SEMINARIO RECUPERAÇÃO

33
7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 1/33 ESTADO ENCRUADO RECUPERAÇÃO

Transcript of SEMINARIO RECUPERAÇÃO

Page 1: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 1/33

ESTADO ENCRUADO

RECUPERAÇÃO

Page 2: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 2/33

• Material encruado – Alta densidade de defeitos pontuais e em

linha – Fora de equilíbrio.• A restauração é um fenômeno termicamente ativado que ocorre

quando o material encruado é recozido.

• O aquecimento provê energia térmica suficiente para que omaterial vença a barreira de ativação que o impede de assumir 

seu estado de mais baixa energia.

• Este processo acontece em etapas: Recuperação,

Recristalização e Crescimento de Grão.

Recuperação

Page 3: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 3/33

• Relaciona-se à alterações microestruturais que ocorrem no

material encruado antes da recristalização e restauramparcialmente suas propriedades quando em seu estado não

deformado.

• Redução da energia livre por mecanismos de rearranjo e

eliminação de defeitos cristalinos.

• Não ocorre migração de contornos de alto ângulo

Força motriz

Decréscimo da energia de deformação

Recuperação

Page 4: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 4/33

Estática

Promovida pelo processo de recozimento

Dinâmica

Durante a realização da deformação, o material

simultaneamente se recupera.

Recuperação

Page 5: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 5/33

Propriedades Afetadas pela Recuperação

• Densidade

• Resistividade elétrica• Tensões residuais

• Dureza

• Tensão de escoamento

Recuperação

Page 6: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 6/33

Propriedades Afetadas pela Recuperação

• A recuperação promove mudanças microestruturais súbitas e

em pequena escala difíceis de serem observadas.• A recuperação é acompanhada indiretamente pelas variações

nas propriedades físicas e mecânicas.

Recuperação

Page 7: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 7/33

RecuperaçãoCinética da Recuperação

 

1

  ã 0

T Temperatura de recozimento

  çã

 

Song & Rettenmayr, 2001

Page 8: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 8/33

RecuperaçãoCinética da Recuperação

 

1

• O decréscimo na tensão de escoamento (∆ ) irá variarcom o tempo e a temperatura.

• Quanto mais alta a temperatura de recozimento e mais longo o

tempo de recozimento, maior a recuperação da propriedade.• Num recozimento isotérmico a taxa de recuperação é

inicialmente alta e decresce com o tempo, na medida em que a

força motriz vai sendo consumida

Page 9: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 9/33

RecuperaçãoCinética da Recuperação

Cahn & Haasen, 1996

Page 10: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 10/33

Principais alterações microestruturais na recuperação:

0,2 T 

• Aniquilação de intersticiais e vacâncias

• Migração de defeitos pontuais para contornos de grãos e

discordâncias

Recuperação

Page 11: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 11/33

Principais alterações microestruturais na recuperação:

0,2 a 0,3 T 

• Aniquilação de discordâncias de sinais opostos

• Rearranjo de discordâncias em configurações de menor 

energia• Delineamento de subcontornos de grão – contornos de baixo

ângulo

Recuperação

Page 12: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 12/33

Principais alterações microestruturais na recuperação:

> 0,4 T 

• Formação de subgrãos por escorregamento com desvio e

escalada.

• Crescimento dos subgrãos

Recuperação

Page 13: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 13/33

Pode haver sobreposição dos estágios acimaHumphreys & Hatherly, 2003

Recuperação

Page 14: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 14/33

RecuperaçãoFatores que afetam a recuperação:

1. Grau de deformação:• Em termos gerais, quanto maior a deformação menor a fração da

propriedade modificada pela deformação recuperada antes do início da

recristalização.•  A exceção são os monocristais hexagonais como os de zinco e cádmio que

podem recuperar completamente mesmo após deformação severa.

Page 15: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 15/33

RecuperaçãoFatores que afetam a recuperação:

2. Temperatura de recozimento:

Temperaturas mais altas favorecem a uma recuperação mais completa.

Page 16: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 16/33

RecuperaçãoFatores que afetam a recuperação:

3. Natureza do material:Energia de defeito de empilhamento (EDE) determina a taxa de

escorregamento com desvio e escalada de discordâncias

Mecanismos que controlam a taxa de recuperação

• Baixa EDE (ex.: cobre, aço austenitico) – Pouca recuperação das

estruturas de discordâncias antes da recristalização.•  Alta EDE (Ex.: Alumínio, ferro α) – Recuperação significativa.

Page 17: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 17/33

Humphreys & Hatherly, 2003

 Alta EDE

Recuperação

Baixa EDE

Cahn & Haasen, 1996

Page 18: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 18/33

RecuperaçãoFatores que afetam a recuperação:

3. Natureza do material:Solutos afetam a EDE e influenciam na recuperação:

•  Afetam densidade e mobilidade de vacâncias

• Promove “pinning” das discordâncias, aumentando a energia armazenadapor inibição a recuperação dinâmica, assim como inibem a recuperaçãoestática.

Page 19: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 19/33

Recuperação - MecanismosMigração e aniquilação de discordâncias

• Discordâncias de sinais opostos no mesmo plano deescorregamento

 Aniquilação por escorregamento

Pode ocorrer em baixas temperaturas, reduzindo a densidade dediscordâncias durante a deformação (Recuperação dinâmica)

Page 20: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 20/33

Recuperação - MecanismosMigração e aniquilação de discordâncias

• Discordâncias de sinais opostos em diferentes planos deescorregamento

 Aniquilação por escorregamento com desvio e escalada

Escalada depende da difusão de lacunas

Temperaturas de ativação mais altas:

> EDE < T

Page 21: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 21/33

Recuperação - MecanismosRearranjo das discordâncias de mesmo sinal em

configurações de menor energia

Poligonização

• Discordâncias de mesmo sinal alinhadas em um mesmo planode escorregamento produzem alta energia de deformação.

• Rearranjo das discordâncias numa direção normal aos planos

de escorregamento – contorno de baixo ângulo – configuraçãode menor energia

Page 22: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 22/33

Humphreys & Hatherly, 2003

Poligonização

Monocristal deformado por flexão

 Após aniquilação de discordâncias demesmo sinal

Formação de subcontornos de baixo ângulo

Recuperação - Mecanismos

Page 23: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 23/33

Recuperação - MecanismosMigração e aniquilação de discordâncias

Reed-Hill, 1982

Page 24: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 24/33

Reed-Hill, 1982

Recuperação - MecanismosPoligonização

Page 25: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 25/33

Recuperação - MecanismosRearranjo das discordâncias de mesmo sinal em

configurações de menor energia

Formação de subgrãos

• Materiais policristalinos• Estrutura de discordâncias mais complexa

• Formação de células de discordâncias tridimensionais

• Paredes das células – emaranhados complexos dediscordâncias

Page 26: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 26/33

Recuperação - MecanismosCélulas de discordâncias

Guerenu et al., 2004

Page 27: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 27/33

Recuperação - Mecanismos

Formação de subgrãos

• Paredes celulares emaranhadas tornam-se redes dediscordâncias mais regulares

• Densidade de discordâncias no interior das células diminui

• Formação de subgrãos, com mínima alteração na escala dasestruturas

Page 28: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 28/33

Recuperação - MecanismosFormação de subgrãos

Humphreys & Hatherly, 2003

Page 29: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 29/33

Recuperação - MecanismosFormação de subgrãos

• Há uma relação direta entre a EDE e a nitidez das paredes dos

subgrãos.

Reed-Hill, 1982

Page 30: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 30/33

Recuperação - MecanismosCrescimento de subgrãos

• Redução na área total de contornos de baixo ângulo

Zhu et al., 2005

Page 31: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 31/33

RecuperaçãoCompetição entre Recuperação e Recristalização

• Mesma força motriz – energia estocada no material deformado

• Processos competitivos – extensão da recuperação depende dafacilidade com que a recristalização ocorre.

Page 32: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 32/33

RecuperaçãoCompetição entre Recuperação e Recristalização

• Dependência de fatores como:

• Energia de defeito de empilhamento – > EDE favorece a recuperação• Grau de deformação - > deformação > potencial termodinâmico para

recristalização.

• Temperatura de recozimento - < T favorece recuperação (menor energia de

ativação).

• Velocidade de aquecimento - < velocidade favorece recuperação.

• Temperatura de deformação – recuperação dinâmica.

•  Aplicação de tensão – Dependendo da EDE a recuperação pode serfavorecida pela aplicação de uma tensão durante o recozimento.

Page 33: SEMINARIO RECUPERAÇÃO

7/23/2019 SEMINARIO RECUPERAÇÃO

http://slidepdf.com/reader/full/seminario-recuperacao 33/33

Bibliografia• BELYAKOV, A.; KIMURA, Y.; TSUZAKI, K. Recovery and recrystallization in ferritic stainless steel after large strain deformation. Materials Science and Engineering: A, v.

403, n. 1-2, p. 249-259, 2005. ISSN 09215093.

• CAHN, R. W.; HAASEN, P. Physical Metallurgy. 4ª ed. Amsterdan: Elsevier, 1996.

• HUANG, Y. D.; FROYEN, L. Recovery, recrystallization and grain growth in Fe3Al-based alloys. Intermetallics, v. 10, p. 473–484, 2002.

• HUMPHREYS, F. J.; HATHERLY, M. Recrystallization and Related Annealing Phenomena. 1ª ed. Oxford: Pergamon, 1995.

• MARTı  NEZ-DE-GUERENU, A. et al. Recovery during annealing in a cold rolled low carbon steel. Part I: Kinetics and microstructural characterization. Acta Materialia, v. 52,n. 12, p. 3657-3664, 2004. ISSN 13596454.

• MARTı  NEZ-DE-GUERENU, A.; ARIZTI, F.; GUTIÉRREZ, I. Recovery during annealing in a cold rolled low carbon steel. Part II: Modelling the kinetics. Acta Materialia, v. 52,n. 12, p. 3665-3670, 2004. ISSN 13596454.

• OYARZÁBAL, M.; MARTÍNEZ-DE-GUERENU, A.; GUTIÉRREZ, I. Effect of stored energy and recovery on the overall recrystallization kinetics of a cold rolled low carbonsteel. Materials Science and Engineering: A, v. 485, n. 1-2, p. 200-209, 2008. ISSN 09215093.

• PADILHA, A. F.; JR., F. S. Encruamento, Recristalização, crescimento de Grão e Textura. Terceira Edição. São Paulo: Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais,2005.

• REED-HILL, R. E. Principios-de-Metalurgia-Fisica. 2ª. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois S.A., 1982.

• SMALLMAN, R. E.; BISHOP, R. J. Modern Physical Metallurgy And Materials Engineering. Sixth edition. Oxford: Reed Educational and Professional Publishing Ltd, 1999.

• SMALLMAN, R. E.; NGAN, A. H. W. Physical Metallurgy and Advanced Materials. 7ª ed. Oxford: Elsevier, 2007.

• SONG, X.; RETTENMAYR, M. Modelling study on recrystallization, recovery and their temperature dependence in inhomogeneously deformed materials. Materials Scienceand Engineering: A, v. A332, p. 153-160, 2002.

• STU¨WE, H. P.; PADILHA, A. F.; JR., F. S. Competition between recovery and recrystallization. Materials Science and Engineering, v. A333, p. 361–367, 2002.

• ZHANG, W. J.; LORENZ, U.; APPEL, F. Recovery, Recrystallization And Phase Transformations During Thermomechanical Processing And Treatment Of Tial-Based Alloys. Acta mater., v. 48, p. 2803-2813, 2000.

• ZHU, K. Y. et al. A study of recovery and primary recrystallization mechanisms in a Zr–2Hf alloy. Acta Materialia, v. 53, n. 19, p. 5131-5140, 2005. ISSN 13596454.