva, são a principal fonte de

infecção. Doentes de tuberculose pulmonar com baciloscopia negativa, mesmo que tenham

resultado positivo a cultura, são muito menos eficientes como fontes de transmissão, embora isso

possa ocorrer. As formas exclusivamente extrapulmonares não transmitem a doença.

A TB pulmonar é a forma mais comumente encontrada, não se fazendo contrário no

município do Ipojuca, onde em todos os anos abordados apresenta os maiores proporções,

chegando à totalidade dos casos em 2013 (Figura 18). Por isso, diagnosticar e tratar correta e

prontamente esses casos são as principais medidas para o controle da doença. Esforços devem ser

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realizados no sentido de encontrar precocemente o paciente e oferecer o tratamento adequado,

interrompendo a cadeia de transmissão da doença.

Figura 18 – Proporção de Casos de Tuberculose por forma de apresentação clínica. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinan/ GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Outra ação importante para a interrupção da cadeia de transmissão da doença e o exame

dos contatos. Espera-se que 100% dos contatos identificados sejam examinados. Considera-se

contato toda pessoa que convive no mesmo ambiente com o caso índice, no momento do

diagnóstico da TB.

Observa-se que dos anos analisados, o município do Ipojuca atingiu a meta de 100% de

contatos de casos de TB examinados apenas 2006, ocorrendo uma queda em 2012, com apenas

64,2%, mas retomando aos níveis de proporção anteriores (Tabela 15). Estes dados podem ser

também o reflexo do envolvimento da atenção primária com o Programa de Controle da

Tuberculose (PCT), já que o exame de contato deve ser realizado fundamentalmente pela atenção

básica. Os serviços devem se estruturar para que esta prática de grande repercussão seja

otimizada.

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Tabela 15 - Proporção de contatos examinados dos casos novos de tuberculose, segundo o ano de diagnostico. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Ano Diagnóstico

Contatos

Registrados Examinado % Examinados

2006 134 134 100,0

2007 106 99 93,4

2008 118 110 93,2

2009 66 62 93,9

2010 97 83 85,6

2011 78 67 85,9

2012 123 79 64,2

2013 88 78 88,6

Total 810 712 87,9 Fonte: Sinan/ GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Ainda se encontra grande dificuldade para o acompanhamento dos pacientes, e com isso o

encerramento inoportuno dos casos, a redução da taxa de cura e a ampliação da taxa de

abandono. Estes dados são de extrema importância, pois, representam a efetividade do

tratamento.

Ipojuca possui uma proporção média de cura de 81,7%, variando entre 94,4% (2006 e

2011) e 29,2% (2013). Porém, neste último ano, 58,3% dos casos ainda estão em abertos, ou seja,

esperando conclusão do caso para encerramento. O ano com maior percentual de abandono foi o

ano de 2009 (25,0%) seguido por 2012 (13,2%), estando bem acima do aceitável que seria de até

5% (Figura 19).

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Figura 19 - Proporção de Casos de Tuberculose Segundo Situação de Encerramento. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinan/ GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Ainda é mundialmente um importante problema de saúde, exigindo o desenvolvimento de

estratégias para o seu controle, considerando aspectos humanitários, econômicos e de saúde

pública.

5.1.5. Hanseníase

A Hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, de evolução lenta, provocada pelo

Mycobacterium leprae, que atinge as células da pele e/ou dos nervos periféricos, podendo causar

incapacidades físicas e que apresenta grande capacidade de infectar os indivíduos (alta

infectividade), entretanto poucos adoecem (baixa patogenicidade). Essas propriedades dependem

das características intrínsecas do bacilo, assim como do grau de endemicidade do meio (BRASIL,

2011).

A doença é representada por manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em

qualquer parte do corpo com alteração da sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. Constitui-se

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sério problema de saúde pública pelo seu alto poder incapacitante. Sendo considerada

hiperendêmico no Estado em menores de 15 anos.

A taxa de detecção da hanseníase no município do Ipojuca apresentou valores variáveis

no período analisado, sendo maior em 2010 (59,5/100 mil hab.) e menor em 2011 (45,0/100 mil

hab.), caracterizando o município como hiperendêmico (≥40,0/100 mil hab.) (Figura 20).

Devido à evolução lenta que a doença apresenta, a ocorrência de casos em menores de 15

anos sugere contato precoce, íntimo e prolongado com pacientes portadores de altas cargas

bacilíferas. A força de transmissão da hanseníase e sua tendência podem ser analisadas através da

taxa de detecção em pacientes com idade inferior a 15 anos. Quando esse indicador apresenta

seus valores iguais ou maiores que 10,0/100 mil hab., também classifica-se o município como

hiperendêmico. Desta forma, os únicos anos que não se enquadram nesta situação são os de 2006

(8,4), 2007 (9,2) e 2009 (9,0), os quais, ainda assim, apresentam seus valores próximos ao

parâmetro estabelecido. Os demais anos trouxeram as taxas de detecção superiores à estabelecida,

encontrando-se no ano de 2012 (32,6) a maior delas (Figura 20).

Figura 20 - Número de casos novos e taxa de detecção de hanseníase por 100.000 habitantes. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinan/ GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

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O sucesso do tratamento é dado pela tomada dos medicamentos no horário correto e à

dedicação em seguir com o tratamento sem abandoná-lo. Dentre os casos residentes no Ipojuca,

nos anos de 2006, 2007 e 2009 não houve abandono de tratamento. Em 2012, este indicador

atingiu seu maior valor com 7,8% de abandono (Figura 21).

Em relação à cura, foi estabelecido pelo Estado que 85% ou mais dos casos devem ser

curados no período da coorte. A meta não foi atingida apenas no ano de 2007, com 97,2% dos

casos detectados curados, devido a ajuste e limpeza dos banco de dado. Os demais anos do banco

de dados apresentaram a meta atingida (Figura 21).

Figura 21 - Percentual de cura e abandono do tratamento da hanseníase. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: Sinan/ GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Considerando a hiperendemicidade do município, é fundamental realizar o exame para

identificar a doença em todos os possíveis contatos. Porém, determinou-se que 60% dos contatos

registrados devem ser examinados. O município do Ipojuca apresentou o percentual mais baixo

em 2013 (75,9%), contudo dentro do parâmetro (Tabela 16).

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Tabela 16 – Proporção de contatos examinados dos casos novos de hanseníase, segundo o ano de diagnostico. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Ano Diagnóstico

Contatos

Registrado Examinado % Examinados

2006 142 149 104,9

2007 153 146 95,4

2008 169 147 87,0

2009 143 130 90,9

2010 156 150 96,2

2011 113 96 85,0

2012 167 149 89,2

2013 87 66 75,9 Total 1276 1233 96,6

Fonte: Sinan/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

5.1.6. Esquistossomose

A transmissão da esquistossomose em Pernambuco é endêmica em 102 dos 186

municípios do estado, principalmente nas Zonas da Mata e Litoral. As prevalências mais altas são

encontradas em localidades dos municípios das bacias do Capibaribe, Una, Sirinhaém, Jaboatão,

Goiana e Ipojuca. A prevalência média em 2010 foi 7,9 em 142.090 pessoas examinadas

(BRASIL, 2010).

No Ipojuca, em 2010, do total de casos examinados, 10,7% foram positivos para

esquistossomose, superando a média do estado. Em 2011, a proporção de casos positivos

apresentou um discreto aumento (11,9%) e em 2012 um pequeno decréscimo (10,4%), porém

permanecendo acima da média estadual (Tabela 16).

As informações referentes aos anos anteriores a 2010 não se encontram na base do

município devido a problemas operacionais.

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Tabela 17 - Casos de esquistossomose, segundo confirmação laboratorial. Ipojuca-PE, 2010 a 2013*

Ano diagnóstico Positivos Negativos Total

2010 484 4020 4504

2011 278 2055 2333

2012 170 1469 1639

Total 932 7544 8476 Fonte: SIS-PCE/GPPVA/DVS/SMS/Ipojuca * Dados sujeitos à alteração, tabulado em 14/03/2014.

5.1.7. Geo-Helmintíase

As Geo-helmintíases são causadas por parasitas, responsáveis por diversos sinais e

sintomas tais como: diarréia ou constipação intestinal, espoliação nutricional, cefaleia, náusea,

vômito, prolapso retal (Trichuris), íleo paralítico (Strongyloides), dificuldade respiratória e/ou

irritação brônquica (ciclo pulmonar da ascaridíase), prurido anal noturno ou vulvite (Enterobius),

geofagia, anemia (Ancilostomose), entre outros. Também são responsáveis pela dificuldade no

aprendizado em escolares e astenia em adultos economicamente ativos.

No Brasil, grande parte da população de pré - escolares e escolares encontram-se

parasitadas (Costa-Macedo et al., 1998; Costa et al., 1998). Com relação à faixa etária alvo da

infecção, crianças e adolescentes são os mais parasitados e os mais expostos aos riscos de

morbidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde (WHO, 1985), a criança menor de cinco

anos de idade, por se encontrar em período de crescimento e desenvolvimento, sofre mais as

consequências das parasitoses intestinais, uma vez que estão em fase de intenso crescimento

físico e desenvolvimento cognitivo. O impacto negativo da infecção produz, além da redução no

mesmo, uma diversidade de quadros mórbidos e complicações que às vezes exigem intervenção

cirúrgica, podendo inclusive levar ao óbito.

Alguns autores trabalham com esta faixa etária (Monteiro et al., 1988; Gross et al., 1989)

acreditando que, por estarem, geralmente, mais expostas à infecção parasitária, estas crianças

espelham melhor o grau de contaminação da região pesquisada, devido a sua menor capacidade

de migração.

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Botero (1981), em revisão sobre a persistência das parasitoses intestinais na América

Latina, faz referência à estreita relação da enteroparasitoses com subdesenvolvimento e pobreza,

condições estas ainda presentes em vários países latino-americanos, inclusive no Brasil.

Entre 2011 e 2012, foram examinadas 4504 pessoas, sendo 22,58% positivos para

helmintíases. Observou-se maior proporção de positividade para Ascaris no período analisado,

enquanto que para Taenia houve um aumento de 100% (Figura 23).

Figura 22 - Proporção de exames positivos para geo-helmintíase por ano de diagnóstico. Ipojuca, 2011 e 2012*

4,37

7,08

0,04 0,06

1,24

3,54

0,04 0,00

-0,50

0,50

1,50

2,50

3,50

4,50

5,50

6,50

7,50

2011 2012

Positivos Ascaris Positivos Ancilostomíneo

Positivos Taenia Positivos outras verminoses

Fonte: SISPCE/GPPVA/DGVS/SMS Ipojuca * Dados sujeitos à alteração

5.1.8. Dengue

A dengue é hoje uma das doenças com maior incidência no Brasil, atingindo a população

de todos os Estados, independente de classe social, e podendo agravar o quadro evoluindo ao

óbito.

No período analisado, o ano de 2012 apresentou o maior número de notificação de casos

suspeitos e confirmados. É importante observar que o ano de 2012 ainda apresenta um grande

volume de casos em investigação, podendo haver uma mudança na situação encontrada

atualmente (Tabela 18).

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Quanto à evolução do caso, os anos de 2008, 2010, 2011 e 2012 apresentaram óbitos e

taxa de letalidade de 50,0%, 16,7%, 25,0% e 100,0%, respectivamente. O Ministério da Saúde

propôs como meta, a partir de 2009, uma letalidade inferior a 1%, estando o município do Ipojuca

em divergência a esse valor. A análise deste indicador é fundamental para avaliar a magnitude da

doença e a qualidade da assistência médica (Tabela 18).

Tabela 18 - Casos notificados e confirmados de dengue segundo forma clínica, taxa de detecção (por 100.000 hab.) e óbitos. Ipojuca-PE, 2007 a 2013*

Ano Nº de

Notificações Dengue Clássico

Dengue grave

Total Confirmados

Descartado Em

investigação Óbitos

Taxa de Letalidade

(%)

2007 194 55 0 55 136 0 3 -

2008 686 220 2 222 461 0 3 1 50,0

2009 79 0 0 0 79 0 0 - -

2010 552 124 6 130 412 4 6 1 16,7

2011 510 144 8 152 332 15 11 2 25,0

2012 1416 252 2 254 723 428 11 - -

2013 404 13 1 14 304 76 10 1 100,0

Total 3841 808 19 827 2447 523 44 - - Fonte: Sinan/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Na Figura 23, é possível analisar a taxa de detecção segundo a faixa etária. Diante dos

valores encontrados, a faixa etária mais exposta foi a dos casos entre 20-39 anos (2507,1), em

2012, e de 40 a 59 anos (1550,6), também em 2012. A partir do ano de 2002, no Brasil, houve

uma significativa mudança no quadro epidemiológico da dengue quanto à faixa etária mais

acometida pela forma grave da doença. O novo cenário foi detectado quando os casos menores de

15 anos apresentaram maior número de hospitalizações e óbitos. Considerando esta faixa etária

como grupo especial para investigação e tratamento da doença.

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Figura 23 - Taxa de detecção (por 100.000 hab.) de dengue segundo faixa etária e anos de início dos sintomas. Ipojuca-PE, 2007 a 2013*

Fonte: Sinan/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

5.1.9. Leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa febril de início abrupto, que pode variar desde

formas assintomáticas e subclínicas até quadros clínicos graves associados a manifestações

fulminantes. É causada por uma bactéria helicoidal (espiroqueta) aeróbica obrigatória do gênero

Leptospira, do qual se conhecem atualmente 14 espécies patogênicas, sendo a mais importante a

L. interrogans. O principal reservatório e constituído pelos roedores sinantrópicos como a

ratazana, rato-de-esgoto, rato de telhado ou rato preto e camundongo ou catita. Outros

reservatórios de importância são: caninos, suínos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos (BRASIL,

2010).

No Ipojuca, o ano de 2010 apresentou o maior número de notificações de casos suspeitos

(Figura 24), porém, foi no ano de 2011 que houve o maior número de confirmados (Figura 24 e

25). Dentre os confirmados, todos são do sexo masculino (Figura 26) e 04 evoluíram ao óbito.

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Figura 24 - Número de casos notificados e confirmados de leptospirose segundo ano de início dos sintomas. Ipojuca, 2010 a 2013*

Fonte: Sinan/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Figura 25 - Número de casos confirmados e taxa de detecção de leptospirose segundo ano de início dos sintomas. Ipojuca, 2010, 2011 e 2013*

Fonte: Sinan//GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

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Figura 26 - Casos notificados de leptospirose segundo sexo. Ipojuca, 2007 a 2013*

Fonte: Sinan//GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

5.1.10. Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA)

Doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoários do gênero Leishmania, de

transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas. É primariamente uma infecção zoonótica que

afeta outros animais que não o homem, o qual pode ser envolvido secundariamente.

A partir do ano de 2010, a LTA apresentou uma tendência crescente do número de casos

confirmados, com predominância no sexo masculino. O ano de 2012 teve a taxa de detecção mais

alta da série histórica. Para o sexo masculino, foi de 26,51 casos e para o feminino, de 16,52 para

100.000 habitantes (Figura 27).

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Figura 27 - Número de casos confirmados e taxa de detecção (por 100.000) de leishmaniose tegumentar americana segundo sexo e ano de diagnóstico. Ipojuca, 2007 a 2013*

Fonte: Sinan//GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

5.1.11. Leishmaniose Visceral (LV)

Trata-se de uma protozoose cujo espectro clínico pode variar desde manifestações clinicas

discretas até as graves, que, se não tratadas, podem levar a óbito. No Brasil, a forma de

transmissão é através da fêmea de insetos flebotomíneos das espécies de Lutzomyia longipalpis e

L. cruzi, infectados. A transmissão ocorre enquanto houver o parasitismo na pele ou no sangue

periférico do hospedeiro (BRASIL, 2010).

No período de 2007 a 2013, o Ipojuca apresentou 09 casos de leishmaniose visceral, com

taxas de detecção maiores nos anos de 2007 (2,81/100.000 hab.) e 2011 (2,43/100.000 hab.).

Proporcionalmente, a faixa etária de 1 a 4 anos concentra o maior número de casos, assim como o

sexo masculino (Tabela 20). Não houveram óbitos pela doença notificada no período analisado.

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Tabela 19 - Casos notificados e confirmados de dengue segundo forma clínica, taxa de detecção (por 100.000 hab.) e óbitos. Ipojuca, 2007 a 2012*

Variáveis 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total

N % N % N % N % N % N % N % N %

Confirmados 4

1

1

1

2

0

0

9

Sexo

Masculino 2 50,0 1 100,0 0 0,0 1 100,0 2 100,0 0 - 0 - 6 66,7

Feminino 2 50,0 0 0,0 1 100,0 0 0,0 0 0,0 0 - 0 - 3 33,3

Faixa Etária

<1 Ano 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 - 0 - 0 0,0

01-04 1 25,0 1 100,0 1 100,0 0 0,0 1 50,0 0 - 0 - 4 44,4

05-14 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 - 0 - 0 0,0

15-24 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 50,0 0 - 0 - 1 11,1

25-34 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 - 0 - 0 0,0

35-44 1 25,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 - 0 - 1 11,1

45-54 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 - 0 - 0 0,0

55-64 2 50,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 - 0 - 2 22,2

65 e+ 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 100,0 0 0,0 0 - 0 - 1 11,1 Fonte: Sinan//GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

5.1.12. Meningites

Meningite é a ocorrência de um processo inflamatório das meninges, membranas que

envolvem o cérebro. Ela pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus

e fungos, dentre outros, e agentes não infecciosos (ex.: traumatismo). As meningites de origem

infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de

vista da saúde pública, pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos. Dentre

os objetivos da vigilância epidemiológica das meningites, destacam-se: monitorizar a situação

epidemiológica das meningites no país; orientar as ações de prevenção e controle; e detectar

surtos de doença meningocócica e de meningite viral.

No Ipojuca, foram confirmados 102 casos de meningites no período de 2007 a 2013. O

ano de maior risco para infecção foi o de 2008, com taxa de detecção de 26,7/100 mil habitantes

(Figura 28).

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Figura 28 - Casos confirmados e taxa de detecção (por 100 mil hab.) de meningites segundo ano de início dos sintomas. Ipojuca, 2007 a 2013*

Fonte: Sinan/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Considerando a etiologia da infecção, ano de 2008 apresentou a maioria de seus casos

sem especificação do agente etiológico. No entanto, em 2011 a etiologia viral foi considerada

mais incidente (Tabela 21 e Figura 29).

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Tabela 20 – Percentual de casos notificados e confirmados de meningites segundo ano de início dos sintomas e classificação etiológica. Ipojuca, 2007 a 2013*

Variáveis 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total

N % N % N % N % N % N % N % N %

Notificados 15 100,0 19 100,0 16 100,0 7 100,0 13 100,0 18 100,0 14 100,0 102 100,0

Confirmado 14 93,3 16 84,2 13 81,3 7 100,0 12 92,3 18 100,0 10 71,4 90 88,2

Descartado 1 6,7 2 10,5 3 18,8 0 0,0 0 0,0 0 0,0 4 28,6 10 9,8

Ignorados e em branco 0 0,0 1 5,3 0 0,0 0 0,0 1 7,7 0 0,0 0 0,0 2 2,0

Etiologia dos confirmados

Ignorado e em branco 1 6,7 3 15,8 4 25,0 0 0,0 1 7,7 0 0,0 4 28,6 13 12,7

Doenças meningocócicas 1 6,7 2 10,5 3 18,8 0 0,0 0 0,0 2 11,1 1 7,1 9 8,8

Bacterianas 3 20,0 0 0,0 0 0,0 1 14,3 1 7,7 1 5,6 2 14,3 8 7,8

Virais 7 46,7 2 10,5 1 6,3 3 42,9 7 53,8 8 44,4 5 35,7 33 32,4 Outras e não especificadas

2 13,3 11 57,9 8 50,0 3 42,9 4 30,8 7 38,9 1 7,1 36 35,3

Pneumoniae 1 6,7 1 5,3 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 7,1 3 2,9 Fonte: Sinan/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Figura 29 - Número de casos confirmados de meningites segundo etiologia e ano de início dos sintomas. Ipojuca-PE, 2007 a 2013*

Fonte: Sinan/ GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

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As meningites se distribui em todas as faixas etárias, no tanto, observam-se as crianças

menores de 10 anos são as mais atingidas pela doença (Figura 30).

Figura 30 - Taxa de detecção (por 100 mil hab.) das meningites segundo a faixa etária e ano de início dos sintomas. Ipojuca-PE, 2007 a 2013*

Fonte: Sinan/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Considerando a evolução dos casos, em 2008 houve 04 óbitos por meningite e 01 (um) em

2009. Nos outros anos do período analisado, não houve nenhum óbito pela doença.

5.2. Doenças Crônica Não-Transmissíveis

5.2.1. Violência

O MS implantou, em 2006, o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA),

com a finalidade de viabilizar a obtenção de dados e divulgação de informações sobre violências

e acidentes, o que possibilitará conhecer a magnitude desses graves problemas de saúde pública.

O VIVA foi estruturado em dois componentes, o VIVA contínuo, referente à vigilância contínua

de violência doméstica, sexual, e/ou outras violências interpessoais e autoprovocadas; e o VIVA

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Sentinela, referente à vigilância sentinela de violências e acidentes em emergências hospitalares

(BRASIL, 2009b).

Observa-se, no Ipojuca, o aumento do número de casos, provavelmente associado à

intensificação da vigilância no município. Dentre esses casos a proporção mais significativa está

entre os casos confirmados e de provável confirmação (Figura 31).

Figura 31 - Casos notificados de violência segundo classificação final e ano de ocorrência. Ipojuca, 2008 a 2013*

Fonte: Sinan/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Dentre os casos confirmados e de provável confirmação, identifica-se o sexo feminino

como maior acometido, mantendo suas proporções sempre acima 60% (Figura 32).

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Figura 32 - Casos confirmados e de provável confirmação de violência segundo sexo e ano de ocorrência. Ipojuca, 2008 a 2013*

Fonte: Sinan/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

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Quanto à faixa etária, a violência infantil persiste no decorrer do período, assim como

entre os adolescentes e adultos jovens (Figura 33).

Figura 33 - Casos confirmados e de provável confirmação de violência segundo faixa etária e ano de ocorrência. Ipojuca, 2008 a 2013*

Fonte: Sinan/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Em relação ao tipo da violência, de 2008 a 2013, os registro que mais incidiram foram de

violência física com 56,7%, seguidas da violência por sexual (42,3%), de negligência/abandono

(17,5%) e de psicológica/moral (16,5%) (Figura 34). Ressalta-se que um mesmo caso pode se

expressar por mais de um tipo de violência, registrando-se todas as formas ocorridas. Nota-se que

em todos os que ocorreram registro, violência física, sexual e negligência/abandono se

sobressaíram (Figura 34 e 35).

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Figura 34 - Casos confirmados e de provável confirmação de violência segundo tipo da violência. Ipojuca, 2008 a 2013*

Fonte: Sinan/ GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Figura 35 - Casos confirmados e de provável confirmação de violência segundo tipo da violência e ano de ocorrência. Ipojuca, 2008 a 2013*

Fonte: Sinan/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

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5.3. Morbidade – Internações Hospitalares

5.3.1. Geral

Entre os anos de 2008 a 2013, houve o registro de 25.988 internações por

residência no município, com média anual de internamento de aproximadamente 4.331 (±457,7)

mil. No último ano da série, entre as causas de doenças que mais teve maior magnitude no perfil

de internação estão às doenças do lesões por envenenamento e algumas outras consequência de

causas externas, algumas doenças infecciosas e parasitárias e do aparelho circulatório. Destaque

para alguns grupos de doenças que tiveram um expressivo aumento como a primeira do ranking,

do aparelho circulatório, das DIP, respiratória e as neoplasias. (Figura 35 e Tabela 21).

Figura 36 – Percentual de internação de segundo principais capítulos da CID-10 e ano de processamento. Ipojuca, 2008 a 2013*

Fonte: SIH/Datasus/MS Nota: *Dados atualizados e tabulados em 04/04/2014. *Os dados de 2013 são provisórios e estão sujeitos a alterações.

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Tabela 21- Internações hospitalares segundo Capítulo da CID-10. Ipojuca, 2008-2012.

Capítulo CID-10 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total

N % N % N % N % N % N % N % I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 284 7,08 276 7,51 338 8,16 331 7,04 308 6,69 415 8,56 1.952 7,51 II. Neoplasias (tumores) 169 4,21 221 6,01 225 5,43 231 4,91 218 4,74 248 5,11 1.312 5,05 III. Doenças sangue órgãos hematológica e transtornos imunitário

17 0,42 18 0,49 16 0,39 21 0,45 23 0,50 16 0,33 111 0,43

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 79 1,97 61 1,66 63 1,52 69 1,47 68 1,48 81 1,67 421 1,62 V. Transtornos mentais e comportamentais 44 1,10 41 1,12 44 1,06 36 0,77 41 0,89 41 0,85 247 0,95 VI. Doenças do sistema nervoso 54 1,35 72 1,96 53 1,28 59 1,25 65 1,41 77 1,59 380 1,46 VII. Doenças do olho e anexos 14 0,35 14 0,38 19 0,46 11 0,23 15 0,33 29 0,60 102 0,39 VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide 15 0,37 13 0,35 10 0,24 11 0,23 7 0,15 10 0,21 66 0,25 IX. Doenças do aparelho circulatório 292 7,28 248 6,75 329 7,94 339 7,21 377 8,19 405 8,35 1.990 7,66 X. Doenças do aparelho respiratório 198 4,93 210 5,71 221 5,33 287 6,10 291 6,32 272 5,61 1.479 5,69 XI. Doenças do aparelho digestivo 372 9,27 341 9,28 350 8,45 394 8,38 344 7,47 373 7,69 2.174 8,37 XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 115 2,87 122 3,32 137 3,31 171 3,64 180 3,91 262 5,40 987 3,80 XIII.Doenças sistêmicas osteomuscular e tecido conjuntivo

65 1,62 90 2,45 73 1,76 62 1,32 65 1,41 67 1,38 422 1,62

XIV. Doenças do aparelho geniturinário 376 9,37 222 6,04 219 5,29 259 5,51 199 4,32 177 3,65 1.452 5,59 XV. Gravidez parto e puerpério 1.425 35,51 1.249 33,98 1.374 33,16 1.589 33,79 1.627 35,35 1.402 28,91 8.666 33,35 XVI. Algumas afecção originadas no período perinatal 102 2,54 97 2,64 105 2,53 143 3,04 111 2,41 172 3,55 730 2,81 XVII.Malformação congênito deformidade e anomalias cromossômicas

37 0,92 49 1,33 53 1,28 50 1,06 42 0,91 31 0,64 262 1,01

XVIII.Sintomas sinais e achados anormais e exames clínicos e laboratoriais

75 1,87 76 2,07 118 2,85 100 2,13 94 2,04 80 1,65 543 2,09

XIX. Lesões envenenamento e algumas outras consequências causas externas

250 6,23 242 6,58 367 8,86 514 10,93 500 10,86 659 13,59 2.532 9,74

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 1 0,02 - - - - - - 1 0,02 - - 2 0,01 XXI. Contatos com serviços de saúde 29 0,72 14 0,38 29 0,70 26 0,55 27 0,59 33 0,68 158 0,61

TOTAL 4.013 100,0 3.676 100,0 4.143 100,0 4.703 100,0 4.603 100,0 4.850 100,0 25.988 100,0 Fonte: SIH/Datasus/MS Nota: *Dados atualizados e tabulados em 04/04/2014. *Os dados de 2013 são provisórios e estão sujeitos a alterações.

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Quadro 1 – Principais causas básicas de internação hospitalar segundo faixa etária e capítulo da CID-10. Ipojuca, 2013*

Ranking Faixa Etária

<1 Ano 1 a 9 10 a 19 20 a 39 40 a 59 60 e mais Geral

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

XV. Gravidez parto e puerpério

XV. Gravidez parto e puerpério

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas

IX. Doenças do aparelho circulatório

XV. Gravidez parto e puerpério

X. Doenças do aparelho respiratório

X. Doenças do aparelho respiratório

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

XI. Doenças do aparelho digestivo

XI. Doenças do aparelho digestivo

XI. Doenças do aparelho digestivo

IX. Doenças do aparelho circulatório

X. Doenças do aparelho respiratório

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

IX. Doenças do aparelho circulatório

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

IX. Doenças do aparelho circulatório

XI. Doenças do aparelho digestivo

XI. Doenças do aparelho digestivo

IX. Doenças do aparelho circulatório

XI. Doenças do aparelho digestivo

XIV. Doenças do aparelho geniturinário

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

II. Neoplasias (tumores)

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

XI. Doenças do aparelho digestivo

Fonte: SIH/Datasus/MS Nota: *Dados atualizados e tabulados em 04/04/2014. *Os dados de 2013 são provisórios e estão sujeitos a alterações

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5.3.2. Condições Sensível à atenção básica

A Lista Brasileira de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária foi

instituída pela Portaria Nº 221/SAS, de 17 de abril de 2008, e é utilizada como instrumento de

avaliação da atenção primária e/ou da utilização da atenção hospitalar, podendo ser aplicada para

avaliar o desempenho do sistema de saúde nos âmbitos Nacional, Estadual e Municipal.

No período de 2001 a 2013 no município, registrou-se em 2.685 internações referente a

essas condições, com média anual próximo de 441 (±82,5), que representa próximo de 10% do

total de internação. Os seis principais grupos de condições sensíveis em ordem de maior

magnitude relativa para série histórica, foram: infecção da pele e tecido subcutâneo,

insuficiência cardíaca, gastroenterites infecciosas e complicações, infecção no rim e trato

urinário, doenças cerebrovasculares e diabetes melitus. Em todo período, verificou-se um

aumento de internações, provavelmente devido a não expansão e a baixa qualificação na atenção

à saúde básica no município. Nota-se um crescimento acentuado, principalmente do ano de 2011

para o ano de 2012 (Tabela 22).

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Tabela 22- Internações hospitalares segundo grupo de causas sensíveis à atenção básica. Ipojuca, 2008-2013.

Grupo de Condições Sensíveis à Atenção Básica 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total

N % N % N % N % N % N % N %

1. Doenças preveníveis por imunização 36 9,55 11 3,35 35 8,33 18 3,93 36 6,73 20 3,80 164 6,11

2. Gastroenterites Infecciosas e complicações 48 12,73 28 8,54 58 13,81 33 7,21 38 7,10 42 7,97 250 9,31

3. Anemia 10 2,65 6 1,83 1 0,24 6 1,31 3 0,56 3 0,57 31 1,15

4. Deficiências nutricionais 22 5,84 15 4,57 19 4,52 25 5,46 7 1,31 9 1,71 99 3,69

5. Infecções de ouvido, nariz e garganta 0 0,00 2 0,61 1 0,24 2 0,44 4 0,75 2 0,38 12 0,45

6. Pneumonias bacterianas 9 2,39 5 1,52 9 2,14 4 0,87 8 1,50 36 6,83 71 2,64

7. Asma 23 6,10 35 10,67 23 5,48 27 5,90 17 3,18 9 1,71 135 5,03

8. Doencas pulmonares 26 6,90 31 9,45 25 5,95 35 7,64 30 5,61 34 6,45 182 6,78

9. Hipertensão 16 4,24 12 3,66 15 3,57 29 6,33 37 6,92 28 5,31 137 5,10

10. Angina 18 4,77 11 3,35 23 5,48 15 3,28 34 6,36 31 5,88 135 5,03

11. Insuficiência cardíaca 37 9,81 34 10,37 44 10,48 44 9,61 54 10,09 32 6,07 251 9,35

12. Doenças cerebrovasculares 22 5,84 25 7,62 19 4,52 20 4,37 47 8,79 84 15,94 219 8,16

13. Diabetes melitus 30 7,96 25 7,62 28 6,67 34 7,42 37 6,92 34 6,45 194 7,23

14. Epilepsias 11 2,92 28 8,54 18 4,29 25 5,46 21 3,93 19 3,61 123 4,58

15. Infecção no rim e trato urinário 30 7,96 32 9,76 39 9,29 40 8,73 59 11,03 39 7,40 239 8,90

16. Infecção da pele e tecido subcutâneo 15 3,98 13 3,96 41 9,76 57 12,45 64 11,96 66 12,52 260 9,68

17. Doença Inflamatória órgãos pélvicos femininos 7 1,86 8 2,44 8 1,90 8 1,75 3 0,56 2 0,38 36 1,34

18. Úlcera gastrointestinal 6 1,59 3 0,91 6 1,43 22 4,80 21 3,93 20 3,80 78 2,91

19. Doenças relacionadas ao pré-natal e parto 11 2,92 4 1,22 8 1,90 14 3,06 15 2,80 17 3,23 69 2,57

Total 377 100,00 328 100,00 420 100,00 458 100,00 535 100,00 527 100,00 2685 100,00 Fonte: SIH/Datasus/MS Nota: *Dados atualizados e tabulados em 04/04/2014. *Os dados de 2013 são provisórios e estão sujeitos a alterações.

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4. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MORTALIDADE

4.1. Mortalidade Geral

As estatísticas de mortalidade são importantes fontes de informações para a identificação

das principais causas de morte segundo sexo, faixa etária, região de residência e características

pessoais, tais como: raça/cor, escolaridade de uma população (BRASIL, 2012).

O coeficiente de mortalidade geral (CMG) é influenciado pela estrutura da população por

características demográficas e condicionado por fatores socioeconômicos e associado a outros

indicadores subsidia o planejamento de ações de saúde.

No período de 2006 a 2013 foram registrados 3631 óbitos de residentes do Ipojuca. Na

análise do CMG do município, observa-se um acentuado aumento do risco de morrer no ano de

2006 com 6,01 óbitos/1000 hab. A posterior redução do CMG a partir de 2011 respeita a

tendência do período de 2006 a 2010 (Figura 37).

Figura 37 - Número de óbitos e coeficiente de Mortalidade Geral. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: SIM/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

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No que diz respeito à variável sexo, o município do Ipojuca apresentou os maiores

percentuais de óbito em indivíduos do sexo masculino, representando 61,33% dos óbitos e média

278 (±15) óbitos em homens e 175 (±19) óbitos em mulheres no período analisado. O coeficiente

de mortalidade nos homens foi 1,65 vezes maior (7,3/1000 hab.) em relação ao das mulheres

(4,4/1000 hab.) (Figura 38).

Figura 38 - Mortalidade proporcional, segundo sexo. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: SIM/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

A mortalidade proporcional por faixa etária subsidia processos de planejamento, gestão e

avaliação de políticas de saúde voltadas para grupos etários específicos (IDB, 2011).

A distribuição dos óbitos por faixa etária em Ipojuca apresenta os maiores percentuais nas

idades mais avançadas, acima de 60 anos, mostrando-se um dado constante ao longo dos anos,

com aumento de 7,84% em 2012 em relação ao início do período e se mantendo em 2013. Em

relação aos óbitos menores de 1 ano, a situação foi oposta, houve um declive de 26,9% (Figura

39).

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Figura 39 - Mortalidade proporcional, segundo faixa etária. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: SIM/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Elevadas proporções de óbitos em menores de 1 ano de idade estão associadas a más

condições de vida e de saúde e outras variações de concentração de óbitos sugerem correlação

com a frequência e a distribuição de causas de mortalidade específica por idade e sexo. As curvas

de mortalidade proporcional para homens e mulheres apresentam padrões diferentes entre as

faixas etárias, indicando um padrão de mortalidade mais tardia entre as mulheres. Na faixa etária

de 20 a 59 anos, houve um maior percentual de óbitos dos homens quando comparados ao das

mulheres. Na faixa etária de 60 anos e mais, observou-se que a proporção de óbitos em mulheres

é consideravelmente superior à dos homens (Figura 40).

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Figura 40 - Mortalidade proporcional, segundo sexo e faixa etária. Ipojuca-PE, 2007 a 2012*

Fonte: SIM/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Observou-se que a mortalidade proporcional por raça/cor se apresentou como maiores

percentuais na raça parda, mostrando-se um dado constante ao longo do período analisado

(Figura 41).

A mortalidade proporcional de crianças menores de um ano de raça-cor preta aumentou

de 2,44% em 2006 para 4,08% em 2013 e a razão geral desse indicador entre negros e brancos

cresceu ligeiramente de 0,53 em 2006 para 0,61 em 2013. Para a faixa etária de 60 anos e mais, a

razão específica entre negros e brancos, manteve-se estável (Figuras 41, 42 e 43) .

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Figura 41 - Mortalidade proporcional, segundo raça/cor. Ipojuca-PE, 2007 a 2012*

Fonte: SIM/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Figura 42 - Mortalidade proporcional, segundo raça/cor e faixa etária. Ipojuca-PE, 2006

Fonte: SIM/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

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Figura 43 - Mortalidade proporcional, segundo raça/cor e faixa etária. Ipojuca-PE, 2013*

Fonte: SIM/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

No período de 2006 a 2013, a maioria dos óbitos ocorreu em estabelecimentos de saúde.

Verificou-se um aumento de 4,64% dos óbitos ocorridos em estabelecimentos de saúde e o

decréscimo de 3,32% dos óbitos domiciliares em 2013 em relação ao ano de 2006,

provavelmente relacionado à melhoria do acesso à assistência à saúde (Figura 44).

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Figura 44 - Mortalidade proporcional, local de ocorrência. Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: SIM/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

4.2. Mortalidade Infantil

O coeficiente de mortalidade infantil (CMI) é um indicador clássico dos níveis de

desenvolvimento social e econômico e de condições de saúde da população e o seu

acompanhamento é de fundamental importância para o desenvolvimento de políticas voltadas

para a promoção da saúde das crianças e fundamental para subsidiar ações para melhoria da

saúde infantil e consequentemente para redução da mortalidade infantil (BRASIL, 2012).

A mortalidade infantil pode ser avaliada não apenas através dos óbitos de crianças

menores de um ano, mas também pelos seus componentes neonatais e pós-neonatais. Na

mortalidade infantil neonatal incluem-se apenas os óbitos durante as quatro primeiras semanas

(28 dias) de vida, ao passo que a mortalidade infantil pós-neonatal compreende os óbitos

ocorridos no período após o 28º dia até o 12º mês de vida, antes de a criança completar 1 ano de

idade (cf. AEDES, 1996; Rouquayrol, 1994).

No município do Ipojuca, no período de 2006 a 2013, o CMI apresentou uma tendência

estável, com média anual próximo de 13,2 (±3) /1000 nascidos vivos na série. A tendência seguiu

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para as faixa etárias: Neonatal Tardio (CMNT) e Pós-Neonatal (CMPN). Dentre os componentes

da mortalidade infantil os de maiores magnitude são o neonatal precoce e o pós-neonatal ao longo

do período respectivamente (Figura 45).

Figura 45 – Número de óbitos em menores de um ano e Coeficiente de Mortalidade Infantil (por 1000 nascidos vivos). Ipojuca-PE, 2006 a 2013*

Fonte: SIM/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Sinasc/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

Considerando os óbitos fetais, percebeu-se que no período de 2006 a 2013, registrou-se

133, com média anual de 17 (±2) óbitos. Em 2008, o coeficiente de mortalidade fetal (CM-Fetal)

foi representado 11,6 óbitos fetais para cada 1000 nascidos vivos, enquanto que em 2013 este

valor diminuiu para 10,1/1000 NV, mantendo-se estável durante a série (Figura 46).

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Figura 46 - Número de óbitos infantis e fetal e coeficiente de mortalidade infantil (por 1000 nascidos vivos). Ipojuca, 2006 a 2013*

Fonte: SIM/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Sinasc/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

4.3. Mortalidade Materna

Os óbitos maternos se constituem como eventos sentinela (são evitáveis) e apontam para

fragilidade na atenção a mulher no ciclo gravídico-puerperal. Em 2006 e 2007, não foram

notificados óbitos maternos ao Sistema de Informações Sobre Mortalidade, entretanto, no período

de 2008 a 2013, ocorreram 9 (nove) óbitos por complicações relacionadas diretamente a gravidez,

parto e puerpério (Tabela 23). Os anos que tiveram maior mortalidade materna absoluta foram

2008 e 2009.

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Tabela 23- Número de óbitos maternos e razão de morte materna. Ipojuca, 2006 a 2013* Ano Nº de óbitos maternos Razão de morte materna

2006 0 0,0

2007 0 0,0

2008 2 121,8

2009 3 208,6

2010 1 67,9

2011 1 61,8

2012 1 61,2

2013 1 63,2 Fonte: SIM/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Sinasc/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

4.4. Mortalidade por principais grupos de causas

As informações sobre mortalidade por causa de morte fornecem elementos para o desenho

de políticas de saúde voltadas à diminuição das causas evitáveis, especialmente nas áreas menos

desenvolvidas econômica e socialmente, onde a exposição ao risco de morrer é ainda muito

relevante (SIMÕES, 2002).

No período de 2006 a 2013, as principais causas de óbitos pela Classificação Internacional

das Doenças (CID 10) em residentes do Ipojuca foram as doenças do aparelho circulatório, que se

destacaram em todos os anos analisados (Tabela 24).

É importante lembrar que as doenças do aparelho circulatório estão relacionadas ao

envelhecimento progressivo da população, e demandarão novas tecnologias em saúde e a

organização dos serviços de saúde para as doenças crônico-degenerativas.

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Tabela 24- Mortalidade proporcional por causa básica, segundo capítulo da CID-10. Ipojuca, 2006 a 2013*

Causa básica de óbito 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total

N % N % N % N % N % N % N % N % N % I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

21 5,02 21 4,86 28 6,35 23 5,09 25 5,76 23 4,76 27 5,58 30 6,16 198 5,45

II. Neoplasias (tumores) 41 9,81 39 9,03 46 10,43 47 10,40 46 10,60 43 8,90 56 11,57 52 10,68 370 10,19 III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár

1 0,24 3 0,69 2 0,45 2 0,44 3 0,69 0 0,00 2 0,41 1 0,21 14 0,39

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas

43 10,29 38 8,80 39 8,84 40 8,85 27 6,22 42 8,70 35 7,23 35 7,19 299 8,23

V. Transtornos mentais e comportamentais 5 1,20 7 1,62 7 1,59 6 1,33 1 0,23 4 0,83 1 0,21 4 0,82 35 0,96 VI. Doenças do sistema nervoso 1 0,24 7 1,62 6 1,36 2 0,44 3 0,69 5 1,04 2 0,41 3 0,62 29 0,80 VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide

0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,21 1 0,03

IX. Doenças do aparelho circulatório 108 25,84 118 27,31 141 31,97 130 28,76 128 29,49 148 30,64 126 26,03 152 31,21 1051 28,95 X. Doenças do aparelho respiratório 19 4,55 37 8,56 30 6,80 40 8,85 41 9,45 39 8,07 54 11,16 53 10,88 313 8,62 XI. Doenças do aparelho digestivo 14 3,35 23 5,32 17 3,85 27 5,97 29 6,68 24 4,97 35 7,23 18 3,70 187 5,15 XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,22 0 0,00 0 0,00 4 0,83 2 0,41 7 0,19 XIII.Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo

1 0,24 1 0,23 2 0,45 1 0,22 2 0,46 3 0,62 3 0,62 1 0,21 14 0,39

XIV. Doenças do aparelho geniturinário 10 2,39 12 2,78 11 2,49 8 1,77 10 2,30 14 2,90 6 1,24 6 1,23 77 2,12 XV. Gravidez parto e puerpério 0 0,00 0 0,00 1 0,23 1 0,22 1 0,23 0 0,00 0 0,00 0 0,00 3 0,08 XVI. Algumas afec originadas no período perinatal

31 7,42 23 5,32 18 4,08 21 4,65 26 5,99 32 6,63 31 6,40 27 5,54 209 5,76

XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossômicas

3 0,72 6 1,39 6 1,36 4 0,88 5 1,15 9 1,86 7 1,45 5 1,03 45 1,24

XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat

34 8,13 6 1,39 10 2,27 4 0,88 13 3,00 12 2,48 15 3,10 22 4,52 116 3,19

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

86 20,57 91 21,06 77 17,46 95 21,02 74 17,05 85 17,60 80 16,53 75 15,40 663 18,26

Total 418 100,00 432 100,00 441 100,00 452 100,00 434 100,00 483 100,00 484 100,00 487 100,00 3631 100,00 Fonte: SIM/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

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O Quadro 1 abaixo mostra a distribuição das causas de morte segundo idade em Ipojuca

no ano de 2012, verificando-se importantes diferenciais na mortalidade, quando analisados os

grupos etários. Destaque para causa externas na faixa etária de 10 a 39 anos e doenças do

aparelho circulatório para faixa acima de 40 anos.

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Quadro 2 – Principais causas básicas de óbito segundo faixa etária e capítulo da CID-10. Ipojuca, 2013*

Ranking Faixa Etária

<1 Ano 1 a 9 10 a 19 20 a 39 40 a 59 60 e mais Geral

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal

II. Neoplasias (tumores)

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

IX. Doenças do aparelho circulatório

IX. Doenças do aparelho circulatório

IX. Doenças do aparelho circulatório

XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossômicas

VI. Doenças do sistema nervoso

XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

X. Doenças do aparelho respiratório

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

XIV. Doenças do aparelho geniturinário

II. Neoplasias (tumores)

IX. Doenças do aparelho circulatório

II. Neoplasias (tumores)

II. Neoplasias (tumores)

X. Doenças do aparelho respiratório

II. Neoplasias (tumores)

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

X. Doenças do aparelho respiratório

XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas

II. Neoplasias (tumores)

X. Doenças do aparelho respiratório

- III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár

X. Doenças do aparelho respiratório

X. Doenças do aparelho respiratório

XI. Doenças do aparelho digestivo

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas

Fonte: SIM/GPPVE/DVS/SMS/Ipojuca Nota: *Dados sujeitos à alteração, tabulados em 14/03/2014

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5. RESUMO DAS PRINCIPAIS SITUAÇÕES E PROBLEMAS DE SAÚDE PÚBLICA

Algumas situações e problemas de importância saúde públicas, a partir das percepção

da vigilância epidemiológica do município, as quais podem nortear a implantação de políticas

públicas setoriais e inter-setoriais, além da organização dos serviços, estão elencados abaixo:

A. Quanto aos aspectos demográficos e socioeconômicos, tendo como ano de referência

o Censo-2010:

i. Taxa de crescimento populacional próximo de 3% ao ano;

ii. Contingente populacional rural próximo de 26,0%;

iii. Percentual da população idosa aproximadamente de 7%;

iv. Percentual da população infantil em torno de 9%;

v. Taxa de analfabetismo da população negra de 45,5%, masculina de 21,5% e rural

de 31,1%;

vi. Verifica-se quanto maior a faixa etária maior da taxa de analfabetismo;

vii. Percentual da população negra com baixa escolaridade, sem instrução ou que estão

no 1º ciclo fundamental incompleto é de 71,3%, a masculina está em 34,7%,

concentrado na zona urbana com 48,5%;

viii. Percentual da população ipojucana com renda média menor do que ½ salário

mínimo é de 57,7%;

ix. Percentual de crianças em domicílios com renda menor de ½ salário mínimo é de

70,7%;

x. Taxa de desemprego na população economicamente ativa de negro são de 28,2%;

xi. Taxa de trabalho infantil de 3,7% e concentrado na população negra.

B. Quanto aos aspectos relacionados à natalidade:

i. Média de 1.563 nascidos vivos ao ano;

ii. Percentual de ocorrência de nascidos vivos fora do município;

iii. Taxa de natalidade em processo de decréscimo ao longo dos últimos 4 anos;

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iv. Percentual médio de gestantes adolescente é próximo de 30%;

v. Percentual médio de gestante com menos de 4 anos de estudo ou sem nenhuma

escolaridade é de 11,2%;

vi. Percentual médio de gestante com menos de 4 consulta pré-natal foi de 16,2%;

vii. Proporção de partos normais e vaginais se equiparam estatisticamente durante o

período;

viii. Proporção médio de crianças que nascem com baixo peso é de 7,2%;

ix. Proporção médio de crianças prematuras é de 8,3%.

C. Quanto aos aspectos relacionados de morbidade:

i. Média para os últimos 4 anos de 34,4 casos detectado de Aids ao ano;

ii. Tendência de crescimento de casos de Aids para o sexo feminino, equiparando ao

masculino;

iii. Taxa de detecção em homens é maior;

iv. Taxa média de letalidade de aids ao ano é de 27,0%;

v. Aumento de detecção de casos de sífilis em gestante;

vi. Aumento do número de casos de sífilis congênita;

vii. Número de casos e taxa de detecção da tuberculose segue diminuição ao longo dos

anos, apesar da persistência da endemia com média de 21 casos anuais;

viii. Média anual de 87,9% de contatos próximos de tuberculose examinados;

ix. Proporção de abandono de casos de tuberculose maior de 5% nos último 2 anos da

série histórica;

x. Manutenção da endemia de hanseníase com média anual de 38 casos anual,

caracterizando a hiperendemia;

xi. Média anual de percentual examinados é de 90,6% para hanseníase;

xii. Prevalência de esquistossomose e geohelmintíase maior de 10% em 16 áreas

trabalhadas nos últimos 3 anos;

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xiii. Manutenção da endemicidade de leptospirose, de leishmaniose e meningites, com

e com maior potencial de magnitude para dengue no território;

xiv. Crescimento no número de registros de violência, principalmente em mulheres, na

faixa etária de 20 a 39 anos, por agressão física;

xv. Média anual de 4.331 (±458) internações por ano com maior impacto nos grupos

de causa básica, na ordem, por: lesões de envenenamento e outras causas externas

com tendência potencial de crescimento; doenças infecciosa e parasitária; e do

aparelho respiratório;

xvi. Tendência de aumento do número de internações para doenças: aparelho

respiratório; infecto-parasitária; e aparelho respiratório e neoplasias;

xvii. As duas principais causas de internação para o ano de 2013 são, segundo faixa

etária

Ran

kin

g Faixa Etária

<1 Ano 1 a 9 10 a 19 20 a 39 40 a 59 60 e mais Geral

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

XV. Gravidez parto e puerpério

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas

IX. Doenças do aparelho circulatório

XV. Gravidez parto e puerpério

X. Doenças do aparelho respiratório

XIX. Lesões envenenamento e algumas outras consequência causas externas

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas

xviii. Condições sensíveis a atenção básica de maior impacto no município são as

doenças de pele e tecidos cutâneo insuficiência cardíaca; doenças diarreicas

agudas, infeções do rim; trato respiratório; doenças cerebrovasculares, diabetes

melitus; com aumento de internações para todos.

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D. Quanto aos aspectos relacionados à mortalidade:

i. Aumento da captação de registro de óbitos;

ii. Diminuição de coeficiente de mortalidade geral, média de 454 (±27) registros

anuais;

iii. Ocorrência de maior número de óbitos em homens, da raça negra com maiores

proporção;

iv. Redução de coeficiente de mortalidade infantil para 13,9 por 1000 nascidos vivos,

com maior impacto para o componente etário neonatal precoce;

v. Estabilidade do número de médio de óbitos fetais e maternos nos último 3 anos;

vi. As duas principais causas de óbitos para o ano de 2013, são segundo faixa etária:

Ran

kin

g Faixa Etária

<1 Ano 1 a 9 10 a 19 20 a 39 40 a 59 60 e mais Geral

XVI. Algumas afecções originadas no período perinatal

II. Neoplasias (tumores)

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

IX. Doenças do aparelho circulatório

XVII.Malformação congênita, deformidade e anomalias cromossômicas

VI. Doenças do sistema nervoso

XVIII. Sintomas sinais e achados anormais e exames clínicos e laboratoriais

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

X. Doenças do aparelho respiratório

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

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6. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informação em Saúde. Sistema. Sistema de Informação Hospitalar. Brasília: Ministério da Saúde: 2013. Disponível em: < http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/nrpe.def>. Acesso em: 20 mar 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informações de Saúde. População Residente – Pernambuco – Estimativas do IBGE. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: < http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?ibge/cnv/poppe.def>. Acesso em: 02 mar 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informações de Saúde. Caderno de Informação em Saúde - Ipojuca. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: < ftp://ftp.datasus.gov.br/caderno/geral/pe/PE_Ipojuca_Geral.xls>. Acesso em: 02 mar 2014

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasil 2011: uma análise da situação de saúde e a vigilância da saúde da mulher Mortalidade infantil no Brasil: tendências, componentes e causas de morte no período de 2000 a 2010. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/4_pernambuco_final.pdf>. Acesso em: 13 fev 2014.

BRASIL. Rede Interagencial de Informação para a Saúde. Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações / Rede Interagencial de Informação para a Saúde - Ripsa. – 2. ed. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008.

IPOJUCA. Secretaria de Saúde. Diretoria Geral de Vigilância em Saúde. Sistema de Informação sobre Mortalidade - SIM. Ipojuca: Secretaria de Saúde, Data de atualização do banco de dados: 14.03. 2014.

IPOJUCA. Secretaria de Saúde. Diretoria Geral de Vigilância em Saúde. Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos - SINASC. Ipojuca: Secretaria de Saúde, Data de atualização do banco de dados: 14.03. 2014.3.

IPOJUCA. Secretaria de Saúde. Diretoria Geral de Vigilância em Saúde. Sistema de Informação sobre Agravos Notificáveis - SINAN. Ipojuca: Secretaria de Saúde, Data de atualização do banco de dados: 14.03. 2014..

IPOJUCA. Secretaria de Saúde. Diretoria Geral de Vigilância em Saúde. Sistema de Informação Programa de Controle de Esquistossomose. Ipojuca: Secretaria de Saúde, Data de atualização do banco de dados: 14.03. 2014..

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Assistência ao parto normal: um guia prático. Genebra: 1996.