Sequências e Séries de Funções

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  • 7/25/2019 Sequncias e Sries de Funes

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    Sequncias de funes

    Uma sequncia de funes uma sequncian

    fn , onde cada fn uma

    funo.

    Exemplo: Considere A= [0, ) e fn:A R dadas por fn (x )=x

    n , cujos

    gr!cos dos qua"ro primeiros "ermos so:

    Seja fn uma sequncia de funes de!nidas em A . #ara cada xA ,

    podemos considerar a sequncia numrica de "ermo geral fn(x) . Seja B o

    conjun"o de "odos os x , xA , para os quais a sequncia numrica f n(x)

    con$erge. #odemos, en"o, considerar a funo f :B R dada por:

    f(x )= limn +

    fn(x ) .

    %iremos, en"o, que fn con$erge a f em B .

    &uando di'emos que a sequncia de funes fn con$erge a f em B , is"o

    signi!ca que, para "odo xB e para "odo ()*, exis"e n0 +que pode

    depender de x e de "al que

    n>n0

    |fn (x )f(x )|

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    -is"o isso, se a sequncia de funes fn con$ergir uniformemen"e a f em

    B , a sequncia numrica fn(x) con$ergir a f(x) , is"o ,

    f(x )= limn+ fn(x ) , x

    B .

    condio /para "odo xB ,

    n>n0

    |fn (x )f(x )|n0

    f(x )

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    limn +

    fn(x )=f(x )

    4nde

    f(x )={0 se1

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    |xx0|

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    f(x )= limn +

    fn(x )

    onde cada fn supos"a con"6nua em [a ,b ] . 9es"as condies, se fn

    con$ergir uniformemen"e a f em [a ,b ] , en"o

    b

    a

    f(x ) dx= limn +

    a

    b

    fn(x ) dx

    ou seja,

    fn(x )

    limn + dx= limn+a

    b

    fn (x ) dx .

    a

    b

    5 poss6$el pro$ar que o "eorema acima con"inua $lido se a 2ip"ese / fn

    con"6nua em [a ,b ] 0 for sus"i"u6da por / fn in"egr$el em [a ,b ] 0.

    Seja f: [a ,b ] R dada porf(x )= lim

    n +fn(x ) onde cada fn in"egr$el em

    [a ,b ] . Se

    a

    b

    f(x ) dx limn +

    a

    b

    fn(x ) dx

    en"o a con$ergncia defn

    af

    no uniforme em[a ,b ]

    .

    #ara demons"rar o "eorema =, precisamos pro$ar que dado ()* exis"e um

    na"ural n0 "al que

    ?. n>n0|

    a

    b

    fn (x ) dxa

    b

    f(x ) dx|

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    %a 2ip"ese e do "eorema an"erior segue que f con"6nua em [a ,b ] 7 logo,

    in"egr$el em [ a , b ] . 3emos

    @. |ab

    fn (x ) dxa

    b

    f(x ) dx|

    a

    b

    fn (x )f(x )dx .

    Como fn con$erge uniformemen"e a f em [a ,b ] , dado ()*, exis"e um

    na"ural n0 "al que, para "odo x[a , b] ,

    A. n>n0fn(x )f(x )

    ba .

    par"ir das expresses @ e A, "emBse ?.

    4s s6molosd

    dx elim

    n +,

    com ase nas condies su!cien"es apresen"adas

    no prximo "eorema.

    3eorema >: Seja fn uma sequncia de funes de classe C1

    no in"er$alo I

    e sejam f e g funes de I em R dadas por

    f(x )=limn +

    fn(x )

    e

    g (x )= limn +

    f 'n(x)

    9es"as condies, se a sequncia de funes f 'n con$ergir uniformemen"e a

    g em I , en"o, para "odo xI ,

    f' (x )=g (x ) ,

    ou seja,

    ( limn +

    fn

    (x )

    )'= lim

    n+f

    '

    n

    (x ).

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    -ale ressal"ar que, para es"e "eorema, no se exige que fn con$irja

    uniformemen"e a f 7 o que se exige a con$ergncia uniforme de f 'n a g

    em I .

    #ara se demons"rar es"e "eorema, seja x0I , com x0 !xo. #ara "odo xI ,

    x

    0

    x

    g ( t)dt= limn +

    x

    0

    x

    f'

    n(t) dt

    pois, por 2ip"ese, f 'n con$erge uniformemen"e a g no in"er$alo de

    ex"remos x0e x +"eorema an"erior apresen"ado e a 2ip"ese de f 'n con$ergir

    uniformemen"e a g em I 1. Como

    x

    0

    x

    f'

    n ( t) dt=fn(x )fn(x0)

    resul"a,

    x0

    x

    g ( t)dt= limn + [fn (x )fn(x0 )]=f(x )f(x0 ) ,

    ou seja,

    f(x )=f(x0 )+x

    0

    x

    g ( t) d t , xI .

    Como g con"6nua em I , pelo "eorema fundamen"al do clculo,

    f' (x )=g(x )

    para "odo xI .

    Cri"rio de Cauc2 para Con$ergncia uniforme de uma sequncia de funes.

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    Uma sequncia de funes fn con$erge uniformemen"e, em B , D funo

    f: B R dada por

    f(

    x)=

    limn +

    fn(

    x)

    se, e somen"e se, para "odo ()* dado exis"ir um na"ural n0 "al que, quaisquer

    que sejam os na"urais n e m e para "odo xB ,

    n>n0e m>n0

    |fn(x )fm (x )|

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    Sries de funes

    Uma srie de funes uma srie n=0

    +

    fn 4nde cada fn uma funo,

    di'emos que a srie con$erge, em B , D funo s :B R se, para cada

    xB ,

    s (x )=n=0

    +

    fn(x)

    o que signi!ca que, para cada xB ,

    s (x )= limn+

    k=0

    n

    fk(x )

    funo s=s(x) , dada por s (x )=n=0

    +

    fn(x) , denominaBse soma da srie

    n=0

    +

    fn .

    Exemplo: SaeBse que, para "odo x , com |x|

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    srie de funes k=0

    +

    fk con$erge uniformemen"e, em B , D funo

    s :B R se, para "odo ()* dado, exis"ir um na"ural n0 "al que, para "odo

    xB ,

    n>n0|k=0

    n

    fk(x )s (x )|n>n0|k=0

    m

    fk(x)k=0

    n

    fk(x )|

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    9es"as condies, se a srie k=0

    +

    Mk for con$ergen"e, en"o a srie k=0

    +

    fk

    con$ergir uniformemen"e, em B , D funo s (x )=k=0

    +

    fk(x) .

    %emons"raBse es"e cri"rio ado"ando, por 2ip"ese, k=0

    +

    Mk con$ergen"e, pelo

    cri"rio de Cauc2 para sries numricas, dado ()* exis"e um na"ural n0 "al

    que, quaisquer que sejam os na"urais m e n

    m>n>n0 |Mn+1+Mn+2++Mn|n>n0 ,

    |k=0

    m

    fk(x )k=0

    n

    fk(x )|=|fn+1 (x )+ fn+2(x )++fm(x )||fn+1 (x )|+|fn+2(x )|++ fm(x )

    e, por"an"o, de e da 2ip"ese segue

    |k=0

    m

    fk(x )k=0

    n

    fk(x )| Mn+1+Mn+2++Mm

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    s (x )=k=0

    +

    fk(x)

    Se a srie de funes k=0

    +

    fk con$ergir uniformemen"e a

    s

    , emB

    , e se

    cada fk for con"6nua em x0B , en"o s ser con"6nua em x0 .

    3eorema = +Jn"egrao "ermo a "ermo1: Seja s=s (x ) , x[a , b ] , dada por

    s (x )=k=0

    +

    fk(x)

    Se cada fk for con"6nua em [a ,b ] e se a srie k=0

    +

    fk(x ) con$ergir

    uniformemen"e a s em [a ,b ] , en"o

    a

    b

    s (x )dx=k=0

    +

    a

    b

    fk(x ) dx

    ou seja,

    a

    b

    [k=0

    +

    fk(x )]dx=k=0

    +

    a

    b

    fk(x ) dx

    3eorema > +%eri$ao "ermo a "ermo1: Seja s :I R , I in"er$alo, dada por

    s (x )=k=0

    +

    fk(x)

    Se cada fk for de classe C1

    em I e se a srie k=0

    +

    f 'k con$ergir

    uniformemen"e em I , en"o, para "odo xI ,

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    s'(x )=

    k=0

    +

    f'

    k(x)

    ou seja,

    (k=0

    +

    fk(x ))'

    =k=0

    +

    f'

    k(x)

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    plicaes

    Kodelo "ermodinLmico de um amien"e com sis"ema de clima"i'ao

    Uma sequncia discre"a no "empo x ( t) ,t=0,1, pode ser desen$ol$ida em

    "ermos de um conjun"o de funes or"onormais j(t), j=1,2 , se possuir

    energia !ni"a, ou seja, se

    t=0

    x2 ( t)

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    B insuNamen"o7

    tat# B a"raso de "ranspor"e nos du"os7

    $sen B "axa de gerao de calor sens6$el no amien"e clima"i'ado7

    m&ap B "axa de gerao de umidade no amien"e clima"i'ado.

    #ara que a equao diferencial seja linear e de primeira ordem, assumeBse que ocompor"amen"o dos Nuidos ideal, que as mis"uras de Nuidos so 2omogneas eimedia"as, que os processos "ermodinLmicos que ocorrem no in"erior doamien"e so adia"icos, e que o processo no apresen"a compor"amen"osincer"os ou $arian"es no "empo. Es"as 2ip"eses no se $eri!cam na pr"ica, mas

    a discre"i'ao da equao diferencial an"erior permi"e u"ili'ar o esquema KI%+Mixed Logical Dynamical1 para a modelagem do amien"e clima"i'ado. #or ou"rolado, a es"imao dos coe!cien"es do desen$ol$imen"o or"onormal do amien"eclima"i'ado permi"e que os erros de modelagem de$idos Ds simpli!caes"ericas sejam parcialmen"e compensados. Jncer"e'as no modelo do amien"eso consideradas em seo pos"erior.

    dmi"indoBse que a umidade amien"e es" em equil6rio, a equao diferencialan"erior pode ser reescri"a como

    am

    CA

    d

    dt!

    Aam

    (t)=f

    CA

    [!

    A"n (tt

    at# )!

    Aam

    ( t)

    ]+$

    sen

    ( t)

    4s parLme"ros de proje"o u"ili'ados nes"e exemplo so

    am=25.000 m , f=2.500 m /m"n , CA=1.005 OPQgRC e

    $sen( t) ) [5 *12 ]+106

    /m"n . "axa de gerao de calor sens6$el no amien"e

    clima"i'ado, $sen(t) , pode ser es"imada implemen"andoBse um oser$ador de

    es"ados. Js"o permi"e considerBla no proje"o de con"role como uma per"urao

    mensur$el +feed-forward1. Sendo assim, considerandoBse cons"an"e o Nuxo de

    insuNamen"o, f , o con"role da "empera"ura do ar amien"e, !Aam(t) ,

    reali'ado ajus"andoBse a "empera"ura do ar de insuNamen"o, !A"n(ttat#) . Es"a,

    por sua $e', a"ua no sis"ema aps um de"erminado a"raso de "ranspor"e, tat# ,

    de$ido aos du"os do su sis"ema de $en"ilao.

    %iscre"i'andoBse o modelo an"erior com in"erpolao linear e per6odo de

    amos"ragem - ts , o"mBse:

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    amCA [ !Aam( t+1 )!Aam(t)- ts ]= fCA [!A"n(ttat#- ts )!A am( t)]+$sen(t)

    4 que implica

    !Aam( t+1 )=amf - ts

    am!Aam( t)+

    f - ts

    am!A"n ( tk)+

    - ts

    amCA$sen(t)

    com tat#=k - ts . 9es"e exemplo, consideraBse o per6odo de amos"ragem

    - ts=4m"n . "ransformada da equao D diferenas an"erior dada por

    !Aam()=

    f - tsk

    am

    am f - ts

    am

    !A"n ( )+

    - ts

    amCA

    am f- ts

    am

    $sen()

    9o"e que, "eoricamen"e, as dinLmicas do amien"e com sis"ema de clima"i'ao"m a mesma cons"an"e de "empo. %eno"andoBse:

    !Aam( t)=y (t) ,

    !A"n ( t)=/1( t) ,

    $sen( t)=/2(t) ,

    onde a en"rada /1(t) uma $ari$el manipulada e a en"rada /2(t) uma

    $ari$el oser$ada, a equao D diferenas que descre$e o compor"amen"o da"empera"ura do ar amien"e pode ser reescri"a como

    y (t)=01 f - ts/am101 ( amf- ts )/am

    0k

    /1( t)+01 - ts/( amCA )

    101 (amf- ts ) /am/2(t)

    ou compac"amen"e

    y (t)=11(01) /1( t)+12(0

    1 )/2(t)

    4 modelo or"onormal do amien"e com sis"ema de clima"i'ao dado por

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    y (t)=k=1

    2

    C1k31k(0

    1 ) /1( t)+

    k=1

    2

    C2k32k( 0

    1 ) /2( t)

    ssumeBse a exis"ncia de erros de modelagem e de ru6do de medio. Js"o

    implica que, apesar de as dinLmicas 11 ( 01 ) e 12(01) apresen"arem a mesma

    cons"an"e de "empo, os respec"i$os desen$ol$imen"os or"onormais u"ili'aro

    diferen"es ases, 31(01) e 32(0

    1) . 4 a"raso de "ranspor"e en"re a "empera"ura

    do ar de insuNamen"o e a "empera"ura do ar amien"e pode ser asor$ido peloscoe!cien"es das expanses or"onormais duran"e o procedimen"o de es"imao ou

    pode ser considerado explici"amen"e na en"rada /1(tk) . escol2a de$e ser

    fei"a "endoBse em $is"a a qualidade da informao dispon6$el acerca do $alor de

    k . 4 modelo an"erior pode ser escri"o de forma equi$alen"e como

    41 ( t+1 )=A1 41 ( t)+ 1

    2b1/1(t)

    42( t+1 )=A2 42( t)+ 1

    2b2/2(t)

    y (t)=k=1

    2

    (1k41 k(t)+k=1

    2

    (2k42k( t)

    ou, simplesmen"e,

    41( t+1 )=A1 41( t)+ 1

    2b1/1(t)

    42 ( t+1 )=A2 42 ( t)+ 1

    2b2/2(t)

    y (t)=(1!

    41(t)+(2!

    42(t)

    4s pares + A1 ,b 1 1 e + A2 , b2 1 so funes dos polos escol2idos para

    represen"ar cada dinLmica. 4s $e"ores (1 e (2 de$em ser es"imados. 4 modelo

    an"erior pode ser reescri"o compac"amen"e na forma ma"ricial

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    [41(t+1 )42(t+1 )]=[ A1 02+202+2 A2] [41(t)42(t)]+ 12 [ b1 02+102+1 b2] [/1( t)/2 ( t)]

    y (t)=[ (1

    !

    (2!

    ][41(t)42(t)]

    inalmen"e, o modelo or"onormal do amien"e clima"i'ado dado por

    4 (t+1 )=A4 ( t)+ 1

    2b/ (t)

    y (t)=(!4( t)