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1 SENGE INFORMA Nº 200 - 30/SETEMBRO/2012

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2 SENGE INFORMA Nº 200 - 30/SETEMBRO/2012

OPINIÃO

Sindicato de engenheiroS no eStado de MinaS geraiS - Rua Araguari, 658 - Barro Preto - CEP 30190-110 - Belo Horizonte-MG - Tel.: (31) 3271.7355 - Fax: (31) 3546.5151 e-mail: [email protected] - site: www.sengemg.org.br - geStÃo 2010/2013 - diretoria eXecUtiVa • Presidente: Raul Otávio da Silva Pereira; 1º Vice-Presidente: Krisdany Vinícius

Santos de Magalhães Cavalcante; 2º Vice-presidente: Nilo Sérgio Gomes; 1º Tesoureiro: Antônio Iatesta; 2ª Tesoureira: Glauci Any Gon-çalves Macedo; Secretário Geral: Rubens Martins Moreira; 1º Secretário: Fátima Regina Rêlo Costa diretoriaS dePartaMentaiS: Diretor de Aposentados: Wanderley Acosta Rodrigues; Diretor de Ciência e Tecnologia: Anderson Silva de Aguilar; Diretor de Assuntos Comunitários: Anderson Luiz de Figueiredo; Diretor de Imprensa: Tércio de Sales Morais (licenciado); Diretor Administrativo: Cláudio Neto Fonseca; Diretora de Assuntos Jurídicos: Gabriele Rodrigues Cabral; Diretor Saúde e Segurança do Trabalhador: Gilmar Cortês Sálvio Santana; Diretor de Relações Intersindicais: José Flávio Gomes; Diretor Negociações Coletivas: Júlio César de Lima; Diretor de Interiorização: Pedrinho da Mata; Diretor Sócio-econômico: Sérgio Teixeira Soares; Diretor de Promoções Culturais: Antonio José Betel Ribeiro Gomes diretoria regionaL norte nordeSte: Diretor Administrativo: Antônio Carlos Souza; Diretores Regionais: Anildes Lopes Evangelista, Guilherme Augusto Guimarães Oliveira, Jessé Joel de Lima, João Gilberto de Souza Ribeiro, Rômulo Buldrini Filo-gônio diretoria regionaL SUL: Diretor Administrativo: Fernando de Barros Magalhães; Diretores Regionais: Antônio Azevedo, Ar-naldo Rezende de Assis, Carlos José Rosa, Gladyston Rodrigues Carvalho, Nelson Gonçalves Filho, Nelson Benedito Franco, Ney Lopes Procópio, Robson Monte Raso Braga diretoria regionaL Zona da Mata: Diretor Administrativo: João Vieira de Queiroz Neto; Diretores Regionais: Silvio Rogério Fernandes, Carlos Alberto de Oliveira Joppert, Eduardo Barbosa Monteiro de Castro, Francisco de

Paula Lima Netto, Maria Angélica Arantes de Aguiar Abreu, Paulo César de Lima diretoria regionaL triÂngULo: Diretor Admi-nistrativo: Élcio Barreto Borges; Diretores Regionais: Ismael Figueiredo Dias da Costa Cunha, Antônio Borges Resende, Jean Marcus Ribeiro, João Carlos Moreira Gomes, Marco Túlio Marques Machado, Luciano Lopes Veludo, Clóvis Scherner, Wilton Freitas Mendes diretoria regionaL VaLe do aÇo: Diretor Administrativo: José Couto Filho Diretores Regionais: Alberto Carlos da Silva Junior, Daniel Linhares Carlesso, Ildon José Pinto, Cláudio Luiz Maciel Junqueira diretoria regionaL caMPo daS VertenteS: Diretor Administrativo: Wilson Antônio Siqueira; Diretores Regionais: Nélson Henrique Nunes de Sousa, Domingos Palmeira Neto diretoria regionaL centro: Diretor Administrativo: Dorivaldo Damacena Diretores Regionais: Carlos Henrique Amaral Rossi, Cláudio Lúcio Fonseca, Francisco de Paula Mariano, Élder Gomes dos Reis, Éderson Bustamante, Evaldo de Souza Lima, Iocanan Pinheiro de Araújo Moreira, Jairo Ferreira Fraga Barrioni, José Maurício Andrade Ferreira, Júnia Márcia Bueno Neves, Antônio Lombardo, Antônio Cury, Luiz Antônio Lobo de Abreu, Marcelo dos Reis Lopes, Marcelo de Camargos Pereira, Marcelo Fernandes da Costa, Maria José Maciel Ribeiro, Mário Evaristo Borges, Maurício Fernandes da Costa, Orlando José Garcia Dangla, Paulo Roberto Magalhães, Teodomiro Ma-tos Bicalho, Vicente de Paulo Alves Lopes Trindade, Adevaldo Rodrigues de Souza, Alfredo Marques Diniz, Arnaldo Alves de Oliveira, Clóvis Geraldo Barroso, Abelardo Ribeiro de Novaes Filho, Fernando Augusto Villaça Gomes, Hamilton Silva, Luiz Carlos Sperandio Nogueira, Waldyr Paulino Ribeiro Lima conSeLho FiScaL: Augusto Cesar Santiago e Silva Pirassinunga, Getúlio Soares de Almeida, Ruy Lopes Teixeira Filho, José Tarcísio Caixeta (licenciado), Lúcio Fernando Borges.Senge inForMa• ediÇÃo: Miguel Ângelo Teixeira redaÇÃo: Miguel Ângelo Teixeira, Luiza Nunes e Caroline Diamante arte FinaL: Viveiros Editoração iMPreSSÃo: Editora Impresso Ltda.

Eleições e engenharia

SEMINÁRIO REGIONAL

Juiz de Fora debate mobilidade e importância social da engenharia

Em 7 de outubro próximo os eleitores brasileiros vão escolher aqueles que vão administrar as suas cidades e os seus representantes nas câmaras municipais. De uma escolha criteriosa e bem feita depende o futuro de nossas cidades. O Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais entra neste processo trazendo uma reflexão sobre a importância destas eleições e da participação dos profissionais de engenharia, não só na escolha de seus representantes, mas se apresentando como candidatos aos cargos eletivos. Apresenta, também os candidatos engenheiros que são associados ao Sindicato. Veja as informações nas páginas 4 e 5.

Dando continuidade à celebração de seus 65 anos, completados no dia 25 de agosto, o Sindicato promoveu uma solenidade no auditório do Crea-MG que contou com a participação de associados, autoridades e diretores de sindicatos co-irmãos. O momento foi de relembrar e reafirmar a trajetória de lutas da instituição. Os detalhes desta solenidade estão na página 3 e podem ser vistos, também, no Senge TV, acessado pelo site www.sengemg.org.br.

O Senge Jovem, uma iniciativa do Sindicato que congrega estudantes de engenharia das diversas regiões do Estado, realizou um importante Fórum de Debates, no dia 17 de agosto, no auditório do Crea-MG. As informações sobre o evento, que teve como tema Engenharia, Sustentabilidade e Mercado de Trabalho, estão na página 6.

E dando prosseguimento ao projeto Senge Memória, foram registrados os depoimentos dos diretores que integraram as gestões 1984/87, comandada pelo engº Augusto Drummond, e 1987/90, que teve à frente o engº José Marcius de Carvalho. O momento foi de grande emoção e rico para a reconstituição da história do Sindicato. Os detalhes do evento estão na página 7.

Por fim, na página 8, o tema são as negociações coletivas em andamento. Além de apresentar o balanço do Dieese sobre os resultados das negociações realizadas no País no primeiro semestre deste ano, são abordados o andamento das negociações na Cemig, setor metalúrgico e SLU, Construção Civil e Construção Pesada, entre outras.

A necessidade de uma boa estruturação do sistema de transporte das cidades e a falta de políticas por parte do Estado relacionadas ao setor da engenharia foram os assuntos abor-dados pelos palestrantes do seminário Enge-nharia, Mobilidade Urbana e Sociedade, reali-zado pelo Senge-MG Diretoria Regional Zona da Mata. Sediado em Juiz de Fora, o evento foi realizado no anfiteatro da Faculdade de Engenharia da UFJF e contou com a presença de cerca de 200 pessoas entre autoridades, representantes do Senge-MG, profissionais e estudantes.

O coordenador regional da Associação Na-cional de Transporte Público (ANTP), Willian Alberto de Aquino Pereira, ministrou a pales-tra “Mobilidade Urbana”. Ele defendeu a ideia de que as cidades necessitam de transportes públicos rápidos, eficientes, integrados, de qualidade e com baixo custo para o usuário. “As cidades com qualidade de vida trabalham com o transporte humano e esta é a mensa-gem que nós queremos transmitir. Mobilidade não é uma questão de transporte urbano, é uma questão de transporte humano e as cida-des tem que ter qualidade de vida.”

Willian Alberto se mostrou confiante com a Lei de Mobilidade Urbana, que entrou em vigor neste ano e determina que as cidades acima de 20 mil habitantes tenham um plano de mobilidade urbana que garanta o direito de ir e vir em condições adequadas. “Logo a

lei vai cair na boca do povo e todos vão cobrar das prefeituras o cumprimento dela”, disse. Para ele, um sistema de transporte ideal tem o foco na redução de gastos, aumento da igualdade e justiça social e proteção ao meio ambiente. Um dos exemplos que ele citou de transporte que apresentam essas condições é o sistema BRT no Rio de Janeiro, que ofere-ce aos cidadãos ar condicionado, facilidades para embarque e desembarque, com pisos ni-velados entre os ônibus e os pontos, rapidez, entre outras características.

O presidente do Crea-MG, Jobson Noguei-ra de Andrade, ministrou a palestra “A enge-nharia e a sociedade”. Através de fatos histó-ricos como as revoluções Industrial e Francesa e citando filósofos consagrados, ele mostrou que a engenharia sempre esteve presente ao longo da história da sociedade e o acúmulo de conhecimentos adquiridos ao longo da his-tória foi de fundamental importância para o desenvolvimento da engenharia atual.

Jobson Andrade fez uma crítica ao Estado dizendo que faltam políticas no Brasil que va-lorizem a engenharia. “O Estado tem que ter políticas de informação, de apoio à formação do profissional e, principalmente, política de carreira para o engenheiro e desburocratiza-ção da atividade das empresas de engenharia, para que a categoria tenha condições de de-senvolver melhor essa arte de saber acumula-do em benefício da sociedade”, afirmou.

Mesa de abertura do Seminário Regional que teve como temas amobilidade urbana, a engenharia e a sociedade

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SENGE 65 ANOS

Solenidade celebra trajetória de lutas dos engenheiros de Minas Gerais

O Sindicato de Engenhei-ros no Estado de Minas Gerais comemorou seus 65 anos com solenidade realizada no dia 16 de agosto, no auditório do Crea--MG. Os 65 anos foram com-pletados no dia 25 de agosto. O evento reuniu cerca de 300 pessoas, entre engenheiros as-sociados do Sindicato, direto-res, ex-diretores, autoridades e representantes de sindicatos de Engenheiros de outros estados. A abertura da solenidade con-tou com um breve histórico da atuação e das lutas das quais o Senge-MG participou duran-te suas mais de seis décadas de existência.

O presidente atual do Senge--MG, Raul Otávio da Silva Perei-ra, o ex-presidente da entidade, José Marcius de Carvalho Vale, o presidente da Fisenge, Carlos Bittencourt, o vereador de Belo Horizonte e diretor licenciado do Sindicato, Tarcísio Caixeta, o presidente do Senge Paraná, Ulisses Kaniak, a diretora de comunicação do Senge Bahia, Silvana Palmeira e a vereadora de BH Neusinha Santos fizeram parte da mesa de abertura da solenidade.

AtuaçãoRaul Otávio agradeceu a pre-

sença de todos e começou sua fala lembrando a participação do Senge-MG em momentos históricos do país, como a cam-panha pelas Diretas Já e, mais recentemente, a implantação da Engenharia e Arquitetura Públi-cas. Ele destacou que, enquanto a situação econômica do Bra-sil está cada vez melhor, ainda ocorrem discrepâncias, como a falta de saneamento básico para grande parte da popula-ção. “Essa situação é inquietante para os sindicatos que, além das

lutas trabalhistas, também têm a obrigação de se engajarem nas lutas sociais”, afirmou.

O presidente do Senge-MG lembrou que o lugar dos sindi-catos é nas ruas. “Nosso lugar preferido é nas ruas, com ban-deiras, apitos, fazendo manifes-tações para garantir os direitos dos trabalhadores, mas também para garantir que o País cresça econômica e socialmente”, dis-se. Raul Otávio ainda destacou que é necessário que os sindi-catos revejam suas práticas, sem que isso signifique nenhum tipo de concessão ideológica. “Precisamos trabalhar no con-vencimento, na conscientização política das pessoas. É preciso mostrar a importância que os engenheiros, juntamente com a força da organização, têm para que seja proposto um projeto diferente de crescimento para o Brasil, ou seja, um projeto de crescimento organizado”, expli-cou. Raul Otávio terminou sua fala desejando “vida longa e próspera ao Senge-MG”.

ExemploSilvana Palmeira, do Senge

Bahia, parabenizou o Senge-MG pelo aniversário e também pela atuação da entidade em todo o Estado. “A união dos membros do Senge-MG me impressio-nou, assim como a criatividade da entidade na elaboração de materiais e promoção de se-minários e fóruns de debates”, disse. O presidente da Fisenge, Carlos Bittencourt, agradeceu em nome da Federação e de todos os sindicatos que fazem parte dela o convite para a so-lenidade. Ele também destacou a grande participação do Sindi-cato nas negociações coletivas, na organização de seminários, debates e edição de cartilhas

e na captação de estudantes e jovens engenheiros para o uni-verso sindical. “O Senge Jovem é uma iniciativa brilhante, que está se propagando e esten-dendo para os outros Estados. O Senge-MG é o sindicato que tem a participação mais forte dos jovens”, afirmou.

LutasO vereador Tarcísio Caixe-

ta, que faz parte da história do Senge-MG há muitos anos, re-

presentou a Câmara Municipal de Belo Horizonte na solenida-de. Caixeta destacou a trajetória de lutas do Sindicato, principal-mente a partir de 1982, quando a entidade se engajou no novo sindicalismo que teve importân-cia fundamental para a queda da ditadura e a redemocrati-zação do País. “O Senge-MG é uma entidade fundamental para as lutas trabalhistas e discussões sociais em nosso estado, em nossa cidade”, destacou.

O presidente Raul Otávio lembrou a participação do Sindicato em momentos importantes da história do País

O vereador e diretor licenciado do Senge-MG, Tarcísio Caixeta, ressaltou a trajetória de lutas da instituição

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ELEIÇÕES 2012

Participação é fundamental parao futuro de nossas cidades

No dia 7 de outubro, todos os municípios do Brasil estarão vol-tados para o processo de eleição dos prefeitos e vereadores que tomarão as decisões nos âmbitos municipais nos próximos quatro anos. Ou seja, nesse processo se-rão definidos os futuros das cida-des brasileiras. E, é por ter tama-nha importância, que os eleitores precisam de parcimônia na hora de escolher seus candidatos. “Os cidadãos devem, obviamente, observar as propostas que mais se aproximam de suas opiniões objetivas sobre a cidade. Conta-tos com o candidato ou até mes-mo os programas eleitorais são importantes para aferir a veraci-dade e a possibilidade prática de implementação dessas propos-tas. Sem contar, é claro, com a vigilância construtiva a ser exerci-da junto ao candidato, caso este venha a ser eleito”, diz Raul Otá-vio da Silva Pereira, presidente do Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge--MG).

O presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Carlos Roberto Bittencourt, considera a eleição como uma forma para o povo avaliar prefeitos e verea-dores. “No caso específico dos prefeitos, se for uma tentativa de reeleição, o povo tem como ava-liar a gestão e decidir se deve ou não dar mais um mandato atra-vés do voto. Para o Legislativo, também há maneiras de avaliar o que foi feito nos últimos anos. As eleições representam a conso-lidação da democracia, apesar de ainda haver uma forte influência do poder econômico no proces-so eleitoral”, afirma Bittencourt.

O ex-presidente e atual vice--presidente do Senge-MG, Nilo Sérgio Gomes, concorda com Carlos Bittencourt. “Nas eleições, temos a possibilidade de renovar os nossos representantes na câ-mara municipal e no executivo municipal, caso eles não tenham atendido às necessidades e dese-jos da população, no sentido da construção de uma cidade mais justa, mais equilibrada e com

alto sentimento humanitário. A democracia só tem sentido se es-tiver alinhada com as aspirações maiores dos cidadãos. Mas este sentido amplo da democracia só se valida com participação e mo-bilização viabilizando, assim, as soluções para os problemas ur-banos”, observa Nilo Sérgio.

Eleições x EngenhariaE, para tentar resolver os prin-

cipais problemas urbanos, Nilo Sérgio Gomes considera a par-ticipação dos engenheiros nas eleições extremamente necessá-ria. “Pela sua formação comple-xa e alinhada a quase todos os grandes desafios da infraestru-tura urbana, o engenheiro deve participar como candidato neste processo democrático. A for-mação do engenheiro, além do conteúdo científico, é carregada de conhecimentos nas mais di-versas áreas ligadas ao direito, administração, economia e hu-manas. Basta ver os projetos pe-dagógicos dos atuais cursos de engenharia no País. O cidadão

engenheiro tem todas as condi-ções de disputar um cargo eletivo no legislativo ou executivo e, com certeza, vai qualificar muito este processo”, afirma.

Raul Otávio acredita que um parlamento deve ser o mais he-terogêneo possível para atender à população. “É importante que, na medida do possível, o maior número de categorias e classes sociais – não só engenheiros, como também médicos, ad-vogados, líderes comunitários, tenham representantes. Especi-ficamente no que diz respeito a engenheiros, a eleição destes pode significar a tradução quali-ficada – se considerarmos aspec-tos e necessidades técnicas de uma cidade – dos desejos popu-lares para a realidade objetiva”, acredita.

O presidente do Crea-MG, Jobson Andrade, ressalta a im-portância da participação dos engenheiros na política. “São eles os responsáveis pela pro-dução de equipamentos, desen-volvimento de pesquisas e têm,

ainda, o conhecimento do pla-nejamento e execução de obras nas cidades. Eles possuem a vi-são técnica e o acúmulo do co-nhecimento científico ao longo dos anos de evolução da huma-nidade. Ao ocuparem cargos públicos, as demandas são mais facilmente resolvidas, pois mu-nidos desse conhecimento téc-nico, identificam melhor os pro-blemas e sabem qual a solução mais adequada. Isso encurta o caminho”, acredita Jobson An-drade. “Além de ter esse olhar mais apurado e técnico para as deficiências das cidades, exer-cendo um cargo no nível legis-lativo, o candidato beneficia a cidade fiscalizando e sugerin-do leis mais eficazes de acordo com as principais demandas do município. Já no executivo, ele deve por em prática o seu co-nhecimento técnico”, conclui o presidente do Crea-MG.

EngajamentoOs sindicalistas consideram

que é positivo ter representação de engenheiros nos poderes exe-cutivo e legislativo municipal e, também, concordam que não basta o representante ter apenas a graduação em Engenharia, o mais importante é que ele tenha histórico de engajamento político e social. “O engenheiro, primei-ramente, deve ter uma história de luta em prol de alguns valo-res que são fundamentais para quem deseja representar o cida-dão. Deve ter uma história que o legitime como candidato para, depois, colocar em prática os co-nhecimentos acumulados na sua história profissional e na sua his-tória de vida”, explica Nilo Sérgio, vice-presidente do Senge-MG.

Carlos Bittencourt também considera que a participação dos engenheiros é positiva, “desde que o engenheiro em questão tenha relações com sin-dicatos, associações e CREA’s. Dessa forma, ele pode ser um bom canal de transmissão de propostas de políticas públicas ligadas à engenharia aprovadas nestas entidades”.

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ELEIÇÕES 2012

Candidatos engenheiros podem fazer a diferença em sua cidade

Vereador em Belo Horizonte por três mandatos, José Tarcísio Caixeta é candida-to à reeleição pelo Partido dos Trabalhado-res (PT). Caixeta tem uma larga experiência política e administrativa. Militou no movi-mento estudantil nos tempos da ditadura e, formado em engenharia de Minas e com especialização em Engenharia Sanitária e de Segurança, atuou em entidades de classe como o CREA, SME, Sindicato de Profes-sores e no Sindicato de Engenheiros, onde

tem integrado a diretoria ao longo dos últi-mos 25 anos. Na vida pública, foi secretário da Indústria e Comércio de Belo Horizonte e dirigiu a Sudecap e a Urbel. Na Câmara Municipal foi vice-presidente, de partido e de governo.

A candidatura de Caixeta conta com o apoio de importantes lideranças no setor de engenharia. Para o presidente do Sindicato de Engenheiros, Raul Otávio Pereira, na Câ-mara, Caixeta poderá traduzir em projetos de lei ações objetivas ligadas à engenharia que venham a contribuir para o bem-estar de todos. “Por isso, tem o meu apoio e meu voto”, conclui. Já para o vice-presidente do Sindicato, Nilo Sérgio Gomes, Caixeta é um dos vereadores mais qualificados de Belo Horizonte. “É um candidato cujo trabalho dignifica a Câmara de Vereadores e, com certeza, terá o meu voto”, afirma.

Ex-presidentes do Senge-MG, como os en-genheiros José Marcius de Carvalho e Augusto Drummond, que também presidiu o Crea-MG, também apóiam Caixeta. Eles ressaltam o com-promisso de Caixeta com a engenharia e com a população da cidade. Para Augusto Drum-mond, Caixeta tem realizado um grande traba-lho em favor da engenharia em Belo Horizonte. “Apoio e recomendo o voto em Caixeta tam-

bém em razão da sua sensibilidade social, que o levou a elaborar a lei que instituiu a Engenha-ria e Arquitetura Públicas na Capital”, diz.

Jobson Andrade, presidente do Crea-MG, também apóia Caixeta. Segundo Jobson, “o engenheiros Caixeta, com seu olhar técnico, somado à sua experiência na Sudecap e Urbal é, certamente, fundamental nas discussões e encaminhamentos para melhorar a mobilidade urbana de BH, além da construção de um pla-no de habitação sólido e ações que promovam o desenvolvimento sustentável da Capital”. Os ex-presidentes do Crea-MG, Gilson Queiroz e Marcos Túlio de Melo, que também presidiu o Confea, apóiam Caixeta pela sua trajetória na engenharia e na vida pública.

Para o próximo mandato, Caixeta propõe colocar a sua experiência política e adminis-trativa para, junto com as entidades repre-sentativas da engenharia, propor e trabalhar pela implementação de soluções que possam melhorar a qualidade de vida de todos os ci-dadãos da capital de Minas Gerais. “Vamos construir um grande trabalho coletivo, apre-sentando soluções importantes para os gran-des problemas de nossa cidade, o que só a en-genharia pode fazer com o seu conhecimento técnico, competência e sensibilidade social”, propõe Caixeta.

O Sindicato de Engenheiros fez um cha-mado aos seus associados para que os en-genheiros e engenheiras candidatos nestas eleições municipais entrassem em contato com a entidade para que as suas candidatu-

ras pudessem ser divulgadas junto à catego-ria. Com esta iniciativa, o Senge-MG tem a pretensão de contribuir para que um maior número de profissionais conheça as propos-tas dos candidatos que podem representar

os interesses e aspirações da engenharia nos legislativos e executivos municipais. A seguir, o Senge Informa apresenta os can-didatos, associados do Senge-MG, que se manifestaram.

Caixeta tem trabalho e ações pela engenharia

Tércio Sales trabalha na Secretaria de Es-tado de Meio Ambiente de Minas Gerais, é geógrafo e diretor licenciado do Sindicato de Engenheiros desde 2010. Candidato a vere-ador em Contagem pelo Partido Verde, ele acredita que tanto os engenheiros quanto os geógrafos são pessoas com extrema habili-dade na tomada de decisões, o que os colo-ca na vanguarda quando se trata de políticas públicas. Tércio Sales se propõe a acompa-nhar os processos de dinamização da ocupa-ção do espaço urbano, propondo saídas para cada impacto, avaliando as ações do executi-vo no intuito de fomentar o desenvolvimento

sustentável. Sua intenção é oferecer projetos de lei que priorizem a melhoria da qualida-de de vida sem degradar o meio ambiente e buscar políticas públicas que valorizem a vida e o convívio em sociedade, com a criação de espaços para jovens e idosos e oferecendo atividades que retirem os jovens das ruas.

Para Tércio Sales, Contagem, como qual-quer grande cidade, enfrenta, hoje, proble-mas em diversas áreas, como no trânsito e na mobilidade urbana, no transporte público, na urbanização de vilas e favelas, na saúde públi-ca e na educação. E a sua intenção é contri-buir para a solução destes problemas.

Tércio Sales quer contribuir para solucionaros principais problemas de Contagem

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CONSUMO CONSCIENTE

FÓRUM DE DEBATES/MERCADO DE TRABALHO

Evento desmitifica processoseletivo para jovens engenheiros

O mercado de trabalho para os engenheiros e engenheiras e as particularidades dos processos seletivos para trainnes e vagas de emprego foram assuntos discuti-dos durante o Fórum de Debates Engenharia, Sustentabilidade e Mercado de Trabalho, realizado pelo Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge--MG), no dia 17 de agosto, no auditório do Crea-MG. O evento contou com palestra de Sílvia de Oliveira Gomes, consultora da Cia de Talentos, empresa de São Paulo que atua há 20 anos na atração, recrutamento, seleção e desenvolvimento de jovens pro-fissionais. Sílvia desmitificou os processos seletivos, expondo al-gumas verdades e mentiras. Para a consultora, “cada empresa bus-ca um perfil técnico e comporta-mental diferente. Por isso, cada processo seletivo é único”.

Sílvia aconselha que os can-didatos sempre levem a sério os questionários online e respondam direito às questões, pois essa é a primeira etapa de avaliação dos candidatos. Ela também lembra que é fundamental que o profis-sional seja quem ele realmente é durante todo o processo. “Ten-tar inventar uma outra pessoa ou passar características que não possuem são atitudes que devem ser evitadas, pois os avaliadores conseguem perceber esse tipo de coisa”, esclarece. A consulto-ra ressalta que uma rejeição em determinado processo seletivo não deve ser interpretada como

Reduzir, reciclar e reutilizar, mas, antes de tudo, preciclar. Esta foi a solução proposta por Bruno Balarini, geógrafo e Se-cretário Municipal de Indústria, Comércio e Turismo de Teófilo Otoni, para os principais pro-blemas ambientais existentes atualmente, durante sua pales-tra Eco Modernidade Perspecti-vas da Engenharia, ministrada, também, no Fórum de Debates “Engenharia, Sustentabilidade e Mercado de Trabalho”. Se-gundo Balarini, o ponto fun-damental da história humana

fracasso. “O perfil buscado pelas empresas muda de acordo com o momento pelo qual a instituição está passando. Então, a pessoa pode não ter apresentado o per-fil desejado naquela ocasião, mas em um próximo processo pode ser que a situação da empresa tenha mudado e que ela esteja buscan-do um perfil diferente”, afirma.

De acordo com Sílvia Gomes, existem algumas características que formam o perfil ideal em um candidato. “Ter uma boa base acadêmica, para os jovens que estão entrando no mercado de trabalho, é extremamente impor-tante. O mesmo acontece com a experiência de vida, que conta com viagens, participação em or-ganizações, trabalho voluntário, jogos coletivos. Ter humildade, para saber ouvir e aprender com os mais experientes, ser pró-ativo e ter paciência para entender o tempo de desenvolvimento pro-fissional também é fundamental”, avalia.

EmpresasPara o diretor de Recursos

Humanos da Fiat, engenheiro Norberto Klein, que também mi-nistrou palestra no Fórum de De-bates, o mercado, hoje, busca a sustentabilidade nos jovens, ou seja, profissionais capazes de dar o máximo de energia enquanto estiverem trabalhando. “Os can-didatos precisam entender que devem ser eficientes, atualiza-dos, interessantes e empregáveis. Uma empresa é um organismo

dinâmico, que está sempre em transformação e que possui vá-rias áreas diferentes, que se dis-tinguem na atuação e em seus profissionais”, informa. O diretor de RH da Fiat deixou uma dica: o inglês é fundamental.

De acordo com Norberto, 69% das empresas brasileiras carecem de mão de obra quali-ficada e 78% procuram qualifi-car seus trabalhadores. No país, atualmente há uma demanda de 140 mil vagas para engenheiros por ano. No entanto, apenas 80 mil vagas são preenchidas. “Por isso, é hora de ousar, de investir na própria formação e ter dedi-cação, pois as empresas não vão ficar paradas e vão começar a procurar mão de obra no exte-rior. É preciso eliminar os gaps de

Sílvia de Oliveira Gomes (Cia de Talentos), Sandro Campanha (Cemig), Raul Otávio (presidente do Senge-MG e mediador do Painel) e Norberto Klein (Fiat Automóveis) desnudaram os mitos do mercado de trabalho

conhecimento”, alerta.A última palestra do evento

foi ministrada por Sandro Cam-panha de Oliveira, da Gerência de Desenvolvimento Corporati-vo e Gestão de Talentos da Ce-mig. Sandro apresentou a em-presa e mostrou aos presentes quais são os níveis profissionais e maneiras de crescer dentro da estatal. A Cemig é uma em-presa que tem 60 anos e atua na geração, transmissão, dis-tribuição e comercialização de energia. Ela é uma empresa sus-tentável e, como estatal, possui um processo de recrutamento diferenciado, ou seja, através de concurso público. “Assim, existem certas limitações no que podemos pedir ou não dos profissionais”, esclarece Sandro.

é a água. “A água não vai faltar, ela já está faltando”, afirmou. De acordo com Bruno, 97% de toda a água disponível no planeta é sal-gada e apenas 0,3% do restante está disponível para o consumo. “O volume de água é constante, logo, existe o mesmo volume de água para um volume crescente de seres vivos”, disse.

Mediado pelo diretor do Sen-ge-MG, Nilo Sérgio Gomes, o de-bate também contou com palestra do engenheiro eletricista e profes-sor da Fumec, Virgílio Almeida de Medeiros, que fez a apresentação

da cartilha Casa Sustentável, de sua autoria, lançada oficialmente pelo Sindicato na ocasião. Os es-tudantes Marcellye Miranda e Igor Soares, ganhadores do prêmio Go Green in The City 2012 Paris, da empresa francesa Schneider Elec-tric, também participaram do 1º painel, em que fizeram a apresen-tação de seu projeto premiado, o Green Light Concept.

Mais informações sobre o Fó-rum de Debates e a íntegra das palestras estão disponíveis no site do Sindicato (www.senge.mg.org.br). Bruno Balarini

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SENGE MEMÓRIA

Projeto grava depoimentos das gestões de Augusto Drummond e José MarciusOs ex-presidentes do Sindicato

de Engenheiros no Estado de Mi-nas Gerais das gestões 1984/1987 e 1987/1990, Augusto Drum-mond e José Marcius de Carva-lho, respectivamente, junto com ex-diretores que fizeram parte de suas gestões, relembraram seus tempos de Sindicato em even-to realizado pelo Senge-MG, na sexta-feira, 24 de agosto. Os de-poimentos foram colhidos como mais uma ação do projeto Senge Memória, que tem como objetivo resgatar a memória oral, docu-mental e fotográfica da entidade.

1984/87Augusto Drummond contou

um pouco sobre o período que antecedeu a retomada do Senge--MG, em 1981. “O ano era 1978 e não havia democracia no país. Então, alguns jovens profissio-nais se uniram e criaram o Centro de Estudos da Engenharia, que tinha três eixos: organização, de-bate e divulgação”, lembrou. “O Centro de Estudos da Engenha-ria foi onde esteve o princípio do Sindicato”, disse. Augusto ainda contou sobre as ações do Senge--MG durante os seus anos como presidente, dando destaque para o aumento da atuação do Sindi-cato nas Negociações Coletivas. “Em 1982 negociávamos com quatro empresas: Cemig, Cetec, Usimec e Açominas. Em 1983, passamos a negociar, também,

O Senge-MG lançou, ofi-cialmente, sua nova cartilha Casa Sustentável, durante o Fórum de Debates Engenharia, Sustentabilidade e Mercado de Trabalho, realizado pelo Sindi-cato, no dia 17 de agosto, no Crea-MG. De autoria do enge-nheiro eletricista, professor da Fumec e sócio do Senge-MG, Virgílio Almeida de Medeiros, e com colaboração de Vivian-ne Nardi, designer de ambien-tes e professora do curso de Paisagismo do Inap, a publi-cação tem como objetivo ser uma fonte de consulta confi-

com a Copasa. Em 1984 já eram sete empresas, em 1985 eram oito empresas e em 1986 já eram 13 empresas”, destacou.

1987/90José Marcius, por sua vez,

mostrou sua insatisfação com as entidades sindicais atuais. “Cada um só está preocupado consigo mesmo. O Sindicato tem que participar de todas as lutas so-ciais e não apenas daquelas que dizem respeito à Engenharia ou às questões econômicas”, inci-tou. O ex-presidente lembrou de três aspectos de sua gestão que mereciam destaque. “A primeira diferença é que eu tinha uma di-retoria aberta, ou seja, a cada se-mana um era o presidente. Além disso, tínhamos uma grande arti-culação com os sindicatos majo-ritários, coisa que não se vê mais hoje. E, por último, não abríamos mão da poesia, da música, da cultura, da psicanálise”, explicou. José Marcius ainda lembrou com carinho de sua época à frente do Senge-MG. “Foi um tempo mui-to agradável, me orgulho disso. Conheci pessoas maravilhosas”, finalizou.

Estiveram presentes e contri-buíram com seus depoimentos, ainda, os ex-diretores Afonso Ge-raldo Gomes, Anthero Moreno Gomes Leite, Arilton Carlos Men-donça Badaró, Estáquio Pires dos Santos, José Flávio Gomes, Marta

de Freitas e Rômulo Tomaz Perilli. Os ex-presidentes e ex-diretores que estiveram presentes no even-to foram agraciados, pelo Senge-

Os ex-diretores Rômulo Perilli, Afonso Gomes, Arilton Badaró,José Flávio Gomes, Eustáquio Pires e Anthero Leite também

contribuíram com os seus depoimentos

Casa Sustentável é a nova cartilha do Sengeável, já que contém parâmetros sugestivos de novas diretrizes construtivas.

Virgílio Almeida apresentou a cartilha durante sua palestra no Fórum de Debates. “A casa sustentável tem como concei-to ser uma construção eficiente do ponto de vista energético, saudável, do ponto de vista da ventilação e iluminação solar, confortável e de uso flexível, ou seja, poderá ser usada pelas mais diferentes pessoas. Além disso, para ser sustentável, a casa tem que ser projetada para ter uma longa vida útil”, explica Virgílio.

O engenheiro eletricista reconhe-ce que fazer uma construção sus-tentável é uma tarefa difícil, uma vez que os diversos profissionais envolvidos têm que entender o conceito e trabalhar unidos para conseguir aplicá-los.

O autor da cartilha lembra, ainda, que para realizar uma construção sustentável é necessá-rio pensar mais antes de construir para ter que executar as obras apenas uma vez. “Para realizar uma casa sustentável, é preciso que se tenha uma visão holística da obra. A educação para a sus-tentabilidade é o caminho para

o nosso futuro”, completa. A cartilha Casa Sustentável pode ser retirada gratuitamente na sede do Senge-MG e também está disponível no site (www.sengemg.org.br).

-MG, com placa de homenagem pela contribuição na construção da história do Sindicato e da cida-dania no Brasil.

Raul Otávio, atual presidente do Senge-MG, coordenou o eventoque contou, ainda, com a particição de Marta Freitas, Augusto

Drummond e José Marcius de Carvalho

Page 8: SENGE INFORMA Nº 200 - 30/SETEMBRO/2012sengemg.com.br/downloads/senge_informa_200.pdf · está se propagando e esten-dendo para os outros Estados. O Senge-MG é o sindicato que tem

8 SENGE INFORMA Nº 200 - 30/SETEMBRO/2012

NEGOCIAÇÕES COLETIVAS

Maioria dos reajustes salariais no1º semestre ficou acima da inflação

Veja aqui como anda a negociação de sua categoria

As negociações coletivas realiza-das no primeiro semestre de 2012 possuem o melhor resultado em 16 anos. A afirmativa faz parte do balan-ço realizado pelo Sistema de Acom-panhamento de Salários do Depar-tamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (SAS-Die-ese), no qual se constatou que 97% dos 370 reajustes analisados ficaram acima da inflação aferida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Apenas 0,5%, que equivalem a dois reajustes, ficou abaixo deste índice. Outra constatação é referen-te ao valor dos ganhos reais incor-porados aos salários que foram, em

média, 2,23% acima do INPC, valor considerado superior em relação aos quatro anos anteriores.

O estudo apontou quatro fatores que podem ter contribuído para o bom desempenho das negociações que são: a ação sindical, a redução do patamar inflacionário, a manutenção do nível de emprego e o aumento real do salário mínimo. A desaceleração do PIB no início do ano não afetou as negociações dos reajustes salariais. Levando-se em conta o tipo de nego-ciação, o balanço mostrou que os au-mentos reais foram mais frequentes nas negociações por categoria profis-sional do que por empresas.

negociação na copasaestá em dissídio

O Senge-MG apresentou, para as entida-des sindicais que negociam com a Gasmig, a proposta de regulamentação do Programa de Apoio ao Portador de Deficiência, visando a implantação dos benefícios contidos no ACT 2011/2012. A proposta foi protocolada na Gasmig no dia 12 de julho. O Programa está contido na cláusula 9ª do ACT 2011/2012 e prevê que a Gasmig tem um prazo de três me-ses para se posicionar. Faz parte da proposta o reembolso de 70% de despesas como esco-larização, alfabetização, hidroterapia, terapia ocupacional, consultas, exames e tratamentos médicos especializados, incluindo testes gené-ticos, entre outros.

Sindicatos rejeitamproposta da Fiemg

Setoriais levantama pauta da cemig

O Senge-MG, o Sindágua-MG e o Saemg, entidades que negociam com a Copasa, entra-ram com dissídio coletivo dos trabalhadores da empresa na sexta-feira, 31 de agosto, no Tribu-nal Regional do Trabalho, 3ª Região. Tal medida foi autorizada pelos trabalhadores em Assem-bleia Geral Extraordinária (AGE) unificada, re-alizada no dia 9 de agosto, e foi confirmada pelos sindicatos e pela Copasa em reunião no Ministério Público do Trabalho, no dia 30 de agosto. As entidades tentaram encaminhar, na última reunião no MPT, uma definição dos se-tores da empresa passíveis de trabalharem em escala mínima para o momento em que os tra-balhadores deflagrarem greve. No entanto, tais critérios terão que ser definidos nas reuniões de intermediação do TRT.

Em reunião realizada no dia 11 de setem-bro, entre o Senge-MG, demais entidades re-presentantes dos metalúrgicos e a Fiemg, os representantes dos trabalhadores rejeitaram a contraproposta feita pela Federação durante a primeira rodada de negociação. A comissão de negociação rejeitou a proposta de reajuste salarial, que variava de 4% a 4,5% de acordo com o número de empregados das empresas, e refutou os argumentos utilizados pela Fiemg. A bancada dos trabalhadores apresentou um estudo que não nega o recuo da indústria no primeiro semestre de 2012. Porém, lembrou as ações do governo para manter o aquecimen-to da economia, tais como redução de IPI, das taxas de juros, pelos bancos públicos e desone-ração da folha de pagamentos, entre outras.

O Senge-MG, desde o final de agosto até o dia 13 de setembro, realizou reuniões setoriais com os engenheiros e engenheiras que traba-lham na Cemig em todo o Estado. Foram feitas reuniões em Pouso Alegre, Varginha, Montes Claros, Governador Valadares, Ipatinga, Uber-lândia e Juiz de Fora. O objetivo das reuniões foi levantar a pré-pauta de reivindicações da categoria para a campanha salarial 2012. A reivindicação unânime dos engenheiros é pela implantação do adicional de coordenação de equipe, que ficou previsto no Extra-Acordo 2011/2012, e deveria ser efetivado até abril de 2012. Uma AGE será agendada, em breve, para Belo Horizonte e Região Metropolitana, para que a pauta seja aprovada. A data, ho-rário e local serão divulgados pelo Senge-MG.

Senge conduz negociações com a SLU

Em Assembleia realizada no dia 11 de se-tembro, os profissionais da Engenharia e Ar-quitetura da SLU votaram para que o Senge e o Sinarq conduzam as negociações coletivas com a Autarquia, referentes ao salário mínimo pro-fissional; Planos de Cargo, Carreiras e Salários (PCCS) e quinquênios, entre outras reivindica-ções que serão definidas em uma próxima As-sembleia. O Senge-MG encaminhou uma carta na qual manifesta o repúdio às atitudes da SLU com os profissionais e para agendar uma reu-nião com a Superintendência. Na Autarquia há uma disparidade de salários entre os engenhei-ros e uma das reivindicações é que haja uma equiparação nos vencimentos.

Senge negocia benefícios com a gasmig

definidas pautas daconstrução civil e Pesada

Os engenheiros empregados das empresas de Construção Pesada de Minas Gerais e os en-genheiros e arquitetos empregados das empre-sas de Construção Civil do Estado levantaram os pontos que vão compor suas respectivas pautas de reivindicações, em Assembleias Gerais Extra-ordinárias (AGEs) realizadas, pelo Senge-MG, no dia 19 de setembro. O cenário para as nego-ciações é favorável. Segundo o Dieese, 97% das campanhas acompanhadas pelo Departamen-to, no 1º semestre de 2012, tiveram reajustes acima da inflação e a indústria da construção terminou o primeiro semestre de 2012 em cres-cimento, segundo levantamento da Confedera-ção Nacional da Indústria (CNI).