Seminário Microbiologia (1)
Transcript of Seminário Microbiologia (1)
Infecções do sistema nervoso
central: M
eningites, encefalites, tétano e botulism
oIsab
ele Moraes
10758950
Jackeline C
âmara
10758352
Janaín
a Ferreira10
350938
Larissa Lima
10758814
Leticia Hiraoka
9778877
Luiza Jon
aitis 10
758672
Meningites
2
3
Meninges, LCS e barreira hem
atoencefálica
O que é meningite?
A m
enin
gite é u
m
processo
inflam
atório das
men
ing
es, esten
den
do-se p
elo esp
aço sub
aracnóid
e d
o cérebro e d
a m
edu
la espin
hal.
4
Quais são seus patógenos?
5
Como a m
eningite bacteriana é transmitida?
A tran
smissão d
a m
enin
gite b
acteriana se
dá p
or contato com
a b
actéria prin
cipalm
ente
presen
te em secreções
respiratórias d
e ind
ivídu
os in
fectados.
6
Fisiopatologia
7
Manifestações clínicas
Os sin
tomas m
ais comu
ns d
e m
enin
gite b
acteriana são:
❑C
efaleia;❑
Febre;
❑R
igid
ez no p
escoço;❑
Fotofobia;
❑N
áusea;
❑Vôm
ito.
8
As com
plicações d
e men
ing
ites n
ão tratadas p
odem
ser:
❑C
onvu
lsões;❑
Défi
cits neu
rológicos focais;
❑E
stado m
ental alterad
o;❑
Com
a.
Bactéria: Neisseria
men
ing
itides
Características:
❏D
iplococos g
ram-n
egativo;
❏M
etabolism
o aeróbico;
❏Im
óveis;❏
Não esp
orulad
as;❏
Pod
em ter cáp
sula
polissacaríd
ea e pili;
❏C
resce em m
eio agar
chocolate, m
eio gelose
sang
ue, g
elose chocolate,
meio d
e Mu
llerHin
ton.
9
Bactéria: Neisseria
men
ing
itides
Características:
❏P
resente n
o nariz e n
a g
argan
ta dos in
divíd
uos
portad
ores sem cau
sar sin
tomas d
e doen
ça;❏
Cau
sa a men
ing
ite m
enin
gocócica;
❏13 sorotip
os;❏
Prod
uz en
dotoxin
a.
.10
Bactéria: Neisseria
men
ing
itides
Fatores de V
irulên
cia
❑C
ápsu
la polisacaríd
ica → fagocitose;
❑P
ili → aderen
cia da b
acteria ❑
Lipoolig
ossacarídeos (LO
S) → ind
uz a in
flamação e ap
resenta d
iversidad
e an
tigên
ica;❑
Estad
o imu
ne d
o hosp
edeiro.
.
11
Bactéria: Ha
emop
hilu
s infl
uen
zae tip
o b (H
ib)
Características:
❏G
ram-n
egativa;
❏A
eróbica;
❏B
acilo;❏
Cresce em
meio ag
ar ch
ocolate, conten
do h
emin
a e N
AD
+ ;❏
Possu
i cápsu
la polissacaríd
ea, fím
brias e LO
S;❏
Sorotipo B
.
.
.
12
Bactéria: Ha
emop
hilu
s infl
uen
zae tip
o b (H
ib)
Fatores de V
irulên
cia
❏C
ápsu
la → imp
ede a fag
ocitose; ❏
Lipoolig
ossacarídeos (LO
S) → in
du
z a inflam
ação e apresen
ta d
iversidad
e antig
ênica;
❏Fim
brias → au
xilia a colonização;
❏P
roteinas d
e mem
bran
a extern
a (IgA
1 proteases) →
interfere n
a imu
nid
ade
hu
moral.
.
.
13
Bactéria: Streptococcu
s pn
eum
onia
e
Características:
❑G
ram-p
ositíva;❑
An
aeróbica facu
ltativa;❑
Cocos;
❑Im
óveis; ❑
Pod
em p
ossuir cáp
sula
polisacaríd
ica.
.
14
Bactéria: Streptococcu
s pn
eum
onia
e
Características:
❑A
presen
tam m
ais de 90
sorotip
os;❑
Cu
ltivado em
meio ág
ar-sang
ue
pod
end
o inten
sificar seu
crescim
ento com
a presen
ça de
CO
2;❑
Microb
iota norm
al da
nasofarin
ge h
um
ana.
❑C
aracteriza-se por u
ma
men
ing
ite pu
rulen
ta
.
15
Bactéria: Streptococcu
s pn
eum
onia
e
Fatores de V
irulên
cia
❏E
xotoxinas → ad
erência
bacterian
a;❏
Cáp
sula p
olisacarídica →
fagocitose;
❏Fosforilcolin
a → fagocitose;
❏P
neu
molisin
a e autolisin
a → lise celu
lar;❏
Protein
as (IgA
1) → im
un
idad
e hu
moral;
.
16
Diagnóstico
17
Os p
rincip
ais exames p
ara o esclarecimen
to diag
nóstico d
e casos su
speitos d
e men
ing
ite são:
●E
xame q
uim
iocitológico d
o líqu
or; ●
Bacterioscop
ia direta (líq
uor);
●C
ultu
ra (líqu
or, sang
ue, p
etéqu
ias ou fezes);
●C
ontra-im
un
eletroforese cruzad
a – CIE
(líqu
or e soro);●
Ag
lutin
ação pelo látex (líq
uor e soro);
●P
CR
.
Diagnóstico
18
Diagnóstico: exame quim
iocitológico
19
Diagnóstico: bacterioscopia e cultura
20
A an
álise b
acteriológica in
clui a
coloração de G
ram , e
a inocu
lação em
meios d
e cultu
ra; a coloração d
e Gram
é realizad
a recorrend
o a LC
R fresco n
ão cen
trifug
ado.
Diagnóstico: CIE e aglutinação para látex
21
Perm
item a id
entifi
cação do
agen
te etiológico através d
e seu
s antíg
enos, verifi
cand
o a ag
lutin
ação ou a n
ão ag
lutin
ação como form
a de
diferen
ciação.
Tratamento
22
A tratam
ento com
antib
iótico deve ser in
stituíd
o tão logo seja p
ossível, sen
do q
ue este d
eve apresen
tar características qu
e perm
itam a
pen
etração no sistem
a nervoso cen
tral, isto é:●
Lipossolu
bilid
ade;
●B
aixo peso m
olecular;
●P
ouca lig
ação a proteín
as plasm
ática;
Tratamento
23
Tratamento
24
Profilaxia
A q
uim
ioprofi
laxia é um
a m
edid
a terapêu
tica para a
preven
ção da in
fecção pelo
men
ing
ococo e pelo H
ib
através da ad
min
istração de
antib
iótico a comu
nican
tes ín
timos. A
lém d
isso, evitar con
tato com secreção
respiratória d
e doen
tes.25
Imunização: Haem
ophilus influenzae tipo b
Vacin
a pen
tavalente:
●P
olissacarídeo cap
sular p
urifi
cado d
o Haem
oph
ilus in
fluen
zae tipo B
conju
gad
o com
diferen
tes proteín
as carregad
oras como p
or exemp
lo os toxóides d
a difteria
ou tétan
o, ou o com
plexo p
roteico da m
emb
rana d
a bactéria N
eisseria●
Inativad
a;●
Proteg
e contra as d
oenças in
vasivas causad
as pelo H
aemop
hilu
s influ
enzae
sorotipo b
, como m
enin
gite, e tam
bém
contra a d
ifteria, tétano, coq
uelu
che e
hep
atite B;
●P
rogram
a Nacion
al de Im
un
izações (PN
I) recomen
da e d
ispon
ibiliza a vacin
a em
três doses: aos 2, 4
e 6 meses d
e idad
e.
26
Imunização: Streptococcus pneum
oniae
Vacin
a pn
eum
ocócica polissacaríd
ica 23-valente:
●Vacin
a inativad
a;●
Previn
e contra d
oenças cau
sadas p
or 23 tipos d
e pn
eum
ococos;●
É com
posta p
or partícu
las pu
rificad
as das cáp
sulas d
e 23 tipos d
e Streptococcu
s p
neu
mon
iae;
●D
ispon
ível na red
e privad
a e em C
entros d
e Referên
cia para Im
un
obiológ
icos E
speciais.
27
Imunização: Streptococcus pneum
oniae
Vacin
a pn
eum
ocócica conju
gad
a 13-valente:
●P
revine cerca d
e 90%
das d
oenças g
raves (pn
eum
onia, m
enin
gite, otite) em
crian
ças, causad
as por 13 sorotip
os de p
neu
mococos;
●In
ativada;
●C
omp
osta de 13 sorotip
os de Strep
tococcus p
neu
mon
iae (pn
eum
ococo) con
jug
ados com
a proteín
a CR
M197;
●D
ispon
ível na red
e privad
a.
28
Imunização: Streptococcus pneum
oniae
Vacin
a pn
eum
ocócica conju
gad
a 10-valen
te:
●P
revine cerca d
e 70%
das d
oenças g
raves (pn
eum
onia, m
enin
gite, otite) em
crian
ças, causad
as por d
ez sorotipos d
e pn
eum
ococos.●
Inativad
a●
Com
posta d
e dez sorotip
os de Strep
tococcus p
neu
mon
iae (pn
eum
ococo), oito d
eles conju
gad
os com a p
roteína D
do H
aemop
hilu
s influ
enzae tip
o b, u
m com
o toxóid
e tetânico e ou
tro com toxóid
e diftérico.
●P
ode ser en
contrad
a nas U
nid
ades B
ásicas de Saú
de, p
ara crianças d
e 2 meses a
2 anos, e em
clínicas p
rivadas d
e vacinação, p
ara crianças d
e 2 meses a 5 an
os.
29
Imunização: Neisseria m
eningitides
Vacin
a men
ing
ocócica B
●P
revine m
enin
gites e in
fecções gen
eralizadas (d
oenças m
enin
gocócicas)
causad
as pela b
actéria men
ing
ococo do tip
o B;
●In
ativada;
●É
comp
osta por q
uatro com
pon
entes (três p
roteínas su
bcap
sulares e vesícu
las d
a mem
bran
a externa d
o men
ing
ococo B), além
de h
idróxid
o de alu
mín
io, cloreto d
e sódio, h
istidin
a, sacarose e águ
a para in
jeção;●
En
contrad
a e clínicas p
rivadas d
e vacinação;
●É
utilizad
a em casos d
e surto ou
para g
rup
os de alto risco, u
ma vez q
ue seu
uso
rotineiro n
ão é eficien
te pois a vacin
a não é im
un
ogên
icas em lacten
tes, não
ind
uz m
emória im
un
ológica, e n
ão gera p
roteção das m
ucosas;
30
Imunização: Neisseria m
eningitides
Vacin
a men
ing
ocócica C con
jug
ada:
●P
revine d
oenças cau
sadas p
elo men
ing
ococo C (in
cluin
do m
enin
gite e
men
ing
ococcemia;
●Vacin
a inativad
a;●
Con
tém an
tígen
o formad
o por com
pon
ente d
a cápsu
la da b
actéria (olig
ossacarídeo) d
o sorogru
po C
conju
gad
o a um
a proteín
a qu
e, dep
end
end
o d
o fabrican
te, pod
e ser o toxoide tetân
ico ou o m
utan
te atóxico da toxin
a d
iftérica, cham
ado C
RM
197;●
O P
NI d
ispon
ibiliza três d
oses da vacin
a: aos 3 e 5 meses, com
reforço aos 12 m
eses (pod
end
o ser aplicad
o até os 4 an
os).
31
Imunização: Neisseria m
eningitides
Vacin
a men
ing
ocócica conju
gad
a qu
adrivalen
te:●
Previn
e men
ing
ites e infecções g
eneralizad
as (doen
ças men
ing
ocócicas) causad
as pela
bactéria m
enin
gococo d
os tipos A
, C, W
e Y.●
Vacina in
ativada;
●C
ontém
antíg
eno form
ado p
or comp
onen
tes das cáp
sulas d
as bactérias (olig
ossacarídeos)
dos sorog
rup
os A, C
, W e Y con
jug
ados a u
ma p
roteína q
ue, d
epen
den
do d
o fabrican
te, p
ode ser o toxoid
e tetânico ou
o mu
tante atóxico d
a toxina d
iftérica, cham
ado C
RM
-197;●
Pod
em ser en
contrad
as em clín
icas privad
as de vacin
ação;●
A vacin
a vai passar a ser oferecid
a na red
e pú
blica d
evido a u
ma an
álise qu
e apon
tou u
ma
mu
dan
ça na ep
idem
iologia d
a men
ing
ite com au
men
to dos casos d
a tipolog
ia W – n
ão cob
erta pela vacin
a atualm
ente d
ispon
ibilizad
a pelo sistem
a pú
blico. D
ados d
a SBIm
m
ostram q
ue em
200
7 os casos de m
enin
gite p
elo tipo W
eram d
e 4,1%
em San
ta Catarin
a, m
as no an
o passad
o esse nú
mero já estava em
39,3%.
32
Epidemiologia
➔A
s men
ing
ites causad
as pelo H
. influ
enzae d
o tipo b
(Hib
) rep
resentavam
a 2ª causa d
e men
ing
ite bacterian
a dep
ois da
doen
ça men
ing
ocócica, até o ano d
e 1999. A p
artir do an
o 200
0,
após a in
trodu
ção da vacin
a conju
gad
a contra a H
ib, h
ouve u
ma
qu
eda d
e 90%
.➔
A N
eisseria men
ing
itidis é a p
rincip
al bactéria cau
sadora d
e m
enin
gite. Tem
distrib
uição m
un
dial e p
otencial d
e ocasionar
epid
emias.
➔A
men
ing
ite pn
eum
ocócica (S. pn
eum
oniae) p
assou a ser a
segu
nd
a maior cau
sa de m
enin
gites b
acteriana.
33
Epidemiologia
➔E
nd
êmica;
➔A
feta todas as faixas
etárias, mas crian
ças p
rincip
almen
te;➔
2 casos/100
mil
hab
itantes;
➔Vacin
as avançam
no
controle.
34
Epidemiologia
35
Epidemiologia
36
Epidemiologia
37
38
Botulismo
(Clostridium botulinum
)
Botulismo
-É
um
a doen
ça provocad
a por u
ma n
eurotoxin
a prod
uzid
a
pelo C
lostridiu
m b
otulin
um
.
●BO
TULISMO
ALIMENTAR: In
gestão
da toxin
a pré form
ada. a toxin
a, então,
é transp
ortada p
elo sang
ue até
neu
rônios sen
síveis.
●BO
TULISMO
POR FERIDAS: In
fecção,
mu
ltiplicação e p
rodu
ção de toxin
as
em ferid
as.
●BO
TULISMO
INFANTIL: Se m
anifesta n
os prim
eiros meses d
e
vida, d
evido a au
sência d
e
microb
iota de p
roteção no
intestin
o da crian
ça, o qu
e perm
ite
a germ
inação d
os esporos e a
prod
ução d
e toxina.
Manifestações
clínicas-
BOTULISM
O ALIM
ENTAR: Sintom
as como cefaleia, vôm
ito, fraq
ueza, vertig
em e ton
tura.
-BO
TULISMO
POR FERIDAS: P
ode ocorrer feb
re devid
o a con
tamin
ação secun
dária d
o ferimen
to.
-BO
TULISMO
INFANTIL: Pod
e variar desd
e constip
ação intestin
al até m
orte súb
ita.
Transmissão
➔A
prin
cipal fon
te de con
tamin
ação é o alimen
to, prin
cipalm
ente
emb
utid
os e conservas caseiras. P
orém a b
actéria é
frequ
entem
ente en
contrad
a em leg
um
es, verdu
ras e frutas.
➔A
ocorrência é m
ais frequ
ente n
os meses d
e verão.
Epidemiologia
➔E
m 1999, ocorreu
o prim
eiro caso de b
otulism
o notifi
cado à
Secretaria de V
igilân
cia em Saú
de d
o Min
istério da Saú
de.
48
FIGU
RA
: Cultura de C
lostridium botulinum
FON
TE: center for disease control and prevention
➔B
acilo gram
positivo
➔M
etabolism
o anaerób
ico
➔P
rodu
tor de esp
oros
➔A
presen
tam
cápsu
la e
flagelo p
eritríqu
io
Caracterização da bactéria
49
a bactériaÉ
encon
trada n
ormalm
ente:
-N
a microb
iota intestin
al;
-N
as fezes dos an
imais,
-N
o solo;
-N
as fontes d
e águ
a;
-N
os alimen
tos.
50
Esporos➔
Con
stituíd
o por u
ma estru
tura form
ada p
elo material g
enético
da b
actéria, envolvid
o por várias cam
adas d
e mu
copep
tídeos e
capas extern
as formad
as por p
roteínas, lip
ídios e carb
oidratos.
➔É
a forma m
ais resistente.
➔A
s cond
ições ideais p
ara sua g
ermin
ação são: anaerob
iose,
pH
entre 4
.8 e 8.5, atividad
e de ág
ua elevad
a e temp
eratura
ótima d
e 37ºC.
Esporos
➔C
apaz d
e sobreviver p
or mais d
e 30 an
os em m
eio líqu
ido.
➔P
odem
tolerar temp
eraturas d
e 100
ºC p
or horas.
➔P
ara destru
í-los, os alimen
tos contam
inad
os devem
ser
aqu
ecidos a 120
ºC p
or 30 m
inu
tos.
Condições de cultivo➔
Para o isolam
ento d
e cultu
ras pu
ras, a cultu
ra deve ser sem
eada
na p
laca de ág
ar de g
ema d
e ovo “Mod
ified
McC
lun
g-Toab
e” e
dep
ois incu
bad
a anaerob
icamen
te por 4
8 horas a 35
oC.
Toxina botulínica
➔E
xiste 8 tipos d
e toxinas: A
, B, C
a, Cb
, D, E
, F, G.
↳ As d
o tipo A
, B, E
e F são patog
ênicas p
ara o hom
em.
↳ Elas d
iferem q
uan
to a resposta im
un
e dos h
osped
eiros
mesm
o qu
e todas ten
ham
a mesm
a ação farmacológ
ica.
➔A
lgu
mas d
elas são proteolíticas e ou
tras não.
↳ As q
ue n
ão são proteolíticas d
evem ser ativad
as para q
ue su
a
toxicidad
e seja máxim
a.
Patogênese➔
As toxin
as não atin
gem
o sistema n
ervoso central d
evido à
barreira h
ematoen
cefálica, de form
a qu
e o pacien
te perm
anece
conscien
te com a evolu
ção da d
oença.
➔A
s toxinas lig
am-se aos term
inais p
ré-sináp
ticos dos n
ervos
colinérg
icos, de form
a qu
e bloq
ueiam
a liberação d
e acetilcolina
nas ju
nções n
eurom
uscu
lares e interfi
ram n
a transm
issão de
imp
ulsos n
ervosos. Con
sequ
entem
ente, elas p
aralisam os
mú
sculos con
trolados p
or esses nervos.
FIGU
RA
: Mecanism
o de ação da toxina botulínica sobre o nervo pré sináptico
FON
TE: https://w
ww
.youtube.com/w
atch?v=BR
A0uw
ZkIwY
Diagnóstico e tratamento
➔O
diag
nóstico é b
aseado: n
os sintom
as, nos exam
es neu
rológicos, n
as
análises clín
icas (sang
ue, fezes e lavad
o gástrico) e n
as análises
brom
atológicas.
➔O
tratamen
to deve ser feito em
um
a Un
idad
e de Terap
ia Inten
siva (UTI)
com a m
onitorização card
iorrespiratória, os cu
idad
os específi
cos para
um
a doen
ça paralítica d
e long
a du
ração e a adm
inistração d
a
antitoxin
a botu
línica e d
e antib
ióticos.
↳ O su
cesso no tratam
ento d
epen
de d
o diag
nóstico p
recoce.
Prevenção e controle da doença
➔A
prin
cipal p
revenção é a con
scientização d
a pop
ulação.
↳ Con
scientizar a p
opu
lação a ferver certos alimen
tos antes
do con
sum
o.
➔O
controle d
a doen
ça é feito prin
cipalm
ente p
or meio d
a
investig
ação epid
emiológ
ica, do d
iagn
óstico correto e do
tratamen
to dos p
acientes.
Encefalite
58
Sobre a doençaO
qu
e é?
-In
flamação d
o cérebro
-C
omu
men
te causad
a por víru
s
Tipos d
e encefalite
-P
rimária → in
vasão direta e rep
licação do ag
ente n
o SNC
↪ id
entifi
ca-se o agen
te no SN
C
-Secu
nd
ária → após ou
associada a ou
tra doen
ça infecciosa ou
vacinação, p
or um
a resp
osta imu
nológ
ica
↪ n
ão se iden
tifica o ag
ente n
o SNC
Pacien
tes com sistem
a imu
nológ
ico enfraq
uecid
o são mais su
scetíveis
59
Bactérias
As p
rincip
ais são: Borrelia
bu
rgd
orferi, Trepon
ena
pa
llidu
m,
Ba
rtonella
hen
salea
, Mycop
lasm
a p
neu
mon
iae, Listeria
m
onocytog
enes;
Norm
almen
te causam
um
a doen
ça qu
e tem a en
cefalite com
o um
sintom
a secun
dário e raro;
60
Borrelia burgdorferi
Cau
sa encefalite com
o sintom
a da D
oença d
e Lyme
Vetor de trasnsmissão: carrap
ato
Caracterização:●
Esp
iroqu
eta do fi
lo Eu
bacteria
●G
ram n
egativas
●Flag
eladas
●M
esófilas
●E
xtracelular
Cultivo: Meios n
utritivos
61
Fatores de virulência:●
Não foram
encon
tradas toxin
as ou ou
tros fatores de
virulên
cia associados à p
atogên
ese da d
oença d
e Lyme,
entretan
to o patóg
enos d
esencad
eia um
a resposta
imu
ne rob
usta.
Mecanism
os de patogenicidade:●
Esp
iroqu
eta se un
e ao plasm
inog
ênio sem
ativação para
se dissem
inar n
o hosp
edeiro;
●Lip
oproteín
as expressad
as du
rante a in
fecção d
esencad
eiam a in
flamação;
●D
ecorina é u
m fator p
rotetor contra os an
ticorpos;
62
Epidemiologia
●M
aior incid
ência em
países d
e clima tem
perad
o;○
Nord
este do E
UA
, Eu
ropa C
entral e E
scand
inávia e
algu
mas reg
iões da ásia, p
rincip
almen
te norte d
o Jap
ão;●
Ap
roximad
amen
te 65.00
0 casos p
or ano n
a Eu
ropa;
●P
rimeiro d
iagn
óstico no B
rasil foi feito em 1992;
●C
asos detectad
os em São P
aulo, R
io de Jan
eiro, Santa
Catarin
a e Rio G
rand
e do Su
l;
63
Mycobacterium
Tuberculosis
Cau
sa encefalite com
o sintom
a da tu
bercu
lose;
Transmissão: V
ias respiratórias;
Caracterização:●
Bacilo em
arranjo d
e cordas
●G
ram p
ositivo●
Aerób
io estrito●
Parasita in
tracelular facu
ltativo●
Mesófi
los
Cultivo: Meios com
glicerol e asp
aragin
a;
64
Fatores de virulência:
●P
arede lip
ídica com
plexa;
●C
atabolism
o do colesterol;
●P
roteínas e lip
oproteín
as do en
velope celu
lar;●
Con
trole no m
ecanism
o de ap
optose;
●C
ontrole d
a regu
lação e expressão g
enética;
65
Mecanism
os de patogenicidade:
●E
SAT-6: A
presen
ta atividad
e citolítica para p
neu
mócitos;
●U
tilização dos m
acrófagos p
ara proteção e rep
licação in
tracelular;
Mecanism
os de defesa do hospedeiro:●
Dep
uração m
ucociliar;
●Fag
ocitose pelos m
acrófagos alveolares;
●C
ooperação en
tre macrófag
os e linfócitos T;
○M
acrófagos: ap
optose e m
orte celular p
rogram
ada;
○Lin
fócitos T: secreção de citocin
as;
66
Epidemiologia
●28.50
0 casos n
o mu
nd
o em 20
17;●
Os p
aíses com m
aior incid
ência são african
os e os de
maior p
revalência são os em
ergen
tes;●
No B
rasil, a maior in
cidên
cia ocorre na reg
ião norte, b
em
como o m
aior nú
mero d
e casos qu
e levam ao ób
ito;●
Do total d
e casos 13,4% são extrap
ulm
onares e d
esses, 50
% estão associad
os com sin
tomas n
eurológ
icos;
67
Sintomas
●Feb
re●
Dor d
e cabeça
●M
ud
anças d
e person
alidad
e ou con
fusão
●C
onvu
lsões●
Paralisia ou
falta de sen
sação●
Sonolên
cia, qu
e pod
e prog
redir ao com
a ou à m
orte
68
Diagnóstico
An
álise do líq
uor colh
ido p
or pu
nção lom
bar
69
Exam
es de im
agem
PrevençãoVacinação con
tra H. in
fluen
zae B
, contra
men
ing
ococo e contra p
neu
mococo
70
Tratamento
❑A
ntib
ióticos para en
cefalite bacterian
a❑
Med
icamen
tos anticon
vulsivos
❑E
steróides p
ara dim
inu
ir o inch
aço do
cérebro
❑Sed
ativos para tratar irritab
ilidad
e ou
insôn
io❑
An
algésico p
ara febre e d
ores de cab
eça
71
Feito em am
bien
te hosp
italar
Tétano
72
O que é o tétano?
❑O
tétano é u
ma d
oença in
fecciosa não-con
tagiosa,
causad
a por u
m b
acilo qu
e prod
uz u
ma exotoxin
a
(tetanosp
asmin
a). A
toxin
a tem
acen
tuad
o
neu
rotropism
o e
prod
uz
espasm
os tôn
icos d
os
mú
sculos volu
ntários.
73
Clostridium tetani.
Bactéria A
naerób
ica;
Gram
-positiva;
Morfolog
ia em b
astonete;
Presen
ça da n
eurotoxin
a tetan
ospa
min
a;
Possu
i um
a forma esp
orulad
a e outra
vegetativa;
74
Transmissão
❑N
ão há tran
smissão d
e um
ind
ivídu
o
para ou
tro;
❑P
ode ser ad
qu
irido através d
a
contam
inação d
e ferimen
tos;
❑Seu
esporos são en
contrad
os
hab
itualm
ente n
o solo, instestin
o e
fezes de an
imais;
75
76
Tétano neonatal
❑C
ontam
inação d
o cordão u
mb
ilical em g
estantes
qu
e nu
nca foram
vacinad
as e não p
assam os
anticorp
os para o recém
nascid
o;
❑A
comete recém
-nascid
os nos p
rimeiros 28 d
ias de
vida;
Epidemiologia
77
Distribuição de casos notificados e confirmados de tétano
acidental, segundo regiões, Brasil, 2007 a 2016. Fonte:
Epidemiologia
78
Distribuição de casos notificados e confirmados de tétano
acidental, segundo regiões, Brasil, 2007 a 2016. Fonte:
Patogenicidade
❑O
C. teta
ni p
rodu
z três toxinas: tetan
ospam
ina
neu
rotóxica, neu
rotoxina n
ão convu
lsivante e
tetanolisin
a;❑
A
tetanosp
amin
a p
ossui
receptores
com
alta esp
ecificid
ade
de
ação
nas
células
nervosas,lib
erada
por
rup
tura
da
célula
ou
perm
eabilid
ade d
a mem
bran
a;
79
Manifestações
❏P
eríodo d
e incu
bação d
e 2 dias a 2 m
eses;
❏Q
uan
to mais cu
rto o períod
o de in
cub
ação,
mais g
rave a situação d
o pacien
te:
❏Sin
tomas:
❏con
traturas m
uscu
lares;❏
rigid
ez de m
emb
ros ;❏
rigid
ez abd
omin
al;❏
difi
culd
ade d
e abrir a b
oca;❏
dores n
as costas e mem
bros;
80
Diagnóstico
❑N
ão há estim
ulação an
tigên
ica da d
oença;
❑P
resença alterad
a de creatin
ofosqu
inase e ald
olase
séricas em p
acientes tetân
icos;
❑In
oculação em
anim
ais, como cam
un
don
gos;
81
Tratamento
❑R
ealizado com
o pacien
te em am
bien
te hosp
italar;
❑A
dm
inistração d
e imu
nog
lobin
a ou soro an
titetânico;
❑A
ntib
iótico venoso;
❑Lim
peza cirú
rgica n
o local do ferim
ento;
❑A
dm
inistração d
o esqu
ema vacin
al comp
leto contra
tétano;
82
Vacina
❑Tríp
lice bacterian
a DTP
;
❑A
vacina p
ossui toxoid
es tetânicos
e diftéricos e cáp
sulas d
a bactéria
de coq
uelu
che;
❑E
vita a ação das toxin
as presen
tes
no C
. tetan
i;
83
84
REFERÊNCIASB
OTU
LISM
O
DE
O
RIG
EM
A
LIME
NTA
R.
Ciência
Rural,
Santa
Maria,
jan-fev, 2008.
Disponível
em:
<https://ww
w.redalyc.org/pdf/331/33138149.pdf>. A
cesso em: 18 out 2019.
A INC
IDÊ
NC
IA DO
BO
TULIS
MO
NO
BR
AS
IL, EN
TRE
1999 E 2008. C
onselho Regional de M
edicina Veterinária do
Estado de
São Paulo,
São
Paulo,
2011. D
isponível em
: <https://w
ww
.revistamvez-crm
vsp.com.br/index.php/recm
vz/article/view/17/3>. A
cesso em: 18 out de 2019.
CLO
STR
IDIU
M B
OTU
LINU
M E
M A
LIME
NTO
S. Faculdades m
etropolitanas unidas medicina veterinária, S
ão P
aulo, 2008. Disponível em
: <http://arquivo.fmu.br/prodisc/m
edvet/ccp.pdf>. Acesso em
: 18 out 2019.
SITU
AÇ
ÃO
EP
IDE
MIO
LÓG
ICA D
O B
OTU
LISM
O - B
RA
SIL. M
inistério da Saúde, Brasília, 2014. D
isponível em:
<http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/30/G
r--ficos---Botulism
o---2.pdf>. Acesso em
: 18 out 2019.
CLO
STR
IDIU
M B
OTU
LINIU
M. A
utoridade de segurança alimentar e económ
ica, jun 2005. Disponível em
: <https://w
ww
.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/riscos-biologicos/clostridium
-botulinium.aspx>. A
cesso em: 18 out 2019.
ME
NIN
GITE
S B
AC
TER
IAN
AS
. Diana N
ogueira Pereira disponível em
: <https://bdigital.ufp.pt/bitstream
/10284/4837/1/PP
G_21948.pdf>
<http://microbiologiavaledoaco.blogspot.com
/2017/08/meningite.htm
>
85
REFERÊNCIASG
REENLEE,
John E..
Encefalite. Disponível
em:
<https://ww
w.m
sdmanuals.com
/pt-br/casa/dist%C3%
BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/infec%
C3
%A7%
C3%B5es-no-c%
C3%A9rebro/encefalite>. Acesso em
: 20 out. 2019.
FLEURY. Encefalite. Disponível em: <https://w
ww
.fleury.com.br/m
anual-de-doencas/encefalite>. Acesso em: 20 out.
2019.
Encefalites: PROTO
COLO
DA SOCIEDADE DE IN
FECCIOLO
GIA PEDIÁTRICA DA SPP E SO
CIEDADE PORTUG
UESA DE
NEURO
PEDIATRIA. Disponível em: <http://neuropediatria.pt/encefalites_protocolo_12_2011_form
atado.pdf>. Acesso
em: 20 out. 2019.
COELH
O, Fabrice Santana; MARQ
UES, Elizabeth de Andrade. Etiologia. Brazilian Journal Of H
ealths And Biomedical
Sciences, Rio de Janeiro. Disponível em: <http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=229>. Acesso em
: 22 out.
2019.
86
REFERÊNCIASCom
unicação. Fundação Nacional de Saúde. Doença de Lym
e. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina
Tropical 23:177-180, jul-set, 1990. Disponível em: <http://w
ww
.scielo.br/pdf/rsbmt/v23n3/09.pdf>. Acesso em
21
out. 2019.
TEIXEIRA, Rafaella
Câmara.
Cultivo de
Borrelia burgdorferi
(Spirochaetales: Spirochaetaceae)
em
células
embrionárias de Rhipicephalus sanguineus. 2010. 28 f. Dissertação (M
estrado) - Curso de Pós-graduação em
Ciências Veterinárias, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:
<http://r1.ufrrj.br/adivaldofonseca/wp-content/uploads/2014/06/Teixeira-R-C-2010-Cultivo-de-Borrelia-burgdorferi-e
m-celulas-em
brionarias-de-R-sanguineus-Disserta%C3%
A7%C3%
A3o.pdf>. Acesso em: 21 out. 2019.
BARRETO, Angela Maria W
.; CALDAS, Paulo Cesar de S.; CAMPO
S, Carlos Eduardo D.. Diagnóstico laboratorial:
Tuberculose. Brazilian
Journal O
f H
ealth And
Biomedical
Sciences. Disponível
em:
<http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=235>. Acesso em: 22 out. 2019.