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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO (SEED)
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL (PDE)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR
PROFESSORA PDE LÉA WEISS GOLTZ
ORIENTADORA PROFESSORA MS MARIA TERESA CARNEIRO SOARES
PARÂMETROS AVALIATIVOS NA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA FRENTE AO
DILEMA DAS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS E CULTURAIS
CURITIBA
2010-2012
LÉA WEISS GOLTZ
PARÃMETROS AVALIATIVOS NA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA FRENTE AO
DILEMA DAS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS E CULTURAIS
Unidade Temática apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. Produção didático pedagógica, realizada pela professora Léa Weiss Goltz.
Orientadora: Profª Ms Maria Teresa Carneiro Soares.
CURITIBA
2009-2011
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA - 2010
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
PROFESSORA PDE: Léa Weiss Goltz.
ÁREA: Matemática.
NRE: Curitiba.
TÍTULO: Parâmetros Avaliativos na disciplina de Matemática frente ao dilema das
diferenças individuais e culturais.
TEMA: As práticas avaliativas na disciplina de Matemática.
PROFESSOR DA IES: Professora Ms. Maria Teresa Carneiro Soares.
IES VINCULADA: Universidade Federal do Paraná – UFPR.
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Maria Montessori.
PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: Professores de Matemática.
ORGANIZANDO O NOSSO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
UNIDADE I
Investigando e refletindo a prática: entrevista com os professores de matemática
do ensino fundamental, sondagem e análise de dados.
Problematização.
UNIDADE II
Investigando e transformando a prática avaliativa na disciplina de matemática.
Recurso de Informação – Texto para reflexão.
Problematização.
UNIDADE III
Investigando a importância dos parâmetros nas práticas avaliativas.
Recurso de Informação – Textos como sugestões de leitura para reflexão.
Problematização.
REFERÊNCIAS
MATERIAL COMPLEMENTAR:
Perguntas para a entrevista com os professores.
Textos sugeridos para leitura.
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA – UNIDADE TEMÁTICA
APRESENTAÇÃO
Atualmente observa-se na instituição de ensino que a avaliação pouco contribui para a compreensão do processo de aprendizagem dos alunos, estando ainda muito voltada a ação de valorizar apenas a memorização e repetição de informações. Diante disso, esta Produção Didático Pedagógica tem com intenção a análise e reflexão da avaliação na disciplina de matemática. Para isso é necessário que a avaliação não seja vista apenas como um indicador do fracasso ou como promoção do indivíduo e, sim, deve dar condições para que se tenha sucesso na qualidade do processo de ensino, tendo em vista a emancipação do aluno. Esta Unidade Temática é composta por III unidades. A primeira unidade contém uma entrevista com os professores, e levantamento de dados, e problematização. A segunda unidade; Investigando e transformando a prática avaliativa na disciplina de matemática, e a terceira unidade é investigando a importância dos parâmetros nas práticas avaliativas, textos para leitura e problematização.
INTRODUÇÃO
A sociedade exige cada vez mais uma educação escolar comprometida com as mudanças e transformações sócias, criando a expectativa de que a escola tenha um olhar para a diversidade. Neste sentido, se faz necessária uma nova cultura profissional docente sobre parâmetros avaliativos escolares, que levem em conta, a diversidade cultural e social dos estudantes. Uma avaliação que identifique as reais dificuldades que ocorrem nos sistemas escolares, a sua melhor compreensão e, implementando-a como um processo de continuidade dos conhecimentos dos alunos. Para isso, o professor compreendendo a escola inserida na sociedade, tendo uma visão do mundo em que vive e, possibilitando que os alunos mobilizem conhecimentos em uma perspectiva intencionalmente direcionada a uma participação crítica, transformadora e de exercícios da cidadania. A qualidade do processo pressupõe trabalhar com diferentes instrumentos, pois a avaliação da aprendizagem deve se constituir como processo permanente, que considere as diferenças individuais e culturais dos alunos e, desta maneira , o professor poderá ver a avaliação como uma forma de acompanhar o processo de ensinar e aprender, neste caso, a matemática.
UNIDADE I
INVESTIGANDO E REFLETINDO A PRÁTICA – ENTREVISTA COM
PROFESSORES DE MATEMÁTICA – SONDADEGEM E ANÁLIDE DE DADOS
Em nossa prática observa-se que a maioria dos professores apresenta
grande angustia em se tratando do tempo e, da quantidade de conteúdos que eles
têm para trabalhar com os alunos. Escola contemporânea exige cada vez mais,
uma educação voltada para mudanças e transformações sociais.
Sabendo da importância da disciplina de matemática para a vida do aluno,
devemos repensar os nossos instrumentos avaliativos para que estes possam dar
conta de uma aprendizagem significativa no intuito de formar um indivíduo
autônomo.
Nesse sentido as questões aqui elaboradas estão direcionadas a
investigação e reflexão sobre a prática avaliativa de professores de matemática. A
análise de dados obtidos deverá ser apresentada aos professores.
PROBLEMATIZAÇÃO
- Após a leitura da análise dos dados, vamos propor a seguinte reflexão:
Até que ponto os instrumentos avaliativos dão conta de saber se o aluno
aprendeu ou não?
UNIDADE II
INVESTIGANDO E TRANSFORMANDO A PRÁTICA AVALIATIVA NA
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
O texto a seguir procura discutir a avaliação, na tentativa de transformação
da prática, distinguir avaliação e nota, bem como, refletir sobre os instrumentos
avaliativos. Está fundamentado em Hoffmann (2000), e Vasconcellos (1994).
Discutir a avaliação com professores de matemática, em uma perspectiva
de transformação da prática, não é uma tarefa fácil, pois ainda vivemos em uma
sociedade em que as pessoas relacionam a avaliação como um indicador do
fracasso ou como promoção do indivíduo, a nota ao conhecimento. Hoffmann
(2000, p. 49) esclarece que: Notas e conceitos classificatórios padronizam o que é
diferente, despersonalizando as dificuldades de cada aluno.
De acordo com Vasconcellos
Há de se distinguir, inicialmente “avaliação” e “nota”. Avaliação é
um processo abrangente da existência humana, que implica uma
reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços,
suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de
decisão sobre o que fazer para superar obstáculos! a nota
(conceito ou valores, menção) é uma exigência formal do sistema
educacional. (1994, p. 15)
Muitas vezes o professor utiliza como principal instrumento de avaliação a
“prova” e, não consegue verificar que até mesmo as questões em que o aluno não
conseguiu resolver ou resolveu de forma incorreta, também podem contribuir para
um diagnóstico e assim, propiciar ao aluno um aproveitamento melhor em termos
de conhecimento, mesmo diante do chamado “erro”.
Para que a avaliação escolar possa ter outro enfoque, um novo olhar deve
ser feito no sentido de compreender o seu real papel, e a sua importância, ao
priorizar a qualidade do aprendizado, o valor atribuído como nota não terá mais
tanto sentido e a avaliação abrangerá um patamar muito mais amplo: cumprindo o
papel de investigar e assessorar o aprendizado. A partir daí ela passa a ser vista
como uma oportunidade de crescimento intelectual e não apenas um recurso a ser
usado como verificação para promoção ou reprovação.
A ação pedagógica da avaliação e os objetivos previstos é que vão nortear
o processo ensino-aprendizagem, que se define como julgar, ou seja, o que e
como avaliar. Desta forma a avaliação nos permitirá a verificar se os objetivos
foram atingidos e, portanto, corretamente trabalhados em sala de aula.
Se a prática pedagógica é transformadora, a avaliação tenderá a ser
transformadora e passa a se caracterizar como diagnóstica, processual e
contínua.
Os instrumentos de avaliação utilizados na escola devem fornecer
subsídios que ajudem na elaboração de estratégias para superar as dificuldades
de aprendizagens detectadas, ao contrário de medir, procurarem diagnosticar
como está se dando a aprendizagem, como o aluno aprendeu o que não aprendeu
e por que não aprendeu.
Para que a disciplina de matemática contribua efetivamente para o
desenvolvimento do aluno ela deverá ser desafiadora e contextualizada,
permitindo e contribuindo para que se desperte o espírito de investigação a
procura de resultados. “É no cotidiano escolar que os alunos revelam tempos e
condições necessárias ao processo. Uma tarefa igual não é cumprida ao mesmo
tempo por todos, porque não representa o mesmo desafio, o que vale para
inúmeras situações” (HOFFMAN, 2000, p. 18).
PROBLEMATIZAÇÃO
- Após a leitura da análise dos dados, vamos propor a seguinte reflexão;
Quais instrumentos de avaliação utilizados em sua escola servem de suporte para as
considerações sobre o aluno no conselho de classe?
UNIDADE III
INVESTIGANDO A IMPORTÂNCIA DOS PARÂMETROS NAS PRÁTICAS
AVALIATIVAS
A sociedade exige cada vez mais uma educação escolar compreendida
com mudanças e transformações sociais, criando a expectativa de que a escola
tenha olhar para diversidade. Neste sentido, se faz necessária uma nova cultura
profissional docente sobre parâmetros avaliativos escolares, que levem em conta
a diversidade cultural e social dos estudantes.
Esta unidade é formada por textos como sugestão de leitura para os
professores no intuito de refletir sobre seu papel como articulador no processo
ensino aprendizagem. Os textos serão disponibilizados no material complementar.
Sugestões de leitura:
LOPES, Celi E; MUNIZ, Maria Inês S. O Processo de Avaliação nas aulas de
Matemática.
Texto: Discutindo Ações Avaliativas para as aulas de Matemática (p.135 -139)
O texto relata sobre o desafio do professor de esclarecer aos alunos o que, como
e por que se apropriar de determinados saberes, e que diante do processo
avaliativo deve explicitar os objetivos propostos para o ensino aprendizagem.
BURRIASCO, Regina Luzia C (.org) Avaliação e Educação Matemática. 2003.
Texto de : SAMESHIMA, Dumara C. T. Comprendendo a avaliação da
aprendizagem matemática (pg.109-110 e 116-117).
O texto relata sobre a avaliação do rendimento escolar e a avaliação da
aprendizagem.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e
proposições. 7ed. São Paulo: Cortez, 1998.
Texto: A avaliação Diagnóstica (p. 81 -84).
O texto comenta que a avaliação deve ser assumida como um instrumento de
compreensão de aprendizagem, portanto, a avaliação deve ser diagnostica e não
classificatória.
PROBLEMATIZAÇÃO
Após a leitura dos textos sugeridos, vamos refletir:
A falta de parâmetros ao elaborar uma avaliação pode prejudicar o aluno?
Quando você avalia: Avalia o rendimento escolar ou a aprendizagem do
aluno? Explique:
REFERÊNCIAS
AVALIAÇÃO ESCOLAR, disponível em:
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=59&min=40&ord
erby=titleA&show=10. Acesso em: 27 de julho de 2011.
LOPES, Celi E;MUNIZ, Maria Inês S de (org.) .O processo de avaliação nas
aulas de matemática. Mercado Letras
BURRIASCO, Regina Luzia C de (org) Avaliação e Educação Matemática.
2008.SBEM.Biblioteca do Educador Matemático.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação para uma sociedade em transição,
Campinas, SP, 1999.
DEMO, Pedro. Avaliação sob o olhar propedêutico, São Paulo, Papirus, 1996.
ESTEBAN, Maria T. O que sabe quem erra? Reflexões sobre a avaliação e o
fracasso escolar, Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
HOFFMAN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-
escola à Universidade, 17ª Ed, Porto Alegre: Mediação, 2000.
HOFFMAN, Jussara. Avaliar par promover: as setas do caminho, 3ª Ed, Porto
Alegre: Mediação, 2001.
LOPES, Celi E; MUNIZ, Maria Inês S. O Processo de Avaliação nas aulas de
Matemática.
LUCHÉSI, José Carlos. Democratização da Escola Pública, São Paulo: Cortez,
1985.