Semmais 31 mai

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Sexta | 31 maio 2014 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 813 • 7.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA 6 1 anos A REGIÃO SOMOS TODOS NÓS edição especial comemorativa Pub. A Casa do Peixe vive para as crianças. Vinhos de excelência e gastronomia colo- caram "Setúbal à prova" Negócios A iniciativa "Setúbal à prova", ocorrida na Escola de Hote- laria sadina, mostrou a força e o potencial dos vinhos da Península de Setúbal. A rica gastronomia da região também marcou presença. Mas os visitantes não encheram as medidas. PÁG. 14 Vitória de Setúbal ganha força com escola de velocistas Desporto O clube sadino, pelas mãos de Fernando Ferreira, está a recuperar a modalidade que em tempos brilhou bem alto. Duas dezenas de jovens atletas já estão a dar cartas com várias marcas de grande valia. E alguns já são cobi- çados pelos grandes clubes de Lisboa. PÁG. 15 O novo crime que atinge os comboios do distrito ATUAL No último mês foram furtadas 68 caixas de impedância que contêm o software de controlo da sinalização e mudança de linha dos comboios. As autoridades estão preocupadas, já fizeram detenções e suspeitam de crime organizado. A Refer conta os prejuízos. PÁG. 5 Mares da região vão estar esta época balnear mais perigosos ATUAL Os nadadores-salvadores estão a identificar agueiros peri- gosos formados por causa do rigor do último Inverno. E querem mais placas de sinalização. As zonas de maior alerta são a Costa de Capa- rica e Litoral Alentejano. PÁG. 4 Política 8 e 9 Os resultados no distrito nas eleições de domingo para o Parlamento Europeu Local 10 Ruínas de Grândola recebem estudantes de arqueologia Cultura 9 Dancexpert Project vão à "Gala 25 de Abril" no Fórum Cultural do Seixal Fotos: DR Região perdeu sete bebés por cada cem mulheres O distrito está no fundo no que diz respeito ao índice de fecundidade sintética, que mede a renovação geracional. Em três anos a região viu nascer menos 1829 crianças. ABERTURA PÁG. 2 As crianças são o melhor do mundo. Pub.

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Semmais 31 maio 2014

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Sexta | 31 maio 2014 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 813 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

61anos

A REGIÃOSOMOSTODOSNÓSedição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

Pub.

A Casa do Peixe vive para as crianças.

Vinhos de excelência e gastronomia colo-caram "Setúbal à prova"Negócios A iniciativa "Setúbal à prova", ocorrida na Escola de Hote-laria sadina, mostrou a força e o potencial dos vinhos da Península de Setúbal. A rica gastronomia da região também marcou presença. Mas os visitantes não encheram as medidas.

PÁG. 14

Vitória de Setúbal ganha força com escola de velocistas Desporto O clube sadino, pelas mãos de Fernando Ferreira, está a recuperar a modalidade que em tempos brilhou bem alto. Duas dezenas de jovens atletas já estão a dar cartas com várias marcas de grande valia. E alguns já são cobi-çados pelos g r a n d e s clubes de Lisboa.

PÁG. 15

O novo crime que atinge os comboios do distritoATUAL No último mês foram furtadas 68 caixas de impedância que contêm o software de controlo da sinalização e mudança de linha dos comboios. As autoridades estão preocupadas, já fizeram detenções e suspeitam de crime organizado. A Refer conta os prejuízos.

PÁG. 5

Mares da região vão estar esta época balnear mais perigososATUAL Os nadadores-salvadores estão a identificar agueiros peri-gosos formados por causa do rigor do último Inverno. E querem mais placas de sinalização. As zonas de maior alerta são a Costa de Capa-rica e Litoral Alentejano.

PÁG. 4

Política 8 e 9Os resultados no distrito nas eleições de domingo para o Parlamento Europeu

Local 10Ruínas de Grândola recebem estudantes de arqueologia

Cultura 9Dancexpert Project vão à "Gala 25 de Abril" no Fórum Culturaldo Seixal

Fotos: DR

Região perdeusete bebéspor cadacem mulheresO distrito está no fundo no que diz respeito ao índice de fecundidade sintética, que mede a renovação geracional. Em três anos a região viu nascer menos 1829 crianças.

ABERTURA PÁG. 2

As criançassão o melhor do mundo.

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ABERTURA

2 Sábado • 31 maio 2014 • www.semmaisjornal.com

Região perdeusete bebéspor cadacem mulheres

É mais um dado que teste-munha o envelhecimento da população no distrito,

desde que a partir de 1982 deixou de haver renovação de gerações, fazendo da região uma das zonas do mundo com mais baixo índice sintético de fecundidade. O mesmo que regista o número médio de filhos por mulher. Em 2001, por cada centena de mulheres no distrito nasceram 154 crianças,

mas os últimos registos agora conhecidos, relativos a 2012, revelam que o índice não foi além de 147 bebés, exibindo uma quebra de sete meninos, que aumenta para 70 se o valor de referência for de mil mulheres ou para 700, se quisermos colocar a fasquia nas 10 mil.

A tendência é divul-gada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) com base nos Censos, sendo que a sucessiva quebra da natalidade ainda seria

interrompida em 2010, quando se registaram 161 nascimentos por cada cem mulheres. Mas foi sol de pouca dura. A curva seria descendente logo em 2011, bai-xando para 153, caindo drastica-

mente no ano seguin-te para os atuais 147.

Apenas Sines e Moita vão contra a tendência generaliza-

da, quando se compara a evo-lução na última década. Sines ocupa mesmo a quinta posição nacional, com 165 nascimen-

tos em 2012 por cada grupo de cem mulheres (à ordem média de 1,65), embora no ano ante-rior tivesse chegado aos 174, en-quanto a Moita também surge com 162 bebés, superando os 148 de 2001.

Os restantes concelho estão em perda. Setúbal tinha um re-gisto médio de 162 bebés em 2001 e passou agora para 141, Barrei-ro baixou de 182 para 151 e Al-mada também assistiu a uma queda de 165 para 149. Na mes-ma linha, Alcochete exibe 131 nas-cimentos, depois de em 2001 ter chegado aos 172, enquanto Se-simbra passou de 157 para 138.

De acordo com Fernando Casimiro, coordenador do Ga-binete de Censos, estes resul-tados demonstram que a região está a ficar «significativamen-te mais velha»”, disse o respon-sável, lembrando que este fe-nómeno se deve, em parte, a ha-ver cada vez mais mulheres que tem cada vez menos crianças.

De acordo com aquele espe-cialista, «desde 1982 que o índi-ce sintético de fecundidade tem um valor que não permite a re-novação das gerações». Fernan-do Casimiro explicou que a re-novação de gerações só seria con-

seguida se Portugal tivesse um índice superior a 2,1, mas desde a década de 80 «que este índice está abaixo de 2.1». Conclusão: «Temos hoje um dos índices sin-téticos de fecundidade mais bai-xos do mundo».

A população do distrito está a revelar cada vez mais uma tendência para o envelhecimento. O índice de fecundidade sintética, que espelha a renovação geracional, é das mais preocupantes do país. Há cada vez menos bebés a nascer.

Menos 1829 crianças em apenas três anosA atualização dos nascimen-tos em 2013 no distrito com-prova a preocupante dimi-nuição de bebés, com uma quebra de 1829 crianças en-tre 2010 e o último ano. As mães residentes na região te-nham dado à luz 8863 crian-ças em 2010, tendo esse va-lor baixado para os atuais 7034. Por concelhos, Seixal regista a maior taxa de nas-cimentos, com 1555, depois de em 2010 ter atingido os 1936. Almada baixou de 1873 para 1517 e Setúbal de 1348 para 1023.

Só se salvam Sines e Moita que contrariam tendência de quebra na última década

Especialistas falam em perdas generalizadas em toda a região

Por cada mil mulheres no distrito nascem 70 crianças

Roberto Dores

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. E-mail: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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Sábado • 31 maio 2014 • www.semmaisjornal.com ESPAÇO PÚBLICO 3

No ano em que se come-mora o 40º aniversário do 25 de Abril, as eleições de

domingo não podiam deixar de se confrontar com algo que coloca-ríamos na categoria do “espectável” — sim ou não, pelo voto, nelas viria a ter expressão alargada o vasto movimento de opinião, esclare-cimento e luta contra a subordi-nação da Constituição da República a Tratados e outros instrumentos da União Europeia, e, ao contrário, pela afirmação de Portugal como um País com Futuro?

Um País com Futuro, não aque-le, três anos depois do Pacto de Agressão das troikas nacional e estrangeira — num processo, em

boa verdade, iniciado logo após o 25 de Abril com a recuperação ca-pitalista, latifundista e imperialis-ta – que soma já a destruição de 500 mil postos de trabalho, ele-vando o desemprego para mais de um milhão e quatrocentos mil de-sempregados, dos quais apenas 400 mil recebem apoios sociais; a redução média dos custos sala-riais de 18,3%; a degradação de re-formas e pensões; o aumento da pobreza que atinge hoje três mi-lhões de portugueses; 250 mil tra-balhadores, na sua maioria jovens, obrigados a emigrar; a deteriora-ção dos cuidados de saúde e de

educação; 70 mil empresas obri-gadas a encerrar (Declaração Pro-gramática do PCP).

Não aquele, sem conto ou conta, que soma, ainda, ataques brutais aos direitos dos traba-lhadores, designadamente no plano legislativo; ou, enfim, toda a entrega do País ao estrangei-ro inclusiva de planos de agres-são a outros povos sob a batu-ta da NATO.

Eleições em Maio pelo 25 de Abril, cujos Valores no Futuro de Portugal são o garante da identi-ficação a uma longa história de sé-culos que nos orgulha e que nele, na Revolução dos Cravos e nas suas Conquistas, tem um dos seus maiores momentos, foi assim que as denominou um cidadão fran-cês que logo telefonou para Por-tugal (“para o PCP do Edifício Ar-rábida”, como diz), a chamar a si,

nos resultados que lhe chegavam do mais ocidental dos países ca-pitalistas da Europa continental, o conforto anunciado do reforço dos deputados eleitos do PCP e da CDU, fiéis depositários que sabe-riam continuar a ser, como ne-nhuns outros, das causas e do pro-jecto de muitos e muitos portu-gueses de não poucas gerações, do Povo que se bateu pela liber-dade e a democracia, quantas ve-zes ao custo de prisões, tortura e morte no tempo, e aqui quisemos chegar, a que ele chamou do “cen-tenário”.

— “É mesmo conforto”, tam-bém o disse, de facto.

Conjugou os SS da Ucrânia e a vitória da Frente Nacional, na França. “Os vossos três jovens vão ser agora mais que nunca bandei-ra”. E assim exprimia um orgulho comum.

Valdemar SantosMilitante do PCP

Orgulho comum

Muito perto do términus de 2013 os anais do futebol, à escala mundial, regis-

taram a perda de três notáveis jogadores, contemporâneos e de similar qualidade, depois de intenso apreço não só pela valia das suas carreiras como pelas personali-dades alardeavam.

Justificadamente, ao apreço junta-se a saudade que serve de mote essencial a mais esta cróni-ca no “Semmais”.

Referimo-nos a Nilton Santos (Botafogo- Brasil), a Pedro Rocha (Peñarol- Uruguai) e “Bill” Fou-lkes (Manchester United- G.B.), de idades similares embora de esti-los bem diferentes enquanto fu-tebolistas de nomeada.

Desse trio justo é sublinhar a passagem por Portugal de Pedro Rocha enquanto treinador do Spor-ting, criando amizades com a sua muito especial maneira de ser.

Exemplo de um notabilíssimo culto de personalidade residiu por longos anos em Nilton Santos, “ca-pitão” incontestado da Selecção “canarinha” onde pontificavam Garrincha e Pelé às ordens do his-tórico Vicente Feola. Nas décadas de 60/70, actuando como defesa lateral esquerdino, “patrão” Nil-ton foi precursor de um novo con-ceito táctico, com maior dose de lances de ataque, em jeito de 2º extremo.

De óptima figura, apurada téc-nica individual, jogando bem de cabeça, Nilton Santos projectou o “seu” Botafogo para grandes proe-zas internacionais, com “Mané” Garrincha em grande destaque ao seguir os preciosos conselhos do seu “capitão”.

E tantas são as saudades que deixa agora no Brasil!

Titular do poderoso Manches-ter United, de Matt Busby, duran-te largos anos, um dos poucos so-breviventes do trágico desastre aéreo de 1958 que enlutou o fute-bol britânico, Foulkes, foi um de-

fesa sóbrio e eficaz que deu con-tinuidade ao prestígio do clube vi-timado, ao lado de Bobby Charl-ton. Jogou até aos 35 anos, quase sempre com a camisola nº2, so-mando um bom número de inter-nacionalizações pela “Selecção da Rosa” até à segunda metade dos anos 60.

O seu clube de sempre pres-tou-lhe sentida homenagem evo-cando um bom cidadão britânico que singrou no “association” como um exemplar jogador de equipa- sem grandes rasgos, sem super--fama, mas de uma pendularida-de que os mais velhos nunca es-quecem.

Lembro-me de o ver actuar no já muito longínquo Maio de 1957, numa histórica Final da Taça, em Wembley, que o Manchester Uni-ted, de Charlton e Foulkes (e dos infortunados David Megg, Dun-can Edwards e J.Whellan) venceu ao superar o clássico Aston Villa, por 2-1.

Com a breca…- já foi há quase 57 anos!

Todavia quero crer que para os mais novos é bom lembrar esta simbiose de apreço e saudade re-portada a três senhores do fute-bol mundial- Nilton Santos, Pe-dro Rocha e J. Foulkes.

David SequerraColaborador

Apreço e Saudade

O Provedor do Munícipe é, como o próprio nome indica, alguém com a

responsabilidade de assegurar a defesa dos munícipes perante situações de incumprimento ou violação das suas expectativas por parte do executivo da autar-quia. Não uma defesa cega que se guia por critérios de pura conveniência, mas uma defesa que, procurando na medida do possível atender às legítimas expectativas e interesses dos munícipes, não deve perder de vista o princípio da legalidade administrativa.

Assim, aquele munícipe que viu as suas expectativas frus-tradas na relação que estabe-leceu com os competentes ser-viços municipais, ou cujos di-reitos foram postos em causa pela atuação dos órgãos au-tárquicos, dispõe ainda de uma alternativa credível de resolu-ção de conflitos com a Admi-nistração, que consiste no re-curso ao Provedor do Muníci-pe.

O Provedor do Munícipe deverá ser imparcial e inde-pendente do executivo muni-cipal, alguém com um conhe-cimento profundo do univer-so autárquico e do poder lo-cal, bem como do âmbito das funções que lhe estão come-tidas, sem ligação a qualquer força política, e com grande capacidade de comunicação e dialogo institucional.

Ao contrario de algumas vozes que se pronunciam pela ilegalidade e inconstituciona-lidade desta figura, mormen-te pela alegada invasão da es-fera de poderes do Provedor de Justiça, cumpre dizer em defesa do entendimento con-

trário que, à semelhança do fe-nómeno da descentralização administrativa, que permitiu a criação de entidades publi-cas com maior proximidade dos cidadãos (as autarquias lo-cais), a instituição da figura do Provedor do Munícipe enquan-to manifestação da autonomia administrativa das autarquias locais e do seu poder regula-mentar, torna possível a reso-lução de problemas que, na au-sência do factor proximidade, se tornariam insolúveis, com efeitos nefastos evidentes como a degradação da relação entre o poder publico local e os ci-dadãos.

Outras vozes, algumas das quais na própria esfera autár-quica, olham com desconfian-ça para o Provedor do Muní-cipe, encarando-o como amea-ça ao exercício do poder exe-cutivo autárquico, quando na verdade o mesmo pode fun-cionar como impulsionador da melhoria dos processos e pro-cedimentos autárquicos, au-mentando os níveis de confian-ça dos munícipes naqueles a quem, com o seu voto, e no exercício dos seus direitos de cidadania, confiaram a condu-ção dos seus destinos.

Em defesa dos cidadãos

O labirinto socialista

Poucos esperariam que a situação interna do PS desabasse da forma como eclodiu a atual hecatombe. Na

verdade, António José Seguro, assumiu o partido após uma das maiores derrotas do PS, correu o país de lés-a-lés para ganhar as bases, gizou um programa político, manteve-se firme e hirto perante as inves-tidas internas e até venceu duas eleições. Por tudo isto, podemos considerá-lo um vencedor.

Acredito até, que perante a situa-ção do país, como se veio a revelar por este voto de descontentamento das úl-timas eleições, que Seguro possa ga-nhar de forma mais folgada, as legis-lativas do próximo ano. É uma análi-se puramente racional.

O problema é que estas vitórias, au-tárquicas, europeias e, a ocorrer, as le-gislativas de 2015, não enchem toda a manta que resume as necessidades po-líticas do país. No próximo ano (já se ve-rificam laivos dessa magia eleitoral) o atual governo vai brindar os portugue-ses com algumas benesses e apostar tudo em ‘sound-bites’. A esquerda do PS vai continuar a navegar na fragmentação e fenómenos de ‘homem-aranha’, como o de Marinho e Pinto, têm margem de manobra. É, no essencial, uma encruzi-lhada que afasta a liderança de Seguro do patamar da maioria.

Mesmo entendendo que a gestão política e partidária o obrigou a isso, António José Seguro cometeu vários erros. Foi brando com o seu ‘amigo de sempre’ Passos Coelho, num momen-to em que deveria ter tido o engenho e arte de fazer ruturas. Ajudou-o até a cavalgar a má onda anti-socratismo. Afastou-se da esquerda em muitos mo-mentos e quis misturar à sua volta uma família socialista mais ou menos desa-vinda. Conheço-o há mais de trinta anos, e por isso, julgo que manteve sempre presente, na sua cabeça calculista, o fantasma de oposição interna. Não se-parando as águas, não dando o corpo às balas, ficou encurralado.

O desfecho das últimas eleições diz muito sobre a sua situação concreta. O líder socialista ganhou o partido, mas não ganhou totalmente o país. Qualquer ana-lista político isento o confirmará. É legí-timo lutar, em nome do percurso que em-preendeu nos últimos três anos, para manter-se à frente do seu partido e ser candidato a primeiro-ministro. Mas é igualmente legítimo ser confrontado com esta realidade e com a oposição de quem entende ser capaz de fazer melhor.

Perante a guerrilha que se instalou no seio dos socialistas, julgo não haver volta a dar que não a de um congresso extraordinário que confirme a confian-ça política e partidária de que precisa ou, pelo contrário, reafirme uma nova lide-rança. Qualquer destas saídas será me-lhor entendida pelos portugueses. O con-trário é a paz podre, que vai deixar o par-tido da alternativa de governo preso a um certo descrédito e refém de um labi-rinto cada vez mais difícil de tornear.

EDITORIALRaul Tavares

Nuno Miguel RibeiroJSD Setúbal

“ De ótima figura, apurada técnico individual, jogando bem de cabeça, Nilton Santos projectou o “seu” Botafogo para proezas internacionais ”

“ O Provedor do Municipe deverá ser imparcial e independente do executivo municipal e conhecedor do universo autárquico”

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ATUAL

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Mar da região está mais perigoso

O alerta é dado pelos nada-dores-salvadores do distrito com a época balnear a

bater a porta. Há novos agueiros nas praias da região após o rigo-roso Inverno, que alterou os fundos marítimos da nossa costa. António Mestre e Luís Vitorino, que representam os nadadores--salvadores do Litoral Alentejano e Costa de Caparica, respetiva-mente, revelam que já percor-reram as várias praias, concluindo que este será um dos verões mais perigosos de sempre.

Luís Vitorino admite estar com «bastante receio» pelos banhistas da Costa, já neste fim-de-semana, que se espera repleto de bom tempo, sobretudo nas praias da frente urbana, onde o mar levou a areia. «Era impor-tante que mesmo os concessioná-rios que este ano não vão ter praias coloquem placas bem visíveis a alertar para o perigo», sublinha,

alegando que a experiência diz que as pessoas, mesmo sem praia, vão arriscar a entrar no mar.

«Será um enorme perigo, por-que nestas zonas a corrente é for-tíssima”, justifica, tendo já defi-nido que as zonas de maior risco vão ser estrategicamente vigia-das de perto pelos profissionais mais experientes, cabendo a ta-refa aos guarda-vidas brasileiros que este ano também vão estar na Caparica. «São eles os mais ha-bilitados, porque trabalham todo o ano em salvamentos e sabem lidar melhor com estas situações.

Há quatro anos que não morre gente na Costa e queremos continuar as-sim», reforça.

Também António Mestre, que já fez o levantamen-to das zonas mais perigosas, sen-do aí que os nadadores salvado-res têm vindo a treinar, detetou «mudanças radicais», atesta, la-mentando que a época a balnear

na região só arranque a 1 de Ju-lho, o que significa que a maioria das praias vai ficar desprotegida durante todo o mês de Junho.

«Os argumentos dos conces-sionários não nos convencem. Dizem que ainda não é necessá-rio estar a investir em seguran-ça e que, além disso, há falta de nadadores-salvadores nesta al-tura do ano», refere, garantindo

que a ideia é errada. «Por um lado, porque vai começar a haver mui-tos banhistas nas praias já em Ju-nho e, por outro, no mês seguin-te é que haverá dificuldades em arranjar nadadores-salvadores», sustenta, alegando que os salva--vidas já estarão a trabalhar nou-tras praias do país, pelo que não aceitar deslocar-se para o Lito-ral Alentejano.

Nadadores-salvadores da Caparica e da Costa Alentejana querem placas de alerta

São agueiros que se formaram devido ao rigor do Inverno, com fundos mais perigosos do que o habitual. Os nadadores-salvadores querem colocação de placas de alerta e afirmam que este vai ser um dos verões mais perigosos de sempre.

ISN confirma perigoO comandante do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), Nuno Leitão, também avisa que os temporais de Inverno acentuaram a rebentação junto à linha de costa, anunciando uma forte «cam-panha de sensibilização», que vai apelar aos banhistas para que entrem no mar nas zonas vigiadas pelos cerca e 4 mil nadadores salvadores que vão estar no terreno, congratulando-se com uma aposta inovadora na Europa, que «vai dotar os praticantes do surf de conhecimentos de socorro para apoiar náufragos nas zo-nas não vigiadas».

Zonas de maior risco vão merecer atenção especial

Há novos agueiros nas praias da região após o rigoroso Inverno

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Praia Grande Caffe reabriu com novas apostas

JÁ ABRIU ao público o novo espa-ço Praia Grande Caffe, situado na praia Grande, em Porto Covo, com nova imagem e um serviço de qua-lidade a preços acessíveis.

O Praia Grande Caffe tem como especialidade o hambúrguer em pão d´água, o Camarão à Praia, as sala-das diversas, as ameijoas ao bulhão pato, choco frito, polvo à praia, ca-racóis, sem esquecer os cocktails, as sangrias, os croissants, salgados, ca-chorros, baguetes, tostas e snacks.

Graças a uma parceria com a mar-ca portuguesa Supra Sumo, é possí-vel provar no Praia Grande Caffe os sumos naturais de vários sabores.

Com esplanada com vista para o mar e zona de espreguiçadeiras, o bar/restaurante funciona desde as 9 horas até ao pôr-do-sol, e oferece aos clientes Wifi e televisão.

Como concessionário da Praia Grande, que conta com Bandeira Azul, Bandeira de Ouro, vigilância e zona de toldos, o bar/restauran-te vai ainda contar com uma área de jogos na praia que será palco de várias iniciativas e eventos du-rante o Verão.

Esplanada virada para a praia

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O novo crime que atinge os comboios do distrito preocupa forças policiaisHÁ UM novo tipo de crime em mar-cha no distrito de Setúbal que está a preocupar as autoridades poli-ciais. No último mês, foram furta-das 68 caixas de impedância, que contêm o software que permite con-trolar a sinalização e a mudança de linha dos comboios.

A sua reposição já custou 238 mil euros à Refer, à ordem e 3500 euros cada exemplar. A GNR está a investigar o fenómeno e já dete-ve três pessoas, alertando que es-tes roubos põem em risco a segu-rança na linha férrea.

Os furtos das caixas de impedân-cia são exclusivos ao distrito de Se-túbal, tendo ocorrido grande parte deles na Linha do Alentejo, sendo que a Refer não tem registos de qual-quer ocorrência noutras zonas do país. A investigação admite que se possa tratar de uma rede organiza-da que se dedica à desmon-tagem das caixas, o que exige um trabalho à base de mão profissional.

O mais recente exem-plo teve lugar no Pinhal Novo, onde dois indivíduos foram detidos após desmontarem duas caixas no Pinhal Novo (Palmela).

Cortaram a rede de acesso à linha ferroviária, mas quando já seguiam viagem no interior de um automó-vel, próximo de Setúbal, foram in-tercetados pela GNR com o mate-rial do roubo. Ficaram ambos com Termo de Identidade e Residência.

Segundo a Refer, «atendendo à tecnologia instalada, o custo de reposição de cada caixa ronda os 3500 eu-ros, valor incomensura-velmente superior àque-le que as suas componen-

tes materiais detêm», diz a empresa, sendo que, relativamente aos riscos, «o principal incide sobre os autores

dos furtos, atendendo a que estes equipamentos possuem energia elé-trica em carga».

Além disso, por afetar o funcio-namento da sinalização ferroviária e de modo a garantir a circulação ferroviária em segurança, os com-boios passam a circular em marcha lenta, «o que naturalmente tem re-percussões ao nível da pontualida-de dos comboios», acrescenta a Re-fer, que já tenciona contrariar esta prática através da substituição dos sistemas mais suscetíveis, por no-vos sistemas, que recorrem ao uso de cabos de alumínio em detrimen-to da utilização de cabos de cobre.

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GNR diz que é um fenómeno que só ocorre na região e aponta a gangAlunos de gestão ambiental visitam porto sadinoO PORTO de Setúbal foi visitado, no dia 22, por alunos do curso de especialização em gestão ambien-tal portuária, da Escola Superior Náutica Infante D. Henrique e do Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração, destinado a profissionais do se-tor portuário com preocupações em matéria ambiental.

O programa da visita incluiu, durante a manhã, o visionamen-to do vídeo institucional do por-to de Setúbal; uma apresentação sobre a gestão ambiental da APSS e o Índice de Desempenho Am-biental, relevando que o porto de Setúbal é certificado em Ambien-te pela norma ISO 14001, e inte-gra a rede dos Eco Ports. A ma-nhã terminou com uma desloca-ção aos terminais portuários Ter-sado, Sadoport, Ro-Ro e Trem Naval.

Depois do almoço, assistiram à apresentação da certificação elé-trica de edifícios e instalação de sistemas fotovoltaicos para pro-dução de energia, e da requalifi-cação urbanística nos portos e a relação porto-cidade.

Ação da polícia detém dois indivíduos no Pinhal Novo

A Refer fala já em prejuízos de 238 mil euros

Brilho no Festival de Música de Setúbal

CASA cheia no Fórum Luísa Todi para o espetáculo de abertura do Festival de Música de Setúbal, esta quinta--feira, com a orquestra multicultu-ral Grand Union e os alunos da Aca-demia de música e belas-artes Luísa Todi, do grupo BelaBatuke e do Con-servatório Regional de Setúbal.

O espetáculo animou o público durante cerca de uma hora e meia com músicas inspiradas nos três oceanos e conduzidas pela voz da cantora portuguesa Liana, num su-cesso ainda maior que o conquista-do no ano passado.

O Festival, que vai na quarta edi-ção, traz um conjunto de músicos profissionais de craveira internacio-nal e alia à sua experiência o traba-lho desenvolvido pelas escolas de ensino regular e de música.

Domingo é o último dia do fes-tival e o cartaz do evento conta com os espetáculos profissionais da Or-questra de Câmara Portuguesa (OCP) e o Instituto Gregoriano de Lisboa, no Convento da Arrábida, e, ao cair do pano, no Fórum Municipal Luí-sa Todi, o maestro Pedro Carneiro dirige a OCP num reportório clássi-co e romântico com a interpretação dwa soprano Susana Gaspar.

DR

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POLÍTICA

6 Sábado • 31 maio 2014 • www.semmaisjornal.com

TROIKA-Mau ajustamento não defende Portugal, sim credores. Injetar dinheiro

p/salvar EURO/bancos Alemães.Franceses. 78milM€(12milM€ p/banca 2milM€ p/juros+comissões). Desconhecendo realidade portuguesa, erros desfazem Portugal: 1)Inade-quado diagnóstico da crise, subes-timando desequilíbrios estrutu-rais numa economia assente 94% em PME´s descapitalizadas;2)Não considera nível endividamento famí-lias;3)Negligente previsão elastici-dade procura;4)Escassez temporal execução programa;5)Reforma Estado confinada redução despesa cortes salariais/pensões aumento impostos;6)Impacto negativo cres-cimento/emprego; 7)Contribuir p/aumento dívida; 8)Induzir risco deflação Economia Portuguesa. Se Austeridade funcionasse verificava-se redução dívida estaríamos a crescer. Acon-tece contrário(austeridade neces-sária/construtiva foi substituída p/destruidora). Pós 3 dacronianos anos austeridade continua? Pena países Sul não terem aproveitado p/renego-ciar melhores condições dada debi-lidade TROIKA face investigação. Temos descomunal DÍVIDA crescer por interesses países fornecedores/decisores receberem comissões/incom-petência(?)/mercados financeiros c/juros/comissões especulativos. IDE p/outras bandas (R.U.). DÉFICES Orçamental/Comercial (exporta-ções líquidas não compensam drás-tica descida poder compra). Como pagamos DÍVIDA,CRESCEMOS e reduzimos DESEMPREGO? Se entramos em deflação pagar dívida é mito. “Ir além Troika” c/dobro austeridade não é melhor solução, à custa destruir economia levando Portugal à ruína. Nóbeis Economia têm razão: mudança foco EMPREGO para DÉFICE, erro. 3 anos Troika 25% não conseguem pagar despesas básicas (volta marmita). S/renegociar dívida c/mutualização acima 60%, baixar juros, alongar prazos paga-mento, não recupera. TROIKA quer prorrogação assistência, rejeitada p/Governo. Mercados obrigam saída limpa c/custos financeiros pós-troika superiores. Será p/Portugal vender Ouro onde perdeu 6milM€ ou voltar a mais resgates c/condições favo-ráveis p/mercados financeiros em juros/comissões? Onde está UNIÃO Europeia? Países ricos votam à direita e pobres à esquerda, significa que Europa J.Monnet desmorona? Numa Europa pesada, burocrática, deso-rientada, liderada de forma pouco solidária p/Alemanha a piorar c/aumento eurocépticos (+198%) triân-gulo França-Reino Unido-Alemanha, não vislumbra nada bom. Só resta países como Portugal unirem lobbies p/salvar o que resta?

DÉFICE ORÇAMENTAL-Ideal

máx.0,5%(fim 2014 2,5% inferior 5,1% Irlanda). Eurogrupo recomenda bai-xar carga fiscal? OCDE critica TROI-KA e recomenda que Economia seja defendida à custa do défice. Se não crescimento como pagar dívida? Não é esmagar poder compra c/re-duções salariais/pensões e aumen-to impostos, que vamos lá. Gover-no deve promover crescimento. Pre-ferível reduzir outras despesas.

DÉFICE COMERCIAL-Ideal excedente comercial superior a 4%. Exportações líquidas não têm compensado redução consumo interno, com efeito na redução PIB, contrariando objectivo DÉFICE orçamental 0 em 2018. 1ºT/2014 importámos triplo do que expor-támos, o que prova débil econo-mia portuguesa, que tem sobre-vivido à custa consumo interno. É demasiado arriscado apostar só nas exportações em detrimento do consumo interno, dada depen-dência factores externos. A estra-tégia deve ser: 1)Reduzir IMPOR-TAÇÕES (não há custa de esma-gar poder compra) promovendo produção/consumo interno de produtos nacionais;2)INOVA-ÇÃO;3)Diversificar mercados EX-PORTAÇÃO, c/DIPLOMACIA ECO-NÓMICA, p/países mais ricos (Emergentes, Médio/Extremo Oriente);4)Reduzir custos contex-to;5)Investimentos retorno garan-tido;6)Aumento competitividade. Que dinamizem Economia.

DÍVIDA-OCDE critica TROIKA por forçar Portugal a aumentar Dí-vida(40% desde 2011). PROBLEMA devido más decisões que endivida-ram Portugal e juros agióti-cos(2011-14%). Difícil reduzir DÍVI-DA p/60%, a subir(2000-52%; 2014-136%). Devia mutualizar parte, res-tante pagar c/juros baixos, a longo prazo. Prq BCE não empresta dire-to Estado Português c/tx.juro(inferior1% e.v.4%)?

DESEMPREGO-OIT diz “tx.em-prego Portugal dv ser superior à média”. Máx.históricos.1ºT/2014--Ilusória descida desemprego 15,3 p/15,1%(3ªpiorUE) explicado p/emigração/demografia/desistên-cia, redução 42mil empregos. Por-tugal exporta jovens (pós-inves-tir formação). Empresas nacionais(tarifas especulativas/ganho experiência, internaciona-lizam-se transferindo emprego p/exterior). Já temos das maiores ta-xas Pobreza/Emigração/menor-Natalidade, qlq dia temos eleva-das tx.Suicídio/Criminalidade?

Caldeira Lucas(Eng.o, Gestor,Prof., Consultor)

Causas que trouxeram portugal à situação atual (7)

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL

NOTÁRIA

MARIA TERESA OLIVEIRACertifico, para efeitos de publicação que no dia vinte e seis de Maio de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 25 do livro 268 – A, de escrituras diversas, na qual: Natalina Maria Jorge Anastácio Pedro e marido, Jorge Pedro, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais da freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, residentes na Rua Esteiro do Almo, nº21, Brejos de Canes, em Setúbal, contribuintes números 128942762 e 128942754, justificaram a posse, invocando a usucapião, do seguinte prédio:Prédio Urbano, composto de edifício de um piso, destinado a habitação com a área coberta de cento e noventa e nove vírgula sessenta e dois metros quadrados e logradouro de quinhentos e sete vírgula trinta e oito metros quadrados, sito em Brejos Canes, Pontes, nº 21, freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, concelho de Setúbal, ainda por descrever na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3568, da mencionada freguesia.Está conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 26 de Maio de 2014.

A Notária,

Maria Teresa OliveiraConta registada sob o número 818

Socialistas no distrito já contam espingardas na luta Costa/Seguro

A magra vitória do PS nas últimas Europeias e a dispo-nibilidade de António Costa

para forçar um congresso extraor-dinário, está a deixar os socialistas do distrito à beira de um ataque de nervos.

As movimentações desta se-mana estiveram ao rubro e os ‘cos-tistas’ do distrito andam anima-dos com a «vaga de fundo» para

que o atual presidente da Câma-ra de Lisboa venha a ser o próxi-mo candidato a primeiro-minis-tro. «A maioria das concelhias do distrito vai estar ao estar ao lado de António Costa, apenas não se pronunciaram devido ao fato de não haver decisão sobre o con-gresso extraordinário», afirmou ao Semmais uma fonte do PS.

Concelhias como Almada e Grândola já se assumiram, mas Al-cochete, Sines, Moita, e até Mon-tijo e Barreiro, parecem estar nes-ta linha de combate, segundo as fontes socialistas. Mas há mais, a Juventude Socialista e o departa-mento distrital das mulheres so-cialistas também devem pender no apoio a Costa. E os dois presi-dentes de câmara do PS, Nuno Mas-carenhas e Nuno Canta, «estão na expectativa, mas já foram sonda-dos e a coisa correu bem», reafir-ma um dirigente distrital do par-tido da rosa, que engrossa o cada vez mais amplo movimento de apoio ao possível avanço do au-tarca e ex-ministro à liderança do partido.

Outra voz que defende a mu-

dança é Vitor Ramalho. O ex-lí-der da federação confessou ao Semmais estar «muito ativo» en-tre aqueles que brindaram as de-clarações de avanço de António Costa. «Estive sempre com uma postura de lealdade com Antó-nio José Seguro, mas depois das

PP/Almada critica oferta de relógios do município O CDS/PP de Almada acusa a maio-ria CDU na Câmara de Almada de gastos exagerados na aquisição de relógios para oferecer aos trabalha-dores que completam 25 anos de ser-viço.

A acusação do PP surge na se-quência da decisão da autarquia de adquirir, por ajuste direto, 98 reló-gios, por 63 792 euros, valor acres-cido de IVA, o que significa que cada relógio custa cerca de 800 euros.

«A Câmara tem todo o direito de homenagear os funcionários, mas consideramos que a oferta dos re-lógios é exagerada», disse António Maco, da concelhia do CDS/PP.

«Os relógios poderiam ser subs-

tituídos por outras lembranças com menores custos para o município», acrescentou.

O presidente da Câmara, Joa-quim Judas, diz não estar surpreen-

dido com as críticas do CDS/PP e garante que a despesa em causa não afeta o investimento da autarquia na área social.

«Não se estranha que o CDS/PP venha condenar esta iniciativa, ten-do em conta a política que o Gover-no, que este partido integra, tem vin-do a seguir em relação aos funcio-nários públicos e pensionistas, com a imposição de sacrifícios e o não reconhecimento de uma vida de tra-balho», refere o autarca comunista.

Segundo o edil, os relógios, com o nome do trabalhador gravado, «é um reconhecimento da dedicação dos funcionários ao serviço públi-co, que dura há mais de 20 anos».

As declarações de avanço do presidente da Câmara de Lisboa acordaram os ‘costistas’ da região. Esta semana marcou uma agitação sem precedentes. Já se contam espingardas. Prevê-se uma comissão política distrital bem quentinha.

Anabela ventura

António Costa pisca o olho à região

O edil Joaquim Judas

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Sábado • 31 maio 2014 • www.semmaisjornal.com 7

POLÍTICA

O PCP sobretudo, habi-tuou-nos a ganhar mesmo perdendo. Outros partidos se-guem-no nesse malabarismo que só em política é possível.

Mas no Domingo passa-do pareceu isso mesmo. Após o impacto inicial dos núme-ros sobre os partidos, aos pou-cos foi-se percebendo que o grande derrotado das eleições (os partidos do governo), com o pior resultado eleitoral de sempre, afinal estava a come-morar essa derrota. Bem, não era precisamente essa derro-ta, mas sim um profundo alí-vio por não ter sido goleado.

Aliás, tenho utilizado um paralelismo com o mundo do futebol, que explica o senti-mento dos sociais-democra-tas, como sabem o meu par-tido, comparando com o meu Benfica, quando perde na sex-ta-feira e depois vemos o por-to e o Sporting a empatar no sábado e no domingo. Nessa altura finalizamos a jornada com um sentimento de per-da menor, de “do mal o me-nos” e se é verdade que esta-mos insatisfeitos com o nos-so resultado, pelo menos não

deixamos os adversários di-rectos descolar e mais tarde teremos ainda oportunidade de recuperar a perda.

Já todos percebemos que o Partido Socialista ficou com a sensação completamente oposta. Ganhou mas não go-leou. E sabe que se não goleou agora que tem tudo a seu fa-vor, não será certamente da-qui a um ano, com a econo-mia a crescer e o governo a implementar medidas mais simpáticas que o vai conse-guir fazer. Bem pelo contrá-rio, todos percebemos que da-qui a um ano, a manter-se tudo na mesma, o PSD e o CDS/PP irão seguramente ganhar.

Por isso o PS quer mu-dar de vida e mudar de lí-der. Sendo condenável a ati-tude do Dr. António Costa que há um ano fez um acor-do com o seu Secretário-Ge-ral e na primeira oportuni-dade rasgou o acordo e vai à luta, leva a reequacionar todo o espectro eleitoral.

Sendo verdade que com António Costa a música é ou-tra, não menos verdade é que o PS vai sair muito dividido

desta querela interna e mui-to boa gente não vai perdoar esta traição de António Cos-ta e seus apoiantes.

Onde, ou muito me en-gano, ou em breve vão haver mais cisões, vai ser no Bloco de esquerda, com o fim anun-ciado da direcção bicéfala e com uma alteração profun-da da sua matriz ideológica.

Se não o fizerem, vão de-finhar.

Uma palavra final para o PCP. Resistiu á voragem dos tempos e, mesmo mantendo um discurso passadista e mar-cado pela matriz ideológica muito forte, a sua disciplina partidária e lealdade interna, levam-nos a manterem-se do-minantes no nosso distrito.

Pois é… as eleições legis-lativas começaram esta se-mana. Vamos ver quem che-ga primeiro à meta, para ter uma vitória real. Porque de vi-tórias morais, o nosso bom Povo está farto…

Paulo Edson CunhaVereador PSD/Seixal

Sabemos das vitória morais em política

CRÓNICA UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSACARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL

SANDRA BOLHÃO

EXTRACTO

Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, Certifico, para efeitos de publicação, que por Escritura de Rectificação de Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia vinte e dois de Maio do ano dois mil e catorze, a folhas vinte e seguintes do Livro Nove – A, a IRMANDADE DA ORDEM TERCEIRA DE SÃO FRANCISCO, com sede na Avenida Vinte e Dois de Dezembro, número 19, freguesia de Setúbal (São Julião), concelho de Setúbal, com o número de identificação de pessoa colectiva 501 299 823, DECLAROU – que, por Escritura Pública outorgada a vinte de Dezembro de dois mil e doze, no extinto Cartório Notarial de Setúbal do Lic. João Farinha Alves, a folhas vinte e seis e seguintes, do Livro de Notas para escrituras diversas número cento e sessenta e seis – A, titulou a aquisição, por usucapião, do prédio urbano composto de igreja, loja e primeiro andar para habitação, e suas dependências, com a superfície coberta de cento e noventa e oito vírgula dezassete metros quadrados, e, logradouro com a área de setecentos e trinta e três vírgula quarenta e quatro metros quadrados, sito na Avenida Vinte e Dois de Dezembro, número 19, na freguesia de São Julião, do concelho de Setúbal, que se encontra inscrito sob o artigo 749, da freguesia de São Julião.- Que, por escritura outorgada neste Cartório, RECTIFICARAM a mencionada Escritura de Justificação no sentido de dela ficar a constar:- a) Que, o prédio usucapido tem, de facto, de área total de mil duzentos e noventa metros quadrados, com superfície coberta de quinhentos e trinta metros quadrados e logradouro com área de setecentos e sessenta metros quadrados, e, não de cento e noventa e oito vírgula dezassete metros quadrados de superfície coberta, e, setecentos e trinta e três vírgula quarenta metros quadrados de logradouro, como constava do artigo da matriz do prédio usucapido, então artigo 749, da freguesia de São Julião, cuja fotocópia se arquiva.- b) Que, o prédio usucapido tem três pisos e não dois, uma vez que o corpo da igreja se inicia na cave e se prolonga pelo rés-do-chão, acrescendo, na área de habitação, um primeiro andar.- Que, assim, se rectifica agora a sua composição que era e é a que de facto sempre existiu, uma vez que as alterações matriciais a seguir vertidas resultaram não de obra, mas de alteração de artigo.ESTÁ CONFORME.

Setúbal, aos vinte e dois de Maio de dois mil e catorze.

A Notária

Sandra Bolhão

Reg. Sob o nº126

Socialistas no distrito já contam espingardas na luta Costa/Seguro

autárquicas, com a derrota do PS no distrito de Setúbal, numa lon-ga conversa que man-tive com ele (António José Seguro) manifes-tei-lhe as minhas dis-cordâncias com o rumo político e partidário da situação e disse-lhe não aceitar o atual es-

tado das coisas», explica. A posição da presidente da fe-

deração é bem diferen-te. Madalena Alves Pe-reira já saiu a terreiro em defesa do líder e mos-tra-se «perplexa». Para

Madalena Pereira o partido está a viver uma situação que pode ser

«fraturante», com perdas na con-fiança que o partido devia estar a «reestabelecer com os cidadãos».

Está agendada para o próximo dia 5 de Junho uma comissão po-lítica distrital para análise dos re-sultados que, diz, «já estava mar-cada antes e para lá de qualquer declaração mais turbulenta». Mas

admite que os militantes falarão do que entenderem.

No essencial, refere a líder fe-derativa, «não é normal que um partido ganhe duas eleições e es-teja a discutir a liderança». E acres-centa: «não faz sentido. Era hora de saborear a vitória em vez de estar-mos a assistir a divergên-cias». Declara «lealdade» ao secretário-geral do partido e acredita que este conti-nuará à frente dos destinos do PS.

Mais cáustica, a experiente ex--autarca, que também já liderou a federação, Amélia Antunes, afir-ma que o avanço de Costa está a ser feito «ao arrepio de qualquer bom senso e das mais elementa-res regras de ética e princípios de lealdade». Para Amélia Antunes não faz sentido criticar um secre-tário-geral que «em menos de três anos foi eleito com um partido a sofrer a sua maior derrota de sem-pre, em 2011, com 28 % dos votos, e que neste percurso reorganizou o partido, percorreu o país, moti-vou militantes, tem agenda pró-pria com o ‘Novo Rumo’, que deu

origem a um programa de gover-no e venceu duas eleições».

Décima na lista às Europeias, Amélia Antunes afirma que Antó-nio José Seguro «é um vencedor» e diz não conhecer um líder que

acaba de ganhar as elei-ções e é posto em cau-sa, «É contranatura e pre-judica o PS, porque dei-xou-se de falar da der-rota da direita, da aus-

teridade, das dificuldades dos por-tugueses e passou-se a falar do PS, desviando as atenções do essen-cial».

E sobre o argumento de que os portugueses não se reveem no atual líder socialista, Amélia An-tunes afirma ser «uma falácia», porque, sustenta, «os portugue-ses sabem distinguir eleições, as europeias, a que nunca ligaram muito, e as legislativas». E fina-liza: «quando António José Se-guro disputar as eleições nacio-nais vai ter uma grande vitória. Parafraseando João Soares, “não há messianismos nem homens providência”», numa alusão a An-tónio Costa.

Madalena e Amélia falam em falta de ética e perplexidade

Comissão política distrital marcada para o próximo dia 5

António José Seguro, em Almada, na campanha para as Europeias de domingo

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RESULTADOS NO DISTRITO DE SETÚBAL

8 Sábado • 31 maio 2014 • www.semmaisjornal.com

CDU vence por décimas em luta renhida com os socialistas e bloco em queda

2009

2014

Os socialistas estiveram perto de vencer as Europeias

no distrito, mas a diferença percentual da CDU em

concelhos como Moita, Grândola ou Barreiro deu para

aguentar por décimas.

Afinal a região não vai ter nem uma, muito menos duas novas eurodeputadas.

Amélia Antunes, PS, e Ana Clara Birrento, da Aliança Portugal, ficaram à bica para seguir viagem com destino a Bruxelas, numa eleição, no caso do distrito, em que a abstenção reinou.

Em termos eleitorais, a CDU manteve-se na liderança como já havia ocorrido nas eleições europeias de 2009, mas o PS en-curtou essa diferença, para pou-co mais de duas décimas, com a vantagem de ter vencido em oito

concelhos, contra cinco ganhos pela CDU. Na roda das vitórias a destacar, os socialistas acaba-ram por retirar às cores da co-ligação unitária os concelhos de Sines, Seixal e Palmela, o que não deixou de ser surpreendente.

A liderança da CDU, que como acima se re-fere, ganhou apenas cin-co dos 13 concelhos do distrito, fica a dever-se à maior diferença percentual con-quistada nesses concelhos face aos socialistas, que tiveram a vi-tória mais expressiva em Sines.

Tal como ocorreu a nível na-cional, o fenómeno Marinho e Pinto, e o seu MPT, conquista-ram uma percentagem a rondar os sete por cento, significativa, tendo em conta a dimensão da quebra registada nas hostes blo-

quistas, que passaram de 14,71% em 2009, para apenas 5,99% no últi-mo domingo.

Mas a maior derro-ta, à semelhança do que ocor-reu a nível nacional, foi a da co-ligação dos dois partidos que su-portam o governo, que no con-

junto, em 2009, obtiveram uma percentagem próxima dos 23% e passados cinco anos não che-garam aos 14%.

De registar também o eleva-do número de votos brancos e nulos, quase 17 mil, superiores, no seu total, às votações obti-das pelo MPT ou pelo Bloco de Esquerda. E a dispersão de vo-tos nos partidos mais pequenos, sendo que alguns atingiram va-lores muito residuais, foi igual-mente contundente, totalizan-do quase 25.000 votos expres-sos.

Total do Distrito de Setúbal2014 2009

% votos votos % votos

CDU 29,04 % 74867 25,60 %

PS 28,78 % 74212 24,24 %

PSD.CDS-PP 13,91 % 35861 22,83 %

MPT 6,24 % 16079 0,64 %

BE 5,99 % 15445 14,71 %

L 2,40 % 6182 --

PAN 2,24 % 5771 --

PCTP/MRPP 2,18 % 5609 1,67 %

PNR 0,59 % 1525 0,55 %

PTP 0,47 % 1200 --

PND 0,44 % 1143 --

PPM 0,43 % 1104 0,37 %

PPV 0,34 % 877 --

MAS 0,34 % 865 --

PDA 0,12 % 314 --

POUS 0,09 % 231 0,13 %

BRANCOS 3,47 % 8940 4,57 %

NULOS 2,96 % 7623 2,14 %

ABSTENÇÃO 64,44 % 467318 62,07 %

Alcácer do Sal

2014 2009

% votos votos % votos

CDU 41,24 % 1789 37,84 %

PS 33,66 % 1460 28,13 %

PSD.CDS-PP 8,76 % 380 13,43 %

MPT 3,39 % 147 0,50 %

BE 3,27 % 142 9,69 %

PCTP/MRPP 2,90 % 126 2,78 %

PAN 0,81 % 35 --

L 0,69 % 30 --

PPM 0,37 % 16 0,50 %

PNR 0,35 % 15 0,38 %

PND 0,32 % 14 --

PTP 0,16 % 7 --

PDA 0,14 % 6 --

MAS 0,09 % 4 --

POUS 0,05 % 2 0,17 %

PPV 0,05 % 2 --

BRANCOS 2,01 % 87 3,13 %

NULOS 1,75 % 76 1,69 %

ABSTENÇÃO 61,19 % 6839 60,60 %

Distritais reconhecem vitórias e derrotas com interpretações para todas as cores partidárias MADALENA Alves Pereira, líder ‘rosa’ distrital, diz que o PS saiu «reforçado e motivado» com os resultados obtidos no distrito. Ape-sar de Amélia Antunes não ter sido eleita, o PS «praticamente igua-lou» o número de votos da CDU. «O Governo PSD/PP está a prazo. O PS está pre-parado para governar Portugal e dar aos por-tugueses um novo rumo».

A CDU, através de Margarida Botelho, considera que houve «cres-cimento da CDU em número de vo-tos, percentagem e mandatos», e

que o resultado acaba por ser «mui-to positivo», uma vez que os ob-jectivos foram «alcançados». Es-tes resultados comprovam o «pac-to do Governo com a troika e a re-jeição das políticas de direita».

Bruno Vitorino, líder ‘laranja’, que admitiu a derrota na-cional, fez lembrar que para aqueles que vatici-navam um «grande de-saire» eleitoral em rela-

ção ao PS, as coisas nem correram assim tão mal. Contudo, admite que os partidos da Aliança Portu-gal têm de «fazer uma reflexão»

sobre determinadas decisões po-líticas que afectaram «a vida das pessoas».

Mariana Aiveca, da distrital, re-conhece que o BE teve «mau» re-sultado eleitoral no País e no dis-trito, o qual ficou «aquém das ex-pectativas», pelo que se deve fa-zer «um sério balanço» destes re-sultados. A seu ver, o debate in-terno deve ser feito na «mais am-pla democracia».

Após a reunião da mesa da mesa nacional de domingo, o BE inicia-rá também no distrito «essa dis-cussão».

Surpresa de Ana Clara Birrento ‘apanhada’ por Marinho e PintoFOI com «surpresa» que Ana Clara Birrento viu-se a um passo da elei-ção como eurodeputada. Oitava da lista da Aliança Portugal, ainda ficou pendente dos últimos resultados que viriam a atribuir mais um mandato ao MPT. «O eleitorado não soube dis-cernir entre as nossas propostas e ausência de ideias do PS. E não per-cebeu a incongruência da candida-tura de Marinho e Pinto, escondido atrás de uma sigla de um partido que não perfilha a mesma base ideoló-gica. Foi uma votação no desconhe-cido», afirmou ao Semmais.

Agora, passado o envolvimento

da campanha e a expectativa do voto, Ana Clara Birrento regressa à dire-ção do Centro Regional de Setúbal da Segurança Social, porque, diz, «não pediu nada em troca». E acrescenta: «Não me deixo abater facilmente, no dia 26 já estava a trabalhar para aju-dar de forma plena os beneficiários e os contribuintes».

Quanto à possibilidade de ain-da chegar a Bruxelas, por via de uma eventual substituição, não deixa de ser lacónica: «O futuro a Deus per-tence». E mantém-se pouco ambi-ciosa na política, embora disposta a servir. «O que tiver que ser, será.»

Montijo

2014 2009

% votos votos % votos

PS 30,41 % 3881 25,86 %

CDU 22,39 % 2858 18,74 %

PSD.CDS-PP 18,12 % 2313 27,99 %

MPT 6,47 % 826 0,72 %

BE 5,92 % 755 13,77 %

PCTP/MRPP 2,46 % 314 2,06 %

L 2,31 % 295 --

PAN 2,28 % 291 --

PNR 0,70 % 89 0,58 %

PTP 0,48 % 61 --

PPM 0,47 % 60 0,38 %

PND 0,38 % 49 --

PPV 0,38 % 49 --

MAS 0,34 % 44 --

POUS 0,08 % 10 0,20 %

PDA 0,06 % 8 --

BRANCOS 4,17 % 532 5,22 %

NULOS 2,56 % 327 2,04 %

ABSTENÇÃO 69,25 % 28735 66,46 %

Sines

2014 2009

% votos votos % votos

PS 33,44 % 1304 25,14 %

CDU 27,16 % 1059 25,19 %

PSD.CDS-PP 11,64 % 454 20,35 %

MPT 6,75 % 263 0,84 %

BE 6,26 % 244 15,75 %

PCTP/MRPP 2,26 % 88 2,35 %

L 2,13 % 83 --

PAN 1,64 % 64 --

PND 0,54 % 21 --

PTP 0,46 % 18 --

PPM 0,44 % 17 0,46 %

PNR 0,38 % 15 0,61 %

PPV 0,26 % 10 --

MAS 0,21 % 8 --

POUS 0,18 % 7 0,23 %

PDA 0,08 % 3 --

BRANCOS 3,59 % 140 5,68 %

NULOS 2,59 % 101 1,56 %

ABSTENÇÃO 67,44 % 8075 66,15 %

Bloco de Esquerda vai iniciar discussão interna

PS ganha Sines, Seixal e Palmela à coligação unitária num mar de abstenção

MPT de Marinho e Pinto acimado Bloco foi a grande surpresa

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Sábado • 31 maio 2014 • www.semmaisjornal.com 9

Alcochete

2014 2009

% votos votos % votos

CDU 10,278 1408 24,41 %

PS 25,72 % 1311 24,31 %

PSD.CDS-PP 15,44 % 787 23,63 %

MPT 6,75 % 344 0,66 %

BE 5,61 % 286 13,19 %

L 3,55 % 181 --

PCTP/MRPP 2,08 % 106 1,38 %

PAN 2,06 % 105 --

PPM 0,55 % 28 0,49 %

PTP 0,49 % 25 --

PNR 0,47 % 24 0,68 %

PND 0,43 % 22 --

MAS 0,43 % 22 --

PDA 0,18 % 9 --

PPV 0,18 % 9 --

POUS 0,08 % 4 0,13 %

BRANCOS 5,28 % 269 6,33 %

NULOS 3,08 % 157 1,93 %

ABSTENÇÃO 63,54 % 8882 61,61 %

Almada

2014 2009

% votos votos % votos

PS 29,34 % 16313 25,74 %

CDU 25,89 % 14393 22,39 %

PSD.CDS-PP 15,53 % 8635 25,00 %

MPT 6,43 % 3574 0,60 %

BE 6,25 % 3477 14,63 %

L 2,93 % 1628 --

PAN 2,53 % 1406 --

PCTP/MRPP 1,87 % 1040 1,31 %

PND 0,49 % 274 --

PNR 0,46 % 254 0,46 %

PTP 0,42 % 233 --

PPM 0,38 % 211 0,37 %

PPV 0,33 % 184 --

MAS 0,33 % 182 --

PDA 0,12 % 66 --

POUS 0,11 % 63 0,10 %

BRANCOS 3,49 % 1941 4,40 %

NULOS 3,10 % 1721 2,30 %

ABSTENÇÃO 62,74 % 93630 60,55 %

Barreiro

2014 2009

% votos votos % votos

CDU 36,96 % 10756 33,85 %

PS 28,74 % 8365 24,54 %

PSD.CDS-PP 9,24 % 2689 16,67 %

BE 5,53 % 1609 14,15 %

MPT 5,35 % 1558 0,50 %

L 2,07 % 602 --

PCTP/MRPP 2,06 % 600 1,50 %

PAN 2,01 % 584 --

PNR 0,94 % 274 0,52 %

PTP 0,40 % 115 --

PPM 0,39 % 113 0,34 %

PND 0,31 % 91 --

MAS 0,31 % 90 --

PPV 0,28 % 81 --

PDA 0,12 % 36 --

POUS 0,06 % 17 0,11 %

BRANCOS 2,57 % 747 3,74 %

NULOS 2,67 % 777 2,05 %

ABSTENÇÃO 58,48 % 40986 57,56 %

Pub.

Grândola

2014 2009

% votos votos % votos

CDU 38,16 % 1849 34,03 %

PS 30,50 % 1478 25,64 %

PSD.CDS-PP 12,22 % 592 19,33 %

MPT 4,04 % 196 0,41 %

BE 3,47 % 168 10,65 %

PCTP/MRPP 2,91 % 141 2,59 %

L 1,28 % 62 --

PAN 1,07 % 52 --

PNR 0,43 % 21 0,35 %

PPM 0,35 % 17 0,31 %

PND 0,29 % 14 --

PTP 0,25 % 12 --

MAS 0,17 % 8 --

PPV 0,12 % 6 --

PDA 0,10 % 5 --

POUS 0,04 % 2 0,14 %

BRANCOS 3,10 % 150 3,57 %

NULOS 1,51 % 73 1,58 %

ABSTENÇÃO 60,95 % 7565 59,42 %

Moita

2014 2009

% votos votos % votos

CDU 39,51 % 8169 35,31 %

PS 25,95 % 5366 20,71 %

PSD.CDS-PP 8,40 % 1737 15,58 %

BE 6,81 % 1408 16,78 %

MPT 4,85 % 1003 0,67 %

PCTP/MRPP 2,66 % 550 1,98 %

PAN 2,04 % 421 --

L 1,83 % 379 --

PNR 0,56 % 115 0,63 %

PND 0,53 % 109 --

PTP 0,42 % 87 --

PPM 0,34 % 71 0,32 %

PPV 0,33 % 69 --

MAS 0,31 % 64 --

PDA 0,10 % 21 --

POUS 0,10 % 20 0,14 %

BRANCOS 2,72 % 563 3,77 %

NULOS 2,54 % 526 1,99 %

ABSTENÇÃO 64,92 % 38274 62,38 %

Palmela

2014 2009

% votos votos % votos

PS 27,49 % 4688 21,99 %

CDU 27,12 % 4626 25,24 %

PSD.CDS-PP 14,44 % 2462 23,49 %

MPT 7,11 % 1213 0,80 %

BE 6,30 % 1075 14,85 %

PCTP/MRPP 2,63 % 448 2,06 %

L 2,49 % 424 --

PAN 2,29 % 391 --

PNR 0,66 % 113 0,64 %

PPM 0,53 % 90 0,39 %

PND 0,52 % 88 --

PTP 0,50 % 86 --

MAS 0,40 % 69 --

PPV 0,24 % 41 --

PDA 0,13 % 23 --

POUS 0,11 % 19 0,16 %

BRANCOS 3,96 % 676 5,48 %

NULOS 3,07 % 523 2,12 %

ABSTENÇÃO 66,98 % 34592 64,07 %

Santiago do cacém

2014 2009

% votos votos % votos

CDU 33,01 % 3018 28,22 %

PS 27,71 % 2533 23,18 %

PSD.CDS-PP 15,37 % 1405 22,63 %

MPT 5,34 % 488 0,72 %

BE 4,58 % 419 12,98 %

PCTP/MRPP 2,40 % 219 2,61 %

L 1,51 % 138 --

PAN 1,13 % 103 --

PTP 0,48 % 44 --

PPM 0,48 % 44 0,50 %

PND 0,43 % 39 --

PNR 0,40 % 37 0,45 %

MAS 0,30 % 27 --

PPV 0,14 % 13 --

POUS 0,09 % 8 0,08 %

PDA 0,07 % 6 --

BRANCOS 4,15 % 379 5,06 %

NULOS 2,43 % 222 1,75 %

ABSTENÇÃO 63,74 % 16071 62,74 %

Seixal

2014 2009

% votos votos % votos

PS 28,35 % 13505 24,58 %

CDU 28,03 % 13350 24,65 %

PSD.CDS-PP 13,99 % 6665 22,90 %

MPT 6,86 % 3266 0,62 %

BE 6,01 % 2863 14,60 %

L 2,39 % 1137 --

PAN 2,17 % 1033 --

PCTP/MRPP 1,99 % 949 1,54 %

PNR 0,64 % 303 0,71 %

PTP 0,55 % 263 --

PPV 0,52 % 248 --

PND 0,44 % 208 --

PPM 0,43 % 207 0,35 %

MAS 0,33 % 156 --

PDA 0,12 % 56 --

POUS 0,08 % 39 0,13 %

BRANCOS 3,62 % 1722 4,89 %

NULOS 3,49 % 1664 2,50 %

ABSTENÇÃO 64,42 % 86236 62,27 %

Sesimbra

2014 2009

% votos votos % votos

PS 28,33 % 3701 24,13 %

CDU 24,21 % 3163 21,31 %

PSD.CDS-PP 15,60 % 2038 25,17 %

MPT 7,48 % 977 0,75 %

BE 6,34 % 828 15,13 %

PAN 2,95 % 385 --

L 2,59 % 338 --

PCTP/MRPP 2,13 % 278 1,60 %

PNR 0,70 % 92 0,51 %

PTP 0,55 % 72 --

MAS 0,51 % 66 --

PPM 0,47 % 62 0,34 %

PND 0,47 % 61 --

PPV 0,43 % 56 --

PDA 0,14 % 18 --

POUS 0,06 % 8 0,15 %

BRANCOS 3,53 % 461 5,16 %

NULOS 3,53 % 461 2,72 %

ABSTENÇÃO 68,67 % 28630 63,58 %

Setúbal

2014 2009

% votos votos % votos

PS 29,76 % 10307 23,27 %

CDU 24,34 % 8429 19,85 %

PSD.CDS-PP 16,47 % 5704 27,96 %

MPT 6,42 % 2224 0,70 %

BE 6,27 % 2171 16,13 %

PAN 2,60 % 901 --

L 2,56 % 885 --

PCTP/MRPP 2,17 % 750 1,50 %

PTP 0,51 % 177 --

PNR 0,50 % 173 0,46 %

PPM 0,49 % 168 0,37 %

PND 0,44 % 153 --

MAS 0,36 % 125 --

PPV 0,31 % 109 --

PDA 0,16 % 57 --

POUS 0,09 % 32 0,17 %

BRANCOS 3,68 % 1273 4,61 %

NULOS 2,87 % 995 1,75 %

ABSTENÇÃO 66,52 % 68803 63,93 %

Page 10: Semmais 31 mai

LOCAL

10 Sábado • 31 maio 2014 • www.semmaisjornal.com

De 2 a 28 de Junho, as ruínas romanas de Tróia vão receber estudantes de arqueologia

internacionais e portugueses na CEAACP-Troia Summer School, um programa de formação cujo trabalho de campo irá permitir pôr a desco-berto mais uma fracção daquele que é considerado o maior complexo de produção de salgas de peixe conhecido no mundo romano.

Trata-se de um projecto do Cen-tro de Estudos de Arqueologia, Ar-tes e Ciências do Património (CEAA-CP) da Universidade de Coimbra e do Troia Resort, numa parceria com a Universidade do Arizona e conta-rá com a participação de nove es-tudantes dos Estados Unidos da Amé-rica, da Grã-Bretanha e de Portugal na escavação de uma grande oficina de salga parcialmente coberta de areia, com tanques de 2,15 metros de profundidade.

Os visitantes das ruínas roma-nas de Tróia terão a oportunidade de assistir aos trabalhos de escava-ção durante a parte da manhã, ou

seja, entre as 10 e as 13 horas, e à tar-de, a equipa fará o inventário e la-vagem dos achados da escavação.

No dia 16 de Junho, data em que se assinalam os 104 anos da classifica-ção do sítio arqueológico como Monumento Na-

cional, prevê-se a realização de um Open Day, em que os mais curiosos poderão participar nas escavações.

Espera-se que os trabalhos per-

mitam delinear a planta e conhecer a época de construção daquela que parece ser uma das maiores e mais antigas oficinas de salga de Tróia, e encontrar vestígios da última pro-dução de salga de peixe, além de ân-foras, os recipientes que transpor-tavam os produtos. Mas não seria a primeira vez que se encontrariam outros objectos do quotidiano como loiça de cozinha e de mesa, alfine-tes de cabelo e ainda moedas.

O programa da Troia Summer School possibilitará ainda aos vá-rios estudantes participar em pales-tras, workshops e visitas de estudo a museus e outros sítios arqueoló-gicos de Coimbra, Lisboa, Setúbal, Alcácer do Sal, Santiago do Cacém, Sines e Beja, com que se pretende enriquecer o seu conhecimento so-bre o património histórico e arqueo-lógico da região do Alentejo e de ou-tros pontos do país.

Alcochete revive festas camponesas

Almada defende reforço da rede hospitalar

Barreiro acolhe celebrações do dia do bombeiro

O MUNICÍPIO repudia a decisão do Governo de concentrar em hospi-tais de Lisboa especialidades médi-cas, diminuindo valências do Hos-pital Garcia de Orta. A autarquia con-clui que a medida provocará “ele-vados danos para as populações”, em resultado da “concentração em hospitais de Lisboa de especialida-des médicas e cirúrgicas de impor-tância vital para a saúde dos doen-tes e sinistrados”.

Segundo a autarquia, a decisão contraria também os estudos efe-tuados com vista a definir a futura rede hospitalar e que apontam para a necessidade de assegurar a quali-ficação do Garcia de Orta através da construção do Hospital do Seixal.

O município vai “promover as diligências com vista à sua revoga-ção e à abertura de diálogo que con-duza ao reforço da rede hospitalar e do SNS”.

AS COMEMORAÇÕES do Dia do Bombeiro decorrem este domingo, às 10 horas, na Avenida Bento Gon-çalves, no Barreiro.

O hastear das bandeiras decor-re às 10 horas, seguindo-se a che-gada do facho para acendimento da Pira. A missa solene começa às 11 horas, na Igreja de N.ª Sr.ª do Rosá-rio. Às 14 horas realiza-se a concen-tração dos bombeiros e viaturas do distrito, na praia Norte - estrada de acesso ao Clube Naval.

Às 15h30 decorre a receção às entidades, seguindo-se a passagem em revista às forças em parada, bem como a entrega de Prémio Bombei-ro de Mérito 2013, Menções Honro-sas e Condecorações. Depois da alo-cuções do presidente da Câmara, do presidente da LBP e do Ministro da Administração Interna, tem lugar um desfile apeado e motorizado.

EM S. FRANCISCO decorrem até domingo, as Festas de Confrater-nização Camponesa. Com cartaz diversificado, são uma celebração às origens rurais. Largadas de toi-ros, a noite da sardinha assada, a procissão em honra de S. Francis-co de Assis e um encontro de mo-tas antigas são atracções.

No panorama musical, sobem ao palco conjuntos como Pão com Manteiga, Reticências, Clave do Tó, 4 por 4, Nélio Pinto e Ana Ritta.

O domingo de manhã é dedica-do ao público infantil com a reali-zação de jogos tradicionais, que vão decorrer na Rua António Aleixo, das 10 às 12 horas.

Com os apoios do município e da Junta de Freguesia S. Francisco, as festas de Confraternização Cam-ponesa são organizadas pela asso-ciação de festas.

O trabalho de campo dos estudantes nacionais e internacionais permitirá descobrir mais uma fracção do complexo

O tradicional convívio do Dia do Pescador, realiza-se este sábado, às 18 horas, na Ave-nida Vasco da Gama, em Sines. O convívio é, pela primeira vez, organizado pela As-

sociação de Armadores de Pesca Artesa-nal e do Cerco do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina, com o apoio da Câmara e dos pescadores de Sines.

A biblioteca do Seixal recebe este sábado e domingo, pelas 21 horas, mais Uma Noi-te na Biblioteca. A iniciativa visa propor-cionar uma noite diferente a crianças dos

8 aos 11 anos que participam em ateliês de leitura e escrita criativa, descobrem os sons fantásticos do espaço no período noturno e dormem ao som de histórias infantis.

Sines promove Dia do Pescador Crianças passam noite na biblioteca

Maior complexo romano de produção de salgas de peixe está em Troia

DR

Visitantes das ruínas podem assistir aos trabalhos

Sesimbra dedica semana ao peixe-espada preto

PEIXE-ESPADA Preto Recheado com Legumes em Crosta de Broa e Ervas Aromáticas ou Espada Pre-to Fumado a Quente com Puré de Couve-flor e Molho de uma Cal-deirada são apenas duas das cer-ca de 40 receitas que o público vai poder provar durante a 9.ª edição da Semana Gastronómica do Pei-xe-espada Preto, que arrancou sex-ta-feira e decorre até 10 de Junho.

Para valorizar o Peixe-espada Preto, capturado de forma artesa-nal há cerca de 40 anos pelos pes-cadores de Sesimbra, e dinamizar a restauração, capitalizando assim as potencialidades da região, o mu-nicípio decidiu criar, em 2006, este evento gastronómico dedicado ex-clusivamente a esta espécie.

Mais de 90 por cento do Pei-xe-espada Preto português é pes-

cado por embarcações de Sesim-bra, número que transmite bem a importância desta espécie para a economia e gastronomia locais. Atualmente, a pesca é feita de for-ma artesanal por cerca de 260 pescadores, que partem todos os dias em 16 barcos, rumo ao lar-

go de Sesimbra.Em todas as edições, os che-

fes sesimbrenses surpreendem o público com pratos inovado-res e bastante variados, como o Espada Preto de Sesimbra em Tempura de Cerveja Preta e Sé-samo, Creme de Amêndoas e Le-gumes com Aromas Asiáticos, entre outros.

Este ano, a complementar as receitas os restaurantes sugerem também um vinho da região, em resultado da parceria com a Co-missão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal.

O evento é organizado pelo município, Junta de Freguesia de Santiago, ArtesanalPesca, Asso-ciação de Comerciantes e Indus-triais de Sesimbra e Associação de Comerciantes.

DR

Há muitas receitas para provar

Hospital Garcia de Orta

Os vários estudantes vão ter a possibilidade de participar em palestras, workshops e visitas de estudo

DR

Ruínas de Grândola recebem estudantes de arqueologia

Page 11: Semmais 31 mai

Sábado • 31 maio 2014 • www.semmaisjornal.com 11

Alcácer do Sal venera S. Sebastião Palmela homenageia valores da terra

Moita medieval celebra foralNA ALDEIA de Santa Catarina de

Sítimos terminam este sábado as tra-dicionais festas em honra de S. Se-bastião, uma iniciativa que prome-te petiscos, diversão e componen-te religiosa.

As cerimónias religiosas come-çam com uma romaria a cavalo, com partida de Alcácer do Sal, seguindo--se a missa e procissão em honra de S. Sebastião, com a participação da

Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba. A tarde vai ser de-dicada a atividades tradicionais, tais como cavalhada, vacada e gincana de tratores. Às 20h30 atua o Rancho Folclórico de Alcácer, seguindo-se a banda Karisma e o grupo Banza. Durante a festa decorre uma quer-messe em que os participantes po-dem ganhar prémios que foram re-colhidos por um grupo de jovens.

O DIA do Concelho celebra-se este domingo, com a assinatura de um protocolo com O Bando, às 15 ho-ras, em Vale de Barris, a inaugura-ção de “Catapultas e Máquinas de Cerco”, às 16 horas, na Igreja de San-tiago, e a atribuição de medalhas, às 17 horas, no teatro S. João.

Nesta cerimónia, serão galardoa-das personalidades e entidades com a Medalha de Honra e a Medalha de Mérito, e mais de cem trabalhado-res com a Medalha Municipal de Ser-viço Prestado. Trata-se de trabalha-dores que ao longo dos 15, 25 e 35 anos de carreira revelaram assidui-dade e comportamento exemplares.

Este ano, ao assinalar os 40 anos do 25 de abril, o município enten-deu realçar personalidades e asso-ciações que contribuíram para a ins-talação e manutenção da Liberda-de e distinguir áreas de atividade que marcaram a vida do concelho.

ATÉ DOMINGO, Alhos Vedros é pal-co da 7.ª Feira Medieval. Este ano, inserida nas comemorações dos 500 Anos do Foral Manuelino, a feira, que atrai cada vez mais visitantes, con-ta com jogos medievais, torneio de armas de cortesia a cavalo, workshop com aves de rapina, cães das terras de Atómum, animações de rua, des-files, malabarismos de fogo, danças orientais, teatro e música, entre ou-tras animações. A entrada é livre.

Santiago lança concurso de ideias para jovens empresáriosO MUNICÍPIO lançou o seu Con-curso de Ideias Inovadoras, as quais deverão ser exequíveis, comercia-lizáveis e responder às necessida-des de mercado. Inscrições até 29 de Agosto.

«O empreendedorismo e o de-senvolvimento económico são fun-damentais», sublinha o presiden-te da Câmara Álvaro Beijinha, que reforça a ideia atendendo a que «nos dias que vivemos temos de contrariar uma tendência que, in-

felizmente, se tem verificado no nosso país e que tem levado mui-tos jovens qualificados a não ter uma oportunidade e a serem con-frontados entre o desemprego e terem de ir para o estrangeiro».

O município e a Agência de De-senvolvimento Regional do Alen-tejo procuram, com esta iniciativa, «incentivar os jovens a ter ideias que possam contribuir para o desenvol-vimento do nosso município e que gerem criação de riqueza».

Montijo descobre novos talentosESTÃO abertas as inscrições para o VII Concurso de Poesia e Fic-ção Narrativa “Montijo Jovem”, promovido pelo município para descobrir novos talentos na área da criação literária. Desde 2001 que o concurso tem sido um su-cesso na política cultural do mu-nicípio, tanto pela quantidade dos trabalhos concorrentes como pela qualidade das obras ven-cedoras. Qualquer cidadão re-

sidente em Portugal, dos 15 aos 25 anos, pode candidatar-se. O concurso compreende as moda-lidades de poesia e ficção nar-rativa. Cada concorrente só pode apresentar um trabalho. Os tra-balhos, de tema livre, devem ser inéditos, escritos em língua por-tuguesa. Os vencedores das duas categorias recebem, como pré-mio, 1 250 euros cada. Inscrições até dia 14 de agosto.

DR

Malabarismos de fogo

Sines debate economia verdeA FACULDADE de Ciências da Universidade de Lisboa, em parceria com o município, pro-move o debate “(Re)industria-lização e Economia Verde”, a 2 de junho, às 9 horas, no Cen-tro de Artes de Sines.

Serão apresentados os re-sultados do recentemente ter-minado inquérito de opinião, uma das ações do “Projeto--UE: sustentabilidade e uso eficiente dos recursos”. Estes resultados serão o móbil da discussão ao longo do even-to, que contará com os con-tributos de Miguel Borralho, diretor da ZILS, Mónica Bri-to, diretora da Sines Tecno-polo, Fernanda Santos, médi-ca de Saúde Pública, Manuel Ferreira De Oliveira, diretor Executivo da Galp Energia, e Cristina Ferreira, jornalista, na qualidade de moderadora.

NOISERV e Linda Martini são os ca-beças de cartaz do 5.º Festival Ur-bano de Música e Outras Coisas (FUMO), a realizar de 15 e 28 de ju-nho, em Setúbal, com orçamento de 15 mil euros.

Organizado em parceira entre a Experimentáculo e o município, o evento aposta num cartaz eclético, formado por estilos diferentes, ca-paz de cativar vários públicos.

Entre os regressos de Noiserv e Linda Martini e a estreia dos Black Bombaim, de Barcelos, registo para a divulgação de vários projetos de Setúbal, nomeadamente de Celina da Piedade, Tio Rex e Hell Hound, a par de Ash is a Robot. Outra estreia é o conjunto espanhol de punk/hard-core Trono de Sangre.

O vereador do município, Pedro Pina, destacou a importância do fes-tival ao afirmar que este «é uma re-ferência no panorama da região» e que nos últimos anos tem «atraído público de vários locais».

O vereador, ao enaltecer a «iden-tidade muito própria do evento, com

uma oferta musical muito diversi-ficada e de qualidade», sublinhou a particularidade do FUMO ao reali-zar um périplo por vários espaços. «Faz todo o sentido apoiar um fes-tival com estas características».

A programação deste ano, sem cinema, mantém a aposta de um fes-tival itinerante, com concertos em vários equipamentos culturais da ci-dade, uma forma de «continuar a pro-

mover os locais de valor histórico e patrimonial de Setúbal», vincou Pe-dro Soares, da Experimentáculo.

«Acreditámos sempre neste pro-jeto. Tem havido um aumento cons-tante de público e o feedback que recebemos, tanto das pessoas como das próprias bandas, é muito bom», realçou Pedro Soares, ao adiantar que, por edição, passam pelo FUMO cerca de 3 mil pessoas.

DR

Festival FUMO promete oferta musical de qualidade em Setúbal

Pedro Pina e Pedro Soares apresentaram o certame na Casa da Cultura

Seixal inaugura horta socialO ESPAÇO hortícola do Monte Sião, na Torre da Marinha, é inaugura-do hoje, às 11 horas. É o arranque da rede de hortas urbanas, com 2 560 metros quadrados, que com-porta a criação de 16 talhões de cultivo, na tipologia de hortas so-ciais. Está vocacionado para o com-plemento ao rendimento familiar, reforçando-se desta forma o apoio às famílias, através da diversifica-ção das fontes de subsistência.

INICIATIVAS

Clubede Leitura Atividades ocupacionais em torno do livro são promovidas no Clube de Leitura de Verão, entre 20 de junho e 25 de julho, na biblioteca de Setúbal, que in-clui ainda visitas guiadas a es-paços museológicos. A inicia-tiva, destinada a crianças dos 8 aos 17 anos, é promovida pelo município. As inscrições abrem a 2 de junho.

Grândola celebra José Afonso As comemorações dos 50 anos do poema “Grândola, Vila Mo-rena”, escrito por José Afonso, encerram com o concerto “Grân-dola a tua vontade”, este sába-do, às 21h30, no Memorial ao 25 de Abril, que reúne músicos de diversas áreas e gerações que se juntam para lembrar e divul-gar a obra de José Afonso.

Folcloreno PoceirãoO parque Mário Bento, no Po-ceirão, recebe este sábado, às 15 horas, a actuação de vários ran-chos folclóricos. Esta será uma grande festa do folclore, que pre-tende promover a cultura local e valorizar a atividade dos ran-chos do concelho de Palmela, possibilitando o convívio e a tro-ca de experiências entre os par-ticipantes.

Varinofaz visitasO Varino Pestarola já se encon-tra a navegar. As marcações para a embarcação tradicional, pro-priedade do município do Bar-reiro, podem ser efetuadas no posto de turismo do Barreiro, sito no mercado 1.º de Maio, de terça-feira a sábado, das 9h30 às 13 horas e das 14h30 às 18 ho-ras. Encerrado aos domingos e segundas-feiras.

DR

Zona comporta 16 talhões de cultivo

Page 12: Semmais 31 mai

CULTURA

12 Sábado • 31 maio 2014 • www.semmaisjornal.com

Maria Teresa Meireles

DICIONÁRIO ÍNTIMO

Labirinto, enredos, entradas de saída confusa, emara-nhado, nó?

Ouvido interno ou labirin-to: quando afectado, perdemos o equilíbrio, a orientação.

Texto ou discurso labirínti-co: imbrincado, incompreensí-vel, difícil de interpretar.

O labirinto da palavra, do si-lêncio, dos gestos, dos olhares, dos subentendidos, das leituras erróneas ou errantes. O labirin-to das nossas vidas, dos nossos sentimentos. «Perdi-me dentro de mim / Porque eu era labirin-to», confessa Mário de Sá-Car-neiro.

O Escritor e seus labirintos: «O Labirinto das Trevas», de Lawrence Durrell, «O General no seu Labirinto», de Gabriel Garcia Marquez, «O Labirinto da Solidão», de Octávio Paz «O Labirinto da Saudade», de Eduar-do Lourenço. «O Labirinto do Fauno», de Guillermo del Toro; «Os Labirintos da Memória», de José Hermano Saraiva - o labi-rinto das recordações, de todas as ficções e fricções. «Passado não é cronologia. O Passado é um labirinto e estamos nele», afirma Vergílio Ferreira.

O labirinto é anguloso, re-côndito, abre para o interior.

O cérebro é um labirinto, la-birínticas circunvoluções. Tal como a Alma.

O labirinto vive das som-bras, espaço a claro-escuro, a claro-escuso - oposto da linha recta, certa e limpa. Perdemos o fio, ficamos no labirinto. O labirinto é um meio sem um fim; um caminho sem conse-quência, a imagem da deman-da e do erro; metáfora de ou-tras metáforas.

O labirinto é promessa, enig-ma, segredo; a esquina sobre nós mesmos, a dobra - por vezes o

que nos sobra, ensombra ou as-sombra. O labirinto vive de sus-peitas, de suspiros, de meios--tons – o seu som é sibilante, sub-reptício. É curva e contra--curva - o contra-senso em con-tra-mão.

O labirinto é perturbação e angústia, espaço do caos onde o fio, a linha, o elo encadeado do tempo ou da palavra permi-te a ordenação, a reorientação. Claustrofobias.

A loucura é um labirinto, as-sim como todas as relações sem fio condutor ou com o fio já per-dido ou puído.

Em Creta, o labirinto foi construído por Dédalo para ocul-tar o Minotauro. O fio de Ariad-ne, a teia do aracnídeo. A inven-ção do monstro e sua invoca-ção. O espaço labiríntico do monstro informe por inventar ou inventariar. O labirinto do monstro - o meio-homem, o meio-humano ser que todos so-mos.

O labirinto esconde, aprisio-na e acolhe; escolhe aquele que aprisiona; encolhe à medida que aprisiona. O labirinto tolhe.

Quem constrói o labirinto, nele morre, a menos que apren-da a voar – assim nos ensina o mito. Quem se perde no labirin-to, precisa de um fio condutor, de uma ficção - porque do labi-rinto sai-se apenas pelo fio ou pelo voo.

Todo o sentimento maior nos projecta de imediato no la-birinto.

O labirinto avança por nós à medida que por ele avança-mos. O labirinto é avassalador (vassalo de mim ou meu senhor?) O labirinto é o exercício do beco sem saída. Tudo é passível de se «labirintarizar». E eu, eu la-birinto-me.

[email protected]

Labirinto

António Luís

Distinguida em 2011, pelo Turismo de Portugal, como um dos melhores projectos culturais do Litoral Alentejano, a Mostra traz a Portugal, pela primeira vez, “André y Dorine”, dos espanhois Kulunka.

Mostra de Teatro de Santo André apresenta o mais extenso e ambicioso programa de sempre

O grupo Ensaiarte estreia “Tabela Estatís-tica”, no âmbito da programação “Artima-nha Convida”, este sábado, às 21h30, no auditório de Pinhal Novo. Este manifesto

atual sobre a situação de crise económi-ca, financeira e de valores, conta com en-cenação de Célia Figueira e dramaturgia de Maria Morais. Entrada livre.

Até este domingo, o teatro João Mota, em Sesimbra, recebe a 10.ª Mostra de Teatro Escolar. Dar visibilidade ao trabalho de-senvolvido pelas escolas, promover o tea-

tro junto da comunidade escolar e contri-buir para o crescimento artístico e pessoal dos alunos do concelho são os principais objetivos da Mostra de Teatro.

Ensaiarte estreia “Tabela Estatística” Teatro escolar mostra-se em Sesimbra

Ambientes ligados ao mar na Casa d´Avenida “VAGUEAR Mar” é a exposição de Graça Pinto Basto e Maria João Fra-de, que retrata atmosferas e ambien-tes à volta do mar, que pode ser apre-ciada na Casa d´Avenida, em Setú-bal, até 8 de Junho.A mostra disciplinar concilia a pin-tura, desenhos, textos e outras refe-rências ligadas ao mar. Este sábado, às 17h30, recebe uma conversa com Pedro Lapa, que fará um percurso por “diversas configu-rações e sentidos nas artes visuais”. E domingo, às 10 horas, decorre um atelier, alusivo ao mar, para crian-ças. Às 18 horas, Joana Bagulho to-cará Carlos Paredes em cravo. Maria João Frade, coordenadora da

Casa d´Avenida, realça que as por-tas abriram em Junho de 2011 e, des-de então, tem sido palco de «inten-sa actividade», com destaque para exposições, concertos, teatro, lan-

çamento de livros, encontros, poe-sias para bebés, ateliers, entre ou-tras iniciativas. E acrescentou que este projecto cultural privado tem «disponibilizado o espaço a outras instituições para diversas activida-des, como o município». “Do Lado de Lá” é a mostra que a Casa d´Avenida mantém patente, na Casa da Cultura da Comporta, com trabalhos de Acácio Malhador, Ana Mafra, Carla Smith, Carlos Eufémia, Carlos Pereira Silva, Francisco Bor-ba, Gonçalo Faro, Graça Pinto Bas-to, Ivan Prego, Lourdes Sendas, Mar-garida Lourenço, Misé Pê Pê, Ro-mualdo, Teresa Canto Noronha, Te-resa Melo e Tito Damião.

Com o programa «mais extenso e ambicioso de sempre» e um orçamento

a rondar os 45 mil euros, a 15.ª Mostra de Teatro de St.º André, que decorre de 2 a 29 de Junho, aposta em 16 espectáculos, 50 sessões de teatro, 14 companhias profissionais, das quais quatro internacionais, duas estreias abso-lutas, nove animações musicais, duas animações teatrais, quatro exposições e dois workshops.

Com espectáculos em Vila Nova de Santo André, Santiago do Cacém, Sines, Porto Covo, Grândola, Odemira, Lisboa e Faro, o programa deste ano con-ta com as estreias do Teatro do Mar e do Teatro ao Largo, que levam ao palco, respectivamen-te, “InTransit” e “Zanetto”.

Mário Primo, director da mostra, realça que, apesar

da crise económica, o cer-tame continua a afirmar-

-se «teimosamente como um dos eventos culturais mais

importantes do Litoral Alen-tejano», acrescentando

que a mostra assume--se como «uma ver-dadeira escola do es-pectador e é respon-sável por um fenóme-no invulgar de popu-larização do teatro nesta região, onde ge-

rou um fluxo muito grande de público atento, criterioso e exi-gente, sem necessidade de fa-zer cedências nos padrões de qualidade ou nas opções esté-ticas e nas linguagens artísti-cas».

O responsável não tem dú-vidas de que se trata da «maior Mostra de sempre», que apos-ta num programa «variado de propostas teatrais escolhidas criteriosamente com níveis ele-vados de exigência qualitativa e com o pragmatismo a que cons-trangimentos económicos e fí-sicos das salas de que dispomos obrigam, privilegiando a dimen-são solidária dos criadores e o seu respeito pelo trabalho aqui realizado».

O Teatro dos Aloés/Teatro Nacional de S. João apresenta a co-produção “Noite de Guer-ra no Museu do Prado”. Palmi-lha Dentada regressa com “Di-mas e Gestas” e “Guardião do Rio”. A Companhia Ibérica Pe-ripécia Teatro traz uma versão de Hamlet, e o Chapitô apresen-ta “Dr. Jekyll and Mr. Hyde”. De França vem o Teatro Picaro, com a “Fábula Buffa”, Carlos Marti-nez apresenta “Hand Made”, e da Colômbia regressa Juan Car-los Agudelo que fará dois workshops, entre outros espec-táculos.

Sempre com a região, sempre pela região...

Atmosferas e ambientes do mar

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Sábado • 31 maio 2014 • www.semmaisjornal.com 13

Rock no Sado quer posicionar-se entre os oito primeiros festivais nacionais

Ofertas Semmais • Ligue e peça os seus convites

O Parque Urbano de Albarquel vai receber, no dia 7 de Junho, a partir das 22 horas, mais uma festa convívio para relembrar a ‘velhinha’ discoteca em ple-no coração da Serra da Arrábi-da, que animou as noites de mui-

tas gerações durante largos anos junto ao mar e que, na região de Setúbal, era dos raros espa-ços noturnos que conseguia ar-rastar gentes de fora. Intitula-da “Turnbacktime”, a festa pre-tende fazer uma viagem pelo

tempo com todos aqueles que frequentavam e gostavam des-te espaço famoso de lazer sa-dino dos anos 80 e 90. A orga-nização pertence aos donos do bar Absurdo, que conta com o apoio oficial do município se-

tubalense e da Casa da Baía. Para se habilitar aos convites duplos para a festa “Turnba-cktime”, deverá ligar 918 047 918 ou enviar um email para: [email protected].

Ganhe convites para a festa do Seagull

Cartaz...

A ORGANIZAÇÃO do Festival Rock no Sado pretende que este certa-me figure entre os oito primeiros festivais de música nacionais. A revelação foi feita por Pedro Go-mes, da organização, durante a apresentação da 2.ª edição, a ter lugar entre 15 a 17 de Agosto, no parque Sant´Iago, em Setúbal. No encontro, que decorreu na Casa da Cultura, na passada terça-fei-ra, marcou presença António Ma-nuel Ribeiro, líder dos UHF e pa-

drinho da iniciativa. António Manuel Ribeiro con-

fessou que de início pensou que o festival iria ser uma «ilusão», mas, com «a força e o querer da música portuguesa que está por detrás des-ta gente que organiza o festival», e, só por isso, «estarei sempre cá».

Pedro Gomes, da organização, revelou que o evento este ano está «menos rockeiro». Todavia, a quan-tidade de bandas e de palcos foram dobradas e há também espaço para

apoiar as pequenas bandas de Se-túbal». Acima de tudo, a organiza-ção tenciona «trazer pessoas a Se-túbal para usufruírem de um es-paço em óptimas condições

Carlos Oliveira, outro elemen-to da organização, referiu que «va-mos continuar a apostar num pro-jecto em que acreditamos. Espe-ramos que se torne num festival de repercussões a nível nacional e que vingue pela região e pela mú-sica portuguesa».

Já o vereador da Cultura, Pedro Pina, afirmou que Setúbal vai voltar a ter «boa música e bom rock», pelo que deposita grandes expectativas para que o festival deste ano seja um «enorme sucesso». «O espaço é o ideal para acolher este tipo de festas com boas bandas e boa música por-tuguesa. Queremos que seja um fes-tival de referência para todos».

Xutos & Pontapés, UHF, Boss AC, Richie Campbell e Alcoolémia são os cabeças de cartaz. O passe para os três dias custa 30 euros, com direito a campismo, enquan-to um bilhete de um dia fica em 15 euros.

Teatro de revista anima Palmela“E porque não emigras?” é o espetáculo de revista

de comédia musical da autoria de Carlos Areia, que conta com as

interpretações de Patrícia Candoso, Carlos Areia, Marta Fernandes, Paulo Patrício e Rosa Soares. Teatro S. João, Palmela • 21h30.

Gala 25 de Abril com dançasA “Gala 25 de Abril”, da responsabilidade do grupo Dancexpert Project, que integra alguns dos bailarinos que fizeram parte do programa da TVI “Dança com as Estrelas”, nomeada-mente André Branco, Pedro Bor-ralho, Dima, Guilena Bondar e Mónica Banza, conta com a exibição de vários estilos de danças.Forum Cultural do Seixal • 21h30.

Mar de emoções“Mar de Emoções” conta com as actuações da Orquestra de Câmara, Susana Gaspar e Pedro Carneiro. O mar serviu de inspiração para muito deste repertório clássico e romântico da música de Beethoven, Berlioz, Haydn, Mendelssohn e Mozart.Forum Luísa Todi, Setúbal • 21 horas.

31Sáb

ado

Os The Gift, banda de Alcobaça liderada por Sónia Tava-res, dão um concerto na XXVII Feira Agropecuária e do Cavalo, em Santiago do Cacém, para relembrar os seus grandes sucessos musicais. Pavilhão de feiras e exposições, S. Cacém • 23 horas.

The Gift relembram êxitos

31Sába

do

1Dom.

Arte ‘degenerada’ de PicassoEm “Um Picasso”, Picasso é interrogado por Fräulein Fischer, uma atraente colaboradora da Gestapo, que pretende confirmar a autenticidade de três quadros seus. No entanto, Picasso cedo compreende que o que se prepara não é apenas uma exposição, mas antes a queima de obras de arte ‘degeneradas’ .Teatro Joaquim Benite, Almada • 21h30.

1Dom.

6Sexta

Segunda edição vai decorrer entre 15 e 17 de Agosto no parque Sant’Iago

DR

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NEGÓCIOS

14 Sábado • 31 maio 2014 • www.semmaisjornal.com

Setúbal provou os vinhos de excelência e a rica gastronomia da região

Apesar de estarem satisfeitas com o Setúbal à Prova, as adegas e produtores da região

estavam à espera de mais visitantes no evento que decorreu no passado fim-de-semana na escola de hote-laria de Setúbal, numa organização do município e da Comissão Viti-vinícola Regional da Península de Setúbal. Durante três dias, mais de mil pessoas tiveram oportunidade de apreciar e adquirir os vinhos, os queijos, os bolos e as ostras tão afamadas da região.

Provas comentadas de vinhos, conversas sobre vinho, sessões de cozinha ao vivo e um mercado para pro-va e compra de vinhos fizeram par-te da iniciativa, que deu agora os primeiros passos e que pretende afirmar-se como uma montra pri-vilegiada do que melhor se pro-duz na região.

Henrique Soares, presidente da CVRPS, traça um balanço «mui-to positivo» do Setúbal à Prova, onde marcou presença uma amos-tra «muito representativa e mui-to boa» daquilo que é produzido

na região, não apenas vinhos mas também as ostras, os queijos e os bolos. «Por apenas 3 euros, o pú-blico teve a oportunidade de pro-var e adquirir o melhor que a re-gião produz em termos de vinho e gastronomia, e até mesmo falar com os produtores e os enólogos», sublinhou.

Já Maria do Carmo, directora da escola de hotelaria de Setúbal, fez votos para que o Setúbal à Pro-va seja uma de «muitas outras ini-ciativas» que abrem as portas da instituição à comunidade. «Já aqui tivemos este ano o Jovem Talen-to da Gastronomia, que coincidiu com o nosso Open Day, o que é óptimo não só para cativar alu-nos para a escola mas também para o público em geral conhecer o nosso projecto», frisa.

Joana Vida, da Ve-nâncio da Costa Lima, afirmou que os produ-tos de qualidade da sua adega não poderiam fal-

tar num evento destes. «O espa-ço é óptimo e destinou-se às fa-mílias, em final, de dia, o que foi muito agradável».

Mário Lobo, da Casa Assis Lobo, afirmou que o tinto Lobo Great, produzido à base de qua-tro castas nacionais, que arreba-tou recentemente em Bruxelas uma medalha de ouro, esteve em destaque no Setúbal à Prova, isto sem esquecer os deliciosos lico-rosos. «O espaço foi lindíssimo e está muito bem recuperado, mas

este tipo de eventos nem sempre tem a moldura humana que de-sejaríamos», vinca.

A Malo Tojo, através de Hél-der Galante, afirmou que Setúbal é a segunda maior região viníco-la do País, pelo que «faz todo o sentido a empresa de Azeitão es-tar associada a eventos deste gé-nero». O vinho frisante, Malo Bub-bling, à base da casta moscatel, es-teve em destaque.

André Santana, o enólogo da Xavier Santana não tem dúvidas de que o Setúbal à Prova mostrou os vinhos de «grande qualidade» da região, em particular a gama da casa. «Temos vinhos para to-dos os gostos, com especial des-taque para o Moscatel».

Por seu turno, Andreia Mar-tins, da confeitaria Santa Coina, refere que a empresa deu a pro-var a principal especialidade da casa, o travesseiro de Coina, um bolo artesanal, com massa muito fina e estaladiça, que leva recheio de ovos moles. «Demos a conhe-cer também o nosso brigadeiro, que é confeccionado com mos-catel roxo», conta.

Fernando Raminhos, da Nep-tunpearl, com sede no Faralhão, gostou do Setúbal à Prova por se tratar de uma iniciativa que aju-dou a divulgar «as nossas ostras de grande qualidade». E, por últi-mo, Nuno Gil, da Confeitaria S. Ju-lião, realça que se tratou de «um grande evento e de uma grande organização».

IGNIOS Juntou trinta empresários em SetúbalCERCA de três dezenas de gestores e empresários da região de Setúbal participaram, a semana passada, no 4º Workshop “Soluções IGNIOS – Negócios com Futuro”, com o obje-tivo de contribuir para que os ges-tores portugueses possam conhe-cer e dominar as mais avançadas fer-ramentas de gestão de risco, indis-pensável para apoiar as empresas a ultrapassarem com sucesso os cons-trangimentos que se colocam aos seus negócios.

Segundo a organização da ses-são, que decorreu em Setúbal, os par-ticipantes, oriundos dos mais diver-sos setores de atividade «tiveram uma participação muito ativa, ten-

do em conta que a importância dos temas e o fato destas ferramentas servirem também para aumentar a competitividade dos seus negócios».

A IGNIOS, que é a única em-presa no mercado a oferecer um serviço abrangente a todos os ci-clos de negócios das empresas, de forma integrada, disponibili-zou o acesso gratuito de 5 relató-rios, 300 créditos de marketing, publicidade no portal da Kom-pass.pt e desconto na subscrição do serviço de gestão de cobran-ças, para possam conhecer e ex-perimentar as funcionalidades e vantagens da utilização destas fer-ramentas.

Baía do Tejo lança obra para requalificar Avenida das NacionalizaçõesA BAIA do Tejo, numa ação concer-tada com a Câmara do Barreiro e Galp Energia, vai assinar um proto-colo de cooperação, na próxima quinta-feira, que visa a requalifica-ção da Avenida das Nacionalizações, nomeadamente a criação de duas novas rotundas.

Esta operação está integrada no plano de atividades e das melhorias contínuas que a Baia do Tejo, ges-tora dos territórios da ex-Quimipar-que (Barreiro), Siderurgia Nacional (Seixal) e Margueira (Almada), pre-tende executar no eixo da requali-ficação daquelas zonas de expan-são industrial.

Um dos principais objetivos da intervenção tem a ver com a melho-ria das acessibilidades e a circula-ção rodoviária naquela zona da ci-dade do Barreiro. «Trata-se de uma obra que vai ter um impacto posi-tivo para toda a população e, em par-ticular, para os clientes da Baía do Tejo e para o próprio Parque Em-presarial do Barreiro, que se torna-rá, assim, cada vez mais atrativo para

acolher novas empresas», explicou ao Semmais, fonte da empresa.

A cerimónia que marca o ar-ranque da cooperação entre as três entidades vai contar com a pre-sença dos principais responsáveis da empresa, Jacinto Pereira, pre-sidente, e Sérgio Saraiva, vogal da administração, dois diretores da Galp Energia, Jorge Carvalho e Carlos Martins, responsáveis pe-las áreas de negócio de retalho e de combustíveis, respetivamen-te, e presidente da Câmara do Bar-reiro, Carlos Humberto.

Houve vinhos para todos os gostos de adegas da região

Segundo a organização, mais de mil pessoas passaram pelo “Setúbal à Prova”, na escola de hotelaria

Produtores mostram potencialidades de excelência

António Luís

O evento serviu para abrir a escola de hotelaria à comunidade sadina e não só.

Avenida das Nacionalizações

DR

Entrega de Viatura de Cortesia HYUNDAI á Drª: Ana José Carvalho (Câmara Municipal de Setúbal) - Chefe da Divisão de Cultura / Gabi-nete da Juventude, nas instalações da SGS Car Setúbal - HYUNDAI, pelo Responsável Comercial da Marca, Bruno Gomes Vaqueiro.

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DESPORTO

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As inscrições para a Corrida Volkswagen 2014 estão abertas. A prova marcada para 22 de Junho, vai ligar o centro histórico de Palmela às instalações da Autoeuropa, num

percurso de 12,5 Km. Simultaneamente à prova de estrada, decorre uma caminha-da de quatro quilómetros, dentro do Par-que da Autoeuropa, destinada a populares.

João Martinho partiu para Espanha cheio de confiança e comprovou o seu valor no decorrer de mais uma etapa da Taça da Europa conquistanto a medalha de

ouro, na categoria de -81 kgs.O judoca do V. Setúbal bateu na final o turco Ali Cecenoglu, num combate que durou apenas 10 segundos.

Inscrições abertas para a corrida Volkswagen João Martinho conquista ouro na Europa

Domingos Paciência quer fazer mais e melhor que Couceiro DOMINGOS Paciência é o novo treinador do V. Setúbal, suceden-do a José Couceiro, que foi trei-nar o Estoril. A apresentação do novo líder, que decorreu no pas-sado dia 23, no estádio do Bonfim, foi entusiasticamente aplaudida pelos sócios que estiveram pre-sentes e gritaram “Domingos, acre-ditamos em ti” e “O Vitória não é grande, é enorme!”.

Fernando Oliveira, o presiden-te do clube, não teve dúvidas em afirmar que foi escolhido um trei-nador com uma «grande categoria» e considerado «um dos melhores

do Mundo», que vai «catapultar o Vitória para os lugares desejamos». E relembrou que «não foi fácil ul-trapassar a encruzilhada que o clu-be atravessou nos últimos quatro anos, mas conseguimos levar a nau a bom porto, sempre com um en-tusiasmo desmedido mas conscien-tes que somos capazes».

Domingos Paciência afirmou que é com «grande satisfação e felicida-de» que tenciona dar o seu melhor em prol do V. Setúbal. «Quero que a equipa jogue bom futebol, ganhe jo-gos e consiga os seus objectivos, com a ajuda de todos, para que o Vitória

não seja grande, mas sim enorme. Quero fazer mais e melhor do que se fez na última época».

O novo líder está esperançado numa «boa época» que orgulhe «to-dos os setubalenses», acrescentan-do que a 7.ª posição conquistada com José Couceiro é «um bom lu-gar, mas eu quero fazer mais e me-lhor». Garantiu que vai apostar nas camadas de formação, sublinhan-do que «sempre estive atento e lan-cei alguns jovens que andam na I Liga e os jovens têm de ser activos do clube para que sejam rentabili-zados em termos económicos».

Escola de velocistas ganha corpo no Bonfim

O Vitória de Setúbal foi, em tempos, uma equipa de primeira linha do atletismo

nacional. Em finais da década de 80, o clube disputava o campeo-nato nacional da primeira divisão de clubes e batia-se de igual para igual com os grandes. Com um leque de atletas onde se desta-caram nomes como Maria José Travessa, recordista nacional de salto em altura, ou Pedro Calixto, um dos melhores jovens saltadores portu-gueses, o Vitória

ombreava, em resultados indivi-duais, com Sporting e Benfica nos vários escalões. Com o início dos anos 90, o atletismo sadino foi perdendo peso e atletas e a moda-lidade acabou por se extinguir.

Há sensivelmente quatro anos, Fernando Ferreira, antigo treinador e velocista do clube e que chegou a vestir a camisola do Sporting, vol-tou a reunir um grupo de jovens e a dar nova vida à secção de atletis-mo do Vitória. Os frutos do traba-lho que tem sido feito começam a surgir e uma mão cheia de miúdas começa a dar nas vistas na veloci-dade. «Temos miúdos com muita margem de pro-gressão e com resultados que já surpreendem», diz em declarações ao Sem-mais. Podiam ser mais, mas a fal-ta de condições e de apoio obri-gou à redução do número de atle-tas que chegaram a ser perto de

50 na época passada.A velocidade é a discipli-

na rainha no Bonfim, um pouco tam-bém pela falta de espaço para a prá-tica de saltos ou lançamentos, mas também pela contingência de exis-tir apenas um treinador. Patrícia Al-minhas, iniciada de primeiro ano, vem desde há quatro anos a bater recordes. Desde benjamim que a jo-vem atleta tem conseguido melho-rar as suas marcas pessoais e as me-lhores marcas distritais nas provas de 40, 60 e 80 metros, sendo actual-mente detentora da segunda melhor marca nacional de 80 metros no seu escalão. Ao mesmo nível encontra--se João Patrício que tem a melhor

marca nacional de 80 me-tros, na categoria de ini-ciados, e que se sagrou campeão nacional do Mega Sprinter, em 40 me-

tros. Armando Assembleia, com 15 anos, é outro jovem atleta que co-meça a dar-se a conhecer com ex-celentes resultados nas provas de barreiras e de velocidade.

Juvenis com marcas de sénior

Margarida Monteiro, nos 100 e 200 metros, e Rita Ribeiro, nos 1500 e 3000 metros, fazem parte do lote de atletas mais velhas, embora se-jam ainda juvenis, e conseguiram mínimos de participação que lhes dariam lugar nos campeonatos na-cionais de seniores se os regulamen-tos federativos assim o permitissem.

As duas atletas têm dado nas vis-tas e a cobiça dos grandes de Lis-boa já se faz notar. Ambas estão en-tre as dez melhores atletas da sua idade na Península Ibérica com re-

gistos que fazem prever que ainda podem chegar muito mais longe. A jovem velocista conseguiu a sema-na passada o tempo de 12,41 segun-dos aos 100 metros, marca que re-presenta mínimos para o Festival Olímpico da Juventude Europeia (EYOF), mas que foi estabelecida após o período definido para o aces-so ao EYOF. Rita Ribeiro, por seu lado, tem dado nas vistas nas pro-vas de fundo conseguindo resulta-dos de muito bom nível quer nos 800, 1500 e 3000 metros.

São duas dezenas de atletas, entre os 12 e os 16 anos, que, orientados por Fernando Ferreira, voltam a fazer com que o verde e branco sadino dê nas vistas nas pistas de atletismo do país.

Marta David

Novos telentos do atletismo brilham em várias provas

O novo líder do Bonfim mostrou o seu cartão de sócio aos associados

DR

Uma mão cheia de atletas sadinos começam a dar nas vistas sob a orientação de Fernando Ferreira

Jovens atletas do Vitória relançam a sessão de atletismo

Rita Ribeiro, uma das atle-tas cobiçadas pelos ‘grandes’ de Lisboa

DR

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