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Segurança de barragens: alguns recursos à luz da Análise de Riscos PUC-Rio ABMS - 25/8/17 Waldemar Hachich USP - Escola Politécnica USP - E. E. de São Carlos Agradecimentos: Huesker, Maccaferri, Prof. Alberto Sayão

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Segurança de barragens:

alguns recursos à luz da

Análise de Riscos

PUC-Rio

ABMS - 25/8/17

Waldemar Hachich USP - Escola Politécnica

USP - E. E. de São Carlos

Agradecimentos:

Huesker, Maccaferri,

Prof. Alberto Sayão

Teton Dam – hoje

Waldemar Hachich 3 25/8/17

Seção transversal (escavada)

Waldemar Hachich 4 25/8/17

Waldemar Hachich 5 25/8/17

Casagrande: Role of the ‘calculated risk’

in earthwork and foundation engineering”(1965) “... we often deal with very

erratic, natural materials whose

properties are in part far from

clearly understood. Then we

build upon such materials and

with such materials, huge dams

which hold back more potential

destruction than man could

create by any other peacetime

activity.”

“The margin of safety that we

incorporate into our structures

should bear a direct relationship

to the magnitude of potential

losses, and it must also take

into account the range of

uncertainty involved.”

Incertezas inegavelmente

maiores do que as

introduzidas por outros

materiais da construção civil

Conseqüências de ruína

muito significativas

Modelos probabilistas e

Análise de Decisões

Risco = Incerteza x Dano

Waldemar Hachich 6 25/8/17

Terzaghi: Theoretical Soil Mechanics (1943)

“Every empirical rule based on past

experience is valid only statistically. In other

words, it expresses a probability and not a

certainty.”

“... if we trust in empirical rules, as has been

done in the past, we are at the mercy of the

laws of statistics.”

E, no entanto...

Tão mal se ensina Estatística e Teoria das

Probabilidades nos cursos de Engenharia!

Estatística bayesiana, a estatística do engenheiro,

raríssimamente é sequer mencionada

Análise de Decisões muito menos...

Análise de Riscos só se imiscuiu, timidamente, na

prática da Engenharia Civil por duas razões:

grandes desastres

seguradoras

Estivemos, durante tempo demais, “at the mercy of the

laws of statistics.”

Waldemar Hachich 7 25/8/17

Waldemar Hachich 8 25/8/17

Incertezas, decisões, riscos

Magnitude das incertezas e das conseqüências

na Engenharia Geotécnica RISCOS

Método de observação

(Terzaghi)

Extensão bayesiana

(Hachich, 1981, 1998)

Análise de Decisões:

prescritiva

Sugestão de ação a ser

tomada em uma

situação prática de

incerteza e risco

Sobre os recursos disponíveis

O que fazer?

Aprender o Teorema de Bayes

Retroanálise bayesiana

Método de observação bayesiano

Análise de Decisões

As dificuldades (reais ou imaginadas)

Autocorrelação

Método dos elementos finitos estocásticos

Linearizações e FOSM

Waldemar Hachich 9 25/8/17

TEOREMA DE BAYES

Waldemar Hachich 10 25/8/17

Waldemar Hachich 11 25/8/17

Teorema de Bayes

Decorre da própria definição de probabilidade condicional:

P [estado | amostra] P [estado] • P [amostra | estado]

P(posterior) P(anterior) • Informação dos

dados

Teorema de Bayes

Processador de informação

Incorporador de experiência

𝑃 𝐴 𝐵 = 𝑃[𝐴 ∩ 𝐵]

𝑃[𝐵] =

𝑃 𝐴 × 𝑃[𝐵|𝐴]

𝑃[𝐵]

Teorema de Bayes (variável aleatória discreta)

𝑃 𝜃 𝑧 =𝑃 𝜃 × 𝑃[𝑧|𝜃]

𝑃[𝑧]

𝑃′′[𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜] = 𝑃′ 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 × 𝑃[𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎|𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜] × 1𝑁

𝑃 𝜃 𝑧 =𝑃 𝜃 × 𝑃[𝑧|𝜃]

𝑃 𝑧 𝜃 × 𝑃 𝜃 + 𝑃[𝑧|𝜃𝑐] × 𝑃[𝜃𝑐]

Antes (de obtido z): 𝑃 𝜃 + 𝑃[𝜃𝑐] = 1

O denominador simplesmente garante que: 𝑃 𝜃|𝑧 + 𝑃[𝜃𝑐|𝑧] = 1

𝑃′′[𝜃] = 𝑃′ 𝜃 × 𝑃[𝑧|𝜃] × 1𝑁 𝑁 = constante normalizadora

Depois (de obtido z):

𝜃: evento que caracteriza um estado

𝑧: evento que caracteriza uma amostra,

uma observação, um ensaio 𝑃 𝜃 𝑧 × 𝑃[𝑧] = 𝑃[𝑧|𝜃] × 𝑃 𝜃 = 𝑃[𝜃 ∩ 𝑧]

O numerador é o que realmente importa.

25/8/17 Waldemar Hachich 12

Teorema de Bayes (variável aleatória contínua)

Conhecimento revisado (posterior)

Informações do monitoramento (ou ensaios)

Conhecimento inicial (anterior)

𝑓′′(𝜃) ∝ 𝑓′(𝜃) × 𝐿(𝜃)

𝑁 = 𝑓(𝑧|𝜃) × 𝑓′ 𝜃 𝑑𝜃 , para que 𝑓′′ 𝜃 𝑑𝜃 = 1 𝑓′′ 𝜃 = 𝑓′(𝜃) × 𝑓(𝑧|𝜃) × 1𝑁

𝑓′′(𝜃) ∝ 𝑓′(𝜃) × 𝐿(𝜃)

Antes (de obtido z): 𝑓′ 𝜃 𝑑𝜃 = 1

Depois (de obtido z):

25/8/17 Waldemar Hachich 13

Barragem “simples” com filtro-

dreno vertical

Waldemar Hachich 16 25/8/17

Análise usual de

percolação pelo MEF

Isóbaras anteriores (u, do MEF)

Waldemar Hachich 17 25/8/17

Isóbaras anteriores (u, do MEF)

Waldemar Hachich 18 25/8/17

𝒁 =1029

leituras piezométricas

Previsões (u) não são leituras

de piezômetros (z)

Waldemar Hachich 19 25/8/17

𝒛𝒊 = 𝒂𝒊 + 𝒃𝒊𝒖𝒊+𝒗𝒊

𝒖𝒊

O modelo linear de observação abaixo estabelece a relação entre a previsão e a

leitura em um ponto do domínio de percolação (por enquanto suposta não

correlacionada com todos os demais pontos do campo de cargas hidráulicas).

Isóbaras anteriores

Waldemar Hachich 24 25/8/17

Isóbaras posteriores (dependem das leituras dos piezômetros, Z)

Waldemar Hachich 25 25/8/17

A partir do campo atualizado

de pressões neutras, possível

atualizar os valores dos

indicadores de segurança

(F, 𝜷, 𝒑𝒓)

Iso-dispersão anterior

Waldemar Hachich 26 25/8/17

Iso-dispersão posterior (não depende da leitura dos instrumentos)

Waldemar Hachich 27 25/8/17

incertezas “residuais” dos

próprios instrumentos

Redução de incerteza (a ser explorada posteriormente)

Waldemar Hachich 28 25/8/17

MÉTODO DE OBSERVAÇÃO

BAYESIANO

Bayesian observational method

25/8/17 Waldemar Hachich 29

Waldemar Hachich 30 25/8/17

Terzaghi: Theoretical Soil Mechanics (1943)

“If the engineer is fully

aware of the uncertainties

involved in the fundamental

assumptions of his

computations he is able to

anticipate the nature and

the importance of the

differences which may exist

between reality and his

original concept of the

situation.”

Método de observação

para tratar as

incertezas inerentes

aos materiais naturais

Sempre

insuficientemente

amostrados

Nunca totalmente

conhecidos com

suficiente antecipação

quanto à natureza

quanto ao estado

Waldemar Hachich 31 25/8/17

INCERTEZAS

INTRÍNSECA

DE MODELO

DE PARÂMETROS

(DOS MODELOS!)

MODELOS FÍSICOS,

QUÍMICOS OU

BIOLÓGICOS

MODELOS

PROBABILÍSTICOS

AÇÕES

RESISTÊNCIAS

Waldemar Hachich 32 25/8/17

Fontes de incerteza

Variabilidade natural (intrínseca)

Desconhecimento de todas as causas e

efeitos (de modelo)

y = f (x1, x2, x3, ..., xi-1, xi, xi+1, xi+2, ..., xn )

função determinística + aleatoriedade

Falta de dados (de parâmetros)

Waldemar Hachich 33 25/8/17

Modelos (Baecher, 1976)

Sistema real

mais rico em

detalhes

menos rígido

mais interações

com o ambiente,

com outros

sistemas

Modelo

ignora aspectos

periféricos, concentra-se

naqueles considerados

principais

atribui relações simplistas

e rígidas (números)

escolhe uma fronteira de

isolamento

O método de observação,

passo a passo (Peck, 1963) 1. Explorar e investigar as

propriedades dos depósitos

2. Escolher o conjunto de condições

mais prováveis: hipótese de

trabalho, Ho

3. Projetar para Ho

4. Prever desvios concebíveis em

relação a Ho: Hi; i=1, 2, 3, ..., m-1

5. Selecionar grandezas a serem

monitoradas, Zj; j=1, 2, ..., p

Waldemar Hachich 34 25/8/17

6. Prever as leituras das grandezas

selecionadas para a hipótese de

trabalho, Ho

7. Fazer a mesma previsão para cada

uma das demais hipóteses, Hi

8. Preparar planos de contingência

para os desvios concebíveis de Ho

9. Efetuar as leituras e avaliar as

condições “reais”

10. Implementar as ações de

contingência ditadas pelas

condições “reais”

O método de observação

bayesiano (Hachich, 1981, 1998) (1) 1. Explorar e investigar as

propriedades dos depósitos

2. Escolher o conjunto de condições

mais prováveis: hipótese de

trabalho, Ho

3. Projetar para Ho

4. Prever desvios concebíveis em

relação a Ho: Hi; i=1, 2, 3, ..., m-1

5. Selecionar grandezas a serem

monitoradas, Zj; j=1, 2, ..., p

1. Explorar e investigar as

propriedades dos depósitos

2. Estimar a probabilidade

anterior, p’ [ Ho ]

3. Projetar para Ho

4. Estimar as probabilidades

anteriores dos desvios:

p’ [ Hi ]; i=1,2,3, ..., m-1

5. Selecionar grandezas a serem

monitoradas, Zj; j=1, 2, ..., p

Waldemar Hachich 35 25/8/17

O método de observação

bayesiano (Hachich, 1981, 1998) (2) 6. Prever as leituras das grandezas

selecionadas para a hipótese de

trabalho, Ho

7. Fazer a mesma previsão para cada

uma das demais hipóteses, Hi

8. Preparar planos de contingência

para os desvios concebíveis de Ho

9. Efetuar as leituras e avaliar as

condições “reais”

10. Se necessário, implementar as

ações de contingência ditadas

pelas condições “reais”

6. Estimar função densidade de

probabilidade das leituras, para

Ho: fZj | Ho (zj); j=1,2, ..., p

7. Estimar fdps das leituras, para

demais Hi (i=1,2,3...,m-1)

fZj | Hi (zj); j=1,2,3...,p

8. Preparar planos de contingência

para os desvios concebíveis de Ho,

avaliando custos e impactos

9. Atualizar probabilidades das Hi

(Bayes) em função de todas as

leituras: p’’ [ Hi ]; i=0,1,2..., m-1

10. Usar a árvore de decisão para

escolher a melhor ação depois da

atualização das probabilidades.

Waldemar Hachich 36 25/8/17

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Bayesian observational method: example

25/8/17 Waldemar Hachich 37

Barragem “simples” com filtro-

dreno vertical: Ho

Waldemar Hachich 38 25/8/17

(WH)

1. Etapa de exploração e investigação já cumprida.

2. Ho “projeto” acima, a hipótese de trabalho (“working hypothesis”).

p’ [Ho] = p’ [WH] será apresentada mais adiante.

3. Projeto para Ho (acima).

Barragem: desvios concebíveis

(H1 e H2)

Waldemar Hachich 39 25/8/17

4. Desvios concebíveis:

DIS e CLOG.

p’ [H1] = p’ [DIS] e

p’ [H2] = p’ [CLOG]

mais adiante

Monitoramento

Waldemar Hachich 40 25/8/17

(WH)

5. Grandezas escolhidas: apenas as leituras piezométricas nos pontos

9 (𝑧1) e 11 (𝑧2).

Previsão dos valores de 𝑢9 e 𝑢11, incluindo sua dispersão (em função da

variabilidade da permeabilidade do solo compactado)

MEF estocástico + FOSM, Monte Carlo ou similar – resultados a seguir...

Isóbaras de u ( média), dada a

hipótese de trabalho, Ho

Waldemar Hachich 41 25/8/17

6. Média da distribuição de 𝑢9 e 𝑢11,

sempre para Ho

7. Mesmos passos anteriores, para

média da distribuição de 𝑢9 e 𝑢11

para H1 (DIS) e

para H2 (CLOG)

Iso-dispersão de u ( desvio

padrão), dada a hipótese de trabalho, Ho

Waldemar Hachich 42 25/8/17

6. Desvio padrão da distribuição de

𝑢9 e 𝑢11, sempre para Ho

7. Mesmos passos anteriores, para

desvio padrão da distribuição de

𝑢9 e 𝑢11 para H1 (DIS) e

para H2 (CLOG)

𝑍 = 𝑎 + 𝐵 ∙ 𝑈 + 𝑣

Waldemar Hachich 43 25/8/17

6. Distribuição de 𝑧1 e 𝑧2

para Ho: 𝑓(𝒁|𝐻0) 7. Distribuição de 𝑧1 e 𝑧2

para H1 (DIS) 𝑓(𝒁|𝐻1) e H2 (CLOG), 𝑓(𝒁|𝐻2)

𝒛𝒊 = 𝒂𝒊 + 𝒃𝒊𝒖𝒊+𝒗𝒊

𝒖𝒊

O modelo linear de

observação ao lado,

generalizado para o

campo estocástico,

Z = a + B . U + v

permite passar das

distribuições de U para

as distribuições de Z.

Probabilidade das leituras para a

hipótese de trabalho, 𝑓(𝑍|𝐻𝑜)

Waldemar Hachich 44 25/8/17

Bayes: atualizar probabilidades

Waldemar Hachich 45 25/8/17

8. Preparar planos de

contingência (ações

0, 1, 2, k...q) para os

desvios concebíveis

de Ho, avaliando

custos e impactos

9. Atualizar (Bayes!)

probabilidades das

Hi em função de

todas as leituras:

p’’ [ Hi ] = p[Hi | z];

i=0,1,2..., m-1

𝑝′′ 𝐻𝑖 = 𝑝′ 𝐻𝑖 × 𝑓 𝑍|𝐻𝑖 × 1𝑁

𝑁 = constante normalizadora

anterior posterior informações do

monitoramento

Probabilidades atualizadas

Waldemar Hachich 46 25/8/17

Ponto Cargas piezométricas (m)

Observadas Previstas

WH DIS CLOG

9 29,0 27,5 32,9 30,0

11 10,0 8,7 8,7 11,9

f(Z|Hi) 0,00162 0,00086 0,00089

p’(Hi) Nº 1 1/3 1/3 1/3

p’’(Hi) Nº 1 0,480 0,255 0,265

p’(Hi) Nº 2 0,700 0,200 0,100

p’’(Hi) Nº 2 0,813 0,123 0,064

Com p’’[Hi] e árvore de decisão,

escolher melhor ação

Waldemar Hachich 47 25/8/17

𝑝′′ 𝐻𝑖 = 𝑝′ 𝐻𝑖 × 𝑓 𝑍|𝐻𝑖 × 𝑁

𝑁 = constante normalizadora

anterior posterior informações do

monitoramento

10.Usar a árvore de decisão para

escolher a melhor ação depois da

atualização das probabilidades.

Estrutura da decisão quanto às

ações de contingência

Waldemar Hachich 48 25/8/17

Ação 0

Ação 1

Ação k

Ação q

p’’[H0]

p’’[H1]

p’’[H2]

Custo e outras

consequências

da ação k, dada

H0

Custo e outras

consequências

da ação k, dada

H1

Custo e outras

consequências

da ação k, dada

H2

(não fazer nada)

Custo esperado

da ação k

Custo esperado = custos x probabilidades

Possível critério

de decisão:

menor custo

esperado

Análise de decisão

Iso-dispersão anterior 𝜎′ 𝑊𝐻

(não depende da leitura dos instrumentos, só da

sua posição)

Waldemar Hachich 49 25/8/17

Possibilidade de gerar, já na fase de projeto,

resultados similares para as hipóteses

alternativas:

H1 (DIS) → 𝜎′ 𝐷𝐼𝑆

H2 (CLOG) → 𝜎′ 𝐶𝐿𝑂𝐺

Qual a “melhor” posição do

próximo instrumento?

Waldemar Hachich 50 25/8/17

Análise de decisão

(de novo!)

incertezas relativas

Qual a “melhor” posição do

próximo instrumento?

Waldemar Hachich 51 25/8/17

Análise de decisão

(de novo!)

Incerteza relativa esperada com

instrumento na posição i

Incerteza relativa esperada = incertezas relativas x probabilidades

Possível critério de

decisão: menor

incerteza relativa

esperada

incertezas relativas

Qual a “melhor” posição do

próximo instrumento?

Waldemar Hachich 52 25/8/17

Análise de decisão

(de novo!)

Incerteza relativa esperada com

instrumento na posição i

Incerteza relativa esperada = incertezas relativas x probabilidades

incertezas relativas

No método de observação bayesiano, refinamento da etapa

de projeto da instrumentação!

5. Selecionar grandezas a serem monitoradas, Zj; j=1, 2, ..., p

Possível critério de

decisão: menor

incerteza relativa

esperada

RETROANÁLISE BAYESIANA

(CASO REAL)

Bayesian updating

Waldemar Hachich 53 25/8/17

Equipotenciais e campo de k ajustados por tentativa e erro

Waldemar Hachich 56 25/8/17

Núcleo “ajustado” à piezometria

por tentativa e erro

Equipotenciais ajustadas

por atualização bayesiana (k3 e k1 aleatórias)

Waldemar Hachich 59 25/8/17

Campo de variação de log k por atualização bayesiana

Waldemar Hachich 60 25/8/17

k decrescente com

profundidade no núcleo

de aterro hidráulico!

AUTOCORRELAÇÃO NO MEF

ESTOCÁSTICO

Autocorrelation in stochastic finite elements

Waldemar Hachich 61 25/8/17

Variabilidade espacial - Local 1

S1.1 S2.1

𝒎𝑿 𝝈𝑿

25/8/17 Waldemar Hachich 62

Em janela de tamanho constante, maior probabilidade dos pontos

extremos estarem do mesmo lado da média.

Variabilidade espacial - Local 2

S1.2 S2.2

𝒎𝑿 𝝈𝑿

25/8/17 Waldemar Hachich 63

Em janela de tamanho constante, menor probabilidade dos pontos

extremos estarem do mesmo lado da média.

Variabilidade espacial - Local 1

S1.1 S2.1

𝒎𝑿 𝝈𝑿

25/8/17 Waldemar Hachich 64

Médias locais (em elementos, por exemplo) mais dispersas

Variabilidade espacial - Local 2

S1.2 S2.2

𝒎𝑿 𝝈𝑿

25/8/17 Waldemar Hachich 65

Médias locais (em elementos, por exemplo) menos dispersas

Waldemar Hachich 66 25/8/17

Variáveis aleatórias vs. campos

estocásticos

Variabilidade

espacial:

Cornell,

Vanmarcke,

Veneziano,

Yong, Alonso

(décadas de 70

e 80)

Representação

estocástica de

propriedades

do terreno

Média

Desvio padrão

Considerar autocorrelação é absolutamente essencial!

CAMPO ESTOCÁSTICO DE PERMEABILIDADES

Função de autocorrelação

simplificada

Waldemar Hachich 67 25/8/17

Correlação entre elementos

retangulares

Waldemar Hachich 68 25/8/17

Aproximação para o MEF

estocástico

Waldemar Hachich 69 25/8/17

Erro da aproximação por

elementos retangulares

Waldemar Hachich 70 25/8/17

LINEARIZAÇÃO E FOSM

Linear approximation and FOSM

Waldemar Hachich 71 25/8/17

Linearização e FOSM

Waldemar Hachich 72 25/8/17

Linearização simplifica,

especialmente para o

FOSM!

Nem sempre possível

Há alternativas nas

simulações (Monte

Carlo é apenas uma

das possibilidades)

OUTROS RECURSOS

Waldemar Hachich 73 25/8/17

Waldemar Hachich 74 25/8/17

Evolução dos critérios de

segurança

Empirismo

Racionalismo

Incrementalismo

(“Bayesian

observational

method”)

Indicadores: F 𝛽 𝑝𝑟

Com 𝑝𝑟,

minimização de

custos inicial esperado

Confiabilidade (“reliability”)

Barragem como sistema

Ruína (principal) perda de contenção

Como atinge a ruína?

Galgamento (“overtopping”)

Erosão interna (“piping”)

Fraturamento (hidráulico ou por recalques excessivos)

Outros

Como combinar todos esses efeitos para definir a

probabilidade de ruína (e a confiabilidade)?

Árvore de falhas parece uma boa alternativa (utilizada

extensivamente no caso mais simples de usinas nucleares)

Waldemar Hachich 75 25/8/17

Recomendações finais

Análises prévias não apenas da hipótese de projeto, mas

também dos possíveis desvios dessa hipótese

Posições de instrumentos otimizadas para terem bom poder

de discriminação em relação aos desvios imaginados

Análise de decisões para orientar racionalmente as decisões

em face de incertezas

Leituras de instrumentos podem ser melhor aproveitadas

Quantificações estatísticas explícitas, especialmente de

incertezas, sempre que possível

Instrumentação e monitoramento têm excelente relação risco-

benefício

Waldemar Hachich 76 25/8/17

Evitam-se assim os acidentes

graves?

Não! Mas tem-se a tranquilidade de haver feito

o melhor para reduzir sua probabilidade.

Há sempre alguma probabilidade de ocorrerem

desvios não imaginados das hipóteses de

projeto (Sandroni, 2017: “rupturas frágeis”, sem

aviso, vs. “rupturas dúcteis”)

Lembrar também que o acidente grave decorre,

muitas vezes, dos nossos vícios de gestão

(Valenzuela, 2016)

Waldemar Hachich 77 25/8/17