SENTINELAS DA MANHÃ -Um amm o de D1sc1pulado · outras; se eu escolho ler um livro nesse momento,...

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SENTINELAS DA MANHÃ - Um e . h . . amm o de D1sc1pulado A ESCOLHA DECISIVA Quando o jovem não se decide ele corre o risco de se tor - nar uma eterna .criança 25 .., INTRODUÇAO Existem momentos em nossas vidas que de fato precisa- mos tomar decisões. O momento da infância é marcado pela fase em que os pais ou tutores respondem por ela, e não ela por ela mesma. Tanto é que, no caso do batismo de crianças, são os padrinhos que respondem pela criança e assumem a tarefa de educá-las na fé, mas chegará um momento em que essa criança, crescida, deverá confirmar por si mesma esse sim que, outro- ra, deram por ela. A fase adulta é fase em que - ou ao menos deveria ser - a pessoa tem a capacidade de decidir-se por si mesma, por ser a fase da qual se espera que a pessoa tenha che- gado à maturidade. Mas é na juventude que a pessoa mais se depara com as principais escolhas da vida, num momento em que ela está aprendendo a escolher para amadurecer. O beato João Paulo li assim ensinava: Das opções que vós queridos rap~es e moças, fizerdes du- rantes estes anos da vossa adolescência e da vossa juventude dependerá o vosso futuro pessoal, profissional, social e ecle- sial. Por isso, o momento que agora viveis constitui uma sin - gular ocasião de graça, e que o Senhor põe nas vossas mãos; é um "momento favorável", que nunca mais se repetirá, e 25 BENTO XVI, Discurso no encontro com os jovens em Luanda, 21 de Março de 2009 . · 31 ·

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SENTINELAS DA MANHÃ - Um e . h . . amm o de D1sc1pulado

A ESCOLHA DECISIVA

Quando o jovem não se decide ele corre o risco de se tor­nar uma eterna .criança25

..,

INTRODUÇAO

Existem momentos em nossas vidas que de fato precisa­mos tomar decisões. O momento da infância é marcado pela fase em que os pais ou tutores respondem por ela, e não ela por ela mesma. Tanto é que, no caso do batismo de crianças, são os padrinhos que respondem pela criança e assumem a tarefa de educá-las na fé, mas chegará um momento em que essa criança, já crescida, deverá confirmar por si mesma esse sim que, outro­ra, deram por ela. A fase adulta é fase em que - ou ao menos deveria ser - a pessoa tem a capacidade de decidir-se por si mesma, por ser a fase da qual se espera que a pessoa tenha che­gado à maturidade. Mas é na juventude que a pessoa mais se depara com as principais escolhas da vida, num momento em que ela está aprendendo a escolher para amadurecer. O beato

João Paulo li assim ensinava:

Das opções que vós queridos rap~es e moças, fizerdes du­rantes estes anos da vossa adolescência e da vossa juventude dependerá o vosso futuro pessoal, profissional, social e ecle­sial. Por isso, o momento que agora viveis constitui uma sin­gular ocasião de graça, e que o Senhor põe nas vossas mãos; é um "momento favorável", que nunca mais se repetirá, e

25 BENTO XVI , Discurso no encontro com os jovens em Luanda, 21 de Março

de 2009.

· 31 ·

A MANHÃ _ um Caminho de Discipulado SENTINELAS D

Por conseguinte, vós não podeis deixar Passa

que, r et't) - 26 vao .

t dos são colocados diante da realidade das Portanto, o . es, , obretudo diante do Jovem que se apresenta un-. colhas, mas e s . , ',a

, . d •b·r·dades que podem definir completamente a su serie e poss1 1 1 , a .d N sse capítulo, vamos falar de escolhas. Na verdade, varnos v, a. e , d f:

refletir sobre a maior escolha que alguem po e azer na vida.

Que todos possam tomar a decisão certa. Vamos lá!

DESENVOLVIMENTO

1. Toda escolha implica uma renúncia

Q . · 27 uem quiser seguir-me ...

É fato que toda a escolha na vida implica uma renúncia. Se eu escolho me casar com uma pessoa eu renuncio a todas as outras; se eu escolho ler um livro nesse momento, renuncio es­tar jogando futebol. O drama da escolha é justamente fazermos opção. Só que nem todas as opções são fáceis como as citadas acima. Na vida, há opções que precisam ser para a vida inteira.

Sabemos que Jesus não obriga ninguém a segui-lo, embo­ra Nele encontramos a resposta aos nossos anseios mais profun­

dos. Ele nos faz uma proposta de seguimento e nos deixa livres para fazermos a escolha. Mas, uma vez que nos propomos a se­gui-Lo, é para sempre.

26 -

. JOAO PAULO 11 , Discurso aos jovens da Diocese de Susana histórica mol-~ura da Arena romana, 14 de julho de 1991 .

Marcos 8, 34b

- 32 -

SENTINELAS DA MANHÃ - Um Caminho de Discipulado

Pois quem põe a mão no arado e olha para trás não é digno de mim28

Portanto, Jesus deixa claro que segui-lo implica algumas atitudes concretas da parte da pessoa que quer se tornar seu discípulo. Existem algumas exigências próprias desse discipulado: a pessoa precisa apresentar condições necessárias para seguir esse caminho, senão, ela não vai conseguir prosseguir. Dessa forma, Jesus apresenta passos fundamentais para aqueles que querem se tornar seus seguidores. Ele não nos engana, não nos promete facilidades, mas um vida de sentido. Mas ao decidirmos segui-lo, saibamos: Ele não gosta de meias medidas!

O Evangelho deixa claro que, ao escolhermos seguir Je­sus, estaremos renunciando a obstáculos que nos impedem de sermos seus verdadeiros discípulos, e estarmos livres e aptos para o Reino.

2. As exigências do discipulado

Vamos apresentar aqui, brevemente, algumas das exigên­cias para o seguimento de Jesus. Essas condições para o discipu­lado devem estar bem claras quando a pessoa decide seguir a Jesus Cristo para não viver um cristianismo de faixada. Sem dar­mos esses passos, é impossível sermos verdadeiros discípulos de

Jesus.

Mas antes, vamos meditar um trecho do Evangelho se­

gundo São Lucas, para iluminar essa reflexão:

28 Lucas 9, 62

Grandes multidões o acompanhavam. Jesus voltou-se edis­se-lhes: 'Se alguém vem a mim e não odeia seu próprio pai e

· 33 ·

HÁ - Urn Cnminho de O,scipulado SENTIN EL AS llA MAN

. - irmãs e até a própria vida, nã fj lh s ,rmaos, o

ãe mulher, º ,' , Quem não carrega a sua cruz e não m ' d·sc1pulo . Q Pode ser meu 1 _ de ser meu discípulo. uem de vós

• nao po . . _ . vem após mim, d nstruir uma torre, pnme1ro nao se

. ueren oco com efeito, q d pesas e ponderar se tem com que

1 lar as es senta para ca cu ue tendo colocado o aJicerce e

. N- aconteça q • . terminar? ao ab r todos os que virem comecem a az de ac a, não sendo cap_ d . 'Esse homem começou a construir e

dele d1zen o . · d caçoar ' 0 . da qual rei que, partin o para guer-

" d cabar1 u ain ' não po eª · . ·meiro não se senta para examinar se,

m outro rei ' pn rear co derá confrontar-se com aquele que

d mil homens, po , . com ez . te mil? Do contra.rio, enquanto o ou-

tar ele com vm · vem ~odn t , longe envia uma embaixada para perguntar as tro am a es a ' 1 , d ,

. _ d az Igualmente, portanto, qua quer e vos, cond1çoes e P · • - od

- · a tudo O que possui, nao p e ser meu que nao renunciar

d. , 1 29 IscIpu o .

No texto acima, chama-nos a atenção o fato de que Jesus dirige palavras tão duras justamente para_~ ~ultidão. Essas pala­vras dirigidas à multidão são, portanto, d1rig1das a todos aqueles que querem segui-lo. Sendo assim, são dirigidas a nós, hoje!

Inicialmente podem até assustar, ou parecer exigentes demais. Mas para ser discípulo de Jesus é preciso dar esse passo de liberdade. Todos deverão deixar algo para seguir a Jesus, in­dependente do seu estado de vida. Alguma mudança, e não uma mudança qualquer, mais sim uma virada radical deverá acontecer na vida das pessoas que verdadeiramente o seguem. O evange• lho chama isso de metanoia, ou seja, mudança de mentali· dade, que é a conversão profunda que se inicia no momen· to do nosso encontro pessoal com o Mestre e continua até o último dia de nossas vidas.

O discipulado é algo que deve mexer com o núcleo mais profundo da pessoa.

29 Lucas 14, 25-35

· 34 -

SENTINELAS DA MANHÃ - Um Caminho de Oiscipulado

E não precisamos ter medo de Cristo, assim como nos

exortou o Papa Bento XVI :

"Quem faz entrar Cristo, nada perde, nada, absolutamente nada, daquilo que torna a vida livre, bela e grande. N ão! Só nesta amizade se abrem de par em pár as portas da vida. Só nesta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só nesta amizade experimentamos o que é belo e o que liberta. Assim, eu gostaria com grande força e convicção, partindo da experiência de uma longa vida pessoal , de vos dizer hoje, queridos jovens: não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, ele dá tudo. Quem se doa por Ele, recebe o cêntuplo. Sim, abri de par em par as portas a Cristo e er,colitrareis a vida verdadeira. " 30

O problema é que muitos cristãos, por não se conscienti­zarem disso, acabam se tornando objeto de zombaria para o mundo, que vê, muitas vezes, uma grande distância entre a men­sagem de Jesus e o estilo de vida de seus seguidores. A falta de seriedade no seguimento de Jesus faz que o mundo inteiro "ria" de nós. Ao invés de parecermos pessoas sérias, comprometidas e convictas, parecemos pessoas superficiais, apegados a aspectos periféricos da vida cristã, sem consistência nem profundidade, às vezes com manias e esquisitices. Uma coisa é certa: um segui­mento de Jesus assim não resiste.

Aí as pessoas ficam pteocupadas quando algum jovem vai para a Universidade e deixa tudo, ou quando começa a namorar ou trabalhar e ter a sua própria independência financeira e acaba se esfriando n~ fé. Ou ainda, quando bate os problemas e dificul­dades da vida acaba deixando tudo. É porque talvez ele não. te-

30 BENTO XVI, Homilia na Missa de Imposição do pálio e entrega do anel do

Pescador para o início do ministério petrino, Praça de São Pedro, domingo, 24 de Abril de 2005 .

· 35 ·

H.\ Llrn caminho de OlSCJputaao

~ !t TWfllS 0 4 MAi' -

_ 0

consistente por jesus em sua vida, pois che .. nha fetto uma opça f · · E ·" .

3-

0s que os en e1tes catem. xpenencias e

hora meus ,rm . ga uma . . hegam urna hora que desmoronam. opções superlic1ais e

' . que O evangelho acima fala de guerra. Nós • E por isso ,

vamos para a guerra sem nos armar, sem nos pre .. murcas vezes. _ . parar. Se não temos condições de lutar nao ad,an_ta nem corne-car.

0 disdpulo de Jesus deve saber que, ao seguir Jesus, estará

~o urna guerra contra o espírito do mundo.

Muitos seguidores de Jesus, de hoje e de ontem, lamen­tam porque seu discipulado não avança, porque vivem tão per­rurbados interiormente, porque não conseguem vencer determi-

, nadas tentações. E preciso analisar. Que tipo de opção fizemos por Jesus? Até onde yaj o meu sim a Deus? Com o que enchemos nossas cabeças? O que temos lido? O que temos visto na inter­net? Amados, encher a cabeça de frivolidades e coisas vazias nos enfraquece, e não nos deixam avançam no discipulado de Jesus.

Ném disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é de boa fama tudo , · , o que e virtuoso e louvável, eis o que de-ve ocupar os vossos pensamentos31 .

Jesus é bem claro· se d. , 1 , , d , . _ · · u iscipu o e aquele que é o que e, o contrano, nao serve par d

Jesus se utiliza d . ª na a, nem para esterco! Por isso, a imagem do I O , der O sabor s~ · sal e aquilo que, se ele per-

. ' para nada serve E . ou nós somos verdad . ·. isso que Jesus vem nos ensinar: E e,ros cristão - d , m nada contrib • s, ou nao servimos para na a.

u1remos para . , . n~so contra teste h O reino de Deus. Ao contrario,

mun o até t ª rapalha outros de quererem se-

' ' F1fiP'!n~ -4 ,a

31;

SENTINELAS DA MANHÃ - Um Caminho rio Discipularlo

guir o Mestre Jesus. Não nos tornemos ob;eto de ridicularização! Mas sinais de contradição!

Por que então as exigências de Jesus aos seus discípulos?

Para não construirmos um seguimento de Jesus da nossa cabeça. Para não inventarmos um jeito de ser cristão que não tem nada a ver com Jesus Cristo. É exigente, mas é realiza­dor. Pois se você quer segui-lo, saiba: Só Ele tem palavras de vida eterna que não se corroem com o tempo. Pois já dizia João Paulo 11 :

Se Cristo lhes for apresentado com seu verdad~iro rosto, os jovens reconhecem-no como resposta convincente e conse­guem acolher a sua mensagem, mesmo se exigente e mar­CcJda pela cruz32

Daí a importância de não diluirmos o evangelho para agradar os leitores e ouvintes, mas apres~ntá-lo na sua pureza e em sua integridade, pois são essas exigências de Jesus que fazem o discípulo livre para segui-lo e colocar o Reino de Deus em pri­meiro lugar. É importante dizer que não há necessidade de iden­tificar o "seguir a Cristo" apenas com o cumprimento dessas exigências. Jesus, na verdade, pedia determinadas tarefas como meios para atingir um fim: ser apto para o Reino de Deus.

Vamos apresentá-las aqui como quatro exigências.

Tenha o coração livre e escute os anseios mais profundos

do seu coração, pois Jesus e sua proposta de vida respondem a

cada um deles.

32 -JOAO PAULO 11 , Novo Millennio lneunte , n.9.

- 37 -

~ Um Caminho de Oiscipulado SENTINELAS DA MANHA -

t I imediata e definitiva à Pes . . Adesão to a , soa

•ge"nc1a. I ª e,c1 de Jesus

. 33 , vem a mim ...

Se alguem

. . condição para ser discípulo de Jesus· E a é a pnrnetra . 5

~ d' . lrnente. Sem a adesão total ao Mestre é • 1 mcon 1c1ona

aceita-? b um discípulo. Aceitar seu modo de pensar imposs1vel conce er . 1 . '

. . todo O ser do Mestre. Isso equ1va e a dizer que de viver, ou seJa,

. j como Mestre significa concordar com tudo o que aceitar esus ele pensa e faz, e propor imitá-lo.

S I , . 34 1 t . ºfi Por isso, ele disse: e aguem vem a mim... . s o s1gm 1ca que a pessoa quer unir-se a Ele, à sua Pessoa, para ser seu discí­pulo.

No entanto, não basta uma adesão momentânea à pessoa de jesus, é preciso que essa adesão seja imediata e definitiva.

Jesus disse-lhes: Vinde após mim; e vos farei pescadores de homens. Eles, no mesmo instante deixaram as redes e se· guiram-no. 35 '

Percebamos q . Não há · d . _ ue ª resposta dos discípulos é imediata.

in ec1sao na res . . . da pessoa q _ , P0stª, pois a indecisão é a maior inimiga

, ue nao e ca d rnento exato N · paz e tomar decisões rápidas e no mo-

1 • ormalme t d' ,_

pu os. n e, essas pessoas não serão bons ,sei

nl ~ Lucas 14, 26a ls ucas 14 26 M , a

Disse a . . outro: Seg _ d . a-nie ir Primeiro ue me. Este respondeu: Senhor, eix s

enterrar . que 0 meu pai. Replicou-lhe: Deixa

arcos 1 17 • ~19

· 38 .

-SENTINELAS DA MANHÃ - Um Caminho de Oiscipulado

mortos enterrem seus mortos, quanto a t i , vai anunciar o

Reino de Deus.

Outro disse-lhe: Eu te seguirei, Senhor, mas primeiro deixa despedir-me da minha fam ília. Jesus, porém. lhe respondeu: Quem põe a mão no arado e olha para trás não é apt o para o Reino de Deus 36

.

Jesus parece ser muito radical exigindo decisões rápidas, mas, na verdade, ele está treinando seus discípulos a ter fi rmeza e consciência nas suas decisões. O que Jesus pede é uma respos­ta rápida e decisiva para a ação, pois deixar o seguimento para depois pode representar um retardamento para a reaJização do homem na vontade de Deus. Normalmente, quando as coisas são deixadas para depois elas estão sendo deixadas para sempre. O Reino de Deus tem caráter de urgência, por isso, é necessário responder a Jesus de imediato.

Além de convicção e firmeza na decisão, Jesus quer que a decisão seja definitiva porque não se trata de um chamado por um tempo, mas para toda a vida. Uma vez chamado. jamajs dis­pensado.

Aquele que põe a mão no arado e não olha para t rás, não é apto para o Reino de Deus3

' .

Se Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida, por que o se­guiremos apenas por um momento? Somente alguém com a consciência· de sua importância pode fazer uma exigência assim. Essa condição nos protege da tentação de querer voltar atrás. O nosso futuro está nas mãos do Senhor. Devemos-nos preocupar em darmos um passo de cada vez. Jesus não faz concessões, ou é

36 L ucas 9 59-62 37

1

Lucas 9,62

-39 -

SENTINELAS DA

. ho de Oiscipulado - um camin

MANHA -

tos ao Reino. Ele nos chama ,., somos ap d f . a

·d ou nao sua pessoa e orma Integr 1 d a v1 a, . rrnos a a ,

para to ª , · de aceita · olentos! decisão sena I so é para os v1

uma . definitiva. s imediata e , b tado à força e são os violentos

9 . de Deus e arre a li~ O Reino 38 i

o conquistam

. , 1 é uma profecia num mundo . d do d1scIpu o ,

Essa at1tu e ,.. ue valoriza o descartavel, onde as mentaneo e q Ih d fi · · marcado pelo mo . ld d de fazer esco as e 1nItIvas. Je-

,., t m d1ficu a e . d . novas geraçoes e s chama a segui-lo por to a a vida.

, Aquele que no sus, portanto, e . 1 ? Você aceita segui- o.

, · mestre 2ª exigência: Tê-lo como un1co

e . 39 Um só Mestre, um só preceptor: nsto .

Jesus também quer exclusividade. Ou ele é o nosso único \ Mestre ou não tem como sermos seus discípulos, pois no mun- 1

, 1

do há vários Mestres: da moda, da diversão, da economia, da 1

vida sexual, da religião, etc. Jesus quer ser nosso único Mestre \ sobre todos os aspectos da nossa vida. Ele não reparte seus dis- 1

cípulos com nenhum outro mestre, ou outra qualquer fi losofia de 1

vida ou religião. Com Jesus não tem meio termo, ou é somente 1

Ele, ou nem precisa segui-lo. 1

, ~ue Jesus é O único Mestre equivale a dizer que seu dis-c1pulo nao reage p 1 • , • d e os cntenos da sociedade nem pelos valores 0 mundo, nem pel d . ' , unicamente 1 1

as mo as passageiras, ou pelos ,dolos, mas pe a pa avra e pelo exemplo de Jesus.

3a M ateus 11 12

39 '

Cf. Mateus 23 , 8-1 O

· 40 -

SENTINELAS DA MANHÃ - Um Caminho de Discipulado

. 1 ·s verdadeiramente Se permanecerdes na minha pa avra serei d. ' 1 40 meus 1sc1pu os

Isso resulta no seguinte: a hierarquia de valores e a aplic~­

ção dos critérios de um discípulo deve~ ser estabelecidas uni: camente por Jesus Cristo-Mestre, e mais nenhum outro. O au têntico discípulo reconhece Jesus como seu único Mestre e Se-

41 nhor .

Você aceita segui-lo?

Jª exigência: Renunciar aos impedimentos

A) A renúncia ao próprio trabalho

Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu Simão e André, o irmão de Simão. Lançavam a rede ao mar, pois eram pesca­dores. Disse-lhes jesus; 'Vinde em meu seguimento e eu vos farei pescadores de homens'. Eles, no mesmo instante, dei­xaram as redes e seguiram-no42

Para os primeiros discípulos, seguir a Jesus significava ne­cessariamente renunciar também ao próprio trabalho. Isto era óbvio, pois ao se disporem a seguir Jesus, tornava-se impossível continuar desempenhando a mesma tarefa. Além do mais, segui­lo implicava em entregar-se no futuro ao que Ele fazia e viver como e daquilo que Ele vivia. Nos evangelhos sinóticos, seguir a Jesus e descobrir a sua própria vocação são fases de um mesmo

40J - 8 ºªº '31. 41 e f. Judas 1 4 42 '

Marcos 1 , 1 6- 18

-41 -

• U Caminho de Oiscipulado SENTINELAS DA MANHA - m

. . ção na tarefa do Messias se entende

Pois a part1c1pa

processo, mo um novo ofício.

co ei·ra a ociosidade dos seus seguidores N'" , que Jesus qu ·

ao e __ ·u no trabalho em si alguma oposição ao Na verdade ' Jesus nao v1 , d 1 .

. , 0

ue Jesus exige e uma mu ança tota na vida reino dos ceus. q , . , - d · - d

•d Assim O disc1pulo Jª nao 1spoe e seus pia-de seus segui ores. ,

d t O nem do fruto do seu trabalho para o seu be-nos, e seu emp , . . , nefício exclusivo; pois, ao aceitar a Jesus Cristo, integra-se a sua obra salvífica e agora serve ao outro. Foi isso que aconteceu com Pedro, por exemplo, a partir do momento que passou a seguir o Mestre. A sua barca ficou a serviço da pregação e do transporte de Jesus e dos discípulos. Nesse caso, Pedro, inicialmente, não deixa o trabalho, mas muda os objetivos do mesmo: de pescador de peixes passa a ser pescador de homens. Transforma o seu trabalho, que era voltado para si e sua família, em trabalho volta­do para a sociedade. Renunciar ao trabalho é não trabalhar so­mente para si mesmo e usar de seu salário como bem entende, mas por m~io do trabalho colaborar na obra do Senhor. E nor-malmente e no local de trab Ih , . _ , a o que esta o nosso grande campo de mIssao. Porem se esse t b Ih E ' ra a o nos afasta de Jesus e de seu vangelho ou se Jesus nos chama ar - ,

discípulo deve esta d' P ª uma vocaçao especifica, o mente a esse traba~h ispoStº e preparado para renunciar total-

o por causa Dei f macia do Reino está a . d e, se or preciso. A supre-discípulo. Na verdade c''.11ª e qualquer outra coisa na vida do e . , e uma muda d . -

nsto e seu reino acim d . nça e v1sao colocar Jesus a e tudo incl • d

Vo ,. . ' uin o o próprio trabalho. ce aceita segui-lo?

· 42 -

SENTINEL AS DA MANHÃ - Um Cmninho rio Oisci1llllado

B) O abandono dos bens

Igualmente, portahto, qualquer de vós, que não renunciar a tudo O que possui , não pode ser meu discípulo43 .

Entre os maiores obstáculos ao seguimento de Jesus é sem dúvida o apego às coisas materiais. Jesus previne seus segui­dores dizendo que eles não podem servir a dois senhores, pois é impossível agradar a Deus e ao dinheiro44

, pois o discípulo corre o risco de colocar a sua segurança no dinheiro, e não em Deus. Recordemos da parábola do semeador, na qual a semente foi sufocada pelos espinheiros, ou seja, as preocupações com as coi­sas mundanas e a sedução da riqueza o sufocam e não o permite crescer45 na fé . Em outras ocasiões, Jesus foi mais duro ainda dizendo que é quase impossível que um rico se salve46

• Tamanho é o risco que o possuidor de muitos bens corre. Por fim, é preci­so tomar uma decisão radical : ou Deus ou as riquezas.

O próprio Jesus era pobre e livre dos bens materiais, e não prometeu para os seus discípulos seguranças nem confortos

humanos.

. .. pois o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça47•

o que Jesus pede é que os interes_ses, do Reino de Deus estejam em primeiro lugar. A pobreza nao e um fim, mas um meio que nos libera para vivermos mais inteiramente consagra-

43 L ucas 14, 25-35 44

Cf. Mateus 6, 24. 4sc f. Mateus 1 3, 22 ◄6c f. Marcos I O. 23-27 ◄1 L ucas 9, 58

. 43 .

. MANHÃ _ Um Caminho de Oiscipulado SENTINELAS OA

. N- podemos converter o meio em fim . Não Reino. ao , se dos ao b mas de ser como Jesus, que e pobre. trata de ser po re,

, . e precisamos ter um claro discernimento sob E certo qu , . re . " . pois alguns disc1pulos de Jesus renunciaram expi· essa ex1genc1a, . _ ,_

. nte os bens materiais (Mateus, Tiago, Joao, Zaqueu, Bar c1tame -b, etc) 1-á outros colocaram os seus bens e suas posses à in-na e, , ,

teira disposição do Mestre, como a casa de Lazaro, a barca de Pedro, os bens das mulheres que seguiam Jesus e outros.

E essa pobreza que Jesus nos pede vai ser de .acordo com 1

o estado de vida de cada um e sua vocação específica. ·o certo é que para todo discípulo Jesus exige o desprendimento e descon­fiança nas riquezas, pois essas riquezas passam, a ferrugem des­trói e os ladrões roubam. Mas Jesus não passa. A palavra de Deus não passa.

Portanto, o abandono e o desprendimento dos bens é caminho de liberdade, pois a cobiça dos bens entra em competi­ção com a Supremacia do Mestre em nossa vida. E isso não pode

1

acontecer na vida do discípulo de Jesus porque ele deve buscar o Reino dos céus em primeiro lugar.

Você aceita segui-lo?

C) Libertar-se dos laços familiares

Se alguém vem a m· - . , . ~ tm e nao odeia seu proprio pai e mae,

mulher, filhos irma- · · - , , - d . , ' os, trmas e ate a propria vida, nao po e

ser meu d1sc1pulo4ª. 1

q Lucas 14, 26

44

1i1 N I INI 11\S Ili\ M/\NII/\ 1h11 l:11111111h11 riu ll iiu:i1111h11lo

Essa exigência junto com a do abandono dos bens materi­ais tem sido ao longo da história do cristianismo um dos pontos mais conflitantes na vida de inúmeros seguidores de Jesus.

Será que Jesus vê a família como algo ruim? De forma al­guma! Não se trata de renunciar a família porque ela seja má, pois o próprio Cristo teve uma família que Ele muito amou.

Misein é a palavra dura do texto que significa aborrecer, odiar, etc. Na verdade, é uma palavra que se presta a enfatizar e impactar, é uma palavra que põe em relevo a prioridade do Rei­no.

Trata-se de renunciar a família quando esta constitui um impedimento para servir livremente o Reino. Em síntese, não se pode preferir nenhum vínculo familiar no lugar da chamada de Deus. A relação com o Mestre deve estar acima de qualquer laço afetivo neste mundo.

Jesus quer dizer que, muitas vezes, os vínculos puramente humanos de família, os laços de sangue e o interesse pessoal in­terferem e contrastam com os interesses do Reino. Haja vista, por exemplo, a vida de muitos vocacionados à vida religiosa, sa­cerdotal ou outra forma de vida consagrada a Deus, nas quais, quantas vezes, a família se revolta, não entendendo e se opondo a suas opções. Mas Jesus não está falando somente desse tipo de , vocação. E uma exigência para todos aqueles que querem segui-

Lo, independente se a família apoia ou não. Por isso, o seguidor

ou discípulo de Jesus tem que rejeitar, odiar esses impedimentos.

"Odiar", nesse caso, é amar menos, que também não sig­

nifica não amar a família, mas sim amar mais a Jesus. Não se trata

de diminuir o amor para com a família, mas, ao contrário, aman­

do a Jesus nosso amor se ordena corretamente. Jesus quer que

sejamos livres nos afetos para com a nossa família, não sendo

· 45 ·

,. lllll Cnminho !111 íliscipulndo MANIII\

s~NTIN[LAS llA

d osse para com ela. Sendo assih-\

rnor e P "', o dos cor11 un1 ª é mais alargado que o nosso:

apega _ de farnília de Jesus conceito .

f vontade de Deus, esse é meu irmão n'l°

Aquele que az a , inha

~ 49 irmã, minha rnae .

,., f O

a vontade de Deus, eu não estou amando Se eu nao aç

. h família Se pertencemos a Jesus fazemos parte da de fato a mm a · , . ·

,1. D I E na família de Jesus e preciso amar a todos ·e não

fam11a e e. . , . . discriminar a ninguém por não ser da minha fam1ha de sangue.

No entanto, o discípulo chamado a amar mais a Jesus de­ve tomar o cuidado de não tornar isso como pretexto para fugir das obrigações fam~liares, das responsabilidades próprias do lar ou do matrimônio. E necessário o equilíbrio e o discernimento.

Você aceita segui-lo?

4ª exigência: Negar-s . e ª 51 mesmo e carregar a cruz

Se alguém quer vir a ós . . . sua cruz e siga-rnesº. p mim, renuncie a s1 mesmo, tome a ·

Jesus ped d d e e seus d' , d ee seu amor próprio de s iscd1pulos o abandono de si mesmos,

ser rnelh , eu esejo d . fosse

O I or do que os outr A· e sobressair, de aparecer,

va or s os. 1nd quis que s uprerno, mereced ª que para Jesus a pessoa . eus di , ora d ,.,

si mesmo scipulos se O

e todo o cuidado Ele nao l'd quer d' cupasse d ' i ade aos , i~er não agir m e si mesmos. Negar-se a

Propri0 . Por cap · h s interesses p ric O nem acomodar a rea ..

~9 M ~o arcos 3 3

Lucas 9 2 · 2-35

' 3

· ara • , , ·1 os d1sc1pulos foi mais fac,

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SENTINELAS DA MANHÃ - Um Caminho de Discipulado

renunciar os bens materiais, suas ocupações, deixar pai, mãe, mulher, filhos, do que o seu amor próprio, ou seja, deixar de ocupar os primeiros postos. O querer ser mais é mais perigoso do que o querer ter.

O discípulo de verdade não pode estar apegado a títulos e honras que o mundo oferece. Ser discípulo de Jesus já é o maior título que alguém pode receber, mas nem por isso deve ser mo­tivo de vaidade.

Por essa razão, tenhamos cuidado com os títulos huma­nos! Cuidado com os cargos, com os títulos eclesiásticos, com os títulos de coordenações, pois tudo isso pode nos tirar do foco de Jesus e da busca de sua glória para cairmos numa vanglória, ou seja, em uma glória vã, vazia. Toda a autoridade que exercemos deve ser considerada, antes de tudo, um serviço! Cuidado, pois na nossa busca desmedida de aplausos e reconhecimentos, po­demos como querer roubar a glória que compete somente a Deus, quando deveria ser ao contrário, pois o desejo do discípu­lo verdadeiro deve ser este:

Importa, que ele cresça e que eu diminua51•

Jesus quer que seus discípulos pensem em si mesmos por causa do Reino e não no Reino para si mesmos. Para jesus, não basta deixar os primeiros lugares e reconhecer o que correspon­de a Deus, mas é necessário ocupar os últimos lugares e servir aos demais. A dignidade do discípulo está muito mais no servir do que nos títulos que possa possuir.

A virtude da humildade é muita cara a jesus, e é isso que ele deseja imprimir nos seus discípulos.

51 João 3,30

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NHÂ _ Um caminho de Discipulado SENTINELAS OA MA

. 1 ? Você aceita segui- o .

Jesus continua dizendo:

. es2 ... tome a sua cruz e s1ga-m .

J edia aos seus discípulos uma disposição especial de

esus p E . . 'fi . - d sua pessoa e de seu destino. isso s1gn1 ,cava a ca-

ace1taçao e . . pacidade de acompanhá-Lo e inclusive sofrer com Ele a mesma

sorte.

Na antiguidade, "carregar a cruz" era sinônimo de estar condenado à morte. Portanto, na mentalidade de Jesus, significa estar disposto a entregar a própria vida. Isso era um risco real para jesus e os seus discípulos, tanto é que Jesus foi, de fato, cru­

cificado.

Sem a disposição de morrer para si mesmo não tem co- , ~o ser discí~ulo de Jesus. Negar-se a si mesmo e carregar a cruz sao expressoes correspondentes.

A cruz é aquilo que cada um tem que padecer. É o sofri-1

me~t~ pessoal de cada um. No entanto, o sofrimento cristão esta vinculado com o sofrimento do Mestre: Por causa de mim!s3

Perder para ganh . . mesmo significa . ar, morrer para viver. Morrer para s1 outros· estar a sev1rvv~r pdara Jesus e pela sua causa: a salvação dos

' IÇO OS ' · dos demais Neg . proximo; ofertar a sua vida em favor . ar-se a s1 mes . .

de doação de si mesmo. mo significa entrar num programa

Você aceita segui-lo?

52 L ucas 9 23 53

1

Cf. Marcos 8, 35

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J. A hora da decisão

Após termos refletido sobre as condições necessárias que um candidato ao discipulado de Jesus deve conhecer, chegamos no momento da decisão, a qual deve ser feita com muita consci­ência e em profunda oração, pois estamos diante de um momen­to crucial na nossa vida: sermos ou não verdadeiros discípulos de Jesus. Nesse momento nos vem à memória a vida de um jovem que passou pelo mesmo período crítico em sua história: o episó­dio do encontro entre Jesus e o jovem rico. Esse jovem teve a maior oportunidade da vida dele, mas como diz o Papa Bento XVI:

Mas na hora da grande opção não teve a coragem de apostar tudo em Jesus Cristo54

Chegou a nossa vez da darmos a nossa reposta. Para nos ajudar nessa reflexão e decisão, exporemos o ensinamento e o apelo de um homem apaixonado pelos jovens e conhecedor de seus corações, o Beato João Paulo li :

Escutamos o final deste relato: 'ao ouvir isto, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens' (Mt 19,22).

'O jovem foi embora muito triste'. São Mateus narra aquilo que na realidade é a experiência pessoal de muitos, talvez também de algum de vós: a tristeza que se sente quando se diz não a Deus, quando não se observam os mandamentos ou quando não se quer. responder ao seu chamamento.

Aquele jovem 'tinha muitos bens'. Tinha, sobretudo, como vós, uma juventude a oferecer: uma vida inteira para dar ao Senhor. Que alegria se tivesse dito que sim! Que maravilhas

54 BENTO XVI , Discurso aos jovens do Brasil , Estádio do Pacaembu I O de . ' maio de 2007.

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~ U Caminho de Oiscipulado SENTINELAS DA MANHA - m

. lizado numa alma generosa como a d odena ter rea ' M - e,

Deus P fosse sem reservas. as nao, ele prefe. sua entrega . . riu

le, se a tranquilidade, a sua casa, as suas co·,s , b ns'· a sua as, os seus e . · seu egoísmo. Perante a alternativa de e

s pro1etos, o , 1 s, os seu D e O seu eu, preferiu este u timo; retirou

Ih entre eus , co ~r s diz O Evangelho. Escolheu o seu egoísmo se triste, como no . C .

. . Jovens! Quando, ao seguir nsto, se vos e cai na tristeza. d .

Pção entre Ele, entre um os seus manda, apresentar a o . .

azer efêmero de alguma coisa material e sen, mentos, e o pr _ . , 1 do se vos apresentar a opçao entre a1udar alguém s1ve , quan

•t do e O vosso próprio interesse, quando, em última necess1 a , análise, tiverdes de optar entre o amor e o ego1smo, recor-dai O exemplo de Cristo e fazei com coragem a opção do amor. Jovens que me escutais, jovens que, sobretudo que­reis saber o que tendes a fazer para alcançar a vida eterna: dizei sim a Deus e Ele vos cumulará da sua alegria. Queridos amigos, este é o vosso momento. Cristo chama-vos e diz­vos: segue-me! Este segui-lo consiste em viver os seus man­damentos, observar fielmente a sua palavra, para que se construa no vosso coração um amor verdadeiro, para que a vossa vida seja uma vida plena. Queridos jovens, dizei-lhe sim: o Senhor, a Igreja e o mundo, hoje mais do que nunca, têm necessidade da vossa alegria e do vosso serviço, da vida pura e do vosso trabalho, da vossa força e da vossa entre- , gass_

CONCLUSÃO

As exigências apresent d . - . meios para atingirmo fi ª as acima sao, como dissemos,

_ s um 1m o 1· açao de nossa parte · evem ser usadas para uma ava 1-

para vermos d f . ,., para seguir a Jesus e . se e ato temos a dispos1çao P I assim fazer u - .. e O seu seguimento ma opçao positiva e dec1s1va d' ·d , no entant . •ocri ade. Elas são u O sem ilusões e também sem me-do Me t j ma espécie d , 1

s re esus, a esc I d . e pre-requisitos para a Esco ª o a o d1sc· 1 ,., ipu ado. Deixam nosso coraçao

ss JOÃO PAULO li D~ --=~-------, iscurso . aos Jovens do p .

aragua1, 18 de maio de 1988.

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livre para o Senhor Jesus, e são caminho de realização, por meio · de uma sincera doação de nossa vida a Jesus Cristo e aos irmãos.

Essas exigências são ainda um convite para entrarmos em uni processo de profunda conversão, revendo nossos valores e assumindo os valores de Jesus e de seu Evangelho.

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