Sermão Em Romanos 8.31-39 - Sem. Bryan Temple

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1 SERMÃO DE ROMANOS 8.31-39 (VERSÃO DE PÚLPITO) LEITURA DO TEXTO ILUSTRAÇÃO INTRODUTÓRIA Um dos negócios mais bem sucedidos do mundo empresarial de hoje certamente são as seguradoras. Elas têm crescido muito. Os seus serviços são cada vez mais requisitados e atualmente estão sendo ampliados. Há seguro pra quase tudo debaixo do sol. Seguro pra empresas, residências, automóveis, celulares, obras de arte e até mesmo pra animais de estimação. Sem contar o famoso seguro de vida. Você tem um seguro de vida? De uma perspectiva analítica, é interessante perceber que quanto mais serviços as seguradoras vendem, mais o homem assina um atestado, de que quase todas as coisas ao seu redor são falíveis. Sim, elas falham. De certa forma, podemos dizer que todos os projetos da humanidade têm a possibilidade de falhar. Eis aí um grande vilão das pessoas: a falibilidade de todas as coisas. Meus irmãos, independente de quão falho sejam os nossos projetos, nós somos alvo de um projeto absolutamente infalível. Isso nos é anunciado no texto que acabamos de ler. FRASE DE TRANSIÇÃO: E olhando pra ele, nós podemos enxergar de uma forma central, a seguinte verdade: PROPOSIÇÃO Deus é por nós, portanto, nenhuma oposição, acusação, tentativa de condenação ou intento de separar-nos de Cristo terá efeito sobre o infalível amor de Deus. Deus é por nós, portanto, nenhuma oposição, acusação, tentativa de condenação ou intento de separar-nos de Cristo terá efeito sobre o infalível amor de Deus.

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    SERMO DE ROMANOS 8.31-39 (VERSO DE PLPITO)

    LEITURA DO TEXTO

    ILUSTRAO INTRODUTRIA

    Um dos negcios mais bem sucedidos do mundo empresarial de hoje

    certamente so as seguradoras. Elas tm crescido muito. Os seus servios so

    cada vez mais requisitados e atualmente esto sendo ampliados. H seguro pra

    quase tudo debaixo do sol. Seguro pra empresas, residncias, automveis,

    celulares, obras de arte e at mesmo pra animais de estimao. Sem contar o

    famoso seguro de vida. Voc tem um seguro de vida? De uma perspectiva

    analtica, interessante perceber que quanto mais servios as seguradoras

    vendem, mais o homem assina um atestado, de que quase todas as coisas ao seu

    redor so falveis. Sim, elas falham. De certa forma, podemos dizer que todos os

    projetos da humanidade tm a possibilidade de falhar. Eis a um grande vilo das

    pessoas: a falibilidade de todas as coisas. Meus irmos, independente de quo

    falho sejam os nossos projetos, ns somos alvo de um projeto absolutamente

    infalvel. Isso nos anunciado no texto que acabamos de ler.

    FRASE DE TRANSIO: E olhando pra ele, ns podemos enxergar de uma forma

    central, a seguinte verdade:

    PROPOSIO

    Deus por ns, portanto, nenhuma oposio, acusao, tentativa de

    condenao ou intento de separar-nos de Cristo ter efeito sobre o infalvel amor de

    Deus.

    Deus por ns, portanto, nenhuma oposio, acusao, tentativa de

    condenao ou intento de separar-nos de Cristo ter efeito sobre o infalvel amor de

    Deus.

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    FRASE DE TRANSIO: Mas esta verdade, meus irmos, dita inicialmente a

    pessoas inseridas em um contexto especifico. Olhemos um poco pra ele.

    ALGUMAS INFORMAES SOBRE A CARTA

    Paulo, que incontestavelmente o autor da carta aos Romanos, dirigiu o seu

    escrito A todos os amados de Deus..., que estavam em Roma, conforme relata o

    captulo 1 verso 7. A respeito desses amados de Deus ns temos pouqussima

    informao. Havia alguns visitantes de Roma no evento do Pentecostes, como

    descreve Atos captulo 2 verso 10. muito provvel que esses visitantes tenham

    sido os resposveis pela chegada do Evangelho a Roma. Nascia ali ento, a igreja

    de Roma; que certamente era constituda tanto por cristos judeus quanto por

    cristos gentos.

    Uma boa discusso acontece sobre o propsito de Paulo ao escrever

    Romanos. certo que Paulo no havia visitado a regio de Roma at ento, o que

    provavelmente indica que no conhecia a maioria de seus leitores primrios nem o

    seu contexto de vida. Alguma informao Ele poderia atravs de alguns ntimos

    amigos, a quem faz referncia ao final da carta. Tendo isso em vista, por qual razo

    Paulo escreveu esta carta? Vrias sugestes so dadas. Creio que plausvel no

    restringir o propsito a um s, visto que, de forma significativa, a amplitude e

    aplicabilidade da carta sejam substanciosamente vastas. Olhado, no entanto,

    panoramicamente para o ministrio do apstolo, para a sua ousadia missionria

    parece ser mais vivel entender que dentre vrios propsitos possveis, o maior era

    o de conseguir apoio para estender o alcance do evangelho at a Espanha, como

    mostra o captulo 15 versos 23 e 24. A carta, ento, teria sido escrita para que,

    apresentando o Evangelho de forma sistemtica, Paulo pudesse no s enriquecer

    os Romanos com profunda s doutrina, mas tambm incentiv-los a apoiar o

    apstolo em seu novo projeto missionrio. Ento, no desenvolver da carta, Paulo

    chega at o texto sobre qual est o nosso foco e ensina que o favor savfico de

    Deus infalvel mesmo diante das oposies, acusaes, tentativas de condenao

    ou intentos de separar os salvos do amor de Cristo.

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    FRASE DE TRANSIO: Olhemos ento, para as primeiras expresses deste

    texto:

    EXPISOO DO TEXTO

    Que diremos, pois, vista destas coisas? que coisas se refere o

    apstolo Paulo? Certamente aos versos 28, 29 e 30, que esto logo atrs do nosso

    texto: Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a

    Deus, daqueles que so chamados segundo o seu propsito. Porquanto aos que de

    antemo conheceu, tambm os predestinou para serem conformes imagem de

    seu Filho, a fim de que ele seja o primognito entre muitos irmos. E aos que

    predestinou, a esses tambm chamou; e aos que chamou, a esses tambm

    justificou; e aos que justificou, a esses tambm glorificou: Que diremos, pois,

    vista destas coisas?

    Mas, assumindo que o nosso texto o ltimo da primeira grande cesso da

    carta, vemos que ele no est s relacionado aos trs versos citados, mas tambm

    a tudo quando foi dito at aqui. Isso nos remete aos assuntos levantos por Paulo

    desde de o incio da carta. Ou seja, Paulo se refere ira de Deus que irrompe

    condenadora do cu sobre todos os homens que so perversos e impiedosos no

    deixando impune mal nenhum que feito sobre a terra, pois estes ignoraram o

    conhecimento de Deus que perceptvel pelas coisas criadas e, mais do que isso,

    subverteram a ordem csmica da eternidade coloca em seus coraes, adorando a

    criatura corruptvel ao invs do Criador inimaginavelmente mais que perfeito e, so

    por isso absolutamente indesculpveis. E quem so esses homens? Os gentios so

    esses homens. Mas eles tm companhia, os judeus tambm so esses homens. Os

    gentios e os judeus so culpados, mas no somente eles. Todos os homens so

    esses homens. Todos so culpados e merecerem a Ira de Deus sobre si. MAS

    AGORA SE MANIFESTOU A JUSTIA DE DEUS TESTEMUNHADA PELA LEI E

    PELOS PROFETAS, A QUAL SE RECEBE MEDIANTE A F NO SENHOR JESUS

    QUE DERRAMANDO O SEU SANGUE PRA PROPICIAO DEFINITIVA,

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    MANIFESTOU A JUSTIA DE DEUS NO TEMPO OPORTUNO, OCASIONANDO A

    ALGUNS HOMENS NO MAIS A IRA QUE OS CONDENARIA, MAS A PAZ COM

    O PRPRIO DEUS. Aos que foram alcanados por Deus atravs desta mensagem,

    Paulo passa instru-los quanto vida no Esprito, quando ento ele olha

    panoramicamente para o trabalho de Deus ao alcanar o homem e conclui: Deus

    nos conheceu de antemo e nos predestinou na eternidade, nos chamou no tempo,

    nos justificou na cruz e nos glorificar. Que diremos, pois, vista destas coisas?

    FRASE DE TRANSIO: E a resposta a este iniciador de argumento de Paulo :

    Se Deus por ns.... Est expresso antecede somente a pergunda: Quem

    ser contra ns? Mas, na verdade, ela a PREMISSA ESSENCIAL que

    transpassa todas as outras perguntas. Por isso vamos entend-la melhor. Se Deus

    por ns.... Paulo usa uma partcula que aparenta condicionalidade: se. No

    entanto, difcil afirmar que ele estaria falando do favor divino nesses termos

    condicionais, pois to veementemente falou, nos versos anteriores, da plenitude do

    projeto de Deus para os seus eleitos. No final do verso 30, Paulo diz: ... a esses

    tambm glorificou. Ele usou o tempo passado apontando para a glorificao como

    algo to necessariamente certo que j poderia ser proclamado de uma perspectiva

    atemporal. Em outras palavras, Paulo acretidatva com tanta convico na

    glorificao daqueles que foram justificados que j os chama de glorificados. Seria

    contraditrio agora, se Paulo, depois de uma sucesso de argumentos que

    apontam para a sua certeza a respeito da obra de Deus nos eleitos, estivese

    conlocando o favor divno em dvida. Por isso, a grande maioria dos estudiosos

    afirmam que esta partcula se, no implica em condicionalidade, pelo contrrio,

    como se Paulo estivesse dizendo: Uma vez que / J que / Visto que... Deus por

    ns.... Portanto, o centro da pergunta de Paulo a afirmao: Deus por ns.

    De forma gloriosa, o apstolo diz que os eleitos, tm definitivamente o favor Deus.

    Em resumo Deus est do nosso lado. Ele decidiu desde a eternidade ser por ns

    Esta a grande concluso de um bloco da carta de Paulo, mas no somente uma

    concluso, tambm, o grande ponto de partida de toda a argumentao dos

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    prximos versculos. A forma desta premissa to intensa que deixa, em certo

    aspecto, todas as perguntas que Paulo levanta a partir daqui, j respondidas. por

    isso que alguns as chamam de perguntas retricas.

    FRASE DE TRANSIO: Vamos ento primeira delas:

    Verso 31 e 32: quem ser contra ns? Aquele que no poupou o seu prprio

    Filho, antes, por todos ns o entregou, porventura, no nos dar

    graciosamente com ele todas as coisas?

    1 PONTO: DEUS POR NS, PORTANTO, NENHUMA OPOSIO TER

    EFEITO SOBRE O INFALVEL AMOR DE DEUS.

    ILUSTRAO: Sabe-se que Atansio de Alexandria sofreu muitas oposies em

    sua vida sendo at mesmo exilado por vrias vezes. Em sua lpide foi posta a

    inscrio: Atansio, Deus foi por voc, mesmo que mundo inteiro estivesse contra

    voc.

    Deus por ns e, uma vez que Deus por ns, quem ser contra ns? A

    questo de Paulo : Quem ou o que ira se opor contra ns uma vez que Deus por

    ns? Mas, ser que o texto est anunciando que ningum pode ser opor aos

    salvos? No! Pelo contrrio, indiretamente o texto est afirmando a presena das

    oposies na vida do salvo. simples perceber isso. Olhemos para a vida de

    Paulo, para seus sofrimentos. Se vivessemos naquela poca e encontrassemos

    pessoalemente com Paulo, uma das coisas que certamente iria nos chamar a

    nossa ateno seriam as sicatrizes de Paulo pelo seu rosto, os cortes, os

    arranhes, as marcas de apstolo um sofrido. Paulo diria que no h oposio aos

    cristos? Olhemos tambm para a igreja primitiva. Quantas oposies! Cristo,

    orando em Joo 17.14, disse: Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os

    odiou, porque eles no so do mundo, como tambm eu no sou. O prprio

    Senhor Jesus anuncia tais oposies. O ponto do texto que essas oposies so

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    inteis diante da salvao de Deus proposta aos eleitos uma vez que Deus pelos

    seus. A pergunta ensina, portanto, que no estamos imunes s oposies, mas que

    nossa salvao est! Quo antibblicas so as doutrinas de hoje que ensinam que

    um filho do rei, entre spas, no estando em pecado, permanece acima de

    qualquer posibilidade de oposio. Paulo, nestes termos, no era um filho do rei.

    FRASE DE TRANSIO: E Aps levantar esta primeira pergunta retrica, o autor

    prope outra, como complemento-resposta da anterior:

    Aquele que no poupou o seu prprio Filho, antes, por todos ns o

    entregou, porventura, no nos dar graciosamente com ele todas as coisas?

    Aps levantar sua primeira pergunta retrica, o autor prope outra, como

    complemento-resposta da anterior: Aquele que no poupou o seu prprio Filho,

    antes, por todos ns o entregou, porventura, no nos dar graciosamente com ele

    todas as coisas? A verdade deste texto est clara: Deus foi capaz de entregar Seu

    maior bem, o seu Filho unigeto, amado; Filho em quem Ele se compraz. Mas, qual

    causa to grande a ponto de Deus tocar em seu Filho para o entregar em

    sacrifcio? O que to nobre? O que to alto? O que to sublime? O que to

    icrivelmente magestoso que merece que o prprio Deus no poupe o seu Filho? O

    texto diz: antes, por todos ns o entregou. A causa somos ns, meus irmos.

    Deus no poupou seu filho quando o entregou em sacrifcio para remisso dos

    nossos pecados. Paulo est apontando para o fato de que definitivamente ns

    temos o favor divino. Afinal de contas Ele entregou o seu maior bem por isso.

    dessa forma, inclusive, que Deus por ns: no poupando seu prprio filho, mas O

    entregando para a morte.

    Proponho uma histria que tem total relao com o nosso texto. Um homem

    certa vez agiu contra todos os seus instintos paternos. Este homem levava seu

    filho, para, em obedincia a Deus, ofec-lo em sacrifcio. E pelo que consta no

    relato de Gnesis 22, Isaque no estava ciente que ele seria o prprio sacrifcio

    oferecido por seu pai, Abrao. Eles chegaram l, em um dos montes da terra de

    Mori, onde o sacrificio aconteceria. Imagino eu que Abrao estava se debulhando

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    em lagrimas quando juntava foras pra levantar o cutelo e imolar Isaque. Quando

    Abrao estava pronto para concluir o sacrifcio descendo com fora aquela cutelo

    sobre seu filho, um anjo veio e disse: ABRAO! PARE! E Deus providencia para

    Abrao um animal para que fosse sacrificado no lugar de Isaque. De certa forma se

    ve que Deus POUPOU Isaque de ser sacrificado naquele monte. Aproximadamente

    2.000 anos depois, naquele mesmo monte onde Isaque foi poupado, um jardim

    nasceu. E nesse jardim, chamado getsemani, estava Jesus, o Filho de Deus,

    suando gotas de sangue por tamanho pavor que o cercava, uma vez que Ele sabia

    que o que estava adiante dele era a mais terrvel, inimaginavel e infernal ira.

    Naquela hora Jesus ora ao Pai e em outras palavras pede: Pai me poupe! E a

    resposta desta orao, como ns sabemos, foi um claro e evidente NO. PAUSA

    Meus irmas, Deus poupou um filho de homem, mas no poupou o seu prprio

    para oferec-lo em sacrifcio em nosso lugar. Agora com todos esses sentimentos

    que tomam o nosso corao diante dessa verdade, faamos novamente a pergunta:

    Se Deus por ns Quem ser contra ns?

    Mas a resposta a essa pergunta ainda se completa: Aquele que no Poupou

    o seu prprio Filho, antes, por todos ns o entregou, no nos dar graciosamente

    com ele todas as coisas? Quando no verso se ve a expresso com ele, ns

    somos remetidos nossa herana que temos em e com Deus. O verso 17 deste

    mesmo captulo diz: ... somos tambm herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros

    com Cristo... Ns fomos adotados famlia do prprio Deus e somos herdeiros

    Dele. Quem ser contra ns?

    E o que significa a expresso todas as coisas? O ensino de Paulo aqui no

    embasa uma teologia triunfalista que compreende que o cristo deve estar envolto

    com toda a sorte de bens visveis. Afinal de contas, Deus fez tudo por eles, at

    entregou a Cristo para a morte, porque Deus recusaria abenoar os cristos aqui na

    terra com todas as benos visveis a ponto destes viverem em um mar de rosas?

    Certamente Paulo est apontontando para o fim glorioso que todos os eleitos tero

    em Deus. A expresso dar graciosamente est no tempo futuro, o que embasa a

    tese de que a aplicao desta expresso diz respeito a glorificao. E se no

    bastasse isso, em certo aspecto, ter Cristo como salvador hoje ter absolutamente

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    tudo o que uma pessoa precisa. Os que defendem uma vida com alto padro de

    riquesas aqui na terra como consequencia da salvao, certamente no podem

    encontrar ensino bblico para isso.

    Meus irmos, diante de ns podem haver inmeras oposies. Mas, ao no

    ser poupado, Cristo j soufreu toda a oposio espiritual no para que ns no

    sofressemos oposio nenhuma, mas para que ns pudessemos ser preservados

    na salvao mesmo em meio a todos os tipos oposies.

    FRASE DE TRANSIO: Chegamos ento segunda pergunta retria de Paulo,

    que est no verso 33.

    Verso 33. Quem intentar acusao contra os eleitos de Deus? Deus quem

    os justifica.

    2 PONTO: DEUS POR NS, PORTANTO, NENHUMA ACUSAO TER

    EFEITO SOBRE O INFALVEL AMOR DE DEUS.

    Uma vez que Deus por ns, quem nos acusar? A prpria pergunta de

    Paulo j nos evidencia como eleitos de Deus. Ns somos os eleitos Dele. O verso

    30 diz: E aos que predestinou, a esses tambm chamou; e aos que chamou, a

    esses tambm JUSTIFICOU. Podemos afirmar que fomos eleitos para a

    justificao. E o texto, em sua resposta, ainda no verso 33, afirma que o prprio

    Deus quem nos justifica.

    Deus absolutamente santo! Deus absolutamente justo! Paulo, no incio da

    carta aos Romanos, ensinou que a ira de Deus irrompe do cu sobre toda

    impiedade e perverso dos homens que detm a verdade pela injustia. Sobre

    TODA. No h nenhum mal que no ser traspassado pela ira de Deus. Ela no

    falha, ela perfeita como Deus o . A intensidade da resposta do apostolo est na

    afirmao de que aquele Deus de ira inigualvel, que julga e julgar o mundo, o

    qual os homens devem temer, diante de quem devem tremer; justamente esse

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    Deus que nos justifica. Se ns somos justificados nos padres de Deus, quais so

    as acusaes que podero ser feitas contra ns? Ou seja: Quem nos acusar?

    A doutrina da justificao fundamente a nossa f. Ela a declarao de

    Justia que Deus nos d. Abraham Kuyper a chama de artria da graa. Paulo diz

    que ns a recebemos por meio da f, no entanto, o fundamento da justificao no

    a f, mas a justia de Cristo que imputada a ns atravs da f. Como diz

    Packer: De acordo com Paulo, no sobre a nossa f, mas sobre a retido de

    Cristo, que a nossa justificao est alicerada. Hoje temos o status de justificados

    porque temos as credencias do prprio Deus. A um povo munido com as

    credenciais do prprio Deus que Paulo dirige a sua pergunta: Quem vos acusar?

    PAUSA

    Meus irmos, assim como as oposies, as acusaes tambm podem vir

    contra ns. Paulo no est dizendo que jamais nos acusaro. Vejamos o texto de

    Apocalipse 12.10: Ento, ouvi grande voz do cu, proclamando: Agora, veio a

    salvao, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi

    expulso o ACUSADOR de nossos irmos, o mesmo que os acusa de dia e de noite,

    diante do nosso Deus. Este texto nos informa que ns temos um acusador oficial

    diante de Deus: o prprio Satans. Ele sabe muito bem como e do que nos acusar.

    Voc j parou pra pensar na quantidade de injustias que voc pode cometer

    durante toda a sua vida? No faltam acusaes a serem feitas pelo diabo a nosso

    respeito. Ele o faz de dia e de noite segundo o texto. As coisas mais obscuras que

    ningum jamais imaginou que voc fosse fazer, o inimigo viu. E enrriqueceu a

    acusao contra voc. E se o diabo o faz, certamente ns tambm sabemos fazer.

    Por vezes os cristos podem ser tomados por uma concincia acusadora de um

    erro do passo ou do presente que os arrebenta em tristezas. E se ns sabemos

    acusar a ns mesmo, ns tambm sabemos acusar as outras pessoas. Alguns

    viram especialistas em identificar falhas na vida alheia e na hora oportuna expe

    isso de forma maldosa. Talves voc j tenha ouvido o seguinte: Voc j esqueceu

    do que voc fez? Eu no! Eu lembro muito bem. Isso indica o quo inperfeito e

    passageiro o perdo de alguns. O mais espantoso, meus irmos, no que o

    Diabo pode passar noite e dia me acusando. O mais espantoso no que a minha

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    conciencia pode no ter paz diante de um erro e continuamente me acusar. O mais

    espantoso no que as pessoas podem querer me aprisionar durante anos em

    acusaes, o mais espantoso no um passado de obscuridades to agressivas

    que no h nem folgego pra cont-las, MAS O MAIS ESPANTOSO DE TUDO

    QUE DEUS QUANDO OLHA PRA MIM ELE ENXERGA A JUSTIA DE CRISTO,

    pois todas as nossas injustias foram julgadas.

    ILUSTRAO: O julgamento de Mizael Bispo, acusado de assassinar a ex-

    namorada Mcia Nakashima, foi o primeiro julgamente a ser, na integra, transmitido

    ao vivo pela internet. O comportamento de Mizael me chamou a ateno. Era

    notrio a cada dia do julgamento, um peso lhe chegando aos olhos. Ele estava

    cada vez mais curvado e no ltimo dia estava sem foras pra levantar a cabea,

    tamanho era o pesa das acusaes que estavam sendo feitas contra ele. Quando

    olhei pra aquela cena, lembrei do nosso salvador, que mesmo sem ter do que ser

    acusado carregou o peso das acusaes de todos ns. Quem nos acusar? No

    importa quem, Deus que nos justifica.

    FRASE DE TRANSIO: O texto prope ento uma terceira pergunta retrica:

    Verso 34: Quem os condenar? Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem

    ressuscitou, o qual est direita de Deus e tambm intercede por ns.

    3 PONTO: DEUS POR NS, PORTANTO, NENHUMA TENTAVIVA DE

    CONDENAO TER EFEITO SOBRE O INFALVEL AMOR DE DEUS.

    Se no h acusao que toque em nosso estado de justificados, certamente

    tambm no h condenao para ns. De fato, diferente dos dois primeiros pontos

    da minha fala, condenados ns no podemos ser de forma alguma. Da o meu ttulo

    para este terceiro ponto: tentativa. Podem tentar, podem querer, podem pensar,

    mas jamais conseguiro a nossa condenao. Haja vista o 1 verso deste captulo

    de Romanos: Agora, pois, j nenhuma condenao h para os que esto em Cristo

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    Jesus. Podemos sofrer oposio e podemos ser acusados, mas jamais

    condenados, por isso s restam tentativas.

    Ainda no verso 34 vem a resposta: Quem os condenar? Cristo Jesus

    quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual est direita de Deus e

    tambm intercede por ns. Porque ns no podemos ser condenados? Por que j

    fomos! Ns fomos condenamos quando Cristo morreu. A nossa condenao eram

    os pregos, os espinhos, o madeiro e o inferno em intensidade que Cristo enfrentava

    na cruz. A nossa condenao foi real, palpvel, visvel, terrvel, pavorsa e

    suficinte. Todos os nossos pecados, e os pecados de todos os santos que

    passaram pela terra, tanto antes quanto depois de Cristo, foram condenados na

    cruz. Mas Cristo no morreu somente, o texto segue dizendo que Ele ressuscitou. A

    morte no pode cont-Lo. na qualidade de Senhor VIVO que ele nos garante a

    libertao da condenao vindoura. De certa forma, a morte e a ressureio so

    inseparveis na redeno. Mas, alm de morrer e ressucitar, Ele est a direita de

    Deus. Cristo foi extraordinariamente exaltado. A expresso direita de Deus

    indica a glria com a qual Ele foi coroado, conforme indica Hebreus 1 versos 3 e 4:

    Ele, que o resplendor da glria e a expresso exata do seu Ser sustentando

    todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificao dos

    pecados, assentou-se direita da Majestade, nas alturas, tendo-se tornado to

    superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles. Por fim,

    vemos que Jesus alm de morrer, ressucitar e subir para estar direita do Pai, Ele

    tambm intercede por ns. O que significa que a atividade de Sumo Sacerdot de

    Cristo contnua. Nada pode gerar tanta segurana como um Sumo Sacerdote que

    no descana, no cessa e no falha.

    Se a pouco vimos que o Pai que poderia nos acusar, nos justifica, aqui vemos

    o filho que poderia nos condenar, sendo condenado para que no fossemos o alvo

    de Sua condenao. O objetivo de Paulo neste verso mostrar que toda e qualquer

    forma de condenao inemaginvel em vista do que Deus j fez por ns por meio

    de Cristo. O ponto do argumento do apstolo : Deus, que de forma to

    drasticamente impactante enviou seu Filho para que fossemos livres da

    condenao vindoura, viria, pois agora, nos condenar de alguma maneira? De certa

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    forma podemos dizer que quando o diabo ou qualquer outro ser neste universo tem

    a inteno de nos condenar espiritualmente, isso no s nos ofende, mas ofende

    principalmente a Deus. O mais alto preo foi pago pra que eu e voc no fossemos

    condenados. Foi o sangue do prprio Cristo que verteu porque a condenao

    estava sobre ele. Portanto, certamente uma enorme ofensa a Deus quando h

    intento de condenao contra ns. Sejam demnios, sejam pessoas; o que est

    escancarado neste texto que O TRIBUNAL JA FOI MONTADO, A ACUSAO JA

    FOI FEITA, O VEREDITO JA FOI DADO E A CONDENAO IRROMPEU SOBRE

    O SENHOR JESUS DE FORMA TO INTENSA QUE ESTE CLAMAVA

    ENQUANTO ESTAVA PENDURADO NA CRUZ: DEUS MEU, DEUS MEU,

    PORQUE ME DESAMPARASTE? PAUSA Quanta ofensa a Deus cometem, meus

    irmos, aqueles que alegam ser possvel perder a salvao. Podem aqueles que

    entenderam a mensagem da cruz, que entenderam o sacrifcio substitutivo de

    Jesus, derrepente se sentirem com medo, apavorados, por que acharam que

    derrepente perderam a salvao? E pensam ainda que se no a ganharem

    noavamente vo ser o que? CONDENADOS. Que grande ofensa a Deus!!!

    PRIMEIRO, porque estes, uma vez que compreendem CONSEGUIR PERDER a

    salvao, tem necessariamente que compreender que possvel CONSEGUIR

    GANHAR a salvao. O texto nos afirma que foi o Senhor Jesus quem morreu para

    CONSEGUIR a nossa salvao, para no sermos condenados! CRISTO JESUS, o

    prprio Deus! O nico ser capaz de CONSEGUIR a inocencia da condenao para

    os homens. Como podem alguns compreenderem que podem conseguir a salvao

    por viver em constante agrado a Deus? Tudo o que o homem pode conseguir por si

    mesmo e o faz com exelncia inigualvel, a IRA DE DEUS sobre sua prpria vida

    por sua natureza corrompida que tem prazer em glorificar a criatura ao invs do

    criador. SEGUNDO, depois de ter Deus nos escolhido na eternidade, depois de ter

    Cristo rompido com todos os limites da racionalidade humana e ter entrado no

    tempo pra morrer diante da vergonha da cruz, depois do Esprito ter sido derramado

    e para aplicar a obra da salvao em cada corao; depois de todas essas coisas,

    Deus deixaria a permanencia ou no deste projeto a merce da responsabilidade

    dos homens? Meus irmos, vocs se conhecem mais do que eu conheo a vocs:

  • 13

    VOCS ACHAM QUE DEUS DEIXARIA A SALVAO SOB SUA

    RESPONSABILIDADE??? Deus j escolheu os homens sem que estes desejasem,

    pois se dependesse do desejo do homem, est obra jamais se iniciaria. Deixaria

    Deus agora tudo nas mos dos homens? PAUSA Meus irmos, compreender que a

    liberdade da condenao em Deus se perde ofernder grandemente a Ele.

    considerar a hiptese de o sangue de Cristo ter sido derramdo completamente em

    vo, pois assim todos os que foram remidos por Ele poderiam cair da redeno.

    Inclusive, meus irmos, uma das grandes aplicaes deste texto a PLENA

    SEGURANA que os salvos devem ter em Deus, no que diz respeito ao completar

    da obra da salvao. Como algum, diante deste texto, hoje pode estar FELIZ

    porque Deus por ele e amanha ATERRORIZADO porque se no correr atrs do

    prejuizo pode receber a condenao de Deus. AGORA, POIS, J NENHUMA

    CONDENAO H PARA OS QUE ESTO EM CRISTO JESUS.

    FRASE DE TRANSIO: Chegamos ento a ltima pergunta retrica do texto.

    Verso 35 a 39. Quem nos separar do amor de Cristo? Ser tribulao, ou

    angstia, ou perseguio, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como

    est escrito: Por amor de ti, somos entregues morte o dia todo, fomos

    considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porm,

    somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu

    estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os

    principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem

    a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poder separar-nos

    do amor de Deus, que est em Cristo Jesus, nosso Senhor.

    4 PONTO: DEUS POR NS, PORTANTO, NENHUM INTENTO DE SEPARAR-

    NOS DE CRISTO TER EFEITO SOBRE O INFALVEL AMOR DE DEUS.

    Quem nos separar do amor de Cristo? Ser tribulao, ou angstia, ou

    perseguio, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Qual o teor destas

  • 14

    duas perguntas do apstolo Paulo? Ainda que tribulao, angstia, perseguio,

    fome, nudez, perigo e espada sejam especificaes de elementos que tenderiam a

    nos separar de Cristo, plausvel que os entendamos como AMPLIAES da

    mesma pergunta, ou seja: Tribulao, angustia, perseguio, fome, nudez ou

    espada nos separar do amor de Cristo? Est pergunta, a ltima do nosso texto de

    estudo, reverbera a mais segura e triunfante resposta. Mas, dentro do contexto em

    que est inserida, esta pergunta, por si s, uma alta afirmao da absoluta

    impossibilidade de sermos afastados da plenitude do amor de Deus que est em

    Cristo.

    O Verso 36 diz: Como est escrito: Por amor de ti, somos entregues

    morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro.

    Segue-se aqui uma citao do Salmo 44.22, que nos remete para o fato de que, por

    causa do Evangelho, o povo de Deus foi, por vezes, pisado. Olhando para o texto

    de Hebreus 11.36-38, onde vemos uma concluso a respeito dos heris da f, isso

    fica ainda mais palpvel: outros, por sua vez, passaram pela prova de escrnios e

    aoites, sim, at de algemas e prises. Foram apedrejados, provados, serrados

    pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de

    ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o

    mundo no era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos

    antros da terra. Mais evidente tambm fica a afirmao de Paulo aos seus leitores

    de que totalmente plausvel que o sofrimento seja um elemento presente no

    percurso dos cristos. A expresso o dia todo no Salmo 44.22 mostra, inclusive, a

    constncia desses sofrimentos. Mas o que ns nos tornamos em meio a esses

    sofrimentos? Fracassados? Impotentes? Desesperados? O verso 37 nos explica:

    Em todas estas coisas, porm, somos mais que vencedores, por meio

    daquele que nos amou. O martrio, apontado pelos versos anteriores, parace

    representar derrota, assim certamente era a viso dos martirizadores. Mas Paulo

    afirma o contrrio. Ele diz que justamente em todos esses sofrimento que ns

    somos vencedores. Mas, o apostolo diz que em todos esses sofrimento ns no

    somos APENAS vencedores, somos mais do que isso. Somos

    SUPERVENCEDORES. Mas no por ns mesmo e sim exclusivamente por meio

  • 15

    daquele que nos amou. Quem so os supervencedores: Pessoas fracas, limitadas,

    imperfeitas, contristadas, atribuladas, mas supervencedoras por meio Daquele que

    as amou. Paulo prossegue e finaliza seu texto nos verso 38 e 39:

    Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os

    anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os

    poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura

    poder separar-nos do amor de Deus, que est em Cristo Jesus, nosso

    Senhor. Com esta lista, Paulo mostra a razo pela qual ns somos supervitorisos.

    Mas no que consite a vitria apontada pelo verso 37? Essa vitria consiste em

    jamais sermos distanciados do amor de Cristo, no pela intrepidez dos cristos,

    mas pelo caracter constante deste amor. A doutrina da Perseverana dos Santos

    como uma moeda que pode ser vista de dois lados. O primeiro est evidente no

    seu prprio nome: perseverana, o que indica a perspectiva humana da doutrina,

    ou seja, ns devemos perseverar at o fim. O segundo lado pode ser chamado de

    Preservao dos Santos. a perspectiva divina da doutrina, ou seja, ns s

    perseveramos at o fim porque Deus nos preserva. Estes dois versos, apontando

    para a nossa vitria como a no separao de Cristo, nos faz olhar para os dois

    lados da moeda da doutrina da perseverana dos santos. Pois sobre todas as

    coisas citadas nesta lista de Paulo, ns somo vencedores. Mas ns s somos

    vencedores por meio daquele que nos amor como diz o verso 37. NO H ANJOS

    OU DEMNIOS, NO H PASSADOS, PRESENTES OU FUTUROS, NO H

    ALTURA OU PROFUNDIDA E NO H NENHUM PODER que seja til ao tentar

    nos separa de Jesus. O ponto de Paulo : no existe a mnima possbilidade em

    qualquer centmetro do cosmo de que os salvos sejam separados do amor de

    Cristo.

    Ilustrao: Friedrich Nietzsche estava convencido que a civilizao ocidental

    (especialmente a europa ocidental) vivia uma completa decadncia em sua poca,

    pricipalmente, por influncia do cristianismo. Ele no podia suportar que a religio

    crist ensinasse a misericrdia, o amor, a compaixo como virtudes. Ele cria que

    essas caractersticas tiravam do homem um pouco de sua humanidade, pois o que

  • 16

    realmente definia o homem era o desejo de poder. Sem a ambio por conquistar,

    dominar, estar no topo, o homem era apenas impotente. Nietzsche dizia que o

    cristianismo produzia justamente isso, homens impotentes. Diante disso Ele

    conclamou uma nova humanidade, o nascer de um novo homem, o Ubermensch,

    ou SUPERVENCEDOR. Esse supervencedor seria um exemplo herico de

    conquistas. Um homem que pilotaria navios por guas desconhecidas, imobilizaria

    touros pelos chifres etc. Este um perfeito supervencedor segundo o mundo.

    Frase de Transio: Vejamos agora a histria de um verdadeiro supervencedor.

    Ilustrao: O Pastor Policarpo foi um dos pais da igreja. Alguns soldados o

    prenderam para que pblicamente o Imperador mostrasse o que iria acontever com

    os que se declarassem cristos. Diante de Poliacarpo disseram. Negue a Cristo, ou

    perca a vida. E o pblico estava diante dele. Alguns querendo ver sangue, outros

    extremamente angustiados porque estavam perdendo seu pastor e vislumbrando

    seu possvel fim. NEGUE A CRISTO OU PERCA A VIDA! PELA LTIMA VEZ

    NEGUE A CRISTO OU PERCA A VIDA!!! Ao que respondeu: CRISTO NO ME

    NEGOU DIANTE DA CRUZ, EU NO O NEGAREI DIANTE DOS HOMENS!

    Tentaram separar Policarpo de Cristo ameaando a sua vida, mas no houve

    separao; pelo contrrio, A SUA UNIO COM CRISTO FOI MAIS

    VEEMENTIMENTE PROCLAMADA, mesmo nos ltimos segundos de sua vida. Ali,

    ento, estava um SUPERVENCEDOR, sendo queimado numa fogueira. PAUSA

    Cesar desejou separ-lo de Cristo, mas obteve o resultado contrrio.

    Jesus: O senhor Jesus, no entanto, foi o maior dos SUPERVENCEDORES. Alias

    exclusivamente porque Ele foi vitorioso que o Pastor Policarpo e ns todos

    podemos ser tambm. Vejamos o texto de Hebreus 12 versos 1 e 2: Portanto,

    tambm ns, visto que temos a rodear-nos to grande nuvem de testemunhas,

    desembaraando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia,

    corramos, com perseverana, a carreira que nos est proposta, olhando firmemente

    para o Autor e Consumador da f, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava

  • 17

    proposta, suportou a cruz, no fazendo caso da ignomnia, e est assentado

    destra do trono de Deus.

    APLICAO

    Meus irmos, pensemos em algumas aplicaes deste texto pra ns. Alguns

    olham pra este texto e concluem que a infalibilidade da salvao deve ser vista

    como uma carta branca para o pecado. Outros jamais afirmariam isso, mas vivem

    conforme isso. O texto no nos incentiva a viver menos preocupados com nossos

    pecados, pelo contrrio, o texto visa o combate de alguns pecados como a

    ansiedade em meio s tribulaes. Claramente a maior aplicao deste testo pra

    ns a rsposta pergunta: Como a infalibilidade do projeto salvfico de Deus faria

    diferena em meio as tribulaes das nossas vidas? Vou aqui levanter algumas

    situaoes possveis:

    - O que voc sentiria se o seu presbitrio lhe informasse que simplesmente no lhe

    reconduzir ao seminrio no prximo ano? H dois semestres isso ocorreu com um

    colega nosso. Como a infalibilidade do projeto salvfico de Deus faria diferena

    numa ocasio assim pra voc? Uma atitude revoltada, forar arranjos polticos, ou

    uma profunda indignao parece no ser a atitude daqueles que compreendem que

    todas as coisas cooperam para o seu bem, segundo o propsito de Deus. Como

    voc se comportaria numa situao assim, meu irmo? s vezes alguns de ns

    seminaristas parecem mais com os supervencedores de Nietzsche, do que com o

    supervencedor Policarpo. difcil ver que em muitas ocasies nos falta humildade.

    Ns devemos, meus irmos, em situaes assim, levar nossas lutas a Deus em

    orao. Esperando Nele a respota, que talvez seja negativa. A paz deve estar em

    ns quando compreendemos que estamos debaixo do propsito de Deus, apesar

    de contrariados.

    - O que voc sentiria, meu irmo, se o que est acontecendo com o Rev. Onsio

    acontecesse com voc? Se uma doena grave chegasse a sua vida. Esses dias,

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    perguntei ao Rev. Onsio: Como o senhor est Reverendo? Estou bem! Mas como

    est o tratamento? Olha PAUSA est pesado. So 4 horas por sesso de

    quimioterapia e, geralmente eu passo muito mal. E o tratamento tem previso de

    trmino, reverendo? No. Teria se o cncer estivesse diminuindo, PAUSA mas est

    aumentando. PAUSA Quem o v, assim, bem humorado, trabalhando, no imagina

    o que est realmente acontecendo. Como a infalibilidade do projeto salvfico de

    Deus faria diferena numa ocasio assim pra voc? s vezes, meus irmos, por

    situaes incomparavelmente menores, ns vemos alguns de ns se tornarem

    pessoas que s sabem se queixar. No h possibilidade de numa simples conversa

    no haver reclamao pelos mesmos motivos de sempre. Mas incrvel olhar nos

    olhos do Reverendo Onsio e ver paz, porque Ele sabe que o que h de mais

    valioso em sua vida, a salvao em Cristo, no pode ser alterada. Ela est intacta

    desde a eternidade.

    - O que voc sentiria se o que aconteceu com o nosso irmo sem. Isaas

    acontecesse com voc, meu irmo? A perda da prpria esposa de forma to sbita.

    Como a infalibilidade do projeto salvfico de Deus faria diferena numa ocasio

    assim? H alguns de ns que quase perdem o cho por reprovar em alguma

    matria. E a culpa do professor, do trabalho, da igreja, da famlia etc. E eu

    no estou falando, meu irmos, da SUPERAO de alguns problemas. EU ESTOU

    FALANDO DA GLRIA QUE EU E VOC DEVEMOS A DEUS, MESMO

    IMERGIDOS NESSES PROBLEMAS! No desperdice a sua tribulao. Nela,

    tomado por esse texto, voc pode sentir paz, e assim, glorificar a Deus.

    Foi pensando em momentos assim, que certa vez um homem comps uma

    poesia refletindo o ensino deste testo:

    Oh! Quo preciosa e rica promessa

    De Jesus Cristo, celeste Rei.

    Ao que confia na sua graa

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    Diz ele: Nunca te deixarei!

    Oh! No temas! Oh no temas!

    Pois eu contigo sempre serei.

    Oh! No temas! Oh! No temas!

    Porque eu nunca te deixarei!

    Para remir-te dei o meu sangue.

    Vem sem demora, pois te chamei.

    Meu, para sempre, tu s agora;

    Nunca, sim, nunca te deixarei.

    Inda que indigno foste escolhido,

    Jamais vaciles porque eu te amei.

    Quem dos meus braos pode arrancar-te?

    Seguro sempre te guardarei!

    Cantemos ento, meus irmos, este hino. Hino de nmero 146. Fiquemos

    em p ao som do piano.