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  • A Revoluo de 5 de Outubro de 1910A Revoluo Republicana iniciou-se em Lisboa na madrugada de 4 de Outubro de 1910.Foi a primeira grande revoluo do Sc. XX.Este movimento revolucionrio partiu de pequenos grupos conspiradores: membros do exrcito e da marinha (oficiais e sargentos), alguns dirigentes civis e grande nmero de populares armados.

  • O triunfo da RevoluoApesar de alguma resistncia e de confrontos militares, os partidrios da Monarquia no conseguiram derrotar os republicanos e a revoluo saiu vitoriosa.Na manh de 5 de Outubro de 1910, Jos Relvas e outros membros do Diretrio do Partido Republicano, proclamaram a Repblica, da janela da Cmara Municipal de Lisboa.

  • Proclamao da Repblica Jos Relvas, Cmara Municipal de Lisboa.Cmara Municipal do Porto.

  • Este Governo provisrio governaria at eleio do Presidente da Repblica e at elaborao e aprovao da nova Constituio.Os republicanos, uma vez no poder, nomearam um Governo Provisrio presidido pelo Dr. Tefilo Braga, para dirigir o pas.No mesmo dia, D. Manuel II foi exilado, partindo para Gibraltar (mais tarde para Inglaterra), a partir da praia da Ericeira. Assim terminou a Monarquia em Portugal.

  • O Governo provisrio vai aprovar os novos smbolos da Repblica: O Hino Nacional passou a ser A Portuguesa (que j era cantada pelos republicanos, aps o Ultimato); Adotou-se a bandeira verde e vermelha (que substitui a azul e branca da Monarquia); O escudo passou a ser a moeda oficial portuguesa.

  • A 1 RepblicaA 1 Constituio RepublicanaDurante o Governo Provisrio realizaram-se eleies para a formao da Assembleia Constituinte.A Assembleia Constituinte tinha como objetivo elaborar a Constituio.A 1 Constituio Republicana foi aprovada em 19 de Agosto de 1911 e ficou conhecida pelo nome de Constituio de 1911.

  • A Importncia do ParlamentoA Constituio de 1911 determinava que o Parlamento era formado pelos deputados eleitos pela populao que podia votar. De 3 em 3 anos, faziam-se novas eleies para o Parlamento.O Parlamento era o rgo de soberania mais importante, nesta Constituio.Os poderes na Constituio de 1911Poder legislativo(fazer leis)Poder executivo(fazer cumprir as leis)Poder judicial(julgar quem no cumpre a lei)ParlamentoPresidente da RepblicaGovernoTribunaiselegeescolhe

  • Competia ao Parlamento, para alm de fazer as leis, eleger e demitir o Presidente da Repblica.O Presidente da Repblica s depois de tomar posse do cargo podia nomear o seu Governo (conjunto de ministros) de acordo com o partido que tivesse maior nmero de deputados no Parlamento.Em 24 de Agosto de 1911, o Parlamento elegeu para primeiro Presidente da Repblica, o Dr. Manuel de Arriaga.

  • As novas leisAs Reformas do ensinoOs republicanos valorizaram muito todo o tipo de ensino e fizeram importantes reformas:. No ensino infantil e primrio- Criaram o ensino infantil para crianas dos 4 aos 7 anos.- Tornaram o ensino primrio obrigatrio e gratuito para crianas entre os 7 e os 10.- Criaram novas escolas do ensino primrio e fundaram escolas normais destinadas formao de professores.. No ensino liceal e tcnico- Construram novos liceus e criaram escolas tcnicas (agrcolas, comerciais e industriais).. No ensino superior- Criaram as universidades de Lisboa e do Porto (ficando o pas com 3 universidades: Lisboa, Porto e Coimbra):

  • Portugal era um pas com elevado nmero de analfabetos.Pessoas que no sabem ler nem escrever.Os republicanos preocuparam-se em alfabetizar (ensinar a ler, escrever e contar) mas, na prtica, no se obtiveram grandes resultados por falta de meios financeiros. Em 1920 mais de metade da populao portuguesa era analfabeta. O analfabetismo registava-se mais nas pequenas aldeias e vilas do que nas cidades.Alm do ensino oficial, os republicanos apoiaram as associaes recreativas e culturais. Tambm criaram nelas, bibliotecas e salas de leitura infantis.Aumentou o nmero de revistas, almanaques e jornais, fruto da liberdade de expresso. Em 1917 existiam em Portugal, cerca de 414 publicaes deste tipo.

    % deanalfabetos190078,6191076,1192070,5193067,8

  • A Proteo aos trabalhadoresPara melhorar as condies de trabalho, os governos republicanos publicaram algumas leis:

    Leis de Proteco ao trabalhador1910 foi decretado o direito greve;1911 ficou estabelecido a obrigatoriedade de um dia de descanso semanal;1919 decretou-se as 8 horas semanais de trabalho dirio e 48 horas de trabalho semanal; passou-se a exigir o seguro social obrigatrio contra acidentes de trabalho.

  • Diz-se que h greve quando por comum acordo um conjunto de trabalhadores se recusa a trabalhar enquanto no lhe atenderem as reclamaes.Logo com as primeiras greves os trabalhadores tomam conscincia da sua fora enquanto se uniam e lutavam em conjunto.Depois da proclamao da Repblica, formaram-se associaes de trabalhadores ou sindicatos.Objectivo dos sindicatosDefender os interesses dos trabalhadores. Melhores salrios; . Menos horas de trabalho; . Maior segurana no trabalho; . Mais instruo.

    Os primeiros sindicatos apareceram no Sul do pas.Em 1914 surge a Unio Operria Nacional, que tentava unir vrios sindicatos. Em 1919 foi substituda pela Confederao Geral do Trabalho (C.G.T.P.) que conseguiu unir a maior arte dos sindicatos e organizar greves gerais.Para conseguir

  • A instabilidade governativaDurante a 1 Repblica houve muita instabilidade poltica.Era necessrio uma maioria de deputados no Parlamento para no demitirem quer o governo quer o presidente da repblica.Quer os governos quer os presidentes no chegavam a cumprir os seus mandatos.A desorganizao geralA 1 Guerra Mundial e a instabilidade governativa trouxeram problemas populao: subida dos preos, falta de alimentos, greves, desemprego.

    Os diversos problemas que afectaram a 1 Repblica, tais como a participao na I Guerra Mundial e as sucessivas instabilidades, quer polticas quer econmicas, levaram formao de uma corrente oposicionista bastante forte.

  • So estes problemas que vo levar ao fim da 1 Repblica.A burguesia enriquece, especialmente os banqueiros e grandes comerciantes.O Golpe Militar de 28 de Maio de 1926Os militares tomam o poderEste movimento aconteceu em Braga, organizado por um grupo de militares conservadores.O Golpe Militar foi chefiado pelo General Gomes da Costa que se destacou na 1 Guerra Mundial.Os diversos problemas que afetaram a 1 Repblica, tais como a participao na I Guerra Mundial e as sucessivas instabilidades, quer polticas quer econmicas, levaram formao de uma corrente oposicionista bastante forte.

  • A Ditadura Militar O golpe militar de 28 de Maio de 1926, ps fim 1 Repblica:- O Parlamento foi encerrado;- O Presidente da Repblica, Bernardino Machado, demitiu-se;- Os militares entregaram a chefia do Governo a Mendes Cabeadas;- Foi instaurada em Portugal, uma ditadura militar que ir durar de 1926 a 1933.Ditadura o regime poltico autoritrio em que os poderes legislativo, executivo e judicirio esto nas mos de uma nica pessoa ou grupo de pessoas, que exerce o poder de maneira absoluta sobre o povo.

  • Salazar e o Estado NovoUma nova Constituio e um novo regimeEm 1928, o presidente scar Carmona convidou o professor Oliveira Salazar para fazer parte do Governo, como ministro das Finanas.

  • Salazar s aceitou o cargo depois de lhe ser garantido que ficaria a fiscalizar as despesas de todos os Ministrios.

  • Em 1932 Salazar foi nomeado chefe do Governo (Presidente do Conselho de Ministros, (Primeiro Ministro)), cargo que vai ocupar at 1968 manteve este cargo durante 36 anos.Faz uma nova Constituio, que foi posta aprovao dos portugueses, por Plebiscito, em 1933.Plebiscito uma consulta ao povo antes de uma lei ser constituda, de modo a aprovar ou rejeitar as opes que lhe so propostas.o Referendo uma consulta ao povo aps a lei ser constituda, em que o povo ratifica ("sanciona") a lei j aprovada pelo Estado ou a rejeita.

    A partir de 1933 instaurou-se em Portugal um novo regime a que se deu o nome de ESTADO NOVO e que durou 40 anos (1933-1974).

  • A Constituio de 1933 determinava quatro rgos de soberania: Constituio de 1933rgos de SoberaniaPresidente da RepblicaAssembleia NacionalGovernoTribunaisOu parlamento - deixa de eleger e de demitir o Presidente da Repblica.Passa a ser o rgo de Soberania com mais poder e a decretar a maioria das leis.

  • A poltica de desenvolvimento do PasO equilbrio FinanceiroEm poucos anos, Salazar conseguiu que o Estado acumulasse reservas de dinheiro e no precisasse de recorrer a emprstimos estrangeiros.Este equilbrio financeiro foi possvel porque Salazar:- Aumentou as receitas do Estado atravs de impostos;- Diminuiu as despesas com a educao, sade e assistncia social.Durante a 2 Guerra Mundial (1939-1945), em que Portugal no participou, exportaram-se grandes quantidades de volfrmio e produtos agrcolas para os pases envolvidos. Os lucros da exportao aumentaram as reservas de ouro do Banco de Portugal.

  • As Obras PblicasParte das reservas de ouro do Estado foi aplicada na construo de obras pblicas:- Novas estradas e pontes como a ponte da Arrbida no Porto e a Ponte Salazar em Lisboa;

  • - Novos edifcios pblicos tribunais, estaes de correios, quartis, bibliotecas;- Escolas primrias, liceus e universidades- Grandes barragens hidroelctricas para electrificao do pas- Hospitais como o de Santa Maria em Lisboa e S. Joo no Porto.As obras pblicas facilitaram o crescimento do turismo e de algumas indstrias como as txteis, as de conservas e a siderrgica, em Lisboa, Porto e Setbal. O crescimento econmico no foi suficiente para transformar Portugal num pas desenvolvido e moderno. Mantinha-se o desemprego e muitos portugueses tiveram que emigrar para a Frana ou para a Alemanha.

  • As restries LiberdadeSalazar, como chefe do Governo (Presidente do Conselho), controlava todos os Ministrios e governava o pas de uma forma autoritria e absoluta.Dele dependiam todas as decises administrativas e polticas. Por isso se diz que governou em Ditadura.Um Partido nicoA formao de partidos polticos no era autorizada, durante o Estado Novo.Todos aqueles que queriam intervir politicamente no pas tinham de pertencer Unio Nacional, criada em 1931 e que era o partido nico portugus.

  • A censura prviaNo havia liberdade de expresso. Foi criada a comisso de censura prvia que finha como funo examinar os jornais, revistas, livros, filmes, teatro... E cortar previamente tudo aquilo que prejudicasse o regime.

  • O Lpis AzulOs censores usavam nos cortes da imprensa um lpis de cor azul, o que motivou que lpis azul fosse sinnimo de censura. Tambm foi proibido o direito greve e no era permitido aos trabalhadores associarem-se livremente em sindicatos e federaes.

  • A polcia poltica