NOMES: Alan, Vanessa, Paulo, Douglas,Carla, Tainara Beatriz ,Diego .

ESCOLA ESCOLA

CIRENAICACIRENAICA

Escola de pensamento fundada em Atenas, por Escola de pensamento fundada em Atenas, por Aristipo de Cirene. Foi a partir do nome desta Aristipo de Cirene. Foi a partir do nome desta cidade que os cirenaicos receberam sua cidade que os cirenaicos receberam sua denominação. É considerada pela tradição uma denominação. É considerada pela tradição uma das chamadas escolas socráticas, juntamente das chamadas escolas socráticas, juntamente com os cínicos e os megáricos. Tais escolas com os cínicos e os megáricos. Tais escolas recebem esta denominação por se configurar, recebem esta denominação por se configurar, cada uma delas, como uma determinada cada uma delas, como uma determinada interpretação dos ensinamentos de Sócrates, interpretação dos ensinamentos de Sócrates, especialmente no que concerne à correlação especialmente no que concerne à correlação entre conhecimento e virtude. Pode-se entre conhecimento e virtude. Pode-se também apontar, no caso dos cirenaicos, a também apontar, no caso dos cirenaicos, a influência dos ensinamentos sofísticos (ver influência dos ensinamentos sofísticos (ver Sofistas) como determinante para a Sofistas) como determinante para a constituição de seu corpo doutrinário. Seus constituição de seu corpo doutrinário. Seus principais representantes são Teodoro, o Ateu, principais representantes são Teodoro, o Ateu, Hegesias e Aníceris. Hegesias e Aníceris.

Os cirenaicos ocuparam-se Os cirenaicos ocuparam-se fundamentalmente de questões de ética. fundamentalmente de questões de ética. Em sua opinião, o bem se identifica com Em sua opinião, o bem se identifica com o prazer, ainda que este deve se o prazer, ainda que este deve se entender também como prazer espiritual. entender também como prazer espiritual. A felicidade humana, segundo Aristipo, A felicidade humana, segundo Aristipo, consiste em livrar-se de toda a consiste em livrar-se de toda a inquietude, sendo a via para conseguí-lo inquietude, sendo a via para conseguí-lo a autarcía.a autarcía.

Em teoria do conhecimento, os cirenaicos Em teoria do conhecimento, os cirenaicos defenderam uma posição sensualista (a defenderam uma posição sensualista (a única fonte de conhecimento são os única fonte de conhecimento são os sentidos) e subjetivista(não há mais sentidos) e subjetivista(não há mais conhecimento que o conhecimento conhecimento que o conhecimento individual).individual).

Os seguidores de Aristipo prolongaram Os seguidores de Aristipo prolongaram os ensinos de seu maestro até o os ensinos de seu maestro até o período helenístico. Filósofos como período helenístico. Filósofos como Teodoro o Ateu, Hegesias ou Aníceris Teodoro o Ateu, Hegesias ou Aníceris representaram uma tendência filosófica representaram uma tendência filosófica mais que uma "escola" propriamente mais que uma "escola" propriamente dita. Cicerón e outros autores contam-dita. Cicerón e outros autores contam-nos que as lições dadas por Hegesias nos que as lições dadas por Hegesias em Alejandría foram causa de tantos em Alejandría foram causa de tantos suicídios que Ptolomeo teve que suicídios que Ptolomeo teve que proibirsua continuidade.proibirsua continuidade.

Porém o pensamento cirenaico diferencia-se Porém o pensamento cirenaico diferencia-se das outras escolas ao afirmar que o único das outras escolas ao afirmar que o único critério de verdade reside nas sensações. Que critério de verdade reside nas sensações. Que percebemos algo como sendo branco ou doce, percebemos algo como sendo branco ou doce, quanto a isto não nos podemos enganar. Mas quanto a isto não nos podemos enganar. Mas que este algo seja, efetivamente, branco ou que este algo seja, efetivamente, branco ou doce, isto ninguém poderá conhecer ao certo. doce, isto ninguém poderá conhecer ao certo. Para tais sensações, existem nomes comuns, Para tais sensações, existem nomes comuns, razão pela qual cremos que elas próprias são razão pela qual cremos que elas próprias são comuns. Mas o que cada um sente ao comuns. Mas o que cada um sente ao denominar algo como doce, isto não é denominar algo como doce, isto não é conhecido, nem comum entre os homens. Sendo conhecido, nem comum entre os homens. Sendo critério de verdade, a sensação deve ser critério de verdade, a sensação deve ser considerada, desta forma, critério norteador da considerada, desta forma, critério norteador da ação. Assim, o prazer é associado ao bem e o ação. Assim, o prazer é associado ao bem e o desprazer ao mal, havendo, ainda, um estágio desprazer ao mal, havendo, ainda, um estágio intermediário de neutralidade. Assim, a busca intermediário de neutralidade. Assim, a busca do bem subordina-se, para esta concepção, à do bem subordina-se, para esta concepção, à busca do prazer. busca do prazer.

É preciso ressaltar ainda que, por prazer, É preciso ressaltar ainda que, por prazer, Aristipo e os cirenaicos compreendem Aristipo e os cirenaicos compreendem somente o prazer efetivo, que se dá no somente o prazer efetivo, que se dá no presente, uma vez que o movimento da presente, uma vez que o movimento da alma, gerador das sensações, se dissolve no alma, gerador das sensações, se dissolve no tempo, não guardando o próprio prazer, tempo, não guardando o próprio prazer, mas somente sua recordação. A felicidade mas somente sua recordação. A felicidade deve ser compreendida como o somatório deve ser compreendida como o somatório dos prazeres particulares, tanto presentes dos prazeres particulares, tanto presentes quanto passados e futuros. Neste sentido, quanto passados e futuros. Neste sentido, ela se distingue do prazer. Contudo, não se ela se distingue do prazer. Contudo, não se trata de uma mera entrega a todo e trata de uma mera entrega a todo e qualquer prazer. A autarquia é pregada por qualquer prazer. A autarquia é pregada por esta escola como o princípio de dominação esta escola como o princípio de dominação dos prazeres, de modo a poder empregá-los, dos prazeres, de modo a poder empregá-los, tornando-os úteis sem se deixar por eles tornando-os úteis sem se deixar por eles subjugar. Domina o prazer não quem se subjugar. Domina o prazer não quem se abstém, mas quem, sem deixar-se arrastar abstém, mas quem, sem deixar-se arrastar por ele, sabe, contudo, usá-lo.por ele, sabe, contudo, usá-lo.

AristóteleSócrates

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