Seminário Lubrificação com Graxa em Rolamentos

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

Apoliana Oliveira Melo - RA 410107772 Adriano Monteiro Guedes - RA 410104304 Leandro Djuric Fernandes- RA 410104824 Marcelo Damaceno - RA 410105058 Ronilson Caetano RA 410107775 Sergio Alves Martins - RA 410103379 Thiago Moreno RA 410103503 Victor Mohamed Palma Zoghbi RA 410102764

Unidade Vergueiro 4A Noite Os Cataputas

Ttulo: Lubrificao em Rolamento

So Paulo 2011

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

Apoliana Oliveira Melo Adriano Monteiro Guedes Leandro Djuric Fernandes Marcelo Damaceno Ronilson Caetano Sergio Alves Martins Thiago Moreno Victor Mohamed Palma Zoghbi

Ttulo: Lubrificao com Graxa em Rolamento Seminrio apresentado em sala sobre Lubrificao com graxa em Rolamento para o curso de Qumica Tecnolgica

Orientao: Professor Oseas dos Santos

So Paulo 2011

RESUMO

Este trabalho relata as principais atividades relacionadas ao processo de lubrificao, mais especificamente o Processo de Lubrificao com graxa em Rolamento.

SUMRIO

1.0 INTRODUO ------------------------------------------------------------------------------------- 5 2.0 PROPOSITO DA LUBRIFICAO ---------------------------------------------------------- 6 3.0 LUBRIFICAO COM GRAXA -------------------------------------------------------------- 8 4.0 ATUAO DA GRAXA NO ROLAMENTO ----------------------------------------------- 9 5.0 PROPRIEDADE ANTIFFERUGEM --------------------------------------------------------- 10 6.0 SELEO DE GRAXAS ----------------------------------------------------------------------- 11 7.0 QUANTIDADE DE GRAXA ------------------------------------------------------------------- 14 8.0 RELUBRIFICAO ---------------------------------------------------------------------------- 15 9.0 ROLAMENTO ------------------------------------------------------------------------------------ 24 10.0 CONCLUSO ----------------------------------------------------------------------------------- 34 11.0 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ------------------------------------------------------ 35

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1.0 INTRODUO Para que os rolamentos operem de maneira confivel, eles devero estar adequadamente lubrificados para evitar o contato direto de metal com metal entre os corpos rolantes, pistas e gaiolas. O lubrificante tambm inibe o desgaste e protege as superfcies do rolamento contra corroso. A uma escolha de lubrificante adequado e do mtodo de lubrificao para cada aplicao de rolamentos e, portanto, importante assim como a manuteno correta. Uma ampla gama de graxas esta disponvel para a lubrificao de rolamentos e existem tambm lubrificantes slidos, por exemplo, para condies de temperaturas extremas. A escolha de um lubrificante depende principalmente das condies operacionais, ou seja, da faixa de temperatura e das velocidades, bem como da influencia do ambiente ao redor. As temperaturas de funcionamento mais favorveis sero obtidas quando a quantidade mnima de lubrificante necessria para uma lubrificao confivel do rolamento for fornecida. No entanto, quando o lubrificante tem funes adicionais, como vedao ou dissipao do calor, pode ser exigida quantidades adicionais de lubrificante. O lubrificante em um arranjo de rolamentos perde gradualmente suas propriedades de lubrificao como resultado de trabalho mecnico, envelhecimento e acumulo de contaminao. Portanto, e necessrio que a graxa seja recarregada ou renovada e que o leo seja filtrado e trocado em intervalos regulares. As informaes e recomendaes desta seo esto relacionadas aos rolamentos, sem placas de proteo ou vedantes integrados. As unidades de rolamento e os rolamentos com placas de proteo e vedantes integrados em ambos os lados so fornecidos j engraxados. Informaes sobre as graxas utilizadas podem ser encontradas nas sees dos produtos relevantes, Juntamente com uma breve descrio dos dados de desempenho. A vida til da graxa nos rolamentos vedados freqentemente excede a vida do rolamento de forma que, com algumas excees, no ha previso para relubrificacao desses rolamentos.

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2.0 PROPOSITO DA LUBRIFICAO O propsito da lubrificao dos rolamentos prevenir o contato metlico direto entre os corpos rolantes e as pistas. Isto se consegue atravs da formao de uma pelcula fina de leo ou graxa sobre as superfcies de contato. Entretanto, para os rolamentos a lubrificao tem as seguintes vantagens: - Reduo do atrito e do desgaste - Dissipao do calor por atrito - Vida do rolamento prolongada - Preveno contra a oxidao - Proteo contra elementos nocivos Para alcanar os efeitos mencionados acima, deve ser selecionado o mtodo de lubrificao mais eficiente para as condies de funcionamento. Adicionalmente, um lubrificante confivel e de boa qualidade deve ser escolhido. Outro requerimento o tipo efetivo de estrutura vedante que previna a invaso de elementos nocivos (p, gua, etc.) para o interior do rolamento, que remova poeira e outras impurezas do lubrificante, e que previna a fuga de lubrificante para o exterior. Quase todos os rolamentos utilizam o mtodo de lubrificao por graxa ou por leo, mas em algumas aplicaes especiais um lubrificante slido como o disulfeto de molibdnio ou grafite podem ser utilizados. A figura 1 mostra a relao entre o volume de graxa, perda por atrito e temperatura do rolamento. A tabela 1 detalha as caractersticas desta relao.

FIG. 1 (Relao entre o volume de graxa, perda por atrito e temperatura do rolamento)

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Campo

Caractersticas Quando o volume de graxa est extremamente baixo, ocorre contato metlico direto entre os corpos rolantes e as superfcies das pistas. Ocorre a abraso e o engripamento do rolamento.

Mtodo de lubrificao

A

------------------------------------

Uma fina camada de graxa sobre todas as Lubrificao B baixa. C D Conforme aumenta o volume de graxa, o aumento de calor balanceado pela refrigerao Apesar do volume de graxa, a temperatura aumenta numa taxa fixa ar-leo

com

graxa,

superfcies, a frico mnima e a temperatura mistura de leo,lubrificao

Lubrificao por circulao Lubrificao por circulao

Conforme o volume de graxa aumenta, a Lubrificao com circulao E refrigerao predomina e a temperatura do forada, lubrificao com jato rolamento diminui de graxa

TABELA 1 (Detalhe das caractersticas da relao acima)

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3.0 LUBRIFICAO COM GRAXA A graxa pode ser utilizada para lubrificar os rolamentos em condies operacionais normais na maioria das aplicaes. A graxa e mais vantajosa que o leo por aderir mais facilmente no arranjo do rolamento, especialmente onde os eixos esto inclinados ou esto na vertical, e tambm contribui para vedar o arranjo contra contaminantes, umidade ou gua. Quantidades excessivas de graxa faro com que a temperatura de funcionamento do rolamento aumente rapidamente, especialmente ao trabalhar em velocidades altas. Como regra geral, na partida, apenas o rolamento deve estar totalmente preenchido, enquanto o espao livre na caixa deve estar parcialmente preenchido com graxa. Antes de operar em velocidade total, deve-se deixar que o excesso de graxa no rolamento se acomode ou escape durante um perodo de funcionamento inicial. No final do perodo de funcionamento inicial, a temperatura de funcionamento cair consideravelmente indicando que a graxa foi distribuda no arranjo do rolamento. No entanto, onde os rolamentos devem operar em velocidades muito baixas e uma boa proteo contra contaminao e corroso for necessria, e aconselhvel preencher a caixa completamente com graxa.

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4.0 ATUAO DA GRAXA NO ROLAMENTO O espessante de uma rede de fibras de sabo funciona como recipiente para leo lubrificante. As cavidades desta rede enchem-se de leo, tal como os poros de uma esponja cheia de gua. Se uma esponja for espremida, a gua expelida a esponja sangra. O leo tambm sangra de uma graxa. Todavia, mais do que trabalho mecnico, a elevao da temperatura na massa da graxa ao redor do rolamento que causa sangria e suprimento de leo para as superfcies de contato e de deslizamento do rolamento. Uma quantidade suficiente de leo deve chegar a estas superfcies. O tipo escolhido de graxa deve ter propriedades adequadas ao tipo do rolamento e condies de trabalho. Requisitos especiais surgem, por exemplo, em rolamentos sujeitos a fortes vibraes, onde uma graxa mecanicamente instvel pode ser expelida do rolamento num processo contnuo. Isso causa uma ruptura mecnica na base do sabo metlico, destruindo a graxa.

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5.0 PROPRIEDADE ANTIFERRUGEM Graxas utilizadas em rolamentos devem sempre proteger contra ferrugem. O agente que combate ferrugem deve ser insolvel. A graxa deve ter tal fora de aderncia, que as superfcies do ao estejam cobertas por uma pelcula, mesmo se a graxa estiver saturada com gua.

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6.0 SELEO DE GRAXAS Todas as precaues tomadas para evitar falhas de rolamento podem ter pouco efeito se for escolhida a graxa errada. importante selecionar a graxa que oferea uma pelcula de leo com suficiente capacidade de carga sob as condies operacionais. Portanto, muito importante conhecer a viscosidade do leo base da graxa na temperatura de trabalho. Fabricantes de equipamentos especificam geralmente um tipo particular de graxa, a maioria das graxas padronizadas cobrem uma ampla gama de aplicaes. Os mais importantes fatores a serem considerados antes de escolher a graxa so: - Tipo de mquina - Tipo e tamanho do rolamento - Temperatura de trabalho - Condies operacionais de carga - Variaes de velocidade - Condies de funcionamento, tais como vibrao e a orientao do eixo em direo horizontal ou vertical - Condies de refrigerao - Eficincia de vedao - Ambiente externo A maioria dos usurios de rolamentos escolhe uma linha de graxas capazes de satisfaze quase qualquer aplicao ou condies que possam ocorrer. A SKF, por exemplo, desenvolveu uma linha de seis graxas designadas a funcionar eficientemente em 95% das aplicaes de rolamentos. A graxa LGHT deve ser utilizada quando a temperatura exceder 80 C (175 F); a graxa LGLT, quando a temperatura ficar abaixo de 0 C (32 F). Rolamentos submetidos a cargas extremamente pesadas e aqueles que trabalham velocidade muito baixa, devem ser lubrificados coma graxa LGEM 2; cargas mdias requerem a graxa LGEP 2. Rolamentos pequenos e mdios podem ser lubrificados com LGMT 2, rolamentos maiores com LGMT 3. OBS.: Verifique com o fabricante se o aditivo EP no prejudicial ao rolamento. 6.1 Graxas para temperatura elevadas (HT) Usem graxa HT quando a temperatura de trabalho exceder 80 C (175 F) ou quando no forem possveis curtos intervalos de relubrificao de rolamentos trabalhando a temperaturas de 70 a 85 C (160 a 185 F).

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6.2 Graxas para baixa temperatura (LT) Use graxa LT quando a temperatura de trabalho, bem como, as temperaturas ambientes estiverem abaixo de 0 (32 F), ou em rolamentos com cargas leves, funcionando em altas velocidades. 6.3 Graxas para temperatura mdia (MT) Estas multiuso (multipurpose), so recomendadas para rolamentos operados temperaturas de 30 120 C (-20 250 F). Podem ser utilizadas na grande maioria de aplicaes de lubrificao graxa. A viscosidade do leo base deve estar entre 75 a 200 mm2/s a 40 c (105 F). A consistncia normalmente 2 ou 3 de acordo com a escala NLGI. Para aplicaes com temperaturas constantes acima de 80 C (175 F) recomenda-se graxa HT. 6.4 Graxas EM As graxas com a designao EM contm bissulfeto de molibdnio (MoS2), que produz uma pelcula lubrificante mais resistente do que as graxas EP. Grafite ou substncias similares podem ser utilizadas como aditivos a esta graxa. 6.5 Graxas EP As graxas EP contm compostos de enxofre, cloro ou fsforo. Possuem propriedades de maior resistncia de pelcula, i.e., aumentar a capacidade de carga da pelcula. Isso importante em graxas destinadas rolamentos muito forados, de tamanho mdio e grande. Quando so alcanadas temperaturas suficientemente altas nos picos das superfcies metlicas do rolamento, produzida uma reao qumica que evita a soldagem. A viscosidade do leo base de aproximadamente 175 mm2/s a 40 C (105 F). A consistncia corresponde a NLGI 2. Em geral, as graxas EP no devem ser utilizadas em temperaturas abaixo de 30 C (-20 F) ou acima de 110 C (230 F). Para aplicaes com temperaturas constantes acima de 80 C (175 F) recomenda-se graxa HT. 6.5 Graxas para cargas pesadas Em rolamentos girando lentamente sob cargas pesadas, so necessrios aditivos para aumentar a resistncia da pelcula lubrificante. De outra forma, os picos desiguais das superfcies metlicas do rolamento entraro em contato, a temperatura elevar-se- e as

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superfcies se soldaro. Os aditivos minimizam o contato entre as partes metlicas e produzem uma reao qumica que impedem caldeamento.

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7.0 QUANTIDADE DE GRAXA Em qualquer situao, a quantidade de graxa utilizada depender de muitos fatores relacionados com o tamanho e forma do alojamento, limitaes de espao, rotao do rolamento e o tipo de graxa utilizada. Como regra geral, os alojamentos e os rolamentos devem ser engraxados somente com 30% a 60% e 30% a 40% de seu espao, respectivamente. Quando as rotaes so altas e as elevaes de temperatura necessitam ser mantidas em um mnimo, deve-se utilizar uma quantidade reduzida de graxa. Uma quantidade excessiva de graxa causaria aumentos de temperatura, os quais por sua vez, suavizariam a graxa, podendo gerar vazamentos. Com excesso de graxa pode ocorrer oxidao e deteriorao, reduzindo a eficincia da lubrificao. Mais ainda, o espao padro do rolamento pode ser determinado pela equao: V=K W onde, V : Quantidade de espao do rolamento tipo aberto (aprox.), cm K : Fator de espao do rolamento (Tabela 2) W: Massa do rolamento, kg

TABELA 2 (Fator de espao do rolamento) Pode-se tambm calcular a quantidade exata de graxa a ser utilizada em rolamentos utilizando seguinte formula: Gr = 0,005 D B Sendo, G: quantidade de graxa D: dimetro externo do rolamento em mm B: Largura total do rolamento em mm.

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8.0 RELUBRIFICAO Os rolamentos tm de ser lubrificados novamente se a vida til da graxa for menor do que a vida til esperada do rolamento. A relubrificao deve ser feita sempre no momento em que a condio do lubrificante existente ainda esteja satisfatria. O momento em que a relubrificao deve ser feita depende de muitos fatores relacionados. Isso inclui o tamanho e o tipo de rolamento, velocidade, temperatura de funcionamento, tipo de graxa, espao ao redor do rolamento e o ambiente do rolamento. S possvel basear as recomendaes em regras estatsticas; os intervalos de relubrificao da SKF so definidos como o perodo de tempo ao final do qual 99 % dos rolamentos ainda esto confiavelmente lubrificados. Isso representa a vida L1 da graxa. O mais recomendado utilizar a experincia com base em dados de aplicaes e testes reais, juntamente com os intervalos de relubrificao estimados fornecidos pelos fabricantes de graxas. 8.1 INTERVALOS DE RELUBRIFICAO Os intervalos de relubrificao tf de rolamentos com anel interno rotacional em eixos horizontais sob condies normais e de limpeza podem ser obtidos a partir de o diagrama a seguir como uma funo do fator de velocidade A multiplicado pelo fator do rolamento relevante bf Onde, A = n dm n = velocidade de rotao, r/min dm = do dimetro mdio do rolamento = 0,5(d + D), em mm bf = do fator do rolamento, dependendo do tipo de rolamento e das condies de carga (tabela 2) da relao de cargas C/P

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DIAGRAMA 1 (Intervalos de relubrificao em temperaturas operacionais de 70 C) O intervalo de relubrificao tf um valor estimado, vlido para uma temperatura de funcionamento de 70 C, utilizando graxas de leo mineral/espessante de ltio de boa qualidade. Quando as condies operacionais do rolamento forem diferentes, ajuste os intervalos de relubrificao obtidos no diagrama 1 de acordo com as informaes fornecidas em "Ajustes dos intervalos de relubrificao devido s condies operacionais e aos tipos de rolamentos". Ao utilizar graxas de alto desempenho, pode ser possvel um intervalo de relubrificao maior e uma durao maior da vida da graxa.

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TABELA 3 (Fatores de rolamento e limites recomendados para o fator de velocidade A) Tipo de rolamento1) Fator do rolamento bf Rolamentos rgidos de esferas Rolamentos de esferas de contato angular Rolamentos autocompensadores de esferas Rolamentos de rolos cilndricos - rolamento sem anel interno fixo - rolamento com anel interno fixo, sem cargas axiais externas ou com cargas axiais leves, mas alternantes - rolamento com anel interno fixo, com carga axial leve agindo constantemente - sem gaiola2) Rolamentos de rolos de agulhas Rolamentos de rolos cnicos Rolamentos autocompensadores de rolos - quando a relao de cargas Fan /Fr e e dm 800 mm sries 222, 238, 239 sries 213, 223, 230, 231, 232, 240, 248, 249 srie 241 - quando a relao de cargas Fa /Fr e e dm > 800 mm sries 238, 239 sries 230, 231, 232, 240, 248, 249 srie 241 - quando a relao de cargas Fa/Fr > e todas as sries rolamentos de rolos toroidais CARB 6 150 000 50 0004) 30 0004) 2 2 2 230 000 170 000 100 000 130 000 100 000 50 0004) 30 0004) 65 000 2 2 2 350 000 250 000 150 000 200 000 100 000 150 000 80 000 80 0004) 50 0004) 4 4 3 2 200 000 NA3) 350 000 350.000 120 000 NA3) 60 000 20 000 2 300 000 200 000 100 000 1,5 450 000 300 000 150 000 1 1 1 500 000 500 000 500 000 Limites recomendados para o fator de velocidade a para relao de cargas C/P 15 C/P 8 mm/min 400 000 300 000 400 000 300 000 400 000 300 000 C/P 4

200 000 100 000 300.000 200.000

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- com gaiola - sem gaiola, nmero mximo de rolos2) Rolamentos axiais de esferas Rolamentos axiais de rolos cilndricos Rolamentos axiais de rolos de agulhas Rolamentos axiais autocompensadores de rolos - arruela do eixo de rotao

2 4 2 10 10

350 000 NA3) 200 000 100 000 100 000

200 000 100 000 NA3) 60 000 60 000 20.000 30 000 30 000 150 000 100 000

4

200 000

120 000

60 000

8.2 PROCEDIMENTOS PARA RELUBRIFICAO A escolha do procedimento de relubrificao geralmente depende da aplicao e do intervalo de relubrificao tf obtido: O reabastecimento um procedimento conveniente e preferido quando o intervalo de relubrificao inferior a seis meses. Ele permite uma operao contnua e, quando comparado com a relubrificao contnua, proporciona uma temperatura estvel e mais baixa. A renovao do preenchimento de graxa geralmente recomendada quando os intervalos de relubrificao so superiores h seis meses. Esse procedimento costuma ser aplicado como parte de um programa de manuteno do rolamento, por exemplo, em aplicaes ferrovirias. A relubrificao contnua utilizada quando os intervalos de relubrificao estimados so curtos, por exemplo, devido a efeitos adversos de contaminao ou quando outros procedimentos de relubrificao forem inconvenientes devido dificuldade de acesso ao rolamento. Entretanto, a relubrificao contnua no recomendada para aplicaes com velocidades rotacionais elevadas, uma vez que a agitao intensa da graxa pode levar a temperaturas de funcionamento muito altas e destruio da estrutura espessaste da graxa. Ao utilizar rolamentos diferentes em um arranjo de rolamentos, uma prtica comum aplicar o menor intervalo de relubrificao estimado para ambos os rolamentos. 8.3 REABASTECIMENTO Conforme mencionado na introduo da seo de lubrificao com graxa, o rolamento deve estar inicialmente, totalmente preenchido, enquanto o espao livre na caixa deve estar parcialmente preenchido. Dependendo do mtodo pretendido de reabastecimento, so

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recomendadas as seguintes porcentagens de preenchimento de graxa para este espao livre na caixa: 40 % quando o reabastecimento feito no lado do rolamento (fig. 2);

FIGURA 2 20 % quando o reabastecimento feito pela ranhura e pelos furos de relubrificao no anel interno ou externo do rolamento (fig. 3 ).

FIGURA 3 Quantidades adequadas para reabastecimento de um rolamento pela lateral podem ser obtidas a partir de Gp = 0,005 D B e, para o reabastecimento pelo anel interno ou externo do rolamento, a partir de Gp = 0,002 D B onde Gp = quantidade de graxa a ser adicionada no reabastecimento

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D = dimetro externo do rolamento, mm B = largura total do rolamento (para rolamentos axiais, utilize a altura H), em mm

Para facilitar o fornecimento de graxa utilizando uma pistola de graxa, um bocal de graxa deve ser fornecido na caixa. Se forem utilizados vedantes de contato, um orifcio de sada na caixa tambm deve ser fornecido de forma que quantidades excessivas de graxa no se acumulem no espao ao redor do rolamento (fig. 2), uma vez que isso pode causar um aumento definitivo na temperatura do rolamento. O orifcio de sada deve estar tampado quando for utilizada gua com alta presso para limpeza. O perigo do excesso de graxa acumulado no espao ao redor do rolamento e os decorrentes picos de temperatura, com seu efeito prejudicial graxa bem como ao rolamento, mais evidente quando os rolamentos operam em velocidades altas. Nesses casos, aconselhvel utilizar uma vlvula de escape de graxa em vez de um orifcio de sada. Isso evita uma superlubrificao e permite que a relubrificao seja executada com a mquina em funcionamento. Uma vlvula de escape de graxa composta basicamente por um disco que gira com o eixo e que forma uma fresta estreita em conjunto com a tampa de extremidade da caixa (fig. 4). O excesso de graxa e a graxa usada so lanados para fora do disco em uma cavidade anular e sai da caixa por uma abertura no lado inferior da tampa de extremidade.

FIGURA 4 Para assegurar que a graxa nova realmente est atingindo o rolamento e substituindo a graxa velha, o duto de lubrificao da caixa deve alimentar a graxa adjacente lateral do anel externo (fig. 2 e fig. 5) ou, melhor ainda, no rolamento. Para proporcionar uma lubrificao eficiente, alguns tipos de rolamentos, por exemplo, rolamentos autocompensadores de rolos, so fornecidos com uma ranhura e/ou orifcios de relubrificao no anel interno ou externo (fig. 3 e fig. 6).

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FIGURA 5

FIGURA 6

Para que a troca de graxa velha seja bem-sucedida, importante que a graxa seja reabastecida com a mquina em funcionamento. Nos casos em que a mquina no est em funcionamento, o rolamento deve ser girado durante o reabastecimento. Ao lubrificar o rolamento diretamente pelo anel interno ou externo, a graxa nova mais eficaz no reabastecimento; conseqentemente, a quantidade de graxa necessria reduzida quando comparada com a relubrificao a partir da lateral. Considera-se que os dutos de lubrificao j foram preenchidos com graxa durante o processo de montagem. Se no foram, uma quantidade de relubrificao maior durante o primeiro reabastecimento ser necessria para compensar os dutos vazios. Onde forem utilizados dutos de lubrificao longos, verifique se a graxa pode ser bombeada adequadamente na temperatura ambiente prevalecente. O preenchimento de graxa completo dever ser trocado quando o espao livre na caixa no puder mais acomodar graxa adicional, por exemplo, aproximadamente acima de 75 % do volume livre da caixa. Quando a relubrificao feita pela lateral e ao comear com 40 % do preenchimento inicial da caixa, o preenchimento de graxa completo deve ser trocado aps aproximadamente cinco reabastecimentos. Devido ao preenchimento inicial inferior da caixa e da quantidade superior reduzida durante o reabastecimento no caso de relubrificao do rolamento diretamente pelo anel interno ou externo, a renovao s ser necessria em casos excepcionais.

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8.4 RENOVANDO O PREENCHIMENTO DE GRAXA Quando a renovao do preenchimento de graxa feita no intervalo de relubrificao estimado ou aps um determinado nmero de reabastecimentos, a graxa usada no arranjo de rolamentos deve ser completamente removida e trocada por graxa nova. O preenchimento do rolamento e da caixa com graxa deve ser feito de acordo com as diretrizes fornecidas em "Reabastecimento". Para permitir a renovao do preenchimento de graxa, a caixa do rolamento deve ser facilmente acessvel e aberta. A tampa das caixas de diviso e as tampas de caixas de uma nica parte geralmente podem ser removidas para que o rolamento fique exposto. Depois de remover a graxa usada, a graxa nova deve ser comprimida entre os corpos rolantes. Deve-se tomar muito cuidado para que os contaminantes no entrem no rolamento nem na caixa ao fazer a relubrificao e a prpria graxa deve ser protegida. O uso de luvas prova de graxa recomendado para evitar reaes alrgicas na pele. Quando as caixas esto menos acessveis, mas so dotadas de bocais de graxa e orifcios de sada, possvel renovar completamente o preenchimento de graxa relubrificando vrias vezes em intervalos prximos, at que se possa considerar que toda a graxa velha foi expelida da caixa. Este procedimento exige muito mais graxa do que necessrio para a renovao manual do preenchimento de graxa. Alm disso, este mtodo de renovao tem uma limitao com relao s velocidades operacionais: em velocidades altas, levar a aumentos inadequados de temperatura causados por agitao excessiva da graxa. 8.5 RELUBRIFICAO CONTINUA Este procedimento utilizado quando o intervalo calculado para relubrificao for muito curto, por exemplo, devido a efeitos adversos de contaminao, ou quando outros procedimentos de relubrificao forem inconvenientes, por exemplo, quando o acesso ao rolamento for difcil. Devido excessiva agitao de graxa, que pode levar a um aumento de temperatura, a lubrificao continua s recomendada quando as velocidades rotacionais so baixas, ou seja, em fatores de velocidade A < 150 000 para rolamentos de esferas e A < 75 000 para rolamentos de rolos. Nesses casos, o preenchimento inicial de graxa da caixa pode ser de 100 % e a quantidade

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de relubrificao por unidade de tempo derivada das equaes para Gp em "Reabastecimento", espalhando-se a quantidade relevante ao longo do intervalo de relubrificao. Quando for utilizada relubrificao contnua, verifique se a graxa pode ser bombeada adequadamente atravs dos dutos na temperatura ambiente prevalecente. A lubrificao contnua pode ser conseguida atravs de lubrificadores automticos multiponto ou de ponto nico.

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9.0 ROLAMENTOS Um arranjo de rolamentos no consiste apenas nos rolamentos em si, mas tambm inclui os componentes associados aos rolamentos, como o eixo e a caixa. O lubrificante tambm um componente muito importante do arranjo de rolamentos porque ele precisa evitar o desgaste e proteger contra corroso para que os rolamentos possam apresentar mximo desempenho. Alm destes, o vedante tambm um componente muito importante, cujo desempenho de importncia vital para a limpeza do lubrificante. Para projetar um arranjo de rolamentos, necessrio: Selecionar um tipo de rolamento apropriado determinar um tamanho de rolamento apropriado.

Mas isso no tudo. Vrios outros aspectos precisam ser considerados: um projeto e forma adequados dos outros componentes do arranjo, ajustes apropriados e folga interna (pr-carga) do rolamento, dispositivos de suporte, vedantes adequados, tipo e quantidade de lubrificante, mtodos de instalao e remoo, etc.

Cada deciso individual afeta o desempenho, confiabilidade e economia do arranjo de rolamentos. A quantidade de trabalho envolvida depende de j haver experincia com arranjos semelhantes. Quando falta tal experincia, quando existem requisitos extraordinrios ou quando os custos do arranjo de rolamentos e qualquer item relacionado exigem consideraes especiais, muito mais trabalho necessrio, incluindo, por exemplo, clculos e/ou testes mais precisos. Nas sees seguintes desta introduo tcnica genrica, o projetista de arranjos de rolamentos encontrar as informaes bsicas necessrias apresentadas na ordem em que costumam ser requeridas. Obviamente, impossvel incluir todas as informaes necessrias para abordar cada aplicao concebvel de rolamentos. Por essa razo, em muitos lugares so feitas referncias ao abrangente servio de engenharia de aplicao, que inclui suporte tcnico para

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seleo do rolamento certo, bem como para os clculos de todo o arranjo de rolamentos. Quanto maiores forem as exigncias tcnicas em relao a um arranjo de rolamentos e mais limitada for a experincia disponvel no uso de rolamentos em aplicaes especficas, mais recomendvel ser o uso desse servio. As informaes contidas na seo tcnica genrica normalmente se aplicam a rolamentos de forma geral ou, pelo menos, a um grupo de rolamentos. Informaes especiais, especficas para um determinado tipo de rolamento. 9.1 TERMINOLOGIAS DE ROLAMENTO A terminologia seguinte usada para um arranjo de rolamentos. Arranjo de rolamentos (fig. 7) 1 Rolamentos de rolos cilndricos 2 Rolamento de esferas de quatro pontos de contato 3 Caixa 4 Eixo 5 Ressalto de encosto do eixo 6 Dimetro do eixo 7 Chapa de fixao 8 Vedante de eixo radial 9 Anel espaador 10 Dimetro do furo da caixa 11 Furo da caixa 12 Tampa da caixa 13 Anel de reteno

FIGURA 7

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A terminologia seguinte usada para as diversas partes de um rolamento. Rolamentos radiais (fig. 8 e fig. 9) 1 Anel interno 2 Anel externo 3 Corpo rolante: esfera, rolo cilndrico, agulha, rolo cnico, rolo autocompensador 4 Gaiola 5 Placa de vedao Vedao feita de elastmero, com contato (mostrado na figura) ou Sem contato Placa de proteo feita de ao laminado, sem contato 6 Dimetro externo do anel externo 7 Furo do anel interno 8 Dimetro do ressalto do anel interno 9 Dimetro do ressalto do anel externo 10 Ranhura do anel de reteno 11 Anel de reteno 12 Face lateral do anel externo 13 Ranhura de ancoragem do vedante 14 Pista do anel externo 15 Pista do anel interno 16 Ranhura de vedao 17 Face lateral do anel interno 18 Chanfro 19 Dimetro mdio do rolamento 20 Largura total do rolamento 21 Flange-guia 22 Flange de reteno 23 ngulo de contato

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FIGURA 8

FIGURA 9

Rolamentos axiais (fig. 10) 24 Arruela de eixo 25 Conjunto de gaiola e corpos rolantes 26 Arruela de caixa 27 Arruela de caixa com superfcie de assento esfrica 28 Arruela de assento esfrica

FIGURA 10

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9.2 TIPOS DE ROLAMENTOS 9.2.1 ROLAMENTOS RADIAIS Rolamentos rgidos de esferas - De uma carreira (1) com placas de proteo ou de vedao. - Com ranhura para anel de reteno no anel externo e anel de reteno de duas carreiras (2) Rolamentos autocompensadores de esferas - Com furo cilndrico ou furo cnico (3) - Com placas de vedao - com anel interno largo (4) Rolamentos de esferas de contato angular - De uma carreira (5) para montagem em pares - Rolamentos de preciso (6) - De duas carreiras (7) com placas de proteo ou de vedao - Rolamentos de quatro pontos de contato (8)

Rolamentos de rolos cilndricos de uma carreira - Tipo NU (9) - Tipo N (10)

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- Tipo NJ (11) - Tipo NJ com anel de encosto HJ (12) - Tipo NUP (13)

De duas carreiras - Tipo NNU (14) - Tipo NN (15)

De quatro carreiras - Com furo cilndrico (16) ou cnico

Rolamentos de rolos cilndricos com o Maximo numero de rolos - De uma carreira (17) - De duas carreiras com (18) ou sem placa de vedao com varias carreiras de rolos Rolamentos de rolos cilndricos cruzados (19)

Rolamentos de agulhas - Buchas de agulhas com (20) e sem fundo - Com flanges com ou sem anel interno (21) com placas de vedao - Sem flanges com ou sem anel interno

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- Gaiolas de agulhas (22) - Rolamentos de agulhas combinados (23) - Rolamentos autocompensadores de agulhas Rolamentos autocompensadores de rolos - Com furo cilndrico (24) ou furo cnico

Rolamentos de rolos cnicos - De uma carreira em pares (25) - De duas carreiras (26)

- De quatro carreiras (27)

- Rolamentos de rolos cnicos cruzados (28)

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9.2.2 ROLAMENTOS AXIAIS Rolamentos axiais de esferas - De escora simples com anel de caixa plano (29) - com anel de caixa esfricos e contraplaca - De escora dupla com anis de caixa planos - Com aneis de caixa esfricos e contraplacas (30) Rolamentos axiais de esferas de contato angular - De escora Simples (31) - De escora dupla (32)

Rolamentos axiais de rolos cilndricos (33)

Rolamentos axiais de agulha (34)

Rolamentos axiais autocompensadores de rolos (35)

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Rolamentos axiais de rolos cnicos - De escora simples (36) - De escoa dupla (37)

9.2.3 ROLAMENTOS Y, ROLOS DE LEVA E DE APOIO Rolamentos Y Com anel de trava excntrico - Com anel interno largo em um lado (38) - com anel interno largo em ambos os lados - com parafuso de trava (39) - Com bucha de fixao (40) - Com anel interno normal (41)

Rolos de leva Serie estreita - Com superfcie externa de rolamento abaulada (42) Serie larga - Com superfcie externa de rolamento abaulada ou cilndrica (43) Rolos de apoio Sem guia axial - Com superfcie externa de rolamento abaulada ou cilndrica separveis (45) - No separveis com gaiola (46) com o mximo nmero de rolos

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Com guia axial - Com superfcie externa de rolamento abaulada ou cilndrica separveis (45) - No separveis com gaiola (46) com o mximo numero de rolos Rolos de leva com eixo - Com superfcie externa de rolamento abaulada ou cilndrica com gaiola (47) com o mximo numero de rolos.

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10.0 CONCLUSO A maioria dos usurios de rolamentos escolhe uma linha de graxas capazes de satisfazer quase qualquer aplicao ou condies que possam ocorrer. As graxas podem ser classificadas de acordo com as condies de operao. A consistncia e as caractersticas do leo lubrificante so influenciadas pela temperatura de trabalho. O rolamento que opera a determinada temperatura deve ser lubrificado com uma graxa que seja adequada a esta temperatura. As graxas so fabricadas para diferentes temperaturas e so classificadas para baixas temperaturas (LT), mdias (MT) e altas (HT). Existem, ainda, graxas classificadas de EP (extrema presso) ou EM (extrema presso com bissulfeto de molibdnio).

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11.0 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

CARRETEIRO, Ronald , Lubrificantes & Lubrificao Industrial Vol.I 1 Ed. Intercincia. Tipos de rolamentos em:http://www.skf.com/portal/skf_br/home

acessado 02/10/2011