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1 Serviço de Assistência Cardiovascular Pré-Projeto Secretaria da Saúde

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Serviço de Assistência

Cardiovascular Pré-Projeto

Secretaria da Saúde

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GOVERNO DA BAHIA

SECRETARIA ESTADUA DA SAÚDE

HOSPITAL GERAL PRADO VALADARES

PRÉ-PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DA UNIDADE DE

ASSISTÊNCIA EM ALTA COMPLEXIDADE

CARDIOVASCULAR DO HGPV

Gilmar Barros Vasconcelos1 Luiz Claudio Teixeira de Rezende2

Márcio Resende Archanjo3

JEQUIÉ AGOSTO/2008

1 Diretor Geral do Hospital Geral Prado Valadares – Jequié, Bahia

2 Médico Cirurgião Cardiovascular – Hospital Geral Prado Valadares

3 Médico Cardiologista Intervencionista/Hemodinamicista - Hospital Geral Prado Valadares

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SUMÁRIO

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

2. O HOSPITAL............................................................................................................................ 05

3. JUSTIFICATIVA........................................................................................................................ 09

4. BASE LEGAL ............................................................................................................................ 15

5. CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO................................................................................................ 18

6. ESTRUTURA ASSISTENCIAL DA UNIDADE DE ASSISTÊNCIA EM ALTA COMPLEXIDADE CARDIOVASCULAR DO HGPV ................................................................................................... 22

7. INSTALAÇÕES FÍSICAS............................................................................................................ 23

8. COMPLEXIDADE EM PROCEDIMENTOS DA CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA....................... 27

9. CONCLUSÃO......................................................................................................................... 30

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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Não há como negar que Assistência Cardiovascular de Alta Complexidade na Bahia, como

conseqüência da ausência de investimentos nas gestões anteriores, carece de muitos implementos.

Neste sentido, os serviços disponíveis estão concentrados basicamente na capital do Estado,

supostamente subdimensionados, e dessa forma incapaz de atender à demanda de pacientes.

Conseqüentemente, muitos pacientes que necessitam de procedimentos de urgência não

conseguem realizá-los em tempo hábil.

Nos últimos 02 anos são notáveis os grandes esforços que a Secretaria Estadual de Saúde tem

realizado no sentido de consolidar o Sistema Único de Saúde no nível estadual, operacionalizando

seus princípios e diretrizes para a garantia do acesso universal e equânime para a população Baiana.

Neste processo podemos citar o grande empenho no processo de definição da Referencia de Alta

complexidade, o que também inclui a reorganização da Assistência Cardiovascular. É justamente

neste sentido que nos propomos a implantar no Hospital Geral Prado Valadares – Jequié, localizado

na macrorregião sul, uma Unidade de Assistência em Alta Complexidade.

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2. O HOSPITAL

O Hospital Geral Prado Valadares tem como missão “prestar assistência humanizada, integral,

equânime e universal”, é uma Unidade da Rede Pública do Estado da Bahia, de abrangência regional,

de Porte IV de acordo com a portaria 2.224/02 do Ministério da Saúde e do tipo II na classificação da

Secretaria da saúde do Estado da Bahia, com área construída superior a 6.500 m2, com 202 leitos,

Clínica Médica (31), Clínica Cirúrgica (36), Obstetrícia (35), Pediatria (18) Neonatologia (17) Terapia

Intensiva (10) e Psiquiatria (24), além de 14 leitos de observação adulto, 5 pediátricos e 11 de Pré-

parto, 1 Reanimação, para atendimentos de urgência e emergência. O HGPV possui Laboratório de

análises clínicas que realiza exames nas áreas de Hematologia, Bioquímica, Hemogasometria e

Imunologia totalmente automatizado. O Serviço de Bio-imagem realiza procedimentos de imagem

por Raios-X e Ultrassonografia com Doppler Colorido.

A Emergência do Hospital funciona em duas alas e duas portas de entrada, uma para Emergências

Obstétricas e outra para demais Emergências em Geral com Acolhimento e Classificação de Risco. A

escala de Plantonistas do hospital na área médica conta com Clínicos Gerais, Traumato-Ortopedistas,

Intensivista, Otorrinolaringologista, Oftalmologista, Cirurgiões Gerais, Cirurgião Vascular,

Anestesistas, Ultrassonografistas e Obstetras, além de Assistente Social, Nutricionista, Bioquímico,

Psicólogo, Terapeuta Ocupacional, Cirurgião Bucomaxilofacial, Fisioterapeuta, Enfermeiro, Auxiliar e

Técnico de Enfermagem, Técnico em Radiologia, Técnico em Patologia, Técnicos e Auxiliares

Administrativos, Vigilantes, dentre outros.

Atuam como Diaristas médicos das especialidades de Clínica Médica, Urologia, Pediatria, Neurologia,

Otorrinolaringologia, Nefrologia, Pneumologia, Cirurgia Geral, Gineco-Obstetrícia, Ortopedia,

Radiologia, Ultrassonografia, Endoscopia, Terapia Intensiva, Cardiologia, Gastroenterologia,

Psiquiatria e Neonatologia.

A Unidade de Terapia Intensiva é adulto tipo II, possui 10 leitos instalados devidamente equipados e

ativos, entre os quais um é de isolamento. Dispõe de Ventiladores Vela e Inter 5 Plus com central de

monitorização interligada além de uma Máquina para Hemodiálise.

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Centro Cirúrgico possui quatro salas, as quais necessitam de reposição de equipamentos. A Central

de Material Esterilizado possui três Autoclaves Horizontais de Médio Porte.

Para o transporte de pacientes o Hospital dispõe de três Ambulâncias Básicas para transferências de

Pacientes entre o Hospital e demais Unidades da Rede, e uma Ambulância Avançada – UTI Móvel,

devidamente Equipada.

O Grupo Gerador do Hospital está interligado a todas as Enfermarias, UTI, Centro Cirúrgico e

Emergências. O HGPV conta com Centrais de Oxigênio, Ar Comprimido e Vácuo com pontos

interligados à maior parte dos leitos da Unidade.

O Serviço de Controle da Infecção Hospitalar atua de forma satisfatória e os funcionários contam

com o Serviço de Saúde Ocupacional.

A Unidade mantém ainda os Ambulatórios de Oncologia, Psiquiatria, Neurologia, Urologia,

Ginecologia e Ortopedia.

Atuam no Hospital mais de 850 funcionários das diversas categorias profissionais com cinco tipos de

vínculos (Efetivos, REDA, Fundação, Pessoa Jurídica e Comissionados).

Desde o mês de junho de 2007 foi implantado o Acolhimento com Classificação de Risco na Unidade

de Urgência de acordo com a Política Nacional de Humanização, os quais são classificados de acordo

com o protocolo disposto na página seguinte.

No gráfico que se segue apresenta-se o resultado consolidado da Classificação de risco do mês de

setembro de 2008.

Protocolo de Classificação de Risco utilizado na Porta de Entrada da Urgência do HGPV sugerido pela Política Nacional de Humanização:

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Na chegada do paciente é seguido o seguinte fluxo, exceto para as emergências:

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O HGPV tem vocação de Hospital terciário, para isto está se discutindo um plano de readequação do

Hospital Prado Valadares com integração da rede para reorganização dos atendimentos no Pronto

Socorro e nos Ambulatórios, passando a dar prioridade aos casos referenciados de maior

complexidade. Assim o Pronto Socorro do HGPV se transformará em Unidade de Emergência

Referenciada, cujo principal objetivo será atender pacientes graves mediante regulação e contato

pelo SAMU. Assim como para os Ambulatórios. Isto objetiva preservar o papel do HGPV no sistema

regionalizado e hierarquizado instituído pelo Ministério da Saúde e atender bem aos usuários do

SUS. Desta forma o sistema vai desafogar; os fluxos serão redefinidos de acordo com os níveis de

complexidade dos casos; os processos de trabalho serão melhorados; será possível realizar educação

em saúde de melhor qualidade e conseqüentemente haverá:

• Racionalização de recursos;

• Elevação da qualidade do atendimento;

• Maior aprofundamento na área de ensino e pesquisa;

• Satisfação dos usuários e trabalhadores;

• Resolubilidade dos casos.

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3. JUSTIFICATIVA

O Nível de saúde das populações pode ser “inferido” através da observação de medidas-síntese que

contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões que refletem, por um lado,

a ocorrência de doenças e, por outro, o desempenho do sistema de saúde. De modo mais amplo,

segundo a UNESCO, um dos itens utilizados para medir o índice de desenvolvimento social de uma

população em uma determinada região é a qualidade e a disponibilidade de assistência à saúde

prestada, o que inclui as ações de alta complexidade. No caso específico do Brasil, cujo perfil

epidemiológico mescla doenças infecto-parasitárias e as doenças crônico-degenerativas, a

configuração de uma rede assistencial de alta complexidade é condição imprescindível. Ainda

segundo a mesma agência, uma região que possui uma adequada assistência cardiovascular é aquela

que oferece cerca de 200 (duzentos) cirurgias cardíacas/mês por 1.000.000 (um milhão) de

habitantes.

No cenário das doenças crônico-degenerativas merecem atenção especial as moléstias

cardiovasculares. Em todo o mundo estas são a principais causas de óbitos na população de idade

superior a 50 anos. Na Bahia, e seguindo a tendência observada em todo o Brasil e no mundo,

também na Bahia as doenças do aparelho cardiovascular correspondem à principal causa de óbitos

definidos nos anos de 2000 e 2003, segundo dados da SESAB/DICS/SIM.

Ilustração 1- Demonstração do aumento do envelhecimento e da espectativa de vida da população no Estado da Bahia.

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Ilustração 2- Demonstração do envelhecimento da população do Estado da Bahia relativo ás suas Macrorregiôes.

Ilustração 3- Demonstração do aumento das causas de mortalidade por doenças Cardiovasculares devido ao envelhecimento e consequente aumento da espectativa de vida da populaçcão do Estado da Bahia; Na análise deste gráfico, das causas de óbitos classificadas como MAL DEFINIDAS, com certeza a principal dessas causas é a doença cardiovascular não diagnosticada.

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Ilustração 4 – Demonstração da mortalidade por causas mal definidas relativas às Macorregiões do Estado da Bahia; Na análise deste gráfico verifica-se um menor percentual de causas de óbitos mal definidos na Macrorregião Nordeste, que corresponde à área de Salvador, onde existe uma maior concentração de serviços especializados e profissionais mais bem preparados.

Ilustração 5 – Demonstração das mortalidades por causas cardiovasculares do Estado da Bahia relativa às suas Macrorregiões; Na análise deste gráfico verificamos que ocorre um maior aumento percentual de causas de morte por Doenças Cardiovasculares justamente naqueles locais onde existe uma maior concentração de profissionais mais bem preparados e em condições de fazer um diagnóstico correto.

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O desempenho da rede de serviços de saúde do SUS estadual pode ser analisado por meio dos seus

diversos níveis: atenção básica, média e alta complexidade ambulatorial/ hospitalar. Apesar das

atenções básicas e de média complexidade estarem apresentando melhorias significativas, algumas

já alcançando quase 100% da meta e outras até ultrapassando, Segundo dados coletados do Plano

Estadual de Saúde 2004-2007 SESAB – SUS, com relação aos procedimentos de alta complexidade

cardiovascular o Estado apresenta ainda um desempenho insatisfatório, havendo apenas serviços

especializados na microrregião de Salvador, o que provavelmente os torna ineficazes no sentido de

inacessibilidade para a maioria das populações de outras macrorregiões devido à sobrecarga de

serviço acumulada sobre estes locais. Analisando estes dados, estamos certos de que existe uma

necessidade de atenção aos pacientes portadores de doenças cardiovasculares nas regiões do estado

que não possui este tipo de serviço.

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Ilustração 6 – Tabela de dos procedimentos de média e alta complexidade pelo SUS no Estado da Bahia; Através desta tabela pode-se perceber que a cobertura para Alta Complexidade Cardiovascular encontra-se apenas em 19% em todo o Estado.

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Além disso, a implantação do serviço força a estruturação do hospital, qualificação técnica dos

profissionais e melhoria da qualidade do atendimento à população, nomeadamente na área

cardiovascular.

Com isso este será um agregador de valores, trazendo no seu arcabouço a exigência de mudanças de

atitudes, conhecimento técnico dos vários profissionais envolvidos, desde o pré-atendimento

hospitalar até cuidados especializados em Unidade de Terapia Intensiva e Enfermaria e ainda

melhoria no processo investigativo em cardiologia intervencionista.

A resolução do problema que este projeto se propõe a dar conta é de extrema importância para a

comunidade jequieense e de toda a região que referencia para este pólo de saúde, porque desfaz a

solução de continuidade existente no tratamento de urgência a pacientes com Infrto Agudo do

Miocárdio, além de outras patologias cardiovasculares, evitando assim, a exposição de pessoas

passíveis de intervenção cardiológica em tempo oportuno ao risco de morte.

Não existem outros projetos semelhantes sendo desenvolvidos nessa microrregião, a implantação

deste vai trazer benefícios econômicos e sociais para a comunidade de Jequié além de resultados

importante para a região, tanto no âmbito da saúde quanto acadêmico.

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4. BASE LEGAL

Os problemas cardiovasculares, que fazem parte das doenças crônicas não transmissíveis, são as

mais freqüentes causas de morbi-mortalidade no nosso meio, e tensionam o financiamento do

sistema de saúde no nível de atenção da alta complexidade.

Assim, o Ministro da Saúde publicou a Portaria GM/MS n. 1.169, de 15 de junho de 2004, que

instituiu a Política Nacional de Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade, definindo ainda a

conformação da nova rede. Concomitante a essa política, o Secretário de Atenção à Saúde publicou a

Portaria SAS/MS n.210, de 15 de junho de 2004, onde definiu as Unidades de Assistência em Alta

Complexidade e os Centros de Referência em Alta Complexidade Cardiovascular, bem como suas

aptidões e qualidades.

De acordo com essas normas ficou definido o seguinte:

Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Cirurgia Cardiovascular – Parâmetro: 1 para

cada 600.000 habitantes

Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Cirurgia Cardiovascular Pediátrica –

Parâmetro: 1 para cada 800.000 habitantes

Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Procedimentos da Cardiologia

Intervencionista – Parâmetro: 1 para cada 600.000 habitantes

Serviço de Alta Complexidade em Cirurgia Vascular – Parâmetro: 1 para cada 500.000

habitantes

Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Cirurgia Endovascular – Parâmetro: 1 para

cada 4.000.000 de habitantes

Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Laboratório de Eletrofisiologia – Parâmetro:

1 para cada 4.000.000 de habitantes

Centro de Referência – Parâmetro: 1 para cada 4.000.000 de habitantes.

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Após análise cuidadosa dos dados apresentados anteriormente, podemos verificar a real necessidade

da implantação de uma Unidade de Referência de Alta Complexidade Cardiovascular no Sul do

Estado da Bahia dado o quantitativo populacional existente nessa área, sendo o município de Jequié

o local ideal para a sua implantação pela sua localização geográfica pelo fato de ser uma cidade pólo

e principalmente por ser o local onde se encontra o Hospital Geral Prado Valadares, que e uma

unidade da SESAB que já possui a equipe de profissionais capacitada e habilitada para executar o

serviço que será de grande relevância para a população desta região.

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5. CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO

Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária - CID10 (por local de residência) Bahia

Capítulo CID Menor 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64 65 e mais

60 e mais Total

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 25,2 29,4 20,0 16,8 6,0 6,8 11,6 13,4 13,0 12,0

II. Neoplasias (tumores) 0,6 1,2 2,5 3,4 1,2 4,7 7,6 5,3 5,9 4,0

III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár 0,3 0,5 0,9 1,0 0,4 0,4 0,6 0,7 0,7 0,5

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 2,3 1,9 1,4 1,3 0,5 1,3 4,9 6,0 5,7 2,2

V. Transtornos mentais e comportamentais 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 2,1 1,0 0,1 0,2 1,2

VI. Doenças do sistema nervoso 1,1 0,8 1,2 1,3 0,5 0,9 1,6 1,7 1,6 1,1

VII. Doenças do olho e anexos 0,1 0,3 0,7 0,6 0,2 0,5 3,8 5,0 5,0 1,2

VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide 0,1 0,1 0,2 0,3 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,1

IX. Doenças do aparelho circulatório 0,2 0,2 0,5 1,2 0,9 5,5 22,7 26,5 26,1 7,8

X. Doenças do aparelho respiratório 32,8 44,5 34,3 24,1 6,7 6,8 14,0 18,1 17,2 15,6

XI. Doenças do aparelho digestivo 3,3 7,3 11,7 9,6 4,0 9,4 13,6 8,7 9,5 8,9

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 1,2 1,7 2,2 2,2 0,8 1,1 1,6 1,5 1,5 1,3

XIII.Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 0,1 0,4 2,1 3,6 1,2 2,1 2,9 2,3 2,3 1,9

XIV. Doenças do aparelho geniturinário 1,0 2,6 4,9 4,9 3,4 9,5 6,4 4,5 4,7 6,7

XV. Gravidez parto e puerpério 0,0 - - 10,1 66,9 39,9 0,3 0,2 0,2 25,4

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 27,8 3,7 1,9 1,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,9

XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossômicas 2,2 1,7 2,4 2,1 0,5 0,6 0,4 0,2 0,2 0,9

XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 0,6 0,5 0,7 0,8 0,4 1,0 1,9 2,2 2,2 1,1

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas 0,9 3,0 10,7 13,6 5,4 6,4 4,8 3,6 3,7 5,7

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade - - 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

XXI. Contatos com serviços de saúde 0,1 0,3 1,6 2,0 0,5 0,9 0,4 0,2 0,2 0,7

CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido - - - - - - - - - -

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

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Fonte: SIH/SUS

Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária - CID10

(por local de residência) Jequié 2006

Capítulo CID Menor 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64 65 e mais 60 e mais Total

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 27,6 41,1 22,1 16,7 8,1 8,9 9,8 9,8 10,0 12,7

II. Neoplasias (tumores) 0,3 0,3 0,3 0,9 0,5 3,5 3,6 4,4 4,4 2,9

III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár - 0,9 0,5 - - 0,5 0,1 0,1 0,0 0,3

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 3,9 2,7 1,0 0,6 0,1 1,8 6,4 7,0 7,1 3,2

V. Transtornos mentais e comportamentais - - - 0,3 1,1 2,2 0,5 0,1 0,1 1,1

VI. Doenças do sistema nervoso 0,3 0,8 1,8 0,9 0,7 3,5 7,5 5,2 5,9 3,6

VII. Doenças do olho e anexos - 0,5 0,8 - 0,2 0,2 0,6 0,7 0,8 0,4

VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide - - - 0,3 - - - - - 0,0

IX. Doenças do aparelho circulatório - 0,2 0,8 2,3 1,5 7,8 21,0 26,6 25,6 11,0

X. Doenças do aparelho respiratório 26,6 42,8 26,5 14,7 9,4 8,8 14,0 19,5 18,2 15,1

XI. Doenças do aparelho digestivo 2,3 2,1 6,5 8,2 4,9 9,6 11,6 8,0 8,8 8,3

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 0,3 0,5 1,0 2,1 0,8 1,1 1,9 1,3 1,2 1,2

XIII.Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo - - 2,3 3,8 5,1 8,1 10,5 5,7 6,3 6,5

XIV. Doenças do aparelho geniturinário 0,8 0,9 4,4 3,8 3,6 7,4 4,8 4,6 4,4 5,4

XV. Gravidez parto e puerpério - - - 10,9 52,3 26,6 0,2 - - 16,5

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 34,4 0,2 - - - - - - - 1,3

XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossômicas 1,0 2,6 3,4 2,9 - 0,2 0,2 0,1 0,1 0,5

XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 0,3 - - - 0,1 0,6 1,1 1,4 1,4 0,6

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas 2,3 4,7 26,2 29,6 10,7 8,6 5,9 5,5 5,5 8,7

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade - - - - - - - - - -

XXI. Contatos com serviços de saúde - - 2,3 2,1 1,1 0,8 0,4 0,1 0,1 0,7

CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido - - - - - - - - - -

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Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: SIH/SUS Comparando os dois quadros anteriores observa-se um elevado percentual de internações por doenças do sistema circulatório (11%) em relação à média

percentual do estado da Bahia (7,8%), causa que interfere, causando outras patologias.

Número de Internações, Valor Total, Valor Médio, Média de Permanência, Número de Óbitos e Taxa de Mortalidade por Especialidade

(por local de internação) Bahia

2006

Especialidade Número de Internações % Valor Total R$ % Valor Médio R$

Média de Permanência (dias)

Número de Óbitos

Mortalidade Hospitalar (%)

Clínica cirúrgica 231.146 25,9 152.221.724,90 37,5 658,55 3,2 2.967 1,3 Obstetrícia 225.741 25,3 82.356.216,65 20,3 364,83 2,0 59 0,0 Clínica médica 275.707 30,9 94.358.443,04 23,2 342,24 4,6 12.932 4,7 Cuidados prolongados (Crônicos) 1.442 0,2 7.425.040,62 1,8 5.149,13 85,9 284 19,7 Psiquiatria 9.144 1,0 12.861.140,78 3,2 1.406,51 47,1 25 0,3 Tisiologia 1.166 0,1 1.046.404,20 0,3 897,43 26,3 126 10,8 Pediatria 146.760 16,4 53.699.661,19 13,2 365,90 4,1 2.027 1,4 Reabilitação 1.967 0,2 2.086.856,45 0,5 1.060,93 24,0 24 1,2 Psiquiatria - hospital dia 387 0,0 269.343,74 0,1 695,98 28,2 - -

Total 893.460 100,0 406.324.831,57 100,0 454,78 4,1 18.444 2,1

Fonte: SIH/SUS

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Número de Internações, Valor Total, Valor Médio, Média de Permanência, Número de Óbitos e Taxa de Mortalidade por Especialidade

(por local de internação) Jequié

2006

Especialidade Número de Internações % Valor Total R$ % Valor Médio R$

Média de Permanência (dias)

Número de Óbitos

Mortalidade Hospitalar (%)

Clínica cirúrgica 2.369 18,6 895.183,81 21,7 377,87 2,5 16 0,7

Obstetrícia 2.240 17,5 719.390,20 17,4 321,16 3,0 4 0,2

Clínica médica 7.006 54,9 2.178.108,87 52,8 310,89 4,1 178 2,5

Cuidados prolongados (Crônicos) - - - - - - - -

Psiquiatria 235 1,8 43.502,22 1,1 185,12 5,6 - -

Tisiologia - - - - - - - -

Pediatria 917 7,2 290.722,83 7,0 317,04 5,4 22 2,4

Reabilitação - - - - - - - -

Psiquiatria - hospital dia - - - - - - - -

Total 12.767 100,0 4.126.907,93 100,0 323,25 3,7 220 1,7

Fonte: SIH/SUS

Nas tabelas que antecedem é importante observar e comparar o perfil de internações hospitalares da cidade de Jequié em relação ao Estado. Em Jequié é predominante as internações da especialidade de clínica médica, ultrapassando 54% e com uma mortalidade hospitalar abaixo da média estadual. Quanto à média de permanência está dentro do que se espera baseado na portaria 1.101/02 do Ministério da Saúde.

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6. ESTRUTURA ASSISTENCIAL DA UNIDADE DE ASSISTÊNCIA EM ALTA COMPLEXIDADE CARDIOVASCULAR DO HGPV

A Unidade de Assistência em Alta Complexidade Cardiovascular do HGPV dispõe de estrutura física e funcional, além de uma equipe assistencial devidamente qualificada e capacitada para a prestação de assistência aos portadores de doenças cardiovasculares, em pacientes com idade a partir de 12 anos. Neste sentido, em parceria, oferece assistência especializada e integral aos pacientes com doenças do sistema cardiovascular, atuando nas modalidades assistenciais descritas abaixo, conforme as diretrizes da Política Nacional de Humanização. A Saber:

a) O Hospital aderiu aos critérios da Política Nacional de Humanização, do Ministério da Saúde;

b) A Rede de Saúde Local, pública e privada através da UNIMED-Jequié, em cooperação com o GHPV promove ações de promoção e prevenção de doenças do sistema cardiovascular. Neste sentido, além da realização de ações de promoção e prevenção estas instâncias também participam de ações de detecção precoce destas doenças. As atividades são desenvolvidas de maneira articulada com os programas e normas definidas pelo Ministério da Saúde, Secretaria Estadual e Municipal de Saúde;

c) Realiza diagnóstico e tratamento destinado ao atendimento de pacientes portadores de doença do sistema cardiovascular, compondo a rede de assistência aos pacientes portadores de doenças cardiovasculares, incluindo:

1) Atendimento de urgência/emergência referida em cardiologia que funciona nas 24 horas.

2) Atendimento ambulatorial de cardiologia clínica conforme o estabelecido na rede de atenção pelo gestor público. Esta ação é desenvolvida em parceria com o Gestor Público Municipal. As consultas são realizadas nas unidades públicas e privadas conveniadas do Município, sendo agendadas através da demanda referenciada através da Central de Regulação da Assistência- CERAJE. Assim, mensalmente é ofertado uma média de 300 consultas.

3) Atendimento ambulatorial de angiologia e cirurgia vascular conforme, prestado em parceria com o Gestor Público Municipal. De modo semelhante às consultas, os procedimentos são realizados nas unidades públicas e privadas conveniadas do Município. A média ofertada é de aproximadaemtne 100 consultas/mês.

4) Quanto a exames de diagnose e terapia em cardiologia e vascular disponíveis para a Rede são realizados Ergometrias, Holter, Ecocardiograma e Ultra-sonografia com doppler colorido de três vasos.

5) O Hospital possui Leitos exclusivos de Internação ou de reserva programada, com salas de cirurgia que podem ser reservadas em turnos cirúrgicos exclusivos destinados às cirurgias eletivas. Também dispomos de salas para absorver as intercorrências cirúrgicas do pós-operatório.

6) O Hospital poderá dispor de leitos clínicos cardiovasculares exclusivos com a implantação do projeto.

7) A Unidade possui serviço de reabilitação, suporte e acompanhamento por meio de procedimentos específicos que promovam a melhoria das condições físicas e psicológicas do paciente atuando no preparo pré-operatório ou como complemento pós-cirúrgico no sentido da restituição da capacidade funcional. Para tanto o Hospital conta com um corpo de profissionais fisioterapeutas, Psicólogos, Terapeutas Ocupacionais e Assistentes Sociais.

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7 - INSTALAÇÕES FÍSICAS

O Hospital Geral Prado Valadares possui Alvará de Funcionamento e se enquadra nos critérios e normas estabelecidos pela legislação em vigor.

7.1. -Referência de pacientes e intercâmbio técnico científico.

O HGPV integra o sistema de referência e contra-referência hierarquizado pelas Secretarias Municipal e Estadual de Saúde, bem como participa dos programas de intercâmbio técnico científicos.

7.2 – Recursos Humanos

7.2.1. Responsável técnico da Unidade e em Implante de Marcapassos: Dr. Luiz Cláudio Teixeira de Rezende, médico Cirurgião Cardiovascular com certificado de Residência Médica na especialidade, emitido por Programa de Residência Médica reconhecido pelo Ministério da Educação e Cultura, em anexo. O referido profissional assume a responsabilidade técnica por apenas este serviço e reside no Município de Jequié.

7.2.2 Cirurgiões Cardiovasculares. Além do Responsável técnico a equipe conta ainda com Salvador Alves Pinto, médico Cirurgião Cardiovascular com certificado de Residência Médica na especialidade, emitido por Programa de Residência Médica reconhecido pelo Ministério da Educação e Cultura.

7.2.3 A Unidade hospitalar possui um quantitativo suficiente de médicos para atendimento de enfermaria e intercorrências clínicas e cirúrgicas do pós-operatório em cirurgia cardiovascular e nos implantes de marcapasso. O acompanhamento ambulatorial semanal é realizado através da rede municipal de Saúde e o HGPV disporá de ambulatório especializado em cardiologia.

7.3 Equipe de Saúde Básica e apoio Multidisciplinar:

Anestesistas, Cirurgiões Gerais, Cirurgião Vascular, Intensivista, Clínico Geral, Endoscopista, Patologista, Médico do Trabalho, Pneumologista, Endocrinologiasta, Pediatra, Obstetra, Ortopedista, Otorrino, Ulstrassonografista, Cardiologista, Neurologista, Emergencista, Nefrologista, Neonatologista, Oftalmologista, além de outras atividades profissionais como: Assistente Social, Fisioterapeuta, Farmacêutico, Técnico de Laboratório, Técnico em Radiologia, Nutricionista, Psicólogo, Terapeuta Ocupacional, Odontólogo Cirurgião Bucomaxilofacial, Psicopedagogo, Bioquímico e Auxiliares de Higienização.

7.4 - Materiais e Equipamentos

A unidade não possui todos os materiais e equipamentos necessários. Assim, a mesma carece de investimentos para cumprir integralmente as normas e exigências para o Credenciamento em Assistência e Alta Complexidade Cardiovascular, conforme portaria SAS no 123 de 28 de novembro de 2005. Neste sentido, estabeleceremos um paralelo entre a estrutura existente e as necessidades de investimento:

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Planilha 01. Comparativo da estrutura existente e necessária à implantação do Serviço:

Centro Cirúrgico:

Estrutura existente Necessidade de Investimento

1. 02 Sala de cirurgia de Emergência;

2. 01 Sala de cirurgia eletiva;

02 Oximetros de pulso;

02 Monitor de pressão não invasiva;

02 capnógrafos;

02 colchões térmicos;

02 desfibriladores com pás externas e internas;

02 marcapassos externos provisórios;

01 balão intraórtico;

01 monitor de transporte;

02 Monitores de pressão invasiva com dois canais

02 Focos cirurgico principal e auxiliar;

01 bomba extracorpórea por sala;

01 aquecedor de sangue;

01 respirador a volume, com misturador tipo blender microprocessado;

01 aparelho para controle de coagulação por TCA.

04 bombas de infusão, no mínimo;

02 termômetros termoeletrônicos.

A área Implante de Marcapasso Cardíaco Permanente (mesma da Hemodinâmica). Além dos equipamentos listados na sessão de cardiologia intervencionista serão necessários os abaixo listados.

Intervalômetro;

Ímã;

Eletrocardiógrafo de 12 derivações e 3 derivações simultâneas, podendo ser acoplado a microcomputador.

7.5 - Recursos Diagnósticos e Terapêuticos

7.5.1. Laboratório: Laboratório de Análises Clínicas que realize exames na unidade, disponíveis nas

24 horas do dia nas seguintes áreas: bioquímica, hematologia, microbiologia, gasometria, líquidos

orgânicos e uroanálise. O Laboratório está em processo de inscrição no Programa de Controle de

Qualidade.

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7.5.2. Unidade de Imagenologia: a unidade possui 01 equipamento de radiologia convencional de

500 mA fixo, além de 02 equipamentos de radiologia portáteis de 300 mA, Ecodopplercardiografia

Transtorácica está em fase de aquisição, assim como Ecodopplercardiografia Transesofágica. O HGPV

não possui Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética. Existe referencia para serviços de

tomografia Computadorizada no próprio município (inclusive de emergência), ao passo que a

necessidade de ressonância magnética será referenciada também para a rede conveniada. A unidade

participa de Programa de Controle de Qualidade.

Além dos meios diagnóstico existentes no HGPV, o Município (rede própria municipal e/ou

conveniada) possui ainda os seguintes serviços:

a) Eletrocardiografia;

b) Ergometria;

c) Holter;

d) Unidade de Cardiologia Intervencionista no ambiente do hospital (pleiteada neste projeto);

e) Hemoterapia disponível nas 24 horas do dia, por Agência Transfusional (AT) dentro do que rege a

Resolução RDC nº 151 de 21 de agosto de 2001, publicada no D.O. de 22/8/01.

Obs.: Os exames de Ressonância Magnética e Cintilografia de Perfusão Miocárdica serão realizados

em serviços de terceiros, instalados dentro ou fora da estrutura ambulatorial e hospitalar da

Unidade, rede esta devidamente formalizada de acordo com o que estabelece a Portaria SAS nº 494,

de 26 de agosto de 1999.

Deverá ser adquirido, no primeiro ano, conforme requerimento anterior, 01 Tomógrafo

computadorizado. Da mesma forma, nos primeiros seis (06) meses, equipamento para realização de

Ecodopplercardiografia Transesofágica.

7.5.3. Eletrofisiologia: O Serviço de Cirurgia Cardiovascular do HGPV fará referência dos

procedimentos eletrofisiológicos para o Laboratório de Eletrofisiologia, localizado na Capital do

Estado.

7.5.4. Unidade de Tratamento Intensivo: O HGPV possui 10 leitos de Terapia intensiva classificada

como tipo II, conforme Portaria GM/MS nº 3432, de 12 de agosto de 1998 e atende aos itens

específicos da Medicina Intensiva Pós-operatória de Cirurgia Cardiovascular, a exemplo de - Maca de

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transporte com cilindro de O2 - 1 para cada 15 leitos, Ventilador Mecânico para transporte - 1 para

cada 10 leitos exceto:

- Estufa para aquecimento de soluções - 1 para cada 15 leitos

- Balança eletrônica digital até 150 Kg - 1 por unidade

7.5.5 - Rotinas e Normas de Funcionamento e Atendimento

A Unidade está em fase de construção do protocolo de rotinas e normas. As rotinas e normas

abordarão todos os processos envolvidos na assistência e administração e contemplar os seguintes

itens:

a - Manutenção preventiva e corretiva de materiais e equipamentos;

b - Avaliação dos pacientes;

c - Indicação do procedimento cirúrgico;

d - Protocolos médico-cirúrgicos;

e – Protocolos de perfusão;

f - Protocolos de enfermagem;

g - Suporte nutricional;

h - Acompanhamento em Fisioterapia e Reabilitação Funcional;

i - Controle de Infecção Hospitalar ;

j - Acompanhamento ambulatorial dos pacientes;

k – Acompanhamento ambulatorial e registro único dos seus pacientes portadores de marcapassos;

l - Tecnovigilância nas complicações de implantes valvares que envolva a remoção da prótese;

m - Avaliação de satisfação do cliente; e

n - Escala dos profissionais em sobreaviso, das referências interinstitucional e dos serviços

terceirizados.

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8. COMPLEXIDADE EM PROCEDIMENTOS DA CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA

Unidade deverá ser estruturada fisicamente, uma vez que já possui uma equipe assistencial

devidamente qualificada e capacitada para a prestação de assistência aos portadores de doenças do

sistema cardiovascular.

8.1 – Recursos Humanos

a) O Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Procedimentos da Cardiologia Intervencionista

possui como responsável técnico o Dr Márcio Resende Archanjo, médico com certificado em área de

atuação em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, reconhecido pela Sociedade Brasileira de

Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista.

b) A equipe contará também com Dr. Wellington Borges Custódio, médico com certificado em área

de atuação em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, reconhecido pela Sociedade Brasileira

de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista.

c) O Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Procedimentos da Cardiologia Intervencionista

deverá contar com plantão, em caráter sobreaviso, para o atendimento nas 24 horas na totalidade

de sua estrutura.

8.2 - Exigências para a Unidade

8.2.1. Equipe Básica de Saúde será a mesma já descrita.

8.2.2 - Instalações Físicas

A Unidade deverá ser adequada fisicamente de modo a obedecer ao seguinte preceito legal: Portaria

da Agência de Vigilância Sanitária, nº 453, de 1 de junho de 1998, que estabelece as diretrizes básicas

de proteção radiológica.

O Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Procedimentos da Cardiologia Intervencionista do

HGPV deverá adquirir:

1) Equipamento de hemodinâmica fixo com as seguintes características mínimas:

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a. capacidade de aquisição de imagem digital em tempo real.

b. resolução: Matriz 512 x 512 x 8 bites a 30 quadros/segundo.

c. armazenamento de longo prazo das imagens: CD

- Polígrafo de no mínimo 3 derivações de ECG e 2 canais de pressão com possibilidade de registro

simultâneo

- Bomba injetora de contraste;

- Aparelho de coagulação por TCA na sala de hemodinâmica;

- Oxímetro de pulso;

- Monitor de pressão invasiva de dois canais, um por sala;

- Equipamento para cálculo de débito cardíaco;

- Material para reanimação cardiorespiratória e desfribilador externo;

- Marcapasso temporário, um por sala.

8.2.3 - Recursos Diagnósticos e Terapêuticos.

Já listados na sessão de cirurgia cardíaca (Ver item 2.4)

8.2.4 - Rotinas e Normas de Funcionamento e Atendimento

A Unidade está em fase de construção do protocolo de rotinas e normas. As rotinas e normas irão

abordar todos os processos envolvidos na assistência e administração e contemplar os seguintes

itens:

a - Manutenção preventiva e corretiva de materiais e equipamentos;

b - Avaliação dos pacientes

c - Indicação do procedimento hemodinâmico;

d – Protocolos Assistenciais em Procedimentos em Cardiologia Intervencionista;

e - Protocolos de enfermagem;

f - Controle de Infecção Hospitalar;

g - Acompanhamento ambulatorial dos pacientes;

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h - Tecnovigilância nas complicações de implantes;

i - Avaliação de satisfação do cliente

j - Escala dos profissionais em sobreaviso, das referências interinstitucional e dos serviços

terceirizados.

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9. CONCLUSÃO

Baseado na realidade em que está inserido o Hospital Geral Prado Valadares, sabe-se que, para

atingir a plenitude deste projeto deverão ser realizadas profundas modificações estruturais, tanto do

ponto de vista físico quanto da mentalidade vigente, com muito trabalho e dedicação.

Tem que obrigatoriamente observar a estrutura, meios diagnósticos, formação de profissionais

colaboradores.

A Gestão do HGPV tem discutido com a comunidade hospitalar, com os Gestores do nível Central da

SESAB e com os profissionais Dr. Marcio Archanjo e Luiz Claudio Rezende acerca da importância de se

preparar “alternativas” para não ocorrer futuramente o que muitas vezes vê-se na imprensa nacional

sobre a situação caótica de alguns hospitais do SUS.

Não cabe fazer juízo de valor sobre este aspecto, mas sem dúvida, dentro do contexto em que se

pretende desenvolver o citado trabalho, este deve ser levado em consideração pela sua amplitude e

melhoria e ampliação tecnológica e operacional dos serviços do Hospital, o que traz benefícios

imensuráveis para a população.

Este será criado para ser em primeiro lugar agregador de valor, ser um transformador de atitude,

formador de opinião e formador de profissionais de saúde. Deverá seguir sempre a premissa de

atender aos pacientes, independente de classe social, raça, credo ou opinião política.