Sejamos misericordiosos... (cf. Lc 6,36)

7/23/2019 Sejamos misericordiosos... (cf. Lc 6,36)

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CONTRIBUTOS PARA A CELEBRAO DO ADVENTO 2015

PAX CHRISTI PORTUGAL

LisboaNovembro de 2015


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Sejamos misericordiosos... (cf. Lc 6,36). Contributos para a celebrao do Advento 2015

Produzido por: Pax Christi Portugal

Novembro de 2015

Disponvel on-line em: http://www.paxchristiportugal.net ehttp://blogdapax.blogspot.com


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ADVENTO 2015

APRESENTAO

Sejamos misericordiosos(cf. Lc 6,36)

A partir de 8 de dezembro prximo at 20 de novembro de 2016 viveremos, em

Igreja, o Jubileuda Misericrdia,com as indicaes que o Papa Francisco nos

deu na bula Misericordiae vultus(O rosto da misericrdia)1

. Ser, segundo o

seu desejo, um tempo em que somos chamados, de maneira ainda mais in-

tensa, a fixar o olhar na misericrdia, para nos tornarmos ns mesmos sinal

eficaz do agir do Pai2.

, pois, sob o signo deste Ano Jubilar da Misericrdia, vivido luz do temaMisericordiosos como o Pai, que propomos este itinerrio para o Advento de

2015, tendo como ideia central a temtica da Paz.

Da bula papal de proclamao do jubileu extraordinrio da misericrdia foram

retirados os textos para esta brochura que a Pax Christi Portugal, como vem

sendo habitual, preparou para o tempo de Advento, com contributos para a

sua celebrao e vivncia seja na parquia, em famlia ou em grupo.

Neste tempo litrgico em que, em expectativa vigilante, alimentada pela ora-

o e pelo compromisso efectivo do servio, nos preparamos para acolher

Cristo, a misericrdia feita carne3, que vem, empenhemo-nos para nos tor-

1 Cf. PAPA FRANCISCOMisericordiae Vultus. Bula de proclamao do Jubileu Extraordinrio da

Misericrdia. 11 de abril de 2015.2 PAPA FRANCISCOMisericordiae Vultus, 3.3 PAPA FRANCISCOMisericordiae Vultus, 24.
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.html


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narmos apstolos da misericrdia, atravs das obras, das palavras e da ora-

o4, neste nosso mundo ferido pelo dio, pela violncia e pelo egosmo, tanto

individual como colectivo.

Novembro de 2015.

4 PAPA FRANCISCOFelizes os misericordiosos, porque alcanaro misericrdia (Mt 5, 7).Mensagem para o 31 Dia Mundial da Juventude 2016.
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/youth/documents/papa-francesco_20150815_messaggio-giovani_2016.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/youth/documents/papa-francesco_20150815_messaggio-giovani_2016.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/youth/documents/papa-francesco_20150815_messaggio-giovani_2016.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/youth/documents/papa-francesco_20150815_messaggio-giovani_2016.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/youth/documents/papa-francesco_20150815_messaggio-giovani_2016.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/youth/documents/papa-francesco_20150815_messaggio-giovani_2016.html


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ADVENTO 2015

AMBIENTAO

Olha que eu estou a bater tua porta (Ap3,20)

2014:NOVO RECORDE NA DESLOCAO GLOBAL PROVOCADA POR GUERRAS,

CONFLITOS E PERSEGUIES (ACNUR)5

O relatrio Tendncias Globais (ouGlobal Trends), do Alto Comissariado das

Naes Unidas para os Refugiados (ACNUR) divulgado no dia 18 de junho de

2015, revela que no final de 2014, o nmero de pessoas foradas a deixar as suas

casas, por motivo de guerras, conflitos e perseguies, atingiu os 59,5 milhes de

migrantes forados, um nmero significativamente maior que os 51,2 milhes

registados no final de 2013 e os 37,5 milhes verificados h uma dcada. O cres-

cimento em 2013 (8,3 milhes de pessoas) o maior de sempre registado numnico ano. Um dado alarmante: metade dos refugiados no mundo formada por

jovens e crianas menores de 18 anos.

Esta tendncia de crescimento tem-se acentuado, principalmente, a partir de

2011, quando se iniciou a guerra na Sria e que se transformou no maior evento

individual causador de deslocaes no mundo. Em 2014, uma mdia de 42,5 mil

pessoas por dia tornaram-se refugiadas, requerentes de proteo internacional

ou deslocados internos um crescimento que quadruplicou em apenas quatro

anos. Em todo o mundo, 1 em cada 122 indivduos atualmente refugiado, des-

locado interno ou requerente de asilo. Se fossem a populao de um pas, repre-

sentariam a 24 nao mais populosa do planeta.

O relatrio do ACNUR mostra que as populaes refugiadas e de deslocados

internos cresceram em todas as regies do mundo. Nos ltimos cinco anos, ini-

ciaram-se pelo menos 15 conflitos ou foram retomados: oito na frica (Costa do

Marfim, Repblica Centro Africana, Lbia, Mali, nordeste da Nigria, Repblica

5http://refugiados.net/1cpr/www/global-trends31dez14.php.
http://unhcr.org/556725e69.htmlhttp://unhcr.org/556725e69.htmlhttp://unhcr.org/556725e69.htmlhttp://refugiados.net/1cpr/www/global-trends31dez14.phphttp://refugiados.net/1cpr/www/global-trends31dez14.phphttp://refugiados.net/1cpr/www/global-trends31dez14.phphttp://refugiados.net/1cpr/www/global-trends31dez14.phphttp://unhcr.org/556725e69.html


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Democrtica do Congo, Sudo do Sul e Burundi, este ano); trs no Mdio Oriente

(Sria, Iraque e Imen); um na Europa (Ucrnia); e trs na sia (Quirguisto e em

diferentes reas de Mianmar e Paquisto).

Poucas dessas crises foram solucionadas e muitas continuam a gerar novas des-

locaes. Em 2014, apenas 126,8 mil refugiados conseguiram retornar para osseus pases de origem o menor nmero em 31 anos.

OS EMIGRANTES E REFUGIADOS INTERPELAM-NOS.ARESPOSTA DO EVANGELHO DA

MISERICRDIA (PAPA FRANCISCO)6

A revelao bblica encoraja a recepo do estrangeiro, motivando-a com a

certeza de que, assim fazendo, abrem-se as portas a Deus e, no rosto do outro,

manifestam-se os traos de Jesus Cristo. Muitas instituies, associaes, mo-vimentos, grupos comprometidos, organismos diocesanos, nacionais e interna-

cionais experimentam o encanto e a alegria da festa do encontro, do intercm-

bio e da solidariedade. Eles reconheceram a voz de Jesus Cristo: Olha que Eu

estou porta e bato (Ap 3,20). E todavia no cessam de multiplicar-se tam-

bm os debates sobre as condies e os limites que se devem pr recepo,

no s nas polticas dos Estados, mas tambm nalgumas comunidades paro-

quiais que veem ameaada a tranquilidade tradicional.

Diante de tais questes, como pode a Igreja agir seno inspirando-se no exem-

plo e nas palavras de Jesus Cristo? A resposta do Evangelho a misericrdia.

Em primeiro lugar, esta dom de Deus Pai revelado no Filho: de facto, a mise-

ricrdia recebida de Deus suscita sentimentos de jubilosa gratido pela espe-

rana que nos abriu o mistrio da redeno no sangue de Cristo. Depois, a

misericrdia alimenta e robustece a solidariedade para com o prximo, en-

quanto exigncia de resposta ao amor gratuito de Deus, que foi derramado

nos nossos coraes pelo Esprito Santo (Rm5,5). Alis, cada um de ns responsvel pelo seu vizinho: somos guardies dos nossos irmos e irms, onde

quer que vivam. O cultivo de bons contactos pessoais e a capacidade de supe-

rar preconceitos e medos so ingredientes essenciais para se promover a cultu-

ra do encontro, onde cada um esteja disposto no s a dar, mas tambm a

receber dos outros. De facto, a hospitalidade vive do dar e receber.

6 http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/migration/documents/papa-francesco_20150912_world-migrants-day-2016.html .
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/migration/documents/papa-francesco_20150912_world-migrants-day-2016.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/migration/documents/papa-francesco_20150912_world-migrants-day-2016.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/migration/documents/papa-francesco_20150912_world-migrants-day-2016.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/migration/documents/papa-francesco_20150912_world-migrants-day-2016.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/migration/documents/papa-francesco_20150912_world-migrants-day-2016.html


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ADVENTO 2015

1 DOMINGO

1. Ambientao

Em 2012, o homicdio vitimou aproximadamente 475 mil pessoas em todo o

mundo, o que resulta numa taxa total de 6,7 por cem mil pessoas. Os homens

correspondem a 82% de todas as vtimas de homicdio, com taxas estimadasmais de quatro vezes as das mulheres 10,8 e 2,5, respectivamente, por cem mil

pessoas. Desse total, 60% eram homens entre os 15 e os 44 anos de idade. O

assassinato de mulheres normalmente praticado pelos seus parceiros, cerca de

38%. De cada dois homicdios, um cometido com arma de fogo e um em cada

quatro, com um objeto cortante, como uma faca.Relatrio Mundial sobre a Preveno da Violncia 2014.

2. Reflexo

A parbola [do servo sem compaixo (cf. Mt 18,23-35)] contm um ensina-

mento profundo para cada um de ns. Jesus declara que a misericrdia no

apenas o agir do Pai, mas torna-se o critrio para individuar quem so os seus

verdadeiros filhos. Em suma, somos chamados a viver de misericrdia, porque,

primeiro, foi usada misericrdia para connosco. O perdo das ofensas torna-se a

expresso mais evidente do amor misericordioso e, para ns cristos, um im-

perativo de que no podemos prescindir. Tantas vezes, como parece difcil per-

doar! E, no entanto, o perdo o instrumento colocado nas nossas frgeis mos

para alcanar a serenidade do corao. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a

violncia e a vingana so condies necessrias para se viver feliz. Acolhamos,

pois, a exortao do Apstolo: Que o sol no se ponha sobre o vosso ressenti-

mento (Ef 4, 26). E sobretudo escutemos a palavra de Jesus que colocou a mise-

ricrdia como um ideal de vida e como critrio de credibilidade para a nossa f:

Felizes os misericordiosos, porque alcanaro misericrdia (Mt 5,7).PAPA FRANCISCO Misericordiae Vultus, 9.
http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/145087/15/WHO_NMH_NVI_14.2_por.pdf?ua=1http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/145087/15/WHO_NMH_NVI_14.2_por.pdf?ua=1http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://apps.who.int/iris/bitstream/10665/145087/15/WHO_NMH_NVI_14.2_por.pdf?ua=1


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3. Gesto de Paz

Acende-se a PRIMEIRA VELA da Coroa do Advento.

Ao acendermos a primeira vela da Coroa do Advento, deixemo-nos interpelar

pelas palavras que Jesus Cristo nos faz repetir quotidianamente quando reci-tamos a orao do Pai-nosso: Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como ns

perdoamos a quem nos tem ofendido (cf. Mt 6,12).

Neste 1 Domingo do Advento comprometo-me a _____________________

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4. Orao

1. Senhor Jesus Cristo, que com a tua palavra, os teus gestos e toda a tua

pessoa, revelas a misericrdia de Deus Pai, faz com que cada um de ns abra os

seus olhos para ver as misrias do mundo, as feridas de tantos irmos e irms

privados da prpria dignidade e nos sintamos desafiados a escutar o seu grito de

ajuda, para que juntos possamos romper a barreira da indiferena que humilha e

do cinismo que destri.

Todos: men.

5. Bno

1. Queneste Ano Jubilar da Misericrdia possamos experimentar o amor de

Deus que consola, perdoa e d esperana.

Todos: Bendito seja Deus pela sua eterna misericrdia.

1. O Senhor nos abenoe e nos guarde; faa resplandecer o seu rosto sobre

ns e nos proteja; nos olhe com misericrdia e nos d a paz.



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ADVENTO 2015

2 DOMINGO

1. Ambientao

Em 2013, 19,5% das pessoas residentes em Portugal estavam em risco de

pobreza; destas, uma em cada cinco encontrava-se tambm em pobreza em pelo

menos dois dos trs anos anteriores. As crianas foram o grupo populacionalonde o risco de pobreza foi mais elevado (25,6%). Segundo os dados do Instituto

Nacional de Estatstica para 2013, manteve-se o agravamento da taxa de

intensidade da pobreza e uma forte desigualdade na distribuio dos

rendimentos.Inqurito s Condies de Vida e Rendimento divulgado a 16 de outubro pelo Instituto Nacional de Estatstica.

2. Reflexo

Na Sagrada Escritura []a misericrdia a palavra-chave para indicar o agir de

Deus para connosco. Ele no Se limita a afirmar o seu amor, mas torna-o visvel

e palpvel. Alis, o amor nunca poderia ser uma palavra abstrata. Por sua pr-

pria natureza, vida concreta: intenes, atitudes, comportamentos que se

verificam na atividade de todos os dias. A misericrdia de Deus a sua respon-

sabilidade por ns. Ele sente-Se responsvel, isto , deseja o nosso bem e quer

ver-nos felizes, cheios de alegria e serenos. E, em sintonia com isto, se deve

orientar o amor misericordioso dos cristos. Tal como ama o Pai, assim tam-

bm amam os filhos. Tal como Ele misericordioso, assim somos chamados

tambm ns a ser misericordiosos uns para com os outros. []

Misericordiosos como o Pai, pois, o lema do Ano Santo. Na misericrdia,

temos a prova de como Deus ama. Ele d tudo de Si mesmo, para sempre,

gratuitamente e sem pedir nada em troca. Vem em nosso auxlio, quando O

invocamos. [].Ele vem para nos salvar da condio de fraqueza em que vi-

vemos. E a ajuda dEleconsiste em fazer-nos sentir a sua presena e proximi-
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dade. Dia aps dia, tocados pela sua compaixo, podemos tambm ns tornar-

nos compassivos para com todos.PAPA FRANCISCO Misericordiae Vultus, 9, 14.

3. Gesto de Paz

Acende-se a SEGUNDA VELA da Coroa do Advento.

Ao acendermos a segunda vela da Coroa do Advento, deixemo-nos interpelar

pelas palavras de Jesus Cristo que declara: Felizes os que usam de misericr-

dia para com os outros, porque Deus os tratar com misericrdia! (Mt 5,7).


________________________________________________________________

4. Orao





ajuda, para que juntos possamos romper a barreira da indiferena que humilha edo cinismo que destri.

Todos: men.

5. Bno






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ADVENTO 2015

3 DOMINGO

1. Ambientao

S em 2014, 13,9 milhes de pessoas se somaram ao nmero de novos

deslocados, resultante de perseguies, conflitos, violncia generalizada ou

violao dos direitos humanos quatro vezes mais que em 2010. Em todo omundo, foram contabilizados 19,5 milhes de refugiados, 38,2 milhes de

deslocados dentro dos seus prprios pases e 1,8 milho de solicitantes de

refgio. Um dado alarmante: metade dos refugiados no mundo formada por

jovens e crianas menores de 18 anos.Relatrio "Tendncias Globais" do Alto Comissariado das Naes Unidas para os Refugiados (ACNUR) 2015.

2. Reflexo

Neste Ano Santo, poderemos fazer a experincia de abrir o corao queles

que vivem nas mais variadas periferias existenciais, que muitas vezes o mundo

contemporneo cria de forma dramtica. Quantas situaes de precariedade e

sofrimento presentes no mundo actual! Quantas feridas gravadas na carne de

muitos que j no tm voz, porque o seu grito foi esmorecendo e se apagou

por causa da indiferena dos povos ricos. []No nos deixemos cair na indife-

rena que humilha, na habituao que anestesia o esprito e impede de desco-

brir a novidade, no cinismo que destri. Abramos os nossos olhos para ver as

misrias do mundo, as feridas de tantos irmos e irms privados da prpria

dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda. As nossas

mos apertem as suas mos e estreitemo-los a ns para que sintam o calor da

nossa presena, da amizade e da fraternidade. Que o seu grito se torne o nos-

so e, juntos, possamos romper a barreira de indiferena que frequentemente

reina soberana para esconder a hipocrisia e o egosmo.

PAPA FRANCISCO Misericordiae Vultus, 15.
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3. Gesto de Paz

Acende-se a TERCEIRA VELA da Coroa do Advento.

Ao acendermos a terceira vela da Coroa do Advento, deixemo-nos interpelar

pelas palavras de Jesus Cristo, ditas aos seus discpulos depois de lhes lavar osps: Dei-vos o exemplo para que, assim como eu fiz, o faam tambm uns aos

outros (Jo 13,15).


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4. Orao







Todos: men.

5. Bno








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ADVENTO 2015

4 DOMINGO

1. Ambientao

Desde 1990 o mundo reduziu a pobreza para metade; no entanto 1 em cada 8

pessoas no mundo ainda sofre de fome. O nmero de crianas em idade

escolar que no vai escola desceu para quase metade entre 2000 e 2012;porm, 1 em cada 10 crianas continua a no entrar numa sala de aula.

Morrem menos 17.000 crianas por dia; no entanto 6 milhes continuam a no

chegar a celebrar o seu 5 aniversrio.Relatrio dos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio 2015.

2. Reflexo

meu vivo desejo que o povo cristo reflicta, durante o Jubileu, sobre as obras

de misericrdia corporal e espiritual. Ser uma maneira de acordar a nossa cons-

cincia, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada

vez mais no corao do Evangelho, onde os pobres so os privilegiados da mise-

ricrdia divina. A pregao de Jesus apresenta-nos estas obras de misericrdia,

para podermos perceber se vivemos ou no como seus discpulos. [].

No podemos escapar s palavras do Senhor, com base nas quais seremos

julgados: se demos de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede;

se acolhemos o estrangeiro e vestimos quem est nu; se reservamos tempopara visitar quem est doente e preso (cf. Mt 25, 31-45). De igual modo ser-

nos- perguntado se ajudamos a tirar da dvida, que faz cair no medo e muitas

vezes fonte de solido; se fomos capazes de vencer a ignorncia em que

vivem milhes de pessoas, sobretudo as crianas desprovidas da ajuda neces-

sria para se resgatarem da pobreza; se nos detivemos junto de quem est

sozinho e aflito; se perdoamos a quem nos ofende e rejeitamos todas as for-

mas de ressentimento e dio que levam violncia; se tivemos pacincia, a
http://www.undp.org/content/dam/undp/library/MDG/english/UNDP_MDG_Report_2015.pdfhttp://www.undp.org/content/dam/undp/library/MDG/english/UNDP_MDG_Report_2015.pdfhttp://www.undp.org/content/dam/undp/library/MDG/english/UNDP_MDG_Report_2015.pdf


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exemplo de Deus que to paciente connosco; enfim se, na orao, confiamos

ao Senhor os nossos irmos e irms.PAPA FRANCISCO Misericordiae Vultus, 15.

3. Gesto de Paz

Acende-se a QUARTA VELA da Coroa do Advento.

Ao acendermos a quarta e ltima vela da Coroa do Advento, deixemo-nos in-

terpelar pelas palavras de Jesus Cristo sobre quando formos julgados pelo

amor com que amamos: Saibam que todas as vezes que fizeram [deixaram de

fazer] isso a um destes meus irmos mais pequeninos, foi a mim que o fizeram

[deixaram de fazer] (Mt 25,40.45).


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4. Orao



seus olhos para ver as misrias do mundo, as feridas de tantos irmos e irmsprivados da prpria dignidade e nos sintamos desafiados a escutar o seu grito de



Todos: men.

5. Bno

1. Queneste Ano Jubilar da Misericrdia possamos experimentar o amor deDeus que consola, perdoa e d esperana.




http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlhttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.html


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ADVENTO

CONTRIBUTOS

PARA A

CELEBRAO

Temas anteriores

No havia lugar para eles... (Lc 2,7) 2014

Reconstruamos a casa da harmonia e da paz! 2013

Preparemos o caminho... 2012

Glria a Deus e paz na terra! 2011

Vem, Prncipe da Paz! 2010

Eis que fao novas todas as coisas (Ap 21,5) 2009

A paz esteja nesta casa! 2008

Para que brilhe a Paz 2007


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Pax Christi Portugal

A/c CRCRua Castilho, 61 2 Dt1250-068 LISBOATel. 910864455

E-mail: [email protected]: http://www.paxchristiportugal.net

O amor de Deus quer chegar a todos e cada um, transformando

aqueles que acolhem o abrao do Pai noutros tantos braos que

se abrem e abraam para que todo o ser humano saiba que

amado como filho e se sinta em casa na nica famlia humana.PAPA FRANCISCO

Sejamos misericordiosos... (cf. Lc 6,36)

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