Sequências de Pulso

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    Sequências de Pulso

    Duas grandes famílias de sequências de pulso são usadas para formar imagens de RM: Spin Eco (SE) e Gradiente Eco

    (GRE) ! partir destas duas famílias se originam uma di"ersidade de sequências de pulso que serão criadas# modificadas e

    aperfei$oadas para atender necessidades específicas de cada região do corpo e patologia

     !s sequencias de pulso e imagens usadas para o e%ame do enc&falo:

    E%emplo de sequências de pulso e tipos de imagens e pondera$'es otidas na rotina de neurorradiologia

    1. A sequência de pulso Spin Eco (SE) ou Eco de Spin se caracteriza pela aplicação de um pulso

    inicial de RF de 90! se"uido de um pulso de RF de 1#0 e a coleta de um eco $. %ma lin&a do

    espaço ' preenc&ida a cada tempo de repetição (R). A ponderação na ima"em controlada

    pelo R e pelo E. *s tempos t+picos de R e E! assim como! sua respecti,a ponderação na

    ima"em são apresentados no quadro a-aio

    Tempo de Repetição

    (TR)

    Tempo de Eco (TE) Ponderação

    TR Curto (< 500 ms) TE Curto (5 a 25 ms) T1TR Longo (> 1500 ms) TE Longo (> 90 ms) T2

    TR Longo (> 1500 ms) TE Curto (5 a 25 ms) DP

    /uadro da ponderação da ima"em em sequências SE.

    As escol&as do R e do E pelo operador do equipamento determina o adequado contraste na ima"em. %ma

    alteração incorreta poder resultar na perda das dierenças que eistem entre os tecidos (eemplo! entre a

    su-st2ncia -ranca e a su-st2ncia cinzenta cere-ral) ou mesmo ocultar les3es.

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    4ma"em SE ponderada em 1 onde oi utilizado R curto (500 ms) e E curso (9 ms)

    4ma"ens Spin Eco (SE) adquiridas com ,rias com-inaç3es de R e E para eempliicar as ponderaç3es naima"em (1 e 6) assim como ima"ens que não ser,em para o dia"n7stico.

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    A sequência de pulso tur-o spin eco (SE) utiliza m@ltiplos pulsos de RF de 1#0! com-inados a m@ltiplas

    codiicaç3es de ase! dentro de um mesmo R. ;esta orma um trem de ecos pode ser "erado. ada eco ir

    preenc&er uma lin&a dierente do espaço :! reduzindo assim o tempo total de aquisição. * n@mero de pulso

    de RF de 1#0 a ser empre"ado c&amado de ator tur-o ou taman&o do trem de ecos. A redução no tempo

    total de aquisição proporcional ao ator tur-o! como mostra a equação a-aio>

     

    Seria ecelente que pudssemos usar um ator tur-o tão alto a ponto de reduzir qualquer aquisição a não

    mais que al"uns se"undos. * eco coletado a cada pulso de 1#0 diminui em amplitude de acordo com o

    tempo 6 do tecido! ou sea! cada sinal coletado ,ai icando menor a medida que aplicamos mais pulsos de

    reocalização! at o ponto que estaremos coletando um sinal compar,el ao ru+do.

    *utra o-ser,ação so-re as sequências de pulso SE o c&amado E eeti,o (Ee ). omo uma srie de ecos

    serão "erados dentro de um mesmo R! o conceito de E nos remete a conclusão que esta tcnica possuir

    m@ltiplos tempos de eco.

    Entretanto o E que ir aetar de orma mais si"niicati,a a ponderação na ima"em o E respons,el pelo

    eco que ar o preenc&imento da lin&a central do espaço '. A este E dado o nome de E eeti,o (Ee ).

    A aquisição de uma ima"em SE ponderada em 6 com os mesmos par2metros do eemplo usado em spin

    eco! eceto pelo uso de um ator tur-o i"ual a D! resultaria a"ora em um tempo de aquisição em cerca de =

    minutos! o qual razo,el para a rotina de eames de um &ospital ou cl+nica.

    5. Spin Eco Rápida em Única Tomada (SSFSE SSTSE ou !ASTE)

    G uma sequência de pulso rpida que se caracteriza por preenc&er parcialmente o espaço : com ecos

    produzidos por m@ltiplos pulsos de 1#0 aplicados dentro de um @nico tempo de repetição (1 R). G

    necessrio adquirir um pouco mais da metade do espaço : (DH# I 5J). * restante do espaço : preenc&ido

    com zeros! o que mantm a resolução espacial! mas reduz o sinal total adquirido. ;e,ido ao ele,ado n@mero

    de pulsos de RF de 1#0 (16# ou mais)! o E eeti,o ica -astante alto e com isso a ima"em resultante

    altamente ponderada em 6.

    Esta sequência -astante @til em pacientes não cola-orati,os e onde o mo,imento (especialmente o

    respirat7rio) não conse"ue ser compensado por apneia ou sincronia respirat7ria.

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    em eame de colan"iopancreato"raia por R8 (olan"io R8). ;ada a alta ponderação em 6 e uso de E

    alto! o sinal de tecidos (+"ado! p2ncreas! "ordura! m@sculo etc) desaparece e a ima"em do l+quido nos

    ductos &epticos aparece &iperintensa.

    ". #radiente Eco

    As sequências de pulso "radiente eco (KRE) são similares a SE! mas ao in,s de usar um pulso de RF de

    1#0 para reasar os spins! utilizado um "radiente de campo ma"ntico! como mostra a i"ura.

    Sequência de

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    %ma ,ez que a deasa"em e reasa"em dos spins para a produção do eco são a"ora controladas por um

    "radiente de campo ma"ntico! poss+,el reduzir -rutalmente o R e o E! mas se az necessria uma

    redução no 2n"ulo de des,io de orma a o-ter! entre sucessi,os pulsos de ecitação! uma quantidade

    adequada de ma"netização lon"itudinal.

    A com-inação de -aio 2n"ulo de des,io e curto R e E a -ase para a maioria das c&amadas sequênciasde pulso rpidas de R8.

    %m aspecto importante diz respeito M permanência de ma"netização residual no plano trans,ersal entre

    sucessi,os pulsos de RF e que pode! ou não! ser eliminada com a utilização de "radientes ou pulsos de RF

    destruidores (os c&amados spoilers).

    ;esta orma! uma di,isão nos tipos de sequências KRE ocorre com uso de spoilers ou não. Nasicamente!

    quando utilizamos sequencias KRE que azem uso de spoilers a ponderação deseada na ima"em 1.

    %ma diiculdade crescente em R8 e que se e,idencia em sequências KRE o uso de nomes comercias por

    a-ricante para descre,er uma mesma sequência de pulso! os c&amados acrOnimos. A ta-ela apresenta

    al"uns eemplos de acrOnimos de sequências de pulso nos três principais a-ricantes de R8.

    Sequência de Pulso GE Philips Siemens

    Spin Eco Rápia !SE TSE TSE

    Spin Eco por "nica Tomaa SS!SE SSTSE #$STE

    Spin Eco Rápia com R%staura&'o a

    agn%tia&'o

    !R!SE DR*+E REST,R 

    E

    -rai%nt% Eco -RE !E !*D

    -rai%nt% Eco (uso % spoi..%r ouinco%r%nt%)

    SP-R T1/!!E !L$S#

    -rai%nt% Eco (s%m uso % spoi..%r ouco%r%nt%)

    -R$SS !!E !*SP

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    -rai%nt% Eco a.anc%ao !*EST$ /!!E Tru%!*SP

    $. E%emp&os de 'ti&iação de Sequncias de *u&so #RE

    As sequências de pulso KRE ,êm sendo usadas cada ,ez mais na prtica cl+nica.

    A an"io"raia por R8 utiliza aquisiç3es rpidas KRE tanto para e,idenciar o enOmeno de entrada de spins no

    corte e assim produzir um &ipersinal do ,aso em relação ao tecido esttico saturado por RF (an"io"raia

    timePoPli"&t ou *F) quando para capturar todo um ,olume tridimensional durante a passa"em do -olus de

    meio de contraste a -ase de "adol+nio para capturar a circulação arterial ou ,enosa de uma dada re"ião do

    corpo.

    4ma"em aial de uma an"io"raia de cr2nio -aseada em imePoP

    Fli"&t (*F) onde poss+,el identiicar ,asos arteriais &iperintensos.

    ?esta ima"em! não oi usado meio de contraste e o &ipersinal

    "erado eclusi,amente pelo luo san"u+neo que penetra no ino

    corte adquirido com a sequencia KRE.

    4ma"em =; com utilização da tcnica de proeção de mima intensidade (84

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    G poss+,el eplorar a caracter+stica de aquisição rpida das sequências KRE e azer uma com-inação de

    ,elocidade e resolução espacial para o-tenção de ima"ens durante a inusão de "adol+nio para a,aliação do

    tecido mamrio. A aquisição =; KRE permite o-ter ,olumes com resolução milimtrica de todo tecido

    mamrio a cada minuto e! assim a,aliar a impre"nação do meio de contraste no tempo.

    ?ão s7 com o o-eti,o de reormatar as ima"ens em outros planos! as aquisiç3es =; KRE ponderadas em 1

    do tecido cere-ral permitem medir o ,olume de estruturas cere-rais como os &ipocampos e! assim! o-ter

    dados quantitati,os que podem ser usados para correlacionar a condiç3es patol7"icas espec+icas! como a

    doença de Alz&eimer.

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    Reconstrução =; do encalo o-tida a partir de uma aquisição =; 1 FLASQ (KRE com uso de spoiller).

     

    A sequência KRE con&ecida como 4SS! F4ESAP ou 6P-FFE permite o-ter ima"ens =; com cortes

    su-milimtrico (da ordem de 0!D mm) em que demonstra uma ima"em com ponderação similar a 6

    estruturas tão pequenas como os canais semicirculares ou o conunto de pares de ner,os cranianos.

    4ma"em aial 4SS com espessura de corte de 0!5 mm da re"ião da orel&a e respecti,a reconstrução =; com uso de tcnica de renderização de ,olume (R) para demonstrar as

    estruturas da orel&a interna..

    *utra orma de adquirir ima"ens rpidas em 4R8 azer uso da sequência de pulso E

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    undamental para o desen,ol,imento de aplicaç3es como diusão! perusão e resson2ncia ma"ntica

    uncional (R8). A sequência de pulso E

    . E*,/SE

    A sequência de pulso 6; Spin Eco E

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    produzir uma srie de ecos de "radiente codiicados espacialmente TDU. *s ecos de "radiente que são

    amostrados para preenc&er o espaço : oram "erados por um eco de spin ao in,s de um S4L (F4;)! como

    ir ocorrer com a E

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    ;ia"rama da aplicação dos pulsos de RF. * tempo entre a aplicação do pulso de 1#0 e o pulso de 90

    c&amado de tempo de in,ersão (4).

    Se! no momento em que um determinado tecido esti,er cruzando o ponto zero de ma"netização lon"itudinal

    (8z$0)! or dado in+cio a uma sequência de pulso ur-o Spin Eco (SE)! por eemplo! o tecido em questão

    não ter ma"netização lon"itudinal (sea componente positi,a ou ne"ati,a) para participar do restante do

    processo de "eração do sinal. *u sea! não eiste componente de ma"netização ao lon"o do eio z para ser

     o"ada para o plano trans,ersal (plano Y) e "erar sinal na -o-ina. ;esta orma! o tecido em questão não

    ter sinal na ima"em inal. * tempo entre a aplicação do pulso de in,ersão (1#0) e o in+cio da sequência

    de pulso (eemplo! pulso de 90 na sequência SE) c&amado de empo de 4n,ersão (4) e controla o

    quanto de ma"netização lon"itudinal (1) se recuperou ap7s a aplicação do pulso de in,ersão.

     

    Se desearmos anular o sinal de um tecido espec+ico! como por eemplo a "ordura! de,emos azer com que

    o 4 coincida com o momento em que o ,etor ma"netização estea cruzando o ponto de ma"netização i"ual

    a zero (8z$0).

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     om uso deste 4 de aproimadamente 16 ms! conse"uiremos anular o sinal da "ordura nas ima"ens e

    produzir a c&amada ima"em S4R (do in"lês! S&ort ime 4n,ersion Reco,erY) ou Recuperação da 4n,ersão

    com empo urto.

     

    Se o mesmo racioc+nio or aplicado para o l+quido cealorraquidiano (LR ou liquor) que possui um tempo 1

    de aproimadamente D000 ms! teremos um 4 entre 6000 e =000 ms para anulação do sinal.

    &amamos de FLA4R (do in"lês! Fluid Atenuatted 4n,ersion Reco,erY) ou Recuperação da 4n,ersão para

    Atenuação de Flu+dos esta tcnica. ?a maioria dos equipamentos de R8 de 1!5 adotamos um 4 de 6600

    ms.

    06.  ST,R 

    A tcnica S4R permite que possamos anular o sinal da "ordura e produzir ima"ens onde a saturação por

    uso de pulsos de RF (pulsos de saturação espectral) não poss+,el! como em equipamentos de -aio campo

    (Z0!5)! ou onde a &omo"eneidade de campo não est adequada! como pr7imo a implantes de metal. 

    07.FA,R 

    * uso do pulso de in,ersão para anular o sinal do l+quor permite que a detecção de les3es na su-st2ncia

    -ranca cere-ral sea mel&or ,isualizada! pois retira o sinal &iperintenso em ima"ens ponderadas em 6!

    permitindo uma anlise mais detal&ada do tecido.

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    4ma"em aial FLA4R e correspondente ima"em ponderada em 6.