SEGURITO 114

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Malentendido

endo professor a mais de uma década éóbvio que mesmo fora da sala de aula acaboouvindo dos alunos as mesmas perguntas.E o quais são as perguntas, professor? É sobreruído, ergonomia, análise de acidentes?Meu filho, até que estes assuntos aparecem,mas os mais frequentes são relacionados aosmedos profissionais.Medos!? De não aprender?Na verdade, são vários, algo do tipo: Mas oque eu vou fazer quando começar a trabalhar?Como eu vou conseguir emprego? E se

acontecer um acidente grave, será que eu vouter coragem para fazer algo?E independe se estou dando aula para o cursode Técnico de Segurança ou para aEspecialização em Engenharia de Segurança, ainsegurança é mais ou menos a mesma.Mas e o gabarito, professor, o senhor tem?Tenho o hábito de repetir o discurso padrão:manter estudo, disciplina e esperança.Porém, no meu interior sei que mesmo se eume empenhasse para elaborar um projetodetalhado de uma suposta trajetória para avida de cada aluno, tentando inserir um poucodas minhas experiências, estas informaçõespoderiam até influenciá-los, mas no fim dascontas o roteiro da vida só pode ser escrito porquem a vive. Podemos até colocar no papelum planejamento único, um modelo perfeitopara ser aplicado para todos, mas quandochegarmos no período da implantação é que ocaldo entorna.As decisões vão depender do esforço, dadisciplina, objetivos, de todos os imprevistosda vida e de tudo o mais que faz cada umdiferente de todos os outros.Pô, professor! Estava esperando uma respostamais objetiva.

Eu sei, meu filho. Todo mundo adora umareceita de bolo. Então, deixa eu te passar pelomenos um parágrafo de autoajuda, paraacalmar seu espírito.Tente fazer o seu melhor. Não estou falandopara ser melhor que o colega ao lado, nem queo concorrente no concurso público. Mas quevocê faça sempre o seu melhor, o máximo quevocê acha ser capaz e pode ter certeza de quetodos os temores serão ultrapassados.Pois quem pensa como um vencedor, pode atéescorregar e por vezes cair, mas sempre teráfôlego para levantar e continuar a caminhadacom o pensamento na vitória. Autor: Mário Sobral Júnior

–   Engenheiro de

Segurança do Trabalho

udo bem que você quer adquirir todos osequipamentos de medição para atuar na

empresa ou para prestar serviço, masprecisamos tomar cuidado desde a compra atéa guarda. Para isso vou apresentar alguns itensque devem ser avaliados.Durante a aquisição precisamos avaliar qual aespecificação adequada à nossa necessidade.Cada equipamento terá suas peculiaridades,mas um item que precisa ser visto em todos éa sua precisão. Além disso, precisamos avaliarse o equipamento já vem com certificado decalibração, qual o prazo de garantia, qual otempo de entrega e não esquecer de verificarse há a possibilidade de treinamento do

equipamento e manual em língua portuguesa.Depois que o equipamento chegou e você jásabe utilizá-lo é interessante grifar no manual,ou escrever à parte os principais passos para oseu uso. Isto irá facilitar a sua vida quandoficar um período mais longo sem utilizar oequipamento, assim como dos futurosusuários.Também é importante estabelecer aperiodicidade de calibração do equipamento.O ideal é que seja pelo menos anual e nomáximo de dois em dois anos. No entanto,dependendo da frequência de uso, este prazopode ser muito longo.

 Autor: Mário Sobral Júnior– 

  Engenheiro deSegurança do Trabalho

ESCUTE OS CONSELHOS,MAS FA A O QUE QUISER

Gerenciando osequipamentos de

medição

Contatos: Jornal Segurito www.jornalsegurito.com [email protected]

Para se ter uma boa noção sobre aNR 33 este livro esclarece osprincipais tópicos com leitura

agradável e bom visual.Dentre outros temas trata dosprocedimentos de resgate,capacitação, gestão da NR, além detrazer exemplos e estudo de casos.Prezados Leitores,

Neste mês o Segurito vem com váriasmatérias para você conhecer melhor osequipamentos para avaliaçõesambientais. Além disso temos a presença de doisilustres visitantes e textos sobre outrostemas.

Uma excelente leitura!!!Prof. Mário Sobral Jr.

Mensagemao Leitor

S

NR 33 –  Guia Prático de Análises e Aplicações –  Ed. Érica –  José

Eduardo Rodrigues, RosângelaHelena Pereira dos Santos eBenjamim Ferreira de Barros

Manaus, março 2016 –  edição 114 –  ano 10Periódico Para Rir e Aprender

- Sargento, chegamos no local do crime.A mulher matou o marido com 20facadas, dois tiros e depois decapitou equeimou o corpo.- Qual o motivo?- Ele pisou onde ela estava passando opano.- Mas conseguiram pegara a mulher?- Não!!! Na verdade, estamos esperandoo piso secar.

Piadinhas

Meia hora conversando com elas, paraconhecer melhor sua cultura, até que o

garçom avisa que eram só guarda-sóisfechados.

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amos comentar um pouco sobre algumascaracterísticas destes equipamentos.- Não integradores: são os equipamentos demedição mais simples que popularmente sãoconhecidos como decibelímetros. Por serembásicos nos dão poucas informações, medem oruído de forma pontual, sem levar emconsideração o tempo de exposição dotrabalhador a determinada fonte de ruído. Emgeral apresentam as respostas lenta (slow) e arápida (fast), e as curvas de ponderação A e C.- Integrador: este é um decibelímetro umpouco mais interessante pois além dasinformações anteriores, nos possibilita amedição dos níveis equivalentes, ou seja,apesar de portado pelo avaliador podemos tera informação média de um determinado

período de avaliação.Alguns destes equipamentos informamtambém o resultado em bandas de frequênciao que possibilita a avaliação de mais dadossobre o ruído a que o trabalhador estáexposto.- dosímetro: a principal diferença desteequipamento em relação ao anterior é queeste possibilita que seja portado pelo própriotrabalhador. Com isso temos maior precisão naavaliação, sendo o ideal para avaliaçãoocupacional.São vários os critérios que devemos avaliarpara fazer a aquisição de um equipamento de

medição. No entanto, um dos maisimportantes é a sua precisão.Infelizmente a NR 15 não apresenta estaespecificação. Porém podemos utilizar osparâmetros estabelecido pela NHO 01 queindica a classificação da norma ANSI S1.25(1991)  –  Specification for personal noisedosimeters, ANS1 51.40 (1984)  – Specificationfor acoustical calibrators e ANSI S1.4 (1983) – Specification for sound level meters.

LUXÍMETRO

s bombas de amostragem sãoequipamentos que irão sugar o ar ambiente.Esta sucção não é aleatória, irá depender dametodologia utilizada de acordo com o agentequímico a ser analisado.Lógico que esta vazão precisa ser constante eatualmente os equipamentos possuem sistemade compensação do fluxo de ar que mantém ofluxo pré-estabelecido.No entanto, de acordo com o tipo deamostragem pode ser necessária uma maior

ou menor vazão e para isso temos bombas quetrabalham apenas em baixa vazão e outrasapenas para alta vazão. Há também aquelasque trabalham em alta e baixa econsequentemente são de maior custo.

luxímetro tem por objetivo medir ailuminância do ambiente.E o que seria a iluminância?

Seria o fluxo luminoso que incide sobre umadeterminada superfície ou se preferir aquantidade de luz que incide sobre umdeterminado posto de trabalho.Este equipamento possui uma fotocélula quetransforma as leituras  luminosas em tensão,para posterior leitura na unidade de medidadenominada lux.

A avaliação deve ser realizada no plano detrabalho. Caso não tenhamos uma bancadacomo posto de trabalho, as medições devemser realizadas em um plano horizontal a 75 cmdo piso conforme estabelecido na NR 17.Um item importante na especificação doequipamento é que o mesmo possua umafotocélula com correção de coseno.Durante a avaliação deve-se ter cuidado paranão fazer sombra sobre  o equipamento, masdeve ser realizada com a presença dotrabalhador em posição habitual de trabalho.Conforme a NR 17 os níveis mínimos deiluminamento a serem observados nos locaisde trabalho são os valores de iluminânciasestabelecidos na NBR 5413, norma brasileiraregistrada no INMETRO. 

 Autor: Mário Sobral Júnior –   Engenheiro deSegurança do Trabalho 

Bombas de amostragem - I 

SONÔMETROS

J O R N A L S E G U R I T O 

O

 A  

 v

Piadinhas

- Patrão, assim não dá, meu salário veiocom 50 reais a menos.- Você é muito cara de pau, mês passado

eu coloquei 50 reais a mais e você nãofalou nada.- Pois é patrão, um erro eu aceito, masdois é demais.

No entanto, as bombas sozinhas não fazemnada, pois apenas sugam o ar. Para conseguiravaliar a concentração do contaminante no ardo ambiente laboral é preciso que sejamutilizados amostradores para a captação.Estes amostradores podem utilizar soluçõesabsorventes, membranas porosas e sólidosadsorventes. Lógico que de acordo com oproduto químico a ser analisado teremos umamostrador adequado.Ou seja, a bomba suga o ar fazendo com que

passe por estes amostradores que irão reter ocontaminante para que seja possível posterioranálise em laboratório. Autor: Mário Sobral Júnior –   Engenheiro deSegurança do Trabalho 

2

Em relação à precisão a ANSI S1.4 (1983)estabelece a seguinte classificação:Tipo 0  –  Seria o padrão de referência,equipamentos que são utilizados emlaboratóriosTipo 1  –  Equipamentos que podem serutilizados em campo, mas que devido suaprecisão ainda podem ser utilizados emlaboratório.Tipo 2 – Equipamento de uso geral em campo,mas que devido a sua menor precisão não sãoindicados em laboratórios.Tipo 3  –  Devido à baixa precisão esteequipamento teria por função apenas lhe daruma noção do ruído. Em português claro lhefornece um chute aproximado.De acordo com a NHO 01 os equipamentos

utilizados devem ter classificação mínima dotipo 2.Outra norma que indica a especificação destesequipamentos em relação a sua precisão é aIEC 61672 (International ElectrotechnicalCommission). Segundo a IEC os medidores sãoclassificados em duas classes :Classe 1 - Uso em laboratório ou campo.Classe 2 - Uso geral em campo.Para ter um equipamento com o mínimonecessário para uma avaliação confiávelprecisaríamos que fosse Tipo 2, segundo aANSI e Classe 2, segundo a IEC.Mas não vai adiantar muito ter umequipamento de elevada precisão caso ele nãoesteja calibrado. O ideal seria que estacalibração fosse realizada pelo menosanualmente (a NBR 10151 indica pelo menos acada 02 anos) em laboratórios da RedeBrasileira de Calibração (RBC), credenciadospelo INMETRO. Autor: Mário Sobral Júnior –   Engenheiro deSegurança do Trabalho

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1 - a motocicleta é um veículo a motor a

combustão, com marchas, acelerador,espelhos retrovisores, placa e comnecessidade de se tirar carta de motorista.Portanto, pense como um motorista e nãocomo disputando uma competição.2  –  dirigir moto no Brasil é quase uma roletarussa. Em São Paulo morrem cerca de 500 porano, e no Brasil cerca de 5 000. Portanto aodirigir moto no Brasil tenha muito maiscuidado que em outros países.3  –  se você quer mais segurança numa moto,siga as regras de trânsito de países maiscivilizados. Apenas no Brasil motos nãoprecisam andar dentro da faixa e com distância

segura do carro da frente.4  –  andar entre carros, num eternodesrespeito às regras mais básicas de trânsito,implica em correr riscos grandes edesnecessários. Carros foram projetados paraver outros veículos dentro de faixas, não demotos que surgem do nada, cruzando faixasem busca de velocidade.5  – no Brasil a primeira tentativa de alterar apassagem de motos foi que eles poderiamandar entre os carros quando todosestivessem parados num semáforo. Depoishouve a liberação da possibilidade de se guiar

entre carros em movimento. A consequência éo número assustador de mortes.6  –  dirija moto como um veículo comum,

mantendo sempre o limite de velocidade. Nas

estradas, as motos em geral estão acima doslimites de velocidade, passam entre carros epela faixa dupla, invadindo a pista contrária.7 – por mais cuidadoso que seja, o motociclistadeve usar os adequados EPIs, o que inclui nãodirigir de sandálias havaianas. Principalmenteos caronas.8  –  as motos iniciais tinham o chamadoprotetor de pernas, que foram abolidos emnome de uma estética estranha à segurança ede facilitar se mover entre veículos. Use motoscom estes protetores, diminuem a severidadenas quedas.9  –  se andar corretamente como um veículo,

dentro da faixa, com os EPIS corretos,mantendo distância e dentro do limite develocidade, suas chances de sofrer umacidente são muito menores. Mas aindaexistem, pois o problema ainda persistirá porcausa dos abusos de motoristas contramotociclistas e bicicletas. Seja semprecauteloso. Mantenha em mente sempre afrase: o que pode dar errado?10  –  se estiver com pressa pense nos seus

filhos, nos seus pais, e nas pessoas queridas.Relaxe e volte a cumprir as regras mínimas detrânsito em vez de, com raiva, chutar espelhos

retrovisores de carros. Autor: Sérgio Médici Eston –  Professor Titular –  Escola Politécnica USP.

stamos no período das avaliaçõesambientais para o PPRA e já fizemos asdosimetrias e avaliações de calor, mas agoratemos que fazer as avaliações químicas.Sem problemas, professor. Já contratei umaempresa terceirizada e eles vão fazer tudo!É bom você tomar cuidado, pois é aí que podeestar o problema. Em geral os instrumentos demedição que os profissionais de Segurança dotrabalho têm menor domínio são os de coletade amostras de produtos químicos. Isto ocorreem função destes equipamentos de mediçãonão serem adquiridos pela empresa e serfrequente a terceirização do serviço.No entanto, deixar toda a responsabilidade nasmãos dos terceirizados talvez não seja umaideia tão saudável.Mas, professor, o que eu preciso avaliar emrelação a este tipo de coleta?Vamos por partes. Primeiro é importantesabermos que existem diversos instrumentos emetodologias para realizar uma análise elógico que um equipamento correto com ametodologia errada será pura perda de tempo.Mas e se eu não entendo nada sobre oassunto?

Já pensou em estudar?Pô, professor! Assim o senhor magoa.Vamos lá, vou tentar dar uma ajuda. Primeirosolicite do fornecedor, além do certificado decalibração, a metodologia a ser utilizada nasavaliações, a planilha de campo, qual a vazãoestabelecida na metodologia, a necessidade detodo o processo de montagem e verificação devazão ser realizado na sua empresa (ireidetalhar este tópico no texto a seguir).Mesmo que você não saiba o que está pedindoo fornecedor passará a ter um pouco mais decuidado, pois ele estará lhe fornecendo dadosque poderão ser utilizados contra ele no casode um erro, mas aproveite para estudar oassunto. Autor: Mário Sobral Júnior –   Engenheiro deSegurança do Trabalho

Bombas deamostragens - II

J OR N AL S EG UR I T O 

omo é um assunto muito específico hádiversos tópicos que devem ser considerados,mas vou destacar pelo menos um.Quando vai se realizar a coleta com umabomba de amostragem, você está careca desaber que é preciso que o equipamento estejacalibrado e com certeza isto será cobrado efornecido pelo terceirizado.O problema é que a calibração doequipamento não é garantia de que análiseserá adequada.Como assim, professor?A bomba estar calibrada significa que elagarante uma determinada vazão de sucção deacordo com a  metodologia a ser utilizada,porém quando formos trabalhar em campoiremos inserir acessórios para fazer a coleta doar contaminado, neste processo podemos teruma variação no valor da vazão, seja pormontagem inadequada, obstrução por óleos

no amostrador, dentre outros fatores.Para garantir que durante a coleta não houveperda de carga elevada não atendendo ametodologia indicada é preciso que seja

Piadinha

E

Coisas que os motociclistas deveriam se lembrar

Marido se acidenta e liga do hospital.- Amor?! Capotei com o carro e quasemorri, quebrei as duas pernas e um braçoe estou esperando o resultado datomografia, estou com uma amiga, a

Maria que me ajudou na hora e metrouxe para cá.A esposa responde: Quem é esta Maria?

3

Não basta a calibração 

realizada uma avaliação da vazão de sucçãoantes do início da atividade e refeita ao final.De acordo com a NHO 07 esta variação nãopode ser superior a 5%, esta informação devefazer parte das planilhas de campo do terceiro.E este resultado não depende exclusivamenteda calibração da bomba, mas do processodurante a coleta, e se houver uma diferençaentre a pré e a pós calibração superior a 5%,este erro irá depender apenas da atividade dequem fez a coleta.O que precisamos entender é que neste caso oproblema não é calibração da bomba, mas simdo sistema de linha. Pois cada amostrador temuma resistência um pouco diferente. Por isso épreciso fazer a verificação para toda novacoleta.Além disso, esta avaliação (calibração) deveser feita in loco para evitar variações comoumidade, contaminações, variação de pressão

atmosférica (no caso de deslocamento entremunicípio) etc.  Autor: Mário Sobral Júnior –   Engenheiro deSegurança do Trabalho 

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 Amostrador

Passivostes equipamentos são utilizados paraavaliar o Índice de Bulbo Úmido e Termômetro

de Globo (IBUTG).É composto por três termômetros: de bulboúmido (tbn), de bulbo seco (tbs) e otermômetro de globo (tg).Estes termômetros levam em consideração avelocidade do ar, umidade do ar, calorradiante e temperatura do ar ambiente.Com estes dados poderemos avaliar o IBUTGcom base no anexo 03 da NR 15.Os critérios de especificação e mesmo demetodologia do uso do equipamento podemser obtidos na NHO 06 da Fundacentro.Mas vou fazer o alerta sobre dois itens:- Tempo de estabilização: a norma é explícita,

estabelece que a leitura das temperaturas só

J OR N AL S EG UR I T O 

E

e você leu o texto sobre bomba deamostragem deve ter entendido que osamostradores ativos são chamados assim emfunção de haver uma bomba que força apassagem de um determinado volume de arpor seu interior.Mas além dos ativos, temos também osamostradores passivos. Já vi, professor. São redondos e ficam pendurados na lapela da camisa dotrabalhador.

Exatamente, meu filho! Mas neste tipo deamostrador não tem uma bomba forçando.E como ele funciona então?Eles funcionam por difusão que consiste na

passagem das moléculas do soluto do fluido, dolocal de maior para o local de menorconcentração, ou seja, o contaminante que estáno ar tende a entrar no amostrador que possuimenor concentração para equilibrar asconcentrações.Porém, você deve estar se perguntando comoele fica retido.No interior do amostrador há um materialadsorvente, em geral, carvão ativo que segurao contaminante que entra.Professor, não seria absorvente?Não. Existe absorvente e adsorvente. De formabem simplificada podemos dizer que naabsorção a substância absorvida se infiltra nasubstância que absorve. No caso da adsorção asubstância gasosa ou líquida adere a um sólido,porém a fixação é apenas na superfície. Estafixação pode ser física (mais fraca) ou química(mais forte). Esta propriedade é maisacentuada quanto mais poroso for o material,pois desta forma terá maior área de superfíciee maior possibilidade de segurar o materialadsorvido.Depois lacramos o amostrador em uma latinhae enviamos para laboratório para posterioranálise.

Apesar da facilidade do processo não é possívelser utilizado para todos os produtos químicos. 

 Autor: Mário Sobral Júnior–  Engenheiro deSegurança do Trabalho.

S

devem ser iniciadas após estabilização quepode demorar até 25 minutos. Porém é

frequente vermos este tipo de  equipamentoser utilizado após curtos minutos.- Número de situações térmicas: a NHO afirmaque o número de situações térmicas poderáser superior ao número de postos de trabalho, já que no mesmo ponto poderão ocorrer duasou mais situações térmicas distintas. Um errofrequente ao usar a NR 15 é considerar sempreo maior valor de exposição sem considerar oIBUTG médio a que o trabalhador está expostoàs vezes em um mesmo posto de trabalho,como por exemplo quando há abertura de umforno. Autor: Mário Sobral Júnior –   Engenheiro de

Segurança do Trabalho 

Medidor de Estresse Térmico 

Ergonomista: Certificado ABERGO ou não? 

que significa ser um ergonomistacertificado pela ABERGO - Associação Brasileirade Ergonomia? Qual a diferença entre umergonomista certificado e um não certificado?Essa é uma das perguntas mais difíceis deresponder, por diversos motivos, e, apesar deser um Ergonomista Certificado pela ABERGO,

tentarei ser o mais imparcial possível.Em primeiro lugar, o que torna uma pessoaprofissional, em qualquer área, é seuconhecimento, sua experiência e o respeitocom a sociedade, o que inclui clientes,parceiros e colegas de classe. Dito isto,podemos considerar que, qualquer pessoa queestude e pratique a ergonomia é umergonomista.Os maiores ergonomistas brasileiros, já oeram, muito antes de existir a ABERGO ou essaCertificação, que existe em diversos países,não só no Brasil, todos alinhados com a IEA -International Ergonomics Association.Segundo, que a ergonomia é uma profissãomultidisciplinar, ou seja, é estudada pordiversos profissionais em inúmeros contextos,como designers (o meu caso), fisioterapeutas,engenheiros, pedagogos, advogados,professores, educadores físicos,  médicos,terapeutas ocupacionais, técnicos desegurança do trabalho, entre outros, edesculpem se esqueci alguém.Não existe um curso de graduação emErgonomia no Brasil. E mesmo que existisse,como é o caso da França, a pessoa poderia seespecializar em qualquer área que desejasse

focar sua atuação. Mas vamos ao queinteressa.A ABERGO - Associação Brasileira deErgonomia, como outras associações de classe,

foi criada para, entre outras coisas,desenvolver melhores práticas para osprofissionais que trabalham com ergonomia.Entre as ações de voltadas para a atuaçãoprofissional estão o Código de Ética ea Certificação de Pessoas,  com o objetivo depromover uma unidade no conhecimento

técnico e científico entre seus associados, epromover a continuidade de formação epesquisa na área.A função da certificação não é garantir aqualidade do serviço prestado, mas simunificar o conhecimento e comprovar aexperiência adquirida. E seria ótimo se todosque trabalhassem com ergonomia fossemcertificados, isso só fortalece a prática e evitaaventureiros que tendem a atuar poroportunidade de mercado. Isso é umacampanha pelo bem da ergonomia e dospróprios ergonomistas.Muitas pessoas acreditam que conhecer a NR-17 e saber aplicar as ferramentas deergonomia é o suficiente para exercer a

atividade. Aliás, o Mário Sobral Jr, promoveu

um excelente debate entre ergonomistassobre a utilização de ferramentas deergonomia (link: http://bit.ly/1RtW7xo) Porém existem diversos profissionais nomercado, que não são certificados, e exercemum excelente trabalho, porque o fazem comvocação. É como a certificação PMI (ProjectManagement Institute) você não precisa teruma para trabalhar com gestão de projetos.O que faz um ergonomista ser bom então?

Justamente o que torna qualquer profissionalbom: seu comprometimento com a sociedade.

 Autor: Marcelo Forestieri FernandesProprietário - Tersso Design & Ergonomia

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