Sensores Usados Em Veiculos

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO INDUSTRIAL DE MAPUTO

Curso: Electrónica

SENSORES USADOS EM VEICULOS

AUTOMOTORES

Trabalho do fim do curso para a obtenção do grau técnico médio

Departamento de Electrotecnia

Autor: Osvaldo André Sitoe

Supervisores: -António Muhau (Grupo Entreposto)

-Victor Cardenas Diaz (IIM)

Maputo, 2012

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DECLARAÇÃO

Eu, Osvaldo André Sitoe, estudante do instituto industrial de Maputo, no departamento de

electrotecnia, especialidade electrónica, declaro pela minha honra que es te trabalho é de

minha inteira autoria, baseado no estágio que tive na oficina da Mercedes -benz do Grupo

entreposto de Moçambique, e da pesquisa de alguns livros e fichas dos sites da internet que

serão citados na bibliografia.

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ÍNDICE

TEMA PÁGINA

1. Declaração 02

2. Índice 03

3. Abreviaturas 04

4. Índice de gráficos 04

5. Índice de figuras 04

6. Introdução 06

7. Introdução ao estudo dos sensores 07

8. Sensores analógicos 09

Sensor de posição 10

Sensor de temperatura 12

Sensor de pressão 14

Sensor de distância sonora 16

9. Sensores digitais 18

Sensores Magnéticos 19

Sensor de chuva 21

Sensor de rotação 23

10. Conversão analógica/digital 26

11. Conclusão 27

12. Anexos 28

13. Bibliografia 31

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ABREVIATURAS

A/D - Analógica Digital

CLPs - Controladores Lógicos Programáveis

ECU - Unidade De Controlo Electrónico

LED - Diodo Emissor De Luz

LVDT - Transformadores Lineares Diferenciais Variáveis

Vmáx - Tensão Máxima

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico1. Sinal analógico

Gráfico2. Faixa de trabalho de um sensor de temperatura de água

Gráfico3. Faixa de trabalho de um sensor de temperatura de ar

Gráfico4. Sinal digital de 1 bit

Gráfico5. Sinal digital de 2 bits

Gráfico6. Sinal analógico antes da conversão

Gráfico7. Sinal analógico depois da conversão

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Diagrama de blocos de um sistema de controlo automático

Figura 2. Sensores de controlo de nível e de massa de ar

Figura 3. Estrutura do sensor de nível

Figura 4. Estrutura do sensor de massa de ar

Figura 5. Potenciómetro

Figura 6. Sensores de temperatura (Modelo usado no carro)

Figura 7. Sensor de temperatura de líquido

Figura 8. Sensor de temperatura de ar

Figura 9. Termistor

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Figura 10. Sensor de pressão (Modelo usado no carro)

Figura 11. Membrana piezoresistiva

Figura 12. Membrana piezoresistiva conectada a uma ponte de Wheatstone

Figura 13. Sensores de pressão

Figura 14. Sensor de distância (Modelo usado no carro)

Figura 15. Estrutura de um sensor de distância ultra-sónico

Figura 16. Funcionamento de um sensor de distância

Figura 17. Aplicação do sensor de distância no estacionamento de um carro

Figura 18. Sensor de distância ultra-sónico

Figura 19. Sensor magnético (Modelo usado no carro)

Figura 20. Circuito electrónico do alarme com porta aberta

Figura 21. Circuito electrónico do alarme com porta fechada

Figura 22. Chave magnética

Figura 23. Sensor de chuva (Modelo usado no carro)

Figura 24. Funcionamento do sensor sem chuva

Figura 25. Funcionamento do sensor com chuva

Figura 26. Par óptico

Figura 27. Sensor de rotação (Modelo usado no carro)

Figura 28. Estrutura e aplicação do sensor de rotação

Figura 29. Princípio de funcionamento do sensor num motor

Figura 30. Sensor indutivo

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INTRODUÇÃO

Actualmente a electrónica tem desempenhado um dos papeis mais significantes na indústria automóvel, papel este que parte desde a substituição de sistemas mecânicos por

electrónicos como no caso da ignição e injecção electrónica, passando para sistemas mais visíveis como o controle de velocidade, de nível do combustível e ar, indo a sistemas de segurança como o caso dos alarmes, sistemas de travagem automática, travas electrónicas chegando até a sistemas que permitem fazer revisão e detectar avarias no carro com a ajuda de um computador normal.

Para que todos esses sistemas desempenhem suas funções correctamente é necessário o uso de sensores. Através deles, podemos fazer a leitura de determinadas características do

ambiente, tais como a presença de um obstáculo no caminho de um carro, a temperatura de um motor ou o fato de uma porta estar fechada ou não, e responder de acordo com elas, ou seja, criar um sistema capaz de interagir com o condutor.

Foi com base nessa contribuição que a electrónica tem oferecido para o melhor funcionamento dos automóveis, que este trabalho foi elaborado. O presente trabalho irá

focalizar sua atenção nos sensores, componentes essenciais para o melhor funcionamento destes sistemas.

No decorrer da apresentação irei apresentar vários tipos de sensores, com principal

destaque aos sensores usados nos carros e no fim da explicação de cada sensor apresentarei o sensor na forma em que geralmente se encontra.

O objectivo deste trabalho não será focalizar-se na composição interna do sensor, visto que

uma determinada característica no ambiente, pode se medir de várias formas. Sendo assim os sensores serão apresentados quanto a seu principio de funcionamento. Este método foi

escolhido, por acreditar que entender o princípio de funcionamento de um sistema permite uma visão mais ampla do tema, evitando focalizar-se em apenas uma única área de aplicação.

Espero assim, que este trabalho possa lhe ajudar a ter uma visão mais clara dos sistemas

automáticos por detrás do funcionamento de um carro, e não só, bem como o princípio do funcionamento de vários sistemas de controlo baseadas nos sensores.

Como qualquer trabalho desta espécie este trabalho não é completo, sendo baseado

apenas no conhecimento que possuí no momento da elaboração deste. Sendo assim deixa em aberto algumas questões que podem ser esclarecidas por meio de mais investigação. Mas por

agora espero que a informação, contida seja suficiente, para atingir o objectivo deste trabalho.

Para terminar, desejo ao leitor bom proveito da matéria.

O autor

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS SENSORES

Os sistemas de controlo automático podem ser divididos em duas partes sendo elas a:

Parte operativa: corresponde a execução de trabalho efectivo. Constitui-se por

actuadores pneumáticos e hidráulicos, motores, válvulas, lâmpadas, etc.

Parte de comando: corresponde ao controle do processo, recebe informações

vindas do operador ou do próprio processo a ser controlado e emiti as informações que

comandam as acções da parte operativa. Constitui-se por CLPs, computadores, placas

electrónicas de sistemas embarcados, painel de relés, etc.

Figura 1

Para cada processo a ser automatizado é necessário escolher, dentre as diferentes

tecnologias de comando disponíveis, as mais adequadas e as que melhor se adaptam ao

processo.

De uma forma geral, os sistemas de automação se constituem dos seguintes elementos:

Elementos de Ordem: São os dispositivos que permitem que o operador

especifique um parâmetro ou comande as operações do processo. São geralmente:

chaves e botoeiras.

Elemento Controlador: É o responsável por executar todo o processamento de

informações e controlar a acções executadas. Para tanto, recebe sinais em suas

entradas (provenientes de elementos de ordem ou de sensores) e geram sinais de

controlo em suas saídas que controlarão os actuadores. Podem ser empregados como

elementos controladores: CLPs, computadores, painéis de relés, placas electrónicas, etc.

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Elementos Actuadores: São dispositivos que modificam uma variável controlada,

os responsáveis por realizar a transformação de energia eléctrica em outro tipo de

energia que realize trabalho mecânico. Os elementos actuadores são controlados pelo

elemento controlador e podem ser: motores eléctricos, válvulas, lâmpadas, indicadores

sonoros, actuadores pneumáticos e hidráulicos, etc.

Elementos Sensores: Dispositivos sensíveis a alguma forma de energia do

ambiente (luminoso, térmica, cinética, etc.) relacionando informações sobre uma

grandeza que precisa ser medida, como: temperatura, pressão, vazão, velocidade,

posição, aceleração, etc. Os elementos sensores enviam informações inerentes ao

processo e ao meio ao controlador. Os sistemas que se utilizam de elementos sensores

são chamados de Sistemas em Malha Fechada enquanto os que não utilizam esses

elementos são chamados Sistemas em Malha Aberta.

Vamos agora nos centralizar nos sensores.

Sensores: podem ser definidos como sendo componentes ou circuitos electrónicos que

permitem a análise de uma determinada condição no ambiente e transforma em energia

eléctrica. Apesar de ser imensa a variedade de sensores electrónicos, podemos dividi-los

basicamente em dois tipos: sensores analógicos e sensores digitais. Essa divisão é feita de

acordo com a forma a qual o componente responde à variação da condição.

Para entender melhor faremos um estudo de cada tipo de sensor, começando com os

sensores analógicos.

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SENSORES ANALÓGICOS

Os Sensores analógicos são aqueles que, mesmo limitados entre dois valores de tensão,

podem assumir infinitos valores intermediários. Isso significa que, pelo menos teoricamente,

para cada nível da condição medida, haverá um nível de tensão correspondente. Os sensores

geralmente costumam funcionar com uma tensão de 5V. No entanto, a tensão máxima

costuma ser de 4,5V e a mínima de 0,5V. Tal condição permite a detecção de avarias no

sistema.

No caso de o sensor estragar-se ou termos um circuito aberto (0V) o ECU poderá

detectar tal avaria.

No caso de curto-circuito a tensão será de 5V e o ECU poderá detectar o curto-

circuito.

.

Gráfico 1

Podemos notar que a maior parte dos sensores são analógicos porque grande parte de

parâmetros a ser medidos também o são. Por exemplo a luminosidade pode assumir infinitos

valores entre a luz intensa e a escuridão total. A velocidade de um objecto, mesmo estando

limitada entre o 0 e um determinado valor, pode assumir qualquer valor intermediário.

Podemos classificar os sensores analógicos de acordo com o modo o qual respondem às

variações. Tal resposta deverá ser na forma da variação de alguma propriedade eléctrica, como

resistência, tensão, capacitância, dentre outros. Classificando-se como: sensores resistivos,

sensores piezoelétricos e sensores capacitivos respectivamente.

A partir de agora, analisaremos alguns sensores analógicos usados nos carros, mostrando o

seu funcionamento e sua função.

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SENSOR DE POSIÇÃO

Figura 2

Um dos usos mais comuns do sensor de posição é no controle do nível de combustível. A

função do sensor de posição é medir a quantidade de combustível no tanque e informar ao

ECU, que ao receber envia o dado para o marcador no painel do veículo. O seu funcionamento

baseia-se na posição da bóia.

O potenciómetro é muitas vezes usado para ajustar algum parâmetro variando a posição do

seu cursor. Visto que a variação do cursor produz uma variação de resistência, este

componente é usado como sensor de posição.

Figura 3

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Quando o nível de combustível está baixo o cursor do potenciómetro atinge um ângulo que

só permite a passagem de corrente com tensão de 0,5V fazendo o ECU perceber e informar o

motorista a ausência de combustível no tanque.

Quando o nível de combustível estiver no limite o cursor do potenciómetro atinge um

ângulo que permite a passagem de uma corrente com 4,5V de tensão fazendo o ECU perceber e

informar o motorista que o tanque está cheio.

Durante o período em que o tanque não estiver cheio nem vazio o potenciómetro

apresentará valores entre 0,5V a 4,5V e estará ao cargo do ECU determinar o valor exacto do

volume do combustível.

Podemos encontrar outros tipos de sensores de posição nos carros como no caso do sensor

de massa de ar. Enquanto no sensor de nível de combustível o ângulo é ajustado por uma bóia

que flutua no líquido, neste o ângulo é determinado por um cursor que gira dependendo da

quantidade de ar que passa pelo sensor.

Figura 4

Ele é usado em tubos que transportam ar para determinar a quantidade de ar a ser

transportado. O princípio de funcionamento é mesmo com o de nível de combustível.

. Figura 5

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SENSOR DE TEMPERATURA

Figura 6

Outro tipo de sensores que tem um lugar de destaque nos carros é os sensores de

temperatura. Basicamente podemos encontrar dois tipos de sensores de temperatura:

O sensor de temperatura de líquidos

O sensor de temperatura de ar

O sensor de temperatura usado nos carros é composto por um termistor NTC que varia a

sua resistência consoante a temperatura do local a ser medido. Temperatura baixa produz

resistência alta. Aproximadamente 28KΩ a -20°C. A medida em que a temperatura aumenta, a

resistência diminui a aproximadamente 2,2KΩ a +30°C. Estes sensores têm sido importantes no

funcionamento do motor.

Sensor de temperatura de líquidos.

Figura 7 Gráfico 2

Como podemos notar pelo gráfico o sensor de temperatura trabalha numa faixa de -40 C a

+60 C mas é deixada um faixa de erro para poder identificar curtos circuitos e circuitos abertos.

Este sensor é muitas vezes usado no sistema de injecção electrónica, pois determina a

temperatura do líquido de arrefecimento do motor que é idêntica a temperatura do motor e

envia o valor ao ECU que determina com base nessa informação se deve ou não aumentar a

injecção do combustível, bem como o momento exacto da ignição.

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Sensor de temperatura de ar

Figura 8 Gráfico 3

Este sensor tem o mesmo princípio de funcionamento com o de líquidos, com diferença de

que este actua no ar enquanto o outro na água. Este sensor localiza-se na conduta que leva ar

para o motor podendo oferecer informações sobre a temperatura de ar que passa por ela.

Este sensor é muito importantes pois permite ao ECU calcular o tempo e a quantidade

exacta de combustível a ser injectado, o tempo exacto da ignição e a quantidade de ar a ser

admitida.

O uso deste tipo de sensores não se limita na injecção electrónica, podendo ser usado

também nos sistemas ar condicionado,

Figura 9

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SENSOR DE PRESSÃO

Figura 10

O modelo mais comum dos sensores de pressão é LVDT, mas este tipo de sensor não é

muito usado nos carros pois é sensível a vibrações e campo magnético, coisas comuns no carro.

Portanto um dos sensores usados para medir a pressão é o sensor de pressão tipo

piezoresistivo, composto por uma membrana que varia a tensão consoante a deformação

desta.

Esta membrana é composta por um fio em ziguezague bem fixado a membrana. Quando

esta membrana sofre deformação, este fio estica-se aumentando o seu comprimento, por sua

vez, diminuindo a sua secção.

Figura 11

Contudo, a lei de ohm diz:

R- Resistência 𝓵- Comprimento do fio S- Secção do fio 𝛒- Resistividade do condutor

Com base nesse princípio, quando aumentamos o comprimento do fio e diminuímos a secção do condutor, a resistência aumenta. Esta variação de resistência, quando colocada num

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circuito chamado Ponte de Wheatstone, gera uma variação de tensão servindo então como um sensor.

Figura 12 Quanto maior for a pressão no sensor maior será resistência, deixando ao cargo do ECU

calcular a pressão. Esta pressão pode ser líquida, sólida ou gasosa. A resistência de um condutor pode ser

influenciada pela temperatura, por isso nestes tipos de sensores são usados, condutores com baixo coeficiente de temperatura.

Figura 13

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SENSOR DE DISTÂNCIA

Figura 14

Um dos tipos de sensor de distância mais eficientes é o sensor ultra-sónico. Este sensor é

constituído por um microfone e uma coluna.

Figura 15

Durante o seu funcionamento a coluna envia pulsos na frequência de 40khz, ao encontrar

um obstáculo esta onda reflecte de volta ao microfone do sensor, que ao receber calcula a

distância que o carro tem do obstáculo.

Figura 16

Este sensor é muitas vezes usado como sensor de estacionamento ajudando a estacionar o

carro.

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Figura 17

Com base neste funcionamento e com acesso a circuitos mais complexos alguns carros

chegam a calcular a distancia de um carro que vai a sua frente regulando a sua velocidade de

acordo com essa informação, reduzindo a velocidade ao se aproximar dele ou mesmo travando

automaticamente em caso de haver algum obstáculo na direcção por onde o carro vai.

Figura 18

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SENSORES DIGITAIS

Os sensores digitais são aqueles que possuem dois níveis de tensão bem definidos,

chamados de Alto e Baixo, ou apenas 1 e 0. Esses níveis de tensão também são chamados de

níveis lógicos.

Tais níveis de tensão devem ser bem definidos. Utilizamos como padrão um nível lógico

Alto uma tensão de 5 V (ou próxima) e um nível lógico baixo uma tensão de aproximadamente

0 V, portanto, compatíveis com a maioria dos circuitos digitais, embora alguns circuitos operem

com tensões maiores ou menores. É importante que esses níveis de tensão não sejam maiores

do que 5 V ou menores do que 0 V, que são as tensões de alimentação desses circuitos, pois

eles poderão ser danificados.

Gráfico 4

Um sensor digital simples é aquele possui apenas duas respostas distintas. Por exemplo, ao

utilizarmos uma chave magnética para monitorar uma porta, ela apenas vai indicar que a porta

está fechada ou não, tendo em sua saída um nível de tensão alto ou baixo. Ela não será capaz

de informar se a porta está apenas encostada, ou o quanto ela se encontra aberta. Nesse caso

dizemos que tanto o funcionamento como a resposta do sensor são digitais.

Nos sistemas automáticos usados nos carros existem situações em que simplesmente

requer duas respostas distintas sem precisar de saber situações intermediárias. Por exemplo,

no caso de um motorista querer arrancar o carro, é importante saber se tem todas as portas

fechadas ou não, o motorista não vai querer saber se esta meio aberta ou muito aberta, ele vai

querer saber se está ou não aberta. São nesses casos que usamos os sensores digitais, sendo

assim vamos analisar alguns sensores digitais e sua função nos carros.

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SENSORES MAGNETICOS

Figura 19

O sensor magnético é um interruptor mas activados por um íman. Trata-se de dois

contactos de metal que no estado normal mantém-se em aberto. Porém, na presença de um

campo magnético, os contactos se fecham, podendo conduzir a corrente eléctrica. Os contactos

estão dentro de uma cápsula de vidro, mantendo-se isolados da corrosão atmosférica.

O exemplo mais comum de aplicação de chaves magnéticas é em sistemas de alarme. Esses

componentes são posicionados em batentes de portas e janelas. Um imã é colocado na porta

de modo que quando ela está fechada, a chave também esteja.

Figura 20

Porém, se a porta for aberta, o imã consequentemente se afastará da chave, que se abrirá.

Se o alarme estiver accionado, então ele será disparado

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Figura 21

Este sensor acompanhado por portas lógicas OR podem ser usados para determinar se uma

das portas do carro esta aberta ou não.

Figura 22

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SENSOR DE CHUVA

Figura 23

É um sensor que permite o accionamento automático dos limpadores do pára brisa. O

accionamento ocorre na velocidade necessária para que se tenha uma boa visibilidade em

função da intensidade da chuva. Ele é composto por um par óptico, um diodo e um

Fototransistor.

Seu funcionamento baseia-se no fenómeno de refracção da luz. Diodos emissores de luz

(LEDs) emitem ondas electromagnéticas através do vidro em direcção ao lado de fora do

veículo. Parte dessas ondas atravessam o vidro, e parte é reflectida no Fototransistor.

Figura 24

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O índice de refracção aumenta quando a superfície externa se encontra molhada, ou seja,

maior quantidade de ondas atravessam o vidro. O Foto sensor detecta as ondas que são

reflectidas. Pela quantidade de ondas reflectidas pode se estimar o índice de refracção e

consequentemente a presença de água sobre o vidro.

Figura 25

Quando o ECU detecta a presença de chuva activa os limpa pára-brisas que ajustam a sua velocidade

com a velocidade da queda da chuva. Este sensor também ajuda a identificar quando o pára-brisas

precisa de ser mudado.

Figura 26

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SENSOR DE ROTAÇÃO

Figura 27

O sensor de rotação é composto por um sensor indutivo. Este sensor, funciona com base no

princípio de indução electromagnética. Ele é composto de um electroíman fraco, quando um objecto

metálico entra no seu campo magnético, provoca uma queda de tensão mudando o estado do sensor.

Servindo assim de um sensor de metais.

Com base nesse princípio, este sensor é colocado numa roda dentada.

Figura 28

Quando a roda gira, cada vez que um dente passa pelo sensor provoca um pulso eléctrico. No ECU

este pulso passa por um contador binário, determinando assim o número de voltas dadas pela roda.

Este sensor é de grande importância no funcionamento do automóvel, pois permite o ECU

determinar a posição exacta dos cilindros.

Por exemplo num motor de quatro cilindros a roda dentada possui sessenta dentes com

uma falha de 2 dentes.

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Figura 29

A falha de dois dentes é usada como referência. Para determinar a posição dos cilindros o

ECU conta o número de dentes a partir do ponto de referência. Por exemplo o ponto morto

superior dos cilindros 1 e 4 estão no 14° dente, enquanto o dos cilindros 3 e 2 encontram-se no

44° dente.

Este é o sensor responsável pela determinação do número de rotações por minuto.

Figura 30

Page 25: Sensores Usados Em Veiculos

25

Os exemplos acima indicam o comportamento de um único sensor digital, mas se

colocarmos dois sensores digitais em locais diferentes, teremos para cada sensor dois duas

respostas tendo no total quatro possibilidades.

Tabela das possibilidades

Sensor 1 Sensor 2 Possibilidade

0 0 00 0 1 01

1 0 10 1 1 11

Tendo nesse caso um gráfico mais complexo. Sendo assim se colocarmos mais um sensor

teremos oito possibilidades, se colocarmos quatro sensores teremos dezasseis e assim

sucessivamente.

Gráfico 5

Se aumentarmos mais um sensor teremos oito possibilidades, se colocarmos quatro

sensores teremos dezasseis e assim sucessivamente. Portanto apesar de um único sensor ter

apenas dois estados usar mais de um sensor para medir certo parâmetro pode nos dar mais

detalhes.

O ECU faz leitura de sinais digitais fazendo, neste caso a leitura directa das respostas dos

sensores digitais. Por outro os sensores analógicos precisam passar por uma conversão de

analógico para digital.

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CONVERSÃO ANALÓGICA/DIGITAL

O sinal fornecido por um sensor analógico suporta tensões entre 0 e 5 Volts.

Gráfico 6

Esses conversores “lêem” a tensão presente na sua entrada e atribuem a esse valor um

número binário. Esse valor binário apresenta um número limitado de bits, que indica a

resolução do conversor A/D.

Para explicar como funciona a conversão A/D irei mostrar como seria a conversão do sinal

acima em um sinal digital de 3 bits. Com essa resolução, ele é capaz de gerar apenas 8 valores

binários distintos correspondentes à tensão em sua entrada, de 000 a 111 (cujo valor em

decimal é 7).

Gráfico 7

Para cada valor de tensão tem um valor binário equivalente. Quanto maior for o numero de

bits maior será o grau de precisão do conversor. Depois da conversão o sinal já numa forma

digital pode ser processado e armazenado no ECU.

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CONCLUSÃO

O uso de sensores é algo indispensável no mundo moderno. Sejam nas máquinas

industriais, nos automóveis, monitorar condições climáticas e ambientais ou simplesmente

facilitar procedimentos da vida quotidiana, podemos encontrá-los em diversas situações.

Ao longo deste trabalho, vimos diversos tipos de sensores analógicos e digitais.

Descrevemos o seu funcionamento, as aplicações onde eles são normalmente utilizados, e

como podemos utilizá-los correctamente.

A utilização de sensores é algo muito interessante, pois possibilita que circuitos electrónicos

tenham contacto com o ambiente em que se encontram e realizem acções de acordo com

determinadas informações provenientes dos sensores.

Podemos então, a partir das informações presentes nesse tutorial, util izar sensores em uma

infinita gama de projectos. É importante não ficar preso aos exemplos mostrados aqui, mas

elaborar sistemas diversificados utilizando um ou vários tipos de sensores. De acordo com as

informações provenientes dos sensores, podemos fazer com que sejam controlados LEDs,

displays de cristal líquido (LCDs), motores e diversos outros componentes e equipamentos.

Aconselho a não limitar a busca por estas informações neste trabalho mas que possa

prosseguir a busca em sites electrónicos, livros e se possível entrar em contacto com empresas

que trabalham neste ramo.

Visto que este trabalho foi preparado com vista na utilização de sensores nos carros,

apresentarei na próxima pagina, anexos que irão ajudar a ter uma visão mais completa do uso

de sensores em veículos automotores.

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ANEXOS

Circuito electrónico do conversor analógico digital de 3 bits.

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Sistema de injecção e ignição electrónica

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Unidade de comando electrónico (ECU)

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BIBLIOGRAFIA

http://www.bosch.com.br

http://www.ebah.com.br

http://www.hsw.uol.com.br

http://www.maxwellbohr.com.br

http://www.newtoncbraga.com.br

http://www.noticiasdaoficina.com.br

http://www.webmecauto.com.br

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