Semana da arte moderna 1992

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Principais características A Semana de Arte Moderna ou também conhecida comoSemana de 22 foi realizada entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. Foram apresentadas novas correntes artísticas que se opunham ao estilo tradicional. Os artistas buscavam temas nacionalistas procurando uma identidade própria. Apesar do designativo "semana", o evento ocorreu em cinco dias. Cada dia da semana trabalhou um aspecto cultural: pintura , escultura, poesia, literatura e música . O evento marcou o início do modernismo no Brasil e tornou- se referência cultural do século XX. Nomes consagrados pelo Modernismo Pintura:Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Zina Aita, Lasar Segall e Tarsila do Amaral Escultura: Victor Brecheret e Wilhelm Haarberg. Literatura: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Menotti del Picchia e Manuel Bandeira. Música: Heitor Villa-Lobos e Debussy. Slide 6 Outros grandes nomes na pintura modernista brasileira foi Tarsila do Amaral e Lasar Segall, porém não participaram da semana de 22, Tarsila estava em Paris e Lasar já havia retornado a Alemanha. Objetivos Rompimento com as estruturas do passado; contra os padrões clássicos e a tradição Os artistas buscavam temas nacionais, procurando uma identidade própria, criar uma arte puramente brasileira Buscar antropofagismo (Na arte, significa absorver as influências estrangeiras como Futurismo, Cubismo e

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Semana da arte moderna 1991, aconteceu durante o mês de fevereiro nos dia 11 a 18.

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Principais características A Semana de Arte Moderna ou também conhecida comoSemana de 22 foi realizada

entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. Foram apresentadas novas correntes artísticas que se opunham ao estilo tradicional. Os artistas buscavam temas nacionalistas procurando uma identidade própria. Apesar do designativo "semana", o evento ocorreu em cinco dias. Cada dia da semana

trabalhou um aspecto cultural: pintura , escultura, poesia, literatura e música. O evento marcou o início do modernismo no Brasil e tornou-se referência cultural

do século XX.

Nomes consagrados pelo Modernismo Pintura:Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Zina Aita, Lasar Segall e Tarsila do Amaral Escultura: Victor Brecheret e Wilhelm Haarberg. Literatura: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Graça Aranha, Guilherme de

Almeida, Menotti del Picchia e Manuel Bandeira. Música: Heitor Villa-Lobos e Debussy.

Slide 6 Outros grandes nomes na pintura modernista brasileira foi Tarsila do Amaral e Lasar

Segall, porém não participaram da semana de 22, Tarsila estava em Paris e Lasar já havia retornado a Alemanha.

Objetivos

Rompimento com as estruturas do passado; contra os padrões clássicos e a tradição Os artistas buscavam temas nacionais, procurando uma identidade própria, criar uma

arte puramente brasileira Buscar antropofagismo (Na arte, significa absorver as influências estrangeiras como

Futurismo, Cubismo e Expressionismo e recriá-las com elementos da cultura nacional) Tentativa de criar uma língua brasileira; a língua do povo; linguagem coloquial, do dia-

a-dia; regionalismo. Na literatura, em meio a esse turbilhão de acontecimentos sociais, a Semana da Arte

Moderna surgiu como marco cultural de um novo movimento literário: o Modernismo. Os objetivos da Semana eram de trazer, primeiramente, a homogeneidade dos movimentos artísticos, bem como o de: ter o direito à pesquisa estética, reagir em desfavor do “helenismo” de Coelho Neto e do purismo de Rui Barbosa e da ruptura com o passado de natureza acadêmica, liberdade na escrita e expressão lingüística, sem pudores de linguagem culta e de métricas rígidas.

Principais nomes na literatura:

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Mario de Andrade Manuel Bandeira Oswald de Andrade

Mário de Andrade Mário Raul de Morais Andrade São Paulo, 9 de outubro de 1893 — São Paulo, 25 de

fevereiro de 1945 Um dos principais articuladores da Semana de 22. O prefácio de “Pauliceia desvairada”, publicado pouco depois da Semana, inspirou a

fase inicial do movimento. A pesquisa folclórica e a linguagem inventiva de

“Macunaíma” (1928) definiram o lugar que o modernismo ocupa até hoje no imaginário nacional.

Nas décadas seguintes, foi interlocutor de autoresdas novas gerações, como Drummond e Sabino,e publicou trabalhos importantes sobre música tradicional brasileira.

Manuel Bandeira O pernambucano Manuel Bandeira (1886-1968) já era um poeta estabelecido na época

da Semana. Na década anterior, difundira o verso livre em textos críticos e em obras como

“Carnaval”, de 1919. Doente, não pôde ir a São Paulo para o

evento, mas os modernistas escolheram seu poema “Os sapos” como uma espécie de declaração de princípios.

Publicou algumas das principais obras dapoesia brasileira da primeira metade do século XX, como “Libertinagem” (1930) e“Estrela da Manhã” (1936).

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Oswald de Andrade Oswald de Andrade (1890-1954) foi o mais transgressor e experimental dos

modernistas. Autor de irônicos discursos e artigos de ataque aos “passadistas”, nos meses próximos

à Semana de 1922, da qual foi um dos idealizadores. “A alegria é a prova dos nove”, declarou no “Manifesto Antropófago” de 1928, que

defendia de forma poética uma língua brasileira e a metáfora do canibalismo do índio que deglute o estrangeiro.

Era a ideia de antropofagia como caminho para a cultura brasileira, reapropriada pela Tropicália nos anos 1960. Esse projeto construtivo de um modernismoligado à brasilidade já tinha se anunciado no “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”, de 1924, que deu origem ao livro “Pau-Brasil”, publicado no ano seguinte.

Grupo dos Cinco Composto por Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Menotti del Picchia, Mário de

Andrade e Oswald de Andrade. O Grupo defendia as ideias da Semana de Arte Moderna e toma a frente do

movimento modernista no Brasil.

Livros Na Semana de 1922, o espanto foi causado por “Os sapos”, poema do livro “Carnaval”

(1919), de Manuel Bandeira. “Pauliceia desvairada” , no entanto, entrou para a História como o livro central da

poesia modernista, em que Mário de Andrade defende a liberdade e a polifonia. Seis anos depois, já a partir de suas pesquisas sobre o folclore, Mário escreve “Macunaíma, o herói sem nenhum caráter”, em que a polifonia se evidencia na linguagem e na narrativa, na busca do que o escritor denominava “entidade nacional”. Nas leituras da obra ao longo dos anos, o anti-herói — interpretado por Grande Otelo e Paulo José no filme homônimo de Joaquim Pedro de Andrade (1969) — se tornou, de forma caricata, retrato do brasileiro malandro. Três anos depois de “Pauliceia desvairada”, Oswald de Andrade publicava “Pau-Brasil”. O livro foi um desdobramento de seu “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”, que chamava os modernistas à criação de uma “poesia de exportação”, em 1924 (ano em que Oswald também escreveu “Memórias sentimentais de João Miramar”). Ali já se proclamava um afastamento da importação de tendências culturais, na elaboração de um projeto de brasilidade que se reforçaria no “Manifesto Antropófago”, de 1928. A perspectiva “antropofágica” também está presente em “Cobra Norato”, escrito por Raul Bopp em 1921, mas publicado dez anos depois.

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Curiosidades Durante a leitura do poema "Os Sapos", de Manuel Bandeira (leitura feita por Ronald

de Carvalho) , o público presente no Teatro Municipal fez coro e atrapalhou a leitura, mostrando desta forma a desaprovação.

No dia 17 de fevereiro, Villa-Lobos fez uma apresentação musical. Entrou no palco calçando num pé um sapato e em outro um chinelo. O público vaiou, pois considerou a atitude futurista e desrespeitosa. Depois, foi esclarecido que Villa-Lobos entrou desta forma, pois estava com um calo no pé.

Embora tenha sido alvo de muitas críticas, a Semana de Arte Moderna só foi adquirir sua real importância ao inserir suas idéias ao longo do tempo. O movimento modernista continuou a expandir-se por divulgações através da Revista Antropofágica e da Revista Klaxon, e também pelos seguintes movimentos: Movimento Pau-Brasil, Grupo da Anta, Verde-Amarelismo e pelo Movimento Antropofágico.