Série Protótipo - Yôga DeRose

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Paris – London – New York – Barcelona – Roma – Buenos Aires – Lisboa – Porto – Rio – São Paulo UNIDADE BROOKLIN AV. PORTUGAL, 1.068 (11) 5093-2019 APOLOGIA À SÉRIE PROTÓTIPO A PROTÓTIPO NÃO É A ÚNICA, MAS É A MELHOR! O Swásthya Yôga possui uma grande variedade de técnicas e de recursos didáticos, conforme o leitor já constatou no capítulo A MECÂNICA DO MÉTODO. Ali foi explicado que, além das três etapas (inicial, medial e final) e das suas seis fases (Bio-Ex, ashtánga sádhana, bhúta shuddhi, maithuna, kundaliní, samádhi), o Swásthya oferece ainda as técnicas suplementares (sat sanga, sat chakra, satguru nyása sádhana, Shiva Natarája nyása, etc.). A fase ashtánga sádhana possui seis níveis. De um desses níveis, o ády ashtánga sádhana, nosso acervo contém centenas de séries específicas. Não obstante, há uma que tem a eficiência digna de destaque especial. É a Série Protótipo. Embora esteja formatada como um ády ashtánga sádhana, que é a prática de iniciantes, tem um poder tão notável que sozinha é capaz de conduzir o praticante aos píncaros da auto-superação e da evolução interior, sem mencionar o volume de efeitos colaterais sobre o corpo e a saúde que tal prática precipita. A HISTÓRIA DA SÉRIE PROTÓTIPO Declaramos que ela é meio mágica pela maneira com que foi concebida. Em 1964, um aluno que ia sair de férias e não queria perder aulas pediu-nos para gravar-lhe uma prática. Na época não havia cassettes e os gravadores eram de rolo. Numa das aulas normais, pusemos o gravador a registrar as instruções e no horário seguinte colocamos a fita a reproduzir para testá-la. Pedimos aos praticantes que tentassem fazer os exercícios somente pela indução gravada a fim de conferirmos se estava compreensível. O resultado foi que não apenas compreenderam como gostaram e pediram todos uma cópia. Começamos assim a fornecer a primeira aula gravada na História do Yôga. Antes havia apenas gravações com relaxamentos, mas não de uma prática completa, com ásanas e tudo o mais. Alguns horários eram inviáveis para darmos classes ao vivo, então colocamos à disposição dos interessados turmas que funcionariam

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Texto que valoriza uma prática muito boa cahamada Série Protótipo. O download do Cd está no site www.Uni-Yoga.org

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Page 1: Série Protótipo - Yôga DeRose

Paris – London – New York – Barcelona – Roma – Buenos Aires – Lisboa – Porto – Rio – São Paulo

UNIDADE BROOKLINAV. PORTUGAL, 1.068(11) 5093-2019

APOLOGIA À SÉRIE PROTÓTIPO

A PROTÓTIPO NÃO É A ÚNICA, MAS É A MELHOR!

O Swásthya Yôga possui uma grande variedade de técnicas e de recursos didáticos, conforme o leitor já constatou no capítulo A MECÂNICA DO MÉTODO. Ali foi explicado que, além das três etapas (inicial, medial e final) e das suas seis fases (Bio-Ex, ashtánga sádhana, bhúta shuddhi, maithuna, kundaliní, samádhi), o Swásthya oferece ainda as técnicas suplementares (sat sanga, sat chakra, satguru nyása sádhana, Shiva Natarája nyása, etc.). A fase ashtánga sádhana possui seis níveis. De um desses níveis, o ády ashtánga sádhana, nosso acervo contém centenas de séries específicas.

Não obstante, há uma que tem a eficiência digna de destaque especial. É a Série Protótipo. Embora esteja formatada como um ády ashtánga sádhana, que é a prática de iniciantes, tem um poder tão notável que sozinha é capaz de conduzir o praticante aos píncaros da auto-superação e da evolução interior, sem mencionar o volume de efeitos colaterais sobre o corpo e a saúde que tal prática precipita.

A HISTÓRIA DA SÉRIE PROTÓTIPO

Declaramos que ela é meio mágica pela maneira com que foi concebida. Em 1964, um aluno que ia sair de férias e não queria perder aulas pediu-nos para gravar-lhe uma prática. Na época não havia cassettes e os gravadores eram de rolo. Numa das aulas normais, pusemos o gravador a registrar as instruções e no horário seguinte colocamos a fita a reproduzir para testá-la. Pedimos aos praticantes que tentassem fazer os exercícios somente pela indução gravada a fim de conferirmos se estava compreensível.

O resultado foi que não apenas compreenderam como gostaram e pediram todos uma cópia. Começamos assim a fornecer a primeira aula gravada na História do Yôga. Antes havia apenas gravações com relaxamentos, mas não de uma prática completa, com ásanas e tudo o mais.

Alguns horários eram inviáveis para darmos classes ao vivo, então colocamos à disposição dos interessados turmas que funcionariam somente com a gravação. A experiência foi muito bem sucedida. Tanto assim que os inscritos nesses horários começaram a manifestar resultados surpreendentes.

Anos depois, ao analisar o conteúdo da gravação ficamos admirados, pois continha elementos que não foram postos lá conscientemente. A série compreendia oito partes: mudrá, pújá, mantra, pránáyáma, kriyá, ásana, yôganidrá, samyama; continha 84 exercícios executáveis com ritmo tranqüilo em 55 minutos.

O QUE É A SÉRIE PROTÓTIPO

É chamada protótipo por ser o modelo, a prática básica do método. Trata-se de um sistema sintético, compreendendo a transmissão do ensinamento simultaneamente com a execução, de forma contínua, produzindo um encadeamento entre os exercícios de tal maneira que o yôgin não pára de executar a fim de passar para outra posição, mas evolui um ásana, fazendo com que ele termine no seguinte.

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Graças a esse harmonioso katá é possível executar os oito angas (com 84 exercícios) desta seqüência em 55 minutos, sem pressa. À medida que o praticante vai-se adiantando, recebe, ou melhor, percebe

gradativamente novos ensinamentos que sempre estiveram ali, mas que a sua evolução não permitia notar ou assimilar de início.

A SÉRIE É ADAPTÁVEL A CADA PRATICANTE

A Série Protótipo não é rígida, mas, pelo contrário, extremamente flexível, permitindo formar um número infinito de práticas diferentes. É emocionante assistir a uma Protótipo executada por um grupo veterano. Cada qual faz seus exercícios absolutamente distintos dos demais. A gravação transmite ao praticante todas as instruções.

Baseando-se no subcapítulo Sistematização dos Nomes dos Ásanas o praticante poderá substituir vários exercícios e até suprimir uns e acrescentar outros, sem alterar o balanceamento da série e sem correr o risco de algum equívoco.

COMO SE DESENVOLVE A SÉRIE

Se você leu apressadamente os capítulos que explicam em detalhe cada anga, sua função e sua técnica; se não entendeu; ou se já faz muito tempo que passou os olhos por eles, vale a pena consultá-los de novo.

A Série inicia-se por um recolhimento, aniquilador de tensões que desliga o praticante do mundo exterior e concentra suas energias. São os dois primeiros angas, mudrá e pújá. Estes dois constituem a abertura da prática e contribuem para isolar o yôgin das atribulações, bem como para conectá-lo aos arquétipos do inconsciente coletivo ou registro akáshico.

O terceiro e quarto angas são mantra e pránáyáma. Mantra, no ády ashtánga sádhana, tem a função essencial de desobstruir as nádís ou canais por onde o prána, a energia vital, deverá fluir no anga seguinte, pránáyáma. O iniciante costuma chegar com as nádís esclerosadas pelos maus hábitos alimentares e por experimentar emoções pesadas. Se não desobstruir a passagem da energia, pouco proveito terá com a execução de respiratórios. Assim, os tipos de Yôga que propõem a prática de pránáyáma sem a desobstrução prévia das nádís por meio dos mantras podem prejudicar os efeitos dos respiratórios e, eventualmente, causar danos ao sistema pránico.

O próximo par de técnicas é formado pelo quinto e sexto angas, kriyá e ásana. Novamente, o primeiro limpa para que o segundo atue. O kriyá promove uma purificação dos órgãos internos para que o ásana possa atuar no desenvolvimento dos efeitos que lhes são característicos. Sem a execução prévia dos kriyás, as técnicas corporais ficam com seus benefícios comprometidos. Mesmo com os kriyás, os efeitos dos ásanas permanecem apenas potenciais e não se manifestam em sua plenitude sem a descontração proporcionada pelo próximo anga.

Em seguida, executa-se yôganidrá, técnica de descontração, que permitirá a plena manifestação de tudo o que foi potencializado pelos ásanas. O yôganidrá também prepara o yôgin para experiências mais profundas no futuro, tais como projeções do corpo psíquico.

Finalmente, no oitavo anga, a prática é coroada com um exercício que visa a ampliar a lucidez e conquistar o autoconhecimento. Depois de alcançar o maior potencial de saúde e energia, graças à execução de sete feixes de técnicas (mudrá, pújá, mantra, pránáyáma, kriyá, ásana e yôganidrá), o praticante alcançou acumulativamente a condição ideal para o sucesso na meditação. Por isso, muita gente que tentava meditar sem conseguir grande coisa, ao experimentar o Swásthya Yôga foi surpreendida com uma poderosa eclosão já nas primeiras práticas. Intentar a meditação sem a infra-estrutura dos sete conjuntos de técnicas citados nos parágrafos precedentes, resulta inócuo na maior parte das vezes e, noutros casos, pode resultar em graves distúrbios psíquicos.

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NO FINAL, A SÉRIE SE BIFURCA

Depois das posições em decúbito frontal, a prática se divide em dois níveis. Quando executam o váyútkásana, os praticantes mais adiantados tocam com os joelhos no solo à frente e passam para as técnicas mais avançadas, tais como kakásana, mayúrásana, vrishkásana, sirshásana. Os demais, sentam-se e deitam para trás, passando às invertidas sobre os ombros e suas compensações. Dessa forma, além das possibilidades já mencionadas de cada praticante adaptar a série ao seu bel prazer, agora também ocorre uma explícita proposta de ajustar a prática ao adiantamento de cada um.

BISAGEM DE CADA EXERCÍCIO

Em quase toda a série ocorre uma bisagem do exercício anterior mediante um exercício sinônimo logo em seguida. Trata-se de uma técnica ligeiramente diferente, mas com semelhanças de execução e de efeitos, inclusive atuando de maneira mais diversificada, global, solicitando um maior número de músculos, articulações, nervos, órgãos, glândulas e plexos.

Outra vantagem desse procedimento é que se o praticante atrasar-se numa execução ou se preferir permanecer até o dobro do tempo destinado a cada técnica, não perderá nada. Poderá simplesmente executar um e saltar outro e, não obstante, preservará o balanceamento. Se achar que a velocidade da locução é muita ou pouca, adaptará o ritmo a si mesmo.

Complemente estas informações com as do quadro sinótico das categorias de exercícios no subcapítulo Sistematização dos Nomes dos Ásanas.

(Texto extraído do livro Faça Yôga antes que você precise, do Mestre DeRose).

André Mafra UrbanoDiretor da Unidade Brooklin

Membro do Conselho Administrativo da Uni-Yôga 2007Instrutor de Swásthya Yôga formado pela UnI-Yôga / PUC PR / Estácio de Sá - RJ

Registrado na Sindicato Nacional dos Profissionais de Yôga no número 20050054

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