Sensação e percepção
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Sensação e Percepção
Adriana Manso Melchiades
Obje7vos da aula • Apresentar conceitos gerais sobre sensação, percepção e
consciência; • Discu7r um pouco sobre os processos sensoriais primários e
sua relação com a Percepção; • Relacionar as áreas cerebrais responsáveis pela percepção de
cada sen7do; • Definir e discu7r temas relacionados com a consciência.
sensação
• Experiências associadas a esGmulos simples;
• Focaliza-‐se em como os órgãos sensoriais respondem ao esGmulo externo e transmitem essa informação ao cérebro;
• Envolve o processamento do esGmulo nas variadas modalidades sensoriais.
Percepção
“Organização das informações recebidas através dos sen7dos. Capacidade para processar e interpretar as informações procedentes do meio ambiente para formar um todo integrado.”
(Gil, 2005) “Entrada de informações no sistema de processamento central acontece a par7r da es7mulação sensorial, sensação, em direção a percepção, a qual resulta da integração de impressões sensoriais em uma informação psicologicamente significa7va”.
(Lesak, 1995)
Percepção
• Processamento a7vo da conGnua torrente de sensações (esGmulos ambientais);
• Inclui: consciência, reconhecimento, discriminação, padronização e orientação;
• Envolve desde cor, forma, tom até integração visuo-‐constru7va;
• Déficit: causados por lesões em áreas sensi7vas primárias ou assossia7vas.
Percepção • 20 modalidades sensoriais:
– 6 – sensos químicos – 4 – somatosensoriais (tato) – 4 – diferentes aspectos musculares (propriocepção) – 2 – relacionadas ao equilíbrio – 4 – audição, visão, paladar e olfato
Entretanto, falaremos apenas das mais relacionadas ao fenômeno da atenção e consciência.
Percepção
Sensação X Percepção
A sensação e a percepção ligam o mundo csico e o psicológico
• Elementos subje7vos
• Fatores psicológicos
• Qualidades obje7vas • Fatores exclusivamente neurofisiológicos
Percepção
Percepção = – Cérebro – Sensação: Resulta da ação de esGmulos externos sobre os nossos órgãos dos sen7dos
Subjetividade características físicas
experiências anteriores
Percepção
Sen7dos fonte de informação a7vidade cogni7va
Ato percep7vo
Input (sensorial)
Output (Informação)
PERCEPÇÃO • Iden7ficação de um objeto = sensação
interpretação
(conceito do objeto na memória) = PERCEPÇÃO – Déficits na integração dos esGmulos são conhecidos como agnosias
Transmissão da Informação • Potencial de Repouso: estado ina7vo de um neurônio (carga
elétrica nega7va) • Potencial de Ação: acúmulo de cargas elétricas dentro no
neurônio, gerando o impulso elétrico. • Limiar neural
• Transdução e Codificação
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Caminhos de cada sen7do Sen$do Es*mulo Receptores Caminhos ao Cérebro
Audição Ondas de som Células ciliadas audi7vas (cóclea)
Nervo audi7vo
Visão Ondas de luz Bastonetes e cones (re7na)
Nervo óp7co
Tato Pressão sobre a pele
Terminais sensíveis ao tato
Nervo trigêmeo e espinhais
Dor Grande variedade Terminais sensíveis à dor
Nervo trigêmeo e espinhais
Paladar Moléculas dissolvidas na língua
Botões gustatórios Porções de nervos faciais, glossofaríngeo, vago
Olfato Moléculas dissolvidas na mucosa do nariz
Terminais sensíveis de neurônios olfatórios
Nervo olfatório
Psicocsica • Iniciada por Gustav Theodor Fechner (1801-‐1887): ‘Elemente
der Phychophysik’ • Descoberta do limiar absoluto • Lei de Weber -‐ Fechner
Sen$do Es*mulo mínmo
Visão A chama de uma vela vista a 48 km em uma noite escura
Audição O 7que-‐taque de um relógio a seis metros em condições de silêncio
Paladar Uma colher de chá de açúcar em dois galões de água
Olfato Uma gota de perfume difundida no volume total de seis salas
Tato A asa de uma mosca caindo na sua bochecha de uma distância de um cenGmetro
Transmissão da Informação
Codificação de intensidade: modulação de amplitude e de frequência
Weber,1834;Fechner,1860;Stevens,1953
Prof. Valdir Pessoa
Proibida a reprodução ou distribuição deste material IBNeuro - Instituto Brasiliense de Neuropsicologia e Ciências Cognitivas
A Visão
• Não enxergamos somente com os olhos mas com uma rede de conexões que vão desde a re$na e atravessam o cérebro.
Trajeto Celular
� Células grandes – magnocelulares (movimento e profundidade
� Células pequenas – parvocelulares (cor e forma)
� Cada uma dessas camadas de células conduz informações ao núcleo geniculado do tálamo e daí para diferentes regiões do córtex. Conforme Kandel (1996) estas três vias processam informação em paralelo gerando informações de profundidade, forma, movimento e cor.
Localização e reconhecimento • Localização: dis7nção figura – fundo.
• Reconhecimento: contraste, sombra e luminância.
Separação de objetos • Iden7ficação de figura – fundo
– Definição de bordas
• Agrupamento de objetos � Lei do fechamento (a mente completa o que falta) � Lei da Similaridade (a mente agrupa o que for semelhante) � Lei da Proximidade (a mente agrupa o que es7ver próximo) � Lei da Simetria (mesmo distantes, objetos simétricos agrupam) � Lei da Con7nuidade (a mente con7nua um padrão mesmo que este termine)
� Ilusões
Percepção de distância • Relacionada a profundidade;
– Indicadores de profundidade; • Disparidade binocular; • Estereoscópio.
Percepção de movimento “Um objeto está em movimento sempre que sua imagem se desloca em nossa re7na”. • Movimento real • Movimento Induzido: comparação de objetos. • Movimento estroboscópico: piscar de luzes.
Reconhecimento
abordagem constru7vista
• Papel a7vo do observador no processo perceptual e é derivada em
grande parte da tradição empiricista.
• Pressupõe que a percepção é baseada em mais do que apenas a
informação na entrada do esGmulo. Oque percebemos é uma
construção mental baseada em nossas estratégias cogni7vas, nossa
coleção de experiências passadas, vieses, expecta7vas, mo7vos,
atenção, etc.
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abordagem constru7vista
Objetos Reais Indivíduo Percepção
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Percepção direta ou ecológica • Processos mentais internos desempenham pouco papel na
percepção. Conforme o observador se desloca pelo ambiente ele capta diretamente a informação necessária para uma percepção adaptativa e eficiente. Os estímulos no ambiente – a informação disponibilizada na imagem visual – contêm toda a informação necessária para a percepção do mundo físico diretamente. Estágios adicionais de processamento ou mediação não são necessários. Exemplo: os gradientes naturais de textura.
• Outra fonte importante de informação no que se refere a percepção
espacial é a maneira na qual as imagens fluem nos olhos conforme os objetos ou o observador se desloca no ambiente.
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Percepção direta ou ecológica
• Focaliza no elo adaptativo entre o organismo percebedor e seu ambiente físico. Enfatiza que a percepção é um processo natural que evoluiu para lidar com o mundo real. Portanto, o estudo da percepção deveria focalizar a estimulação naturalística com a qual um observador tipicamente se confronta quando interage com o ambiente físico.
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James Jerome Gibson (1904–79)
abordagem neurofisiológica
• Numa proposta clássica, fenômenos sensoriais e perceptuais são melhor explicados por mecanismos neurais e fisiológicos conhecidos que servem as estruturas sensoriais. Invoca uma forma de reducionismo: a idéia de que se pode compreender formas amplas e aparentemente complexas de comportamento pelo estudo de seus processos biológicos subjacentes (reminiscente do estruturalismo, embora restrito a mecanismos fisiológicos).
• Parte do argumento a favor desta abordagem é que os mecanismos
neurais e fisiológicos são subjacentes a todos os aspectos do comportamento.
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abordagem neurofisiológica • As estruturas e os processos do sistema sensorial
analisam os estímulos sensoriais de entrada (tipicamente degradados) para nos fornecer informações sobre o ambiente. A análise de mecanismos no nível neural nos permite detectar características específicas no ambiente – formas, orientação, comprimento, cor, etc.
• Crítica: Embora inquestionável que mecanismos
neurofisiológicos desempenhem um papel critico na explicação de fenômenos no nível sensorial, a enorme complexidade que existe entre a estimulação do olho e uma experiência consciente perceptual não explica muitos fenômenos.
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Reconhecimento • Campo recep7vo (cerebral):
– Células simples: esGmulo linear;
– Células complexas: esGmulo em movimento para uma determinada orientação;
– Células hipercomplexas: controla o comprimento dos esGmulos.
• Relacionamento entre as caracterís7cas;
• Estágios de reconhecimento
atenção “Capacidade de selecionar algumas informações para exames mais detalhados e ignorar outras”. • Atenção sele7va • Atenção concentrada
Constâncias percep7vas
• Constância de luminosidade e cor • Constância de localização • Ilusões
• Economia de energia
Desenvolvimento perceptual • Acuidade visual: diferenciação das partes do objeto
– Contraste: sensibilidade ao contraste
• Percepção de profundidade – Experiência do abismo visual
• Importância da es7mulação
• Desenvolvimento completo apenas aos 7 anos