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SEDE DO OBSERVATÓRIO SOCIAL Av. Luiz Boiteux Piazza, 4.810 Ponta das Canas – Florianópolis – SC CEP 88056-000 Fone: (48) 261-4118 – Fax: (48) 261-4160 E-mail: [email protected] Site: www.observatoriosocial.org.br ESTUDO DAS EMPRESAS ALCOA E ALCAN NA CADEIA PRODUTIVA DO ALUMÍNIO

ALCOA E ALCAN OUTUBRO DE 2002

Observatório Social – Perfil de Empresa 2

1. APRESENTAÇÃO

Este estudo é parte de projeto de pesquisa da Central Sindical Norueguesa, LO Noruega, coordenado no Brasil pelo Observatório Social e desenvolvido em parceria com o Departamento de Estudos Sócio-Econômicos e Políticos da Central Única dos Trabalhadores, Desep/CUT.

O trabalho, em sua totalidade, versa sobre a evolução recente do segmento de alumínio, em âmbito nacional e internacional, focalizando a inserção mundial dos treze principais grupos empresariais e destacando a atuação dos seis grupos em atividade no Brasil. Desenvolve-se, ainda, um quadro preliminar da situação organizacional das entidades sindicais brasileiras representativas dos trabalhadores nas empresas selecionadas.

Este estudo, em particular, é dedicado especialmente à atuação de dois grupos na cadeia do alumínio no Brasil, a saber, ALCOA e ALCAN, e ao mapeamento preliminar da estruturação sindical nas suas principais unidades de produção no Brasil.

O texto divide-se em 5 capítulos, incluindo esta apresentação. No primeiro capítulo, elencamos os tipos de fonte utilizados para a composição das informações apresentadas e abrimos algumas considerações de caráter metodológico. No segundo, descrevemos as principais etapas que compõem o processo de produção do alumínio. Os capítulos 3 e 4 são dedicados ao estudo da estrutura organizacional e da atuação dos grupos ALCAN e ALCOA, respectivamente, tanto no âmbito mundial quanto no nacional. Pontuamos aspectos da estruturação de cada um deles, enfatizando os segmentos de atuação na cadeia do alumínio, identificando as principais unidades de produção, bem como a colocação relativa de cada grupo no mercado mundial e nacional. Destacamos elementos da estratégia global e local de cada conglomerado, referenciando seus principais processos de alianças e de fusões, particularmente da ALCOA.

No quinto capítulo, traçamos um quadro preliminar da estruturação sindical nas unidades de produção de ambos os grupos empresariais, buscando identificar os sindicatos que representam os trabalhadores em cada planta dos grupos ALCOA e ALCAN no Brasil. Nesse tópico destacamos, por um lado, aspectos gerais de cada entidade sindical como: base de abrangência territorial, número de trabalhadores na base, taxa de sindicalização e filiação à Central Sindical. Abordamos ainda aspectos específicos a cada unidade de produção como: número de trabalhadores de cada planta, número de trabalhadores representados pelo sindicato, data-base, taxa de sindicalização na empresa e salário médio mensal. Ao longo desse capítulo procuramos, tanto quanto possível, trazer alguns dados da estruturação sindical nos três principais ramos de atividade, nos quais se organizam os sindicatos metalúrgico, químico e de extração.

1.1. OBSERVAÇÕES METODOLÓGICAS

As informações apresentadas nos capítulos relativos à estrutura organizacional e à atuação dos grupos ALCOA e ALCAN, tanto no Brasil quanto no mundo, foram elaboradas a partir de inúmeras fontes nacionais e internacionais. No recorte temporal buscou-se privilegiar, tanto


quanto possível, as séries históricas (a partir de 1998) e os dados mais recentes disponíveis (normalmente, os dos anos de 2000 e 2001).

Os dados relativos à produção global de bauxita, alumina e alumínio primário, bem como sua distribuição geográfica, foram compostos através das seguintes fontes: Relatórios Anuais das Empresas, World-Aluminium, US Geological Survey e World Bureau of Metal Statistical.

As informações econômico-financeiras dos grupos, além das referências aos processos de aliança, fusão e aquisição empresarial, localização de plantas e número de funcionários, foram obtidas dos Relatórios Anuais das Empresas e de publicações setoriais como “Balanço Anual” da Gazeta Mercantil, “Melhores e Maiores” da Revista Exame, assim como da imprensa especializada.

No capítulo dedicado ao levantamento preliminar sobre aspectos da estruturação sindical nas unidades de produção de ambos os grupos empresariais, os dados apresentados foram elaborados através de fontes como sites das empresas na internet, imprensa, publicações setoriais e sindicatos de trabalhadores (independentemente de filiação à Central Sindical). O recorte temporal privilegiou as informações mais recentes disponíveis, em geral, as dos anos de 2001 e 2002.

Complementando as informações dos sindicatos filiados à CUT, utilizou-se ainda dados do Cadastro Nacional da CUT, da Confederação Nacional dos Químicos (CNQ), da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) e da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) nessa última confederação.

Importante salientar que, quanto às informações levantadas junto às entidades sindicais, estas foram obtidas à distância, e o resultado final alcançado nem sempre foi satisfatório.

No que se refere ao número de trabalhadores mencionado no capítulo 5 e nos anexos 4 e 5, deve-se considerá-lo apenas como uma aproximação, uma vez que se verificou certa disparidade entre as fontes consultadas, denotando a impossibilidade de captar com exatidão o contingente atualmente empregado nas diversas unidades de cada grupo empresarial.

Os grupos ALCOA e ALCAN atuam no Brasil através de empresas próprias (filiais) ou nas quais possuam participação acionária. Para esse último caso, dever-se-ia proceder a uma ponderação que considerasse o número de trabalhadores da unidade em proporção equivalente à sua participação acionária, o que revelaria com maior exatidão o número de trabalhadores, sobre os quais, cada grupo teria responsabilidade.

No entanto, por tratar-se neste momento apenas de um mapeamento preliminar, optou-se por considerar o número total de trabalhadores de cada unidade produtiva, separando-as por grupo empresarial, quando possível.

1.2. PROCESSO PRODUTIVO DO ALUMÍNIO

A infiltração de água em rochas alcalinas (inverso do logaritmo da concentração de íons de hidrogênio maior do que 7) que entram em decomposição forma a bauxita (óxido de alumínio - AlO). A bauxita é encontrada na superfície terrestre, com espessura média de 4,5 metros. Isso permite a mineração de bauxita a céu aberto. A bauxita é o minério básico de toda a cadeia do alumínio.

A bauxita é então moída e misturada a uma solução de soda cáustica, transformando o minério numa pasta. Essa pasta é aquecida sob pressão e recebe nova quantidade de soda


cáustica, formando o aluminato de sódio. A pasta então se dissolve e a partir disso passa por processos de sedimentação e filtragem. A solução resultante, agora filtrada das impurezas, permite a obtenção de alumina por meio do processo de precipitação.

O resíduo da segunda precipitação é lavado e secado por meio da evaporação. Assim, obtém-se um pó branco de consistência semelhante ao açúcar. Trata-se da alumina (Al2O3). Entre 4 e 6 toneladas de bauxita produzem 2 toneladas de alumina.

A transformação de alumina em alumínio inicia-se pela dissolução da alumina num banho de criolita, ou seja, dissolve-se a alumina em fornos eletrolíticos plenos de criolita. Submete-se a solução a uma intensa carga elétrica que resulta na separação do metal de alumínio da solução. A eletricidade rompe a ligação iônica entre o alumínio e o oxigênio. O metal de alumínio liqüefeito é direcionado para a fundição de lingotes. Tem-se, enfim, o alumínio primário.

O lingote de alumínio assume a forma apropriada à posterior utilização do metal: laminação e extrusão.


2. ORGANIZAÇÃO E ATUAÇÃO MUNDIAL DA ALCOA

Em meados de 1880, o alumínio ainda era um metal semiprecioso, tão escasso quanto a prata. Inspirado pelas aulas na faculdade de química, Charles Martin Hall desenvolveu a redução eletrolítica1 da alumina em seu pequeno laboratório. Isso ocorreu no início de 1886. Como consta do glossário, o processo desenvolvido por Hall para a obtenção de alumínio consistiu em mergulhar a alumina numa solução de criolita e submeter a solução a uma corrente elétrica. O metal obtido foi o alumínio puro. O processo de redução separa o alumínio do oxigênio, rompendo sua ligação iônica.

Tendo descoberto o processo de obtenção de alumínio, Hall buscou financiamento para iniciar a produção. Obteve-o junto a um grupo de industriais de Pittsburg. Hall e o grupo de empreendedores formaram a Pittsburg Reduction Company. Em fins de 1888, a planta produzia os primeiros lotes de alumínio comercial.

A preliminar ausência de clientes foi contornada ao longo do tempo, enquanto a empresa de Hall elaborava os primeiros artefatos comerciais de alumínio, tais como utensílios de cozinha, fios elétricos, partes de motores, etc. Em fins de 1893, o custo do alumínio produzido nas plantas de Hall era de US$0,78 ante US$ 4,86 em 1888.

Na primeira década do século XX, a companhia já possuía minas de bauxita no Arkansas, uma refinaria de alumina em Illinois e três smelters de alumínio primário em Nova Iorque e no Canadá. Por essa época modificou-se o nome da empresa para Aluminium Company of America. Posteriormente, após a internacionalização da sua produção em meados da década de sessenta, o nome modificou-se para ALCOA.

No início da Segunda Guerra Mundial, o custo do alumínio havia declinado para US$0,20. A Guerra trouxe expressivo estímulo às operações da empresa. Dobraram as quantidades demandadas de alumínio. O governo federal norte-americano financiou a expansão da companhia. Após o fim da Guerra, as plantas novas construídas com o financiamento estatal foram vendidas para firmas concorrentes.

Durante a segunda metade do século XX, a companhia promoveu a internacionalização da sua produção na esteira do expressivo crescimento no uso do alumínio em diversas indústrias.

Desse modo, é importante ressaltar que o processo de redução eletrolítica do alumínio, descoberto por Charles Martin Hall, viabilizou a exploração comercial do alumínio tornando-o uma importante matéria-prima para diversos segmentos da indústria de transformação. Isso aconteceu em 1888. A descoberta da redução eletrolítica do alumínio, portanto, viabilizou a criação da ALCOA Inc. em 1888 por Hall e um grupo de investidores, pois tal processo industrial tornou economicamente viável a produção de alumínio. Uma vez que empresas só estruturam-se pela viabilidade econômica do que pretendem produzir, a descoberta da redução eletrolítica, etapa primordial da transformação da alumina em alumínio, possibilitou a criação da ALCOA Inc.

A ALCOA Inc. é a principal produtora mundial de bauxita, alumina, alumínio primário e produtos de alumínio, atuando em diversos segmentos industriais e de prestação de serviços - vinculados à utilização do alumínio - tais como transporte comercial, indústria aeroespacial, construção civil, embalagens de alumínio, indústria automobilística entre outros, inclusive na produção de maquinário para elaboração e tratamento de marketing de embalagens de alumínio.

1 Ver Glossário e Cadeia Produtiva do Alumínio.


Em 2001, a ALCOA Inc. contava com 129 mil empregados em 350 unidades de produção e de comercialização espalhadas em 37 países, inclusive no Brasil. Ainda nesse ano, a empresa obteve faturamento de US$ 22,9 bilhões. O lucro líquido chegou a US$ 805 milhões.

A ALCOA Inc. está estruturada em oito segmentos de atuação: transporte comercial; embalagens e produtos para consumidores; lingotes de alumínio, edificação e construção; alumina e química, aeroespacial, automotivo e componentes industriais (Anexo 1).

No segmento de Transporte Comercial, a ALCOA Inc. produz componentes para sistemas eletroeletrônicos, alumínio, rodas de alumínio e acessórios para veículos de transporte pesado, estruturas para motores, compressores e outros componentes, chapas, além de perfis e chicotes de alumínio. O faturamento desse segmento deriva das vendas para a indústria automobilística, inclusive para transporte comercial e para a indústria aeroespacial.

As expectativas da empresa para esse segmento estão pautadas nas projeções de aumento da utilização de alumínio em automóveis de passeio na Europa e nos EUA. Em especial nos EUA, as expectativas de maiores faturamentos estão centradas no fato de que veículos de transporte leve (Vans, utilitários e caminhões leves) absorveram parcela majoritária das vendas totais de veículos, ultrapassando a parcela dos veículos de passeio que usam menos alumínio em relação aos veículos de transporte leve. As plantas do segmento de Transporte Comercial estão presentes no Canadá, México, EUA, Venezuela, Alemanha, Hungria, Irlanda, Itália, Países Baixos, Noruega e Reino Unido.

Em relação aos segmentos de Produtos e Serviços Aeroespaciais, a ALCOA Inc. produz barras, tubos, folhas, formas de alumínio, superfícies, fuselagens, condutores térmicos, rodas e produtos forjados, rodas para trens de pouso, gabinetes para turbinas, alças e ferrolhos de alumínio para fixação, entre outros produtos. As plantas desse segmento estão fortemente concentradas nos EUA. No que diz respeito às vendas para a indústria aeroespacial, a empresa tem expectativas de que a China venha a ser o maior mercado (excluindo-se os EUA) de aviação comercial até 2020.

O segmento de Produtos Automotivos possui interfaces com os segmentos de Transporte Comercial em especial por produzir plantas, estruturas e sistemas elétricos para automóveis. Mas distingue-se do segmento de Transporte Comercial pelas oficinas de design automotivo. As plantas e oficinas desse segmento estão presentes no Canadá, México, EUA, Venezuela, Alemanha, Hungria, Irlanda, Itália, Noruega e Reino Unido.

A divisão de Embalagens e produtos para consumidores produz injeção e compressão plástica, embalagens de alumínio, garrafas de plástico, filmes, equipamentos para decoração de latas de alumínio, latas de alumínio, chapas de alumínio para a produção de latas para bebidas, garrafas plásticas, embalagens para comida, embalagens flexíveis e máquinas para embalagem, em especial máquinas de acabamento para latas de alumínio.

Uma das expectativas para o mercado desse segmento está na utilização de insumos produzidos pela ALCOA Inc. na elaboração de uma nova garrafa de alumínio a ser produzida no Japão. A ALCOA Inc., nos últimos anos, expandiu a capacidade produtiva desse segmento nas suas plantas da América Latina e da Ásia. As plantas estão localizadas na Costa Rica, México, EUA, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru, Alemanha, Hungria, Países Baixos, Rússia, Espanha, Bahrain, Japão e Filipinas.

A produção de alumina e de seus derivados químicos está estruturada no segmento de Alumina e Química. A ALCOA Inc. é a maior produtora mundial de alumina com 25,8% da produção mundial em 2001, que foi de 48,5 milhões de toneladas, segundo o World Bureau of Metal Statistical. Os produtos principais desse segmento são os seguintes: bauxita para a produção de alumina a ser utilizada no processamento de hidrocarbonetos, alumínio de alta


pureza, pó de alumínio atomizado, alumina e produtos químicos baseados em alumina para refratários, cerâmica, abrasivos, plásticos e polímeros e tratamento de água. As plantas do segmento de Alumina e Química estão distribuídas na Jamaica, EUA, Brasil, Suriname, Alemanha, Países Baixos, Espanha, China, Índia, Japão, Singapura, Austrália e Guiné. O Gráfico 1 abaixo e o Gráfico 2 detalham a distribuição geográfica da produção de, respectivamente, bauxita e alumina da ALCOA.

Gráfico 1 - Distribuição geográfica da produção de bauxita da ALCOA Inc. (%). 2000 e 2001

Elaboração: DESEP/CUT. Fonte: World-Aluminium, Relatórios Anuais das Empresas, US Geological Survey e World Bureau of Metal Statistical.

Gráfico 2 - Distribuição geográfica da produção de alumina da ALCOA Inc. (%) 2000 e 2001

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: World-Aluminium, Relatórios Anuais das Empresas, US Geological Survey e World Bureau of Metal Statistical.

Es p an h a

9%

A u s trália

38%

A le m an h a

3%

Jam aica

4%B ras il

7%

EU A

39%

G u ian a

6%

Jam aica

11%

S u rin am e

11%

G u in é

15%

B ras il

9%

A u s tália

48%


Com relação à bauxita, as minas de extração estão concentradas na Austrália, com pouco menos da metade da produção total concernente ao grupo. Há duas plantas (minas) na África (Guiné e Gana) cujos desenhos de joint ventures são traçados com grandes empresas públicas, em especial na Guiné. O Brasil aparece com cerca de 9% (1,7 milhões de toneladas) da capacidade de produção, atrás da Jamaica e do Suriname.

A produção de alumina está mais concentrada nos EUA. De fato, como se verá, a produção de alumínio primário e mesmo de produtos de alumínio concentra-se nos EUA e no Canadá. Assim, a própria composição da cadeia produtiva do alumínio traduz a especialização geográfica da produção, onde os países industrializados são o locus dos processos de maior agregação de valor e os países em desenvolvimento emergem como fontes de matérias-primas ou produtos semi-elaborados de baixo valor agregado.

Desse modo, a transformação da bauxita em alumina ocorre principalmente nos EUA e na Austrália e secundariamente, no Brasil (7% da capacidade de produção, o que corresponde a 768 mil toneladas) e na Jamaica.

A produção de alumínio primário está incluída no segmento de Lingotes de Alumínio. O lingote de alumínio é uma commoditie com preço determinado internacionalmente. Em 2001, a retração na oferta de energia elétrica na costa ocidental dos EUA e o racionamento de energia elétrica no Brasil implicaram em redução do volume produzido pela ALCOA Inc. nessas regiões. O lingote de alumínio é um insumo utilizado pela própria ALCOA Inc. para a elaboração de produtos de maior valor agregado. Adiante, ao tratarmos das estratégias da empresa, poderemos delinear as expectativas da ALCOA Inc. em relação a esse segmento. As plantas produtoras de alumínio primário estão nos seguintes países: Canadá, Venezuela, EUA, Gana, Brasil, Itália, Noruega, Espanha e Austrália. A ALCOA Inc. concentrou 14,2% da produção mundial de alumínio primário em 2001, a qual correspondeu a 24,521 milhões de toneladas (World Bureau of Metal Statistical). O Gráfico 3 mostra a distribuição geográfica da produção de alumínio primário da ALCOA. Revela-se que mais da metade da produção está concentrada no país de origem do capital. Outros 23% estão concentrados no Canadá. Assim, apenas parte marginal da produção de alumínio primário é distribuída em outros países. Uma vez mais emerge a concentração dos processos tecnológicos no país de origem do capital ou em países industrializados, particularmente na América do Norte que concentra 75% da produção global da empresa.

Deve-se ressaltar, entretanto, que excluída a produção de alumínio primário da América do Norte, o Brasil, com 6% da capacidade de produção do grupo (o que representa 244 mil toneladas), disputa posições de liderança com a Austrália e com a Espanha, ao contrário do segmento de alumina no qual a Austrália divide a liderança mundial da produção do grupo com os EUA.


Gráfico 3 - Distribuição geográfica da produção de alumínio primário do grupo ALCOA Inc. (%) 2000 e 2001


O segmento de Edificação e Construção provê estruturas de alumínio para a construção civil, além de escritórios de design para a elaboração dessas estruturas. As fábricas e os escritórios de desenho estão presentes no Canadá, EUA, França, Alemanha, Hungria, Itália, Países Baixos, Polônia, Espanha e Reino Unido. O período de crescimento da renda nacional norte-americana, após a recessão de 1991-92, deu fortes estímulos para esse segmento da ALCOA Inc. Em 2001, houve aumento de 2,3% no total de casas em construção nos EUA. Tal valor é o maior em 15 anos.

O último segmento que compõe a ALCOA Inc. é o de Produtos Industrializados, que agrega uma ampla gama de mercadorias relacionadas aos outros segmentos da empresa. As plantas estão distribuídas pelo Canadá, Costa Rica, México, EUA, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru, Suriname, Venezuela, Bélgica, República Checa, França, Alemanha, Hungria, Irlanda, Itália, Países Baixos, Portugal, Rússia, Espanha, Reino Unido, China, Índia, Japão, Filipinas, Singapura, Marrocos e Austrália.

O faturamento global da ALCOA Inc. chegou a US$ 22,9 bilhões em 2001 (Gráfico 4). A distribuição do valor total das vendas, segundo os segmentos acima definidos, está disposta na Tabela 1. Observa-se que pouco menos que a metade do faturamento global deriva dos segmentos de Embalagens e Produtos para Consumidores e dos segmentos de Transportes (automotivo e comercial), cada qual contribuindo com 22% e 23%, respectivamente. Processos de distribuição dos produtos e outros segmentos como Aeroespacial representam 20% do faturamento. O segmento de Química de Alumina contribui com 8% das vendas e o de Lingotes de Alumínio, que inclui a produção de alumínio primário, corresponde a 15% do faturamento (Tabela 1). A expressiva participação dos segmentos de embalagens e transportes nas vendas da companhia reflete-se na sua robusta liderança em produtos de alumínio com 38,1% da produção relativa às sete maiores empresas do mundo nesses segmentos.

Itália

5%Es p an h a

5%

N o ru e g a

3%

A u s trália

7%

C an ad á

24%

B ras il

6%

EU A

50%


Gráfico 4 - Faturamento e Receita Líquida da ALCOA Inc. (US$ milhões correntes) 2001

Fonte: www.alcoa.com

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: www.alcoa.com

Tabela 1 - Distribuição do faturamento segundo os segmentos da Estrutura da ALCOA. (US$ bilhões correntes e %). 2001

Segmento Valor (US$ bi) Participação (%) Transporte (automotivo e comercial) 5,2 22,7 Embalagens e produtos para consumidores 5,1 22,3 Distribuição e outros 4,6 20,1 Lingotes de alumínio 3,4 14,8 Edificação e Construção 2,7 11,8 Alumina e Química 1,9 8,3 Total 22,9 100,0


Em concordância com a distribuição geográfica das plantas da ALCOA Inc. constante no Anexo 2, a maior parte do faturamento da empresa está concentrada nos EUA, com cerca de 66%. A Europa gera 20% do faturamento e a Ásia e a Oceania produzem juntas 7% do faturamento, mesmo percentual do Canadá e América Latina (Tabela 2).

Tabela 2 - distribuição do Faturamento segundo as áreas geográficas de atuação da ALCOA

Área Geográfica Participação % EUA 66 Europa 20 Pacífico (Ásia e Austrália) 7 Canadá a América Latina e Outros 7


22.859

22.936

16.32315.340

13.319

908

1.484

1.054

805

853

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

20.000

22.000

24.000

1997 1998 1999 2000 2001

Fatura

men

800

900

1.000

1.100

1.200

1.300

1.400

1.500

1.600

Receita Lí

F aturam ento R eceita Líquida


2.1. PRINCIPAIS EMPRESAS E PRESENÇA NOS MERCADOS MUNDIAIS

Dado o escopo desse estudo, centramos nosso foco nos segmentos de Alumina e Química e de Lingotes de Alumínio. O primeiro segmento refere-se à rede mundial da ALCOA Inc. de produção de alumina, a partir da extração de bauxita. A alumina produzida é transferida para unidades da própria ALCOA Inc. (inclusive para unidades de produtos químicos) ou vendida para outras empresas. Pouco mais da metade da produção de alumina é vendida para outras empresas e o restante é utilizado pela própria ALCOA Inc. (proporções para 2000 e 2001). Os produtos das unidades químicas da ALCOA (conforme dito anteriormente e constante no Anexo 1) são utilizados na produção de abrasivos, refratários, elementos de cerâmica, entre outros. Logo, trata-se de um segmento básico por fornecer a matéria-prima primordial do espectro de produtos elaborados pela ALCOA Inc.

A participação da ALCOA Inc. na produção mundial de alumina pode ser observada na Tabela 3 a seguir. Verifica-se que a ALCOA Inc. concentra pouco menos de 26% da produção mundial de alumina em 2001. Esses valores indicam que o mercado mundial de alumina, ao contrário do mercado mundial de lingotes de alumínio, é um mercado que ruma para uma estrutura oligopolística na qual a ALCOA Inc. insere-se como líder, e a Chinalco (China) e a ALCAN como empresas seguidoras e concorrentes. Ademais, os valores indicados na Tabela 3 denotam, desde logo, a importância relativa da ALCOA Inc. e da ALCAN e a justificativa de seu estudo.

Tabela 3 - Produção mundial da alumina e produção de alumina de grupos selecionados. (mil t e %) 1998 - 20011

Grupos Produção (mi t) Participação (%)

1998 1999 2000 2001 1998 1999 2000 2001 ALCOA 12.938,0 13.273,0 13.968,0 12.527,0 27,3 28,2 28,3 25,8 Chinalco Nd Nd Nd 4.900,0 Nd Nd Nd 10,1 ALCAN* 5.013,0 3.991,0 3.941,0 4.170,0 10,6 8,5 8,0 8,6 BHP Billiton** 1.750,0 1.800,0 2.000,0 2.940,0 3,7 3,8 4,1 6,1 Kaiser Nd 2.093,9 1.927,1 2.582,7 Nd 4,5 3,9 5,3 Rusal Nd 1.755,5 1.988,8 2.245,8 Nd 3,7 4,0 4,6 Hydro*** 578,0 530,0 898,0 1.070,0 1,2 1,1 1,8 2,2 CVRD 719,4 768,2 818,9 807,6 1,5 1,6 1,7 1,7 Total Mundial 47.400,0 47.000,0 49.300,0 48.488,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: World-Aluminium, Relatórios Anuais das Empresas, US Geological Survey e World Bureau of Metal Statistical. * Para 2001, capacidade de produção. ** Entre 1998 e 2000, capacidade de produção. *** Para 2001, agrega a aquisição da VAW, finalizada em janeiro de 2002.

As principais empresas da ALCOA Inc. que atuam nesse segmento estão alinhadas na Tabela 4, a seguir. Observa-se que as plantas estão geograficamente dispersas, mas como vimos, do ponto de vista da capacidade de produção de alumina, há concentração na Austrália e nos EUA.


Tabela 4 - Principais empresas da ALCOA do segmento de Alumina e Química Localização Empresa Jamaica/América do Norte ALCOA Minerals of Jamaica LLC EUA/América do Norte e Central ALCOA World Alumina LLC. EUA/América do Norte e Central St. Croix Alumína LLC 1 Brasil/América do Sul ALCOA Alumínio S.A. Brasil/América do Sul Comércio de Alumínio do Maranhão Brasil/América do Sul Mineração Rio do Norte S.A. Suriname/América do Sul Suriname Aluminium Company LLC Alemanha/Europa ALCOA Chemie GmbH Países Baixos/Europa ALCOA Chemie Nederland BV Países Baixos/Europa ALCOA Moerdijk BV Espanha/Europa Alúminia Española S.A. China/Ásia Qingdao ALCOA Co., Ltd. Índia/Ásia ALCOA-ACC Industrial Chemicals Limited Japão/Ásia ALCOA Kasei Limited Japão/Ásia Moraico Limited Singapura/Ásia ACAP Singapore Pte Ltd. Guiné/África Halco Inc. Austrália/Oceania ALCOA World Alumina - Austrália Austrália/Oceania Australian Fused Materials Pty Limited

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: Anexo 2 1 - Encerrou suas operações em 2001

O segmento de Lingotes de Alumínio recebe alumina do segmento de Alumina e Química e produz lingotes de alumínio ou alumínio primário. Pó e farpas de alumínio, entre outros derivados, são transferidos para outras unidades da ALCOA Inc. e/ou revendidos para clientes, comerciantes, ou ainda negociados nos mercados de alumínio primário, os quais, como dito acima, estão estruturados sob a forma de concorrência internacional, com os preços definidos na Bolsa de Londres. A produção de alumínio primário está distribuída nas plantas da ALCOA pelo mundo. A Tabela 5 mostra as principais empresas, bem como a localização geográfica das plantas da ALCOA Inc., responsáveis pela transformação da alumina em alumínio primário.

Tabela 5 - Principais empresas da ALCOA do segmento de Lingotes de Alumínio

Localização Empresa Canadá/América do Norte e Central Aluminiere Lauralco Inc. Canadá/América do Norte e Central Aluminiere de Bécancour Inc. Canadá/América do Norte e Central Aluminiere de Baie-Corneau Inc. EUA/América do Norte e Central Eastalco Aluminium Company Brasil/América do Sul ALCOA Alumínio S.A. Brasil/América do Sul Comércio de Alumínio do Maranhão Suriname/América do Sul Suriname Aluminium Company LLC Itália/Europa ALCOA Italia S.A. Noruega/Europa Elken Aluminium ANS1 Espanha/Europa Alúminia Española S.A. Espanha/Europa ALCOA Inespal S.A. Austrália/Oceania ALCOA World Alumina - Australia Austrália/Oceania Australian Fused Materials Pty Limited

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: Anexo 2 1 - A ALCOA adquiriu 40% do controle acionário no início de 2002.


A participação relativa da ALCOA na produção mundial de alumínio primário pode ser vista na Tabela 6, a seguir. Evidencia-se que, à semelhança do mercado de alumina, a ALCOA detém a liderança mundial, sendo seguida pela Rusal e pela ALCAN. Pode-se observar ainda que a ALCOA amplia cada vez mais sua posição na oferta mundial de alumínio primário entre 1998 e 2000, sofrendo um pequeno refluxo em 2001, em decorrência das crises na oferta de energia na costa oeste dos EUA e no Brasil.


Tabela 6 - Produção mundial de alumínio primário e de grupos selecionados

(mil t e %) 1998 - 2001 Grupos Produção (mi t) Participação (%)

Empresas 1998 1999 2000 2001 1998 1999 2000 2001 ALCOA 2.471,0 2.851,0 3.539,0 3.488,0 10,9 12,1 14,7 14,2 Rusal Nd 2.359,5 2.415,8 2.458,8 Nd 10,0 10,1 10,0

ALCAN 1.481,0 1.518,0 1.562,0 2.042,0 6,6 6,4 6,5 8,3 Hydro* 736,0 746,0 762,0 1.400,0 3,3 3,2 3,2 5,7 Pechiney Nd 1.122,0 1.122,0 1.140,0 Nd 4,8 4,7 4,6 BHP Billiton** 890,0 910,0 890,0 984,0 3,9 3,9 3,7 4,0 CVRD 227,3 234,4 238,8 214,3 1,0 1,0 1,0 0,9 Total Mundial 22.600,0 23.600,0 24.000,0 24.521,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: World-Aluminium, Relatórios Anuais das Empresas e US Geological Survey * Para 2001, agrega a aquisição da VAW, finalizada em janeiro de 2002. ** Entre 1998 e 2000, capacidade de produção.

Por último, é possível observar, por meio da tabela 7, um movimento geral dos processos de alianças e de aquisições da ALCOA Inc. Alguns eventos parecem indicar que a estratégia empresarial da ALCOA Inc. está centrada em, de um lado, reforçar sua capacidade de produção de alumínio primário e, de outro, expandir ainda mais suas operações nos segmentos automotivo, aeroespacial e de embalagens. E a Ásia concentra parte expressiva das iniciativas de fusões e aquisições em 2000 e 2001.

Em especial no Brasil, é possível identificar um movimento de expansão em 2000, direcionado ao segmento de embalagens e latas de alumínio. Em 2001, as ações da ALCOA no Brasil direcionaram-se para a consolidação de oferta de energia elétrica para as plantas da Alumar e da ALCOA Alumínio S.A. em Poços de Caldas (MG), por meio da participação da ALCOA em consórcios de construção de usinas hidroelétricas.

Tabela 7 - Processos de aliança e de aquisições da ALCOA

2000 - 2001 Natureza da Operação (Ano)

Empresa/ Localização

Produtos Expectativas Observações

Aliança (2001)

Aluminum Corporation of China Ltd. (Chalco)/China

Alumina e Alumínio Primário

O mercado chinês de alumínio é o que tem a maior taxa mundial de crescimento. Presença da ALCOA na produção de alumina e alumínio primário viabiliza novas expansões de outros segmentos da empresa na China. Expectativa de novas Joint-Ventures na China.

A aliança refere-se à compra de 50% da fábrica de Pingguo.

Acordo de Fornecimento (2001)

Siemenes/ Alemanha e Boeing/ Reino Unido

Fornecimento de alças e artigos de alumínio para motores à turbina.

Participação em projetos de energia

Machadinho, Santa Isabel, Barra Grande e

Alumina, alumínio primário,

A ALCOA Alumínio S.A. adquiriu 27,23% da energia gerada pela usina de Machadinho e começará


hidroelétrica (2001)

Serra do Falcão/Brasil

chapas, folhas, plantas, formas e estruturas de alumínio.

a receber suas quotas de energia em 2002. Participou do consórcio vencedor para a construção da usina de Santa Isabel. A Alumínio detém 20% das ações. Espera-se que a usina de Machadinho seja responsável por 55% da energia utilizada pela planta de Poços de Caldas (MG). A expectativa é de que a usina de Santa Isabel oferte 30% da energia utilizada pela Alumar. A ALCOA Alumínio S.A. detém 35,30% das cotas da usina de Barra Grande que entrará em operação em 2005. Espera-se que a usina oferte energia para a planta da Alumar e para a planta da ALCOA Alumínio S.A. em Poços de Caldas. A participação da ALCOA Alumínio S.A. na construção da usina de Serra do Falcão implica 26% da necessidade de energia da planta da Alumar. A usina funcionará em 2005.

Aliança (2001)

Nilkamal Plastics Group of Mumbai/India

Invólucros e embalagens plásticas para bebidas.

Construção de uma fábrica de embalagens plásticas na fronteira, entre o Nepal e a Índia.

Aliança (2001)

BHP Billiton/ EUA e Canadá

Distribuição de metais

A joint-venture (50%-50%) resultou na criação da Named Integris Metals. Espera-se receitas anuais superiores à US$ 2 bilhões.

Aquisição (2001)

Korea Packing System/Coréia do Sul

Embalagens plásticas para bebidas.

A Macro Corp. ALCOA adquiriu 51% das ações da Korea Packing System rebatizando-a de ALCOA CSI Korea. A empresa é líder nacional no segmento de embalagens plásticas para bebidas.

Aquisição (2001)

Elken ASA/Noruega

Alumínio primário e Silício

A ALCOA adquiriu 40% das ações da Elken ASA e fez oferta para a aquisição do restante das cotas a ser aprovada pelo governo norueguês. A Elken ASA é a segunda maior produtora norueguesa de alumínio primário e a maior produtora mundial de metal de silicone.

Aquisição (2001)

Dooray Air Metal Co./ Coréia do Sul

Alumínio Primário

A aquisição da Dooray representa a penetração da ALCOA no mercado coreano de alumínio.

Aquisição (2001)

Dooray Air Metal Co./ Coréia do Sul

Alumínio Primário

A aquisição da Dooray representa a penetração da ALCOA no mercado coreano de alumínio.

Aquisição (2001)

Reynolods-Lemmerz

Rodas de alumínio

A ALCOA adquiriu as plantas da Reynolds-Lemmerz por meio da


Industries/EUA compra dos 25% de ações restantes da empresa.

Aquisição (2001)

Siemens VDO Automotive AG/Alemanha

Fios e sistemas elétricos e eletrônicos para automóveis

A AFL Telecommunications adquiriu quatro plantas da Siemens na Alemanha e se tornará a principal fornecedora da Volkswagen AG.

Aquisição (2001)

Preferred Machinery Corp./EUA

Manufatura de máquinas e equipamentos para embalagens de bebidas.

Venda (2001)

ALCOA Fios e Cabos Elétricos/ Brasil

Fios e cabos elétricos

A ALCOA vendeu 40% de sua parte na empresa para sua co-proprietária, a Phelps Dodge.

Aquisição (2000)

British Aluminium Ltd./Reino Unido

Formas, folhas e estruturas de alumínio.

Fortalecimento no mercado britânico e europeu de alumínio. A operação envolveu não somente a aquisição de ativos produtivos como também escritórios de distribuição espalhados pelo Reino Unido. A empresa adquirida emprega 1.500 funcionários e teve receitas de US$ 360 milhões em 1999.

Aquisição (2000)

C-KOE Aluminium Inc./ EUA

Alumínio primário em lingotes para produtos químicos e de metais.

A empresa adquirida agregou-se à divisão de metais primários da ALCOA.

Aquisição (2000)

ConAgra, Inc´s Arrow Industries Division

Sacos plásticos para embalagem de alimentos

Aquisição (2000)

Itaipava Embalagens Flexíveis Ltda/ Brasil

Latas de alumínio e embalagens de alumínio para consumo.

A ALCOA Alumínio S.A. comprou a referida empresa que converte cerca de 12 mil toneladas de alumínio em latas e embalagens para consumo.

Trata-se da segunda aquisição da ALCOA em 2000 no segmento de embalagens no Brasil. A primeira ocorreu em maio de 2000, que decorreu da aquisição da Reynolds pela ALCOA, o que implicou a aquisição dos 25% da cotas que a Reynolds detinha da Latasa, a maior produtora


brasileira de latas de alumínio.

Aquisição (2000)

MCG Closurers Ltd /Inglaterra, Itália e Países

Baixos

Invólucros plásticos

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: Relatórios anuais 2000 e 2001.

2.2. ORGANIZAÇÃO E ATUAÇÃO DA ALCOA NO BRASIL

A ALCOA Inc. atua no Brasil desde 1965. Em 2001, empregava cerca de 5.162 funcionários (Revista Exame, Maiores e Melhores/2002) e produzia, em 13 unidades fabris, alumina, alumínio primário e produtos de alumínio. Além da ALCOA Alumínio S.A., a ALCOA Inc. tem outras empresas no país: ALCOA Fios e Cabos Elétricos S.A., Companhia Geral de Minas, Mecesa Embalagens Plásticas S.A., AFL do Brasil Ltda, além da participação na Mineração Rio do Norte, ampliada após a aquisição da Reynolds2.

O perfil de inserção da ALCOA no Brasil caracteriza-se pela presença em todos os segmentos da cadeia do alumínio. Segundo dados da ABAL (Associação Brasileira do Alumínio), a empresa ocupa a liderança na produção de alumina (23,4% da produção nacional de 3,5 milhões de toneladas), alumínio primário (21,5% da produção nacional de 1,1 milhão de toneladas) e produtos de alumínio (exceto no sub-segmento de embalagens). Além disso, a ALCOA ocupa a terceira posição no ranking nacional de produção de bauxita, com 15,4% do total de 13,2 milhões de toneladas.

Excetuando-se a América do Norte, somente a Austrália detém perfil similar ao Brasil na cadeia global da ALCOA Inc., ou seja, com atuação em todos os segmentos. Apesar disso e do relativo equilíbrio entre os diversos segmentos - especialmente entre alumina e alumínio primário - o Brasil, assim como todos os países de industrialização tardia, detém participação pouco expressiva na produção de produtos de alumínio da empresa, especialmente nas áreas de fronteira tecnológica (indústria automobilística e aeroespacial).

A Tabela 8 mostra alguns indicadores contábeis selecionados para determinadas empresas do grupo ALCOA. A Tabela 9 descreve a composição acionária do Grupo ALCOA no Brasil evidenciando que parcela significativa dos ativos da ALCOA está nas mãos da própria ALCOA Inc. norte-americana.

Tabela 8 - Indicadores contábeis do Grupo ALCOA para algumas empresas do

Grupo ALCOA no Brasil (US$ milhares) 2001* Empresas Ativo Total Lucro Líquido Receita

Líquida por funcionário

N.º de funcionários

ALCOA Alumínio S.A. 1.115 76.070 94 5.162 ALCOA Fios e Cabos Elétricos S.A.** 67.730 (2.095) 151 383 Mecesa Embalagens Plásticas S.A. 2.604 196 52 46

2 Com a aquisição da Reynolds a participação acionária da ALCOA na Mineração Rio do Norte passou de 8,50% para 13,13%.


Mineração Rio do Norte*** 48.816 13.693 29 129 Tamboré Embalagens S.A. 5.792 537 154 19 Cia Geral de Minas 16.322 -9 17 20 Total 1.256.393 88.392 499 5.759

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: Gazeta Mercantil (2001). * Exclui a AFL do Brasil por inexistência de informações ** A ALCOA Alumínio S.A. desfez-se de 40% das ações dessa empresa mediante venda para a co-proprietária, a Phelps Dogde. Os valores apresentados na tabela não estão ponderados por essa operação de venda. *** Indicadores ponderados pela participação acionária da ALCOA, contabilizando-se a parcela referente à Reynolds, o que totaliza 13,13% das ações ordinárias da MRN.

Tabela 9 - Controle acionário do Grupo ALCOA no Brasil (%) 2001 Empresas Particip. Acionária (%) ALCOA Brazil Holdings (EUA) 58% Construt. Com. Camargo Correa (BRA) 28% Trelawney Inc. (EUA) 12%

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: Gazeta Mercantil (2001)

A ALCOA Alumínio S.A. insere-se no segmento de alumínio e artefatos. Dentro desse segmento, a empresa é líder nacional do ponto de vista da geração de receita líquida. Do ponto de vista da produtividade, contudo, e ao menos para o ano de 2001, a empresa detinha, como visto, uma receita líquida por funcionário de US$94.000. A ALCAN, que é concorrente da ALCOA no mercado mundial de alumínio primário, apresentou em 2001 uma produtividade de US$128.000. Além da ALCAN, a ALCOA Alumínio concorre no mercado nacional com a Albrás S.A., CIA Brasileira de Alumínio S.A., Billiton S.A., Valesul S.A., entre outras.

A Tabela 10 a seguir mostra uma radiografia completa da ALCOA Alumínio S.A. no Brasil, indicando as localidades das fábricas e seus principais produtos. A estrutura da ALCOA Alumínio S.A. no Brasil segue a estrutura mundial da empresa, ou seja, também possui plantas de embalagens flexíveis, produtos químicos derivados do alumínio, além da produção do alumínio primário e da alumina por meio da redução da bauxita.

Tabela 10 - Localização das fábricas da ALCOA Alumínio S.A. e seus principais

produtos Fábrica/Empresa Localização Principais Produtos AFL do Brasil LTDA Itajubá (MG) Chicotes elétricos. ALCOA Alumínio S.A. Poços de Caldas (MG) Alumínio primário, pó de alumínio,

alumina e produtos químicos. ALCOA Alumínio S.A. Alphaville (SP) Tampas, preformas e garrafas

plásticas. ALCOA Alumínio S.A. Salto (SP) Carboneto de silício e alumina

eletrofundida. ALCOA Alumínio S.A. Santo André (SP) Extrudados de alumínio. ALCOA Alumínio S.A. São Caetano do Sul (SP) Extrudados de alumínio. ALCOA Alumínio S.A. Sorocaba (SP) Extrudados de alumínio. ALCOA Alumínio S.A. São Paulo (SP) Embalagens flexíveis. ALCOA Alumínio S.A. Lages (SC) Tampas, preformas e garrafas

plásticas. ALCOA Alumínio S.A. Tubarão (SC) Extrudados de alumínio. ALCOA Alumínio S.A. Itapissuma (PE) Extrudados de alumínio, folhas, chapas,

evaporadores, telhas e tampas plásticas, garrafas PET.


Consórcio Alumínio do Maranhão

São Luís (MA) Alumínio primário e alumina.

ALCOA Alumínio S.A. Queimados (RJ) Preformas de plástico. Mineração Rio do Norte Oriximiná (PA) Mineração de bauxita. CIA Geral de Minas Poços de Caldas (MG) Mineração de bauxita. ALCOA Alumínio S.A. São Paulo (SP) Escritório Central.

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: www.alcoa.com.br


3. ORGANIZAÇÃO E ATUAÇÃO MUNDIAL DA ALCAN

3.1. ATUAÇÃO GLOBAL POR SEGMENTOS E LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA A ALCAN Inc. é a segunda maior empresa de alumínio do mundo, detendo a terceira posição na produção de alumínio primário com 8,3% da produção mundial e a segunda posição mundial em produtos de alumínio. Em 2001, obteve faturamento de US$ 12,6 bilhões empregando cerca de 51.800 pessoas em 38 países. A empresa é de capital canadense, mas com ações negociadas nas bolsas de Nova Iorque, Montreal, Londres, Genebra e Sidney. A ALCAN está estruturada em quatro grandes áreas de atuação:

(i) Metais Primários, (ii) Fabricação de Alumínio América e Ásia, (iii) Fabricação de Alumínio Europa e (iv) Embalagens.

O Anexo 3 apresenta a distribuição geográfica das plantas responsáveis pelos principais grupos de produtos da ALCAN Inc. No que segue ao longo desse tópico, apresentamos essas quatro divisões da empresa com especial atenção para o segmento de Metais Primários. O Quadro 1 abaixo descreve os ativos da empresa em dezembro de 2001. O Gráfico 5 a seguir apresenta a evolução do faturamento bruto e da receita líquida entre 1991 e 2001.

Quadro 1 - Ativos Mundiais da ALCAN em dezembro de 2001.

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: ALCAN Facts (2001)

• 51.800 funcionários • 07 jazidas de bauxita • 07 refinarias de alumina • 15 refinarias de alumínio primário • 28 unidades produtoras de chapas e folhas • 84 fábricas de embalagem


Gráfico 5 - Faturamento bruto e receita líquida. ALCAN. (US$ milhões). 1991-2001. Valores entre parênteses indicam prejuízo.


A divisão de Metais Primários engloba a extração de bauxita, refino de alumina, geração de energia elétrica, além de produtos de alumínio primário na forma de lingotes de alumínio, produtos extrudados, etc.

A extração de bauxita ocorre em sete minas em quatro países (Brasil, na Mineração Rio do Norte com 12,5% de participação; Guiné, Gana, Austrália e Jamaica). Em 2001, a ALCAN extraiu 15,4 milhões de toneladas de bauxita, o que representou 11,6% da produção mundial. O Gráfico 6 abaixo descreve a distribuição geográfica da produção de bauxita concernente à ALCAN. Há forte concentração na Austrália, a exemplo do que observou para a ALCOA. Também à semelhança da ALCOA, há minas em Gana e na Guiné. O Brasil também, nesse caso, aparece com cerca de 10% da produção de bauxita do grupo.

Gráfico 6 - Distribuição geográfica da produção de bauxita - ALCAN (%) 2000 e 2001

Elaboração: DESEP/CUT - Fonte: World-Aluminium, Relatórios Anuais das Empresas, US Geological Survey e World Bureau of Metal Statistical.

6.000

7.000

8.000

9.000

10.000

11.000

12.000

13.000

1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001

F atu ra m en to

B ru to

(200)

(100)

0

100

200

300

400

500

600

700

R e ce ita Líq.

B rasil

10%

Jam aica

15%

G ana

6%

G uiné

14%

A ustrália

55%


Em 2001, a ALCAN produziu 4,17 milhões de toneladas de alumina, sendo que seu refino adquire a seguinte configuração em sua estrutura: as plantas de refino estão presentes no Canadá, Brasil, Austrália e Reino Unido. A planta em Jonquière (Quebec) produz alumina e químicos especiais que, a partir da alumina, também são elaborados pela refinaria de Burtisland, na Escócia (Reino Unido). As refinarias de alumina no Brasil estão em Ouro Preto (Saramenha) e em São Luiz (Alumar). Toda a alumina refinada e produzida nas plantas do Canadá e do Brasil é utilizada pela própria ALCAN nesses países para a produção de alumínio primário. O Gráfico 7 detalha a distribuição geográfica da produção de alumina do grupo. Observa-se que, assim como a extração de bauxita, a ALCAN concentra parcela considerável do refino de alumina na Austrália. Assim como a ALCOA, já no refino de alumina emerge o país de origem do capital. Nesse caso, o Canadá é a segunda maior base de produção de alumina do grupo.

Gráfico 7 - Distribuição geográfica da produção de alumina - ALCAN (%) 2000 e 2001


A produção de alumínio primário está disposta em 15 smelters por sete países (Canadá, Brasil, Islândia, Noruega, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos). A produção de alumínio primário chegou a 2 milhões de toneladas em 2001. Os principais gêneros de produtos oriundos do alumínio primário são os lingotes de alumínio e formas de alumínio extrudado. A Tabela 11 abaixo indica as plantas de refino e produção de alumínio primário da ALCAN nos sete países citados, bem como sua capacidade de produção.

A ustrália

62%B rasil

7%

C anadá

29%

Escócia

2%


Tabela 11- Refinadoras e produtoras de alumínio primário da ALCAN Localidades Capacidade de produção

(mil toneladas) Canadá Arvida (Jonquière) 248 Grande-Baie (La Baie) 196 Lanterrière (Chicoutimi) 219 Shawinigan (Quebec) 91 Alma (Alma) 400 Beauharnois (Melocheville) 50 Kitimat (Columbia Britânica) 277 Brasil Ouro Preto (MG) 51 Aratu (BA) 58 Islândia Isal 168 Noruega Soeral 62 Suíça Steg 36 Reino Unido Lynemouth 160 Lochaber 40 EUA Sebree 196 Total 2.252


Cerca de metade da produção de alumínio primário da ALCAN é vendida para outras empresas. O restante é utilizado pela própria ALCAN na fabricação de produtos de maior valor agregado, a partir do alumínio primário. Tais produtos são elaborados nos outros segmentos da ALCAN, dos quais começamos a tratar agora. O gráfico 8 detalha a distribuição geográfica da produção de alumínio primário do grupo. Tem-se que, uma vez mais, à semelhança da ALCOA, as plantas e sua produção estão concentradas no país de origem do capital (65%).

Além disso, o fluxo produtivo da empresa, envolvendo a utilização da bauxita, alumina e alumínio primário em todas as suas unidades, é descrito nas tabelas 12 e 13.


Gráfico 8 - Distribuição geográfica da produção de alumínio primário - ALCAN (%)

2000 e 2001


Tabela 12 - Interação entre a extração de bauxita e o refino de alumina na ALCAN

Mina de bauxita Encaminhamento da bauxita extraída Brasil (Mineração Rio do Norte - 12,5% de participação)

Refinaria de Jonquiére em Quebec, Refinaria Saramenha em Ouro Preto e Refinaria Alumar em São Luiz1.

Guiné (Compagnie des Bauxites de Guinée) Refinaria de Jonquiére em Quebec. Gana (Ghana Bauxite Company Limited) Refinaria de Jonquiére em Quebec,

Refinaria de Burntsland na Escócia e Vendas externas.

Austrália (Gove Complex e Comalco Limited) Refinaria de Gove e Queensland Alumina Limited.

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: ALCAN Facts (2001) 1 - Toda a alumina produzida no Brasil pela ALCAN tem como matéria prima bauxita extraída no Brasil pela própria ALCAN.

Tabela 13 - Interação entre o refino de alumina e refinadoras de alumínio

primário na ALCAN Fonte da alumina Refinadora de alumina

Refinaria Saramenha em Ouro Preto e Refinaria Alumar em São Luís

Saramenha em Ouro Preto e Aratu na Bahia

Refinaria de Jonquiére em Quebec Jonquière, Arvida, Gande-Baie, Lanterrière, Shawinigan, Alma, Beauharnois e Kitimat todos no Canadá.

Refinaria de Burntsland na Escócia A produção dessa refinaria é concentrada em produtos químicos pautados em alumina.

Australian Alumina (Gove Complex e Gladstone)

Kitimat Refinadora no Canadá e Isal Refinadora na Islândia e compras externas.

Compras externas da Irlanda Refinadoras no Reino Unido, Noruega, e Suíça. Compras externas da Jamaica Refinadoras no Canadá e nos EUA.


B rasil5%

Islândia7%

S uíça2%

Inglaterra7%

N oruega3%

E scócia2% E U A

9%

C an ad á65%


O núcleo de Fabricação de Alumínio América e Ásia e de Fabricação de Alumínio Europa provê produtos de alto valor agregado a partir do alumínio primário para diversos segmentos industriais e da construção civil. Dentre os segmentos industriais para os quais esse núcleo da ALCAN oferta seus produtos estão: a indústria automobilística, a indústria de bens de capital e a indústria de embalagens. Além disso, as estruturas de alumínio primário produzidas nesse segmento da ALCAN também são utilizadas pela construção civil. Uma vez mais é possível observar a distribuição espacial desse segmento da ALCAN no Anexo 3.

Dentro desses segmentos da ALCAN tem-se os seguintes sub-segmentos: produtos cilíndricos, produtos de valor agregado por engenharia, reciclagem e automotivo. Com relação aos produtos cilíndricos, 90% do volume total de alumínio produzido pela ALCAN são produtos cilíndricos (chapas, ligas, formas e lâminas de alumínio).

O segmento de embalagens dispõe de plantas no Canadá, EUA, Porto Rico, Brasil, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Holanda, Espanha, Suíça e Reino Unido, China, Kazaquistão e Turquia (Anexo 3). Tem como principais produtos, embalagens para tabaco, produtos alimentícios e farmacêuticos e cosméticos a partir de alumínio, plásticos e papel, vidro e aço.

3.2. PRINCIPAIS EMPRESAS E PRESENÇA NOS MERCADOS MUNDIAIS

Como afirmado anteriormente, a ALCAN ocupa a vice-liderança mundial na indústria do alumínio. A consolidação dessa posição está vinculada à presença da empresa em toda a cadeia produtiva do alumínio. Por meio da Tabela 14 a seguir é possível observar a participação relativa da ALCAN na produção mundial de alumina. Nota-se que a ALCAN ocupa a terceira posição mundial, com volume de produção muito próxima ao da Chinalco (China). Além disso, a ALCAN tem como competidoras globais nesse segmento a Kaiser e a BHP Billiton.

No que diz respeito à produção mundial de alumínio primário, a ALCAN ocupa também a terceira posição na oferta global, tendo como concorrentes mais próximos a Rusal e a Norsk Hydro (Tabela 15). A ALCAN exibiu maior dinamismo produtivo se comparada a Rusal, mas ampliou-se a diferença em relação à ALCOA. Assim, embora a participação da ALCAN tenha se elevado de 6,6% em 1998 para 8,1% em 2001, a ALCOA aumentou sua participação no mercado mundial de alumínio primário de 10,9% para 14,2% no período analisado. Além disso, a Hydro, por meio da aquisição da VAW Aluminium, ampliou sua participação de 3,3% para 5,7%.


Tabela 14 - Produção mundial da alumina e produção de alumina de empresas selecionadas (mil t e %) 1998 - 20011

Grupos Produção (mi t) Participação (%) 1998 1999 2000 2001 1998 1999 2000 2001

ALCOA 12.938,0 13.273,0 13.968,0 12.527,0 27,3 28,2 28,3 25,8 Chinalco Nd Nd Nd 4.900,0 Nd Nd Nd 10,1 ALCAN* 5.013,0 3.991,0 3.941,0 4.170,0 10,6 8,5 8,0 8,6 BHP Billiton** 1.750,0 1.800,0 2.000,0 2.940,0 3,7 3,8 4,1 6,1 Kaiser Nd 2.093,9 1.927,1 2.582,7 Nd 4,5 3,9 5,3 Russal Nd 1.755,5 1988,8 2.245,8 Nd 3,7 4,0 4,6 Hydro*** 578,0 530,0 898,0 1.070,0 1,2 1,1 1,8 2,2 CVRD 719,4 768,2 818,9 807,6 1,5 1,6 1,7 1,7 Total Mundial 47.400,0 47.000,0 49.300,0 48.488,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: World-Aluminium, Relatórios Anuais das Empresas e US Geological Survey. * Para 2001, capacidade de produção. ** Entre 1998 e 2000, capacidade de produção. *** Para 2001, agrega a aquisição da VAW, finalizada em janeiro de 2002. Tabela 15 - Produção mundial de alumínio primário e de grupos selecionados

(mil t e %) 1998 - 2001 Grupos Produção (mi t) Participação (%)

Empresas 1998 1999 2000 2001 1998 1999 2000 2001 ALCOA 2.471,0 2.851,0 3.539,0 3.488,0 10,9 12,1 14,7 14,2 Rusal nd 2.359,5 2.415,8 2.458,8 Nd 10,0 10,1 10,0 ALCAN 1.481,0 1.518,0 1.562,0 2.042,0 6,6 6,4 6,5 8,3 Hydro* 736,0 746,0 762,0 1.400,0 3,3 3,2 3,2 5,7 Pechiney Nd 1.122,0 1.122,0 1.140,0 Nd 4,8 4,7 4,6 BHP Billiton** 890,0 910,0 890,0 984,0 3,9 3,9 3,7 4,0 CVRD 227,3 234,4 238,8 214,3 1,0 1,0 1,0 0,9 Total Mundial 22.600,0 23.600,0 24.000,0 24.521,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: World-Aluminium, Relatórios Anuais das Empresas e US Geological Survey. *Para 2001, agrega a aquisição da VAW, finalizada em janeiro de 2002. ** Entre 1998 e 2000, capacidade de produção.

É importante ressaltar que os perfis de inserção da ALCOA Inc. e da ALCAN Inc., no segmento mundial de alumínio, possuem alguma similitude no que diz respeito ao maior foco sobre os produtos de alumínio. Trata-se do segmento da cadeia, onde a agregação de valor é superior aos estágios anteriores e que, portanto, demanda maior intensidade de utilização de tecnologia e mão-de-obra qualificada. Essa circunstância viabiliza a ambas as empresas uma específica forma de consolidação de contratos de expansão ou de construção de plantas de alumina e de smelters (usinas) de alumínio primário. Tais contratos possibilitam a ampliação de fornecedores, ao redor do mundo, de suprimentos de bauxita e especialmente de alumina e alumínio primário. As duas empresas juntas detém 68% do total produzido pelas sete maiores empresas do mundo no setor de produtos de alumínio.

É possível verificar o peso de cada segmento no faturamento total da ALCAN em 2001 por meio da Tabela 16 abaixo. Observa-se que pouco mais de 50% das receitas está concentrada no segmento de Fabricação de Alumínio América e Ásia, o qual é responsável por parte


expressiva da produção de extrudados e transformados de alumínio do grupo. O segmento de metais primários detém pouco menos de ¼ das vendas totais do grupo em 2001.

Tabela 16 - Distribuição do faturamento do Grupo ALCAN segundo seus segmentos 2001 (US$ bilhões e %)

Segmento US$ bilhões % Bauxita, alumina e químicos 0,6 5 Lingotes de alumínio 2,4 19 Produtos Extrudados 4,9 39 Produtos transformados 1,6 13 Embalagens 2,9 23 Outros 0,1 1 Total 12,6 100


Além disso, a atuação na produção de produtos de alumínio (extrudados e transformados) tem requerido o desenvolvimento de parcerias globais com empresas do setor aeroespacial, automobilística e de bens de capital, envolvendo custos compartilhados em P&D e até o envolvimento direto das empresas de alumínio na fabricação de carrocerias ou chassis, partes, peças e componentes, especialmente de motor e transmissão. A Hydro e a Pechiney são as principais concorrentes da ALCOA e da ALCAN nesses segmentos intensivos em tecnologia e capital. A recente aquisição da empresa alemã VAW pela Nosrk Hydro confere a esta última maior espaço nesse segmento de alto valor agregado da cadeia do alumínio, especialmente no mercado europeu.

Deve-se destacar, ainda, que a ALCOA e a ALCAN, seguidas pela concorrência da Hydro e Pechiney, contam com expressivos valores de vendas, derivados de consultoria e vendas de tecnologia de fabricação para as demais empresas de alumínio do mundo, especialmente para a fabricação de alumínio primário.

Por último, apresentamos uma relação das principais empresas da ALCAN no Anexo 3.

3.3. ORGANIZAÇÃO E ATUAÇÃO DA ALCAN NO BRASIL

A ALCAN está presente no Brasil desde 1940. Nesse ano, a ALCAN Aluminium LTDA. fundou a Alumínio do Brasil S.A. - Alubrasil em São Paulo. A produção de alumínio, contudo, só teria início em 1948. A formação do consórcio da Mineração Rio do Norte (PA) teve início em 1974 com a Alubrasil integrando o grupo. Apenas em 1989 a ALCAN iniciou a fabricação de embalagens de alumínio no Brasil por meio da planta de Pindamonhagaba (SP). Nesse ano, a ALCAN já estava presente em todos os segmentos da cadeia produtiva do alumínio (extração de bauxita, refino de alumina, produção de alumínio primário, embalagens e reciclagem). Por fim, em 1997, mudou-se a razão social da empresa para ALCAN Alumínio do Brasil LTDA. Nesse ano, a ALCAN adquiriu 10% do controle acionário da Alumar (MA).

A ALCAN está estruturada no Brasil por meio de unidades próprias de extração de bauxita, refino de alumina e fabricação de produtos acabados de alumínio primário.

A Mineração Rio do Norte (MRN) constitui-se num consórcio de empresas nacionais e estrangeiras na mineração de bauxita, no qual a ALCAN detém 12% das ações ordinárias.


Parte da bauxita extraída pela ALCAN é direcionada para o Canadá (Jonquière - Quebec). A MRN está localizada no Porto Trombetas (PA).

A Alumar - Consórcio de Alumínio do Maranhão - está localizada no distrito industrial de São Luís e faz refino de alumina. Em 1997, a ALCAN detinha 10% das ações ordinárias da Alumar.

Em Aratu (BA), produz-se alumínio primário e constitui-se uma unidade de pleno controle da ALCAN. A capacidade instalada é de 58 mil toneladas de alumínio primário por ano. Os principais produtos são placas e lingotes de alumínio.

A unidade de Ouro Preto (MG) engloba todo o processo do alumínio, da extração da bauxita à produção de alumínio primário sob a forma de lingotes, tarugos e placas. A capacidade de produção da unidade é de 51 mil toneladas por ano.

Em Mauá (SP), região metropolitana de São Paulo, a ALCAN fabrica embalagens flexíveis. Essa unidade é líder no mercado de embalagens de laminados para cigarros, produtos farmacêuticos, etc.

Na região industrial do ABC paulista (Santo André, distrito de Utinga), a ALCAN detém a propriedade de uma unidade produtora de laminados de alumínio que abastece a indústria automobilística da região e a indústria de bens de consumo duráveis.

A unidade de Pindamonhangaba foi objeto do maior investimento em ampliação da capacidade instalada em uma unidade fora do Canadá (US$ 370 milhões). O investimento de caráter estratégico permite a ALCAN alcançar uma posição competitiva na oferta de laminados e na reciclagem do alumínio.

Por fim, a ALCAN detém participação em unidades calcinadoras de petróleo para a obtenção de coque, uma matéria-prima necessária no refino da alumina.


4. DISTRIBUIÇÃO DAS PLANTAS PRODUTIVAS E ASPECTOS DAS ENTIDADES SINDICAIS DE TRABALHADORES

4.1. INTRODUÇÃO

As informações a seguir conformam um quadro preliminar, com aspectos selecionados das entidades sindicais que representam os trabalhadores das plantas de produção que pertencem ou que possuem participação acionária dos grupos ALCOA e ALCAN no Brasil, bem como elementos que referenciam a presença dessas entidades nessas unidades.

Cabe ressaltar que nos referimos às entidades sindicais para as quais obteve-se algum tipo de informação, dentre os aspectos previamente selecionados para levantamento. São eles:

a) Dados gerais da entidade sindical: identificação da entidade sindical (categoria), abrangência territorial, número de trabalhadores na base do sindicato, taxa de sindicalização geral e filiação à central sindical;

b) Dados relativos aos trabalhadores na empresa: número total de trabalhadores,

número de trabalhadores na empresa representados pelo sindicato, data-base, taxa de sindicalização na empresa e salário médio mensal.

Adicionalmente, buscamos elencar elementos da estruturação sindical nos três ramos de atividade nos quais se organizam os sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores: metalúrgico, químico e de extração.

4.2. A DISTRIBUIÇÃO DAS PLANTAS E OS SINDICATOS DOS RAMOS CUTISTAS

As 27 unidades dos grupos selecionados estão distribuídas pelos Estados de Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Maranhão e Pará. Seus trabalhadores são majoritariamente representados por sindicatos das categorias metalúrgica, química e de extração.3

Entre as unidades para as quais obtivemos dados sobre filiação à Central Sindical que totalizam 18, 10 delas são filiadas à CUT, 7 à Força Sindical e 1 declara-se independente. Para as demais 9 unidades não foi possível uma confirmação segura acerca da filiação sindical. Juntas, essas plantas empregam mais de 11.000 trabalhadores.

Tomando-se os dados gerais dos sindicatos que compõem os ramos cutistas supramencionados, temos que o ramo metalúrgico4 representa pouco mais de 764.000 trabalhadores no país e exibe uma taxa média de sindicalização de 43%; o ramo químico5

3 Para uma divisão aproximada das unidades produtivas de acordo com a divisão utilizada nos segmentos da cadeia produtiva do alumínio, veja, no capítulo 6 Anexos, o Anexo 4. 4 Constituem o ramo metalúrgico os sindicatos de trabalhadores nas áreas de: metalurgia, siderurgia, indústrias mecânicas e de reparo de veículos e acessórios e indústria de material elétrico. 5 Constituem o ramo químico cutista os sindicatos de trabalhadores nas áreas de indústria química, farmacêutica, de plásticos, de material explosivo, de abrasivos, de adubos, corretivos agrícolas e fertilizantes, destilaria e refino de petróleo, petroquímica, de artefatos de borracha, de celulose e pasta de madeira, de papel e papelão, de cerâmica e vidros, entre outros.


conta com cerca de 334.800 trabalhadores em sua base, sendo 39% deles sindicalizados; e o ramo de extração6 representa 93.520 trabalhadores, dos quais 40% são sindicalizados.

As entidades do ramo metalúrgico cutista distribuem-se pelos Estados de Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Destes, exibem as maiores participações no total de trabalhadores na base as unidades federativas de São Paulo, que concentra 36% dos trabalhadores no país, Minas Gerais, com 16%, Rio Grande do Sul, com 14% e Rio de Janeiro, com 11%.

Entre as unidades produtivas da categoria metalúrgica que pertencem ou que possuem participação acionária dos grupos ALCOA e ALCAN, verificamos que elas se distribuem pelos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Santa Catarina, Bahia e Maranhão. E destas, a CUT somente não está presente em unidades do Estado de Santa Catarina – ambas da ALCOA. Registre-se que as taxas de sindicalização do ramo metalúrgico cutista nos Estados que abrigam plantas ALCOA e ALCAN distribuem-se como segue: São Paulo (62%), Minas Gerais (32%), Rio de Janeiro (31%), Pernambuco (81%), Bahia (47%) e Maranhão (24%).

Os sindicatos do ramo químico cutista distribuem-se pelos Estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe, São Paulo e Tocantins. Entre estes, as maiores participações no número de trabalhadores na base ficam, respectivamente, com São Paulo (51%), Rio de Janeiro (14%), Bahia (12%) e Minas Gerais (7%).

Focalizando as plantas da categoria química que pertencem ou que possuem participação acionária dos grupos ALCOA e ALCAN, nota-se que elas se distribuem pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, sendo que destas, a CUT está presente em 1 unidade localizada no Estado de São Paulo, onde a taxa média de sindicalização é de 36%.

Os sindicatos do ramo cutista de extração distribuem-se pelos Estados do Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Sergipe e São Paulo. Destas, as maiores participações no número de trabalhadores na base estão nas unidades federativas de Minas Gerais (25%), Bahia (21%), Pernambuco (13%), Pará (12%) e Espírito Santo (10%).

Considerando apenas plantas da categoria de extração controladas ou com participação acionária da ALCAN e da ALCOA, verifica-se que a CUT está presente no Pará, onde exibe uma taxa média de sindicalização de 48% - pouco superior à media nacional do ramo (40%).

4.3. AS UNIDADES DA ALCOA E DA ALCAN E OS SINDICATOS DE TRABALHADORES

Focalizando mais detidamente as unidades de produção dos grupos selecionados, temos que o grupo ALCOA atua no Brasil através de 18 unidades distribuídas pelos Estados de Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, totalizando 8.827

6 O ramo de extração na CUT congrega sindicatos de trabalhadores nas atividades de garimpo, mineração, extração de mármore, de ferro e metais básicos, de madeira, de minerais não metálicos, cimento, de ouro e metais preciosos, entre outros.


trabalhadores.7 Dentre essas plantas, apenas as unidades da ALCOA Alumínio S.A. somam 7.469 funcionários em 13 unidades produtivas.

A unidade de Poços de Caldas/MG conta com 1/9 dos trabalhadores empregados nas empresas que pertencem ou que possuem participação acionária da ALCOA. Os trabalhadores são representados pelo STI Metalúrgicas, que é filiado à Força Sindical.

Já a planta de Itapissuma/PE emprega cerca de 7% do total de trabalhadores, que também são representados pelo STI Metalúrgicas. Esse sindicato possui abrangência estadual representando 18.000 trabalhadores, sendo 81% deles sindicalizados – percentual bastante superior à média nacional (43%). Na empresa, a taxa de sindicalização reduz-se para 22%, o salário médio mensal é de R$450,00 e a data-base é em setembro.

A unidade de Alphaville/SP é responsável por 3% da força de trabalho alocada no conjunto de empresas e os trabalhadores são representados pelo STI Químicas de Osasco e Região, entidade de abrangência intermunicipal e que conta com uma base de 14.025 trabalhadores, dos quais 22% são sindicalizados – abaixo da taxa média nacional, 39%. Considerando-se a empresa, a taxa de sindicalização diminui para 7%, o salário médio mensal é de R$830,00 e a data-base é em novembro. A planta de Sorocaba/SP aloca cerca de 5% do contingente empregado no conjunto das unidades controladas ou com participação acionária da ALCOA. Todos esses trabalhadores são representados pelo STI Metalúrgicas, entidade filiada à CUT, de abrangência intermunicipal que conta com 18.820 trabalhadores em sua base, sendo 48% deles sindicalizados – superior à taxa nacional, 43%. Na empresa, esse percentual é de 45%, o salário médio mensal é de R$600,00 e a data-base é em novembro.

A empresa localizada em Salto/SP emprega 3% da mão-de-obra alocada nas unidades ALCOA. O STI Químicos, não filiado a nenhuma Central Sindical e de abrangência intermunicipal, representa 3.700 trabalhadores, dos quais 30% são sindicalizados. Na empresa, o sindicato representa 207 trabalhadores e 90% deles são associados ao sindicato. A data-base é em novembro e o salário médio mensal é de R$600,00.

A planta de Santo André/SP aloca 5% dos trabalhadores empregados nas unidades ALCOA. A representação oficial de trabalhadores é realizada pelo STI Metalúrgicas, entidade de abrangência municipal e filiada à Força Sindical.

Quanto à unidade do Rio de Janeiro/RJ, não obtivemos o número de seus trabalhadores empregados. O sindicato que representa os trabalhadores é o STI Metalúrgicas, cutista, de abrangência intermunicipal, contando com 55.000 trabalhadores em sua base, dos quais 33% são sindicalizados – percentual abaixo da média nacional. Não obtivemos maiores informações sobre a empresa.

No que se refere à ALCOA Fios e Cabos Elétricos S.A., não foi possível identificar sua localização. A empresa aloca 4% do total de funcionários, os quais são representados por um sindicato da categoria metalúrgica.

A AFL do Brasil Ltda., de Itajubá/MG, emprega 10% da mão-de-obra alocada em unidades da ALCOA. Seus trabalhadores são representados pelo STI Metalúrgicas, cutista, de abrangência intermunicipal, que representa 6.224 trabalhadores, dos quais, 30% são sindicalizados.

7 Considere-se que algumas das unidades listadas não tiveram sua localização identificada.


A Cia. Geral de Minas, de Poços de Caldas/MG, aloca cerca de 0,2% do contingente empregado nas plantas da ALCOA. Seus trabalhadores são representados pelo STI Extração, não filiado à CUT.

A Macesa Embalagens Plásticas emprega 0,5% da força de trabalho das unidades ALCOA, mas não foi possível obter sua localização geográfica. O sindicato que representa os trabalhadores é da categoria química e não foi possível obter maiores informações.

A empresa Tamboré Embalagens S.A., da qual não temos a localização, emprega 0,2% da mão-de-obra alocada nas unidades da ALCOA, e não foi possível identificar o sindicato que representa esses trabalhadores.

Dentre as plantas que pertencem à ALCAN ou nas quais o grupo detém participação acionária, a unidade de Candeias (Aratu)/BA possui 36% dos trabalhadores classificados neste grupo e todos são representados pelo STI Metalúrgicas, que é filiado à CUT. Com abrangência intermunicipal, essa entidade representa 12.000 trabalhadores, dos quais 47% são sindicalizados. Na empresa, essa taxa aumenta para 50%, a data-base é setembro e o salário médio mensal é de R$1.000,00.

A unidade de Ouro Preto/MG aloca 42% da mão-de-obra ALCAN e todos os funcionários são representados pelo STI Metalúrgica, cutista, de abrangência intermunicipal que congrega 1.157 trabalhadores em sua base, sendo 64% deles sindicalizados. Na empresa, essa taxa decresce para 52%. A data-base ocorre em outubro e o salário médio mensal é de R$600,00. A planta de Pindamonhangaba/SP tem seus trabalhadores representados pelo sindicato da categoria metalúrgica, cutista, de abrangência intermunicipal, que representa 4.295 trabalhadores e exibe uma taxa de sindicalização de 53%. Sobre a empresa não possuímos outras informações.

A unidade de Santo André/SP emprega 22% da força de trabalho empregada na ALCAN e tem seus trabalhadores representados por um sindicato da categoria metalúrgica filiado à Força Sindical, de abrangência intermunicipal.

Também a planta de Cubatão/SP tem seus trabalhadores representados por um sindicato da categoria metalúrgica filiado à Força Sindical, de abrangência intermunicipal.

Agora trataremos das empresas que possuem participação acionária de ambos os grupos (ALCOA E ALCAN).

O Consórcio Alumínio do Maranhão, Alumar, localizado em São Luís do Maranhão/MA, tem seus trabalhadores representados por um sindicato cutista da categoria metalúrgica. De abrangência municipal, esse sindicato representa 1.800 trabalhadores, sendo 54% deles sindicalizados, e possui data-base em março.

Por fim, a Mineração Rio do Norte, de Oriximiná/PA, conta com 980 trabalhadores, sendo que cerca de 963 deles são representados pelo STI Extrativas, filiado à CUT. Exibe uma taxa de sindicalização de 78%, possui abrangência municipal e a data-base é em maio.


ANEXOS Anexo 1 Estrutura da ALCOA Macro-segmento Segmentos Produtos Transporte comercial (Commercial Transportation)

ALCOA Fujikura Componentes para sistemas de distribuição elétrica e eletrônica.

ALCOA Produtos de Engenhos (ALCOA Mill Products)

Lâminas de alumínio, chapas e folhas de alumínio para uso e sistemas de troca de calor para automóveis e caminhões.

ALCOA Rodas e Acessórios (ALCOA Wheel Products and ALCOA Wheel Accessories)

Discos de rodas forjados e acessórios para caminhões e veículos de carga.

Produtos de Fundição (Howmet Castings)

Estruturas forjadas para gabinetes de motores e outros componentes.

Alças e Presilhas de Segurança (Huck Fasteners)

Alças de ligamento de alumínio para caminhões e veículos de carga, trailers e ônibus escolares.

Alumina e Química (Alumina and Chemicals)

ALCOA Absorventes e Catalisadores (ALCOA Adsorbents & Catalysts)

Alumina ativada e catalisadores baseados em alumina de alta pureza para uso nos processos de obtenção de hidrocarbonetos e para o mercado de catalisadores.

ALCOA Divisão Espacial para Metais (ALCOA Specialty Metals Division)

Alumínio de alta pureza, pó de alumínio e lingotes de alumínio.

ALCOA Química Mundial (ALCOA World Chemicals)

Alumínio atomizado, alumina e produtos químicos baseados em alumina para refratários, cerâmica, abrasivos, plásticos e polímeros e para tratamento de água.

ALCOA Redução de Alumina (Smelter Grade Alumina)

Estoque de alumina para a produção de alumínio e de produtos químicos baseados em alumínio.

Embalagens e produtos para consumidores (Packing and Consumer Products)

ALCOA Sistemas Internacionais de Invólucros (ALCOA Closure Systems International)

Garrafas plásticas, injeção e compressão de plásticos e alumínio e equipamentos de embalagem.

ALCOA embalagens flexíveis (ALCOA Flexible Packing)

Rolos de PVC e filmes de embalagem.


Lâminas de alumínio, chapas e folhas de alumínio para uso industrial.

ALCOA Máquinas de Embalagens (ALCOA Packing Machinery)

Equipamentos para decoração de latas de alumínio.

ALCOA Embalagens Rígidas (ALCOA Rigid Packing)

Plantas e chapas de alumínio para latas e reciclagem de alumínio.

Presto Rótulos de embalagens e produtos de embalagem.

Reynolds Foodservice Folhas, filmes, alumínio, sacolas e outros produtos de embalagem. Embalagens lisas e estampadas para brinquedos, comida e bebidas.


Aeroespacial (Aerospace)

ALCOA Produtos Aeroespaciais (ALCOA Enigineered Aerospace Products)

Barras, tubos, varas de alumínio e formas de alumínio para uso da indústria aeroespacial.




Rodas de alumínio forjadas para trens de pouso e estruturas encomendadas de alumínio para uso aeroespacial.


Gabinetes para motores de turbina.


Rebites, ferrolhos e trincos e artigos de fixação para a indústria aeroespacial.

Lingotes de alumínio (Aluminium Ingot)

ALCOA Metais Primários (ALCOA Primary Metals)

Alumínio primário para diversos mercados e aplicações.

ALCOA Produtos de Carbono (ALCOA Carbon Products)

Ferro, dióxido de Titânio, alumínio e anodos de carbono para uso interno.

Automotivo (Automotive)

ALCOA Engenharia de Automóveis (ALCOA Automotive Engineering)

Design e engenharia de suplementos de alumínio para automóveis.

ALCOA Fujikura Componentes elétricos e eletrônicos para automóveis.




Rodas, capas e outros acessórios de alumínio para automóveis.


Sistemas de alças e de presilhas de alumínio para automóveis.

Edificação e construção (Building and Construction)

ALCOA Arquitetura (ALCOA Architettura; Itália)

Portas e janelas comerciais.

ALCOA Bouw Groep Telhados, janelas, portas e estruturas de alumínio.

ALCOA Produtos para Construção (ALCOA Building Products)

Projetos e ligas de alumínio para construção.

ALCOA Infraestrutura Postes de iluminação, colunas e estruturas de alumínio.

ALCOA Produtos de Engenhos (Mill Products)

Lâminas de alumínio, chapas e folhas de alumínio para uso na construção civil.

Alumax Box para banheiro e portas de banho. Kawneer Sistemas e outros produtos de

arquitetura. Componentes industriais (Industrial Components)

ALCOA Produtos de Engenhos (Mill Products)



Rodas fundidas para trens de pouso e forjas encomendadas para usos industriais.


Forjas de alumínio para componentes de motores turbinados para uso industrial e forjas de grande escala estrutural.


Presilhas e alças de alta performance para usos industriais.



Anexo 2 Distribuição geográfica das unidades da ALCOA País/Continente Empresa Produtos Canadá/América do Norte e Central

ALCOA Fujikura Ltd. Componentes automotivos.

Aluminiere Lauralco Inc. Alumínio primário. Aluminiere de Bécancour Inc. Alumínio primário. Aluminiere de Baie-Corneau

Inc. Alumínio primário.

Canadian Reynolds Metals Company, Ltd.

Artigos de fixação como presilhas e alças de alumínio.

DBM Industries Ltd. Outros. Howmet Castings Artigos de fixação como

presilhas e alças de alumínio. Kawneer Company Canada

Ltd. Produtos de construção.

Costa Rica/América do Norte e Central

ALCOA CSI de Centro América S.A.

Invólucros e máquinas.

Jamaica/América do Norte ALCOA Minerals of Jamaica LLC

Alumina e mineração de bauxita.

México/América Central e do Norte

ALCOA CSI de México em Enseada S.A.


ALCOA CSI de México em Saltillo S.A.


ALCOA Fujikura Ltd. Componentes automotivos e produtos elétricos.

EUA/América do Norte e Central

ALCOA Latas de alumínio, alumínio primário, plantas e estruturas de alumínio.

ALCOA Automotive Componentes automotivos, engenharia automobilística e artigos de fixação como presilhas e alças de alumínio.

ALCOA Biulding Products Inc. Produtos de construção. ALCOA Closure Systems

International Invólucros e máquinas.

ALCOA Distribution and Industrial Products

Produção de alumínio, tubos e formas de alumínio.

ALCOA Extruded Aerospace Products

Produção de alumínio, tubos e formas de alumínio.

ALCOA Extruded Construction Products

Produção de alumínio, arquitetura, formas e plataformas de alumínio.

ALCOA Extruded Heat Exchanger Products

Produtos de alumínio que trocam calor.

ALCOA Fujikura Ltd. Engenharia automotiva. ALCOA Wheel and Forged

Products Rodas, plataformas e plantas de alumínio.

Alumax Foils Inc. Produtos de alumínio forjados. American Trim, LLC. Outros. B&C Research Inc. Componentes de automóveis

e plataformas de alumínio. Howmet Castings Forjas de alumínio para

componentes de motores turbinados para uso industrial e forjas de grande escala estrutural.


Kawneer Company Inc. Produtos para construção. Stolle Machinery Inc. Máquinas de embalagem. Teletech Company Inc. Outros. ALCOA Packing Machinery

Inc. Invólucros, máquinas para embalagens e outros.

ALCOA World Alumina LLC. Química e alumina. Alumax Mill Products Inc. Plantas, formas, folhas e

lâminas de alumínio. Digi Sys Corp. Outros. Eastalco Aluminium Company Alumínio primário. Min Tel Communications LLC Outros. Permatech, Inc. Outros. Quality Control Services Inc. Outros. Six R Communications LLC Outros. St. Croix Alumína LLC Alumina. T.I.C.S. Corporation Outros. Northwest Alloys Inc Outros. Norton-ALCOA Proppants Outros. Argentina/América do Sul Alusud Argentina S.A. Invólucros, máquinas e outros. Feroscar S.A. Industrial y

Comercial Tubos, plantas e folhas de alumínio.

Brasil/América do Sul AFL do Brasil Tubos, plantas e folhas de alumínio.

ALCOA Alumínio S.A. Invólucros, máquinas, produtos de construção, tubos, plataformas, formas de alumínio, alumina, química de alumínio, mineração de bauxita, produtos elétricos, alumínio primário, etc.

Comércio de Alumínio do Maranhão

Alumina e alumínio primário.

Mineração Rio do Norte S.A. Mineração de bauxita. Chile/América do Sul Alusud Embalajes Chile Ltda Invólucros e máquinas. Colômbia/América do Sul Alusud Emabaljes Colômbia

Ltda Invólucros, máquinas e outros.

Peru/América do Sul Alusud Peru S.A. Invólucros, máquinas e outros. Suriname/América do Sul Suriname Aluminium

Company LLC Mineração de bauxita, alumina e alumínio primário.

Venezuela/América do Sul ALCOA Fujikura Ltd Venezuela C.A.

Componentes automotivos, produtos elétricos.

Ruedas de Aluminio C.A. Alças e ferrolhos de alumínio. Bélgica/Europa ALCOA Fujikura Ltd. Outros. República Checa/Europa ALCOA Fujikura Ltd. Outros. França/Europa ALCOA França S.A. Plantas, folhas e formas de

alumínio ferrolhos e alças de alumínio para fixação e produtos de construção.

Kawneer France S.A. Produtos de construção. Alemanha/Europa ALCOA automotiva GmbH Engenharia e componentes

automotivos, alças e ferrolhos de alumínio para fixação e tubos de alumínio.

ALCOA Chemie GmbH Química de alumínio e de derivados.

ALCOA Deutshland GmbH Invólucros, máquinas e outros. ALCOA Extrusions Hannover

GmbH & Co, KG Tubos, formas, plantas e folhas de alumínio.

Kawneer Deutschland GmbH Produtos de construção.


Michels GmbH & Co. KG Componentes automotivos e produtos elétricos.

Stribel GmbH Componentes automotivos e produtos elétricos.

Hungria/Europa AFL Hungary Kft Componentes automotivos e produtos elétricos.

ALCOA - Köfém Kft Produtos de construção, tubos, plataformas e formas de alumínio.

ALCOA Wheel Products Europe Mfg & Trading LLC

Estruturas, rodas e acessórios de alumínio.

CSI Hungary Manufacturing and Trading LLC


Irlanda/Europa ALCOA Fujikura Ireland Limited

Componentes automotivos e produtos elétricos.

Itália/Europa ALCOA Italia S.A. Tubos, alumínio primário, plantas, plataformas e folhas de alumínio.

ALCOA Italia S.A. Automotive Structures

Componentes automotivos.

Reynolds Wheels S.A. Alças e ferrolhos de alumínio para fixação.

Países Baixos/Europa ALCOA Chemie Nederland BV Química de alumina e de derivados.

ALCOA Moerdijk BV Química de alumina e de derivados.

ALCOA Nederland BV Produtos de construção, auto componentes, tubos, plataformas, plantas e folhas de alumínio.

Alumax Extrusions BV Latas de alumínio e tubos. Noruega/Europa ALCOA Automotive Componentes automotivos de

alumínio. Elken Aluminium ANS Alumínio primário. Polônia/Europa Kawneer Polska S.A. Produtos de construção. Portugal/Europa ALCOA Fujikura Ltd Outros. Rússia/Europa ALCOA CSI Vostok Ltd Invólucros e máquinas. Espanha/Europa Alúminia Española S.A. Alumina, química de alumina e

alumínio primário. ALCOA Arquitetura SL Produtos de construção. ALCOA CSI España S.A. Invólucros e máquinas. ALCOA Inespal S.A. Alumínio primário, tubos, fios,

plantas, plataformas e folhas de alumínio.

ALCOA Navarra S.A. Tubos, plantas, folhas e estruturas de alumínio.

ALCOA Transformation S.A. Fios, plataformas, plantas e folhas de alumínio.

Extrusion de Aluminio S.A. Tubos, folhas, formas e plantas de alumínio.

Reino Unido/Europa AFL UK Ltd Componentes automotivos de alumínio e produtos elétricos.

ALCOA Extruded Products UK Limited

Tubos, folhas, plantas e plataformas de alumínio.

ALCOA Manufacturing GB Limited

Plataformas e plantas de alumínio.

ALCOA Systems UK Limited Produtos de construção. Howmet castings Cerâmicas, núcleos de

cerâmica, alças e ferrolhos de


alumínio para fixação. Kawneer UK Limited Produtos de construção. Bahrain/Ásia Gulf Closures WLL Invólucros e máquinas. China/Ásia ALCOA Aluminium Products

Co., Ltd. Produtos forjados de alumínio.

ALCOA Closure Systems International Co., Ltd.


Qingdao ALCOA Co., Ltd. Química de alumina e derivados.

Yunnam Xinmeliu Aluminum Foil Co., Ltd.

Produtos forjados de alumínio.

Índia/Ásia ALCOA-ACC Industrial Chemicals Limited

Química de alumina e derivados.

Japão/Ásia ALCOA Kasei Limited Química de alumina e derivados.

ALCOA Wheel Products Japan Ltd.

Outros.

Howmet Castings Alças e ferrolhos de alumínio para fixação.

KSL ALCOA Aluminum Company Ltd.

Plantas, plataformas, folhas e formas de alumínio.

Moraico Limited Química de alumina e derivados.

Shibazaki Seisakusho Limited Invólucros e máquinas. Filipinas/Ásia ALCOA Closure Systems

International Invólucros e máquinas.

Singapura/Ásia ACAP Singapore Pte Ltd. Química de alumina e derivados.

Guiné/África Halco Inc. Mineração de bauxita. Marrocos/África Kawneer Maroc S.A. Produtos de construção. Austrália/Oceania ALCOA World Alumina -

Australia Mineração de bauxita, alumina, química de alumina e plataformas e plantas de alumínio e alumínio primário.

Australian Fused Materials Pty Limited

Química de alumina e alumínio primário.

Kaal Australia Pty Limited Plantas e plataformas e latas de alumínio.



Anexo 3 Distribuição geográfica das plantas da ALCAN País/Continente Produtos Canadá/América do Norte e Central Alumínio primário. Refino de alumina e química. Geração de energia. Chapas e formas de alumínio. Cabos. Componentes e sistemas automotivos. Embalagens para alimentos. Embalagens para cigarros. Embalagens para produtos farmacêuticos e

cosméticos. Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. EUA/América do Norte e Central Alumínio primário. Chapas e formas de alumínio. Reciclagem. Cabos. Compostos. Embalagens para alimentos. Embalagens para cigarros. Embalagens para produtos farmacêuticos e


pesquisa e desenvolvimento. Bermudas/América do Norte e Central Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. Porto Rico/América do Norte Embalagens para produtos farmacêuticos e

cosméticos. Brasil/América do Sul Aratu (BA) Alumínio primário. Cubatão (SP) Alumínio primário. Diadema (SP) Embalagens para produtos farmacêuticos e

cosméticos. Mauá (SP) Embalagens para alimentos. Ouro Preto (MG) Mineração de bauxita. Refino de alumina. Alumínio primário. Geração de energia. Pindamonhagaba (SP) Chapas e formas de alumínio. Reciclagem. Porto Trombetas (MRN/PA) Mineração de bauxita. Santo André (SP) Chapas e formas de alumínio. São Luiz (MA) Refino de alumina. São Paulo (SP) Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. Alemanha/Europa Chapas e formas de alumínio. Reciclagem. Compostos. Componentes e sistemas automotivos. Embalagens para alimentos. Embalagens para cigarros. Embalagens para produtos farmacêuticos e



pesquisa e desenvolvimento. Áustria/Europa Outros produtos. Bélgica/Europa Outros produtos. Dinamarca/Europa Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. Eslovênia/Europa Componentes e sistemas automotivos. Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. Espanha/Europa Outros produtos. Embalagens para alimentos. Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. Finlândia/Europa Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. França/Europa Produtos extrudados. Outros produtos. Embalagens para alimentos. Embalagens para produtos farmacêuticos e


pesquisa e desenvolvimento. Hungria/Europa Outros produtos. Irlanda/Europa Embalagens para alimentos. Islândia/Europa Alumínio primário. Itália/Europa Chapas e formas de alumínio. Reciclagem. Produtos extrudados. Compostos. Outros produtos. Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. Noruega/Europa Alumínio primário. Países Baixos/Europa Alumínio primário. Outros produtos. Embalagens para alimentos. Embalagens para cigarros. Embalagens para produtos farmacêuticos e


pesquisa e desenvolvimento. Portugal/Europa Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. Polônia/Europa Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. Reino Unido/Europa Refino de alumina. Alumínio primário. Geração de energia. Chapas e formas de alumínio. Reciclagem. Compostos. Embalagens para alimentos. Embalagens para cigarros. Embalagens para produtos farmacêuticos e


pesquisa e desenvolvimento.


República Checa Produtos extrudados. Rússia/Europa Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. Suécia/Europa Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. Suíça/Europa Alumínio primário. Chapas e formas de alumínio. Reciclagem. Produtos extrudados. Compostos. Componentes e sistemas automotivos. Outros produtos. Embalagens para alimentos. Embalagens para produtos farmacêuticos e

cosméticos. Turquia/Europa Embalagens para cigarros. China/Ásia Produtos extrudados. Compostos. Embalagens para produtos farmacêuticos e


pesquisa e desenvolvimento. Coréia do Sul/Ásia Chapas e formas de alumínio. Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. Japão/Ásia Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. Kazaquistão/Ásia Embalagens para cigarros. Malásia/Ásia Chapas e formas de alumínio. Produtos extrudados. Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. Singapura/Ásia Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. Tailândia/Ásia Chapas e formas de alumínio. Produtos extrudados. Escritórios comerciais e/ou oficinas de

pesquisa e desenvolvimento. Gana/África Mineração de bauxita. Guiné/África Mineração de bauxita. Austrália/Oceania Mineração de bauxita. Refino de alumina.

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: www.alcan.com


Anexo 4 Distribuição das unidades de produção dos grupos que pertencem ou que possuem participação acionária - ALCOA e ALCAN - no Brasil nos segmentos da cadeia do alumínio A cadeia do alumínio divide-se em 4 segmentos de atividades: extração de bauxita (minas), produção de alumina (refinaria), produção de alumínio primário (usina) e transformados de alumina, produtos de alumínio e plásticos, além dos semi-elaborados, os quais não são considerados propriamente como um quinto segmento da cadeia, mas que contribuem no fornecimento de insumos.8 Considerando somente as 27 unidades de produção dos grupos ALCOA e ALCAN, no Brasil, essas atividades encontram-se distribuídas geograficamente conforme segue:9

Extração de bauxita (minas): Município Empresa Grupo(s) Oriximiná (Porto Trombetas)/PA Mineração Rio do Norte ALCOA + ALCAN

+ outros Ouro Preto/MG ALCAN Alumínio do Brasil

S.A. (*) ALCAN

Poços de Caldas/MG Cia Geral de Minas ALCOA (*) Empresa integrada com extração de bauxita, produção de alumina e alumínio primário.

Produção de alumina (refinaria):

Município Empresa Grupo(s)

Poços de Caldas/MG ALCOA Alumínio S.A. (*) ALCOA São Luís/MA Consórcio Alumínio do Maranhão –

Alumar (*) ALCOA + ALCAN

Ouro Preto/MG ALCAN Alumínio do Brasil S.A. (**) ALCAN (*) Empresa integrada, com produção de alumina e alumínio primário. (**) Empresa integrada com extração de bauxita, produção de alumina e alumínio primário.

Produção de alumínio primário (usina)

Município Empresa Grupo(s) Poços de Caldas/MG ALCOA Alumínio S.A. (*) ALCOA São Luís/MA Consórcio Alumínio do Maranhão –

Alumar (*) ALCOA

Candeias (Aratu)/BA ALCAN Alumínio do Brasil Ltda. ALCAN Cubatão/SP ALCAN Alumínio do Brasil Ltda. ALCAN Ouro Preto/MG ALCAN Alumínio do Brasil Ltda. (**) ALCAN (*) Empresa integrada, com produção de alumina e alumínio primário. (**) Empresa integrada com extração de bauxita, produção de alumina e alumínio primário.

8 De acordo com a estruturação dos grupos empresariais abordados, e em virtude da não identificação exata do insumo utilizado na produção em várias unidades (plásticos ou alumínio), esta classificação pode conter pequenas imperfeições. 9 Note-se que muitas empresas são integradas, participando simultaneamente de processos de produção em mais de um segmento da cadeia e por isso são mencionadas em todos eles, tantas vezes quanto necessário.


Transformados de alumínio e plásticos: Município Empresa Grupo(s) Itajubá/MG AFL do Brasil Ltda. ALCOA Itapissuma/PE ALCOA Alumínio S.A. ALCOA Queimados/RJ ALCOA Alumínio S.A. ALCOA Lages/SC ALCOA Alumínio S.A. ALCOA Tubarão/SC ALCOA Alumínio S.A. ALCOA Alphaville/SP ALCOA Alumínio S.A. ALCOA Santo André/SP ALCOA Alumínio S.A. ALCOA São Caetano do Sul/SP ALCOA Alumínio S.A. ALCOA Sorocaba/SP ALCOA Alumínio S.A. ALCOA Itaipava ALCOA Alumínio S.A. ALCOA Cotia/SP ALCOA Alumínio S.A. ALCOA Rio de Janeiro/RJ ALCOA Fios e Cabos Elétricos S.A. ALCOA Macesa Embalagens Plásticas S.A. ALCOA Tamboré Embalagens ALCOA Pindamonhangaba/SP ALCAN Alumínio do Brasil Ltda. ALCAN Mauá/SP ALCAN Alumínio do Brasil Ltda. ALCAN Santo André/SP ALCAN Alumínio do Brasil Ltda. ALCAN Diadema/SP ALCAN Alumínio do Brasil Ltda. ALCAN Semi-elaborados(*) Município Empresa Grupo(s) Salto/SP ALCOA Alumínio S.A. ALCOA (*) Insumos utilizados na divisão química Outras(*)

Município Empresa Grupo(s) Rio de Janeiro/RJ ALCOA Alumínio S.A. ALCOA

(*) Tipo de produto não identificado, impossibilitando que essa unidade seja alocada de acordo com a classificação mencionada anteriormente.

Anexo 5 - Quadro sindical- setor de alumínio. Empresas ALCOA e ALCAN. Brasil. 2002

Grupos e empresas – localização N. de trabalhadores

Entidade sindical(1) Abrangência (1)

Data-base Nº de trab. base

sindicato

(%) sindicalização

geral

Nº trab. na empresa


na empresa

Salário médio mensal -

empresa R$)

Central Sindical

ALCOA

ALCOA Alumínio S.A. - Poços de Caldas/MG 990 STI Metalúrgicas S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I Força Sindical

ALCOA Alumínio S.A. - Itapissuma/PE 600 STI Metal. Mec. E Mat. Elétrico Estadual Setembro 18.000 80,6 600 21,7 450,00 CUT

ALCOA Alumínio S.A. - Queimados/RJ S/I STI Químicas S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I

ALCOA Alumínio S.A. - Lages/SC S/I STI Químicas S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I

ALCOA Alumínio S.A. - Tubarão/SC S/I STI Metalúrgicas S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I

ALCOA Alumínio S.A. - Alphaville/SP 220 STI Químicas, Farm. Plást., etc. Intermunicipal Novembro 14.025 21,7 220 7,3 830,00 CUT

ALCOA Alumínio S.A. - São Caetano do Sul/SP S/I STI Metalúrgicas Municipal S/I S/I S/I S/I S/I S/I Força Sindical

ALCOA Alumínio S.A. (2) – Sorocaba/SP 420 STI Metalúrgicas, Mecânicas e de Mat. Elétrico

Intermunicipal Novembro 18.820 48,2 420 44,5 600,00 CUT

ALCOA Alumínio S.A. - Itaipava/SP S/I STI Metalúrgicas S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I

ALCOA Alumínio S.A. - Salto/SP 243 STI Abrasivos, Química, Farmacêutica

Intermunicipal Novembro 3.700 29,7 207 89,9 600,00 Independente

ALCOA Alumínio S.A. - Cotia/SP S/I STI Metalúrgicas Intermunicipal S/I S/I S/I S/I S/I S/I Força Sindical

ALCOA Alumínio S.A. - Santo André/SP 400 STI Metalúrgicas Intermunicipal S/I S/I S/I S/I S/I S/I Força Sindical

ALCOA Alumínio S.A. - Rio de Janeiro/RJ S/I STI Metalúrgicas Intermunicipal Outubro 55.000 32,5 S/I S/I S/I CUT

Sub-total ALCOA Alumínio S.A. 7.469

ALCOA Fios e Cabos Elétricos S.A. 383 STI Metalúrgicas S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I

AFL do Brasil LTDA - Itajubá/MG 890 STI Metalúrgicas Intermunicipal Outubro 6.224 30,2 S/I S/I S/I CUT

Companhia Geral de Minas - Poços de Caldas/MG 20 STI Extração S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I Força Sindical

Macesa Embalagens Plásticas S.A. 46 STI Químicas S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I

Tamboré Embalagens S.A. 19 S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I

Total - Empresas ALCOA ou c/ participação 8.827


Grupos e empresas - localização N. de

trabalhadores Entidade sindical(1) Abrangência

(1) Data-base Nº de trab.

base sindicato


geral

Nº trab. na empresa


na empresa

Salário médio mensal -

empresa R$)

Central Sindical

ALCAN

ALCAN Alumínio do Brasil LTDA (3) - Candeias (Aratu)/BA

570 STI Metalúrgicas Intermunicipal Setembro 12.000 47,3 570 50,0 1.000,00 CUT

ALCAN Alumínio do Brasil LTDA - Ouro Preto/MG 673 STI Metalúrgicas, Mecânicas e de Mat.

Elétrico

Intermunicipal Outubro 1.157 64,6 673 52,2 600,00 CUT

ALCAN Alumínio do Brasil LTDA - Pindamonhagaba/SP S/I STI Metalúrgicas Intermunicipal Novembro 4.295 52,8 S/I S/I S/I CUT

ALCAN Alumínio do Brasil LTDA - Mauá/SP S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I

ALCAN Alumínio do Brasil LTDA - Santo André/SP 350 STI Metalúrgicas Intermunicipal S/I S/I S/I S/I S/I S/I Força Sindical

ALCAN Alumínio do Brasil LTDA - Cubatão/SP S/I STI Metalúrgicas Intermunicipal S/I S/I S/I S/I S/I S/I Força Sindical

ALCAN Alumínio do Brasil LTDA - Diadema/SP S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I S/I

Total - Empresas ALCAN ou c/ participação 1.593

OUTRAS (4)

Consórcio Alumínio do Maranhão (ALUMAR) - São Luís/MA (5)

S/I STI Metalúrgicas Municipal Março 1.800 54,3 S/I S/I S/I CUT

Mineração Rio do Norte (MRN) - Oriximiná (Porto Trombetas)/PA (6)

980 STI Ext. Miner. Não Ferrosos

Municipal Maio 963 77,9 963 S/I S/I CUT

S/I = Sem informação ou informação solicitada e ainda não recebida

(1) A referência completa ao nome do sindicato, bem como às cidades de abrangência, encontram-se no cadastro de entidades sindicais.

(2) Conforme informação do sindicato, seriam duas unidades na mesma planta produtiva e não apenas uma, segundo expressam os dados da empresa.

(3) O nº de trabalhadores inclui: 200 funcionários terceirizados + 370 funcionários diretos, todos representados pelo sindicato.

(4) Empresas com participação acionária de ambos os grupos, ALCOA e ALCAN.

(5) Esta empresa possui participação acionária da ALCOA (alumínio primário e alumina) e da ALCAN (alumina). Obteve-se informações parciais apenas da categoria metalúrgica.

(6) Esta empresa possui participação acionárias da ALCOA e da ALCAN, além de outras empresas.

Fontes: Gazeta Mercantil, 2002.

Revista Exame, Maiores e Melhores, julho de 2002.

Relatórios de Divulgação das Empresas, Agosto de 2002.

Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM)/Sub-seção Dieese, agosto de 2002.

Confederação Nacional dos Químicos (CNQ), Agosto de 2002.

Sistema de Cadastro, CUT Nacional, agosto de 2002.

Sindicatos de trabalhadores, agosto de 2002.

PERFIL DE EMPRESA ALCOA E ALCAN O Observatório Social elabora, através de seus estudos:

Perfil da Empresa: Relatório que procura caracterizar a empresa em relação a sua participação no mercado e na cadeia produtiva, detalhando as unidades que compõe a empresa, informações sindicais, o número de trabalhadores e que produtos são feitos em cada unidade. A fonte de pesquisa baseia-se principalmente em dados secundários, coletados através de relatórios da empresa, declarações do sindicato, órgãos públicos e imprensa.

Mapa da Empresa

Relatório sobre o comportamento sócio-trabalhista de uma empresa, produzido a partir de fontes de dados secundários, do perfil da empresa e através de informações coletadas diretamente com os sindicatos que atuam na base das unidades observadas. Visa caracterizar a empresa, suas atividades produtivas e econômicas, bem como apresentar um quadro indicativo de possíveis problemas em relação aos direitos fundamentais do trabalho e ao meio ambiente.

Relatório Geral de Observação Relatório produzido a partir de dados secundários, de levantamento de dados e observação direta na empresa, com participação dos sindicatos e trabalhadores de cada unidade analisada. O relatório apresenta detalhadamente os dados da observação. Visa avaliar o cumprimento dos direitos fundamentais do trabalho, por cada unidade da empresa observada, tendo como referência as Convenções da OIT que tratam dos temas liberdade sindical, negociação coletiva, trabalho forçado, trabalho infantil, discriminação de gênero e raça, saúde e segurança. Se propõe ainda a avaliar o comportamento da empresa em relação ao meio ambiente, através de indicadores fundamentados em parâmetros nacionais e internacionais.

Relatório Executivo de Observação Relatório produzido a partir do Relatório Geral de Observação, ressaltando de forma mais sintética a avaliação do cumprimento dos direitos fundamentais do trabalho e meio ambiente, bem como os principais dados encontrados em relação aos temas liberdade sindical, negociação coletiva, trabalho forçado, trabalho infantil, discriminação de gênero e raça, saúde e segurança e meio ambiente.

INSTITUTO OBSERVATÓRIO SOCIAL CONSELHO DIRETOR CUT - SRI - OIT - Kjeld A. Jakobsen (Presidente) CUT - INST - Rita de Cássia Evaristo CUT - SNF - Altemir Antônio Tortelli CUT - SPS - Pascoal Carneiro CUT - SNO - Rafael Freire Neto CUT - CNMT - Maria Ednalva B. de Lima CUT - CIOSL - José Olívio M. de Oliveira CUT - Desep - Lúcia Regina dos S. Reis DIEESE - Wagner Firmino Santana e Mara Luzia Feltes UNITRABALHO - Francisco Mazzeu e Sidney Lianza CEDEC - Tullo Vigevani e Ronaldo Baltar Membros da Coordenação Geral COORDENAÇÃO GERAL Arthur Borges Filho - Coordenador Administrativo e Financeiro Clemente Ganz Lúcio - Coordenador Técnico Nacional Clóvis Scherer - Coordenador da Sede Sul José Olívio Miranda de Oliveira - Secretário Geral Adjunto da CIOSL Karina P. Mariano - Coordenadora da Sede SP Kjeld A. Jakobsen - Secretário de Relações Internacionais da CUT Brasil, representante

no Conselho de Administração da OIT e Presidente do Conselho Diretor Maria Ednalva B. de Lima - Coordenadora da CNMT/CUT Maria José Coelho - Coordenadora de Comunicação Odilon Luís Faccio - Coordenador de Desenvolvimento Institucional Pieter Sijbrandij - Coordenador de Projetos Rafael Freire Neto - Secretário Nacional de Organização da CUT Rogério Valle - Coordenador da Sede RJ Ronaldo Baltar - Coordenador do Sistema de Informação ELABORAÇÃO Carlos Augusto S. Gonçalves Jr. (coordenador) Adriana L. Lopes, Cleber de Melo Simões e Fernando Ribeiro. Apoio: Cleber de Melo Simões SETEMBRO DE 2002

SEDE DO OBSERVATÓRIO SOCIAL · A ALCOA Inc. é a principal produtora mundial de bauxita, alumina,...

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