Semmais 30 agosto 2014

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O novo líder da Comissão Executiva Metropolitana de Lisboa quer tornar mais «compreensiva e legível» a importância da AML para as populações e preparar a chegada dos fundos comunitários com menos 'assimetrias' entre o norte e o sul do Tejo Pub. Sábado | 30 agosto 2014 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 823 • 7.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA 6 1 anos A REGIÃO SOMOS TODOS NÓS edição especial comemorativa Abertura 4 Biológos afirmam que Noitibó está cada vez mais vulnerável na região Atual 12 Adega de Pegões ganha prémio internacional de "Melhor Produtor" Cultura 9 Ana Moura atua dia 30 na tradicional Feira de agosto em Grândola POLÍTICA PÁG. 10 Demétrio Alves promete combater assimetrias entre as duas margens do Tejo Fotos: DR Pub. Câmara de Grândola aguarda fim do Verão para controlar gatos vadios ATUAL Quatro colónias de gatos vadios foram identificadas na zona do Tróia Resort e o município quer controlar esta aparente 'invasão'. Os técnicos camarários vão entrar em ação após a época balnear. PÁG. 6 Três mil escolhem líder da federação com 'primárias' à vista POLÍTICA Na próxima sexta-feira os socia- listas vão eleger a nova presidente da fede- ração. Madalena Alves Pereira ou Ana Cata- rina Mendes. É um ensaio para as 'primá- rias' de 28 de Setembro. PÁG. 10

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O novo líder da Comissão Executiva Metropolitana de Lisboa quer tornar mais «compreensiva e legível» a importância da AML para as

populações e preparar a chegada dos fundos comunitários com menos 'assimetrias' entre o norte e o sul do Tejo

Pub.

Sábado | 30 agosto 2014 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 823 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

61anos

A REGIÃOSOMOSTODOSNÓSedição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

Abertura 4Biológos afirmam que Noitibó está cada vez mais vulnerável na região

Atual 12Adega de Pegões ganha prémio internacional de "Melhor Produtor"

Cultura 9Ana Moura atua dia 30 na tradicional Feira de agosto em Grândola

POLÍTICA PÁG. 10

Demétrio Alves promete combater assimetrias entre

as duas margens do Tejo

Fotos: DR

Pub.

Câmara de Grândola aguarda fim do Verão para controlar gatos vadios ATUAL Quatro colónias de gatos vadios foram identificadas na zona do Tróia Resort e o município quer controlar esta aparente 'invasão'. Os técnicos camarários vão entrar em ação após a época balnear.

PÁG. 6

Três mil escolhem líder da federação com 'primárias' à vistaPOLÍTICA Na próxima sexta-feira os socia-listas vão eleger a nova presidente da fede-ração. Madalena Alves Pereira ou Ana Cata-rina Mendes. É um ensaio para as 'primá-rias' de 28 de Setembro.

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2 ESPAÇO PÚBLICO Sexta • 30 agosto 2014 • www.semmaisjornal.com

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. E-mail: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

O que ocorreu com o BES teve, como é sabido, ante-cedentes noutros bancos

sediados em Portugal e com capi-tais portugueses.

BPN, BPP, BCP e Banif aí es-tão a comprova-lo.

Até há poucos anos os ban-cos ganhavam dinheiro venden-do dinheiro. O crescente endeu-samento dos mercados fê-los passarem a agir como entida-des financeiras que dominam grupos económicos de forma di-reta ou indireta, entrando em competição com os próprios clientes e criando uma teia ar-ticulada de interesses que con-dicionam a acção dos Estados.

A ausência real de regulação muitas vezes perdida numa teia de mecanismos de engenharia fi-nanceira complexa, potencializa riscos, incluindo de diminuição de

ratios e efeitos sistémicos como ocorreu com o BES, caso ainda que fora de horas não tivesse havido intervenção do Estado.

As causas de tudo isto, dei-xemo-nos de falsos argumen-tos, está no endeusamento dos mercados, na eliminação do pa-pel do Estado e no principio de que o melhor Estado correspon-de o melhor Estado. Daí ás pri-vatizações sem regras, não se poupando empresas estratégi-cas…. Tudo está á venda!

A realidade é porem o que é. E, porque não consta que o BES , o Banif, o BCP e o BPN sejam e tenham sido bancos públicos, não se compreende, na lógica dos neoliberais, que tanto cen-suram a gestão do Estado, que logo após os primeiros sinais de colapso do BES, os depositan-tes tivessem procedido a trans-

ferências das suas poupanças para a Caixa Geral de Depósi-tos, o único banco publico por-tuguês .

Todas estas razões condu-zem á total desrazoabilidade das politicas de austeridade e de des-regulamentação em curso, bem como á sanha persecutória con-tra as empresas publicas con-duzindo ás privatizações, feitas a qualquer preço.

O que se passou com os CTT, a REN, a ANA, a EDP e agora se pretende continuar com a priva-tização da TAP é de todo inacei-tável.

Neste domínio sempre en-tendi, como noutros domínios, que a atual direção do PS foi não

só demasiado hesitante e pou-co firme na condenação das po-líticas em curso, que, como se vê nos estão a conduzir para o abismo, como não se viu nem se vê projeto mobilizador e de re-criação da esperança. Esta é uma questão patriótica. É necessá-rio, mesmo urgente, mudar de políticas. Que não haja ilusões, nem hesitações. O povo portu-guês já intuiu o que é necessá-rio fazer. Para mudar de politi-cas é necessário que nas elei-ções primárias do dia 28 de Se-tembro o candidato António Cos-ta seja sufragado pelos eleito-res e eleito como candidato do PS a primeiro-ministro.

Não basta por isso desejar--lhe a vitória.

É preciso que quem assim pensa e que é a maioria dos elei-tores, como se vê pelos estudos de opinião se inscreva como sim-patizante do PS, se não for mi-litante, e vá votar.

È do interesse de Portugal e dos portugueses que isso ocorre.

Eleger António Costa é de interesse patriótico

Não se assustem com o titulo pois não defende-remos a criação de uma

qualquer nova região adminis-trativa. Vamos apenas tentar demostrar a necessidade de identificar uma realidade que começa a ter um corpo defi-nido sem, no entanto, ter ainda uma cabeça e uma estratégia que a mobilize e direcione para garantir a sua sustentabilidade. A identificação dessa “cabeça” e a criação dessa estratégia poderá dar um novo sentido a todo um território que evidência uma personalidade própria. Senão vejamos...

Iremos identifica-lo sob pon-to de vista da atividade turísti-ca (apesar de outras realidades económicas confluírem na mes-ma direção) porque nos parece ser uma das melhores formas, mas não a única, de conseguir exportar serviços conservando a população ativa no território, numa das atividades que mais talento temos para fazer: rece-ber bem e oferecer o que nos so-bra: património natural e huma-no e muito sol. Isto mesmo está a ser demonstrado pelo desta-que que o país tem tido em to-dos os rankings e prémios do sector.

O território está identifica-

do há muito, apesar de nem sem-pre o termos presente. Histori-camente, a navegabilidade do rio Sado e a exploração dos seus recursos, constituiu o canal de desenvolvimento, que começou por ter Alcácer do Sal e mais tar-de Setúbal, como núcleos urba-nos principais. Este espaço cul-tural e natural, marginado a nor-te pela serra da Arrábida, sepa-ra-o da restante península de Se-túbal, onde o rio funciona como elemento de ligação da paisa-gem e da restante comunidade sadina a sul.

A milenar ocupação huma-na do distrito de Setúbal, desde os finais do século XIX, tem vin-do a consolidar duas zonas prin-cipais: a norte o arco ribeirinho sul, que é cada vez mais parte integrante da Grande Lisboa, e a cidade de Setúbal a sul, estan-do os restantes concelhos Alen-tejanos em perda populacional, com exceção da cidade portuá-ria de Sines. As vilas de Sesim-bra e Palmela, situadas na ser-ra da Arrábida, perdem também alguma população, ainda que os seus concelhos cresçam, mas apenas a norte desta.

Percebe-se claramente que Setúbal é, no corpo definido por este território e a sua ocupação, o polo central nesta zona de char-

neira entre a AML e o Alentejo e a que podemos chamar Arrábi-da/Sado. Esta cidade deverá as-sumir, por isso, o papel natural de cabeça desta região.

Mas a Arrábida/Sado neces-sitam de uma estratégia para po-tenciar o que têm de melhor para oferecer numa visão comple-mentar de oferta de serviços e “pacotes turísticos”. Enuncia-mos, de seguida, alguns dos as-petos essenciais de uma estra-tégia para potenciar esta região. Destacamos apenas sete que po-derão ser mais tarde desenvol-vidas:

I. Promover a região de for-ma complementar a Lisboa mas continuar a ela ligada – é, hoje, a maior marca de turismo em Portugal, tendo suplantado o Al-garve – distinguindo os diver-sos “produtos turísticos” desta região singular;

II. Formar mais e melhor to-dos os agentes envolvidos na ati-vidade turística;

III. Melhorar e diferenciar a oferta turística;

IV. Recuperar os centros ur-banos das magníficas vilas e cida-

des que a compõem, porque como percebemos pelo indicadores tu-rísticos mais recentes “ o sol e praia” e a paisagem sem urbanidade de qualidade complementar de pou-co valem;

V. Requalificar ambiental-mente o curso de água e incre-mentar a navegabilidade do Sado, pelo menos até Alcácer, envol-vendo a industria e a agricultu-ra nesse objetivo, aproximando as duas margens do Estuário en-volvendo os diversos agentes nesse esforço, porque Setúbal e Troia ganhavam;

VI. Tornar a paisagem mais acessível e sustentada, seja ela: natural, marítima, fluvial, flores-tal e agrícola, ordenando cami-nhos e embarcações e mapean-do e abrindo à atividade econó-mica esse potencial ainda pou-co explorado (observação da na-tureza, desporto ao ar livre, ade-gas, vinhas, arrozais , pesca e náu-tica de recreio, etc.) ;

VII. Apostar no turismo de saúde e no desenvolvimento dos serviços de geriatria e de saúde ligados à terceira idade, pois só assim poderemos atrair a tercei-ra idade da europa e do mundo para esta região.

Poder-se-á assim potenciar uma região que se afirma em di-versas áreas (portuária, indus-trial, vinícola) que também po-dem contribuir para melhorar a qualidade de vida de todos, atra-vés de uma estratégia clara em torno do turismo.

Setúbal capital turística da região Arrábida/Sado

Paulo PiscoArquiteto/urbanista

Vitor RamalhoAdvogado

Os ‘meets’ que fomos criando

Nos últimos três anos a dita consolidação das contas públicas,

as premissas da dívida sobe-rana, o ajustamento da troika e a visão ultraliberal do atual governo impuseram muitas mudanças no perfil social da nação.

Estes ditames tomaram conta do país, dos seus deci-sores políticos, obrigando os portugueses a aceitá-los sem remoques de monta e sem aci-catar consciências. Sobretudo nas primeiras investidas, du-rante as quais tudo o que pa-recia morto tinha que morrer, da economia, à saúde, do en-sino à justiça.

Foi uma razia que só nos daremos conta ao sabor da his-tória e a história leva tempo a digerir-se a si própria. Os re-sultados, esses, estão à vista: o valor do trabalho atingiu o mínimo dos mínimos, os va-lores sociais quedaram-se e a vida da maior parte dos por-tugueses definhou.

Não é de espantar que se-jam os mais novos a gerarem ciclos. O caldo esteve sempre em lume brando e as pequenas ebulições tiveram apenas um lastro de contestação.

Mas ninguém duvida de que as consequências não submer-giram. Estão à tona. E a ‘maio-ria anónima’ – antes silencio-sa – carregada de desespero, falta de expectativas e muita energia está a dar passos lar-gos para destapar a tampa.

Os ‘meets’ das redes sociais são, entre outras razões, um pou-co disso. Uma massa descon-tente, encurralada em beco-sem--saída, tomando dores e avan-çando pela linha mais sinuosa da coesão social: o distúrbio.

E mais grave que isso: sem maturidade social, nem polí-tica, num enxame de confusões sobre o presente e sobre o fu-turo que gerará, a não ser sa-nada, uma sociedade jovem dispersa, que procura o caos e dá luz ao entropismo, das so-ciedades que acabam em de-sordem.

Fatalismo? Não, apenas a lembrança de uma das nuances da ‘Lei de Murphy’: “se há chan-ce de dar errado, certamente dará”.

EDITORIALRaul Tavares

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Sábado • 30 agosto 2014 • www.semmaisjornal.com 3

A prioridade é sermos honestos connosco”

Nelson Mandela

Em tempo onde muitos sabem” o preço de tudo e o valor de nada”contribuir para credibili-zar a política é um acto nobre por-que a política é uma actividade nobre, não obstante ser hoje aos olhos dos cidadãos olhada com desconfiança e consequentemen-te com desinteresse.

O PS, Partido da esquerda de-mocrática, partido da liberdade, da igualdade e da solidariedade, que desde o 25 de Abril e ao lon-go dos últimos 40anos construiu o Estado Social tem hoje um de-safio histórico de lutar pela sus-tentabilidade do Estado Social, por uma sociedade mais justa e mais igual para todos.

Aqui no distrito de Setúbal os socialistas vão ser chamados a eleger a Presidente da federação e os delegados ao congresso dis-trital que elegerão os restantes órgãos.

Por Setúbal juntos e mais for-tes é a mensagem de Madalena Al-ves Pereira que se recandidata, de-pois de dois anos de intenso traba-lho com todas as estruturas do PS ,com todos os militantes e simpa-tizantes, ao qual pretende agora dar

continuidade. A sua moção é uma lufada de ar fresco que assenta em propostas concretas mas acima de tudo na defesa de valores e princí-pios que é hoje mais do que nunca preciso colocar em prática com toda a visibilidade e escrutínio dos cida-dãos. Os exemplos de boas práti-cas devem estar indissociavelmen-te ligados ao discurso político, ou seja, é preciso uma linha de coe-rência entre o que se diz e o que se faz. Praticar os valores que se de-fendem é mais importantes que o discurso, quantas vezes este não passa dum amontoado de palavras que se dizem mas não se sentem é apenas”para inglês ver”.

Uma moção com visão estra-tégica global para o distrito, ten-do em conta as especificidades da Península de Setúbal e Litoral Alentejano. Um desafio para afir-mar e desenvolver o território, para criar riqueza e emprego, com coesão social e territorial.

Madalena Alves Pereira tem provas dadas quer profissional-mente como advogada quer no desempenho de funções autár-quicas na Assembleia Municipal do Barreiro e na Câmara Muni-cipal como vereadora e vice-pre-sidente. Desde muito jovem que abraçou a militância política no PS.É uma combatente das cau-

sas da cidadania e pelos valores éticos. A transparência, a desco-berta da verdade, o combate con-tra a corrupção fazem parte in-tegrante da sua forma de estar na política e na vida.Por isso afirma na sua moção”É indispensável um ambiente público e privado de transparência no relaciona-mento concreto entre a vida pú-blica e privada, entre os interes-ses públicos e os privados”.

A política de proximidade com as pessoas proposta e praticada ao longo destes dois anos pela Presidente da Federação Mada-lena Alves Pereira, nas estrutu-ras do PS e com a sociedade ci-vil trará os seus frutos e ,por isso ,não será interrompida. Deverá ser ampliada no respeito pela plu-ralidade mas com o sentido de responsabilidade para lutar con-tra o empobrecimento dos por-tugueses , contra as desigualda-des..No dia 5 de Setembro vamos juntos votar por Setúbal, vamos eleger a camarada Madalena Al-ves Pereira e assim dar mais for-ça ao PS.

Por Setúbal Juntos e mais fortes

Maria Amélia AntunesMembro do S.N. do PSe pres. da A. M. Montijo)

A Paula Costa partiu deste mundo. Andou por cá 77 anos. Mas não se limitou

a vaguear, deixando que o tempo passasse por si. Foi uma verdadeira mulher e cidadã. O seu espaço de eleição para exercer a sua missão de verdadeira cidadania foi a região onde nasceu. Setúbal sempre foi a sua terra querida, Por isso, não se pode falar de Setúbal e da sua história mais recente, sem falar de Paula Costa.

Nunca ouvi chamá-la por Dona, Senhora ou Professora Paula Cos-ta. Era simplesmente a Paula Costa. Pode ser um pormenor pouco sig-nificante, mas diz muito do seu tipo de relação com as pessoas. Eram sempre momentos muito agradá-veis os que se passavam com ela. Mesmo, em circunstâncias mais atri-buladas (hoje, diz-se stress) o modo como se comportava nem se pode-ria apelidar de irritação, porque as palavras ou os modos tinham par-ticularidades de uma certa afabili-dade. Poucas vezes, a vi irritada. Pelo contrário, muitas foram aquelas em que se fez apaziguadora de confli-tos e mediadora na resolução de pro-blemas complexos.

Só uma mulher assim conse-guiu ser, durante tantos anos, ve-readora da nossa Câmara Muni-cipal, ocupando alguns cargos de grande exigência e responsabili-dade. A maior parte desse tempo foi atravessada por uma crise so-cioeconómica, sem precedentes, que se abateu sobre a Região de Setúbal. Foi nessa altura que a co-nheci. A sua forte sensibilidade aos problemas dos munícipes, aliada a um sentido muito prático de en-contrar soluções e as pôr em mar-cha, foram imprescindíveis para aproveitar muitos dos recursos que o Governo ou a, então, CEE, disponibilizaram para a nossa re-gião. Era uma autarca “universa-lista”, porque, apesar de estar no Município indicada pelo Partido Socialista nunca me apercebi de que as suas decisões tivessem fun-damentos proselitistas partidá-rios. Sempre foi, por isso, uma mu-lher do povo e para o povo. Daí a sua ligação tão umbilical às Cole-tividades de Recreio, Cultura e Des-porto. Foi dessa relação que sur-giram, entre outras iniciativas, as, hoje, tão desejadas Marchas Po-pulares.

Estou convito de que foi esta relação tão próxima e apaixona-da pelas Associações promovidas e geridas, heroicamente, pela nos-sa singela gente que a levou a acei-tar outra missão tão exigente como a de pertencer à direção do nosso Vitória Futebol Clube. Nunca mais esquecerei que, depois da primei-ra vez que fui a Timor –Leste – ti-nha aquele país irmão acabado de se libertar do invasor – de uma co-movente atitude da Paula. Foi das maiores emoções que até hoje vivi. Ao visitar as ruas de Dili, onde, pra-

ticamente, não havia “pedra so-bre pedra”, deparei com uma rua que se chamava “Cidade de Setú-bal”. No meio dessa rua, num im-provisado campo de futebol, de-corria um jogo. Os atletas dribla-vam-se com as suas roupas e sa-patos muito esfarrapados. Logo me disseram que uma das equi-pas se intitulava de Vitória Fute-bol Clube de Setúbal. As minhas emoções já andavam ao rubro, com mais aquele ocasional aconteci-mento (se é que há acasos), não fui capaz de conter as lágrimas. Logo que regressei, fui ao encon-tro da Paula Costa. Pedi, se atra-vés do nosso Vitória, não se con-seguiriam equipamentos comple-tos para aquela nossa pobre con-génere. Não demorou muito a che-gar a resposta positiva que per-mitiu levá-los na viagem seguin-te. Conservo, religiosamente, uma foto com a equipa do Vitória de Setúbal de Dili e na Sala de Tro-féus do Clube da nossa cidade, ain-da deve estar uma miniatura de uma casa típica de Timor que me enviaram para entregar como si-nal de gratidão. A Paula Costa era assim: uma mulher de causas, sem-pre disposta a dar e a dar-se com muita dedicação e alegria. Con-fesso que irei ter muitas saudades dela, sobretudo, das suas sonoras gargalhadas.

Deus está em Setúbal. Sentimo--Lo em tantos e tantas como a Pau-la Costa que oferecem «generosa-mente a sua colaboração à constru-ção de um mundo com os materiais da verdade, da justiça, do diálogo e da solidariedade» como escreve D. Manuel Martins no seu reeditado li-vro “Pregões de Esperança” (pg. 55). Por serem assim, Ele atrai todos e todas no fim da passagem por este mundo. Por isso, mais um “pedaci-nho” de Setúbal chegou ao Céu.

Obrigado Paula por tudo o que fostes e fizeste. Adeus, até um dia!

Mais um pedacinhode Setúbal chegou ao Céu

Eugenio FonsecaPresidente da Cáritas Diocesana

As eleições para as estruturas distritais do PS implicam a escolha da equipa que irá

preparar o novo ciclo de governo no país, incluindo a nova compo-sição no parlamento.

Em Setúbal, apesar dos esta-tutos do PS conferirem legitimi-dade para a atual Presidente da Federação Distrital continuar o seu trabalho até 2015, a marcação de eleições para a presidência e respetivos Orgãos distritais na-turalmente que provocou a re-candidatura da Madalena Alves Pereira (atual Presidente)

Digo “naturalmente” porque tem de ser dada continuidade ao trabalho desenvolvido até agora. Os dois ultimos anos fo-ram marcado por eleições. Se no plano autárquico a hegemo-nia comunista no distrito con-tinua a ser uma realidade, com politicas que não fazem desco-lar o desenvolvimento no dis-trito, já no plano da União Eu-ropeia os resultados foram ani-madores, podendo pensar-se, a breve trecho e com a vitória do PS nas próximas eleições legis-lativas, na colocação da candi-data de Setúbal, Amélia Antu-nes, no parlamento europeu.

A continuação do trabalho im-

plica o reforço dos laços entre es-truturas locais e a dinamização para um projeto distrital que, ine-quivocamente, tire da gaveta o in-vestimento público direcionado para um distrito de enorme im-portância nacional e europeia.

O porto de Sines não está sozinho nesse projeto. Reani-

mar o arco ribeirinho sul, mes-mo que sob outro modelo, apos-tar nos serviços de saúde com um novo hospital que alivie o Garcia de Orta - com a locali-zação no Seixal já firmada no anterior governo; revogar a lei do novo “mapa judiciário” re-pondo ,assim, as valências nos tribunais por forma a que os ci-dadãos não tenham que se des-locar dezenas de Km para ve-rem feita justiça; repôr o servi-ço público de próximidade com as freguesias indevidamente “agregadas” e acompanhar o investimento privado em toda a região criando condições de empregabilidade combatendo o desemprego, serão tarefas a cumprir nesse novo ciclo.

A candidatura da Madalena Alves Pereira quer continuar esse trabalho aliando a experiência à vontade de pessoas, militantes e não só, que querem colocar Se-túbal no mapa, rompendo com um ciclo que se esgotou e de que este governo é bem uma triste de-monstração.

Com este governo Setúbal e o país ficaram na gaveta. É preciso abrir essa gaveta, e dar-lhe um novo folego, mais arejado. A Ma-dalena é a pessoa indicada.

Uma equipa para preparar novo ciclo

José AssisMilitante PS

“ Só uma mulher assim conseguiu ser, durante tantos anos, vereadora da nossa Câmara Municipal, ocupando alguns cargos de grande exigência e responsabilidade. ”

“ A candidatura da Madalena Alves Pereira quer continuar esse trabalho aliando a experiência à vontade de pessoas, militantes e não só, que querem colocar Setúbal no mapa”

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ABERTURA

4 Sábado • 30 agosto 2014 • www.semmaisjornal.com

RESTAURANTE ● SETÚBAL ● PORTUGALRUA GENERAL GOMES FREIRE, 138  960 331 167

Ave invisívelestá cada vez mais vulnerável na região

Entre os terrenos agrí-colas do Montijo até ao Litoral Alentejano

os agricultores apelidam o Noitibó de «pássaro invi-sível». E faz sentido. A expli-cação prende-se com a faci-lidade que esta ave tem em se camuflar, passando desper-cebida aos próprios preda-dores, mesmo quando estão a “centímetros “ de si.

Os agricultores garantem que até de dia é difícil perce-ber quando há um Noitibó por perto, exceto nos casos em que a ave lhes voa «debaixo dos pés» para não se deixar pisar, batendo as asas comos se fos-sem palmas. A má notícia é que este devorador de inse-tos tem perdido muita popu-lação no distrito, encontran-do-se já ameaçado.

A principal causa de mor-te surge associada a embates fatais com viaturas, acabando a espécie por ser vítima da sua própria caça. Ou seja, a ave per-segue os insetos que vão para as estradas de alcatrão atraí-dos pelas luzes dos automó-veis e acaba por ser traída em pleno voo. Também a destrui-ção de matos e bosques, subs-tituídos por vinhas ou mesmo residências têm provocado o desaparecimento do Noitibó, devido à diminuição de dispo-nibilidade de alimento, tradu-zida em menos insetos.

nto, antes de rumar a Áfri-ca para passar o Inverno, a es-pécie, que prefere zonas quen-tes, está a procriar na região, mas há pouca informação dis-ponível em Portugal, justa-mente pela dificuldade dos biólogos em aproximarem-se da população.

As suas penas, com uma to-

nalidade acastanhada e cin-zenta, semelhantes a troncos de árvores secos, permitem--lhe uma camuflagem quase perfeita, mesmo quando pou-sa no solo, onde geralmente nidifica. Na cabeça tem a man-cha vermelha que lhe dá o nome de Noitibó-de-nuca –vermelha, mas que também se revela no pescoço e garganta.

O macho apresenta man-chas brancas nas asas e nos cantos da cauda, mas o que mais o distingue das fémeas é uma mancha branca trian-gular na zona do pescoço. O bico e as patas são pequenos, confiando plenamente nos seus atributos de camuflar, mesmo quando tem por per-to pessoas ou até um poten-cial predador, o que lhe per-mite estar tranquilamente pousado no chão onde che-ga a dormir durante horas sem ser perturbado.

“Noitibó é um devorador de insetos noturno e usa uma camuflagem misteriosa

Escolhe as temperaturas quentes da região para nidificar e no Inverno zarpa para terras africanas. Os biólogos consideram-na uma das aves mais misteriosas nacionais.

O imponente bater de asas

Na zona de montado os agricul-tores relatam ter apanhado gran-des sustos em plena luz do dia, jus-tamente devido à camuflagem que o Noitibó apresenta, permanecen-do estático mesmo quando cami-nham em sua direção, levantan-do voo apenas no limite de ser pi-sado. O bater de asas é imponen-te, «fazendo lembrar o bater pal-mas, mas com os dedos fechados», segundo explica Joaquim Cardo-so, um produtor agrícola, com for-mação em biologia.

«É quase impossível verem--se quando estão no chão, por-que estão encolhidos e são iguais a pedras e aos ramos de árvo-res. Mas depois, parecem que nos

saem debaixo dos pés a fugir», revela Joaquim Cardoso, para quem o Noitibó de que se fala carrega o estatuto de ser uma das espécies «mais misteriosas» da avifauna nacional.

Só durante a noite – e por ser uma ave de hábitos crepuscula-res e noturnos – dá verdadeiros sinais de vida, quando após o pôr--do-sol faz ecoar um canto pro-longado, numa inconfundível vo-calização, que se sobrepõe com autoridade ao canto das cigarras e rãs, mesmo em conjunto. Aque-le inconfundível “irrr” e urrr” é ca-paz de perdurar por longos minu-tos e nem a aproximação huma-na o convence a calar-se.

Pub.

Roberto Dores

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ATUAL

6 Sábado • 30 agosto 2014 • www.semmaisjornal.com

Estrelas da Eurovisão regressam a Setúbal a 12 e 13 de SetembroSETÚBAL volta a ser palco da maior festa europeia dedicada ao Festi-val da Eurovisão nos dias 12 e 13 de Setembro com dois concertos a ter lugar no Fórum Municipal Luísa Todi.

O evento, que vai já na sua sex-ta edição, passa este ano a reali-zar-se num espaço fechado depois de nos primeiros cinco anos ter acontecido ao ar livre no Auditó-rio José Afonso.

O Eurovision Live Concert terá dois espetáculos, o primeiro, na sexta-feira, dedicado aos 50 anos de participação da RTP no Festi-val da Eurovisão e o segundo, na noite de sábado, com as estrelas da música europeia que passaram pelo concurso europeu.

Anne-Marie David é a grande

figura de cartaz deste ano no con-certo de sábado. A cantora parti-cipou por duas vezes na final da Eurovisão tendo vencido em 1973

com o tema “Tu te reconnaitras”, pelo Luxemburgo, e voltando a su-bir ao pódio, com um terceiro lu-gar, em 1979, interpretando “ Je

suis l’enfant-soleil”, em represen-tação de França.

A noite de sábado conta ainda com o regresso de Jelena Tomaševi, da Sérvia, que esteve em Portugal na primeira edição do Eurovision Live Concert.

Alyosha representan-te da Ucrânia, em 2010, Omar Naber, da Eslové-nia, o irlandês Ryan Do-lan, o sueco, Jan Johan-sen, e os Aarzemnieki, da Letónia, são alguns dos nomes já con-firmados para a festa internacional.

A noite de sexta-feira, dia 12, será dedicada à música portugue-sa. «Inspirado pelo 50º aniversá-rio do Festival da Canção, o es-petáculo vai percorrer a história do certame e tentar proporcio-

nar o encontro do público com as canções mais emblemáticas da música ligeira portuguesa», ex-plica Guilherme Santos, da Deri-vastatus, a associação que orga-niza o evento.

Confirmados para essa noite estão os nomes de Ar-mando Gama, Adelaide Ferreira, Rui Bandeira, Manuela Bravo, Filipa Sousa e Célia Lawson, entre outros. O concer-

to terá ainda a participação espe-cial de Henrique Feist e do grupo setubalense EURO que volta a jun-tar-se para participar neste espe-táculo, interpretando o tema “Amor, My Love”, com que concorreram em 2001. Este ano, o homenagea-do será Jan Van Dick.

Gatos vadios levam município de Grândola a tomar medidas de prevenção após Verão

O município de Grândola já assumiu que vai imple-mentar no terreno um

plano de acção para controlar a natalidade da comunidade de gatos vadios no Troia Resort. Segundo o médico veterinário da autarquia, essa medida deverá acontecer depois da época balnear, altura em que existe «menos turistas na área urbana de Troia e a recuperação de felinos está menos propícia a infecções». As entidades identifi-caram no terreno quatro colónias de gatos vadios.

João Madeira, direc-tor-geral do Troia Re-sort, revelou ao Sem-mais que esta colónia de gatos vadios é uma ques-tão de «saúde pública que preo-cupa o empreendimento turísti-co e que tem vindo a ser condu-zida pelas entidades do municí-pio de Grândola competentes na matéria, em colaboração com as-sociações de defesa dos animais».

E acrescenta que ao longo de todo este processo, o Troia Resort tem procurado fazer parte da so-lução e contribuir para a resolu-ção do problema. «Em Fevereiro deste ano, promovemos e parti-cipámos numa reunião com a Câ-mara Municipal de Grândola e o Grupo Gatos de Troia, em que foi definida a elaboração de um Pla-no de Acção, sob a coordenação do município e do seu veteriná-rio, Pedro Sobral».

A existência desta colónia de gatos vadios no Troia Resort le-vou este mês o humorista por-tuguês Nuno Markl a cancelar um espectáculo agendado para

a Troia Beach Club. «Já pedi desculpas às pes-soas que se deslocaram a Troia para assistir ao meu espectáculo mas

não estou a declarar guerra ao turismo de Troia. Quero perce-ber como é que a Câmara de Grândola e o turismo do resort estão a lidar com este problema e quero saber, como figura pú-blica ligada à causa dos direitos

dos animais, como posso con-tribuir para encontrar soluções que não sejam desumanas para os gatos», contou.

A seu ver, as medidas ideais para resolver o problema dos ga-tos vadios passam por uma «es-terilização dos animais» ou pela «promoção da sua adopção». «O

gato é um animal de companhia extraordinário, independente e fácil de cuidar. Há centenas de-les ao Deus-dará em Troia, com fome, que poderiam estar a vi-ver uma vida reciprocamente fe-liz com quem lhes desse um lar», sublinha o humorista, alertan-do que «envenena-los está fora

de questão». Segundo Nuno Ma-rkl, a colónia de gatos vadios de Troia está «descontrolada» e a direcção do complexo turístico já aconselhou os funcionários «a não alimentarem os gatos, de modo a não os atrair em massa por uma questão de higiene e saúde pública».

Autarquia vai implementar plano de controlo da natalidade de felinos na zona do Tróia Resort

Comunidade de gatos em Tróia sem controlo começa a ser um problema

DR

Foi prolongado até dia 8 de setembro, o pra-zo de entrega de trabalhos para o concur-so de ideias inovadoras de Santiago do Ca-cém. O concurso, lançado em maio, segun-

do o edil Álvaro Beijinha, visa permitir que «os jovens qualificados passem a ter uma oportunidade no mercado de trabalho e evi-tem o desemprego e a emigração».

Montijo vai reiniciar o “Walk n’Run Mon-tijo” às segundas-feiras, a partir de 1 de Setembro. Os participantes fazem cami-nhada e/ou corrida na ciclovia, entre as

20 e as 21 horas, com inicio e términus no parque urbano. Visa incentivar a prá-tica de atividade física e conscienciali-zar para a importância do desporto.

Santiago aposta em ideias inovadoras Walk n’Run Montijo está de volta

As autoridades já identificaram na zona quatro colónias desta espécie e estão preocupadas com infeções. Nuno Markl cancelou um espetáculo em defesa dos felinos.

A cantora francesa Ana-Marie David ganhou o Festival Eurovisão em 1973

DR

Sexta-feira é inteiramente dedicada aos portugueses

António Luís

Operação arranca após o Verão por haver menos turistas

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Sábado • 30 agosto 2014 • www.semmaisjornal.com 7

Palmela veste-se de branco e brinda com moscatel a chegada das Vindimas

A Sociedade Filarmónica Palme-lense “Os Loureiros” e a Socie-dade Filarmónica Huma-

nitária, colectividades de Palmela, organizam este sábado, a partir das 20h30, dois grandes eventos que pretendem dar entrada, em grande, na Festa das Vindimas.

“Os Loureiros” realizam a se-gunda edição do “Welcome Vindi-mas”, nas suas instalações, com jan-tar ‘buffet’, animação musical, des-file das quinze candidatas a Rainha das Vindimas e suas Damas de Ho-nor, bem como um brinde com mos-catel ao 51.º aniversário da Festa das Vindimas, que este ano decorre em

Palmela, entre 4 e 9 de Setembro. A eleição da mais bela das festas, e das suas Damas de Honor, é no dia 3, às 21h30, no Teatro S. João, durante um espectáculo musical com vá-rias vozes e músicos da terra.

Rogério Almeida, líder dos Lou-reiros, revelou ao Semmais que «es-tão reunidas as condições para que o evento volte a ser um sucesso» Está garantida a presença, como aconteceu no ano passado, da pri-meira rainha e da primeira intér-prete da marcha das Vindimas, An-gelina Papa e Rosebele Cabica, res-pectivamente.

Já a Humanitária promove a 3.ª edição da festa “Palmela Whi-te Party”, que dá as boas vindas às Vindimas e que veste de branco o

Largo S. João, em Palmela, com muita animação a cargo dos DJ´s Martek, PedroR e Monchike.

Segundo Maria João Camolas, presidente da Humanitária, a “Pal-

mela White Party” tem superado «to-das as expectativas e para este ano estamos a preparar uma grande fes-ta para todos, que vai voltar a ser outro grande sucesso».

Coletividades emblemáticas do concelho preparam com aprumo a chegada das festas e prometem muita animação.

António Luís

As 15 candidatas a RainhaInês Roque (16 anos, Laga-meças); Cátia Raposo (20, Qt.ª do Anjo); Miriam Esteves (16, Aires); Maria Carreira (18, Qt.ª do Anjo); Patricia Leal (22, Pinhal Novo); Jessica Duar-te (20, Pinhal Novo); Gabrie-la Hutulac (18, Palmela); Ra-quel Ruas (20, Qt.ª do Anjo); Joana Espada (16, Palmela), Margarida Pedro (18, Qt.ª do Anjo); Mafalda Marçalo (18, Lagameças); Inês Isabel (16, Palmela); Ana Gonçalves (17, Cajados); Catarina Gomes (19, Palmela) e Ana Cavaleiro (16, Aires).

A Festa das Vindimas é um dos principais eventos populares da região

Região nomeada para prémios Publituris Portugal Travel Awards14SETÚBAL está na corrida aos prémios Publituris Portugal Tra-vel Awards’14. O distrito está à conquista do galardão de Me-lhor Campo de Golfe, com o Tróia Golf, e concorre também na categoria de Melhor Região Turismo Nacional, com a no-meação da região Alentejo.

A seleção dos vencedores está agora a cargo de um júri onde figuram personalidades do setor. Entre 18 categorias os Publituris Portugal Travel Awards premeiam as empre-sas, instituições, serviços e pro-fissionais que mais se desta-caram no Turismo em Portu-gal, num evento que se realiza a 19 de setembro, no mosteiro de Alcobaça. Os nomeados de cada categoria foram selecio-nados pela equipa Publituris e a votação online decorre até 15 de Setembro.

Golfe é uma das atrações

Pólo equestre da Herdade de Rio Frio recebe primeira prova em Outubro

O PÓLO equestre da Herdade de Rio Frio recebe em Outubro a sua primeira prova oficial, com o apoio da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa. Este é um passo importante na con-solidação deste projeto, com fins agrícolas e turísticos, que vai cul-minar na abertura de um hotel rural em 2017.

O “Raide Rio Frio”, a primeira prova hípica na herdade, vai ser coordenada pelo instrutor e cava-leiro da equipa nacional de endu-rance, Filipe Caixeirinha, e inclui quatro concursos de endurance.

Além da coudelaria de Rio Frio, a herdade inclui um centro hípico

dotado, nesta primeira fase, com 52 novas boxes, balneários, zona social, vários picadeiros descober-tos e instalações de apoio, assim como uma academia de equitação a instalar nas antigas cavalariças, picadeiro e instalações anexas.

A herdade tem ainda mais de 180 quilómetros de percursos equestres e parqueamentos. Es-tas primeiras instalações serão ain-da reforçadas com novas boxes, um picadeiro coberto, novas pis-tas exteriores e um Poney Club.

«Este equipamento, concebi-do à escala da área metropolita-na de Lisboa, permitirá realizar em Rio Frio um conjunto de ati-vidades equestres que se preten-dem de dimensão nacional e in-ternacional e afirmar a região como referência para o treino a prática de desportos equestres», de acor-do com Vítor Costa, presidente da ERT-RL.

«A entrada em funcionamen-to do hotel aumentará e consoli-dará a oferta global permitindo que, num horizonte de médio pra-zo, Rio Frio, para além de um cen-tro de produção agrícola se afir-me também como um grande cen-tro de lazer e atracção da região de Lisboa, vocacionado para ac-tividades de animação turística em torno do turismo equestre, enoturismo, turismo natureza e alojamento turístico em espaço rural», afirma José Ramos Rocha, presidente da Sociedade Agríco-la de Rio Frio. O pólo equestre Rio Frio ocupa uma área de 25 hec-tares.

Primeiros vinhos da marca já foram lançados no mercadoOs primeiros vinhos da Herdade de Rio Frio, branco e tinto da colheita de 2013, acabam de ser lançados no mercado, após quatro anos de recuperação e plantação de novas vinhas. Com a internacionalização dos vinhos à vista, a médio prazo, a her-dade possui 118 hectares de vinha que produzem vinhos de alta qualidade com a certificação de “Península de Setúbal” e as De-nominações de Origem “Palmela”, “Moscatel de Setúbal” e “Mos-catel Roxo”. Para 2015 está prevista a plantação de mais 18 hec-tares de vinha. «Queremos ser uma referência da região a ní-vel nacional e apostar em forte na exportação nas gamas Pre-mium e Super Premium», refere fonte da herdade.

Toda a área da herdade tem vindo a ser objeto de múltiplas intervenções, reconvertendo e requalificando a zona

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CULTURA

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Maria Teresa Meireles

DICIONÁRIO ÍNTIMO

Elemento químico (Au) cujo número atómico é o 79. Áureo. Metal

precioso, amarelo, dúctil, brilhante, puro. «Regras de ouro», «a Era de Ouro», anun-ciada por Hesíodo, «ouro de lei», «ouro em pó». «Ouros»: um dos naipes das cartas simboli-zado por losangos vermelhos. «Ouro sobre azul» - metáfora da harmonia e da perfeição. «Bodas de ouro» valem por cinquenta anos; medalha de ouro, pelo primeiro lugar. «Valer o seu peso em ouro» - valor e reconhecimento. «Dourar a pílula»: tornar mais fácil e apete-cível. O ouro serve sentidos diversos: «o silêncio é de ouro», «ouvir é prata, calar é ouro»; «nem tudo o que luz é ouro»; «vinho, ouro e amigo, quanto mais velho melhor».

«Os homens são porcos que se alimentam de ouro», afir-mou Napoleão. «pérolas a por-cos» é a expressão bíblica que refere desperdício e/ou ime-recimento: «Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, para que não suceda que eles as pisem (…) e, voltando-se con-tra vós, vos dilacerem.» (Novo Testamento, Mateus: 7- 6).

O «Velo de Ouro» de Jasão. O «Bezerro de Ouro» bíblico. Plutão/Hades (aquele «que es-conde riquezas»), é o deus dos Infernos, o mais rico de entre os deuses do Olimpo. Ouro vale por riqueza, realeza, aspiração. Midas desejou que tudo aqui-lo em que tocasse se transfor-masse em ouro e o seu desejo tornou-se maldição.

No nosso Imaginário Tra-dicional, sonhar com uma mina de ouro por três vezes é ga-rantia de a encontrar, se se sou-ber guardar segredo. Também as Mouras Encantadas ofere-cem ouro a quem as souber desencantar. Nos contos tra-dicionais, o ouro repete-se e multiplica-se: «Os Meninos com uma Estrela d’Ouro na Testa»; «Os Três Cabelos de Ouro do Diabo», as maçãs e

aves douradas, as chaves, o ganso e a galinha de ouro.

Ao ouro corresponde a exaltação do belo, do que é po-deroso, da luz, do que é mas-culino, apolíneo, solar, de acor-do com o regime de imagem definido por Gilbert Durand nas suas «Estruturas Antro-pológicas do Imaginário». Ao ouro contrapõe-se, assim, o carvão, as trevas, as sombras e a prata (regime nocturno, lu-nar, feminino).

O Ouro, o dourado e o du-radouro - vestígios de um Pa-raíso Perdido. «El Dorado». O ouro alquímico, o ouro filo-sofal, a perfeição. A talha de ouro da estatuária; a folha de ouro dos encadernadores.

Porém, o ouro é também o símbolo do material, do terreal, da ganância e da perdição. O ouro e a avareza; o ouro dos agiotas. As pepitas de ouro dos garimpeiros - «A Febre do Ouro», de Charles Chaplin. As muitas febres dos vários ouros moti-vadoras de lutas, conquistas, extinções, extorsões e invasões. Os muitos tesouros escondidos em arcas que preenchem ima-ginários de ilhas e utopias. O ouro fatal. O ouro incorruptí-vel que corrompe e destrói. O ouro, vil metal, que paga a mor-te do próximo «a preço de ouro», ou «por tuta e meia». Depende.

«O Burro de Ouro», de Apu-leio; «O Galo de Ouro», de Juan Rulfo; «As Maçãs Douradas», de Eudora Welty; «O Ramo de Ouro», de J.Frazer; «A Gota de Ouro», de Michel Tournier.

Píndaro, no séc. V a.C. fala-va do ouro como o «filho de Zeus» que «devora e corrompe a mente humana». O ouro ar-quetipal, simbólico, metafóri-co, eufórico, facilmente dá lu-gar ao ouro que intoxica, obce-ca, exalta e cega os homens. O ouro que tem moldado o mun-do à sua imagem - ou à imagem do homem que pelo ouro se dei-xa ofuscar. Mas, já avisava Con-fúcio: «Aquele que mais estima o ouro do que a virtude, há-de perder ambos».

Ouro

A nova revista “Portugal à Gargalhada”, de Filipe La Feria, estreada em Julho,

continua com lotações esgotadas no Teatro Politeama.

“Portugal à Gargalhada” cri-tica e satiriza os principais acon-tecimentos políticos e sociais que ocorreram neste ano em Por-tugal.

Pelo palco do Politeama des-filam os protagonistas da cena portuguesa e internacional, des-de o casal Cavaco Silva, Cristia-no Ronaldo, Dolores Aveiro, An-tónio Costa, António José Segu-ro, Assunção Esteves, Joana Vas-concelos, Manuel Luís Goucha e muitas mais personalidades que farão parte da última loucura de La Féria.

La Féria reuniu um elenco de luxo com quatro grandes come-diantes: Marina Mota, a rainha da revista à portuguesa, contrace-nará com o grande ator José Ra-poso que regressa ao Politeama

onde teve os momentos mais al-tos da sua carreira em criações inesquecíveis, na “Gaiola das Lou-cas” e em “Um Violino no Telha-do”. Também Joaquim Monchi-que regressa ao Politeama, 20 anos depois de “Maldita Cocaína”, de La Féria. A sua participação fica-rá como um dos maiores trunfos de “Portugal à Gargalhada”, pela graça, fantasia e talento com que constrói as suas personagens. Ou-tro regresso muito saudado é o da “Rainha do Ferro Velho”, Ma-ria João Abreu ao género que a consagrou como uma das vede-tas mais populares da revista.

Ao lado destes nomes maiores da comédia portuguesa da actua-lidade, “Portugal à Gargalhada” conta ainda com a participação dos cantores Paula Sá e Ricardo Soler e dos jovens actores Filipe Albuquerque, a grande revelação de “A Gaiola das Loucas”, Patrícia Resende e Bruna Andrade.

O espectáculo conta com um corpo de bailarinos coreografa-do por Marco Mercier, figurinos e telões de mestre José Costa Reis, direção musical de Mário Rui, dramaturgia de Helena Rocha e assistência de encenação de Nuno Guerreiro.

Casa cheia, com várias excursões, de norte a sul, tem sido a resposta do público ao novo espetáculo de Filipe La Feria.

“Portugal à Gargalhada” põe país a rir no Politeama

Maria Mota e Joaquim Monchique à frente de um grande elenco

Já arrancaram os ensaios da 45.ª criação do Teatro Extremo, “After Darwin”, que es-treia a 19 e 26 de Setembro em Castro Ver-de e em Almada, respetivamente. Trata-se

do novo espetáculo do ciclo EmCena a Ciên-cia que se segue a “Einstein” e “Maria Curie”, a partir de um texto de Timberlake Wer-tenbaker, com encenação de Ana Nave.

Até 12 de setembro decorrem as inscrições para a 10.ª Gala S. Vicente dos Pequenos Cantores, que se realiza a 4 de outubro, em Paio Pires. A gala é um projeto inédito do

município e visa estimular a produção de música portuguesa e incentivar o apareci-mento de novos autores, compositores e intérpretes da região dos 5 aos 16 anos.

Ana Nave já ensaia no Extremo Gala dos Pequenos Cantores abre inscrições

A nova revista de La Feria aposta em figurinos e cenários de grande nível

António Luís

DR

XVI Festa do Teatrocom boa adesão de públicoA ADESÃO de público à XVI Fes-ta do Teatro, evento a cargo do Tea-tro Estúdio Fontenova, está a ser «muito boa», prevendo a organi-zação ultrapassar os cerca de 5 mil espectadores que marcaram pre-sença na edição do ano transacto.

«A edição deste ano, com mais espectáculos, integrados no “Mais Festa”, está a suplantar todas as expectativas, com muita gente e muitas sessões esgotadas», subli-nha o director artístico do certa-me José Maria Dias, relembran-do que a edição passada foi, tam-bém, um «sucesso».

Apoiado, pela primeira vez, pela Dgartes, com 25 mil euros, «o que o consolida, por direito próprio, como um dos festivais de maior relevo a nível nacional», o certa-me encerra no domingo com o bai-le/concerto “A Batalha do Modes-to Camelo Amarelo”, em frente à Casa da Cultura, às 23h30.

Este sábado, às 19 horas, pode assistir à peça “A Prole”, no Tea-tro de Bolso, enquanto às 22 ho-ras, sobe ao palco da Sebastião da Gama “O decisivo na política não é o pensamento individual, mas sim a arte de pensar a cabe-

ça dos outros”, pela Mala Voado-ra. O dia encerra com “Concer-to”, com Sara VC & Pedro Banza, às 23h30, na Casa da Cultura. No domingo, às 19 horas, estreia “Da Inutilidade”, com Tiago Bôto e Wagner Borges, na Sebastião da Gama. Os Artistas Unidos, com “Punk Rock”, vão ao Forum Luí-sa Todi, às 22 horas.

Pedro Pina, vereador da Cul-tura, agradeceu o esforço do Fon-tenova e elogiou a programação do festival, afirmando «o acto de fazer teatro como forma de resis-tência nos dias que correm».

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Rui Andrade encanta em palco O cantor/ator Rui Andrade, que além de ter participado em vários festivais da canção da RTP, também desem-penhou papeis em musicais de Filipe La Feria, promete boas cantigas. Teatro João Mota, Sesimbra • 22 horas.

Sábado • 30 agosto 2014 • www.semmaisjornal.com 9

Ofertas Semmais • Ligue e peça os seus convites

Ganhe convites para “Portugal à Gargalhada”

Cartaz...

DOIS CASTINGS, nos dias 1 e 2 de setembro, na Casa da Cultura, em Setúbal, avaliam jovens dos 15 aos 25 anos candidatos a participar em mais uma iniciati-va Moda Sado, com desfile final em outubro.

Durante duas tardes, das 14 às 17 horas, são se-lecionados os candidatos a modelos que seguem para uma fase de ensaios, com formação na área, ao longo de quatro sessões.

A empresária de moda e ex-miss Portugal, Ana Sobrinho, preside ao júri que avalia os jovens que, nalguns casos, podem ser premiados com o agen-ciamento numa agência de moda.

A Moda Sado 2014, iniciativa do município, de participação gratuita, tem o desfile final a 4 de ou-tubro na Praça de Bocage, em frente dos Paços do Concelho.

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ado

Artistas Unidos encerram festaOs Artistas Unidos encer-ram a XVI Festa do Teatro com “Punk Rock”, peça que conta a história de um grupo de alunos que está a fazer um exame e algo de surpreendente acontece. Forum Luísa Todi, Setúbal • 22 horas.

Temos convites para oferecer aos leitores para assistirem à nova revista de Filipe La Feria, “Portugal à Garga-lhada”, em cena no Politeama, em Lisboa. Marina Mota, Maria João Abreu, Joaquim Monchique, José Rapo-so, Paula Sá e Ricardo Soler são os cabeças de cartaz desta revista. Ligue 918 047 918 ou 969 431 085.

Castings procuram talentos para passerelle

SEIS ANOS depois de ter acolhido o primeiro festival Aqui Há Jazz!, a Fortaleza de Santiago, em Sesimbra, volta a ser o palco principal da ini-ciativa.

Nesta 5.ª edição, o programa apresenta nomes consagrados do jazz nacional, como Maria Viana e Maria Anadon, e dá destaque espe-cial aos músicos sesimbrenses. Nuno Reis, com o grupo L’Escargot, o pia-nista Mário Oliveira e Luís Taklin atuam na primeira noite do festival, que acontece nos vários espaços do monumento.

No dia 12 vai ouvir-se a música da Bota Big Band, Do Dat Dixie e Gru-po de Metais de Lisboa. O terceiro dia abre com o Trio de Jazz da Aca-demia de Música de Almada e en-

cerra com Maria Viana, uma das maiores intérpretes nacionais do jazz vocal, com mais de 30 anos de carreira.

Na última noite, o público vai po-der assistir aos concertos do Jazz Trio Feet, de Valter Rolo, acompa-nhado pela voz de Vânia Fernandes, e de Maria Anadon, que tem atuado

um pouco por todo o mundo.O festival Aqui Há Jazz! apresen-

ta ainda animação para crianças, pela Anacruza Big Band, no domingo, às 17 horas, no Largo da Marinha, e a exposição Sand Forest, com fotogra-fias dos padrões que as marés dei-xam nos areais das praias de Sesim-bra. Patente até 28 de setembro.

Fortaleza volta a acolher o “Aqui Há Jazz!”

Os fados de Ana MouraA popular fadista Ana

Moura dá um concerto na tradicional Feira de Agosto,

em Grândola, um dos maio-res certames económicos a

Sul do Tejo.Parque de Feiras

e Exposições de Grândola

• 22 horas.

Mónica Sintra em Porto CovoA artista Mónica Sintra encerra as Festas em Honra de Nossa Senhora da Soledade, em Porto Covo, com um concerto seguido de fogo-de-artifício. Festas de Porto Covo • 22 horas.

Anjos relembram êxitosA banda do Seixal, os An-jos, dos irmãos Rosado, fecha com chave de ouro as Festas Populares de Corroios com um concer-to onde serão recordados os maiores sucessos do grupo. Parque Urbano da Qtª. Marialva, Seixal • 22 horas.

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POLÍTICA

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Demétrio Alves lidera Comissão Executiva Metropolitana

O ex-presidente da Câmara de Loures e reputado gestor público da região de Setúbal,

Demétrio Alves, é o novo líder da Comissão Executiva da Área Metro-politana de Lisboa (AML). A eleição, que ocorreu em finais de Junho, pôs fim a um «grande impasse» entre as forças autárquicas da região, provocado pelo ‘chumbo’, em Janeiro deste ano, da lista lide-rada por Maria da Luz Rosinha, que presidiu durante 16 anos à Câmara de Vila Franca de Xira.

Demétrio Alves, que foi indica-do pelo PCP, conta com dois outros secretários executivos, designada-mente João Pedro Domingues, ex--vereador do PS, em Loures, e Fili-

pe Miranda Ferreira, vereador do PSD na Câmara da Amadora.

A Comissão Executiva Metropo-litana, com responsabilidade de pro-por ao Governo os planos, progra-mas e projetos de investimentos na região, inclui ainda dois outros elementos oriun-dos da Península de Setú-bal, em lugares não exe-cutivos, Emanuel Costa, ligado ao PS do Montijo e Carlos Pi-canço dos Santos, ex-autarca da Moi-ta, eleito pela CDU.

O novo responsável, confes-

sou ao Semmais estar satisfeito com o desfecho de um processo eleitoral em que, na sua ótica, «não houve vencedores», e foi, à segun-da eleição, «consensual» e ratifi-cado pelas 18 assembleias muni-

cipais da região, onde se incluem as nove perten-centes à península de Se-túbal. «É muito positivo que os autarcas se te-

nham entendido no sentido de apresentar um proposta capaz de reunir um amplo consenso entre todas as forças políticas envolvi-

das», salientou Demétrio Alves.Para já, o grande objetivo da nova

Comissão é «tornar mais compreen-sível, legível e mais próximo das po-pulações o que é a AML, o que fa-zem e as responsabilidades dos seus órgãos diretivos». E, acrescenta De-métrio Alves, «preparar o trabalho com vista ao próximo quadro co-munitário de apoio», para que este, segundo diz, «possa ser potenciado no que diz respeito à aplicação das verbas em causa».

Neste quadro, explica o ges-tor, «é preciso ter cuidados para dar mais sentido à coesão territo-rial e social, procurando interrom-per o ciclo de divergência dos in-dicadores económicos entre a mar-gem norte e a margem sul do Tejo». Sobretudo porque os anteriores modelos de aplicação dos fundos «têm prejudicado» a simetria en-tre as duas sub-regiões.

Recorde-se que na origem das divergências iniciais esteve o fato de a CDU reclamar a presidência do Conselho Executivo, o órgão deliberativo da AML, composto pelos presidentes das 18 câmaras da região, e liderado por António Costa, presidente da Câmara de Lisboa. Isto, na sequência das úl-timas autárquicas, na qual a CDU foi a força política com mais câ-maras (nove), seguida do PS (seis), PSD (duas) e do independente Pau-lo Vistas, em Oeiras.

Impasse durava desde Janeiro com o ‘chumbo’ da candidatura da socialista Maria da Luz Rosinha

A lista encabeçada por Demétrio Alves conseguiu apoio das forças partidárias

DR

O PP de Sines acusa o município de não fa-zer cumprir a lei sobre as auto-caravanas. A estrutura lamenta que existam auto-ca-ravanas que «minam os diversos estacio-

namentos e locais perto das praias, em es-pecial no Porto Covo, visto que de acordo com a legislação em vigor, tal situação é considerado campismo selvagem».

A 38.ª Festa do Avante realiza-se de 5 a 7 de Setembro, na Quinta da Atalaia,no Seixal. A festa será marcada pelo 40.º aniversário do 25 de Abril, e valorizará a

luta dos trabalhadores e do povo contra a política de direita. Estará patente a ex-posição “Com a força do povo, os valo-res de Abril no futuro de Portugal”.

PP critica estacionamentos de autocaravanas Festa do Avante está a chegar à Qt. da Atalaia

Ex-autarca, muito ligado ao distrito, vai ter papel decisivo no planeamento estratégico da região onde se insere a península de Setúbal. E promete, para já, dar visibilidade à AML e reduzir fosso das assimetrias entre norte e sul do Tejo.

Raul Tavares

Luta pelo poder ‘rosa’ no distrito antecipa primáriasCERCA de três mil socialistas vão escolher, sexta-feira, a próxima lí-der da federação de Setúbal, num embate político que pode antecipar o desfecho das primárias na região, agendada para 28 de Setembro. E, pela primeira vez, duas mulheres as-sumem esse confronto: a atual pre-sidente, Madalena Alves Pereira, e a deputada Ana Catarina Mendes.

A questão central é que cada uma das candidatas representa a disputa nacional entre António José Seguro e António Costa, nas ‘pri-márias’ socialistas que deverá es-colher o próximo candidato a pri-meiro-ministro do partido da ‘rosa’,

com uma campanha eleitoral que se tem misturado em objetivos. «Esta disputa eleitoral para a fede-ração só começou a fazer sentido, após a entrada em cena de Antó-nio Costa. Não fosse as primárias e provavelmente have-ria apenas uma candida-ta», diz ao Semmais um dirigente socialista.

Madalena Alves Pe-reira, a atual presidente e a primeira a avançar na corrida para um novo mandato, confirma que «a campanha para a federação tem sido atravessada pela questão nacional» e admite que Catarina Mendes «não

avançaria» caso não estivesse em causa «a afirmação de um projeto nacional». E acrescenta: «Até por-que nos últimos dois anos foi uma militante discreta sobre a atividade federativa».

Ana Catarina Men-des, com quem o Sem-mais não conseguiu fa-lar até ao fecho da edi-ção, acentua a necessi-dade de se candidatar

com fortes críticas à liderança de madalena Alves Pereira, sobretu-do a questão das últimas eleições locais. “Logo nas primeiras autár-quicas dirigidas pela atual federa-

ção, não obstante o PS ter tido a ní-vel nacional a maior vitória de au-tarquias conquistadas, perdemos duas câmaras e a liderança da re-gião do Litoral Alentejano”, refere o seu manifesto eleitoral.

A ‘guerra’ de ganhos e perdas de atos eleitorais tem sido, afinal, o cerne da campanha, com Mada-lena Alves Pereira a reivindicar uma «forte recuperação» nas Eu-ropeias, nas quais afirma ter re-cuperado «dez mil dos 40 mil per-didos pelo seu antecessor». E Ca-tarina Mendes a exigir responsa-bilidades na gestão da líder em re-lações aos processos de Grândo-

la e Alcácer do Sal.Mas é mais certo é que a eleição

da próxima sexta-feira seja mesmo a antecâmara do que virá a seguir entre Seguro e Costa na região. «Será sempre uma medição desse con-fronto, uma vez que o distrito está muito dividido», lembra outro diri-gente socialista.

Por saber está a força dos sim-patizantes que também vão ser chamados no quadro das ‘pri-márias’, sendo que no distrito, até esta sexta-feira, estavam ins-critos cerca de 3500 eleitores não militantes, a terceira maior ade-são de todo o país.

Eleição «consensual» e sem «vencedores»

António José Seguro critica orçamento retificativo em Águas de Moura

O LÍDER do PS, António José Seguro, não espera surpresas na apresentação do Orçamen-to Retificativo. «Não vai haver surpresas porque o Governo aposta numa estratégia de em-pobrecimento do país», decla-rou Seguro.

O socialista falava quarta--feira aos jornalistas durante a visita à fábrica de tomate FIT, em Águas de Moura.

Na ocasião, o socialista afir-mou não esperar do retificativo «nenhuma surpresa diferente das más surpresas que o Gover-no tem apresentado em termos de estratégia orçamental».

«O nosso país, em vez de in-sistir, como o Governo preten-de, numa estratégia de empo-brecimento, isto é, de cortes ou de aumento de impostos, deve fazer o contrário: rigor e disci-plina orçamental e simultanea-mente criar condições para que a economia gere riqueza que há--de ser necessária para boa sus-tentabilidade das contas públi-cas», sublinhou.

Gestão autárquica da atual líder sob fogo cerrado

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DESPORTO

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Telma monteiro de prata no Mundial de Judo

Telma Monteiro conquistou, esta quarta-feira, na Rússia, a sua quarta medalha de prata

em Campeonatos do Mundo, onde já marcou presença por sete vezes.

Apesar de não ser favorita à vi-tória e de ter ficado num grupo bas-tante difícil no sorteio, a judoca do Benfica ultrapassou os vários obs-táculos e, no final, confessou que o dia tinha sido de «emoções fortes».

Na categoria de -57 Kg’s, a atle-ta portuguesa perdeu a final frente à japonesa Nae Udaka, num com-bate que foi decidido por ponto de ouro, após o empate registado du-rante o tempo regulamentar.

Na primeira fase da competição, Telma Monteiro derrotou Ratiba Ta-riket, da Argélia, Sevara Nishanbaye-va, do Cazaquistão e ainda a norte--americana Marti Malloy, uma das surpresas dos Olímpicos de Londres. O acesso à final foi garantido após uma vitória por “ippon”, em menos de três minutos, sobre a atleta Su-miya Dorjsure, daMongólia.

Esta foi a quinta medalha mun-dial conquistada pela atleta de 28 anos que se iniciou no judo no ano 2000 no Clube Construções Norte--Sul, de Almada. Telma Monteiro foi medalhada a primeira vez no Cam-peonato do Mundo de 2005, com bronze, e conquistou medalhas de prata em 2007, 2009 e 2010.

Após a conquista do título de vice-campeã do Mundo, Telma Monteiro agradeceu, através da sua página no facebook a todos aque-les que lhe enviaram mensagens de apoio, assim como aos treina-

dores e à sua equipa técnica. «Sei que não cheguei a este Cam-

peonato do Mundo como favorita (teoricamente) mas a verdade é que eu nunca quis ser favorita, sempre quis ser vencedora. E consegui. Um orgulho enorme representar o meu país desta forma» escreveu a atleta no seu mural adiantando que o re-sultado obtido foi fruto do trabalho realizado ao longo de um ano de trei-no e dedicação. «Só eu e as pessoas que trabalham comigo sabemos o que trabalhei para chegar ao topo mundial mais uma vez. Nunca dei-xei de acreditar, por isso não me per-mito pensar que não ganhei o ouro, ou ficar triste por isso. Dei o meu me-lhor sempre».

No final da prova foram notórias as lágrimas da atleta que confessa ter chorado de emoção. «Chorei, mas de emoção, de felicidade, por me lem-brar de tudo o que passei até aqui, nunca de tristeza. Ganhei a quinta me-dalha em Campeonatos do Mundo, e é a quarta vez que fui vice-campeã mundial. Estou orgulhosa, feliz e agra-decida por tudo!»

Equipa vitoriana em Espinho

Muito boa a ideia do Spor-ting Clube de Portugal ao homenagear as ines-

quecíveis figuras dos “5 Violinos”, craques de nomeada na 2.ª década dos já distantes anos 40 – Jesus Correia, Vasques, Peyroteu, Travaços e Albano.

No dealbar de Agosto, no Es-tádio de Alvalade, cumpriu-se a 3.ª edição do troféu “5 Violinos”, com o Sporting a defrontar a Lázio de Roma, conseguindo terceiro su-cesso consecutivo (2-2- em 90 mi-nutos e 4-2 em ‘penalties’). Tudo bem, digno de aplauso. Mas… há sempre algum motivo para reti-cências e passo a explicar porquê.

A bem pensada homenagem ao quinteto de campeões levou ao estádio perto de 32 mil espec-tadores. Bem engalanado, Alva-lade viveu uma noite de natural euforia, onde não faltou um pai-nel gigante com a pose dos “vio-linos” com o seu clássico equi-pamento – verde e branco “per--omnia”.

E foi com as camisolas listra-das que há mais de 60 anos (!!) que o Sporting se apresentou frente à bem cotada equipa da Lázio, de Roma. Outra coisa não seria de es-perar e, manifestamente, o públi-co gostou da evocação.

Todavia, ao intervalo, às or-dens de um poder publicitário que nos pareceu tão descabido quan-to desagradável, o Sporting tro-

cou as camisolas evocativas dos “5 Violinos” por berrante equipa-mento amarelo, do tipo gema d’ovo, uma mal cuidada desconsidera-ção para os homenageados, ali re-presentados por diversos entes fa-miliares.

Que triste ideia, sob nefasta pressão dos cifrões de “marketing”!

Os atacantes leoninos de há 6 décadas nunca equiparam de ama-relo e nada justificava a mudança operada nos segundos 45 minu-tos de Alvalade.

Não houve bom senso nem sensibilidade homenageante. A força hercúlea do comercialismo arrasou completamente o culto da tradição.

Essas “jogadas” de equipamen-tos optativos para fazer receita ex-tras vão sendo vulgares na maio-ria dos clubes.

Mas na bem preparada festa dos “5 Violinos” devia ter havido mais respeito pelo simbolismo do verde e branco.

E assim, de amarelo, fazendo lembrar ‘gema de ovo’, não se nos afigurou tão saboroso quanto de-via ser essa “omelete” que desgos-taria, de certeza, gente da estirpe de Jesus Correia, Vasques, Peyro-teu, Travaços e Albano.

Lamentável — a não se repe-tir…

David SequerraColaborador

Violinos e gemas d’ovo

Vitória luta pelo título de Campeão Nacional de Futebol de PraiaO VITÓRIA de Setúbal é a única equipa do distrito representada na segunda fase do campeonato nacional de futebol de praia, que se disputa desde quinta-feira e até domingo, no estádio da praia da Baía, em Espinho.

As formações do Sesimbra e da Charneca de Caparica, ape-sar de boas prestações na fase de apuramento não consegui-rem o desejado lugar na final para discutir o título nacional.

Os vitorianos, na derradeira jornada da Zona Sul, triunfaram diante do praia de Milfontes, e com isso alcançaram o 2.º lugar da classificação, atrás do Spor-ting, garantindo a par dos ‘leões’,

o acesso à fase final.No calendário deste fim-de-

-semana, o Vitória defronta o Spor-ting, às 17h30, integrado no Gru-po A, onde se encontram também as equipas do Belenenses e do Lei-xões. Domingo, disputam-se os jo-gos de atribuição de 3º e 4º luga-res, às 13 horas, e a final marcada para as 14h15 horas.

22 equipas disputam Taça da Associação de Futebol de SetúbalA EDIÇÃO da Taça da Associa-ção de Futebol de Setúbal, em fu-tebol sénior, vai contar com a par-ticipação de 22 equipas. Para além das dezasseis formações que vão representar o campeonato da I divisão distrital somam-se ain-da as seis equipas que vão mili-tar no campeonato da II divisão.

A competição começa a dis-

putar-se no próximo dia 14 de Setembro, com a realização da primeira jornada da Fase de Gru-pos. A final da prova, que vai atri-buir o prestigiado troféu ao ven-cedor e a garantia de um lugar na edição 2015/16 da Taça de Portugal, está marcada para o dia 7 de Junho de 2015.

A prova vai disputar-se em

quatro séries e a fase de grupos decorre até dia 12 de Outubro, ao longo de cinco jornadas.

O sorteio dos jogos teve lu-gar no dia 25 de Agosto, altura em que também se ficaram a co-nhecer os calendários das vá-rias competições organizadas pela Associação de Futebol de Setúbal.

A atleta Ana Cachola foi eliminada no pri-meiro e único combate que disputou na categoria de -63kgs nos mundiais de judo que decorrem em Chelyabinsk, na Rússia,

perdendo para a campeã mundial em tí-tulo. Depois de ter ficado isenta na primei-ra ronda, a judoca do Vitória de Setúbal foi derrotada pela israelita Yarden Gerbi.

O Vitória de Setúbal recebe na próxima jornada da I Liga, a quarta, o Benfica. O Bonfim volta assim a ser palco das emo-ções fortes do futebol numa partida que

assegura, normalmente, uma boa moldu-ra humana nas bancadas. O Benfica é o primeiro dos “grandes” a visitar o terreno dos sadinos logo após o derby lisboeta.

Ana Cachola “cai” ao primeiro combate Jogo grande no Bonfim na próxima jornada

Carreira de brilho e medalhada2003 Medalha de Bronze Campeo-nato da Europa Juniores(cat. -52kg) – Sarajevo 2004 Campeã da Europa Juniores (cat. -52kg) – SófiaMedalha de Bronze Campeonato do Mun-do Juniores (cat. -52kg) – BudapesteMedalha de Bronze Campeonato da Eu-ropa Séniores (cat. -52kg) – Bucareste9º Lugar Jogos Olímpicos de Atenas (cat. -52kg)2005 Vice Campeã da EuropaSub 23 (cat. -52kg) – KievMedalha de Bronze Campeonato Eu-ropa Séniores (cat. -52kg) – RoterdãoMedalha de Bronze Campeonato do Mundo Séniores (cat. -52kg) – Cairo2006 Campeã Europa Sub-23(cat. -52kg)Campeã Europa Séniores (cat. -52kg)2007 Campeã Europa Séniores(cat. -52kg) – BelgradoVice-Campeã do Mundo Séniores(cat. -52kg) v Rio de Janeiro20089º Jogos Olímpicos (cat. -52kg)2009 Campeã Europa Séniores(cat. -57kg) – GeórgiaVice-Campeã do Mundo Séniores(cat. -57kg) – Roterdão2010 Medalha Bronze Campeonato Europa Séniores (cat. -57kg) – VienaVice-Campeã do Mundo (cat. -57kg) Tóquio2011 Vice-Campeã da Europa(cat. -57kg) – Turquia2012Campeã da Europa(cat. -57kg) – Chelyabinsk2013Medalha Bronze Campeonato Euro-pa Séniores (cat. -57kg) – BudapesteCampeã da Europa Universitária(cat. -57kg) – Coimbra2014Medalha de Bronze Campeonatoda Europa Séniores (cat. -57kg) – Mon-tpellier

A judoca de Almada regressou em grande forma e só perdeu o ouro por decisão do árbitro

Marta David

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DR

NEGÓCIOS

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Contentores colocam Porto de Sinesno topo do mundo

Os recordes batidos o ano passado pelo porto de Sines valeram uma importante

cotação a nível internacional, com o trunfo de ter sido a plataforma portuária que mais cresceu no segmento de contentores no mercado mundial, registando um aumento de movimentos na ordem dos 68 por cento.

Esta performance le-vou o Porto de Sines a entrar pela primeira vez na lista dos 120 maio-res portos do setor do anuário “World Top Container Ports”, uma das principais revis-tas especializadas neste nicho.

De acordo com a publicação, especializada em ‘Container Ma-nagement”, e na sequência dos resultados portuários mundiais referentes a 2013, o porto de Si-nes assumiu a 115.º posição.

O anuário salienta as expec-

tativas de uma subida para lá do atual 115.º, aludindo às obras de ampliação que estão a ser leva-das a efeito no Terminal XXI. A mesma revista refere também a futura ligação ferroviária a Ma-drid, prevista para os próximos anos, como outro trunfo para melhorar ainda mais as perfor-mances do porto sineense.

Recorde-se que a plataforma portuária de Sines encerrou o

ano passado com uma movimentação de 931.036 TEUS (medi-da-padrão internacio-nal equivalente a con-tentores com 20 pés de

comprimento), à frente dos por-tos de Hakata (Japão), Valparaí-so (Chile), Khalifa Port (Emira-tos Árabes Unidos), Miami (Es-tados Unidos da América) ou Mombaça (Quénia).

O ranking mundial dos por-tos no segmento de contentores é dominado pela China, com sete portos incluídos no ‘Top tem’.

Plataforma portuária da região foi a que mais cresceu contentores a nível mundial em 2013

Um crescimento de 68 por cento guindou o porto a uma entrada direta na lista dos 120 maiores portos no segmento de contentores. A distinção foi plasmada na revista internacional mais reputada neste setor.

Anabela Ventura ACISTDSem Moçambique para intercâmbio associativo e incrementar negóciosUMA comitiva da Associação do Comércio, Indústria, Serviços e Tu-rismo do Distrito de Setúbal (ACIS-TDS), liderada pelo presidente Fran-cisco Carriço, participou numa vi-sita oficial a Moçambique, em con-junto com a Associação Empre-sarial, Comercial e Industrial de Vila Nova de Gaia e a Casa de Mo-çambique em Portugal.

Com o objetivo de ampliar as relações comerciais entre Portu-gal e aquele país africano de ex-pressão lusófona, a comitiva pre-parou também a Primeira Feira Vi-nícola, promovida pelo distrito de Setúbal e pelo concelho de Vila Nova de Gaia, em Moçambique,

com o envolvimento das empre-sas portuguesas do setor. A for-malização de parcerias em Mapu-to e na Província de Gaza, para a promoção da internacionalização e intercâmbio associativo, foi ou-tro dos objetivos.

Termina este sábado, em Sesimbra, às 18 horas, o 1.º Sunset Parties Vinhos do Alen-tejo que visa dar a conhecer os vinhos da-quela região. Com estes eventos, a CVRA

pretendeu apostar no convívio, afastando--se dos tradicionais eventos gastronómi-cos e notas de provas que normalmente es-tão associados ao consumo desta bebida.

O carapau manteiga continua em desta-que, até ao dia 7 de setembro, em 70 res-taurantes do concelho. Durante a quinze-na do Festival do Carapau Manteiga de Se-

túbal, os estabelecimentos de restauração apresentam ementas que incluem pratos confecionados com esta variedade de pei-xe, pescado ao largo da cidade de Setúbal.

Vinhos do Alentejo animam Sesimbra Festival do Carapau Manteiga de Setúbal

Novo pórtico é mais uma ferramenta para aumentar capacidade de movimentação da plataforma de Sines

Terminal XXI já funciona com 7.º Pórtico no cais

O Terminal XXI, responsável pelo excelente crescimento no segmento de contentores, com obras ainda em curso, já dis-põe do 7.º pórtico de cais, em posição de operação.

Com dimensões para ope-rar os ULCV – Ultra Large Con-tainer Vessel, o pórtico super post-panamax vai iniciar os tes-tes de aceitação e entrará em funcionamento a curto prazo.

Esta geração de pórticos tem um alcance útil de lança de 70 metros, o que permite operar até 24 filas de contentores a bor-do dos navios. Em operação tem de altura 90 metros acima do cais e 133 metros em posição de estacionamento.

Entretanto, a PSA Sines já iniciou a construção do 8º pór-tico na zona de parque, à qual se seguirá a posterior movi-mentação para o cais.

O porto ocupa a 115.ª posição no ranking internacional

Adega de Pegões distinguida com prémio “Melhor dos grandes produtores” A ADEGA de Pegões, sedeada no concelho do Montijo, acaba de conquistar o prémio de “Me-lhor Produtor e vinho”, acima de 25 hectares, no “Portugal Wine Trophy”, que decorreu pela pri-meira vez em Portugal. Foi or-ganizado pela Deutsche Wein Marketing GmbH, sob supervi-são da Organização Internacio-nal da Vinha e do Vinho, e o apoio da Quinta da Boeira, em Vila Nova de Gaia, onde decorreu o concurso.

O painel de júris incluía 50 especialistas internacionais e foi presidido pelo português Bian-chi de Aguiar. O concurso rece-beu cerca de mil vinhos de 21 paí-ses e a Adega de Pegões foi a em-presa portuguesa mais distin-guida com cinco medalhas de Ouro e quatro de prata.

Nos “ouros”, destaca-se o “Adega de Pegões Syrah” ou o “Adega de Pegões Touriga Na-cional” ou o “Adega de Pegões Cabernet Sauvignon”, vinhos que se encontram a venda por todo o Portugal, mas também vinhos de exportação como são os ca-sos dos vinhos “Portinho do Covo tinto”, que vende para Inglater-

ra, ou o vinho “Quinta Estrela branco”, que está disponível na Alemanha.

Nas “pratas”, é de realçar o “Adega de Pegões, colheita sele-cionada branco”, e o “Adega de Pe-gões Arinto/Chardonnay”, à ven-da por cá, e o Portinho do Covo, Rose e Branco, comercializado em Inglaterra.

Jaime Quendera, o enólogo de serviço da casa, refere que «2014 é o melhor ano de sempre da Adega de Pegões, até ao mo-mento, uma vez que já ganhou mais de 130 prémios nos maio-res e mais prestigiados concur-sos nacionais e internacionais de vinho, sendo que 35 foram medalhas de ouro».

Adega em alta no estrangeiro

DR

Francisco Carriço

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A Adega Malo Tojo, de Azeitão, e que outrora já se designou de Quinta de Catralvos, continua

a apostar na internacionalização dos seus vinhos de qualidade. De há cinco anos a esta parte que a empresa tem notado uma evolução no negócio. O prestígio interna-cional de Paulo Malo, reputado cirurgião-dentista/empresário, veio trazer à adega novo fôlego às exportações que já rondam os 40 por cento.

Manuel Beatriz, um dos sócios gerentes, refere que dada a satura-da conjuntura do mercado dos vi-nhos a nível nacional, fez todo o sen-tido «apostar cada vez mais na ex-portação, porque o mercado inter-no está deprimido». E foi com o ob-jectivo de uma maior internaciona-lização dos vinhos da adega, que nas-ceu a Malo Tojo. «Desde 2009 que o

dentista/empresário Paulo Malo, bastante conhecido no estrangeiro, se juntou ao nosso projecto que des-de sempre apostou na qualidade dos seus vinhos. Aproveitámos o seu prestígio internacional para refor-çar a nossa aposta na exportação».

A adega exporta os seus vinhos para Angola, Moçambique, S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Chile, Fran-ça, Alemanha, Suíça, Bélgica, Brasil, Suécia, Estados Unidos e para alguns países da ex-União Soviética. «Ain-da não estamos em todos os países onde Paulo Malo tem os seus pro-jectos mas queremos alargar a ver-tente internacional», vinca Manuel Beatriz, que não deixa de sublinhar que «a relação qualidade/preço é mais visível no mercado externo do que no interno».

A Malo Tojo produz cerca de 500 mil litros de vinho por ano e a fatu-ração situa-se nos 2 milhões de eu-ros. O moscatel roxo, que continua a estagiar, deverá ser lançado no iní-

cio do próximo ano para se tornar «uma referência muito importante no mercado», diz o enólogo.

O projeto Malo Tojo abarca as actividades da produção de vinhos, um salão para a realização de even-tos, com capacidade para 500 pes-soas, e o turismo rural, o que faz da empresa uma referência na Penín-sula na área do Enoturismo. Com 5 quartos em Azeitão e 10 no Monte da Charca, em Canha, a Malo Tojo dispõe de 22 hectares de castas bran-cas em Azeitão e 55 em Canha de castas tintas.

Com 18 postos de trabalho per-manentes, a Malo Tojo tem como

principais marcas de vinho a Malo Platinium, Malo Tojo e Malo Mos-catel com as quais se produzem vi-nhos brancos, tintos, rosé e mosca-tel de Setúbal, os quais podem ser encontrados na loja da adega e nas grandes superfícies comerciais.

Com grande respeito pelo am-biente e grande envolvente paisa-gística, a Malo Tojo monitoriza e con-trola as várias fases do ciclo produ-tivo, desde a uva à garrafa, para que se seja produzido vinho de alta qua-lidade. «Utilizamos técnicas e pro-dutos não agressivos para o meio ambiente», refere o director-geral Helder Galante.

António Luís

MALO TOJO reforça exportação dos seus vinhos de excelência

Pub.

Medalhas fazem crescer as vendas

Este ano a empresa já con-quistou doze medalhas em concursos nacionais e inter-nacionais com os seus vinhos de qualidade. «Selecciona-mos os concursos para estar-mos presentes nos melhores mundiais, nomeadamente em Bruxelas, Londres e França, e no da CVRPS, onde obte-mos todos os anos medalhas de ouro», frisa o enólogo Luís Simões.

Luís Simões realça que a gama de maior volume de vi-nhos é a Malo Tojo, onde se incluem os topos de gama Malo Platinus e os Malo Tojo colheitas. «Estes nossos vi-nhos conjugam as castas na-cionais com as internacionais. Fomos das primeiras empre-sas a trazer a casta Syrah para a região», acrescentando que a marca Lisa, a «mais antiga e mais medalhada» da casa, já é uma «referência no mer-cado», e está «sempre aten-ta» às preferências dos con-sumidores.

A empresa produz cerca de 500 mil litros por ano

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LOCAL

A beleza da Arrábida, os vinhos de Azeitão e a atividade azulejar são tesouros da região parti-

lhados no circuito “Setúbal Open Bus Tour”, que decorre em auto-carro panorâmico a decorrer todos os sábados, até 27 de Setembro. A visita inclui passagens pela Arrá-bida e visitas às Caves José Maria da Fonseca, com degustação de vinhos, e à fábrica Azulejos de Azeitão.

O passeio, com partida às 9h15, que dura quatro horas, é promovi-do pela TakingUThere, com as par-

cerias do município e dos TST,. O projeto reativado com reno-

vado figurino e parcerias, funciona como «um complemento ao varia-do leque de ofertas turísticas dispo-níveis na região», salientou a técni-ca do turismo, Ana Gomes.

A natureza, os vinhos e o patri-mónio cultural são «eixos estratégi-cos da promoção turística dinami-zada pela Câmara destacados nes-te passeio», sublinhou.

A técnica adiantou que o even-to «tem tido procura muito satisfa-tória».

O passeio em autocarro com vis-ta panorâmica junta-se a uma pa-nóplia de iniciativas que a Câmara dinamiza regularmente, ao longo do ano, nomeadamente com festivais gastronómicos, eventos vínicos, pas-seios de barco e uma feira de obser-vação de aves.

«Pelas características do territó-rio, do património e da própria iden-tidade, Setúbal tem potencial para promover, durante todo o ano, vá-rios pacotes turísticos e para diver-sos públicos», destacou a técnica, ao adiantar que o objetivo é «quebrar a sazonalidade» do turismo na re-gião.

A viagem custa 20 euros para adultos e 10 para crianças e jovens dos 2 aos 16 anos.

Montijo venera Nossa Senhora da Atalaia

Espadarte é rei nos restaurantes de Sesimbra

PRIMEIRO, nos lares e nas “lo-jas de companha”, ou armazéns dos pescadores, onde eram fre-quentes as “caldeiras”, termo que designava os almoços em grupo.

Depois, a sua variada utiliza-ção na cozinha levou-o a inte-grar as ementas dos restauran-tes, acompanhando o forte im-pulso turístico proporcionado pelo desenvolvimento da pesca desportiva a partir dos anos 50 do século XX.

Atualmente, a juntar às recei-tas mais tradicionais, como o es-padarte grelhado ou de cebola-da, com azeite, alho e louro, os apreciadores têm à sua disposi-ção outras opções mais ou me-nos elaboradas, mas que preser-vam o sabor que o torna tão es-pecial.

Para divulgar o Espadarte e a sua ligação à vila, o município sesimbrense lançou em 2007 a semana gastronómica dedicada a esta espécie. Em setembro pró-ximo, tal como tem acontecido nos últimos sete anos, o Espa-darte volta a ter atenção espe-cial nas ementas dos vários res-taurantes da terra.

AS FESTAS em Honra da N.ª Srª. da Atalaia, no Montijo, com roma-ria religiosa que remonta ao sé-culo XVI, continuam a decorrer até 1 de setembro. O programa in-clui música, mostra de atividades e largada de touros.

A santa é venerada pelos círios de Quinta do Anjo, Carregueira, Olhos d’Água (Palmela), Azóia (Se-simbra) e Jardia (Montijo).

Esta romaria teve início numa promessa feita em 1507, devido à pes-te que se alastrou na capital, e cuja peregrinação, iniciada pelos empre-gados da Alfândega de Lisboa, che-gou mesmo a ter trinta círios.

Este domingo, todos os círios participam na procissão coletiva. À noite procede-se à “Arremata-ção das Bandeiras” que simboli-za promessas a cumprir.

DR

Provar o vinho e contemplar o património e as paisagens de Setúbal, da Arrábida e de Azeitão são o mote para os passeios em autocarro.

As tradições religiosas e as cavalhadas à antiga portuguesa marcam a festa de N.ª Sr.ª da Saúde, que decorre em Vila Fresca de Azeitão entre os dias 5 e 7 de

setembro. A festividade religiosa, com origem em 1723, decorre junto da Igreja de S. Simão. Missa, procissão, bailes e concertos fazem parte da programação.

Os passeios pelo Tejo a bordo do varino municipal “O Boa Viagem” continuam a proporcionar aos participantes a opor-tunidade de conhecer o concelho da Moi-

ta e os concelhos limítrofes. Os próximos passeios estão marcados para 2, 4, 11, 26 de setembro, com partida do Cais da Moi-ta. Os passeios terminam em outubro.

Azeitão revive festas tradicionais Passeios no varino “Boa Viagem”

Devido à falta de interesse de peradores, o “Setúbal Open Bus Tour” parou durante 3 anos

Participantes aproveitam a oportunidade para captar imagens

Feira de Agosto promove potencialidades de Grândola

ATÉ AO dia 1 de Setembro pros-segue, no parque de feiras e ex-posições, a tradicional Feira de Agosto, que pretende ser uma montra das potencialidades e recursos do concelho.

Em destaque está a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), acerca do qual se podem obter to-das as informações e esclareci-mentos no stand do município, a política agrícola e florestal com a realização do colóquio “Futuros Apoios Financeiros à Agricultura PAC 2015-2020” e a apresentação da nova imagem de promoção do concelho.

O certame não esquece o pas-sado e apresenta este ano uma mostra de peças das reservas mu-seológicas da Casa Frayões Me-tello, com peças de natureza et-nográfica representativas da vida rural e urbana no concelho na pri-meira metade do Séc. XX, ilustra-das com fotografias da coleção Martins & Máximo e cedidas por particulares.

Até 1 de Setembro, uma das maiores feiras do País dá a conhe-cer os encantos do litoral alente-jano nos diversos espaços que se

encontram instalados no grande recinto: Zona de Expositores, Zona de Artesanato, Jardim das Asso-ciações e Produtos Regionais, Fei-ra Franca com zona de divertimen-tos, e a Zona das Tasquinhas, es-paço irresistível para descobrir as delícias da comida tradicional alen-tejana.

A corrida de toiros, com os ca-valeiros João Moura, Joaquim Bas-tinhas, Sónia Matias, o 18.º Festi-val Hípico, além dos concertos, fa-zem parte da programação.

Durante todo o certame, estão disponíveis, gratuitamente, os “Comboios da Feira”, que efetuam o trajeto entre o evento e os vários pontos da vila.

DR

Grandes enchentes de público

Procissão é ponto alto das festas

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Setúbal dá a conhecer aos turistas as belezas, sabores e saberes do concelho

Sines lança concurso de fotografia sobre amamentação

PARA assinalar as comemorações da Semana Mundial da Amamen-tação, a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano e a sua Uni-dade de Cuidados na Comunida-de de Sines, em parceria com a Câ-mara Municipal de Sines, lançam o concurso de fotografia “Momen-tos de Amamentação”.As fotografias devem resultar de mo-mentos de amamentação que enfa-tizem o slogan comemorativo que a World Alliance for Breastfeeding Action (WABA) definiu para 2014: “Amamentação: Um ganho para toda vida!”. Os vencedores serão conhe-cidos a 9 de outubro, pelas 18 horas, na cafetaria do Centro de Artes de Sines. Esta iniciativa também se in-sere nas comemo-rações do 35.º ani-versário do Ser-viço Nacional de Saúde.

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Palmela recebe feira medieval no CasteloENTRE 26 e 28 de setembro, Palme-la vai reviver grandes momentos da sua história. A feira medieval vai tra-zer animação ao castelo e ao centro histórico, com bailes e danças, jogos tradicionais, falcoaria, armas e tor-neios, com os petiscos e sabores da época, uma ceia medieval, além de desfiles temáticos e artes de rua. A comunidade e associações locais marcarão presença nesta iniciativa

que pretende contribuir para a me-lhor compreensão e vivência do pa-trimónio cultural.

O vereador Luís Calha realça as «condições ímpares que a vila e o castelo oferecem para a realização deste evento, pelo seu cenário na-tural e património histórico», ante-vendo «um forte envolvimento da comunidade local neste episódio de reconstituição histórica».

Barreiro cativa jovens para passe nos autocarros da cidade

A CAMPANHA de promoção do passe jovem dos Transportes Co-letivos do Barreiro foi prolonga-da até 30 de maio de 2015. Esta cam-panha consiste na atribuição de um voucher de 5,5 euros por uten-te do passe jovem no momento de aquisição do título, que lhe permi-te descontar este valor na compra seguinte do referido passe.

«Durante o período escolar de 2014, foram vendidos mensalmen-te, em média, 800 títulos passe jo-vem, o que comparativamente com igual período de 2013, em que fo-ram vendidos mensalmente 475 títulos em média, significa um au-mento de 68,4 por cento de uten-tes com esta tipologia de título», refere fonte do município.

Alcácer cuida dos espaços públicos de Rio de Moinhos

Trânsito condicionado em AlmadaA PAVIMENTAÇÃO de vias, en-tre outro tipo de melhorias, está a condicionar o acesso a auto-mobilistas a várias ruas de Aroei-ra. As obras, segundo fonte do município, deverão durar cerca de quatro meses.

As obras abrangem a Av. D. Afonso Henriques (entre a Av. Sacadura Cabral e a Av. Pedro Álvares Cabral) e troços da Av. Pedro Álvares Cabral e da Av. do Mar.

Esta intervenção surge no âm-bito da Estratégia de Infraestru-turação da Aroeira, na freguesia da Charneca de Caparica, leva-da a cabo pela Câmara Munici-pal de Almada.

Desde o passado dia 25 de agosto que o trânsito está con-dicionado nestes locais, mas, o município criou percursos alter-nativos.

A JUNTA de Freguesia do Tor-rão em parceria com a Câmara Municipal de Alcácer do Sal está a desenvolver uma intervenção de pintura de espaços públicos na aldeia de Rio de Moinhos. Nos dias 21 e 22 de agosto foram efe-tuadas pinturas na igreja de S. Romão e no cemitério. A inter-venção prossegue esta semana com a pintura de espaços do jar-dim, nos sanitários públicos e nos apartados.

Mais uma intervenção com o apoio da autarquia para me-lhoria e limpeza assim como ma-nutenção do concelho.

Recorde-se que no passado dia 2 de agosto realizou-se uma intervenção de limpeza e ma-nutenção na freguesia da Com-porta.

Moita apresenta festas tradicionais

Polícia Marítima apreende material em praia de Alcochete

AS FESTAS em honra de Nossa Srª da Boa Viagem estão a chegar. É já entre 12 e 21 de setembro que a Moita recebe as suas festas po-pulares que, anualmente, atraem milhares de visitantes pelas suas tradições ligadas à festa brava e ao rio. O programa deste ano é apresentado este sábado, às 21h45, no Largo do Cais.

Além da apresentação do pro-grama, a iniciativa contar com momentos de grande animação e convívio, com a arruada com a Charanga Huga-Huga do Rosá-rio; largada de toiros e baile com o grupo musical Steel. No local está também à venda o progra-ma e a t-shirt oficial das festas deste ano.

A POLÍCIA Marítima, no cumpri-mento de um mandado de busca e apreensão realizado na passa-da quarta-feira, dia 27, na Praia do Samouco, em Alcochete, apreendeu três motores fora de borda, sendo um furtado, três ar-mas com seis munições de cali-bre 6,35 mm, 440 quilos de amei-jôa japonesa, dezanove berbigoei-ros e uma balança.

Nesta operação estiveram em-penhados vinte elementos da Po- Material apreendido pela PM

UMA PROSPECÇÃO pictórica rea-lizada esta semana na abóbada da capela-mor da igreja da Miseri-córdia de Alvalade, confirmou o que alguns técnicos há muito des-confiavam e produziu aquele que poderá ser um dos achados mais importantes e espectaculares dos últimos anos no património his-tórico alvaladense.

A mão e a mestria da conser-vadora e restauradora de arte Car-la de Freitas, ao serviço do muni-cípio, colocou a descoberto peque-nos sectores de uma pintura a fres-co que se prevê cobrir integral-mente a abóbada da antiga igreja da Misericórdia e que terá estado, durante muito tempo, coberta e escondida por várias camadas de cal. Aparentemente em excelente estado de conservação, esta pin-tura mural a fresco, cujo valor ain-da não é conhecido, pode ser mais um importante motivo de visita turística e cultural para Alvalade e para o núcleo museológico pre-visto para aquele espaço.

PARA JÁ, a prospecção colocou a descoberto três anjos de uma com-posição pictórica que ocupará toda a abóbada do templo quinhentista alvaladense que só uma interven-ção mais profunda de resgate, es-tudo e datação permitirá conhecer melhor, sabendo-se, contudo, que e pintura mural no Alentejo conhe-ceu o seu ponto criativo mais alto nos fins do século 16 e na primeira

metade do século 17. A um mês das festas do foral, a pintura a fresco agora descoberta pode valorizar o evento e ser um local de visita obri-gatória para os turistas e visitantes do “Alvalade Medieval”, e no futu-ro contribuir, também, para inte-grar a freguesia numa qualquer rota do património do Litoral Alenteja-no e, eventualmente, nas rotas do fresco do Alentejo.

DR

Tesouro artístico descoberto em igreja de Santiago

Em Alvalade foi descoberto um dos mais importantes achados históricos

Seixal com iluminação mais eficiente A EDP Distribuição está a avan-çar, no concelho, o programa Eficiência Energética, no âm-bito do qual serão montadas, só este ano, cerca de 5 mil no-vas luminárias.

O programa, com o qual a autarquia pretende alcançar poupanças significativas e um maior índice de eficiência ener-gética na iluminação pública, envolve a substituição de lu-minárias de 80W de vapor de mercúrio por outras de 50W de sódio de alta pressão.

No centro histórico do Sei-xal, além de em várias fregue-sias, serão substituídas por LED perto de setecentas lu-minárias de 70W, sódio. Até meados de 2015 serão, ainda, trocadas outras cerca de 1 300 luminárias, pelo que este pro-grama totalizará as 6300 ope-rações.

lícia Marítima do Comando Local de Lisboa e cinco viaturas.

DR

INICIATIVAS

Artesanatoem PegõesEste sábado, das 9 às 17 horas, realiza-se a 1.ª feira de artesa-nato, velharias e roupa usada, em Pegões, com a envolvência de, entre outros, artesãos, asso-ciações e colectividades do con-celho. A organização está a car-go de Carmem Lourenço, uma jovem que pretende criar um local que contribua para a di-namização social e económica.

Feira do mel em Sesimbra Até domingo, o castelo de Se-simbra acolhe a ZimbraMel – Feira do Mel da Península de Setúbal. Trata-se de uma das mais importantes feiras do gé-nero realizadas em Portugal, onde se transacionam, nor-malmente, cerca de seis mil quilos de mel.

Rota do estilo manuelinoMais uma Rota do Manuelino, promovida pelo município, no âmbito das Comemorações dos 500 Anos do Foral de Alhos Ve-dros, está marcada para este sá-bado, às 14h30. Os participan-tes vão descobrir o património de estilo manuelino existente no antigo concelho de Alhos Ve-dros, que engloba os atuais con-celhos da Moita e Barreiro.

Mouriscasem festaGastronomia, música, bailes, concursos, artesanato, jogos e danças tradicionais são atra-tivos da 15.ª Festa do Moinho de Maré da Mourisca, que de-corre até este domingo, em Setúbal. A qualidade dos pro-dutos da região está em evi-dência nos concursos de gas-tronomia, de doçaria e de li-cores que se realizam ao lon-go dos três dias.

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