Sequências e Séries
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1
SEQUNCIAS E SRIES
Prof. Me. Ayrton Barboni
1. SEQUNCIAS NUMRICAS 2
1.1. Seqncias convergentes e seqncias divergentes 3
1.2. Teorema 1 Seqncia associada a uma funo real de varivel real 3
1.3. Teorema 2 Confronto 4
1.4. Seqncias montonas 4
1.5. Seqncias limitadas 5
1.6. Teorema 3 5
1.7. Teorema 4 5
2. SRIES INFINITAS 6
2.1. Sries convergentes e divergentes 6
2.2. Teorema 1 7
2.3. Teorema 2 7
2.4. Teorema 3 Operaes com sries 8
2.5. Sries de termos positivos 9
2.5.1. Teste de Comparao 9
2.5.2. Teste da Razo (DAlembert) 11
2.5.3. Teste da Raiz n-sima (Cauchy) 12
2.5.4. Teste da Integral Imprpria 13
2.6. Sries Alternadas 14
2.6.1. Teste de convergncia de sries alternadas (Leibniz) 14
3. SRIES DE POTNCIAS 16
4. SRIES DE TAYLOR E MAcLAURIN 18
4.1.Srie de Taylor 18
4.2. Srie de MacLaurin 19
BIBLIOGRAFIA 19
-
2
SEQUNCIAS E SRIES
Prof. Me. Ayrton Barboni
1. SEQUNCIAS NUMRICAS
Chamaremos de seqncia ou sucesso de a toda funo f de * em .
*
f
A funo f conhecida a partir de suas imagens f (i), i = 1,2,3,...n, ..., visto que
o domnio sempre * .
Notao: *( ( ))
nf n
ou *( ) ( ):nn na f na ou 1 2 3, , , ... , , ...na a a a
Exemplo.01:
1) *1
( ) ( ):n n nn
a f nn
a
ou 2 3 4 1
1 2 3, , , ... , , ...
n
n
1
2
3 . . . n . . . .
f (1) = a 1
f (2) = a 2
f (3) = a 3 .
.
.
f (n) = a n .
.
.
1 2 3 n n + 1
N*
IR
1
2(1,2)
(2, 3/2)
(3, 4/3)
(n, (n+1)/n)
-
3
2) *
1 1 1 1 1: 1, , , , ..., , ...
2 3 4nn n
3) 3, 3, 3, 3, ....
4) 2, 1, 2, 1, 2, 1, ...
5) 1, 2, 3, 4, ... , n, ....
6) *1 ( 1)
2( ) ( ):n n
n
na f na ou 0, 1, 0, 1, 0, 1, ...
7) *(cos( )) nn
ou 1, 1, 1, 1, 1, ...
8) Fibonacci 1 2
*
1 2
1( ) :n n
n n n
a aa
a a a ou 1, 1, 2, 3, 5, 8, ...
9) Fatorial 1
*
1
1( )
.:n n
n n
aa
a n a ou 1, 2, 6, 24, 120, ... , , ...!n
1.1. Seqncias convergentes e seqncias divergentes
Uma seqncia *( )n na
que tem lim
nna L finito chamada de convergente.
Uma seqncia no-convergente chamada de divergente, isto , L infinito ou no
existe.
Exemplos:
a) *
1 1 1 1 1, , , ..., , ... tem limite L=0 (finito), logo, convergente
1 2 3 4 1:
nn n
b) * tem limite infinito, logo, divergente.( ) : 1, 2, 3, 4, ... , , ... Lnn n
c) *(( 1) ) 1, 1, 1, 1, ... , ( 1) , ...:n n
n a seqncia tende aos valores (1) e
1, conforme n mpar ou par e, por isto, L no existe e a seqncia divergente.
EXERCCIOS 1.1:
Dizer se as seqncias do Exemplo.01 so convergentes (C) ou divergentes (D) e
apresentar o valor do limite das seqncias convergentes.
Resp: 1) C, L = 1 2) C, L = 0 3) C, L = 3 4) D 5) D 6)D 7)D 8)D 9)D
1.2. Teorema 1 Seqncia associada a uma funo real de varivel real
Seja *( )n na
uma seqncia e :[1, [f
uma funo onde se tem
( ) nf n a , *.n
'' Se lim ( ) L ,x
f x ento lim ( ) L.''
nf n
-
4
EXERCCIOS 1.2:
Verifique se as seqncias so convergentes ou divergentes
a) *
1
2 1 n
n
n
b) 2
*
1
n
n
n c)
2*1 n
n
n
d) *
31
n
nn
e) *
1/sen( )
1/ n
n
n f)
2*
ln
n
n
n
Resp: a)C, L = 1/2 b)D c)C, L = 0 d)C, L = e3 e)C, L = 1 f)C, L = 0
1.3. Teorema 2 Confronto
Sejam as seqncias *( )n na
, *( )n n
b
e *( )n nc
sendo ,n n na b c
*.n '' Se Llim limn nn n
ca
, ento L ''lim nnb
EXERCCIOS 1.3:
Verifique se as seqncias so convergentes ou divergentes
a) 2
*
cos( )
n
n
n
b) * {1}
( ) , 0nn
a a
c)
* {1}
( )nn
n
Resp: a)C, L = 0 b) C , Obs: Estudar 1 e, depois, 0 1a a
c) C, Veja: Temos que 1n n , logo, 0 talque (I)1n nnb bn
Da,
2( 1)(1 )2
nn n
n nn b b , isto ,
2
1.nb
n
Logo, 2
0 .1
nbn
Temos que 2
0 lim lim 01n
nnb
n
e, da, lim 0nnb . Portanto,
segue de (I) que lim lim (1 ) 1 0 1nn
n nbn .
1.4. Seqncias montonas
Uma seqncia *( )n na
crescente se *
1, ,n n na a e decrescente se
*
1, .n n na a
Uma seqncia chamada de montona se for crescente ou decrescente.
Nota: Se a seqncia alternar seus valores, ento no montona.
Pode-se utilizar derivadas para verificar a monotonicidade das seqncias.
-
5
EXERCCIOS 1.4:
Verifique se as seqncias so montonas
a) *1 n
n
n
b) *
1
1 nn c)
*
( 1)
n
n
n
Resp: a) montona crescente b) montona decrescente c) no montona
1.5. Seqncias limitadas
Uma seqncia *( )n na
limitada se existem r e s reais tais que
*, .n s nr a
EXERCCIOS 1.5:
Verifique quais so as seqncias do Exemplo.01 so limitadas (L) ou no
limitadas (NL).
Resp: 1)L, 21 na 2) L, 10 na 3)L, 42 na 4) L, 21 na
5)NL 6) L, 10 na 7) L, 11 na 8)NL 9)NL
1.6. Teorema 3
Uma seqncia montona limitada convergente
Ex: Ver no Exemplo.01 Montonas limitadas 1), 2) e 3) Montonas no limitadas 5), 8) e 9)
No montonas 4), 6) e 7)
1.7. Teorema 4
Toda seqncia convergente limitada.
EXERCCIOS 1.6:
Verifique quais so as seqncias convergentes (C), divergentes (D), limitadas
(L) ou no-limitadas (NL)
a) , , ,... ,a a a a
b) 1, 2, 3, ..., , ...n
c) *( ) : 2n nn
na a
d) 2
*
1 2 3 ...
n
n
n
e) *
2
35
n
n
f) *((1,001) )
n
n
Resp: a)C, L b)D, NL c)D, NL d)C, L e)C, L f)D, NL
-
6
2. SRIES INFINITAS
Seja 1 2 3*( ) : , , ,..., ,...n nna a a a a
uma seqncia de reais.
A somatria 1 2 3 ... ...na a a a
chamada de Srie infinita.
Notao: 1 2 3
1
... ...n nn
a a a a a
A seqncia 1 2 3*( ) : , , , ..., ,...n nnS S S S S
onde 1 1S a , 2 1 2S a a ,
3 1 2 3S a a a , ... , 1 2 3 ...n nS a a a a e, assim, sucessivamente, chamada
de seqncia de somas parciais da srie dada.
2.1. Sries convergentes e divergentes
A srie
1
n
n
a convergente se finitolim ( )nnS S . Neste caso, diz-se que
a soma da srie S .
A srie
1
n
n
a divergente se lim nnS no finito ou no existe. Neste
caso, a srie no tem soma.
Exemplo.1:
a)
1
1
( 1)n
n n convergente e tem soma S = 1
Temos que 1 A B (A+B) A
( 1) 1 ( 1)n
n
n n n n n na . Comparando as razes: A =1
e B = 1. Assim,
1 1.
1n
n na
V-se que 1 2 3
1 1 1 1 1 1 1 1...
1 2 2 3 3 4 1...n n
n nS a a a a .
Simplificando, temos que 1
11
nSn
. Da, 1
(11
lim lim ) 1nn n nS S
b)
1
1
2 nn
convergente (srie geomtrica) e tem soma S = 1.
-
7
Sabemos, do ensino mdio, que a soma S dos termos de uma PG
1 2 ... ...na a aS , onde *0 ,,n na e razo 0 < q < 1 dada por
1
1
a
qS
Assim,
1
1
2
1 1 1 1 1/ 2... (PG, ) 1
2 2 4 8 1 (1/ 2)nn
qS (finito)
c)
1
1 2 3 ... ....
n
n n no tem soma finita. Logo, divergente.
Sabemos, do ensino mdio, que a soma Sn , dos n primeiros termos, de uma PA
1 2 3: , , , ... , ...nc c c c
, de razo r dada por 1
2( ). .
nnS n
c c Assim,
211 2 3 ... ( ).
2 2n
n n nnnS . Da,
2
2lim lim .nn n
n nS
2.2. Teorema 1 ''Se a srie
1
n
n
a convergente, ento lim 0nna ''
A recproca do teorema no verdade, pois existem sries cujo termo geral an tende a zero, mas no convergente.
Exemplo.2:
A srie
1
1 1 1 11 ... ....
2 3n
n n tem seu termo geral tendendo a zero, mas
no convergente. Esta srie chamada de Harmnica.
Desafio: Mostre que a srie Harmnica divergente.
2.3. Teorema 2 Seja a srie
1
.nn
a ''Se lim 0nna , ento
1
n
n
a divergente ''
Exemplo.3:
a)
1
2
n
n
n , temos
21lim 0.
n
n
n A srie divergente.
b)
1
21
n
n
n , temos 2
21lim 0.
n
ne
n A srie divergente.
-
8
EXERCCIOS 2.1:
Verifique se a srie convergente (C) ou divergente (D)
a)
1
2 1
3 2n
n
n b)
2
1ln
ln( 1).lnn
n
n
n n
c)
1
sen(1/ )
1/n
n
n
d)
1
1 1
1 2n
n n e)
1
( 1)n
n f)
1
1n
n
n
n
g)
1
2.4.6.8.....(2 )
!n
n
n h)
1 2 1
1
1 , .... ...n
n
n a qaq a aq aq aq
Resp: a)D b)C, S=1/ln2 c)D d)C, S=1/2 e)D f)D g)D
h) Se 1 < q < 1 , ento 1
aS
q (finito) e a srie convergente.
Se 1q ou 1q , ento S no finito ou no existe e a srie divergente.
2.4. Teorema 3 Operaes com sries
a) Se 1
n
n
a convergente e tem soma S, ento1
. nn
c a convergente e tem
soma c.S.
b) Se 1
n
n
a e 1
n
n
b so convergentes e tem somas S e R, ento1
( )n nn
a b
convergente e tem soma (S + R).
Nota: Se apenas uma das sries for divergente, ento 1
( )n nn
a b ser divergente.
Se ambas forem divergentes, ento1
( )n nn
a b poder ser convergente ou
divergente. Exemplificando:
a) 1
n na bn
1 1
2( )n n
n n
a bn
(harmnica) divergente.
b) 1
nan
e 1
nbn
1 1
( 0, ( 0))n nn n
a b S convergente.
-
9
EXERCCIOS 2.2:
Verifique se a srie convergente (C) ou divergente (D)
a)
1
2 3
3 2n nn
b)
1
1 1
2nn
n
c)
1
2n+1
( 1)n
n n
Resp: a) C, S = 4 b) D c) D
2.5. Sries de termos positivos:
1
, 0n nn
a a
Queremos saber se a srie
1
, 0n nn
a a convergente ou divergente.
2.5.1. Teste de Comparao
Tomemos uma srie conhecida
1
, 0n nn
b b
para a comparao.
i) Se
1
n
n
b convergente e ,n na b*, ,n n k ento
1
n
n
a convergente
ii) Se
1
n
n
b divergente e ,n na b*, ,n n k ento
1
n
n
a divergente
Exemplo.4:
a)
1
1
!n
n. Temos que
1
!na
n e procuramos
1
n
n
b conveniente para a
comparao.
Sabemos que 1! 2 1, .nn n Da, 1
1 1.
! 2 nn
Considerando 1
1 1
1
2n n
n n
b (srie G, q = 1/2 , convergente) e o fato que
n na b , 1n , segue de (i) que a srie
1
1
!n
n convergente.
b)
1
1n
nn
. Temos que 1
n na n e procuramos
1
n
n
b conveniente para a
comparao.
Se * 2,,n n ento teremos que .2.2.2.....2 2. . .....
n nn n n n n
Da, 1 1
, 2.2n n
nn
-
10
Considerando
1 1
1
2n n
n n
b (srie G, q = 1/2 , convergente) e o fato que
n na b , 2n , segue de (i) que a srie
1
1n
nn
convergente.
c) 3
1
1
n n. Temos que
3
1na
n e procuramos
1
n
n
b conveniente para a
comparao.
fato que 3
1 1, 1.n
nn
Considerando
1 1
1n
n n
bn
(srie harmnica, divergente) e o fato que
n na b , 1n , segue de (ii) que a srie 31
1
n n divergente.
d)
1
1p
nn
(chamada de srie hiper-harmnica ou srie-p, p ) convergente se
p > 1 e divergente se 1p .
Prova:
1) Se p = 1, ento
1 1
1 1p
n nn n
(harmnica) divergente.
2) Se p < 1, ento
11 2 3
1 1 1 1 1... ...p p p p p
nn n
divergente, pois se
comparada, termo a termo, com a srie harmnica veremos que *1 1 , ,p n
n n
e ,
por (ii), segue que a srie divergente.
3) Se p > 1, ento
11 2 3 4 7
1 1 1 1 1 1( ) ( ... ) ...p p p p p p
nn
< 2 2 4 4 4 4 2 4
1 1 1 1 1 1 2 41 ( ) ( ) ... 1 ...p p p p p p p p
= 1 1 1 12 312 (2 (2 2
1 1 1 11 ...
) )p p p p
n
n
(srie G, 1
2
11)
pq
convergente.
-
11
EXERCCIOS 2.3:
Verifique pelo teste de comparao a convergncia (C) ou no (D) das sries:
a)
1
1
1 3nn
b)
1
!
( 2)!n
n
n
c)
1
2
( 1) nn
n
d) 3
1
1 cos( )
1n
n
n e)
32
1
ln( )n n f)
1
sen( / )
2nn
n
Resp: a) C b) C c) C d) C e) D f ) C
2.5.2. Teste de Razo ( DAlembert)
Queremos saber se
1
, 0n nn
a a , convergente ou divergente, sem compa-
raes com outras sries. Investigaremos a convergncia ou no na prpria srie dada.
Sejam 1 2 3 11
... ...n nnn
a a a a aa e 1
limn
nn
aL
a
i) Se 1L , ento
1
n
n
a
convergente.
ii) Se 1L , ento
1
n
n
a
divergente.
iii) Se 1L , ento o teste no conclusivo.
Exemplo.5:
a)
1
1n
nn
. Temos que 1
n na n e 1 ( 1)
1
( 1)n n
an
( 1)1
1
( 1)
1 ( 1) 1 ( 1)
1lim lim lim lim
( 1)
nn
n
n
n
n
n
n n n n
nn
n n n
n
a nL
a n
11 1
. 1 . .0 0 ( 1)( 1) ( 1)
1 1lim lim lim lim
n n
n n n n
ne
n n n n
Logo, por (i) a srie convergente.
b)
1
1
n
n
n. Temos que
1n
na
n e 1
( 1) 1 2
( 1) 1nn n
an n
-
12
2 2
2 2
1 2
1 1
2
2 1lim lim lim lim 1
n
nn n n n
n n
n n
a n n nL
a n n n. Logo,
por (iii) , nada se conclui. Utilizando o teorema 2, v-se que a srie divergente.
EXERCCIOS 2.4:
Verifique pelo teste da razo a convergncia (C) ou no (D) das sries:
a)
1
1
!n
n b)
2
1
3
1
n
nn
c)
1
2
( 1) nn
n
d)
1
!n
n
n
n e)
1
1
nn
Resp: a) C b) D c) C d) C e) No conclui
2.5.3. Teste de Raiz n-sima ( Cauchy)
Investigaremos a convergncia ou no da srie
1
, 0n nn
a a , utilizando seus
prprios termos.
Sejam 1 2 31
... ...nnn
a a a aa e lim nnn a L
i) Se 1L , ento
1
n
n
a
convergente.
ii) Se 1L , ento
1
n
n
a
divergente.
iii) Se 1L , ento o teste no conclusivo.
Lembrar: a) lim 1, 0,n
n a a
b)
lim 1n
n n
c)rrlim 1
n
n
ne
Exemplo.6:
a)
1
1n
nn
. Temos que 1
n na n e
1lim limn n
nnn n
an
L
1 1
lim lim 0 ( 1).n nn n nn
Logo, por (i) a srie convergente.
-
13
b)
1
2 1n
n
n
n. Temos que
2 1n
nn
an
e lim n nnaL
2 1 2 1 2
lim lim lim 2 ( 1).n
nn n n
n n n
n n n Logo, por (ii) a
srie divergente.
EXERCCIOS 2.5:
Verifique pelo teste da razo a convergncia (C) ou no (D) das sries:
a)
1
. n
n
n e b)
12 1
n
n
n
n
c)
1
2 n
n
nn
d)
1
(ln )
3
n
nn
n e)
1
1. ln
n
n
nn
n
f)
1
, 0
n
aa
n
Resp: a) C b) C c) C d) D e) No conclui f) No conclui
2.5.4. Teste da Integral Imprpria
Consideremos f uma funo de valores positivos, decrescente e contnua para toda varivel x maior ou igual a 1.
A srie infinita
1
1 2 3( ) ( ) ( ) ( ) ... ( ) ...
n
f n f f f f n :
i) Convergente se a integral imprpria 1
( )f x dx for convergente.
ii) Divergente se a integral imprpria 1
( )f x dx for divergente.
Exemplo.7:
Verifique se
2
ln( 1)
1n
n
n
convergente ou divergente. Temos .ln( 1)
1( )
n
nnf
Seja 2
: [2, [ , ( ) ( ) .f x f x dxf
A funo f :
de valores positivos, pois sendo 2x , tem-se 1 3x e ln(x + 1) > 1.
decrescente, pois 21 ln( 1)
'( ) 0( 1)
xf x
x. V-se que
2( 1) 0x e, tambm,
1 ln( 1) 0x , uma vez que ln( 1) 1x .
contnua, pois derivvel em [2, [ .
-
14
Observamos que:
A
A2 2
ln( 1) ln( 1)lim
1 1
x xd x d x
x x. Sendo ln( 1)t x , temos
1
1d t d x
x e, da, p/x = 2 tem-se ln3t . Substituindo acima, segue que
B22 2 2
B B
B A
2ln3ln3
A A2lim lim
1 1lim ln ( 1) lim ln (A 1) ln (3)
2 2
td tt x
Portanto, a integral imprpria divergente .
Concluso: A srie
2
ln( 1)
1n
n
n divergente.
EXERCCIOS 2.6:
Verifique pelo teste da integral a convergncia (C) ou no (D) das sries:
a)
1
. n
n
n e b)
2
1
. n
n
n e
c)
1
1
nn
d)
1
3ln
n
n
n e)
2
1
.2 n
n
n
f) 3
1
1
n n
Resp: a) C b) C c) D d) C e) C f) D
2.6. Sries Alternadas
Estudaremos as sries da forma:
1 2 3
1
1 1( ) ... ( ) ... , 0.nn nn n
n
a a a a a a
1 2 3
1 1
1
1 1( ) ... ( ) ... , 0.nn nn n
n
a a a a a a
2.6.1. Teste de convergncia de srie alternada (Leibniz)
Seja 1 2 31
... ...n nn
u u u u u uma srie.
Se i) os termos da srie so alternadamente positivos e negativos,
ii) *
1 , , ennu u n
iii) lim 0,nnu
ento
1
n
n
u convergente.
-
15
Exemplo.8:
Verifique se
1
1
1( ) n
nn
convergente ou divergente.
Temos:
1
1
1( ) 1 1 1 1 11 ...
2 3 4 5 6
n
nn
i) v-se que os termos da srie so alternadamente positivos e negativos,
ii) *
1
( 1) 1 11 1( ) 1 1 ( )
, , e1 1
nn
n n
u u nn n n n
iii)
11( ) 1
0.lim limn
n nn n
Ento, a srie
1
1
1( ) n
nn
convergente.
EXERCCIOS 2.7:
Verifique pelo teste da srie alternada a convergncia (C) ou no (D) das sries:
a)
1
( 1)2
.n nn
n b) 2
1
1
( 1) .3 1
n
n
n
n
c)
1
e( 1)
nn
nn
Resp: a) C b) C c) D (ver Teorema 2)
2.6.1. Convergncia absoluta e condicional
Seja 1 2 31
... ...n nn
u u u u u uma srie alternada.
Diz-se que:
1
n
n
u absolutamente convergente se 1
n
n
u for convergente
1
n
n
u condicionalmente convergente se :
a)1
n
n
u for divergente e
b)1
n
n
u for convergente (Leibniz)
EXERCCIOS 2.8:
Verifique a convergncia absoluta (CA) e condicional (CC) das sries:
-
16
a)
1
( 1)2
.n nn
n b)
1
1
1( 1) .n
nn
c)
1
1
!( 1) n
n
n
n
n d)
2
1
3
( 1)
4
n
n n
Resp: a) CA b) CC c) CA d) CC
3. SRIES DE POTNCIAS
Consideraremos
0 1 22
0
( ) ( ) ( ) ... ( ) ...n nn nn
c x a c x a c x a c x ac
, onde x ,
a e nc coeficientes dependentes de n , como sries de potncias.
Nota: Atribuindo-se valores a x, teremos sries numricas. Queremos identificar os valores de x que tornam as sries convergentes ou divergentes.
Se ,x a 0 00
( ) 0 0 ... 0 ...nnn
c x a Sc c (finito) a srie
convergente.
Exemplo.9:
1) Quais valores de x tornam
1
1
1( )
.2n
nn
n
xn
convergente ?
Temos que a = 0.
Teste da razo:
1 1.
2( 1) 2lim lim
n
nn n
a nx x
a n
A srie absolutamente convergente se 1
12
x , isto , 2 2.x
A srie divergente se 1
12
x , isto , 2 ou 2.x x
Se 2x , temos: 1 1
1 1
1 1( ) ( ) 1 1 12 1 ...
.2 2 3 4n
n nn
n nn n
cond/conv.
Se 2x , temos: .21 1
1 1
1 1( ) ( ) 1 1 1( 2) 1 ...
.2 2 3 4n
n nn
n nn n
srie divergente.
Concluso:
2 2 x
divergente abs. convergente divergente
divergente cond.conv
Intervalo de convergncia : ] 2, 2].
-
17
Temos que a = 0 o centro do intervalo de convergncia e R = 2 o raio de
convergncia.
2) Quais valores de x tornam
0!
n
n
x
n
convergente ?
Temos que a = 0.
Teste da razo:
1 10 ( 1) , .
1lim lim
n
nn n
ax x
a n
Logo, a srie absolutamente convergente para todo x real
Intervalo de convergncia: I = e Raio de convergncia R =+ .
3) Quais valores de x tornam
0
! n
n
n x
convergente ?
Temos que a = 0.
Teste da razo:
1( 1) ( 1) , .lim lim
n
nn n
na
x xa
Logo, a srie divergente para todo x real, 0x .
Intervalo de convergncia: I = {0} e Raio de convergncia R = 0 .
Observao:
O raio de convergncia pode ser obtido por 1
R = limn
nn
c
c
EXERCCIOS 2.9:
1) Obter o intervalo de convergncia das sries:
a) 2
0 2
n
n
x
n b)
1
.( 2)n
n
n x
c)
1
1( 5) n
n
xn
Resp: a) [ 1, 1 ] b) ]1, 3 [ c) [ 4, 6 [
2) Defina uma funo a partir de :
a)
0
n
n
x
b)
0
1( ) n n
n
x c) 2
0
n
n
x
Resp. a) :] 1, 1 [ ,f
1( )
1f x
x
b) :] 1, 1 [ ,f
1( )
1f x
x
c) :] 1, 1 [ ,f
2
1( )
1f x
x
-
18
4. SRIES DE TAYLOR E MAcLAURIN
Dada uma funo : A , A ,f ( )y f x , queremos escrev-la como uma srie de potncias, com possvel restrio de domnio.
4.1. Srie de Taylor
0
( ) ( ) nnn
f x c x a , sendo ( ) ( )
!
n
nf a
cn
e I ] R, R [a a .
Assim, ( )
2 3' ( ) '' ( ) ''' ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ... ( ) ...
1! 2! 3! !
nnf a f a f a f a
f x f a x a x a x a x an
Exemplo.10:
Encontre a srie de Taylor para : , ( ) sen( )f f x x , em 2
a .
Devemos ter:
( )1 2
2 2 2
2 2 2 2
' ''
sen( ) ... ...1! 2! !
nnf f f
x f x x xn
onde ( ) sen( )f x x 2 2
sen 1f
'( ) cos( )f x x 2 2
' cos 0f
''( ) sen( )f x x 2 2
'' sen 1f
'''( ) cos( )f x x 2 2
''' cos 0f
( )4 ( ) sen( )f x x ( )4
2 2sen 1f
. .
. .
. .
Substituindo os valores na sentena acima, temos
1 2 3 4
2 2 2 2
0 1 0 1sen( ) 1 ...
1! 2! 3! 4!x x x x x
2 4 2
2 2 22
1 1 ( 1)sen( ) 1 ... ...
2! 4! ( )!
nn
nx x x x
-
19
4.2. Srie de MacLaurin
0
( ) ( ) nnn
f x c x , sendo ( )
0( )
!
n
nf
cn
e I ] R, R [ .
Assim,
( )
2 30 0 0 00
' ( ) '' ( ) ''' ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ... ( ) ...
1! 2! 3! !
nnf f f f
f x f x x x xn
Exemplo.11:
Encontre a srie de MacLaurin para : , ( )xf f x e (em 0a )
( )1 2'(0) ''(0) (0)(0) ( 0) ( 0) ... ( 0) ...
1! 2! !
nx nf f fe f x x x
n
onde ( )xf x e
0(0) 1f e
'( )xf x e
0'(0) 1f e
''( )xf x e
0''(0) 1f e
'''( )xf x e
0'''(0) 1f e
( )4 ( ) xf x e ( ) 04 (0) 1f e
. .
. .
Substituindo os valores na sentena acima, temos
1 2 3 41 1 1 11 ...
1! 2! 3! 4!( ) ( ) ( ) ( )xe x x x x
1 4
0
2 31 1 1 1 11 ...
1! 2! 3! 4! !n
x ne x x x x x
n
EXERCCIOS 2.10:
1) Encontre a srie de Taylor para *: ,f 1
( )f xx
em a = 1.
Pede-se, ainda, o intervalo de convergncia da srie e definio de f restrita a srie.
2) Encontre a srie de MacLaurin para : ,f ( ) sen( )f x x .
Resp. 1)
0
1( 1) ( 1) , ]0, 2[ e
nn
n
x xx
21: ]0, 2[ , ( ) 1 ( 1) ( 1) ...f f x x x
x
2)
3 5 7 2 1
1
: , ( ) sen( ) ...3! 5! 7! (2 1)!
n
n
x x xf f x x x
n
x
BIBLIOGRAFIA
Barboni, Ayrton e Paulette, Walter Fundamentos de Matemtica Clculo e Anlise
Clculo Diferencial e Integral a Duas Variveis Rio de Janeiro LTC 2009 .