Semiótica Aplicada

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x introdução à semiótica aplicada h.d.mabuse [email protected] Tópicos Avançados em Design e Tecnologia II - MPD 2014.2 - Recife, 25 e 26 de Abril de 2015

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xintrodução à semiótica aplicada h.d.mabuse [email protected]

Tópicos Avançados em Design e Tecnologia II - MPD 2014.2 - Recife, 25 e 26 de Abril de 2015

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adão

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ado

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o que a maçã significa?

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maçã significa: uma fruta

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maçã significa: uma fruta saúde

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maçã significa: uma fruta saúde tentação

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como damos sentido ao mundo.

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existe um mundo independente "lá fora”…

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…e usamos signos e sistemas de

comunicação que coincidam com ele.

em uma delas existe um mundo independente "lá fora”…

?=

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mundo signo

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esquilo=

mundo signo

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esquilo=

mundo signo

linguagem

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linguagem é nosso instrumento espécie-específico para entendimento do mundo pelo ser humano

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( )linguagem + língua = comunicação

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esquilo

mundo signo

significa

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esquilo fofinho doença raiva

significa

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significa

белка কাঠিব&াল esquirol veverka

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semiótica é a ciência geral de todas as linguagens.

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linguagens verbais e linguagens não-verbais.

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linguagens verbais: Línguas saber analítico

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linguagem de sons que veiculam conceitos com tradução visual alfabética escrita.

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linguagens não-verbais: imagens, sons, tato, gestos, movimentos…

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DNA

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"a semiótica é a ciência que tem como objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno, como fenômeno de produção de significação e de sentido”

(Lucia Santaella, 1983/2004, p. 13).

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"O sentido de uma palavra é a soma de todos os fatos psicológicos que ela desperta em nossa consciência. Assim, o sentido é sempre uma formação dinâmica, fluida, complexa, que tem várias zonas de estabilidade variada.

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…O significado é apenas uma dessas zonas do sentido que a palavra adquire no contexto de algum discurso e, ademais, uma zona mais estável, uniforme e exata. Em contextos diferentes a palavra muda facilmente de sentido…

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O significado, ao contrário, é um ponto imóvel e imutável que permanece estável em todas as mudanças de sentido da palavra em diferentes contextos. Foi essa mudança de sentido que conseguimos estabelecer como fato fundamental na análise semântica da linguagem"

(Vigotski, 1934/2001b, p. 465).

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Charles Sanders Peirce Cambridge, 10 de setembro de 1839Milford 19 de abril de 1914

Filósofo, pedagogo, cientista, matemático, biólogo…

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fenomenologia quase-ciência

Edifício Filosófico de Peirce

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fenomenologia

estética

ética

semiótica ou lógica

quase-ciência

ciênciasnormativas

Edifício Filosófico de Peirce

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fenomenologia

estética

ética

semiótica ou lógica

lógica críticagramática especulativa

retórica especulativa

quase-ciência

ciênciasnormativas

Edifício Filosófico de Peirce

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fenomenologia

estética

ética

semiótica ou lógica

lógica crítica

metafísica

gramática especulativa

retórica especulativa

quase-ciência

ciênciasnormativas

Edifício Filosófico de Peirce

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lógica crítica estudo das formas

de inferência raciocínios e argumentos.

Estruturados através dos signos.

gramática especulativa estudo de todos

tipos de signo e as formas de

pensamento que possibilitam.

retórica especulativa

estuda os princípios do método científico,

como deve ser conduzida e comunicada.

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fenomenologia

estética

ética

semiótica ou lógica

lógica crítica

metafísica

gramática especulativa

retórica especulativa

quase-ciência

ciênciasnormativas

Edifício Filosófico de Peirce

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“a semiótica não é uma chave mágica que abre as portas de processos de signos cuja teoria e prática desconhecemos. ela funciona como um mapa lógico que traça as linhas dos diferentes aspectos através dos quais uma análise deve ser conduzida”

(Lucia Santaella, 2008, p. 6).

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secundidadeprimeiridade terceiridade

a tríade fundamental

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secundidadeprimeiridade terceiridade

a tríade fundamental

Reação / RelaçãoQualidade Representação / Mediação

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secundidadeprimeiridade terceiridade

a tríade fundamental

Reação / RelaçãoQualidade Representação / Mediação

Você percebe que vem de um prédio.

Um brilho ofusca sua visão.

Entende qual o tipo de arquitetura.

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secundidadeprimeiridade terceiridade

a tríade fundamental

Reação / RelaçãoQualidade Representação / Mediação

Você percebe que vem de um prédio.

Um brilho ofusca sua visão.

Entende qual o tipo de arquitetura.

ComportamentalVisceral Reflexivo

don norman

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“Comprei uma mesa de trabalho” a palavra MESA.

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“Comprei uma mesa de trabalho” a palavra MESA.

Representa para a pessoa (intérprete) uma estrutura de quatro suportes verticais com um tampo horizontal (é outro signo)

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É o que deve ser compreendido.

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É o que desenhamos. É o que deve ser compreendido.

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É o que desenhamos.

É o que representará para a pessoa.

(usuário/intérprete).

É o que deve ser compreendido.

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classificação dos signos

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1ª TRICOTOMIA O quali-signo é uma qualidade sígnica imediata, tal como a impressão causada por uma cor. O quali-signo é uma espécie de pré-signo, pois se essa qualidade se singulariza ou individualiza, ela se torna um sin-signo. Ex.: as impressões que as cores azul e rosa podem causar em um indivíduo, antes de singularizadas, são quali-signos, meras sensações ou qualidades.

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1ª TRICOTOMIA O sin-signo é o resultado da singularização do quali-signo. A partir de um sin-signo pode-se gerar uma ideia universalizada (uma convenção, uma lei que substitui o conjunto que a singularidade representa), tornando-se assim um legi-signo. Ex.: se o indivíduo acha que as sensações são de seriedade, para o azul, e de delicadeza, para o rosa, é porque ele percebe essas cores dessa forma singular.

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1ª TRICOTOMIA O legi-signo é o resultado de uma impressão mediada por convenções, por leis gerais estabelecidas socialmente. Ex.: a idéia geral de que “azul transmite seriedade e deve ser associada ao sexo masculino” e “rosa transmite delicadeza e deve ser associada ao sexo feminino” é uma convenção. Essa idéia se tornou uma lei geral, culturalmente convencionada em nossa sociedade. Trata-se agora de um legi-signo.

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2ª TRICOTOMIA O ícone, de forma semelhante ao quali-signo, representa uma parte da semiose em que se destacam alguns aspectos qualitativos do objeto. O ícone é o resultado da relação de semelhança ou analogia entre o signo e o objeto que ele substitui.

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2ª TRICOTOMIA O índice, assim como o sin-signo, resulta de uma singularização. Um signo indicial é o resultado de uma a relação por associação ou referência. A categoria indicial se evidencia pelo vestígio, pelos indícios.

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Untit

led #

96

cindy

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198

1 M

oMA

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2ª TRICOTOMIA

O símbolo resulta, tal como o legi-signo, da convenção. A relação entre o signo e o objeto que ele representa é arbitrária, legitimada por regras.

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toda letra é um símbolo. toda palavra é um símbolo.

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3ª TRICOTOMIA.

Em lógica formal, o rema corresponde ao que se chama de termo, isto é, um enunciado impassível de averiguação de verdade. Em língua portuguesa, uma palavra qualquer (“menino”, por exemplo) fora de um contexto sintático é um rema.

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3ª TRICOTOMIA

Se a palavra “menino” se insere em uma sentença, como em “o menino está doente”, podemos verificar seu grau de veracidade. Em lugar de um termo, temos uma sentença; em Semiótica, essa sentença chama-se dicente (dici-signo ou dissisigno). Investigamos se o menino está verdadeiramente doente porque a sentença não nos forneceu os motivos pelos quais se afirmou isso, mas temos elementos para tal averiguação.

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3ª TRICOTOMIA

Se houvesse informações comprobatórias, não se trataria mais de um dicente, mas de um argumento. A sentença “O menino está doente porque apresenta manchas vermelhas e temperatura alta” traz um raciocínio completo, justificado, com caráter conclusivo. Nesse caso, temos então um argumento.

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vamos para a rua, fotografar signos que estão ao nosso redor.

amanhã vamos conversar sobre os signos. (postem as fotos no grupo no facebook).

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bom dia, antes de vermos as fotos, um pequeno comentário…

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vimos 9 classes de signos.

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vimos 9 classes de signos. Peirce classificou mais de 60.

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vimos 9 classes de signos. Peirce classificou mais de 60. vamos ver mais 3, relacionados diretamente ao ícone

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signos icônicos

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signos icônicos

imagem

semelhança no nível da aparência

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signos icônicos

imagem

diagrama

semelhança no nível da aparência

semelhança entre a estrutura interna do signo e do objeto.

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signos icônicos

imagem

metáforadiagrama

semelhança no nível da aparência

semelhança entre a estrutura interna do signo e do objeto.

similaridade no significado entre o signo e do objeto.

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olhos amendoados

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como interpretar signos?

1 2 3

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como interpretar signos?

contemplar descriminar generalizar

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tornar-se disponível para o que está diante dos olhos

sem julgamentos

olhar contemplativo

auscutar os fenômenos

1.Contemplar

saber diferenciar os

seus elementos do

contexto

como se corporifica

olhar observacional

distinguir partes e todo

2.Descriminar

extrair de um dado

fenômeno o que ele tem em comum com uma

classe geral. Generalizar

abstrair geral do particular

3.Generalizar

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como analisar as mensagens?

em si mesmas, nas

suas propriedades

internas.

analisadas no seu

aspecto singular

examinadas no seu

carater geral

quali-signos sin-signos legi-signos

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fotos

Page 109: Semiótica Aplicada

Vamos criar signos?

Page 110: Semiótica Aplicada

[email protected]@hdmabuse

www.slideshare.net/h.d.mabuse

Bibliografia:

Flusser, V. (2004). Língua e Realidade. São Paulo: Annablume.

Hall, S. (2012). This Means This, This Means That. London: Laurence King Publishers.

Ponzio, A., Calefato, P., & Petrilli, S. (2007). Fundamentos de Filosofia da Linguagem. Petrópolis: Vozes.

Santaella, L. (1983). O que é Semiótica (20a. ed.). São Paulo: Editora Brasiliense.

Santaella, L. (2008). Semiótica Aplicada. Cengage Learning.

Farias, P. L. (n.d.). Imagens, diagramas e metáforas: uma contribuição da semiótica para o design da informação.

Videos:

O Fenômeno explicado pelos Muppets

Um pouco de Semiótica do Big Bang Theory

Sherlock e a dificuldade de fazer uma análise semiótica de Irene Adler

www.cesar.org.br

Obrigado.