Sertanejo

31
A MUSICA SERTANEJA

description

Trabalho apresentado pelos meus alunos no I Seminário de Ritmos Musicais no Brasil.

Transcript of Sertanejo

Page 1: Sertanejo

A MUSICA SERTANEJA

Page 2: Sertanejo

HISTÓRIA DA MÚSICA SERTANEJA

O termo sertanejo, do qual a expressão música sertaneja deriva, significa o habitante do sertão nordestino, isto é, a região seca do Nordeste brasileiro.

Page 3: Sertanejo

Entretanto, o gênero Música Sertaneja, se refere atualmente não à música da região sertaneja, mas à música originalmente produzida e consumida na área cultural caipira, localizada ao Sul da área sertaneja.

HISTÓRIA DA MÚSICA SERTANEJA

Page 4: Sertanejo

É comum o movimento de pessoas do Nordeste em direção a São Paulo por ocasião das secas muito intensas, para retomar quando volta a chover no sertão e a música também viaja nas duas direções.

HISTÓRIA DA MÚSICA SERTANEJA

Page 5: Sertanejo

A TRAJETÓRIA DA MÚSICA SERTANEJA NO BRASIL

Teve uma crescente internacionalização do gênero pela incorporação de ritmos e roupagens, da moda de viola à balada, da sonoridade caipira ao som orquestral por um lado.

Page 6: Sertanejo

HISTÓRIA DA MÚSICA SERTANEJA

A música sertaneja surgiu em 1929, quando Cornélio Pires começou a gravar “causos” e fragmentos de cantos tradicionais rurais da região cultural caipira. O gênero se caracteriza pelas letras com ênfase no cotidiano e maneira de cantar.

Page 7: Sertanejo

Tradicionalmente a música sertaneja é interpretada por um duo, geralmente de tenores, com voz nasal e uso acentuado de um falsete típico, com alta impedância e tensão vocais mesmo nos agudos que alcança às vezes a extensão de soprano.

HISTÓRIA DA MÚSICA SERTANEJA

Page 8: Sertanejo

HISTÓRIA DA MÚSICA SERTANEJA O estilo vocal se

manteve relativamente estável, desde suas primeiras gravações.

A instrumentação, ritmos e contorno melódico gradualmente incorporaram elementos estilísticos de gêneros disseminados pela indústria musical.

Estas modificações de roupagem e adaptações no conteúdo temático anteriormente rural e agora urbano consolidaram o estilo moderno da música sertaneja, que nos anos 80 se toma o primeiro gênero de massa produzido e consumido no Brasil.

Page 9: Sertanejo

OS ESTILOS CONVIVEM E DIVIDEM O ESPAÇO DE CONSUMO

ESTILO TRADICIONAL ESTILO MODERNO

Músicos “de raiz” como Pena Branca e Xavantinho atuando nos circuitos de sala de concerto e shows universitários.

Leandro e Leonardo se apresentam em feiras e shows massivos

Page 10: Sertanejo

A história da música sertaneja pode ser dividida em três fases, levando em consideração as inovações que vão sendo introduzidas no gênero.

HISTÓRIA DA MÚSICA SERTANEJA

Page 11: Sertanejo

De 1929 até 1944, como música caipira ou música sertaneja raiz.

Do pós-guerra até os anos 60, numa fase de transição.

Do final dos anos 60 até a atualidade, como música sertaneja romântica.

HISTÓRIA DA MÚSICA SERTANEJA

Page 12: Sertanejo

Musica sertaneja raiz

• Na primeira fase os cantadores interpretavam modas-de-viola e toadas, as canções falavam do universo sertanejo numa temática essencialmente épica.

Page 13: Sertanejo

• Artistas representativos desta tendência são Cornélio Pires e sua “Turma”, Alvarenga e Ranchinho, Torres e Florêncio, Tonico e Tinoco, Vieira e Vieirinha, Pena Branca e Xavantinho.

Musica sertaneja raiz

Page 14: Sertanejo

• Os personagens principais da música

caipira são os vaqueiros, ou os

animais com quem o vaqueiro lida no seu cotidiano. O caráter

das peças é épico nas narrativas que falam

da vida, morte, e fatalidades da vida no

sertão ou interior.

Musica sertaneja raiz

Page 15: Sertanejo

• Os intérpretes mais famosos de música caipira são o duo Tonico e Tinoco. Em 1946, eles gravaram «Chico Mineiro», de Tonico e Francisco Ribeiro, um clássico da música caipira.

Musica sertaneja raiz

Page 16: Sertanejo

MUSICA SERTANEJA: SEGUNDA ETAPA

• Após a guerra introduzem-se instrumentos (harpa, acordeom), estilos (duetos com intervalos variados, estilo mariachi) e gêneros (inicialmente a guarânia e a polca paraguaia e mais tarde o corrido e a canção ranchera mexicanos)

Page 17: Sertanejo

MUSICA SERTANEJA: SEGUNDA ETAPA

• Surgem novos ritmos como o rasqueado (andamento moderado entre a polca paraguaia e a guarânia), a moda campeira e o pagode.

Page 18: Sertanejo

MUSICA SERTANEJA: SEGUNDA ETAPA

• A temática vai ficando gradualmente mais amorosa, conservando, no entanto um caráter autobiográfico.

Page 19: Sertanejo

MUSICA SERTANEJA: SEGUNDA ETAPA

• Artistas desta fase de transição são Cascatinha e Inhana, Palmeira e Biá, Tião Carreiro e Pardinho e, já na década de 70, Milionário e José Rico.

Page 20: Sertanejo

A FASE MODERNA

• Nesta modalidade de música sertaneja os cantores alternam solos e duetos para apresentar canções, muitas vezes em ritmo de balada, que tratam principalmente de amor romântico, de clara inspiração urbana.

Page 21: Sertanejo

A FASE MODERNA

• Algumas canções classificadas como sertanejas nas paradas de sucesso são às vezes interpretadas totalmente por solistas dispensando o recurso tradicional da dupla. Os arranjos instrumentais dessas músicas adicionam instrumentos de orquestra além da base de rock, já incorporada ao gênero.

Page 22: Sertanejo

MÚSICA SERTANEJA

• A unidade estilística da música sertaneja é conseguida pelo uso consistente do estilo vocal tenso e nasal e pela referência temática ao cotidiano, seja rural e épico na música sertaneja raiz, seja urbano e individualista na música sertaneja romântica.

Page 23: Sertanejo

MÚSICA SERTANEJA• A internacionalização crescente da

“roupagem” da música sertaneja em parte tem acompanhado o processo acelerado de urbanização por que tem passado a cultura rural além da própria migração intensa do homem do campo para as cidades.

Page 24: Sertanejo

A FASE MODERNA

• A fase moderna da música sertaneja inicia-se no final dos anos 60 com a introdução da guitarra elétrica e o chamado “ritmo jovem”, por Leo Canhoto e Robertinho.

Page 25: Sertanejo

SERTANEJO UNIVERSITARIO

• O sertanejo universitário provém de uma mistura da música sertaneja, e do segmento Freestyle do Funk Carioca.

• No movimento sertanejo, é o segmento é conhecido como sendo seu terceiro movimento.

Page 26: Sertanejo

SERTANEJO UNIVERSITARIO

• Este se diferencia do sertanejo por ter mais elementos do pop, e linguagem voltada ao público mais jovem se comparada com demais movimentos do gênero.

• Por surgir após o segundo movimento sertanejo (o sertanejo romântico), esse estilo já não conta com letras tão regionais e situações vividas por caipiras (como o Sertanejo raiz).

Page 27: Sertanejo

SERTANEJO UNIVERSITARIO• Embalado pelo grande

apelo popular entre jovens dos gêneros associados, o novo segmento ganhou grande espaço na mídia

• Letras e músicas simples, batidas dançantes, e refrões de fácil memorização automática, gerou um grande "boom" no estilo, fazendo com que saísse do restrito âmbito universitário, e tomasse de assalto as rádios e festas de todo país.

Page 28: Sertanejo

SERTANEJO UNIVERSITARIO

• Uma explícita característica desse estilo são os solos feitos nos violões que originalmente eram feitos em guitarras. Isso só reforça a associação dos velhos instrumentos aos modernos.

Page 29: Sertanejo

SERTANEJO UNIVERSITARIO

• O sertanejo universitário encontrou nos jovens, a busca do seu crescimento, trazendo um enfoque em músicas que falam de amor e baladas.

• Hoje, novos cantores vão surgindo ou outros adotam o estilo e a cada dia o gênero vai se popularizando mais

Page 30: Sertanejo

SERTANEJO UNIVERSITARIO

• Exemplos são Michel Teló com o hit que virou febre internacional, “Ai se eu te pego.”

• João Neto & Frederico com ”Lê Lê Lê”.

• Gustavo Lima com ”Balada Boa”.

• João Lucas & Marcelo com seu ”Eu quero tchu, Eu quero tchã”.

Page 31: Sertanejo