Sermão da sexagésima (slides)

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Universidade Estadual da Paraíba Campus VI Poeta Pinto de Monteiro Licenciatura Plena em Letras – Português Discentes: Ana Paula Pereira / Hortência Dias Monteiro, PB O Sermão da Sexagésima

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Sermão da sexagésima

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Universidade Estadual da ParaíbaCampus VI Poeta Pinto de Monteiro

Licenciatura Plena em Letras – PortuguêsDiscentes: Ana Paula Pereira / Hortência Dias

Monteiro, PB

O Sermão da Sexagésima

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Somos o que fazemos. Nos dias em que fazemos, realmente existimos; nos outros, apenas duramos.Padre Antônio Vieira

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O BarrocoO período conhecido como Barroco, ou

Seiscentismo, é constituído pelas primeiras manifestações literárias genuinamente brasileiras ocorridas no Brasil Colônia, embora diretamente influenciadas pelo barroco europeu, isto é, vindo das Metrópoles.

O termo denomina genericamente todas as manifestações artísticas dos anos 1600 e início dos anos 1700. Além da literatura, estende-se à música, pintura, escultura e arquitetura da época.

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Fugacidade da vida e instabilidade das coisas;Morte, expressão máxima de efemeridade das coisas;Concepção do tempo como agente da morte e da

dissolução das coisas;Castigo, como decorrência do pecado;Arrependimento;Narração de cenas trágicas;Erotismo;Misticismo;Apelo à religião.

Temas frequentes na Literatura Barroca:

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O Barroco foi introduzido no Brasil por intermédio dos jesuítas. Inicialmente, no final do século XVI, tratava-se de um moimento apenas destinado à catequização. A partir do século XVII, o Barroco passa a se expandir para os centros de produção açucareira, especialmente na Bahia, por meio das igrejas. Assim, a função das igrejas era ensinar o caminho da religiosidade e da moral a uma população que vivia desregradamente.

O Barroco no Brasil

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Nos séculos XVII e XVIII não havia ainda condições para a formação de uma consciência literária brasileira. A vida social no país era organizada em função de pequenos núcleos econômicos, não existindo efetivamente um público leitor para as obras literárias, o que só viria a ocorrer no século XIX.

Por esse motivo, fala-se apenas em autores brasileiros com características barrocas, influenciados por fontes estrangeiras (portuguesa e espanhola), mas não chegaram a constituir um movimento propriamente dito. Nesse contexto, merecem destaque a poesia de Gregório de Matos e a prosa de padre Antônio Vieira representada pelos seus sermões.

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Padre Antônio Vieira nasceu em Lisboa, em 1608, e morreu na Bahia, em 1697. Com sete anos de idade, veio para o Brasil e entrou para a Companhia de Jesus. Por defender posições favoráveis aos índios e aos judeus, foi condenado à prisão pela Inquisição, onde ficou por dois anos.

Sua palavra sempre foi muito contestada, porque defendia os mais fracos contra o poder dos mais fortes. Depois de ser confidente de reis e papas, morreu com a pobreza e a simplicidade de um místico.

Padre Antônio Vieira

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Responsável pelo desenvolvimento da prosa no período barroco, Padre Antônio Vieira é conhecido por seus sermões polêmicos em que critica, entre outras coisas, o despotismo dos colonos portugueses, a influência negativa que o protestantismo exerceria na colônia, os pregadores que não cumpriam com seu ofício de catequizar e evangelizar (seus adversários católicos) e a própria Inquisição.

Além disso, defendia os índios e sua evangelização, condenando os horrores vivenciados por eles nas mãos de colonos e os cristãos novos (judeus convertidos as Catolicismo) que aqui se instalaram. Famoso por seus sermões, padre Antônio vieira também se dedicou a escrever cartas e profecias.

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Profecias

• Constam três obras: História do futuro, Esperança de Portugal e Clavis prophetarum, em que se notam o Sebastianismo e as esperanças de Portugal de se tornar o Quinto Império do Mundo, pois tal fato estaria profetizado na Bíblia. Isso demonstra o caráter alegórico de sua interpretação da Bíblia, um nacionalismo megalomaníaco e uma servidão incomum, própria dos jesuítas.

Podemos dividir a obra de Vieira em: Profecias, cartas e sermões.

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Cartas

• São cerca de 500 cartas, que versam sobre o relacionamento entre Portugal e Holanda, sobre a Inquisição e os cristãos-novos e sobre a situação da Colônia. Constituem importantes documentos históricos.

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Sermões

• São quase 200 sermões, o melhor da obra de Vieira. Em estilo barroco conceptista, totalmente oposto as Gongorismo, o pregador português usa a retórica jesuítica para trabalhar idéias e conceitos. Segundo a análise do crítico António Sérgio seria conceptista pelo processo mental e clássico pela expressão clara e singela, contrária, portanto, à moda cultista.

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Intróito ou exórdio

• A parte inicial, de apresentação.

Desenvolvimento ou argumento

• A defesa de uma ideia com base em argumentação.

Peroração

• A parte final do sermão.

Os sermões de Vieira dividem-se em três partes distintas:

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Um dos seus principais sermões, pregado na Capela Real de Lisboa, em março de 1655, e conhecido também como A palavra de Deus. Polêmico, esse sermão resume a arte de pregar. Ao analisar “porque não frutificava a Palavra de Deus na terra”, visava a seus adversários católicos – os gongóricos dominicanos.

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