SEMINARIO de tecnologia pós colheita do maracujá

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7/22/2019 SEMINARIO de tecnologia pós colheita do maracujá http://slidepdf.com/reader/full/seminario-de-tecnologia-pos-colheita-do-maracuja 1/29 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO MATÉRIAS- PRIMA AGROPECUÁRIA E TECNOLOGIA PÓS COLHEITA MARACUJÁ TATIANA RIBEIRO LAGO E VALTÂNIA XAVIER NUNES GUANAMBI-BA 2011

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO

MATÉRIAS- PRIMA AGROPECUÁRIA E TECNOLOGIA PÓS COLHEITA

MARACUJÁ

TATIANA RIBEIRO LAGO E VALTÂNIA XAVIER NUNES

GUANAMBI-BA

2011

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TATIANA RIBEIRO LAGO E VALTÂNIA XAVIER NUNES

Trabalho apresentado como requisito

avaliativo para pontuação semestral dadisciplina de Matérias-prima Agropecuária e

Tecnologia Pós-Colheita do curso de

Tecnologia em Agroindústria do Instituto

Federal de Educação e Tecnologia Baiano, sob

orientação do Professor MSc. Carline

Guimarães.

Guanambi-Bahia

2011

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SUMÁRIO

1.  Introdução ................................................................................................. 3 2.  Produção e importância da cultura do maracujá ....................................... 4 3.  Principais variedades ................................................................................ 5 

3.1.  Maracujá-amarelo ou maracujá-azedo (Passiflora edulis Sims f.

Flavicarpa Deg) ....................................................................................................... 5 3.2.  Maracujá-roxo (Passiflora edulis Sims) ............................................. 5 3.3.  Maracujá doce (Passiflora alata AIT) ................................................ 5 3.1.  Maracujá-do-mato (Passiflora cincinnata) ......................................... 6 3.2.  Maracujá melão (Passiflora quadrangularis) ..................................... 6 3.3.  Maracujá sururuca (Passiflora setaceae) .......................................... 6 

4.   Aspectos do cultivo .................................................................................... 7 4.1.1.  Solo ............................................................................................... 7 4.1.1.  Preparo do solo ............................................................................. 7 4.1.2.  Exigências climáticas .................................................................... 7 4.1.1.  Propagação ................................................................................... 7 4.1.1.  Época do plantio e plantio ............................................................. 8 4.1.2.  Manejo pós-plantio ........................................................................ 8 4.1.3.  Poda .............................................................................................. 8 

5.  Maturação ................................................................................................. 9 5.1.  Escala de coloração .......................................................................... 9 5.2.  Padrão respiratório ............................................................................ 9 

5.2.1.  Efeitos do etileno e outros reguladores ......................................... 9 6.  Tratamento fotossanitário ........................................................................ 11 

6.1.  Principais pragas e como controlá-las ............................................ 11 6.2.  Doenças do maracujazeiro.............................................................. 11 

7.  Ponto de colheita ..................................................................................... 12 7.1.  Colheita ........................................................................................... 12 7.2.  Rendimento ..................................................................................... 13 

7.2.1.  Tratamento pós-colheita .............................................................. 13 8.  Transporte do campo ao galpão de embalamento .................................. 14 

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8.1.  Operações no galpão de embalamento .......................................... 14 9.  Normas de Classificação, Padronização e identidade do maracujá azedo

(Passiflora edulis Sims) para o Programa Brasileiro para a Melhoria dos Padrões

Comerciais e Embalagens de Hortigranjeiros ........................................................... 15 9.1.  Embalagem ..................................................................................... 16 9.2.  Rotulagem ....................................................................................... 16 9.3.   Acondicionamento e transporte ....................................................... 17 

10.   Armazenamento ...................................................................................... 18 11.  Novas tecnologias pós-colheita ............................................................... 19 

11.1.  Ceras comerciais ............................................................................ 19 11.2.  Conservação com cloreto de cálcio ................................................ 20 11.3.  Tratamentos hidrotérmicos.............................................................. 20 11.4.  Conservação por irradiação ............................................................ 20 

12.  Perdas pós-colheita ................................................................................. 21 13.  Diagnostico da produção na região (livramento) ..................................... 22 14.   Avaliação dos setores de produção e comércio atacadista, varejista locais

23 15.  Sugestões de intervenção na cadeia produtiva ....................................... 24 16.  Conclusão ............................................................................................... 25 17.  Referências Bibliográficas ....................................................................... 26 

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1. INTRODUÇÃO

O maracujá é um fruto originado da América Tropical, existem mais de 530espécies de maracujá, no entanto, a espécie Passiflora edulis, mais conhecida como

maracujá-azedo, é a que possui maior importância econômica, pois sua polpa, de

coloração amarelo - alaranjado, proporciona bom rendimento de suco, que é de boa

aceitação no mercado. É um fruto rico em minerais e vitaminas, principalmente A e

C. Possui ainda princípios ativos nas folhas que são usados como sedativo e

antiespasmódico1.

É um fruto de difícil conservação, pois aliado a grande perda de massa fresca

que ocorre durante o período de armazenamento, apresenta susceptibilidade a

podridões e a fermentação da polpa. Assim, técnicas pós-colheita que possibilitem

redução da atividade metabólica merecem destaque, pois apresentam uma opção

para o aumento de sua vida de prateleira (SILVA, 1999). Ainda de acordo com Silva

(1999), a perda de matéria fresca é um dos fatores limitantes para sua aceitação por 

parte do consumidor, métodos que aumentam a conservação do fruto vem sendo

aplicados com intuito de diminuir as perdas pós-colheita. Dentre eles podemos citar 

a atmosfera modificada e controlada, películas comestíveis, tratamento hidrotérmico,

irradiação, entre outros.

 Assim realizou-se o seguinte trabalho com o objetivo de estudar aspectos

referentes á pós-colheita do maracujá, propondo um diagnostico e avaliação dos

setores de produção, comercio atacadista e varejista locais, como forma de verificar 

as regularidades e irregularidades sugerindo intervenções para otimizar a cadeia

produtiva.

1Cultura do Maracujá. Disponivel em: http://www.agrov.com/vegetais/frutas/maracuja.htm Acesso: 05/06/2011

ás 18:48.

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2. PRODUÇÃO E IMPORTÂNCIA DA CULTURA DO MARACUJÁ

O maracujá é uma planta de clima tropical com grande distribuição

geográfica. É originária da América Tropical que pode atingir de 5-10 metros de

comprimento, exigindo, portanto sistema de condução que funcionam como suporte

do tipo “cercas”. Há registro de mais de 530 espécies de maracujá2, sendo 150

espécies de Passifloraceas utilizadas para consumo  humano. As espécies mais

cultivadas no Brasil e no mundo são o maracujá-amarelo (Passiflora edulis f.

flavicarpa), maracujá-roxo (Passiflora edulis) e o maracujá-doce (Passiflora alata). O

maracujá-amarelo é o mais cultivado no mundo, responsável por mais de 95% da

produção do Brasil e utilizado principalmente no preparo de sucos. O maracujá-doceé destinado para o mercado de fruta fresca, devido a sua baixa acidez (CEPLAC).

O Brasil é o maior produtor mundial com produção de 330 mil toneladas e

área de aproximadamente 33 mil hectares. A Bahia é o principal produtor, com cerca

de 77 mil toneladas, em 7,8 mil hectares, seguido por São Paulo com cerca de 58

mil toneladas em 3,7 mil hectares; Sergipe, com 33 mil toneladas, em 3,9 mil

hectares e Minas Gerais, com 25 mil toneladas, em 2,8 mil hectares (IBGE, 2002).

No que se refere ao cultivo do maracujá, a espécie mais conhecida ecultivada no Brasil é Passiflora edulis f. flavicarpa, o maracujá-amarelo, portanto a

facilidade de obter dados com relação a este é maior que as demais. Desta forma a

exposição teórica deste trabalho estará voltada para esta espécie.

2Enciclopédia: Cultura do Maracujá .Disponível em: http://www.agrov.com/vegetais/frutas/maracuja.htm

Acessado em 01/05/2011 ás 15:00 hrs.

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3. PRINCIPAIS VARIEDADES

3.1. Maracujá-amarelo ou maracujá-azedo (Passif lora edul is 

Sims f. f lavicarpa Deg)  

Espécie mais cultivada e comercializada no Brasil, tanto para a indústria

quanto para consumo in natura, por ser mais vigorosa, mais adaptada aos dias

quentes, apresentar frutos de maior tamanho, com peso entre 43 e 250g, maior 

produção por hectare, maior acidez total e maior rendimento de suco. A

produtividade média é em torno de 12 a 15 t/ ha, havendo potencial para produçãode 30 a 35 t/ha. Seu cultivo é indicado para regiões tropicais e subtropicais.

3.2. Maracujá-roxo (Passif lora edul is Sims )  

Denominada de maracujá roxo, pois a casca dos frutos é verde antes da

maturação, permanecendo púrpura à medida que este processo ocorre.   Indicado

para locais de maior altitude e climas mais frios. Seus frutos apresentam peso entre

50 e 130g, maior teor de açúcares e de sólidos solúveis (Brixº) quando comparado

com o maracujá-amarelo. Apresenta rendimento e qualidade de suco semelhante ao

do maracujá-amarelo, com diferenças relativas ao teor de vitamina C que é maior, à

acidez cítrica que é menor, o que representa suco mais doce. Tem potencial de

produção de até 30-40 t/ha, e pode ser destinado para indústria, consumo in natura

e exportação. É muito apreciado na Austrália e África do Sul.

3.3. Maracujá doce (Passif lo ra alata A IT)  

Esta variedade é pouco produzida e comercializada pela falta de hábito de

consumo. Seu caule é quadrangular, os frutos são ovais ou periformes, de casca

alaranjada, assemelhando-se com mamão papaia, e pesam de 80 a 190 g. É o

menos rico em suco, adocicado e de aroma agradável. É quase exclusivamente

consumida como fruta fresca. Pode ser destinado para exportação, pois os frutos por 

suas características agradam os consumidores, principalmente aos europeus,

mercado ainda pouco conquistado. 

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3.1. Maracujá-do-mato (Passiflora cincinnata)

É uma fruta nativa das áreas secas do nordeste, de bom sabor e muito

resistente a longos períodos de estiagem e doenças, possuindo baixo custo de

produção.

3.2. Maracujá melão (Passiflora quadrangularis)

Sua principal característica é o tamanho do fruto, alongado e de grandes

dimensões, chegando a passar de três quilos. Muito utilizado na fabricação de

doces, sorvetes e muses.

3.3. Maracujá sururuca (Passiflora setaceae)

É uma planta nativa da caatinga e dos biomas cerrados

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de vidro ou louça para fermentar.3 As sementes devem ser selecionadas de plantas

matrizes.

4.1.1. Época do plantio e plantio

O plantio é mais adequado nos meses entre Abril e Junho, onde a taxa de

luminosidade é maior para a florescência, permitindo assim um crescimento

vegetativo durante o inverno com floração a partir de setembro. O espaçamento

mais recomendado para o plantio é de 2,5 m entre fileiras e 5m entre plantas.

Considerando-se uma cultura mecanizada, o espaçamento pode ser de 3,5m entre

fileiras de plantas.

4.1.2. Manejo pós-plantio

O maracujá por ser uma árvore trepadeira, necessita de suporte para uma

melhor distribuição dos ramos proporcionando maior produtividade dos frutos. Logo

após o plantio as plantas devem ser conduzidas por um sistema de espaldadeira

vertical (mais utilizado), formado por estacas de 2,5 m de comprimento e

espaçamento de 5 metros do plantio (CEPLAC, 2011).

4.1.3. Poda

 A poda se faz necessária pelo rápido desenvolvimento da planta (que ocorre

em ramos), e origina uma grande massa vegetal o que favorece o desenvolvimento

de pragas e doenças. Existem dois tipos de poda recomendados para a cultura:

poda de formação e a poda de produção ou renovação. Elas são indicadas para

quem conduz o maracujá em espaldeira (cerca) no sistema que chamamos de

"cortina". A poda de formação é realizada logo que se planta o maracujá, e a poda

de produção é realizada no início da brotação primaveril, quando houver 

disponibilidade de água no solo, e temperaturas na faixa de 20ºC.4 

Na época de entressafra deve-se realizar uma poda de limpeza removendo os

ramos secos e doentes com o objetivo de proporcionar melhor ajeitamento das

folhagens e minimizar os riscos de contaminação das novas folhagens.

3Frutas-Brasil (ISBN 85-7234-008-4) e Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical.

4Plantar maracujá. Tudo que você precisa saber para plantar e cultivar o maracujá. Disponível em:

<http://plantar-maracuja.blogspot.com/ > Acesso em 09/05/2011 ás 18:37 hrs.

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5. MATURAÇÃO

 A maturidade fisiológica do maracujá atinge o ponto ideal em torno dos 60dias após a floração, que é o ponto onde se verifica maior rendimento em suco.

5.1. Escala de coloração

Durante a fase de maturação, o maracujá amarelo sofre diversas alterações

físicas e químicas de síntese como, por exemplo, a mudança de cor da sua casca.

 Alterações na cor do fruto podem ocorrer pela perda de clorofila nos

plastídios, manifestando carotenóides amarelos, alaranjados ou vermelhos (Winkler 

et al., 2002).

 A transição da cor da casca do fruto do maracujá, de verde para amarelo,

poderia ser utilizada como parâmetro externo de amadurecimento do fruto, já que

reflete na fisiologia endógena do fruto. A cor da casca também pode ser utilizada

como uma das características para a colheita. Recomenda-se que se colha o

maracujá-amarelo quando a coloração amarela atinge mais de 30% da cor 

superficial da casca.

5.2. Padrão respiratório

De acordo com resultados obtidos por Winkler et al (2002), o padrão

respiratório difere quanto ao estádio de maturação. Frutos imaturos possuem baixa

taxa de respiração, aumentando a medida que ocorre a maturação.

5.2.1. Efeitos do etileno e outros reguladores

O etileno é um composto químico que participa de vários fenômenos

complexos que ocorrem nas plantas, como exemplo o amadurecimento. As plantas

produzem etileno de forma natural, a partir de mecanismos químicos internos este

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hormônio é liberado, e em maior quantidade quando os frutos estão em fase de

amadurecimento.5 

Segundo Chitarra (2005) o padrão de amadurecimento fisiológico do maracujá

o caracteriza como fruto climatério, ou seja, na fase de maturação o fruto apresenta

aumento nas taxas de respiração e produção de etileno que podem ocorrer na

planta ou após a colheita. De acordo com resultados obtidos por Winkler et al

(2002), a produção de etileno difere quanto ao estádio de maturação.

 As giberilinas, citoxinas e auxinas possuem a função de retardar o

amadurecimento dos frutos afetando principalmente as mudanças de cor e o

amadurecimento da casca (SILVA, 1999).

5Centro de Júnior. E.feito do etileno no amadurecimento dos frutos Disponível

em:<http://www.centrocienciajunior.com/miudos_graudos/experiencia21.asp?exp=335> Acessado em

09/05/2011 ás 19:59

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6. TRATAMENTO FOTOSSANITÁRIO

6.1. Principais pragas e como controlá-las

Lagartas - deve-se combatê-las com inseticida à base de Bacilus

thuringiensis (Dipel PM) na dosagem de 100g/100L de água, adicionando

espalhante adesivo à calda de inseticida. Repetir duas vezes em intervalos

semanais.

Percevejos – produtos como Carbaryl (Sevin 850 PM), podem ser utilizados

na dosagem de 20g/20L de água, repetindo-se duas a três vezes, conforme ainfestação, em pulverizações espaçadas de dez dias.

Moscas-das-frutas  – devem ser aplicadas de 15 em 15 dias, iscas que

deve ser feita com cinco quilos de melaço ou açúcar, misturados ao inseticida

Fenthion (Lebaycid 500) na dosagem de 50ml/100L de água, normalmente em três

aplicações espaçadas de oito a dez dias.

6.2. Doenças do maracujazeiro

Superbrotamento - controle deve ser preventivo, pelo uso de mudas sadias

e eliminação de plantas infectadas no pomar.

Verrugose e Antracnose  – o controle destas doenças é feito através da

eliminação de folhas e frutos muito atacados e pulverização com fungicidas cúpricos

(Agrinose, Cupravit ou Cobre Sandoz) na dosagem de 250 a 350g/100 litros deágua, ou fungicidas carbamatos (manzate D) na dosagem de 150 a 200g/100 litros

de água. Os intervalos de aplicação devem ser de 14 a 30 dias em função das

condições favoráveis às doenças.

Virose  – o controle é feito pelo uso de mudas sadias, eliminação de

plantas afetadas e plantas daninhas hospedeiras do vírus, como amendoim,

crotalária e centrozema.

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7. PONTO DE COLHEITA

O principio de colheita se baseia em: Numero de dias decorridos deste a floração, geralmente o maracujá

atinge seu ponto de colheita em torno dos 60 dias após a floração.

Tamanho do fruto

Coloração, a colheita deve acontecer quando os frutos estiverem a

coloração amarela em 30% da parte externa do fruto.

Resistência do pedúnculo

O ponto ideal da colheita varia conforme o objetivo da produção.(Manoel, 2007).

7.1. Colheita

O maracujazeiro tem longo período de safra podendo variar de acordo coma

região. No nordeste, onde o clima é muito quente, a safra é praticamente constante.

No estado da Bahia, por exemplo, a produção concentra-se nos meses de abril-

 junho e a colheita entre maio/julho e janeiro/fevereiro. A colheita varia de acordo

com as condições climáticas, plantios efetuados nos meses próximos ao verão,

permite o inicio da colheita, mas precoce enquanto nos meses mais frios a colheita é

mais tardia.

Os frutos de maracujá devem ser colhidos ainda presos a planta mãe,

evitando aqueles que se encontra caídos ao chão e sofre danos mecânicos com a

queda, o que favorece o aparecimento de patógenos. Por ser um fruto climatério não

pode ser colhido antes do ponto Maximo de desenvolvimento, para que o processo

fisiológico de amadurecimento continue após a colheita, pois frutos colhidos

imaturos não apresentam aumento respiratório e nem liberação de etileno após a

colheita. (MANICA, 2005 citado por RAMOS, 2008)

 A colheita manual ocorre cuidadosamente, com tesoura ou arrancando o fruto

da planta e acondicionando-o em caixas plásticas ou de papelão, deve-se deixar uns

3 cm do pedúnculo visando a diminuição do murchamento e da incidência de

doenças pós-colheita (ARRUDA, 2007).Os frutos caídos no chão, já se encontram

em estágio de senescência, murcham mais rápido e tem uma vida de prateleira

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inferior, portanto devem ser consumidos de imediato (de 3 a 5 dias) ou então

industrializados (RUGGEIRO et al., 1996 citado por RAMOS 2008).

7.2. Rendimento

O rendimento médio da produção em frutos é de 8 a 10 t/ha para o primeiro

ano de plantio, 15 a 20 t/ha no segundo e 12 a 14 t /ha para o terceiro

7.2.1. Tratamento pós-colheita

O tratamento pós-colheita se baseia principalmente na seleção dos frutos de

acordo do à finalidade de mercado. Primeiramente eliminam-se os frutos murchos,

lesionados, verdes, com características de ataque por microrganismos ou doenças,

restos florais, corte dos pedúnculos para 0,5 cm, lavagem (quando necessário),

armazenamento a temperatura de 100ºC e 80-95% de umidade relativa. Após estes

tratamentos os frutos devem ser embalados e identificados. Estes fatores

proporcionam uma maior vida-de-prateleira ao fruto, conservando-os por cerca de 40

dias.

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8. TRANSPORTE DO CAMPO AO GALPÃO DE EMBALAMENTO

O transporte deve assegurar uma conservação adequada ao produto6. Depoisde colhidos, os frutos serão transportados em caixas de papelão ou plásticas pra o

packing house, onde serão lavados, selecionados, classificados e embalados

(RAMOS, 2008).

8.1. Operações no galpão de embalamento

Limpeza  – A limpeza é o primeiro passo, onde será feita a remoção das

impurezas, tais como, galhos, folhas secas entres outros.

Lavagem  – Consiste na lavagem com água, sabão ou detergentes para

remover as impurezas da superfície do fruto.

Sanificação – Está etapa é feita em taques de lavagem e serve para a retirada

de resíduos químicos e sujeiras que estão aderidas ao fruto, serve também para

baixar a temperatura do fruto quando chega do campo, é nessa fase que se faz o

pré-resfriamento do dos frutos de maracujá à temperatura de 10ºC, esse

procedimento serve para retardar o pico climatério e reduzir sua intensidade.

Nessa água de lavagem deve ser adicionado hipoclorito de sódio ou de cálcio

e o ph da água deve está entre (6,00 e 7,00). (MANICA, 2005 citado por 

RAMOS, 2008).

Secagem  – A próxima etapa é secar e selecionar os frutos, onde

consiste a retirada de frutos murchos, sem pedúnculo, com danos físicos,

totalmente verdes e com sintomas de ataques de pragas.

6 Normas de Classificação, Padronização e identidade do maracujá azedo (Passiflora edulis Sims) para oPrograma Brasileiro para a Melhoria dos Padrões Comerciais e Embalagens de Hortigranjeiros.Disponível em:< http://www.hortibrasil.org.br/classificacao/maracuja/arquivos/norma.html> Acessadoem 09/05/2011 ás 21:19 hrs. 

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9. NORMAS DE CLASSIFICAÇÃO, PADRONIZAÇÃO E IDENTIDADE

DO MARACUJÁ AZEDO (PASSIFLORA EDULIS SIMS) PARA O

PROGRAMA BRASILEIRO PARA A MELHORIA DOS PADRÕESCOMERCIAIS E EMBALAGENS DE HORTIGRANJEIROS

Os maracujás azedos classificam-se pela cor, tamanho e qualidade, de

acordo com grupos: (relacionado à característica varietal da coloração da casca,

sendo amarelo, roxo ou rosa maça); subgrupo ou classificação de acordo com o

grau de maturação (cor 1, cor 2 e cor 3: sendo predominantemente verde com no

mínimo 30% na cor final amarela, predominantemente na cor final- mais de 30% nacor final amarela e totalmente na cor final amarela- 100%, respectivamente). O

mercado permite uma mistura de 20% de frutos fora do estágio de maturação

descrito no rótulo. Quanto ao calibre, o maracujá está dividido em cinco classes, em

função do diâmetro equatorial em mm: calibre 1 – igual ou menor que 55 mm; calibre

2 – entre 55 e 65 mm; calibre 3 – entre 65 e 75 mm; calibre 4  – entre 75 e 85 mm e

calibre 5 – maior que 85 mm. Neste caso são toleradas 10% de mistura de calibre,

desde que seja de classes imediatamente superiores ou inferiores ao descrito no

rótulo. Os frutos também são classificados em função dos defeitos graves ou leves

que apresentam, é o tipo ou categoria: a categoria extra, aceita 5% de frutos com

defeitos leves; categoria I  – 2% com frutos imaturos, 2% com dano profundo, 2%

com podridão, 3% com danos graves, 10% com danos leves (total de 10% de frutos

com algum dano); categoria II - 3% com frutos imaturos, 3% com dano profundo, 3%

com podridão, 7% com danos graves, 25% com danos leves (total de 25% de frutos

com algum dano); categoria III - 20% com frutos imaturos, 20% com dano profundo,

5% com podridão, 100% com danos graves, 100% com danos leves (total de 100%

de frutos com algum dano).

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9.1. Embalagem

Segundo as Normas de Classificação, Padronização e identidade do

maracujá azedo (Passiflora edulis Sims) para o Programa Brasileiro para a Melhoria

dos Padrões Comerciais e Embalagens de Hortigranjeiros, as embalagens desses

produtos não devem ser causadora de danos aos mesmos, as dimensões deverão

permitir a paletização, ou seja, serem sub múltiplos do Palete Padrão Brasileiro

(PBR) de 1,00 m por 1,20 m. No caso do uso de sacos (polietileno), estes deverão

estar acondicionados em embalagens com estas condições; as embalagens poderão

ser retornáveis (deve permitir a limpeza e sanitização) ou descartáveis. Todas as

embalagens deverão está de acordo com as disposições das normas sanitárias.Os frutos podem ser separados e embalados em caixas de madeira, papelão

ou plástico. A caixa de papelão proporciona maior conservação dos frutos, mas

oferece como desvantagem seus custos em relação as outras embalagens.

9.2. Rotulagem

Todas as embalagens devem ser rotuladas ou etiquetadas em lugar de fácil

visualização e remoção, contendo as seguintes informações: nome do produtor,

nome do cultivar, nome do grupo, subgrupo, classe, categoria, peso liquido, nome e

domicilio do produtor. O produto nacional comercializado no mercado interno deve

conter obrigatoriamente a identificação do produtor responsável (nome, razão social

e endereço), número do registro do estabelecimento no Ministério da Agricultura, do

 Abastecimento e da Reforma Agrária, origem do produto, grupo, subgrupo, classe,

categoria, peso líquido, e data do acondicionamento. Para comercialização no varejo

e a granel deve conter identificação do responsável pelo produto, classe e categoria.

Os frutos deverão ser embaladas em locais cobertos, secos, limpos,

ventilados com dimensões de acordo com os volumes a serem acondicionados e de

fácil higienização, a fim de evitar efeitos prejudiciais à qualidade e conservação das

mesmas. 

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9.3. Acondicionamento e transporte

Os maracujás azedos deverão ser embaladas em locais cobertos, secos,

limpos, ventilados com dimensões de acordo com os volumes a serem

acondicionados e de fácil higienização, a fim de evitar efeitos prejudiciais à

qualidade e conservação das mesmas. O transporte deve assegurar uma

conservação adequada ao produto. 

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10. ARMAZENAMENTO

Uma grande preocupação dos estados produtores do maracujá tem sido a

conservação do fruto, uma vez que apresenta alta taxa de perecibilidade e suporta,

em condições normais, de 7 a 10 dias em temperatura ambiente (SILVA e

DURIGAN, 2000). Após este período uma série de reações começam a acontecer,

como por exemplo a fermentação da polpa, turgescia e ataque por fungos. Como

forma de amenizar as perdas pós-colheita aplicam-se vários tratamentos como a

refrigeração e a atmosfera modificada e controlada que vem sendo empregada com

sucesso. Para transportar e armazenar as frutas deve-se observar a relação entre a

temperatura e umidade, com mostra a tabela abaixo.

Tabele 1: tempo de estocagem do maracujá, conforme a temperatura e a

umidade relativa.

Tipo de fruta Temperatur 

a (°C)

Umidade

relativa (%)

Tempo de

estocagem

5,6 a 7,2 85 a 90 3 a 4 semanas

 Amarelo 7 a 10 90 a 95 2 a 5 semanas

10 a 12 85 a 90 15 dias3 a 5 90 a 95 3 a 5 semanas

Roxo 5,6 a 7,2 85 a 90 4 a 5 semanas

7 a 10 90 a 95 3 a 5 semanas

Fonte: Silva e Durigan (2000) citado por Ramos (2008)

 As temperaturas abaixo de 10ºC paralisam o crescimento micelial da maioria

dos fungos que são patógenos em pós-colheita do maracujá, porem a paralisação

ocorre com temperaturas menores que 5ºC.Segundo Resende et al (2001) na atmosfera modificada, a atmosfera no

interior da embalagem é geralmente, alterada pelo uso de filmes de polietileno, como

cloreto de polivinil (PVC), que caracteriza por apresentar uma boa barreira ao vapor 

d’água e permeabilidade relativa a O2 e CO2. A atmosfera controlada, os níveis dos

gases são monitorados constantemente e são ajustados de modo a manterem-se as

concentrações desejadas. Já na modificada os níveis dos gases não são

controlados completamente.

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11. NOVAS TECNOLOGIAS PÓS-COLHEITA

Existem inúmeras tecnologias que vem sendo aplicada no tratamento pós-

colheita do maracujá para manter a qualidade da matéria-prima e, sobretudo garantir 

maior vida de prateleira ao produto. Estes métodos são aplicados geralmente

quando se produz em longa escala, tornando-se inviável para pequenos produtores,

pois seus custos são onerosos. Por exemplo, podemos citar a conservação com

ceras comercias, conservação com cloreto de cálcio, tratamentos hidrotérmicos,

conservação por irradiação, todos com um único objetivo: assegurar a qualidade e

garantir maior durabilidade ao produto.

11.1. Ceras comerciais

 A utilização de filmes comestíveis em alimentos, além de ser uma alternativa

para aumento da vida de prateleira, devido a redução da perda de umidade e ao

controle da transmissão de gases, é também eficaz no melhoramento da aparência

dos frutos e sua aceitabilidade frente ao consumidor (OLIVEIRA et al., 2007).

 A camada de cera propicia uma aparência lustrosa, reduz a perda de água

mais eficazmente do que o ambiente com umidade relativa alta e retarda o

enrugamento (SILVA E DURIGAN, 2000).

De acordo com Mota et al (2006) o tratamento com cera e estocagem em

ambiente sob temperatura de 5-7ºC e umidade relativa variando de 85-90% tem

prevenido o enrugamento e preservado a qualidade do maracujá por 30 dias.

Trabalhando com imersão em cera de carnaúba (Fruit Wax), diluída na proporção

1:4 (m/v); embalagem em saco plástico poliolefínico com 0,015 mm; associação

entre a imersão na cera de carnaúba e embalagem plástica, onde os frutos formam

imersos em água com hipoclorito a 1%, ele concluiu que houve menor porcentagem

de perda de matéria fresca ao utilizar embalagem em saco plástico e associação de

embalagem e cera ao longo do período de armazenamento, não houve diferença

com relação a matéria fresca do fruto, casca e polpa, porcentagem de casca e de

polpa e relação polpa casca, e em geral, houve redução dos sólidos solúveis e da

acidez.

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11.2. Conservação com cloreto de cálcio

Floriano at al (2003) estudou as características físico-quimicas do maracujá

submetido aos tratamentos com aplicação de CaCl2, permaganato de potássio e

acondicionamento em embalagem de polietileno, visando o aumento do período de

conservação com manutenção de qualidade, concluiu que os frutos controle e

tratados com com CaCl2 obtiveram as maiores perdas de massa fresca. As maiores

tendências de teores de sólidos solúveis foram obtidos nos frutos tratados com

CaCl2 e não verificou diferença entre os tratados para os teores de acidez e vitamina

C durante o armazenamento dos frutos.

11.3. Tratamentos hidrotérmicos

 A imersão do maracujá amarelo em água quente é uma alternativa que tem

se mostrado eficiente no controle de podridões, apesar de torná-los mais suscetíveis

a danos pelo frio (SILVA E DURIGAN, 2000).

Estudando as características pós-colheita do maracujá DAMATTO JR et al

(2003) analisou a influencia do tratamento hidrotérmico na qualidade pós-colheita do

fruto. Para isso ele utilizou o tratamento- sem imersão em água aquecida; imersão

em água aquecida a 35ºC; imersão em água aquecida a 43ºC e imersão em água

aquecida a 53ºC. o tempo de imersão dos frutos foi de 2 horas para cada tratamento

e após essa imersão todos os tratamentos foram armazenados a 12ºC, com

umidade entre 80-90%. Conclui-se então que o uso de tratamento hidrotérmico nos

frutos com menor perda de massa, melhor manutenção da coloração da casca dos

frutos, maiores teores de vitamina C menor acidez.

11.4. Conservação por irradiação

Segundo SILVA e DURIGAN (2000), a utilização da irradiação gama no

maracujá amarelo, na dose de 25KGy, possuem várias vantagens, tais como a

preservação da qualidade, contém o processo de amadurecimento, mantém as

características físico-químicas, sem alterar o sabor do suco, proporciona maior 

rendimento de polpa e suco e acrescenta 4 dias no período de vida útil. No entanto aviabilidade econômica deste processo é desconhecida na conservação do maracujá.

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12. PERDAS PÓS-COLHEITA

 As principais perdas na pós-colheita estão relacionadas a problemasfisiológicos que se dão devido a respiração, transpiração, amadurecimento,

senescência e estresse; problemas de origem física como amassamento, corte,

perfuração, raspagem e batida e por problemas fitopatológicos que na maioria das

vezes são provenientes de doenças no campo de produção (RAMOS et al., 2008;

SILVA E DURIGAN, 2000; VENTURA et al., 2007).

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13. DIAGNOSTICO DA PRODUÇÃO NA REGIÃO (LIVRAMENTO)

 A visita foi realizada em uma propriedade na região de Livramento, a qualdetém a maior produção de maracujá amarelo da região, sendo produzida 30-35 t/h.

Possui um sistema de irrigação diferenciado feito por gotejamento, uma planta por 

pé. As principais doenças que afetam esta variedade na região são: virose, fusariose

e mosca-branca. Para combatê-las fazem o uso de inseticida e herbicida desde a

muda pequena, pois isso irá gerar um produto de melhor qualidade. Semanalmente

é realizado o penteado (remoção de galhos e folhas secas) para facilitar a

pulverização. É feita a polinização cruzada e artificial.Os frutos são colhidos manualmente, ainda na planta, quando apresentam

30% da coloração amarelada na casca. Os que caem ao chão são separados e

destinados a mercados menos exigentes, comercializados na própria região. O

galpão de embalamento fica na própria fazenda, onde é feita a seleção e

classificação dos frutos segundo as normas da CEAGESP.

Os frutos de boa qualidade são exportados para mercados como São Paulo,

rio de Janeiro e Espírito Santo. São transportados em caixas de papelão rotuladas, e

em caminhões fechados.

Diante da visita realizada observou-se que as práticas de produção de

maracujá são adequadas, porém não se emprega nenhum método para aumentar o

período de conservação e qualidade do produto. Desta forma sugere-se que seja

realizada todas as operações do galpão de embalamento, como a sanificação e o

pré-resfriamento do produto. Essas técnicas irão garantir uma melhor conservação e

aumento da vida de prateleira do produto.

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14. AVALIAÇÃO DOS SETORES DE PRODUÇÃO E COMÉRCIO

ATACADISTA, VAREJISTA LOCAIS

De acordo com visitas realizadas no comercio atacadista e varejista local

pode-se concluir que poucos frutos possuem boa aparência. O transporte e

embalagem são inadequados, o que favorece o aumento de danos mecânicos e

físicos proporcionando menor vida-de-prateleira ao fruto. O maracujá amarelo é

acondicionado em sacos tipo “rede”, transportados em cima de caminhões de

carroceria sem nenhum tipo de proteção e em seguida são descarregados ao chão e

destinados a comercialização varejista na feira livre e em sacolões.Os frutos são comercializados em diferentes estádios de maturação,

possuindo entre eles verdes e maduros, como também frutos murchos e em estádio

de senescência. Não é aplicado nenhum tipo de tratamento para conservação.

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15. SUGESTÕES DE INTERVENÇÃO NA CADEIA PRODUTIVA

 A redução das perdas em pós-colheita representa um grande desafio,principalmente para os setores atacadistas da região, considerando que o maracujá

é um fruto sensível a altas temperaturas, o que ocasiona seu enrugamento

dificultando a aceitabilidade pelo consumidor, pois sua aparência é o critério

fundamental para avaliar a qualidade do fruto. Desta forma, propõe-se a utilização

de mecanismos que reduzam as taxas de transpiração e respiração tais como:

redução na temperatura de armazenamento, elevação da umidade do ar, aplicação

de películas na superfície, utilização de embalagens e transporte adequados eatmosfera modificada.

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16. CONCLUSÃO

O maracujá amarelo por se tratar de um fruto que quando comercializado in

natura murcha muito facilmente, exigindo cuidados especiais na fase de pós-colheita

para minimizar perdas. Desta forma necessita-se de aplicações de tecnologias pós-

colheita adequada nos frutos comercializados para garantir a qualidade dos

mesmos, sobretudo quando vendido in natura, pois a aparência é considerada como

principal critério de qualidade. Diante do estudo realizado sobre a pós-colheita do

maracujá amarelo na região de Guanambi, pode-se afirmar que não há

investimentos por parte dos produtores para melhorar a cadeia produtiva na região.

O local de produção não oferece suporte para tratamentos físicos não atendendoassim as Normas de Classificação, Padronização e identidade do maracujá azedo

(Passiflora edulis Sims) para o Programa Brasileiro para a Melhoria dos Padrões

Comerciais e Embalagens de Hortigranjeiros.

Como forma de otimização da cadeia produtiva sugere-se a aplicação de

métodos que reduzam as taxas de transpiração e respiração tais como: redução na

temperatura de armazenamento, elevação da umidade do ar, aplicação de películas

na superfície, utilização de embalagens e transporte adequados e atmosfera

modificada, como forma de obter um produto de qualidade com maior vida de

prateleira.

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17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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