Serviço de Cirurgia Torácica e Endoscopia Respiratória Hospital Universitário Evangélico de...
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Serviço de Cirurgia Torácica e Endoscopia RespiratóriaHospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC)
Faculdade Evangélica do Paraná (FEPAR)
SECTER FEPAR
PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO PRIMÁRIO (PEP)
AINDA HÁ INDICAÇÃO DE TRATAMENTO CONSERVADOR?
DEFINIÇÃO
A PRESENÇA DE AR LIVRE NA CAVIDADE PLEURAL, NA AUSÊNCIA DE CAUSA TRAUMÁTICA OU IATROGÊNICA
Light RW.Baltimore 1995 (1)
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Dr Sidon Mendes de Oliveira
CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS
FOI A PRIMEIRA DOENÇA RECONHECIDA NO ESPAÇO PLEURAL – REFERE-SE A ABERTURA DO TORAX P/ DRENAGEM DE EMPIEMA PLEURAL. (Hipócrates)
DESCOBRIU-SE ENFISEMA SUB-CUTÂNEO SEGUNDÁRIO À FRATURA DE COSTELA SEM MENCIONAR PRESENÇA DE PNEUMOTÓRAX. (Ambroise Paré 1623)
RUPTURA ESPONTÂNEA DE ESOFAGO COM PRESENÇA DE AR NA CAVIDADE PLEURAL COM COLAPSO PULMONAR, E FOI O PRIMEIRO A RELATAR À OCORRÊNCIA DE PNEUMOTÓRAX
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CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS
NA AUSÊNCIA DE UM TRAUMA TORÁCICO EXTERNO (Boerhaave1724)
PELA PRIMEIRA VEZ O USO DO TERMO PNEUMOTÓRAX (Etard1803)
Laennec (1826) DESCOBRIU AS CARACTERISTICA CLÍNICAS e PARA MUITOS O PNEUMOTÓRAX FOI CONSIDERADO COMPLICAÇÃO DE TUBERCULOSE
O PRIMEIRO A ENFATIZAR A ETILOGIA NÃO TUBERCULOSA NA MAIORIA DOS PACIENTES (Kjaergaard 1832)
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CLASSIFICAÇÃO DO PNEUMOTÓRAX
ESPONTÂNEO PRIMÁRIO (PEP)
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QUANTO A ETIOLOGIA
PRIMÁRIO: AUSÊNCIA DE DOENÇA PULMONAR APARENTEJOVENS MAGROS E LONGILÍNEOS
FUMANTES - 6/1 DE PREDOMINÂNCIA NO HOMEM - Ocorre espontaneamente, e na maioria é difícil a detecção de doença pulmonar subjacente, por isso chamado espontâneo primário ou idiopático, por ruptura de vesículas (blebs) ou bolhas(Bullae).
SECUNDÁRIO: COM DOENÇA PULMONAR APARENTEDPOCASPIRAÇÃONEOPLASIADOENÇAS CÍSTICAS (Histocitose x Síndrome de Marfan)INFLAMATÓRIO (Pneumonia com Pneumatocele, Tuberculose)NEONATAL
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CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TAMANHO
Nossa classificação ACCP BTS
<20% da área do HTPequeno <25-30% da área do HT <3 cm dist cúpula –ápice
Pequeno halo
do pulmão de área cir-
cundando o pulmão
Moderado 30 – 40% 25 – 30% da área do HT Pulmão
colapsado até a metade
lateral do HT
Grande >40% >25–30% da área do HT > 3cm dist. Cúpula–
Pulmão total- ápice do pulmão mente
Colap- sado.(2)
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CONSENSUS CONFERENCEMANAGEMENT OF SPONTANEOUS
PNEUMOTORAX A C C P e B T S
Baumann et al., Chest, 2001; 119:590 – 602(4)
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PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO PRIMÁRIO
(PEP)
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TAMANHO (PEP)SECTER FEPAR
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PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO PRIMÁRIO
(PEP)CAUSAS PRINCIPAIS DE PEP
BLEBSDPOCNEOPLASIASTUBERCULOSECATEMENIALAIDSPCP(pneumocystis carinii)Ruptura espontânea do esôfago
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Fatores a serem considerados na abordagem terapêutica do pneumotórax
Tamanho do pneumotóraxIntensidade dos sintomas e repercussão clínicaPrimeiro episódio ou recorrênciaPneumotórax simples ou complicado (p.ex
hemotórax ou infecção)Doenças pulmonares associadasOutras doenças ou traumas associadosVentilação mecânicaOcupação do paciente
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PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO PRIMÁRIO
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Quadro Clínico:AssintomáticoDor aguda continua, tipo pleurítica do lado
acometidoDispnéiaTosse secaHipertensivo – choque por bloqueio circulatório
– Emergência Médica.
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Exame Físico:Taquipnéia com respiração superficialDiminuição ou ausência de frêmito toraco-
vocalSupersonoridade ou timpanismo à percussãoDiminuição ou abolição do murmúrio
vesicularHipertensivo: insuficiência respiratória,
estase de jugulares e choque.
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(PEP)
Freqüência de recorrência com tratamento conservador:
Depois do primeiro episódio 20 – 50%Após o segundo episódio de 50 – 80%
O intervalo de recorrência é variado, sendo maior nos primeiros meses.
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(PEP)
DIAGNÓSTICO DO PEP:História clínica, exame físicoConfirmação e quantificação - métodos de imagensOcorre normalmente em repousoDor torácica (tipo pleurítica)Dispnéia e/ou TaquipnéiaEnfisema sub-cutâneo e mediastínico(dependendo da causa)Rx de tórax simples (confirma diagnóstico)Tc de tórax(suspeita de bolhas no rx de tórax)
Obs.: é produzido e geralmente tão característico, que todas as outras condições podem ser excluídas, pela história, exame físico e achados radiológicos ou de imagens.
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Diagnóstico Diferencial:Infarto do miocárdioPneumoniaEmbolia PulmonarDerrame pleuralPericarditeNeurite Intercostal
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Diagnóstico por Imagem
Radiografia de tórax: Linha da pleuraTomografia de tórax: suspeita de Blebs
ou BolhasExames para orientação de
diagnóstico diferencial.
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CONDUTA NO PNEUMOTÓRAX PRIMÁRIO
Os objetivos de tratamento diminuir os sintomasimpedir às complicações evitar as recidivas
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TRATAMENTO DO PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO PRIMÁRIO
A escolha do tratamento é baseado na intensidade e duração dos sintomas
Pré-existência de doenças pulmonaresHistória de episódios anterioresAtividade profissional (atitudes mais
invasivas)Desde a conduta expectante até a conduta
mais invasiva
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PEP (CONDUTA)A) Pneumotórax pequeno e doente estável primário
(primeiro episódio)Observação e repouso, com oxigênio, por 3 a 6 h,
novo Rx se reexpansão adequada liberar.Retornar dentro 12 a 48 h pedir novo Rx.
(Obs:presença de bolhas indicação de CTVA)Internar com a mesma conduta se tiver dificuldade
de retorno, ou sua atividade profissional
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(PEP)
PEP (CONDUTA)
Secundário: Deve ser sempre hospitalizado com as observações acima e conduta mais invasiva, como drenagem torácica com dreno fino(12F) tipo”pig tail” ou válvula tipo “Heimlich” com válvulas unidirecionais, ou drenagem tubular simples em frasco com selo d’água.
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B) Grande pneumotórax doente estável e primário (primeiro episódio)
Hospitalização, sedação, repouso, oxigênio, drenagem tubular em selo d’água - se pulmão não expandir aplicar sucção (aspiração com pressão negativa)
Possibilidade de receber alta após reexpansão total sem fuga aérea com retorno ambulatorial
Secundário: hospitalização e conduta idêntica ao primeiro
(se não melhorou do colapso - pressão negativa)(presença de bolhas no exame de imagem
indicação de CTVA)
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C) PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO DOENTE CLINICAMENTE INSTÁVEL
(grande pneumotórax com desvio do mediastino)
Hospitalização, reexpansão pulmonar com tubo calibroso dependendo da instabilidade.
Se o doente necessita de ventilador, tubo calibrosoSe o pulmão não expande aplicar sucçãoObs.: o cateter fino ou válvula unidirecional só
poderá ser usada com a estabilidadeClinica e com imediata evacuação do espaço pleural
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Secundário: Hospitalização e reexpansão com dreno calibroso em selo d’água
Sucção idêntica ao primeiro (se presença de bolhas, indicação de CTVA).
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PREVENÇÃO DA RECEDIVAPNEUMOTÓRAX PRIMÁRIO
Reservada para o segundo episódio (85%).Oferece uma intervenção no primeiro episódio em
qualquer circunstância (15%).
PNEUMOTÓRAX SECUNDÁRIO No primeiro episódio (81%). No segundo (19%).
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PREVENÇÃO DA RECIDIVA
PROCEDIMENTO Toracoscopia e ou CTVA Bulectomia + pleurodese abrasiva
e/ou química Toracotomia axilar Pleurectomia na metade sup do HT
Instilação de substâncias esclerosantes por CTVA, salvo se
contra indicação cirúrgica ou recusa pelo doente (17)
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Conclusão INo pneumotórax espontâneo primário, no primeiro
episódio, com <20% de comprometimento da cavidade torácica ou <3cm a dist, cúpula –ápice, clinicamente estável e assintomático, poderá manter o paciente em observação e repouso, com controle clínico constante e radiológico a cada 24 horas. Orientação de suas atividades profissionais, permanecendo próximo à instituição médica (4)
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Conclusão II O PEP mantido com tratamento
conservador, tem que ser observado às vezes por semanas, pela difícil absorção de ar (nitrogênio) da cavidade pleural, que tem uma absorção lenta de APENAS 1,5% do ar diariamente para sua reexpansão completa (2)
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Conclusão III Aumento do pneumotórax para 30-
40% do HT ou >3cm à dist, cúpula – ápice com qualquer sintoma aparente, são indicações de intervenção com indicação de toracostomia com drenagem fechada, sendo o tratamento de escolha (9)
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Conclusão IV Nos pacientes submetidos à pressão
positiva, a drenagem é sempre obrigatória, pois os risco de desenvolvimento de um pneumotórax hipertensivo, não justificam a conduta conservadora (9)
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Conclusão V A CTVA para ressecções de bolhas
e/ou pleurodese e pleurectomia apical, por ser procedimentos minimamente invasivo, assume papel de destaque, sendo a opção de tratamento cirúrgico em casos selecionados mesmo no primeiro episódio do pneumotórax espontâneo primário (20,21)
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Conclusão VINos casos de fístulas persistentes no PEP:Aguardar 4 a 5 dias p/ o fechamento espontâneoSe não fechar deve ser proposto cirurgia p/
fechamento, e realização de pleurodese para prevenir recidiva.
Cirurgia preferida: CTVANão deve inserir outro dreno, e nem resolve realizar
fibrobroncoscopia com o intuito de fechamento da fístula.
Indicar a pleurodese por instilação de esclerosantes pelo dreno, somente se houver contra indicação ou recusa do paciente pela cirurgia proposta (Slurry).
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