Segunda água nutre expectativa de vida melhor para o homem do campo

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Ano 7 • nº1433 Junho/2013 Nova Santa Rita Segunda água nutre expectativa de vida melhor para o homem do campo No povoado Sobradinho, localizado no município de Nova Santa Rita – PI, vivem Maria de Jesus Rodrigues de Alencar e Luís Carlos da Silva juntamente com a família, totalizando quatro pessoas. Em frente à casa está a cisterna de 16 mil litros para consumo humano, implantada há sete anos pelo Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), o que deu espaço para a família começar a horta com fruteiras, verduras, plantas medicinais e um pasto que alimenta os animais da propriedade. Além do canteiro com melancia, banana, milho, abóbora, mandioca, feijão, coentro, tomate, pimentinha, onde cultivam também plantas medicinais, como malva do reino e alimento para os animais, como capim e algaroba, a família ainda conta com uma pequena criação de bode, carneiro, galinha, peru e gado. O casal, lembra dos momentos de dificuldade que passaram antes de receber a primeira cisterna. “A gente tinha que acordar às cinco da manhã, e andar 4 km até o poço para poder pegar água. Era muito difícil. A gente não plantava nada, a não ser o milho e o feijão no período de inverno, quando tinha chuva. Tempos difíceis aqueles. Tomávamos banho de chuveiro, mas na realidade a gente tinha que subir na escada com a lata d'água na cabeça” comenta Luís Carlos. Maria de Jesus explica que começou o canteiro a partir da necessidade da família, para que eles pudessem se livrar de alguns gastos na feira. “A gente não vende o que planta. Não as hortaliças, mas de vez em quando a gente vende uma galinha, um bode ou um carneiro. A única coisa que comercializamos todo mês são os ovos das galinhas. Porque já temos um contrato em São João do Piauí” diz.

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 7 • nº1433

Junho/2013

Nova Santa Rita

Segunda água nutre expectativa de vida melhor para o homem do campo

No povoado Sobradinho, localizado no município de Nova Santa Rita – PI, vivem Maria de Jesus Rodrigues de Alencar e Luís Carlos da Silva juntamente com a família, totalizando quatro pessoas. Em frente à casa está a cisterna de 16 mil litros para consumo humano, implantada há sete anos pelo Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), o que deu espaço para a família começar a horta com fruteiras, verduras, plantas medicinais e um pasto que alimenta os animais da propriedade.

Além do canteiro com melancia, banana, milho, abóbora, mandioca, feijão, coentro, tomate, pimentinha, onde cultivam também plantas medicinais,

como malva do reino e alimento para os animais, como capim e algaroba, a família ainda conta com uma pequena criação de bode, carneiro, galinha, peru e gado.

O casal, lembra dos momentos de dificuldade que passaram antes de receber a primeira cisterna. “A gente tinha que acordar às cinco da manhã, e andar 4 km até o poço para poder pegar água. Era muito difícil. A gente não plantava nada, a não ser o milho e o feijão no período de inverno, quando tinha chuva. Tempos difíceis aqueles. Tomávamos banho de chuveiro, mas na realidade a gente tinha que subir na escada com a lata d'água na cabeça” comenta Luís Carlos.

Maria de Jesus explica que começou o canteiro a partir da necessidade da família, para que eles pudessem se livrar de alguns gastos na feira. “A gente não vende o que planta. Não as hortaliças, mas de vez em quando a gente vende uma galinha, um bode ou um carneiro. A única coisa que comercializamos todo mês são os ovos das galinhas. Porque já temos um contrato em São João do Piauí” diz.

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Piauí

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Na propriedade de Maria de Jesus e Luís Carlos, os animais se alimentam melhor agora com a plantação de capim e algaroba, além do milho que já fazia parte da alimentação dos animais. Os canteiros recebem água através de uma irrigação feita de forma caseira, que leva uma tubulação da á g u a v i n d a d a p i a diretamente para o canteiro onde estão as bananas. A tubulação foi colocada abaixo da plantação para que as plantas fiquem sempre irrigadas. “Aqui a gente reutiliza a água. Quando lavo as louças a água que desce pelo cano vai direto para minha plantação, e quando lavo roupa é o mesmo processo. Assim sempre mantemos o canteiro bem irrigado e não perdemos o plantio” comenta Maria de Jesus.

Agora com a vinda da segunda água, através da cisterna calçadão, implemento do P1+2 (Programa Uma Terra e Duas Águas) que conta com o patrocínio da Petrobras, e realização da Obra Kolping do Piauí, a família visa melhoria de vida. Eles estão na expectativa de aumentar ainda mais a produção do canteiro, principalmente a mandioca que é um alimento importante para o povo do sertão piauiense, pois dela pode ser utilizada da raiz até o talo da mandioca.

Apesar das dificuldades enfrentadas ao longo da vida, Maria de Jesus e Luís Carlos nunca deixaram de sonhar com dias melhores. A força de vontade desse povo é maior que qualquer seca, e faz com que qualquer pedaço de terra improdutivo se torne uma verdadeira manifestação de vida.

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