Segurança no trabalho

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ FERNANDA KRAUSE IZABELLA DE SOUZA LORENZON JULIANA DA COSTA MATTOS SILVA MARIANA RUDNICK DOS SANTOS REGINA VITÓRIA SANTOS ARAUJO YASMIN VIEIRA PSICOLOGIA APLICADA À SEGURANÇA DO TRABALHO TRABALHO ACADÊMICO CURITIBA 2015

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Trabalho de psicologia

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Page 1: Segurança no trabalho

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

FERNANDA KRAUSE

IZABELLA DE SOUZA LORENZON

JULIANA DA COSTA MATTOS SILVA

MARIANA RUDNICK DOS SANTOS

REGINA VITÓRIA SANTOS ARAUJO

YASMIN VIEIRA

PSICOLOGIA APLICADA À SEGURANÇA DO TRABALHO

TRABALHO ACADÊMICO

CURITIBA

2015

Page 2: Segurança no trabalho

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3

CONCEITOS BÁSICOS.................................................................................. 5

O OLHAR DIRETO DA PSICÓLOGA JULIANA BLEY ................................... 6

ESTATÍSTICAS ............................................................................................ 10

CUSTO DA DISPLICÊNCIA ......................................................................... 13

OBJETIVOS DIRETOS E INDIRETOS DA PSICOLOGIA NA SEGURANÇA

NO TRABALHO ............................................................................................ 14

TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS ................................................................ 16

RESULTADOS PRODUZIDOS ..................................................................... 18

EXEMPLOS DE APLICAÇÕES .................................................................... 20

PROFISSIONAIS .......................................................................................... 22

CONCLUSÃO ............................................................................................... 23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 25

Page 3: Segurança no trabalho

INTRODUÇÃO

É plausível admitir que, em qualquer ambiente de trabalho, existem

riscos inerentes à profissão e que podem causar danos físicos e psicológicos ao

trabalhador.

A sociedade atual mostra-se muito punitiva e pouco educativa no que

tange à orientação e prevenção de acidentes de trabalho. O profissional mostra-

se preocupado em prevenir tais punições, e não o acidente em si, podendo se

expor a situações de risco para tal. Além disso, condições próprias do indivíduo

- como estresse elevado e problemas de saúde associados a essa condição de

estresse -, bem como fadiga física e mental, podem causar uma saturação da

percepção dos riscos e um desinteresse em seguir as normas de segurança.

A Segurança do Trabalho tem por objetivo pôr em prática uma série de

medidas que objetivam minimizar ou evitar possíveis acidentes causados por

esses riscos intrínsecos a cada ambiente. No entanto, a aplicação dessas

medidas não é tão simples quanto possa parecer, e vai muito além de um

simples problema de treinamento.

A Psicologia mostra a essencialidade de avaliar o trabalho, as condições,

a relação do trabalhador com a atividade exercida, dentre uma série de outras

informações relacionadas ao profissional e sua atividade, para que se possa

obter a ferramenta mais adequada para reverter esse quadro e tornar o trabalho

seguro para todos os campos de atuação.

Ela contracena com a Segurança no Trabalho ao retratar a importância

de se fazer intervenções preventivas que humanizem o trabalho e valorizem o

trabalhador. Revela também a necessidade de se avaliar os acertos de cada

indivíduo, e busca uma maior consciência e disciplina por parte, não apenas do

trabalhador, mas dos patrões também. Segundo a Psicologia, é necessário que

os patrões assumam uma posição de liderança e demonstrem aos funcionários

os resultados desejados quanto à segurança, e é essencial que eles sejam

exemplos aos trabalhadores.

A análise de dados estatísticos mostra a gravidade dos problemas

relacionados à segurança do trabalho e que normalmente é maior do que se

pensa. O ramo da Psicologia, portanto, abre caminhos para o esclarecimento

Page 4: Segurança no trabalho

das condições que levam a esses problemas e atua fundamentalmente no

estabelecimento de formas eficazes de tratamento da situação, sendo essa

relação com a Segurança no Trabalho o principal objetivo do presente trabalho.

Page 5: Segurança no trabalho

CONCEITOS BÁSICOS

A Segurança no Trabalho tem por objetivo prevenir, minimizar e evitar os

acidentes no meio de trabalho e doenças ocupacionais. Para reforçar essa

prevenção foi criado o Programa Trabalho Seguro, que visa à formulação de

ações nacionais voltadas às prevenções de acidentes de trabalho. O Trabalho

Seguro promove a articulação entre todas as partes, empregados e

empregadores, para aumentar a conscientização da importância do tema.

Em 1943 foi elaborada a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT),

definindo explicitamente os direitos e deveres de empregados e empregadores,

controlando as relações no ambiente de trabalho. Dentre os artigos, estão:

Art. 157 – Cabe às empresas: I – Cumprir e fazer cumprir as normas de

segurança e medicina do trabalho; II – Instituir os empregados, através de ordens

de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes de

trabalhos ou doenças ocupacionais; II – Adotar as medidas que lhes sejam

determinadas pelo órgão regional competente; IV – Facilitar o exercício da

fiscalização pela autoridade competente.

Art. 158 – Cabe aos empregados: I – Observar as normas de segurança

e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo

anterior; II – Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste

Capítulo.

A partir da CLT, elaboraram-se as Normas Regulamentadoras (NR’s), que

visam orientar os procedimentos relativos à segurança e medicina do trabalho.

Essas normas determinam os procedimentos para controlar a saúde e

segurança do trabalhador em cada área de atuação. Por exemplo, a NR 20

contempla a Saúde e Segurança no Trabalho com inflamáveis e combustíveis.

Page 6: Segurança no trabalho

O OLHAR DIRETO DA PSICÓLOGA JULIANA BLEY

Segundo a escritora e psicóloga Juliana Bley, um dos principais objetivos

da Psicologia da Segurança é elevar o envolvimento pessoal de cada membro

da organização com a segurança e com o desenvolvimento de uma cultura

universal de segurança. Esse objetivo é alcançado pela estratégia de capacitar

o trabalhador através de palestras, cursos, treinamentos, reuniões ou qualquer

outro evento que seja capaz de “ensina-lo” a realizar suas tarefas considerando

os possíveis riscos. Entretanto, segundo a autora, a estratégia não é bem-

sucedida se aplicada de forma descontextualizada e sem levar em conta as

variáveis complementares ao comportamento relacionado a prevenção. O

sucesso virá apenas com o processo de aprender, comportamento este que

depende fundamentalmente da cultura da organização, do contexto no qual o

indivíduo está inserido.

Juliana cita Geller (2001), um dos mais importantes estudiosos da

psicologia estadunidense, que afirma que o contexto mais favorável para

aprender a prevenir se caracteriza pelo cuidado como atitude essencial, ou

cuidado ativo, como denomina o psicólogo. Uma organização que apresenta

um cuidado ativo é aquela que se apoia no seguinte tripé: cuidar de si mesmo,

cuidar do outro e deixar-se cuidar pelo outro. Segundo Geller, esse tripé torna

o ambiente muito mais favorável para o desenvolvimento do comportamento

preventivo não só no trabalhador em si, mas também na liderança e na cúpula

da empresa.

Bley esclarece que o desenvolvimento de atitudes seguras é constituído

na criação de condições para que os indivíduos compreendam os riscos e as

maneiras de evitar ferimentos e perdas, identifiquem-se e instiguem-se pela ideia

de que “prevenir é realmente melhor que remediar” e ajam de tal forma.

Os acidentes de trabalho, segundo a análise da autora, são objetos de

estudo extremamente complexos, pois são reflexo do modo da interação das

pessoas com o mundo que o cerca, com os colegas de trabalho e com a própria

empresa.

Analogamente, os comportamentos relacionados à segurança também

são multideterminados. Um comportamento seguro é definido pela capacidade

Page 7: Segurança no trabalho

de perceber e controlar os riscos da atividade para reduzir a probabilidade de

consequências indesejáveis em momentos posteriores tendo sempre em mente

o tripé do cuidado ativo. Porém, o conceito de risco é relativo, e depende

diretamente das condições de trabalho, das decisões organizacionais, dos

procedimentos de trabalho e da relação que o trabalhador estabelece com os

perigos no seu local de trabalho. Bernstein (1998) afirma que a palavra risco

deriva do italiano riscare, cujo significado é ousar. A partir daí, Juliana examina

o risco como opção do ser humano, e não coincidência, tornando o indivíduo

ainda mais responsável nas ocorrências indesejadas nas empresas. Dessa

forma, Bley visa apenas mostrar que há níveis de influência das pessoas que

trabalham em situações de riscos em relação aos desastres, e não culpar o

trabalhador pelos acidentes

Pode-se dizer que o fato de passar muito tempo sem a ocorrência de

acidentes em uma empresa faz com que o comportamento de evitar se

enfraqueça. Como consequência, os acidentes novamente ocorrerão e o ciclo

de investigação e planos de ação reinicia. Portanto, segundo Juliana, é de

extrema importância o conhecimento das relações que compõem o ciclo para

que se possa interpretar essa alternância de períodos com e sem desastres nas

empresas.

Quanto às ações tomadas por profissionais na área de segurança de

trabalho visando evitar a ocorrência de acidentes, a autora cita o trabalho de

Rebelatto e Botomé (1996), que sistematizaram os diferentes tipos de atuação

desses profissionais, sendo eles:

Atenuar: enfatizar o sofrimento que pode ser produzido por danos

permanentes na saúde do trabalhador;

Compensar: compensar tais danos;

Reabilitar: limitar e reduzir tais danos;

Tratar: recuperar ou eliminar os danos produzidos na qualidade das

condições de saúde dos organismos;

Prevenir: evitar a existência de danos nas características das condições

de saúde;

Manter: realizar a manutenção das características adequadas;

Promover: promoção de melhores condições de saúde existentes.

Page 8: Segurança no trabalho

Analisando essas definições, Juliana Bley salienta que a prevenção deve

agir não só em relação aos determinantes dos problemas e suas consequências,

o que é o mais comum dentre as empresas, mas também em relação aos

deslizes dos processos gerenciadores de acidentes. Essa análise à leva à

chocante conclusão de que o campo da saúde e da segurança é, portanto, mais

especializado em mortes do que em vidas.

Na promoção do ensino do comportamento preventivo em segurança do

trabalho, a psicóloga separa o que precisa ser ensinado e aprendido para melhor

compreensão.

Em relação à mudança de comportamento, o grande erro das

organizações é levar em conta somente os aspectos internos ao trabalhador, ou

seja, a falta de percepção de risco, a negligencia, a imprudência, distrações,

abalos emocionais e entre outros. Segundo Bley, deve-se ressaltar, além dos

aspectos internos, também os externos ao indivíduo, que seriam as relações

interpessoais com os colegas de equipe; o ambiente de trabalho, que deveria

estar em ótimas condições; o tempo e os recursos disponíveis para a realização

da tarefa; o sistema de gestão, normas e procedimentos; e as características

sócio culturais de todo o grupo de trabalhadores da empresa. Somente o estudo

de todas essas variáveis é que produziria um efetivo plano de segurança.

Quanto às estratégias para influencias comportamentos o impasse

encontra-se entre obedecer às regras e agir com autonomia. Ensinar o

trabalhador a ter escolhas conscientes na tomada de decisões é tão essencial

quanto torná-lo cônscio das normas a serem seguidas. Juliana Bley, por meio de

exemplos, avalia que a punição do indivíduo que não agiu de forma segura em

situações de risco tem a tendência de ser efetiva somente na presença do agente

punidor. Dessa forma, ela afirma que a utilização desse procedimento no

cotidiano da organização é desvantajosa, pois, além de causar a modificação

comportamental dos trabalhadores, ainda é capaz de gerar raiva, angústia,

revolta e ansiedade, o que reduzirá seus rendimentos. Para solucionar esse

problema, a autora sugere um reforço de comportamento com base no que a

Análise do Comportamento chama de reforço negativo do tipo esquiva, no qual

a não ocorrência de acidentes aumenta a chance do indivíduo a comportar-se

de forma segura novamente, já que não sofreu consequências desagradáveis

causadas por estes. Ou seja, na esquiva, mesmo que não haja desastres, nada

Page 9: Segurança no trabalho

acontece. Outra forma estudada pela a Análise do Comportamento proposta pela

autora, que é oposta àquela citada anteriormente, é o reforço positivo,

caracterizado pela apresentação de um estimulo reforçador, como prêmios e

elogios ao trabalhador que evitou acidentes. Porém, a Análise do

Comportamento já descobriu que aquilo que estimula comportamentos seguros

em uma pessoa pode não estimular a mesma conduta em outra. A alternativa é

então ajustar as estratégias de modo que o trabalhador se torne o agente do seu

processo de segurança, e não apenas o expectador.

Na questão de Treinamentos e Campanhas, o ponto principal é que cada

estratégia de treinamento faça um levantamento de necessidades, no

planejamento de ensino, na realização do curso e na aplicação do conhecimento

desenvolvido. Segundo constatações da autora, a maior parte dos insucessos

das práticas de ensino ocorre devido à falta de convergência do que é ensinado

com a vida real do trabalhador.

Em última análise, Juliana fala dos desafios dos educadores para a

formação profissional do trabalhador. Para ela, os eventos que visam a educação

segura dos trabalhadores apresentam predominância de instrutores com baixa

formação didático-pedagógica, o que é alarmante, visto que conhecimento

técnico não é suficiente para promover um processo de aprendizagem efetivo.

Quando o objetivo da prática de ensino diverge daquilo que se espera

como competência desenvolvida pelos aprendizes, todo o atendimento das

demandas organizacionais que buscaram a realização dos treinamentos de

segurança é prejudicado. Assim, Bley salienta a grande necessidade de se

revisar o processo de capacitação técnica, já que as más formulações das

estratégias de ensinos podem levar a uma aprendizagem equivocada.

Page 10: Segurança no trabalho

ESTATÍSTICAS

Segundo os dados da Previdência Social, ocorrem em média 740 mil

acidentes de trabalho por ano no Brasil. Mais de 50 mil apenas no Paraná. O

gráfico 01 mostra a distribuição da quantidade de acidentes por grandes regiões.

Gráfico 01 Fonte: Previdência Social

Em 2013, dos 737378 acidentes de trabalho que ocorreram, 14837

levaram à incapacidade permanente e quase 3 mil mortes. Isto é, 2,4% do total

de acidentes geraram consequências irremediáveis.

No mesmo ano, a faixa etária mais atingida foi de jovens entre 25 e 29

anos, com 121017 ocorrências. Destas, 70% foram do gênero masculino. Já

entre o sexo feminino, a faixa etária mais atingida foi de 30 a 34 anos, que

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

90000

Até 19anos

20 a 24anos

25 a 29anos

30 a 34anos

35 a 39anos

40 a 44anos

45 a 49anos

50 a 54anos

55 a 59anos

60 a 64anos

Mais de65 anos

Acidentes de Trabalho por Faixa Etária e Gênero - 2013

Homens Mulheres

Acidentes de Trabalho por Região - 2013

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste

Page 11: Segurança no trabalho

representa cerca de 20% do total de acidentes de trabalho com mulheres. O

gráfico 02 mostra a distribuição por idade e gênero.

O setor mais atingido foi o de serviços, mais especificamente o

relacionado à saúde, que representou um quinto do total de acidentes de

trabalho neste setor, no ano de 2013. A quantidade de acidentes segundo a

atividade econômica está no gráfico 03.

Em geral, a parte do corpo mais afetada em acidentes de trabalho, no

mesmo ano, foi de membros superiores: o punho e a mão, envolvendo 167154

acidentes. Seguida por lesões no tornozelo e no pé, com 76404 ocorrências e

dor nas costas, com 34253 casos registrados. O gráfico 04 contém a relação do

número de acidentes com a região do corpo.

Gráfico 04 – Partes do corpo mais afetadas em acidentes de trabalho em

2013. Fonte: MPS/AEPS

Partes do Corpo mais afetadas em Acidentes de Trabalho em 2013

Cabeça e Pescoço Membros Superiores

Membros Inferiores Tórax e Quadril

Articulações e Tecido Conjuntivo Outros

Acidentes de Trabalho por Setor Econômico - 2013

Agropecuária Serviços Indústria Extrativa Indústria de Transformação

Page 12: Segurança no trabalho

Segundo a Organização Internacional do Trabalho, cerca de 4% do

Produto Interno Bruto (PIB) mundial, 2,8 trilhões de dólares, são perdidos por

ano em custos diretos e indiretos devido a acidentes de trabalho e doenças

relacionados ao trabalho. Só no Brasil, de acordo com dados da Previdência,

entre 2008 e 2013 foram gastos 50.094 bilhões de reais, como mostrado na

tabela 01 (os dados estão em bilhões de reais).

Tabela 01 – Total de gastos por ano. Fonte: Previdência Social

Isto significa que o Brasil gasta mais de 10 bilhões por ano com encargos

previdenciários. Além disso, milhões são desperdiçados com perda da

produtividade nas empresas e afastamentos. Entre 1996 e 2014 foram

desenvolvidas 2.696.919 ações fiscais em segurança e saúde no trabalho, por

meio de auditores Fiscais do Trabalho, segundo o Ministério do Trabalho e

Emprego.

Pensões acidentárias

Aposentadoria por Invalidez

Auxílio-Doença

Auxílio-Acidente

Auxílio-Suplementar

Total

2008 1214 1628 1676 1455 308 6281

2009 1328 1850 2103 1468 124 6873

2010 1393 2082 2408 1675 112 7670

2011 1514 2371 2628 1818 125 8455

2012 1839 2656 2942 2162 240 9838

2013 2033 2994 3375 2378 197 10977

Total 9320 13581 15132 10955 1105 50094

Page 13: Segurança no trabalho

CUSTO DA DISPLICÊNCIA

A falta de informações adequadas e a falta de orientação gera displicência

em relação à segurança no trabalho. Muitos funcionários se recusam a utilizar

as EPI’s adequadas e a tomar as devidas providências para executar um

trabalho seguro. Isso deve-se, na maioria das vezes, à necessidade de

produtividade do funcionário. A empresa só visa resultados e mais resultados,

querendo obter lucro o mais rápido possível, levando a produtividade ao primeiro

plano e a segurança e saúde ao último, quando deveria ser o contrário.

A negligência com a segurança está diretamente vinculada ao fato de que

todos querem resultados com a maior rapidez possível. Entretanto, a falta de

cuidados com a segurança pode gerar prejuízos excessivos às instituições.

Valor anual de despesa do INSS em R$Mil

Rubricas 2003 2004 2005 2006 2007

Aposentadoria Especial 4.892.584 5.379.468 5.710.124 5.998.660 5.681.891

Aposentadoria por Invalidez 827.851 999.217 1.189.937 1.373.787 1.355.762

Auxílio-Doença 1.001.006 1.281.922 1.431.509 1.257.922 1.468.371

Auxílio-Acidente 838.833 956.407 1.068.737 1.191.143 1.182.210

Auxílio-Suplementar 89.531 97.307 102.089 108.892 111.195

2008 2009 2010 2011

6.387.571 6.858.291 7.239.421 7.873.494

1.628.130 1.849.968 2.082.354 2.371.443

1.676.209 2.103.376 2.408.490 2.627.518

1.455.069 1.467.534 1.674.907 1.817.623

307.823 124.348 111.715 124.587

Fonte: MPS/AEPS 4

Portanto, a segurança e saúde devem vir sempre em primeiro lugar, pois

o trabalho seguro gera qualidade na produção e consequentemente eficiência.

De acordo com o Dr. Helder Gusso, essa é a ordem que deve ser seguida:

primeiro a segurança, depois a qualidade e por último a produtividade. ³ Ele ainda

aponta que, para um trabalho seguro, a responsabilidade não é somente a

consciência do empregado, mas sim um desempenho a ser avaliado todos os

dias por todos os envolvidos, ou seja, uma cobrança diária que aponte todas as

necessidades de trabalhar seguro.

Page 14: Segurança no trabalho

OBJETIVOS DIRETOS E INDIRETOS DA PSICOLOGIA NA

SEGURANÇA NO TRABALHO

De acordo com o entendimento da psicóloga Juliana Bley, “a educação

para a saúde e a segurança é uma das tradicionais estratégias utilizadas em

políticas públicas e programas de prevenção de doenças e acidentes

relacionados ao trabalho como meio de capacitar trabalhadores”.

Assim, é perceptível que a psicologia é uma ferramenta fundamental

quando se trata de segurança no trabalho. Além de ser de extrema importância,

a psicologia está presente em várias etapas da intervenção dita segurança no

trabalho. Isso significa que existem vários objetivos tanto diretos quanto indiretos

para seu uso.

A essência da segurança no trabalho diz respeito ao bem-estar físico,

mental e social dos indivíduos que compõe uma empresa. Esse bem-estar pode

ser atingido, por exemplo, com estratégias preventivas. Segundo Juliana Bley,

treinamentos, cursos, palestras, procedimentos e políticas são importantes

estratégias para a promoção da mudança de comportamento em segurança.

Nesse contexto de segurança no trabalho, o objetivo mais evidente da

psicologia é a ação de conscientização. Para que exista um ambiente seguro de

trabalho é indubitavelmente necessário que todos os indivíduos que compõe

esse ambiente tenham ideias muito claras dos riscos que correm em seus

respectivos cargos, além de estratégias para evitar possíveis acidentes.

Entretanto, esse ato de conscientizar não é um processo simples, exige

da empresa uma estratégia de educação de seus funcionários que produza um

real efeito. Isso se deve ao fato de que cada indivíduo possui um nível de

entendimento que difere do outro, seja por diferenças culturais ou até mesmo

pelo fato de que dentro de uma empresa, há indivíduos com graus muito distintos

de escolaridade. Para que a conscientização atinja todas essas pessoas, a

educação para a segurança deve ser muito bem manipulada.

Segundo o professor Joaquim de Almeida Lemos Neto, o ambiente

psicológico de trabalho consiste em: relacionamentos humanos agradáveis, tipo

de atividade agradável e motivadora, estilo de gerência democrático e

participativo, eliminação de possíveis fontes de estresse e envolvimento pessoal

Page 15: Segurança no trabalho

e emocional. Ou seja, para ele, esses são os objetivos da psicologia no que diz

respeito à segurança no trabalho.

Para Bley, para assegurar que o ambiente seja seguro, é preciso que

os funcionários estejam bem consigo mesmos, ou seja, além de saudáveis,

devem estar livres de estresse ou qualquer outro tipo de incomodo que possa

levar a uma distração ou, por exemplo, uma exaltação de humor.

Page 16: Segurança no trabalho

TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS

A segurança do trabalho envolve três variáveis: a higiene do trabalho, a

segurança no trabalho e a qualidade de vida.

A higiene do trabalho refere-se a um conjunto de normas e procedimentos

que visa a proteção da integridade física e mental do trabalhador, de forma não

medica, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao

ambiente físico onde são executadas.

Para o bom funcionamento da higiene do trabalho, o ambiente físico de

trabalho deve levar em consideração a iluminação, ventilação, temperatura,

ruídos, conforto. E o ambiente psicológico deve levar em consideração os

relacionamentos humanos agradáveis, os tipos de atividades agradáveis e

motivadoras, os estilos de gerencias democráticos e participativos, a eliminação

de possíveis fontes de estresse e o envolvimento pessoal e emocional do

indivíduo.

A saúde ocupacional é uma obrigatoriedade do ministério do trabalho, e é

a área da saúde que estuda o estado físico, mental e social do trabalhador em

todos os momentos, e não apenas quando há ausência de doença, cuidando do

estado geral de saúde dos trabalhadores, incluindo o bem-estar psicológico.

A segurança no trabalho refere-se ao conjunto de medidas de ordem

técnica, educacional medica e psicológica utilizada para prevenir acidente,

eliminando as condições inseguras do ambiente e instruindo o indivíduo da

implantação da praticas preventivas, está relacionada com condições de

trabalho saudáveis para as pessoas. Ela envolve três áreas principais de

atividades: prevenção de acidente, prevenção de incêndios e prevenção de

roubos.

Apesar dos termos higiene e segurança no trabalho, em muitos livros-

textos serem estudados e descritos de forma separada, atualmente esses

termos são complementares.

A qualidade de vida no trabalho (QVT) refere-se à preocupação com o

bem-estar geral e a saúde dos trabalhadores no desempenho de suas

atividades, envolvendo aspectos físicos, ambientais e psicológicos do local de

trabalho.

Page 17: Segurança no trabalho

A QVT está ligada a motivação dos funcionários, para isso é necessário

criar um espaço físico onde as pessoas possam se sentir bem. Pessoas

motivadas prestam mais atenção ao trabalho, em consequência, diminui a

chance de ocorrer acidentes de trabalho.

Page 18: Segurança no trabalho

RESULTADOS PRODUZIDOS

Quando a higiene do trabalho não é bem aplicada pode ocorrer o estresse

no trabalho do indivíduo. Esse estresse é um conjunto de reações físicas,

químicas e mentais de uma pessoa decorrente de estímulos ou estressores que

existem no ambiente. Ele também pode vir com a condição dinâmica que surge

quando essa pessoa é confrontada com uma oportunidade, restrição ou

demanda relacionada com o que ela deseja.

As fontes do estresse podem vir de causas ambientais, que seriam fatores

externos como trabalho intensivo, insegurança e falta de tranquilidade no

trabalho, ou podem vir de causas pessoais, que seriam características

individuais que predispõem o estresse, como falta de paciência, baixa

autoestima, maus hábitos de sono e saúde precária.

As consequências desse estresse no trabalho poderiam acarretar para o

indivíduo: ansiedade, angústia, distúrbios gástricos e cardiovasculares, dores de

cabeça, nervosismo e acidentes. Algumas vezes levam ao abuso de drogas,

alienação e redução de relações interpessoais. E poderiam acarretas para a

empresa: interferência na quantidade de trabalho, aumento no absenteísmo e

rotatividade, e na predisposição a queixas, reclamações, insatisfações e greves.

As causas dos acidentes no trabalho estão divididas em condições

inseguras e atos inseguros. As condições inseguras são: o uso de equipamentos

sem proteção ou defeituoso, procedimento arriscado, iluminação deficiente ou

impropria, ventilação imprópria ou fonte de ar impuro, temperatura muito alta ou

baixa no local e condições físicas inseguras. Os atos inseguros são: o

carregamento de materiais pesados de maneira inadequada, trabalhar em

velocidades inseguras, utilizar esquemas de segurança que não funcionam.

Acidente pode ser definido como um fato súbito, inesperado, imprevisto

(embora algumas vezes previsíveis) e não premeditado ou desejado, é causador

de dano considerável (econômico ou físico). O acidente por ocorrer sem

afastamento ou com afastamento do trabalho, sendo o último dividido em:

incapacidade temporária, incapacidade parcial permanente, incapacidade

permanente total ou até morte.

Page 19: Segurança no trabalho

Para se prevenir acidente de trabalho, todo programa focaliza duas

atividades básicas: eliminar as condições inseguras e reduzir os atos inseguros.

Para se eliminar as condições inseguras se deve mapear as áreas de risco e

analisar causas de acidente. Para se reduzir os atos inseguros se deve ter

treinamento dos trabalhadores, reforço positivo, comunicação interna e seleção

de pessoal.

O programa de higiene e segurança do trabalho (H&S) está recebendo

atualmente muita atenção, pois com a aplicação certa do programa, se tem

melhoria do desempenho no trabalho, a redução de afastamento por acidente ou

doenças e a redução de ação disciplinares. Para o programa dar certo, algumas

abordagens e critérios são imprescindíveis, como melhoria da produtividade,

ausência de acidentes e doenças profissionais, número de dias sem acidentes,

treinamento intensivo dos gerentes e de todos os funcionários, reuniões de

segurança, instalações médicas e intensa participação da alta direção.

Page 20: Segurança no trabalho

EXEMPLOS DE APLICAÇÕES

Podemos citar um exemplo de aplicação prática e direta de uma empresa

do segmento rural. Ela trabalha em regime sazonal, podendo chegar à 1400

funcionários na época de safra. Para diminuir o desuso dos Equipamentos de

Proteção Individuais (EPI), cada funcionário ganha o equivalente a 100 pontos

por mês. Cada vez que ele é encontrado sem algum item de segurança, ele

perde parte de seus pontos (sendo que cada EPI tem uma pontuação tabelada).

No final do mês, os trabalhadores com menos pontos perdem o direito a

cesta básica e outros benefícios concedidos pela empresa. Além disso, são

advertidos pelo ato praticado, o que os levam a refletir na prática de suas ações.

Os pontos são zerados com o início do mês seguinte e o ciclo recomeça.

Outro exemplo de aplicação seria de uma maneira indireta (a empresa

contrata outra que irá realizar o serviço). Essa empresa contratada pode ser de

soluções ocupacionais, como O GRUPOMETTA, que juntamente à sua

experiência em Gestão Ocupacional e Gestão em Engenharia de Segurança,

agregou o serviço de Psicologia. O grupo é composto por psicólogos que

desenvolvem recrutamento, seleção, avaliações psicológicas e programas de

desenvolvimento organizacional que visam à segurança no trabalho, com foco

na prevenção. Seus clientes incluem empresas como a MetalMaq, comércio e

indústria de fornos, e o grupo Perfumaria Márcia.

Há também campanhas a favor da conscientização da população sobre a

importância da prevenção de acidentes de trabalho. O Sindicato dos Técnicos

de Segurança no Trabalho do Estado do Paraná (SINTESPAR), juntamente com

a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho

(FUNDACENTRO), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a União Geral

dos Trabalhadores (UGT), entre outras empresas privadas, desenvolveu o

Movimento Abril Verde, criado em 2014, com o intuito de alertar as pessoas

sobre doenças e acidentes do trabalho, visando diminuir a crescente ocorrência

e a mortalidade dos últimos anos. Qualquer indivíduo pode participar das ações

do movimento.

Uma conquista do Movimento Abril Verde foi a criação da lei 12.814/2014

pela Câmara Municipal de João Pessoa, na Paraíba, que tornou abril o mês da

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prevenção de acidentes de trabalho. O objetivo é combater doenças e acidentes

de trabalho, mas, principalmente, promover a cultura de prevenção, que

beneficia tanto os funcionários quanto os empregadores.

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PROFISSIONAIS

O SESMT, Serviço especializado em Engenharia de Segurança e

Medicina do Trabalho, é uma equipe de profissionais que atuam com o objetivo

de proteger a saúde dos trabalhadores. Dentre esses profissionais estão o

Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Técnico de

Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Técnico de Enfermagem do

Trabalho e Psicólogo, que tem um papel fundamental na prevenção. O SESMT

é responsável por esclarecer os riscos no ambiente de trabalho e por prevenir

os acidentes, promovendo ações para neutralizá-los.5

O Médico do Trabalho é responsável por realizar consultas admissionais

e demissionais, além de ser responsável pelo PCMSO (Programa de Controle

Médico e Saúde Ocupacional) e por coordenar programas de saúde e

prevenção.

O Engenheiro de Segurança do Trabalho visa diminuir as perdas

decorrentes de acidentes. Essas perdas podem ser tanto de humanos quanto de

máquinas, equipamentos, multas e meio ambiente.

O Enfermeiro do Trabalho é responsável pela assistência aos pacientes e

treinamento no uso de EPI’s, além de realizar coletas de dados de doenças

ocupacionais.

O Técnico em Enfermagem do Trabalho implementa a política de saúde

e segurança do trabalho, além de desenvolver ações educativas na área da

saúde e segurança.

O Psicólogo voltado à Segurança no Trabalho deve compreender as

relações humanas no trabalho e identificar as características do comportamento

na área de trabalho. Além disso, ele é responsável por interferir de modo que o

trabalhador se sinta valorizado e tenha um trabalho humanizado. O Psicólogo é

essencial pois os responsáveis pela Segurança no Trabalho, na maioria das

vezes, possuem técnicas deficientes em ciências sociais e humanas, o que pode

desmotivar os funcionários a atuarem de forma segura.

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CONCLUSÃO

Pode-se concluir a partir do presente projeto que a Psicologia

desempenha um papel fundamental na Segurança do Trabalho de qualquer

ambiente. Por meio de suas ações de conscientização, ela permite que os

funcionários desenvolvam ideias claras e precisas sobre os riscos inerentes aos

seus ofícios e sobre a necessidade de contribuir o máximo possível para reduzir

o número desses acidentes.

É por meio da análise criteriosa que o psicólogo faz de todas as variáveis

relacionadas ao trabalho e a segurança que é possível desenvolver uma técnica

precisa de aprimoramento da Segurança do Trabalho e, concomitantemente, da

produção e das relações interpessoais.

Por meio do trabalho mútuo com outros profissionais do Trabalho, o

psicólogo propicia uma maior proteção da integridade física e psicológica do

trabalhador, o que influi diretamente na qualidade do seu trabalho, uma vez que

reduz ou até elimina por completo fatores que afetam o bem-estar de todos os

que convivem no local.

É visível também que, apesar de os números de acidente de trabalho

ainda serem muito altos, eles sofreram forte redução em comparação com os

dados de alguns anos atrás, evidenciando a essencialidade da presença desse

profissional em qualquer campo de atuação.

Para que se possam manter essas reduções de números de acidentes, é

de extrema importância que sejam priorizadas primeiro a segurança, depois a

qualidade e por último a produtividade. Isso se mostra ainda mais claro quando

se avaliam os custos dos acidentes, não apenas ao trabalhador que os sofre,

mas às empresas e ao governo também, os quais se veem confrontados com

valores exorbitantes de impostos, multas, taxas e despesas a pagar.

Segundo a psicóloga Juliana Bley, o sucesso na prevenção e redução no

número de acidentes só pode ser obtido por meio do processo de aprendizagem.

Esse conhecimento pode ser transmitido de vários modos, mas destacam-se

palestras, cursos e treinamentos em função de sua grande eficácia.

Dentre os principais conhecimentos a serem passados aos funcionários

nessas reuniões, destaca-se o tripé do cuidado ativo: cuidar de si mesmo, cuidar

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do outro e deixar-se cuidar pelo outro. Essa premissa influi positivamente tanto

no ambiente de trabalho quanto na liderança e na estrutura da empresa,

trazendo um reforçamento positivo no comportamento preventivo de acidentes e

permitindo que o indivíduo se sinta confiante para agir em uma situação de

perigo.

O conhecimento do ciclo de relações que permeiam o ambiente de

trabalho também se destaca, pois permite que se analisem períodos de

alternância com e sem desastres e possibilita agir no sentido de evitar que longos

períodos sem acidentes enfraqueçam o cuidado com a segurança. É por meio

de uma análise tanto dos aspectos internos quanto dos externos ao indivíduo

que se podem estabelecer esses ciclos e inovar cada vez mais nas técnicas de

prevenção.

Além disso, as estratégias e campanhas devem condizer com a realidade

enfrentada pelo trabalhador no dia a dia, pois a falta de aplicação do

conhecimento adquirido é a maior fonte de insucessos nas implantações das

novas normas. É essencial também que os instrutores possuam boa formação

pedagógica e saibam transmitir informações que vão além de dados técnicos,

usando para isso de uma didática de excelência.

É evidente, portanto, que apesar de ainda existirem muitas mudanças a

serem realizadas e melhorias a serem obtidas, a Segurança do Trabalho torna o

ambiente seguro a todos que nele convivem diariamente, e a Psicologia é grande

responsável por essa melhora efetiva. Seguindo suas orientações, é possível

tornam o local onde muitas vezes se passa a maior parte do dia seguro e

agradável para todos.

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