SENHORA DOS AFOGADOS - · PDF fileCOLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ CURSO...

download SENHORA DOS AFOGADOS - · PDF fileCOLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ CURSO TÉCNICO EM TEATRO INTEGRADO – 4° AD PROFESSOR ANDRÉ MEIRELLES “O mar. Não gosta de nós. Quer levar toda

If you can't read please download the document

Transcript of SENHORA DOS AFOGADOS - · PDF fileCOLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ CURSO...

  • COLGIO ESTADUAL DO PARAN

    CURSO TCNICO EM TEATRO

    INTEGRADO 4 AD

    PROFESSOR ANDR MEIRELLES

    CURITIBA

    2015

    SENHORA DOS AFOGADOS

    O mar. No gosta de ns. Quer levar toda a

    famlia, principalmente as mulheres. Basta ser

    uma Drummond, que ele quer logo afogar. Um

    mar que no devolve os corpos e onde os corpos

    no boiam!

  • COLGIO ESTADUAL DO PARAN CURSO TCNICO EM TEATRO

    INTEGRADO 4AD

    DISCIPLINA

    Laboratrio de Montagem Teatral

    PROFESSOR ANDR MEIRELLES

    PEA

    SENHORA DOS

    AFOGADOS Nelson Rodrigues

    CURITIBA

    2015

  • DIRETORA GERAL

    Laureci Schmitz Rauth

    ASSISTENTE DA DIREO GERAL

    Rosicler Alchieri

    DIREO AUXILIAR

    Manh: Geibe Garcia Fernandes

    Tarde: Silvia de Oliveira Peigas

    Noite: Rosemeri do Rocio Dessoti Schier

    COORDENAO DO CURSO TCNICO EM TEATRO

    Andr Luiz de Mello Meirelles (Integrado)

    Ana Cristina Martins de Souza Subsequente)

  • FICHA TCNICA ENCENAO

    Andr Meirelles

    FIGURINO

    Criao Coletiva

    MAQUIAGEM

    Criao Coletiva

    DESENHO DE LUZ

    Andr Meirelles - Juliana Stival

    OPERAO DE LUZ

    Juliana Stival

    DESENHO DE SOM e OPERAO DE SOM

    Andr Barroso

    CENOGRAFIA

    Criao Coletiva

    PREPARAO CORPORAL E IMPROVISAO

    Andr Meirelles - Janine Schneider

    SUPORTE TCNICO

    Thiago Fernandes

    FOTOGRAFIA

    Thiago Fernandes

    PROFESSORES ENVOLVIDOS

    Andr Meirelles (Laboratrio de Montagem Teatral)

    Janine Schneider (Improvisao)

    Andr Barroso (Produo e Iluminao, Sonoplastia e Cenografia)

    TEXTO

    NELSON RODRIGUES

  • PERSONAGENS e ELENCO

    MISAEL: Caio Frankiu

    D. EDUARDA: ngela Gomes

    VIZINHOS:

    o Alyne Aguiar

    o Anny Lindsay

    o Mayara Claudino

    AV: Camila Candido

    NOIVO: Ewerton Lorenzo

    MOEMA: Gabriela de Lara

    VENDEDOR DE PENTES: Milena Albuquerque

    MULHERES DO CAIS

    o Julia Nascimento Correa

    o Leticia Frana

    o Maria Gabrielly Dantas

    o Mayara Lima Neves

    o Camila Candido

    PAULO: Igor Correia

    DONA DO CABAR: Carolline Ribas

    MULHER: Alana Augusto

  • APRESENTAES

    ESTREIA

    28 de novembro de 2015, as 18h e as 20h

    Auditrio Bento Mossurunga.

    30 de novembro de 2015, as 08h30 e as 10h30

    Auditrio Bento Mossurunga.

    FETECEP (FESTIVAL DE TEATRO DO COLGIO ESTADUAL DO

    PARAN)

    03 de dezembro de 2015, as 08h30 e as 10h30

  • PROFESSOR ANDR MEIRELLES

    licenciado em teatro pela

    Faculdade de Artes do Paran,

    tm mais de vinte peas

    apresentadas, nas quais trabalhou

    como ator, coregrafo, bailarino,

    encenador e iluminador cnico.

    As atividades do professor no ano de 2015 dentro do CEP.

    -Coordenao do Curso de Arte Dramtica Integrado

    -Modulado de Dana-Teatro: Curso avanado direcionado

    para alunos do CEP e comunidade (ex-alunos do curso de

    Arte Dramtica e alunos da Faculdade de Artes do Paran).

    -Modulado de Dana de Salo: Focado na aprendizagem

    dos ritmos de dana de salo como forr, tango, salsa,

    samba.

    Outras atividades:

    - Idealizador do 1 e 2 FETECEP (Festival de Teatro

    Estudantil do Colgio Estadual do Paran). O festival

    aconteceu de 30 de novembro a 06 de dezembro 2015,

    durante a Semana Cultural, e movimentou toda a escola,

    com 14 peas inscritas e publico de mais de 2000 pessoas

    durante todos os dias de festival. Foi feita uma premiao

    para os artistas e peas que se destacaram.

  • NELSON RODRIGUES

    23/08/12 21/12/80

    Nascido no Recife, Pernambuco,

    mudou-se em 1916 para a cidade

    do Rio de Janeiro. Quando maior,

    trabalhou no jornal a semelhana da

    Manh, de propriedade de seu

    pai. Foi reprter policial durante

    longos anos, de onde acumulou

    uma vasta experincia para

    escrever suas peas a respeito da

    sociedade. Sua primeira pea

    foi A Mulher sem Pecado, que lhe deu os primeiros sinais de

    prestgio dentro do cenrio teatral. O sucesso mesmo veio

    com Vestido de Noiva, que trazia, em matria de teatro, uma

    renovao nunca vista nos palcos brasileiros. Com seus trs

    planos simultneos (realidade, memria e alucinao

    construam a histria da protagonista Alade), as inovaes

    estticas da pea iniciaram o processo de modernizao do

    teatro brasileiro.

    A consagrao se seguiria com vrios outros sucessos,

    transformando-o no grande representante da literatura

    teatral do seu tempo, apesar de suas peas serem taxadas

    muitas vezes como obscenas e imorais. Em 1962, comeou a

    escrever crnicas esportivas, deixando transparecer toda a

    sua paixo por futebol. Veio a falecer em 1980, no Rio de

    Janeiro.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Pernambucohttps://pt.wikipedia.org/wiki/A_Mulher_sem_Pecadohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Vestido_de_Noiva

  • SENHORA DOS AFOGADOS

    O 4 AD integrado realizou, como Prova-Pblica de

    finalizao de curso, a montagem da pea

    Senhora dos Afogados, de Nelson Rodrigues. O texto foi

    fortemente influenciado pela tragdia Electra, do

    dramaturgo grego Sfocles. Outras influncias marcantes

    da histria foram: Macbeth, de Shakespeare e Mourning

    Becomes Electra ou Electra de Luto, do dramaturgo

    americano Eugenne O'Neill. Nesta obra, Moema, a filha

    mais velha do Misael e D. Eduarda, guardava um amor

    pelo pai e resolveu afogar suas irms mais novas, Clarinha

    e Dora, no mar para no dividir a ateno do seu pai com

    elas. A trama cheia de mistrios e Moema consegue ser a

    nica mulher na vida do seu pai, porm ele morre e ela fica

    s.

  • A importncia de pesquisar a tragdia em diferentes

    autores um grande exerccio, pois o gnero surgiu na

    Grcia sculos antes de Cristo e vem sendo revisitado por

    renomados autores da dramaturgia mundial. A estrutura

    dramatrgica da tragdia influenciou a literatura e o

    cinema, e elementos como o Coro e a Catarse so

    comumente usados na cultura contempornea.

    Senhora dos Afogados carrega o peso dramtico de

    Nelson Rodrigues, embora seja uma obra que se distancia

    um pouco dos elementos que mais deram fama ao autor:

    paginas policiais, personagens marginalizados e tabus

    sociais. Senhora dos Afogados considerada uma obra

    da fase mtica de Nelson Rodrigues: no possui lugar e

    tempo definido, representa quase um sonho (ou pesadelo),

    no qual espectros aparecem para desvelar os segredos mais

    sombrios dos mortais. Uma verdadeira obra de arte. A

    parceria com a disciplina de Filosofia ajudou nesse

    aprofundamento sobre o gnero tragdia e seu

    elementos, sendo vital para os atores entenderem a

    profundidade da obra e mergulharem com mais

    propriedade em seus personagens. A pea estreou em 18 de

    novembro de 2015 no Auditrio do CEP as 18h. A pea

    tambm abriu o Festival de Teatro Estudantil do Colgio

    Estadual do Paran - FETECEP que aconteceu em

    dezembro.

    Andr Meirelles

  • PROPOSTA DE ENCENAO

    A encenao usou como ponto de partida o mtodo de

    trabalho dos encenadores Jerzy Grotowski e Antunes Filho.

    Em primeiro lugar demos nfase na interpretao e na

    tcnica do ator antes mesmo de pegar o texto. Foram feitos

    ensaios exaustivos de vigor fsico. Estes ensaios buscavam o

    rompimento dos maneirismos e arqutipos tradicionais do

    repertrio do ator. A partir da exausto fsica, o ator libera

    as emoes e d margem para a verdadeira criao cnica.

    Num segundo momento comeamos a direcionar para a

    histria que seria contada. A partir de improvisaes e

    estudos tericos sobre o texto avanamos sempre dando

    nfase a tcnica do ator, descobrindo intenes, gestos,

    controle de energia e expresses corporais.

  • Finalmente, com o texto decorado passamos a terceira e

    ultima etapa que foi a encenao propriamente dita,

    marcao de cena, reconhecimento espacial do palco, tempo

    dramtico, detalhes de cenrio, figurino e tcnica vocal.

    Depois de todo o processo do laboratrio criativo e com os

    personagens parcialmente delineados, comeamos a

    esmerilhar as cenas, limpando gesto a gesto e junto com

    os atores, coreografando as cenas, dando ritmo e fluidez,

    alternando entre pesado e leve, rpido e lento.

    CENRIO E ESPAO CNICO

    Para quebrar a quarta parede e diminuir a distncia entre

    o pblico e os atores foi decidido que usaramos o palco do

    Auditrio Bento Mossurunga em outra disposio espacial.

    Colocamos a plateia em cima do palco em uma das coxias e

    perpendicular a boca de cena onde tradicionalmente fica

    a plateia. Desta maneira buscvamos um rompimento

    com palco tradicional italiano e proporcionar um contato

    mais prximo e caloroso entre os atores e a plateia.

  • O cenrio consistia em praticveis delimitando um espao

    de um quarto e uma cama alm de um cais feito tambm de

    praticveis que avanava pelo proscnio e invadia a

    arquibancada do auditrio.

    Em um fundo preto foram colocadas molduras de quadros,

    uma referencia ao texto de Nelson.

  • Haviam espaos invisveis que a medida que os

    personagens transitavam pelo espao cnico iam

    aparecendo. Salas de um velho casaro, um borde