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14ª SESSÃO SOLENE 14ª LEGISLATURA

1ª SESSÃO LEGISLATIVA Em 18 de agosto de 2005

ANAIS E ATA DA DÉCIMA QUARTA SESSÃO SOLENE, DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, REALIZADA ÀS VINTE HORAS DO DIA DEZOITO DE AGOSTO DE DOIS MIL E CINCO.

Presidentes: GILBERTO PENIDO TONINHO RAIMUNDO

COMPONENTES DA MESA: ROBERTO SIQUEIRA, AÍRTON TREVISAN, CLÉBER CERVIGIA, ANTÔNIO FRANCISCO BONACORSO DE DOMENICO, SEBASTIÃO SOARES, AGNELLO HERTON TRAMA, JOSÉ SÉRGIO IGLESIAS FILHO, PAULO REQUENA e HUMBERTO RAMALHO.

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIA (Maurício Siqueira) – Senhoras e senhores, boa noite. Neste momento, convidamos para adentrar o plenário o Presidente da Câmara Municipal de Guarulhos, o Vereador Gilberto Penido (palmas).

O SR. PRESIDENTE (Gilberto Penido) – Sessão Solene em comemoração ao Dia dos Maçons, realizada em 18 de agosto de 2005, para entrega de troféus de honra ao mérito.

Sob a proteção de Deus, declaro aberta a presente solenidade. Nomeio o Senhor Maurício Siqueira, jornalista e radialista desta Cidade, como mestre-de-cerimônias, para compor a Comissão de Protocolo (palmas).

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIA (Maurício Siqueira) – Excelentíssimo Senhor Presidente Gilberto Penido, dando início ao nosso trabalho, como Presidente da Comissão de Protocolo, tenho a imensa honra de convidar para adentrar o plenário o excelentíssimo Senhor Elói Pietá, digníssimo Prefeito Municipal, representado neste ato pelo ilustríssimo Senhor Roberto Siqueira, Secretário de Assuntos Legislativos do Governo Municipal (palmas); o excelentíssimo Senhor Doutor Aírton Trevisan, Presidente da OAB Guarulhos (palmas); o excelentíssimo Senhor Cléber Cervigia, Delegado do

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Grande Oriente Paulista (palmas); o excelentíssimo Senhor Antônio Francisco Bonacorso de Domenico, digníssimo Delegado e Coordenador do Grande Oriente de São Paulo (palmas); o ilustríssimo Senhor Doutor Sebastião Soares, representando a Grande Loja do Estado de São Paulo (palmas); o ilustríssimo Senhor Doutor Agnelo Erton Trama, representando o Grande Oriente Paulista (palmas); o ilustríssimo Senhor Doutor José Sérgio Iglesias Filho, representando o Grande Oriente do Brasil (palmas); o ilustríssimo Senhor Paulo Requena, digníssimo Presidente da Amareg, Associação dos Maçons (palmas); o ilustríssimo Senhor Humberto Ramalho, ex-Vereador, Diretor de Gabinete da Presidência e autor da lei que instituiu o Dia do Maçom em Guarulhos (palmas).

Composta a Mesa Presidencial, gostaríamos também de agradecer a presença das demais autoridades que nos prestigiam nesta solenidade, dos senhores Vereadores do Legislativo, Secretários do Executivo, convidados especiais, bem como da imprensa falada e escrita; de Toninho Raimundo, Vereador; Ricardo Rui, Vereador; Doutor José Carlos Maruoka, Vereador; Maestro Doutor Armando Colacioppo, Relações Diplomáticas da SOGE/FIG, representando nesta oportunidade tão significativa o Doutor Antônio Darci Panocchia, Diretor Geral da SOGE/FIG; Gabriel Silva, ex-Vereador, Loja Acácia; Tenente-Coronel da PM Vanderlei de Mello, Comandante do 5º GB, representado na oportunidade pelo PM Sérgio Rodrigues, Loja Akhenaton; Coronel-Aviador Mário Sérgio Greskow Martinhão, Comandante da Base Aérea de São Paulo, representado na oportunidade pela Aspirante Caroline Nicácio Bessa; Vereador Dudu, representado no momento por Renzi, seu assessor; Vereador Wagner Freitas, representado na oportunidade por Eliane Borja; Vereador Zappa, representado neste momento por Reinaldo Moura, seu assessor; Vereadora Luiza Cordeiro, representada por Rosa Mendroni, Chefe de Gabinete; Geraldo Jânio Vendramini, Secretário para Assuntos de Segurança Pública, representado por Ademir Siqueira, Chefe de Divisão; Deputado Estadual Paschoal Thomeu, representado na oportunidade por Sildevan Moraes, seu assessor; Donizete de Castilho, técnico da Infraero; Sérgio Matos, Diretor das Faculdades Toricelli de Guarulhos; João Dárcio Sacchi Filho, Presidente do Diretório Estadual do PTN, representado por Cláudia Nogueira Cavalcante; Bernardo Levino dos Santos, Gerente de Tecnologia da Informação; Durval de Oliveira, Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, representado por Cleber Servigia, Delegado da 8ª Região Maçônica; Waldir Antônio Lourenço, Diretor Comercial da Ziva Tecnologia; José Roberto Hatje, ex-Vereador e Gilberto Bianchini Pontes, Capitão do Exército Região Um, Loja Maçônica Gonçalves Ledo.

Guarulhos, 18 de agosto de 2005. Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Guarulhos.

Excelentíssimo Senhor, é com grande pesar que expresso perdão a esta Casa de Leis pelo não comparecimento à esta Sessão Solene em comemoração ao Dia do Maçom, que anonimamente realiza em todos os lugares da terra a filantropia e a filosofia para contribuir com o crescimento da nação humana. Oxalá, o dia em que todas as pessoas tiverem o espírito maçônico no coração, o nosso mundo será diferente.

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Desde já, agradeço pela atenção e aproveito para reiterar protestos da mais alta estima e distinta consideração.

Atenciosamente.

Wagner Freitas, Vereador”.

O SR. PRESIDENTE (Gilberto Penido) – Convidamos todos os presentes para, em pé, entoarem o Hino Nacional e o Hino a Guarulhos.

– Entoam-se o Hino Nacional Brasileiro e o Hino a Guarulhos.

O SR. PRESIDENTE (Gilberto Penido) – Convido a cantora Amanda Palandi, acompanhada pelo pianista André Luz, para fazer a apresentação da música Sozinho, de Caetano Veloso.

– É apresentado o número musical pela cantora Amanda Palandi, acompanhada pelo pianista André Luz.

– Palmas.

O SR. PRESIDENTE (Gilberto Penido) – Convido o Senhor Humberto Ramalho, digníssimo ex-Vereador e autor da propositura, para proceder à leitura do Decreto Legislativo nº 009/92, de 13 de agosto de 1992. E eu estava contigo na Casa.

O SR. HUMBERTO RAMALHO – Verdade. Boa noite a todos. Façamos à leitura:

“A Câmara Municipal de Guarulhos decreta:

Decreto Legislativo nº 009/92, dispõe sobre: Fica instituído, no Município de Guarulhos, as comemorações do Dia do Maçom.

Art. 1º – Fica instituído no Município de Guarulhos o Dia do Maçom, a ser comemorado anualmente, todo dia 20 de agosto;

Art. 2º – Os festejos comemorativos do Dia do Maçom serão organizados por uma comissão constituída por um representante da Prefeitura Municipal de Guarulhos indicado pelo Senhor Prefeito Municipal, um representante da Câmara Municipal de Guarulhos indicado pelo Senhor Presidente e um representante da Associação dos Maçons de Guarulhos;

Art. 3º – Os festejos serão realizados pela Câmara Municipal de Guarulhos;

Art. 4º – O Dia do Maçom fará parte integrante do calendário oficial das festividades de Guarulhos;

Art. 5º – As despesas decorrentes da execução do presente decreto correrão por conta de verbas próprias consignadas em orçamento e suplementadas se necessário;

Art. 6º – Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação;

Câmara Municipal de Guarulhos, 13 de agosto de 1992”.

Obrigado, Senhor Presidente (palmas).

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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Penido) – Convido o excelentíssimo Senhor Doutor José Carlos Maruoka, digníssimo Vereador desta Edilidade para fazer uso da palavra. Quero aqui também, neste momento, registrar a presença do Vereador Alan Neto.

O SR. DR. JOSÉ CARLOS MARUOKA – Primeiramente, boa noite a todos, boa noite a todas. Em primeiro lugar, quero cumprimentar a Mesa na figura do nosso Presidente Gilberto Penido. Faço um cumprimento também ao Executivo, na figura do nosso amigo Roberto Siqueira. Na presença também da Divinha, quero cumprimentar todos os funcionários desta Casa pela brilhante festa. Cumprimento todos os irmãos, cunhadas, sobrinhos, sobrinhas, convidados, quem esta presente a Sessão Solene ao Dia do Maçom. Cumprimento especial ao nosso irmão, o ex-Vereador Humberto Ramalho, que teve a felicidade de propor o Projeto de Lei dispondo sobre o Dia do Maçom.

A maçonaria sempre esteve presente nos acontecimentos da nossa Nação, desde a Proclamação da República, da Independência, e outros fatos marcantes do nosso País. Entre os irmãos ilustres, devemos citar o nome de D.Pedro I, José Bonifácio, Marechal Deodoro da Fonseca. Em sete de setembro de 1967, um grupo de irmãos que residiam aqui em Guarulhos e freqüentavam as lojas em São Paulo, resolveram fundar a primeira loja no nosso Município, e a primeira loja maçônica que é a Conselheiro Crispiniano, onde faço uma homenagem ao nosso amigo Moura. A partir dessas, foram criadas outras lojas aqui na Cidade de Guarulhos, como a Acácia, a Gonçalves Ledos e outras que mostram a pujança da Cidade de Guarulhos. A maçonaria sempre se primou pela qualidade, por ser um exemplo, um líder na sociedade, no seu local de trabalho, na sua família. Na maçonaria ele vem somar com os demais irmãos para formar uma forte coluna. Cumprimento o Senhor Presidente desta Casa, Gilberto Penido, pela Sessão Solene, proporcionando não só a divulgação do Dia do Maçom, mas também o congraçamento de todos os irmãos presentes nesta noite festiva. Estendo meus cumprimentos também a todos os irmãos presentes, veneráveis, agradeço a presença de todos. Rogamos ao Grande Arquiteto do Universo que os ilumine e os abençoe para sempre. Eu queria só, como temos muitos convidados, presidente, gostaria de fazer só uma lembrança, por que estamos comemorando o dia 20 de agosto o Dia do Maçom? Porque no dia 20 de agosto de 1822, um grupo de maçons, liderado por José Bonifácio, discutiu a Proclamação da República, mas o nosso irmão D.Pedro I estava aqui em São Paulo, então foi enviado um mensageiro, que conseguiu se comunicar com D.Pedro I no dia sete de setembro. Então, para nós o Brasil é considerado uma nação livre a partir do dia 20 de agosto. Por isso, estamos comemorando hoje o Dia do Maçom, no Brasil, no dia 20 de agosto. Muito obrigado. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Gilberto Penido) – Convido o Excelentíssimo Senhor Doutor Ricardo Rui, Digníssimo Vereador desta Edilidade, para fazer o uso da palavra.

O SR. DR. RICARDO RUI – Senhor Presidente, Gilberto Penido, em nome de quem cumprimento toda a Mesa, representantes de

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diversas potências, representante do Executivo, Roberto Siqueira, representando a OAB Guarulhos, o Doutor Airton Trevisan. Quero cumprimentar o colega, autor da propositura, público presente, autoridades presentes, queridos irmãos, cunhadas e familiares. Escrevemos aqui um pequeno artigo da presença da maçonaria no momento brasileiro. No princípio da minha vida estudantil, desde a minha infância, aprendi com as minhas professoras a amar a minha pátria, reconhecer e reverenciar aqueles que construíram e os que têm dado contribuições ao crescimento da nação brasileira. Desde a minha adolescência, eu aprendi a orgulhar-me do meu País e da minha gente. E adulto, tento transmitir aos meus filhos o que ensinaram os meus professores: amar a minha pátria, a minha gente, cultuar a memória daqueles que construíram a nação brasileira e a orgulhar-me de ser brasileiro. O momento histórico em que vivemos se caracteriza pela perda dos valores fundamentais do homem, condenando ao esquecimento um passado grandioso, descuidando do culto aos fatores da nacionalidade, renegando os valores que alicerçam o sentir nacional, fizeram esmaecer os quadros vivos que a memória materializava e transportava para as salas de aula, para as solenidades cívicas hoje, por sinal, raríssimas onde podíamos utilizar todo o amor que sentimos pela nossa pátria. Cada vez mais existe uma descrença dos cidadãos em suas instituições como partidos políticos, poderes constituídos, Legislativo, Executivo e Judiciário, bancos, sindicatos, sistema educacional, associações de classes. Perdeu-se a ética, a moral, rompeu-se o silêncio. Diariamente somos confrontados com novos tipos de ignorância, de preconceitos e de erros. Uma vez mais somos chamados a responder ao apelo das transformações profundas, e sem paralelo no passado, uma vez mais basta vontade política para fazer, mudar, impedir a opressão e a corrupção, venha de onde vier, alterar os rumos e tornar a família brasileira mais feliz, mais protegida, mais forte e mais digna de viver. Daí porque em momentos como esse em que o ser humano está aviltado, o ódio campeia, a corrente da solidariedade se arrebenta, os laços deixam de existir, somente instituições como a maçonaria poderão contribuir, e muito, para manter acesa a chama da fé e da esperança em dias melhores. O trabalho da ordem maçônica, trabalho gigantesco por sinal, poderá ser o farol, o sinalizador no mar bravio e tempestuoso dos tempos que estão para vir. Cabe à maçonaria a tarefa, que sempre lhe pertenceu e não esmorecer e tomar a frente de tudo, porque ela, a maçonaria, está em toda parte. Seu grito, seu alerta, seu trabalho serão o grande bastão que está faltando. Não devem os maçons esperar que os outros mandem ou façam.

A maçonaria, que é uma instituição universal e multimilenar, que congrega homens sábios e virtuosos, em que os seus membros, irmãos fraternais, não só guardam em si laços de profunda amizade, estima, confiança e solidariedade, mas também, minhas senhoras e meus senhores, a maçonaria e seus membros, desde os primeiros tempos, jamais se furtaram de participar dos grandes eventos humanos que transformam as sociedades, desenhando-lhes nova conformação, de acordo com seus princípios fundamentais. A ordem maçônica, como disse, teve sempre participação ativa e jamais compactuou

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com a injustiça, o preconceito e o privilégio. A maçonaria opõe-se a qualquer distinção, discriminação por origem, raça, credo ou nacionalidade, ou qualquer outra natureza, demarcando com precisão sua vocação ecumênica e democrática.

Nomes de expressão da História do Brasil marcaram sua presença na política brasileira, literatura, artes, teatro e em todas as suas atividades. É preciso, e sem dúvida alguma, que cabe à maçonaria sair da letargia em que está a nossa sociedade, extirpar o cancro que corrói o homem e fazê-lo voltar às suas verdadeiras origens de contribuir para a construção de um mundo melhor. Cabe à maçonaria não vacilar neste momento, não dormir sobre os louros do passado nem se deixar dominar pela vaidade ou inebriar-se pelo efêmero poder. Mas também é preciso que o maçom nos dias atuais, adotando uma determinada corrente de pensamento político, não se limite apenas ao discurso, mas que pratique adequadamente suas idéias na sociedade. Não pode ser omisso quando as denúncias sucessivas, desmandos escandalosos desvios do poder são deixados ao esquecimento, quando o poder se agiganta nas mãos de maus políticos que escarnecem do povo brasileiro, povo indefeso, mas incapaz nunca. Parece que nós, maçons, fomos perdendo a capacidade de nos indignarmos contra os atos que agridem violentamente o tripé sublime que dá equilíbrio à vida e à sociedade, permitindo ao homem viver com dignidade, ou seja, liberdade, igualdade e fraternidade. Parece que nós, maçons, estamos nos omitindo diante de fatos os mais sólidos, os mais graves, os mais imorais, que se pratica contra a nação brasileira. Os nossos governantes, protegidos pela impunidade que eles impuseram a si, cometem os mais ignóbeis crimes contra a nação e, nós nos silenciamos, como se não fôssemos brasileiros, como se não fôssemos maçons, homens livres e de bons costumes.

Aqui lembramos a cada um de nós que temos responsabilidade, que temos deveres, que somos legatários dos exemplos de homens que forneceram seu sangue nos deveres de construir a nação brasileira e o orgulho nacional. É preciso luta contra as demagogias das campanhas governamentais, embasadas na esmola, campanhas que mantêm o estado de dependência, em vez de lutar para crescer e bastar-se a si mesmo, sem depender da esmola humilhante que o faz dependente, subserviente e que o despe de sua dignidade, que o faz rastejar diante de qualquer um que lhe ofereça um mísero pedaço de pão. Há que lembramos que a exemplo de nossos antepassados, temos que quebrar os grilhões que nos atrelam à miséria, à fome e às doenças. É tempo de esperança no amanhã. Não ter de ajoelhar-se, humilhados diante da grande máquina estatal.

Eu me permito fazer aqui um desafio aos maçons presentes na expectativa de que um dia produza resultados. Eu desafio a que não deixemos que tudo o que foi e será dito aqui, vá descansar no arquivo morto desta Casa e da nossa memória. Desafio a fazer com que a maçonaria recomece a construir o futuro, em vez de continuar a viver das glórias do passado. Que Deus, o Grande Arquiteto do Universo, nos dê, a nós, maçons, a

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força e a coragem necessárias para que abandonemos o estado de letargia a que nos relegamos e partamos para a ação, para a luta. Eu desafio a fazer com que a maçonaria volte a produzir novos e verdadeiros líderes, e mais o que necessário for para a grandeza do Brasil, porque a maçonaria ideal é aquela formada por indivíduos que dividam, que pensam, que ajam, sem medo pelo que pensam, porque confiam em si próprios, e, sabem que tem chances reais de mudar ou criar algo que beneficiará a todos. Eu desafio a fazermos um pacto, um juramento de que, a partir deste momento caminharemos para a ação e que o bater dos malhetes sirva para despertar a nossa consciência de cidadãos e, sobretudo, de maçons comprometidos com a construção do futuro da nacionalidade brasileira. Se nos unirmos, se lutarmos fraternalmente como irmãos que amam sua pátria, o seu chão, os seus valores, as suas tradições, haveremos de reduzir ao máximo, não só as desigualdades que nos humilham, haveremos de chegar a um dia em que a fome e a miséria que aniquila o nosso povo sejam exterminadas e a violência, o analfabetismo, a corrupção, não serão nada mais do que um passado distante, quando os que vierem depois de nós, de nós se orgulharão. As gerações futuras hão de orgulhar-se de nós por havermos lançado à luta, nos dispormos a enfrentar e romper todas as barreiras que nos separam do desenvolvimento e usarmos as nossas forças para impedirmos que certos brasileiros continuem a abusar do poder, que lhe é erradamente outorgado, por um povo que, tão amesquinhado, não sabe nem ao menos escolher seus governantes. Por estarmos presentes em cada um dos organismos do governo, onde possamos realizar o sonho que acalanta cada brasileiro, de ter um mínimo para viver com dignidade. Por estarmos em cada escola, para ensinarmos ou exigir que seja ensinado o que existe de mais elevado em termos de brasilidade. Por estamos em cada entidade em que o homem brasileiro se associa, para levá-los todos a caminhar no rumo do direito, da justiça e da verdade. As gerações futuras hão de orgulhar-se de nós, por não abaixarmos nossas cabeças, que nunca se abaixaram, e continuarmos a olhar para o amanhã grandioso que, se quisermos, nos espera. As gerações futuras hão de orgulhar-se de nós por estarmos em cada tribuna, gritando bem alto o nosso ideal que é o ideal da humanidade: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Muito obrigado. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE – Convido o Excelentíssimo Senhor Toninho Raimundo, Digníssimo Vereador desta Edilidade, para fazer o uso da palavra.

O SR. TONINHO RAIMUNDO – Exmo. Senhor Presidente desta Casa de Leis, Senhor Gilberto Penido, nobres pares, Ilustríssimo Senhor Roberto Siqueira, Digníssimo Secretário de Assuntos Legislativos, neste ato representando sua Excelência o Senhor Prefeito Municipal Elói Pietá, autoridades maçônicas, querido irmão Airton Trevisan, Presidente da Ordem dos Advogados, Seção de Guarulhos, querido irmão Paulo Requena, Presidente da Amareg, amados irmãos, cunhadas, sobrinhas e sobrinhos, queridos e amados convidados, o salmo 133 assim preceitua:

Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Aarão, e

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desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião. Ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.

Quando Davi falou “Oh! Quão bom e agradável vivermos os irmãos em união!” deixou claro a importância da Liberdade, Igualdade e Fraternidade de todos os povos, pois membros das mais diversas aldeias, rumavam aos templos de Jerusalém para rezar, e Jerusalém por sua vez, acolhia a todos, independentemente de sua origem.

Pois, bem, estamos aqui, hoje, reunidos nesta belíssima noite, para realizarmos a Sessão Solene em comemoração ao Dia do Maçom. Assim, não podemos falar do Maçom, antes de fazermos um esboço histórico da Maçonaria. A origem da Maçonaria se perde na origem da história ocidental. O grande marco conhecido, que formatou a Maçonaria como ela é hoje foi o humanismo Francês. Nos primórdios da humanidade o conhecimento era restrito a grupos de pessoas que dominavam as artes, as técnicas construtivas, a escrita, as leis humanas e divinas. Estas pessoas, com o intuito de aprimorar e compartilhar seus conhecimentos, se agrupavam em torno de corporações voltadas para a arte da construção. Alias o termo maçom é uma palavra que significa pedreiro. A partir do iluminismo Francês e em contraponto ao obscurantismo da Idade Média, com o objetivo de manter vivo e efervescente o conhecimento, os filósofos e pensadores se aproveitaram das corporações de construtores para criar o que denominaram de Maçonaria Especulativa. Deixaram, então, de ser os construtores de obras, passando a ser construtores de homens e, por conseguinte, da humanidade.

Destarte, podemos afirmar que, decorridas centenas de anos, a Maçonaria continua o mesmo maravilhoso instrumento destinado a impulsionar, com segurança e regularidade, à evolução de cada época da história humana. Até porque, atua junto à lei moral e social guiando o pensamento do homem dentro da realidade de sua era. Assim, a Sublime Ordem não mede esforços no sentido de instruir o homem, observando-se a ciência exata, a moral, a política, a economia social, os direitos dos povos e os direitos individuais, pois entende que a tirania só se torna possível pela ignorância das massas que a suportam.

Desta forma, podemos afirmar que ser Maçom é, antes de mais nada, amar a Deus, à Pátria, à Família e à Humanidade; é praticar a beneficência de modo discreto sem humilhar; é defender os direitos e as garantias individuais; é praticar a solidariedade maçônica nas causas justas fortalecendo os laços de fraternidade; é considerar o trabalho lícito e digno como dever do homem; é exigir de seus membros boa reputação moral, cívica, social e familiar, pugnando pelo aperfeiçoamento dos costumes; é exigir tolerância para com toda forma de manifestação de consciência, de religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam os de conquistar a verdade, a moral, a paz e o bem social; é lutar pelo princípio da equidade, dando a cada um o que for justo de acordo com sua capacidade, obras e méritos e combater ao fanatismo, às paixões, ao obscurantismo e aos vícios.

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Ser Maçom é buscar constantemente a verdade na sua forma direta e objetiva sem paixões políticas, religiosas ou pré-concebidas. É à busca do homem em si mesmo, observando-se os princípios da liberdade, igualdade e fraternidade, objetivando-se a evolução da humanidade. Importante se faz afirmar que o elo que liga os Maçons não é apenas o de uma amizade pura e dedicada, mas também resulta da identidade de suas aspirações no sentido de se combater de forma ferrenha toda a opressão ao livre pensamento.

Desta forma, com o meu coração transbordando alegria, desejo a todos os Maçons que sempre se mantenham dignos de apor os três pontinhos ao firmar um documento e que jamais afastem de suas mentes os preceitos desta Sublime Ordem a qual pertencemos. Que DEUS a todos ilumine e guarde. Obrigado, Senhor Presidente.

– Palmas.

O SR. PRESIDENTE (Gilberto Penido) – Convido o ilustríssimo Senhor Doutor Sebastião Soares para fazer uso da palavra em nome da Grande Loja do Estado de São Paulo.

O SR. SEBASTIÃO SOARES – Senhor Presidente Gilberto Penido, em nome de V.Exa. cumprimento a Mesa; em nome do irmão Antônio Raimundo, cumprimento todos os parlamentares da Casa, as autoridades públicas, as autoridades maçônicas, meus queridos irmãos, cunhadas e sobrinhos, queridos visitantes.

Neste momento, Senhor Presidente, devo fazer um pequeno reparo, porque à questão de 15 ou 20 dias tive a felicidade de tomar um café com o Antônio Raimundo e ele pediu-me que trouxesse a esta Casa algumas palavras a respeito da maçonaria universal. Eu disse ao irmão Toninho que aceitaria esse tremendo encargo, porque falar entre sábios não é brincadeira. Não estou representando a sereníssima Grande Loja, represento hoje aqui os irmãos que fazem fileiras na sereníssima Grande Loja; não represento a instituição da Grande Loja.

Eu queria, neste momento, felicitar aos Vereadores desta Casa por organizarem uma solenidade tão bonita, tão importante, tão penetrante, principalmente quando se trata da sublime instituição milenar. Por isso, felicito a todos.

Meus senhores, para falar de maçonaria, deveríamos rebuscar nas raízes da mesma forma, meus queridos irmãos, se falássemos da história italiana, teríamos que rebuscar, nos remontar à história etrusca, à história romana para chegarmos aos dias de hoje e falarmos sobre os italianos. Da mesma forma, meus irmãos, para falarmos do povo português, deveríamos falar, primeiro, dos galaicos, dos lusitanos e dos orieses para chegarmos a falar da nação portuguesa. Da mesma forma, para falarmos da nação brasileira, teríamos que levar em conta a nossa religiosidade, a nossa língua, Senhor Presidente, que atinge 51 por cento do território da América do Sul. E, ao lado disso, senhores, o nosso território. É isso que forma que nossa nacionalidade.

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E é assim que se fala da história de uma instituição. Nós vamos rebuscar, então.

Por volta de 35 séculos antes de Cristo, já deparávamos com a civilização Ur. Tínhamos e temos documentos a respeito disso, que são as tábuas de argila que mostram os primeiros sinais da Instituição Maçônica. Andando um pouco nessa história tão remota, vamos encontrar um Egito partido: o Baixo e o Alto Egito. Quem foi o unificador daquele país extraordinário? O monarca, o primeiro faraó, o Menés. Ele unificou. Iniciou ali as grandes construções. Construía os grandes arcos, os grandes palácios para que posteriormente chegássemos às grandes catedrais. Essa corporação, esses sinais da antiguidade, não temos a menor dúvida, meus irmãos, de que se tratavam dos arquitetos, dos pedreiros daquelas priscas eras. Arquiteto vem derivado da palavra arco. Os grandes arcos da antiguidade, as grandes construções.

Eu queria dizer, Senhor Presidente, meus irmãos, senhoras e senhores, que o vocábulo não nos importa, a expressão, o vocábulo maçonaria ou maçom é muito recente. Ele veio do Iluminismo, a Idade da Luz, segundo os filósofos contemporâneos. Mas o nome é questão de semântica, não importa o nome, o que importa é a filosofia, são os princípios que regiam na antiguidade e que continua regendo até hoje. Isso que gostaríamos de deixar bem claro.

Não fui convidado, meus senhores e minhas senhoras, para dissertar aqui dos enormes feitos da nossa instituição, porque precisaríamos de algumas noites para dissertar a respeito disso, mas quero deixar claro, os sinais que vieram da Idade da Pedra, da Idade da Pedra há três mil e 500 anos até a Idade dos Metais, que começou 20 séculos antes de Cristo. Ali, nos Metais, então, nascem o cobre e o bronze. Dez séculos antes de Cristo, temos, então, o advento do ferro. Durante todas essas centenas de anos, temos nossos sinais gravados no bronze, no cobre e no ferro, além dos nossos princípios que são fundamentais para a soberania de uma nação, de um povo realmente voltado ao progresso. A livre investigação da verdade são princípios faraônicos.

Então, meus senhores, nós vamos ficar no epicentro da civilização egípcia, onde começaram as grandes construções: as pirâmides de Queóps, Quéfren e Miquerinos. Foram obras iniciadas por Menés. Aí, vamos aproximando da época Socrática. Todos sabemos da grandeza desse homem. Vamos caminhando, passamos por Platão, Aristóteles e tantos outros que iluminaram a humanidade para chegarmos a uma corporação anterior a Cristo, que se chamava os Essênios, cujos princípios, a moralidade, o fundamento é igualzinho aos dias de hoje. São iguais aos dias de hoje. Então, por isso que disse aos irmãos: Não nos impressionemos com o problema, com o vocábulo maçom ou maçonaria.

Aí, entramos na era cristã e vamos encontrar as Cruzadas, com os mesmos princípios, os mesmos mistérios. E vamos avançando à Idade

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Média, que começa no 1.200. Ali, nasce uma terceira corporação de ofício conhecida de todos os maçons, que são Os Templários, com os mesmos princípios, com os mesmos dogmas, com as mesmas investigações da verdade e promovendo segurança e satisfação a toda humanidade. Chega, então, na Idade do Iluminismo, como disse o irmão Antônio, e surge a grande Revolução Francesa. Ali, nasce uma nova concepção de humanidade, de nação e espalha por todo mundo os ideais libertários e não ficaria circunscrito à França ou à própria Europa. Esses ideais libertários chegaram às Américas.

Nós temos a grande Secessão norte-americana. Quem não conhece a Guerra da Secessão? Foi comandada por todos os maçons que queriam uma nação livre, lá, no norte. Aquilo contamina e chega à América do Sul, onde vamos encontrar San Martín, um dos maiores heróis argentinos e que era nosso irmão. Nós temos Simon Bolívar, que faz a independência de dezenas de países hispano-americanos. E isso não ficaria tão quieto aqui no Brasil, quando então a Moçonaria houve por bem proclamar a independência do nosso País.

Quero lembrar aos irmãos que José Bonifácio não era muito a favor a nossa independência, não, porque ele tinha medo que o povo brasileiro passasse por dificuldades ao se ausentar do patrocínio da Coroa. Mas tínhamos um homem ferrenho cujo séqüito não era menor: Joaquim Gonçalves Ledo. Esse teve brigas ferrenhas com José Bonifácio. Foi expurgado do nosso País, mas o séqüito dele venceu e fomos libertados no dia 20 de agosto de 1832. Gonçalves Ledo, depois disso, perseguido como um cão raivoso por José Bonifácio, se embrenhou nas matas da Argentina. Foi perdoado em 1847, mas chegou quebrado em nosso País e dois anos depois, morreu. Então, Joaquim Gonçalves Ledo, no meu modesto ponto de vista, meus irmãos, representantes das potências aqui presentes, quero dizer que foi o baluarte da nossa independência, foi o prócer da nossa independência.

Eu, neste momento, peço permissão para trazer ao conhecimento das pessoas, que aqui estão, alguns nomes que muitos dos irmãos não conhecem também. Vejam vocês – vou ler bem rápido – Nilo Procópio Peçanha, advogado, Vice-Presidente e Presidente da República e Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil; Prudente José de Moraes Barros, advogado, primeiro Presidente Civil do País, considerado o mais honesto e patriótico de nossa história. Francisco Rangel Pestana, advogado, político, Governador do Estado de São Paulo após a proclamação da República. Dom Pedro I, primeiro Imperador do Brasil, foi o Grão-Mestre e recebeu o título de Guatimosim. Para quem não sabe qual é o título de Guatimosim, é que em uma época bem remota, o povo asteca tinha um guerreiro extraordinário que atendia pela alcunha de Guatimosim. Esse nome foi, então, adotado por Dom Pedro I; Mário Marinho de Carvalho Bering, engenheiro e grão-mestre da grande loja maçônica do Estado de São Paulo; Francisco G. de Acaíba Montesuma, visconde de Jequitinhonha, advogado e fundador do Supremo Conselho do Grau 33 para a República Federativa do Brasil, do rito escocês antigo e aceito; Otávio Kely, advogado, juiz federal, ministro do Tribunal Federal, grão-mestre

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de grande inteligência; Francisco Morato, contabilista e é considerado um dos maiores vultos da maçonaria de São Paulo. Foi grão-mestre venerado; Júlio de Mesquita Filho, jornalista e advogado. Foi diretor do jornal O Estado de São Paulo, fundador do Jornal da Tarde e constituiu-se num dos maiores líderes do Movimento Constitucionalista de 1932, um maçon presente; Jânio da Silva Quadros, professor e advogado, foi Vereador, Prefeito, Deputado e Governador e Presidente da República, além de orador carismático de profunda erudição; Hervê Cordovil, músico e compositor, considerado um gênio da música popular brasileira; Alfredo de Taunay, Visconde de Taunay, militar, escritor e político, fundador da Academia Brasileira de Letras; Venceslau Pereira Gomes Brás, advogado e político, foi Vereador, Deputado, Governador e Presidente da República; Floriano Vieira Peixoto, militar, político, segundo Presidente da República, foi cognominado marechal de ferro; Pedro Manuel de Toledo, político, advogado e jornalista, foi ministro, embaixador em Roma, Madri, Buenos Aires, interventor de São Paulo, líder civil da revolução de 32, e foi grão-mestre do grande oriente do Brasil; Cônego Januário da Cunha Barbosa, jornalista, orador sacro e poeta, foi prócer da independência do Brasil. Temos padre também na instituição. Ervin Sigmartin, contabilista, grão-mestre e maçon venerado; Luís Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias, ministro da guerra, lutou em várias frentes de trabalho e é patrono do exército brasileiro; Miguel Joaquim de Almeida Castro, o Padre Miguelinho, sacerdote e idealista da república; Bento Gonçalves da Silva, militar revolucionário, defensor de idéias liberais, comandou a Revolução dos Farrapos no Rio Grande do Sul; Evaristo Viega da Veiga Barros, jornalista e político, autor da letra do Hino da Independência; José Carlos do Patrocínio, jornalista e escritor símbolo do Movimento Abolicionista do Brasil; Francisco Antônio de Almeida Morato, advogado e professor, primeiro Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil; Washington Luís Pereira de Souza, advogado e político, foi Deputado, Prefeito, Governador e Presidente da República; Antônio Evaristo de Morais, advogado e jornalista, foi um dos maiores criminalistas deste País; João Batista Mascarenhas de Morais, engenheiro e militar, comandante da força Expedicionária do Brasil na II Guerra Mundial; Oswaldo Euclides de Souza Aranha, militar, advogado e político, foi um dos arquitetos da revolução de 30, e como embaixador e Presidente das Nações Unidas votou pela instituição do Estado de Israel, era nosso irmão; Casimiro José Marques de Abreu, poeta lírico, autor de poesias maravilhosas como As Primaveras; Antônio de Castro Alves, poeta e prócer da Abolição da Escravatura e da alma brasileira; Joaquim do Amor Divino Rabelo, Frei Caneca, o nosso tão festejado Frei Caneca, frade carmelita e político, um dos maiores líderes da Confederação do Equador; Giuseppe Garibaldi, herói dos Farrapos; Joaquim Gonçalves Ledo, prócer da independência; Benjamin Constant de Magalhães, militar e político, criador da divisa Ordem e Progresso da nossa Bandeira, é considerado o Pai da República; José Bonifácio de Andrade e Silva, poeta e político, é o redentor dos escravos e Patriarca da Independência; João Mendes de Almeida Júnior, advogado e professor, foi ministro do Supremo Tribunal Federal, e o Fórum da Praça João Mendes foi erigido em sua homenagem; José Inácio de Abreu e Lima, o Padre Roma, padre e mártir da revolução pernambucana; Nélson de

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Souza Carneiro, esse nós deveríamos reverenciar, foi advogado e político, foi deputado e senador, o autor da lei do divórcio em 1977; Tomaz Antônio Gonzaga, poeta, advogado e desembargador, participou do movimento da Inconfidência Mineira; José Maria da Silva Paranhos, o Visconde do Rio Branco, professor, jornalista e político, é considerado o símbolo da diplomacia brasileira, foi grão-mestre do grande oriente do Brasil; José Maria da Silva Paranhos Filho, Barão do Rio Branco, Historiador e Diplomata, com sua diplomacia foram resolvidas as questões do Amapá e do Acre. Serviu a quatro presidentes como Secretário de Relações Exteriores; Manuel Luís Osório, Marquês de Herval, militar, combateu a Revolta dos Farrapos. Participou das invasões do Uruguai e da Argentina e foi comandante de guerra no Paraguai; Hermes Rodrigues da Fonseca, Marechal Hermes, militar, foi Presidente da República do Brasil; Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa, advogado e político, foi Deputado, Ministro da Justiça, Ministro do Supremo Tribunal Federal e Presidente da República; Artur da Silva Bernardes, advogado e político, foi Deputado, Governador e Presidente da República; Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro Presidente da República. Esses, meus queridos irmãos, são alguns dos benfeitores da nossa Nação. Se fôssemos falar dos benfeitores da América, teríamos uma noite, se falássemos os benfeitores da humanidade, os irmãos ficariam de queixo caído. Portanto, essa instituição é muito mais do que foi dito aqui hoje. Que a graça do grande arquiteto do universo a todos ilumine e guarde. Quero crer que dei um pequeno recado, atendendo ao pedido do meu querido irmão Antônio Raimundo. Muito obrigado, Senhor Presidente. Obrigado a todos. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Gilberto Penido) – Convido o Ilustríssimo Senhor Doutor Agnello Herton Trama, para fazer o uso da palavra, em nome do grande oriente paulista.

O SR. AGNELLO HERTON TRAMA – Senhor Presidente, quem representa o grande oriente paulista é o nosso irmão Cleber Servija. Eu falo em nome do convite de V.Exas. Exmo. Senhor Presidente da Casa, Vereador Gilberto Penido, ilustre senhor representante do Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, Doutor Elói Pietá, meu Presidente e irmão da 57ª sub-seção da Ordem dos Advogados do Brasil, Airton Trevisan, meu irmão autor deste evento, que é tão importante para todos nós, Ramalho, representantes das três potências maçônicas, meus irmãos, ilustres Vereadores, e dentre os ilustres Vereadores os três ilustres irmãos: Antônio Raimundo, José Carlos Maruoka e Rui, convidados, senhores, senhoras e, em especial, nossas cunhadas, que é assim que chamamos as nossas companheiras, veneráveis mestres e aqui em particular o nosso cumprimento às cunhadas, que são realmente as grandes detentoras do segredo maçônico, e o são, porque nunca nos perguntam ou fazem qualquer questão de nos perguntar qual é ele, e não o fazem por uma razão importante por demais, elas são o segredo da maçonaria, elas receberam do grande arquiteto do universo, que é Deus, o dom divino da procriação, de nos brindar a todo instante com a vida com seres à imagem e semelhança de Deus. Senhores veneráveis, meus irmãos, antes de adentrar em outros detalhes, vamos dizer o seguinte, só lá

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fora tem grandes maçons? Não, em Guarulhos, dentre tantos outros, temos um que chamou-se João Crispiniano Soares, homem simples, que estudou embaixo de um lampião, de frente ao Largo São Francisco, nascido aqui em Guarulhos, onde é hoje a Rua Carlos Reis, simplesmente o Conselheiro Crispiniano, de quem certa feita, falando aos grão-mestres de Minas Gerais eu dizia: é o político mais importante do Brasil, um homem de Guarulhos que conseguiu ser presidente da província de Minas Gerais, no século XIX, é o homem mais importante do Brasil. Imaginem os senhores um político que é hoje um mineiro, imaginem o que ele era no século XIX, e um guarulhense foi presidente da província de Minas, o João Crispiniano Soares, o nosso Conselheiro Crispiniano. Não foi só isso, foi também através dele e da loja secretíssima que tínhamos em Guarulhos, então, estamos falando ainda em mil, oitocentos e tanto, que tivemos a Lei Provincial nº 34, do dia 24 de março de 1880, através do qual a Vila da Conceição de Guarulhos foi emancipada. E na potência dele e dos maçons da loja secreta guarulhense era simplesmente formado o nosso território. Por toda Guarulhos que é um dos maiores municípios de São Paulo, mais Penha de França, São Miguel Paulista e Juqueri, que abrangia tudo isso, mas não é só isso. Vou falar do dia 25, mas antes vou falar do dia 24 de março de 1880. Naquela época, não como hoje, a Câmara era um binômio do Poder Executivo e Legislativo, e o Presidente da Câmara era o intendente. Esta Casa aqui foi fundada pela maçonaria, esta Casa de Leis foi fundada através da Lei Provincial 34, de 24 de março de 1880, quando se criou a Vila de Conceição de Guarulhos, e trouxe-se a Casa de Leis para Guarulhos. Então, dentre os grandes orgulhos que a maçonaria tem, um é de ter esta Casa, por quê? É na Casa de Leis que se tem o futuro de uma nação. É na Casa de Leis que está o representante do povo, aquele que tem que decidir como fazer para que o povo tenha a felicidade, através do voto livre, direto e sem qualquer interferência de quem quer que seja. Então, dentre os fatos que Guarulhos tem, um que a maçonaria muito se orgulha é de ter instituído esta Casa de Leis. Neste momento em que nós estamos sendo homenageados, nos sentimos vaidosos por duas razões. Qual é o pai que não se sente homenageado quando o filho o traz para uma festa? Esta festa que nós estamos tendo aqui.

A maçonaria está presente em tudo. Neste instante, se os senhores forem à Internet, dentre outros lá buscarem a navegação, através de grandeorientepaulista@.com.br, os senhores vão ver um manifesto que está lá sobre este momento que o País está enfrentando. Não é só a nossa potência que está fazendo isso, as outras estão agindo da mesma forma. Nós não dormimos nunca e queremos que os senhores, porque temos certeza de que os senhores representam como nossos filhos, esta Casa é produto nosso, farão com que a lei prevaleça sobre tudo, porque os senhores estão a cada instante nos representando porque temos o voto livre trazido aos senhores. Mas estamos aqui pelo dia 20 de agosto de 1822. O Sebastião Soares que me perdoe – estou de cabelos brancos, Soares –. O Soares foi meu aluno, brilhante, mas foi meu aluno, o que me deixa muito feliz, mas eu digo aqui justamente aquilo que o Soares nos disse, que a independência do Brasil não

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data de sete de setembro, não, ela data do dia 20 de agosto, quando na Rua do Lavradil, na Cidade do Rio de Janeiro, em loja maçônica, sobre a arquitetura de Gonçalves Ledo, secundado por José Bonifácio, que o Gonçalves foi lá e levou a ele a notícia que era necessária naquele momento e ambos criaram a figura de um grão-mestre naquele instante. O irmão Guatimosim, Dom Pedro de Alcântara, depois D.Pedro I. É isso que faz com que o dia 20 seja o dia do maçon, porque nesse dia é que nós tivemos, no instante em que o Brasil passou a ter um lugar entre as nações, o momento em que a nação brasileira passou a ter o seu próprio governo, o momento em que o povo brasileiro passou a ser livre. Esse dia está atrelado ao princípio maçônico de liberdade, igualdade e fraternidade. Nele 20 de agosto de 2005, nesta Casa de Leis, nós, maçons, queremos agradecer a homenagem que nos é prestada, augurando que a Casa produza sempre leis para o bem estar do povo, da pátria e da humanidade, pois só numa terra de liberdade, igualdade e fraternidade, onde as leis originam do povo, através de seus representantes eleitos por ele, através do voto livre, direto e consciente, é que um país é e permanecerá livre e independente. Muito obrigado. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Gilberto Penido) – Convido o Ilustríssimo Senhor, o Doutor José Sérgio Iglésias Filho, para fazer uso da palavra, pela Grande Oriente do Brasil.

O SR. JOSÉ SÉRGIO IGLÉSIAS FILHO – Boa noite a todos. Estar aqui na tribuna da Câmara é a primeira vez que o faço, embora guarulhense nato, funcionário público há 21 anos. Já estive na Câmara, mas nunca tive o prazer de estar falando neste microfone. O meu amigo Gilberto Penido, se cometer algum equívoco no cumprimento de autoridades, vou permitir a liberdade que o faça com a mínima das formalidades, até porque o Presidente é meu paciente, o operei há algum tempo, ele, a esposa e os familiares. Então, sei que não irá me policiar tanto assim. Demais autoridades, na quais peço a liberdade de homenagear o amigo de ginásio, Aírton Trevisan, e funcionários da Casa. Vou também fazer uma homenagem a Branca Pierrobom, que também esteve comigo no ginásio, isso coisa de uns 20 anos atrás. (risos) Mais ou menos isso, não muito mais que isso. Meus amados irmãos, autoridades maçônicas, cunhadas, sobrinhos, visitantes, o senhor representante do Prefeito – não posso me esquecer – Roberto Siqueira, me desculpe, todos os presentes. Não vou falar da maçonaria, novamente do seu passado e de todas as suas conquistas e não pretendo falar nada da Maçonaria para maçons, talvez nesta plêiade de irmãos que me antecederam, talvez eu seja o mais novato, o menos experiente e não vou correr esse risco, deixo para correr esse risco dentro das lojas, porque lá dentro me puxam as orelhas, estão sempre me policiando, me doutrinando, me ensinando.

Eu gostaria de falar alguma coisa para aqueles que não são maçons e hoje estão presentes aqui. Muito se falou da história e quando entramos na Maçonaria, entramos muito sem saber do que se passa lá dentro, do que faz a Maçonaria, porque existe também aquela fala da maçonaria secreta, dos maçons que guardam, dentro das lojas, um enorme mistério. É

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para vocês que estou falando, que não são maçons, que foi dito muito bem: não existe, na verdade, algo extremamente secreto. A Maçonaria, graças a Deus, cada vez mais está se tornando discreta.

Quando citaram maçons ilustres, eu estava ali sentado e falei: “Será que não vão falar de nenhum recente? Será que não tem nenhum nome mais atual, porque esses todos da história, até nos livros hoje se fala bastante”. Aí, parei para pensar: “Mas, espera aí, sem ser maçom, quem posso falar dos últimos 10, 15, 20 anos, de cabeça erguida que efetivamente todos nós tenhamos o máximo do orgulho e que estejam acima de qualquer suspeita?”. Não que as pessoas de hoje sejam menos importantes que as de antes, mas a verdade é que ainda elas não se tornaram história. Todos os momentos políticos que estamos passando ultimamente, nos últimos anos, vão se tornar história. E, com certeza, saibam, existem hoje inúmeros deputados, senadores e vereadores maçons que estão aí no dia-a-dia exercendo as suas atividades, E graças a Deus, não estamos vendo o nome da Maçonaria estampado nas más manchetes dos jornais, das rádios e das televisões. Se algum desses maçons e saibam, mais de 30 deputados federais e vários senadores, estivessem cometendo algum grande equívoco, mesmo que por suspeita, tenham certeza de que estaria estampado na manchete: “Maçon, senador, deputado federal e tudo mais cometendo esse ou aquele deslize”. Não que não cometemos, mas nós, maçons, dentro de nossas lojas – saibam muito bem disso e é a verdade –, estamos lá para buscar o ideal de melhora, acima de tudo, de nós como pessoas, como seres humanos, não só para nós maçons. Aquela pecha de que o maçom existe para ajudar o maçom, para socorrer o maçom, que o maçom não fica desempregado, que filho do maçom... Isso é conversa. Cito um monte de filho de maçom aqui precisando de emprego e maçom passando por dificuldade. A sociedade acaba sendo justa e igualitária para todos e aqueles que têm competência, que tem capacidade, que tem dignidade acabam vencendo, sendo ou não maçons.

Nós, como maçons, temos a obrigação respeitar e aceitar a todos como seres humanos de verdade fora das lojas maçônicas. Você tem que atender a uma pessoa carente, necessitada, com o mesmo amor que atende a um irmão. Você tem que ter respeito pelo próximo da mesma forma como temos que ter na nossa vida. A Maçonaria preza muito, saibam os senhores, uma instituição que cada vez mais vem se perdendo, que se chama família. Ou alguém aqui discorda que a base de qualquer sociedade é acima de tudo a família?

Esses maçons todos citados foram grandes vultos da história pelos seus feitos políticos. Eu tenho aqui dezenas de maçons que merecem ser citados pelo seu vulto no papel de pai, no papel de homem que constrói a sociedade de Guarulhos. Esses são os maçons da história de Guarulhos e de muitos que aqui não estão presentes. Então, queridos convidados, saibam que silenciosamente, acima de tudo, estamos lapidando o nosso perfil ético, o nosso perfil moral. Esse é, não digo um segredo, é a grande dádiva da Maçonaria. Muitos ingressam na Maçonaria e acabam saindo

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rapidamente, porque acham que ao chegar dentro da Maçonaria vão se deparar com algo que já vem pronto, maravilhoso, misterioso, e o transformará em um indivíduo acima de qualquer suspeita e inviolável às leis da vida, às leis da ética e da moral. Isso é uma grande mentira. O maçom, como qualquer pessoa, se faz pelo seu comportamento na sociedade, pelo seu comportamento na família, pelo seu respeito e pelo seu carinho com a pátria. O maçom se faz no pequeno ato.

A Maçonaria de Guarulhos, saibam, fiquem tranqüilos, no momento atual, está muito forte e mais unida do que sempre foi. Talvez eu seja muito novo na Maçonaria, perto de alguns irmãos aqui, para falar a respeito disso, mas em todos esses anos que estou na Maçonaria, nunca senti a Maçonaria com tanta vontade como está hoje. Não de tornar os maçons fortes, não é só isso, mas sim de transformar a nossa Cidade, o nosso povo, o nosso País, se Deus quiser, em uma instituição digna de que possamos ter orgulho, de que possamos passar aos nossos filhos exemplos de atitudes. O que vale na Maçonaria são os exemplos, são os atos. A Maçonaria tem algumas diferenças em relação a Rotary, em relação a Lions, porque ela age de forma mais silenciosa, não faz alarde das atividades filantrópicas. Ela guarda para dentro de si todas as suas realizações. Mas tenham certeza de que somos exatamente iguais a vocês. Somos indivíduos felizes. A Maçonaria não é carrancuda. A Maçonaria não é só discurso, não. A Maçonaria é jovem também, a Maçonaria é atuante. A Maçonaria é próspera.

Desculpem se me estendi mais do que deveria. Não trouxe nenhum papel dobrado e não vou abrir agora para surpreender vocês, falar: “Não. Agora, ele vai vir com alguns séculos atrás”. Muito obrigado pela paciência, pela tolerância. Nobre Vereador, meu amigo, muito obrigado pela recepção que esta Casa está fazendo e pela consideração em manter digna a instituição da Maçonaria. O nobre Vereador, que um dia elaborou essa lei, também sou médico da mãe, fui do pai e da família toda, então, desculpe-me, Vereador, se em algum momento, quebrei algum protocolo que a Casa reserva. Muito obrigado a todos e tenham uma boa noite. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE – Convido o Ilustríssimo Senhor Doutor Aírton Trevisan, digníssimo Presidente da OAB Guarulhos, para fazer uso da palavra.

O SR. AÍRTON TREVISAN – Excelentíssimo Presidente Gilberto Penido, em nome de quem saúdo os Vereadores desta Casa; o excelentíssimo Secretário Roberto Siqueira, em nome de quem saúdo o Poder Executivo; minhas senhoras, meus senhores, meus irmãos, serei brevíssimo e os senhores entenderão o porquê, fosse eu aqui convidado a falar sobre advocacia, sobre o direito, estaria um pouco mais gabaritado, Presidente que sou da Sub-Secção de Guarulhos, Ordem essa que tenho a honra de pertencer. Se fosse para falar de uma outra irmandade, que ainda faço parte, que é a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Guarulhos, poderia até me alongar um pouco, porque sou lá o Primeiro-Secretário da Mesa da Irmandade, mas na Ordem Maçônica sou neófito. Está lá o meu venerável, ao

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fundo, de olho em mim para saber o que vou falar aqui sobre a Maçonaria, mas não vou falar sobre a Maçonaria. Aos maçons e à Maçonaria, dou os parabéns por este dia. A Ordem dos Advogados do Brasil tem a honra de ter nos seus quadros vários irmãos, ao longo do tempo, tanto no âmbito local como no âmbito estadual e federal e, hoje, ela é presidida no Estado de São Paulo pelo irmão Luiz Flávio Borges D’Urso, que manda um abraço a todos vocês.

A nossa Ordem está vigilante, a Ordem dos Advogados do Brasil, e convida a nossa outra Ordem, a Ordem Maçônica, para que neste momento delicado que o País atravessa com denúncias sérias de corrupção, com problemas éticos bastante comprometedores envolvendo pessoas e partidos, que sempre bradaram carregar sozinhos a bandeira da moralidade e da ética. Compete a nós, advogados, compete a nós, maçons, exercermos uma vigília cívica e cobrar dos nossos Poderes constituídos, dos nossos Vereadores, dos nossos Deputados, dos nossos Senadores, que aquele cheiro de pizza, que conversamos ali fora, eu e Agnelo, seja só um aroma artificial no ar, mas que não venhamos a ter efetivamente uma pizza.

Antes de encerrar, como o Sérgio falou da nossa amizade de longa data, da Branca, eu queria homenagear uma outra pessoa que me conhece há muito mais tempo e vai dar risada agora, mas vou contar: me carregou no colo. Não com esse peso que tenho hoje, eu era um pouco mais leve, que é o Agnelo Trama, de cuja convivência, de cuja amizade e proximidade tenho o privilégio de ter de longas datas. Então, parabenizar a todos, parabenizar o Legislativo, parabenizar o Humberto pela atitude, parabenizar a todos os irmãos e convocá-los: Vamos exercer essa vigília cívica, porque a sociedade espera isso de nós. Boa noite e obrigado. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE – Convido o ilustríssimo Senhor Doutor Paulo Requena, Presidente da Amareg, Associação dos Maçons, para fazer uso da palavra.

O SR. PAULO REQUENA – Senhor Presidente da Mesa, querido amigo Gilberto Penido, no qual cumprimento todos os Vereadores da Casa; Senhor Roberto Siqueira, Secretário do Município de Guarulhos, aqui representando do nosso Prefeito Elói Pietá; o meu amigo de infância Aírton Trevisan, da época de Conselheiro Crispiniano, Presidente da OAB, com a qual cumprimento todas as entidades presentes; ilustre Vereador Humberto, que foi o mentor do Dia do Maçom, nesta Câmara, neste Município; meus irmãos, cunhadas e sobrinhos, senhoras, senhores, pela Associação dos Maçons de Guarulhos e região, não poderia deixar de externar algum comentário, porque a maçonaria atual, sem que fossem feitas quaisquer alterações, mantendo as suas leis e os seus ensinamentos, como é de conhecimento de todos, passou de uma Maçonaria secreta para uma Maçonaria discreta. Mesmo dessa forma permanece com o seu ocultismo e com seus membros cultuando os preceitos e mantendo seus dogmas, permanecendo assim uma instituição universal respeitada.

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Nessa caminhada, aprendemos a pôr em evidência as qualidades e as virtudes mais necessárias ao homem: a prática da solidariedade, a caridade com prudência, a justificação da tolerância, a apologia do dever e do trabalho, o recurso incessante, a fé na liberdade e no progresso e a convicção de que, antes de tudo, devemos caminhar de acordo com o poder que guia o mundo para a harmonia e para a retidão da lei suprema do universo. Nossa Ordem deve ser considerada uma ordem moral fundada na antiguidade e renovada na Terra Santa por nossos antepassados para re-estabelecer as mais sublimes verdades em meio aos inocentes prazeres da sociedade.

O nosso trabalho há de ser árduo, porque convivemos hoje com a triste realidade da nossa nação, onde a crise moral, a roubalheira, os desmandos assumem proporções verdadeiramente catastróficas de nossos governantes, principalmente em se tratando da imoralidade pública. Vemos a necessidade de bons maçons nesse combate à corrupção, com a certeza de que temos esses predicativos aqui nesta Casa de Leis, contamos com esses irmãos, juntamente com outros legisladores não-maçons e de índoles ilibadas. Acreditamos ser um bom início, pois não somos ligados a partidos, credos nem cores, mas fazemos parte de uma instituição séria e temos a obrigação de cobrar o mais justo dos justos. Os maçons têm condição de ajudar nessa empreitada guiando a humanidade ao caminho da solução, porque ela é eterna, como Deus, o seu pai.

Todos nós sabemos que é preciso fazer algo e com urgência. Apesar de não possuirmos a luz absoluta da verdade, mas uma grande soma de seus raios que dão a vida a nossa existência, com certeza, porque possuímos, porque aprendemos ao longo dos nossos estudos maçônicos. Devemos começar por nós com a bondade no lar. A família é a célula mater da sociedade. A honestidade nos negócios, prazer no trabalho, preocupação com os desvalidos da fortuna, socorro aos mais fracos, amor ao próximo e muito mais, ressaltando sempre e seguindo os princípios éticos e morais, visando ao bem comum para tornar feliz a humanidade. Lembrando sempre que só o trabalho honesto constrói, que a honra e o bom nome não tem valor comprável e que cumprir o nosso dever na Ordem é respeitarmos a nós mesmos.

Finalizo deixando os nossos agradecimentos àqueles que nos ajudaram e muito, possuidores de uma história ímpar de dedicação à nossa sublime Ordem e a nossa Nação. Maçons ilustres dignos de nossa lembrança, como bem nos lembrou o nosso irmão Sebastião, e muitos outros, a todos eles deixamos registrada a nossa homenagem do profundo reconhecimento patriótico. Referendamos aqui, neste dia comemorativo ao Dia do Maçom, os nossos agradecimentos a esta Casa de Leis por esta noite memorável, mantendo a sua busca aos ensinamentos e a sua moralidade. A todos os presentes, um fraterno abraço, desejando que ao regressarem aos seus lares, com os seus familiares, encontrem tudo na mais perfeita ordem e

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que o Grande Senhor dos Mundos, o Grande Geômetra, nos ilumine e guarde. Viva a Maçonaria. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Gilberto Penido) – Convido o Ilustríssimo Senhor Doutor Roberto Siqueira, ex-Vereador desta Casa e hoje Secretário de Assuntos Legislativos, representando neste o Prefeito Elói Alfredo Pietá.

O SR. ROBERTO SIQUEIRA – Boa noite a todos. Ao contrário do Doutor Sérgio Iglesias que não trouxe nenhuma folha, eu trouxe logo duas pastas, mas eu creio que em uma hora, no máximo, eu faço toda a leitura.

Quero, em nome do Prefeito Elói Pietá, justificando a sua ausência, haja vista que ele está no Orçamento Participativo, quero cumprimentar o Presidente da Casa, Vereador Gilberto Penido, nosso amigo, quero cumprimentar também o nosso amigo, Doutor Airton Trevisan, Presidente da OAB, nossos amigos Vereadores Toninho Raimundo, Maruoka, Ricardo Rui e Alan Neto – recebi sua cartinha hoje e fiquei muito feliz, Muito obrigado –. Quero cumprimentar aqui o ex-Vereador, nosso amigo também, Humberto Ramalho, autor da propositura. Quero cumprimentar as autoridades civis e militares presentes. Quero cumprimentar também a Comunidade Maçônica, os muitos convidados, os senhores assessores, funcionários da Câmara Municipal de Guarulhos, os representantes da imprensa guarulhense, as senhoras e os senhores.

No dia 20 de agosto se comemora o Dia do Maçom, assim, nos cabe fazer algumas considerações, não apenas ao Maçom, mas à Ordem Maçônica. A Maçonaria é uma instituição filosófica, pois estuda a essência, propriedades e efeitos das causas naturais. Investiga as leis da natureza e relaciona as primeiras bases da moral e da ética pura. É também filantrópica, porque não está constituída para obter lucro pessoal de nenhuma classe, senão, pelo contrário, suas arrecadações e seus recursos se destinam ao bem estar do gênero humano, sem distinção de nacionalidade, sexo, religião ou raça. Procura conseguir a felicidade dos homens por meio da elevação espiritual e pela tranqüilidade da consciência. Como instituição educativa, tem por objetivo o aperfeiçoamento da humanidade. Procura cultivar, entre seus membros, homens de todas as raças, credos e nacionalidades, a busca incessante da verdade, o conhecimento de si mesmo e do homem no meio em que vive, para alcançar a fraternidade universal. Por intermédio de seus membros, projeta sobre a sociedade a ação benéfica dos valores e dos ideais que sustenta. O Maçom parte da crença da existência de Deus, como um princípio criador regular e único, o qual designa Grande Arquiteto do Universo. Não se aferra a dogmas, prevenções ou superstições, e não põe nenhum obstáculo ao esforço dos seres humanos na busca da verdade, nem reconhece outro limite nessa busca, senão, a da razão com base na Ciência e na Justiça.

Não possui a Maçonaria leis gerais, nem livro santo que a defina ou obrigue todo o Maçom através do Mundo, pois não é uma religião, e

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por isso, não tem dogmas. Em cada país, e ao longo dos séculos, estatutos numerosos se promulgaram e fizeram fé para comunidades diferentes no tempo e nos costumes. Mas isso não obsta a que a Maçonaria possua princípios estritamente básicos, que são aceitos por todos aqueles que a compõe, em todas as partes do globo, independentemente da religião e da pátria a que pertençam. Assim, o Maçom tem como princípios basilares: A liberdade dos indivíduos e dos grupos humanos, sejam eles instituições, raças ou nações; A igualdade de direitos e obrigações dos seres e grupos sem distinguir a religião, raça ou nacionalidade; A fraternidade dos homens, já que entende que somos filhos do mesmo Criador e, portanto, devemos promover a fraternidade entre todos os povos.

É a aceitação desses princípios, que faz possível a fraternidade universal dos maçons e torna a Maçonaria uma grande família no seio da humanidade. A Maçonaria trabalha pelo aprimoramento do homem e da sociedade, pois entende que todos nós somos passíveis de aperfeiçoamento. Por outras palavras, aceita e promove a transformação do ser humano e das sociedades em que vive, respeitando a organização civil e política do País. Entretanto, sempre será resistência a qualquer tentativa de escalada autoritária, por parte dos governantes. O Maçom é, pois, um verdadeiro construtor social, e por via de conseqüência, está sempre preocupado com os seus semelhantes, e com o destino da comunidade em que vive. Assim, como força viva da sociedade, tem participado ativamente dos grandes movimentos da humanidade, sejam eles: sociais, políticos, filosóficos ou culturais. Por tudo isso, podemos asseverar que ser Maçom é, também, gentileza em casa, honestidade nos negócios, lealdade no trabalho, cortesia na sociedade, compaixão e inquietação pelos doentes e infelizes, resistência às adversidades, ajuda aos fracos, perdão aos arrependidos, amor ao próximo e, acima de tudo, reverência e amor a Deus.

Antes de encerrar minhas palavras, quero agradecer ao Vereador Toninho Raimundo e ao Doutor Robson, que nos ajudaram na elaboração do discurso, haja vista como disse aqui o Doutor Trevisan, hoje eu tive um conhecimento maior do que é a Maçonaria. Fiquei feliz, porque para mim foi um aprendizado. Eu pedi ajuda ao Toninho Raimundo e ao Doutor Robson com relação ao discurso. Para encerrar, quero que Deus, o Criador do Universo, do alto de sua grandeza, abençoe cada um dos senhores, abençoe nossa Guarulhos, abençoe o nosso País. Parabéns a todos. Parabéns à Maçonaria. Muito obrigado. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Gilberto Penido) – Convido, neste momento, o Doutor Antônio Raimundo, Toninho Raimundo, Digníssimo Vereador desta Casa, para assumir os trabalhos por um momento para que eu possa fazer o uso da palavra.

– Assume a Presidência, o Doutor Antônio Raimundo.

O SR. PRESIDENTE (Toninho Raimundo) – Para fazer o uso da palavra, nosso Vereador Gilberto Penido, Presidente da Casa.

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O SR. GILBERTO PENIDO – Boa noite a todos. Que Deus me ilumine, depois de tantas autoridades maçônicas e até o ex-Vereador desta Casa, fui Vereador junto com ele, Roberto Siqueira, hoje Secretário. Eu falei: “Esse homem entende para chuchu, o que eu vou falar?” Mas depois ele confessou, então, tudo bem. Não deve ter mentira mesmo. A honestidade é em primeiro lugar com os maçons.

Quero cumprimentar o Roberto Siqueira, Secretário de Assuntos Legislativos, representando o Prefeito da nossa Cidade, Elói Pietá; o Doutor Airton Trevisan, Digníssimo Presidente da Ordem dos Advogados da 57ª sub-seção; meu amigo Humberto Ramalho, eu fui Vereador junto com ele em 1992, foi minha primeira legislatura, nós nos elegemos em 88. Votei favorável, ainda bem, senão hoje eu estaria numa sinuca. Parabéns, Vereador Humberto Ramalho, Doutor Antônio Raimundo, Vereador, Maruoka, Vereador, Doutor Ricardo Rui, Alan Neto. Fui Vereador também junto com o José Roberto Hatje, nosso amigo, Vereador Gabriel Silva. Não fui Vereador junto com ele, mas acompanhei, já tinha um conhecimento lá da Rua Cachoeira, daquela época. A todos, Paulo Riquena, o meu médico aqui, estou quebrado, o Doutor Sérgio Iglésias resolve a minha parada, quebrado no sentido de quebrar ossos, porque o outro eu já tentei e não resolve, não. Doutor Sérgio Iglésias, meu amigo, amigo de família. Também o Doutor Jaime, também médico, quebrou os meus oclinhos aqui, preciso ir lá novamente. É de farmácia este aqui.

Nesse dia, dia 20, Dia do Maçom, com certeza, tenho família, tenho um irmão meu, e sei o que é ser um maçom. Sei que é secreta a maçonaria, o que vocês fazem para a sociedade do nosso País. Eu, há 20 ou 25 dias atrás, no Open Hall, teve 25 anos, jubileu de prata da Maçonaria, de São Paulo, e eu fui o único convidado não-maçom, e me prestaram uma homenagem. Eu aprendi muito. Sei que ser maçom não é fácil. Sei que, porque são todos vigiados, como nós aqui, eu, como Presidente da Casa, sou Presidente, mas sou Vereador como todos os Vereadores nesta Casa, como maçom também tenho certeza de que eles têm o grão-mestre, venerado, mas colocam todos no mesmo patamar, porque a humildade, a responsabilidade, é igual para todos. Hoje sou Presidente desta Casa, com voto de 33 Vereadores, esses Vereadores que assinaram para que eu possa dirigir esta Casa. Não fazendo comparação, mas eu sei a dificuldade que é quando você lidera, não no sentido de orgulho, no sentido de ser prepotente, mas quando você é o que dirige os trabalhos, eu peço muito a Deus, todos os dias, podem ter certeza, para que Deus abençoe todos nós, Vereadores, ex-Vereadores, que me conduza a palavra, e peço que os Vereadores também, peço para que Deus abençoe as famílias dos Vereadores desta Casa, e de todas as autoridades. Todos nós somos constituídos por Deus. Eu, no Dia dos Pais, o meu filho, o Doutor Sérgio Iglésias conhece, ele tem 20 anos hoje, ele nem sabia assinar, estava na escolinha, está um quadro lá no meu escritório, que é o que eu mais me orgulho, eu não posso decepcioná-lo. Sei que é difícil, Doutor Sérgio Iglésias, mas o senhor, doutor, o senhor falou da família, e o maçom é família, porque a família é a estrutura realmente nossa. Tenho uma menina de 10 anos, um menino de 20. Sou casado há 24 anos. E o que eu tenho mais medo, o que

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eu tenho mais temor é de decepcionar minha família, meu filho, minha filha e a minha esposa, porque é ela que dá estrutura para nós, por isso que nós somos realmente dirigidos, e eu tenho certeza que na vida inteira, Doutor Antônio Raimundo, eu fui abençoado por Deus, pela família que eu tenho. Hoje eu estou Vereador, amanhã não sei se estarei, mas tenho certeza que é a vontade Dele, não é a vontade minha. Se eu não estiver, vou estar agradecido a Deus da mesma maneira, por conhecer, Deus me deu oportunidade de conhecer o que é maçom, Deus me deu oportunidade de conhecer o que é uma comunidade de Portugal, comunidade japonesa, comunidade árabe, de quase todas as raças, comunidade negra, de quase todas as raças, de quase tudo o que existe de entidade, principalmente na Cidade, porque eu acho que tem todas, Lions, Rotary, Apae, creches e escolas. Isso me deu bastante ensinamento, porque em todos os lugares que formos, temos que olhar a pessoa, as pessoas como pessoas de bem. Não podemos julgar antes que a justiça o julgue, porque muitas das vezes uma Câmara Municipal, tiro sempre o exemplo da Câmara Municipal, muitas das vezes funcionários da Câmara Municipal chegam e perguntam algo: Por que você vai fazer isso, Presidente? Mas eu não falei isso para ninguém. Eu não fiz isso. Eu sei que alguém falou alguma coisa para que se espalhasse coisa ruim. Então, temos sempre que lembrar que o ser humano é bom. Meu mestre, no meu tempo de grupo, naquela época era grupo, depois ginásio, existe uma frase que eu não esqueço até hoje: “Nenhuma criança nasce má, a sociedade que faz ela má. Ninguém mora em favela porque quer, a sociedade que leva a isso”. Vocês, a entidade sempre, com certeza, procura dar de melhor para o seu próximo. Parabéns a todos os maçons. Que Deus abençoe vocês e a família de vocês no dia a dia de seu trabalho e no dia a dia nunca se esqueçam, nas orações, de orar por nós também, como eu oro por toda a nossa humanidade. Obrigado por essa oportunidade, Humberto Ramalho, eu nunca imaginei que num projeto de V.Exa. eu estaria aqui dirigindo os trabalhos e tendo conhecimento maior e melhor do que é a maçonaria. Obrigado, meu amigo, por ter proporcionado para que eu possa hoje ter conhecimento melhor do que é a maçonaria. Acho que o José Roberto Hatje também estava aí e votou à época. Obrigado a todos e que Deus abençoe a todos. Muito obrigado. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Toninho Raimundo) – Com os nossos cumprimentos ao Vereador Penido pela sua fala, o convidamos a assumir a Presidência desta Sessão.

– Reassume a Presidência da Sessão, o Vereador Gilberto Penido.

O SR. PRESIDENTE – Convidamos todos os presentes para, de pé, entoarem o Hino dos Maçons.

– Entoa-se o Hino dos Maçons.

O SR. PRESIDENTE – Convido a cantora Amanda Palandi, acompanhada pelo pianista André Luz, para fazer a apresentação da música Samurai, de Djavan.

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– Palmas.

O SR. PRESIDENTE – Quero convidar agora os homenageados para receberem os troféus, representantes das lojas de Guarulhos: Alberto Linhares representando a Loja Maçônica Fraternidade Acadêmica (palmas); o ilustríssimo Senhor Venerável José Roberto Moura, representando a Loja Maçônica Conselheiro Crispiniano (palmas); o ilustríssimo Senhor Venerável Cláudio Pasciani, representando a Loja Maçônica Segredo Eterno (palmas); o ilustríssimo Senhor Sidnei Gonçalves, representando a Loja Maçônica Antares (palmas); o ilustríssimo Senhor Venerável Mauro Antônio, representando a Loja Maçônica Cavaleiros em Ascenção (palmas); o ilustríssimo Senhor Venerável Doutor José Sérgio Iglesias Filho, representando a Loja Maçônica Cavaleiros da Luz (palmas); o ilustríssimo Senhor Venerável Rui Tinoco Figueiredo, representando a Loja Maçônica Oito de Dezembro (palmas); o ilustríssimo Senhor Jari da Silva, representando a Loja Merkabah (palmas); o ilustríssimo Senhor Gabriel Silva, representando a Loja Maçônica Acácia (palmas); o ilustríssimo Senhor Venerável Cássio Roberto da Silva, representando a Loja Maçônica Gonçalves Ledo (palmas); o ilustríssimo Senhor Venerável Benedito Alberto Volpon, representando a Loja Maçônica Akhenaton (palmas); o ilustríssimo Senhor Venerável José Aleixo Costa, representando a Loja Maçônica Estrela de Cumbica (palmas); o ilustríssimo Senhor Edson Padrin, representando a Loja Maçônica União Fraternal (palmas) e para a entrega convido o Senhor Humberto Ramalho, o Doutor Aírton Trevisan, o Senhor Roberto Siqueira, o Vereador Alan Neto, o Vereador Doutor Ricardo Rui, o Vereador Doutor Maruoka, o Vereador Toninho Raimundo e o Vereador José Roberto Hatje.

Peço a todos que ao receberem essa singela homenagem da Câmara Municipal, que permaneçam no local para depois tirarmos uma foto.

– É procedida a entrega dos troféus aos homenageados.

O SR. PRESIDENTE – Quero avisar a todos que não terminou ainda. Convido a cantora Amanda Palandi, acompanhada pelo pianista André Luz, para fazer a apresentação da música A Francesa, de Marina Lima.

Quero agradecer aos fotógrafos à cantora e ao pianista, quero já agradecer os homenageados e familiares, autoridades presentes, convidados especiais, Vereadores desta Edilidade, equipe de Taquígrafos da Câmara Municipal, imprensa falada e escrita, assessoria do Vereador Toninho Raimundo, demais convidados, jornalista Maurício Siqueira, como mestre-de-cerimônias, comissão de Cerimonial, que fez um trabalho para esta Câmara hoje, como sempre muito bonito. Após a cantora, dou por encerrada esta presente Sessão Solene.

– Amanda Palandi apresenta o número musical A Francesa.

– Palmas.

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O SR. PRESIDENTE (Gilberto Penido) – Dou por encerrada a presente Sessão. Eu não ia falar mais, mas o irmão, Doutor Paulo Riquena foi campeão, representando Guarulhos, a nossa Cidade, nos jogos regionais da Praia Grande, modalidade botcha. Parabéns, viu, Paulo Riquena. Dia 20 também é aniversário do Doutor Ricardo Rui. Parabéns. Obrigado a todos.

– Encerra-se a Sessão às 22h08min.

– PRESIDENTE –

OBS: OS DISCURSOS AQUI TRANSCRITOS NÃO FORAM REVISTOS PELOS ORADORES.

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ANEXO ÚNICO À ATA DA DÉCIMA QUARTA SESSÃO SOLENE, DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, REALIZADA ÀS VINTE HORAS DO DIA DEZOITO DE AGOSTO DE DOIS MIL E CINCO.

(Anexado de acordo com autorização do Senhor Chefe de Gabinete)

Guarulhos, 20 de agosto de 2005.

Exmo. Sr. Vereador Gilberto Penido

DD. Presidente da Câmara Municipal de Guarulhos

Senhor Presidente, Srs. Vereadores.

Sou grato pela deferência que V.Exas. me concederam na solenidade de comemoração do Dia do Maçom, realizada em 18 de agosto pp., permitindo que eu pudesse trazer alguns fatos da nossa história.

Porém vejo-me obrigado a sanar a injustiça que cometi, por não mencionar que outras importantes figuras trabalharam em prol da Emancipação, além de João Crispiniano Soares, o nosso Ilustre Conselheiro Crispiniano; e dentre outras personalidades, Ilustres guarulhenses não menos importantes no mundo cultural, político e econômico, que militavam na capital da Província de São Paulo, e das quais devem ser destacadas as figuras de: João Alves de Siqueira Bueno, que foi deputado, juiz, vereador, jurisconsulto, e intendente de Higiene da Câmara de São Paulo; de igual sorte – José Alves de Cerqueira Cesar, que foi promotor, fundador do Partido Republicano, senador estadual, vice-presidente e depois presidente da Província de São Paulo; e Cônego Valadão – João Vicente Valadão –, que foi deputado – este que não nasceu em Guarulhos, mas tornou-se seu filho, por adoção.

João Alves de Siqueira Bueno, inclusive, foi nomeado pelo Governador de São Paulo como membro da comitiva de notáveis, que em 24 de janeiro de 1881 empossou os primeiros vereadores da Câmara de Guarulhos.

Essa comitiva, composta por cinco ilustres personalidades de São Paulo, teve sua presidência na pessoa do Dr. João Mendes de Almeida Júnior, e por membros o nosso João Alves de Siqueira Bueno e mais: Américo Brasiliense, este que veio depois a ser Governador de São Paulo – e era personalidade também ligada a Guarulhos, onde suas terras de produção agrícola, abasteciam a Capital –, Joaquim Inácio de Morais e Manuel Dutra Rodrigues; merecendo ser destacado, ainda, que o Cônego João Vicente Valadão, que houvera sido nosso pároco, Guarulhense por adoção, foi convidado especial da comitiva.

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O Conselheiro Crispiniano faleceu e nessas Ilustres personalidades guarulhenses, dentre outras figuras também Ilustres, Guarulhos chegou aos 24 de março de 1880 a sua Emancipação Política, através da Lei Provincial no 34, e em janeiro de 1881, instalou a sua Câmara com seus Vereadores e o Intendente.

De forma que trago a V.Exas. e a essa Câmara, os fatos, para acrescê-los àqueles que narrei na solenidade, a fim de que fiquem, também, registrados nos anais dessa Casa de Leis, o que me permitirá corrigir a injustiça da omissão, da qual me penitencio.

Muito grato.

Agnello Herton Trama.