Segunda Infância

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Universidade Federal de Pelotas Resumo Piaget e o desenvolvimento humano Alessandra Brose Bianca Silveira Scheila Meira

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Texto introdutorio sobre as fases do desenvolvimento humano: a 2ª infância que, por definição vai de dos 2 aos 7 anos

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Universidade Federal de Pelotas

Resumo

Piaget e o desenvolvimento humano

Alessandra BroseBianca SilveiraScheila Meira

Pelotas, 23 de Abril de 2015

Piaget e o desenvolvimento humano As fases do desenvolvimento humano foram resultado de muita pesquisa feita pelo cientista Jean Piaget. Nascido na cidade de Neuchntel na Sua, Piaget foi uma das pessoas mais influentes no campo da educao na segunda metade do sculo XX. Durante seus estudos, especializou-se na rea de psicologia e no estudo de epistemologia gentica. Piaget, sem pensar na rea pedaggica, buscava apenas um conhecimento cientfico de processo de aquisio do conhecimento humano, em particular o de crianas.Ele observou a aprendizagem infantil com o propsito de obter uma resposta a pergunta fundamental: qual a natureza da inteligncia? O que permite a criana aprender determinado fato? Como se desenvolve a sua inteligncia? Levando em conta o modelo da adaptao biolgica, viu no esquematismo da ao adaptativa a origem de toda a inteligncia. (DONGO, Montoya. 2009)Segundo Piaget, o pensamento infantil passa por estgios que vo desde o nascimento at a adolescncia. A criana aprende construindo e reconstruindo por inmeras vezes seu pensamento por meio da assimilao e da acomodao das estruturas. Esta construo, feita por meio de estgios, se divide em: Estgio sensrio-motor (0 a 2 anos), pr-operacional (2 a 7 anos), estgio das operaes concretas (7 a 11 anos) e o estgio das operaes formais (11 at a vida adulta). Porm neste trabalho enfocaremos apenas a segunda infncia.

Segunda infncia (02 a 07 anos) - Perodo Pr-operatrio O estgio pr-operacional tambm conhecido como segunda infncia. Ele caracteriza-se como um momento de extrema importncia para o desenvolvimento infantil, sendo um estgio referente a inteligncia simblica, assimilao da criana com o adulto e pelo crescimento em sua independncia. Nesta fase podemos observar que a curiosidade o que movimentar a criana. Por isso comum que elas faam muitas perguntas tentando compreender o mundo a sua volta.Para Piaget, este perodo marcado pelo aparecimento da linguagem o que levar a mudanas intelectual, afetivo e social da criana. Como citam as autoras Bock, Furtado e Teixeira Como decorrncia do aparecimento da linguagem, o desenvolvimento do pensamento se acelera. Pode-se observar que a criana passa a buscar uma melhor compreenso do real e da sua posio social entre as pessoas com quem convive.A criana deste estgio possui algumas caractersticas, tais como: A centralizao: fixa-se nas caractersticas mais notveis das coisas, e no nas suas dimenses; Transformam em realidade seus desejos e fantasias. Nesta etapa comum as meninas serem princesas ou mdicas e os meninos jogadores de futebol ou super-heris; A criana desenvolve um comportamento egocntrico, centrada em si mesma, e no consegue se colocar no lugar do outro; Busca explicao para tudo e faz muitas perguntas o tempo todos; Deixa se levar pela aparncia sem relacionar fatos.[...] As emoes so a exteriorizao da afetividade (...). Nelas que assentam os exerccios gregrios, que so uma forma primitiva de comunho e de comunidade. As relaes que elas tornam possveis afinam os seus meios de expresso, e fazem deles instrumentos de sociabilidade cada vez mais especializados (WALLON, 1995, p. 143).Nesta fase, o ato de brincar muito importante e pode-se observar que h uma mudana em relao ao desenho. Se antes de entrar no perodo pr-operacional eles s desenhavam riscos, agora eles passam a se expressar de maneira mais clara, so capazes de nomear os desenhos. Atravs deles podemos compreender como esta criana est interagindo com o mundo e as pessoas a sua volta.H tambm a melhor organizao quanto a diferena de gnero, isto , elas comeam a se posicionar em relao aos meninos, as meninas e as brincadeiras para um ou outro. Neste processo podemos identificar que as primeiras noes de Eu comeam a ser colocadas para a criana e ela passa a dar respostas para isso. Contudo, essa descoberta tem como consequncia o egocentrismo, ou seja, elas no conseguem se colocar no lugar do outro e precisa aprender a dividir brinquedos e outros espaos.Em resumo, o perodo pr-operacional apresenta a criana inmeros desafios e confrontos. Estes, partem desde o processo de aprendizagem da linguagem, a descoberta do mundo a sua volta, a descoberta do eu, dos outros e a ampliao do convvio social. Ao mesmo tempo, a compreenso de si traz tona uma montanha de emoes que precisam ser bem trabalhadas. Neste sentido, para a educao uma fase importante e, ao mesmo tempo, delicada. Assim, acredita-se que indispensvel que os educadores estejam atentos aos processos cognitivos e os comportamentos infantis buscando das respostas significativas para a construo dos conceitos tico, sociais e intelectuais.Referncias:1. https://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/44595/segunda-infancia#2. http://logosgrafia.com/2012/06/01/desenvolvimento-cognitivo-e-psicossocial-na-segunda-e-na-terceira-infancia/3. http://macfranco.blogspot.com.br/2011/07/desenvolvimento-psicossocial-na-segunda.html4. http://www.youtube.com/watch?v=mAO_lbwFxGQ5. http://revistaescola.abril.com.br/formacao/jean-piaget-428139.shtml6. http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/55035/jean-piaget-e-as-fases-do-desenvolvimento-infantil#ixzz3Y3toQuvH