Servico social 2009_4_3

47
SERVIÇO SOCIAL Autores Professora Especialista Edilene Maria de Oliveira Araújo Professora Ma. Amirtes Menezes de Carvalho de Silva Professora Ma. Angela Cristina Dias do Rego Catonio Professora Ma. Maria Clotilde Pires Bastos Educação sem fronteiras 4 Anhanguera Publicações Valinhos/SP, 2009 www.interativa.uniderp.br www.unianhanguera.edu.br 00_Abertura_SSocial_4Sem.indd 1 5/28/09 3:24:30 PM

Transcript of Servico social 2009_4_3

Page 1: Servico social 2009_4_3

SERVIÇO SOCIAL

AutoresProfessora Especialista Edilene Maria de Oliveira Araújo

Professora Ma. Amirtes Menezes de Carvalho de SilvaProfessora Ma. Angela Cristina Dias do Rego Catonio

Professora Ma. Maria Clotilde Pires Bastos

Educaçãosem fronteiras

4

Anhanguera PublicaçõesValinhos/SP, 2009

www.interativa.uniderp.brwww.unianhanguera.edu.br

00_Abertura_SSocial_4Sem.indd 1 5/28/09 3:24:30 PM

Page 2: Servico social 2009_4_3

© 2009 Anhanguera PublicaçõesProibida a reprodução fi nal ou parcial por qualquer meio deimpressão, em forma idêntica, resumida ou modifi cada em línguaportuguesa ou qualquer outro idioma.Impresso no Brasil 2009

ANHANGUERA EDUCACIONAL S.A.CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPO GRANDE/MS

PresidenteProf. Antonio Carbonari Netto

Diretor AcadêmicoProf. José Luis Poli

Diretor AdministrativoAdm. Marcos Lima Verde Guimarães Júnior

CAMPUS I

ChancelerProfa. Dra. Ana Maria Costa de SousaReitorProf. Dr. Guilherme Marback NetoVice-ReitorProfa. Heloísa Helena Gianotti PereiraPró-ReitoresPró-Reitor Administrativo: Adm. Marcos Lima Verde Guimarães JúniorPró-Reitora de Graduação: Profa. Heloisa Helena Gianotti Pereira Pró-Reitor de Extensão, Cultura e Desporto: Prof. Ivo Arcângelo Vendrúsculo Busato

ANHANGUERA EDUCACIONAL S.A.UNIDERP INTERATIVA

DiretorProf. Dr. Ednilson Aparecido Guioti

CoodernaçãoProf. Wilson Buzinaro

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICAProfa. Terezinha Pereira Braz / Profa. Aparecida Lucinei Lopes Taveira Rizzo / Profa. Maria Massae Sakate /Profa. Adriana Amaral Flores Salles / Profa. Lúcia Helena Paula Canto (revisora)

PROJETO DOS CURSOSAdministração: Prof. Wilson Correa da Silva / Profa. Mônica Ferreira SatolaniCiências Contábeis: Prof. Ruberlei BulgarelliEnfermagem: Profa. Cátia Cristina Valadão Martins / Profa. Roberta Machado PereiraLetras: Profa. Márcia Cristina Rocha FiglioliniPedagogia: Profa. Vivina Dias Sol QueirozServiço Social: Profa. Maria de Fátima Bregolato Rubira de Assis / Profa. Ana Lúcia Américo AntonioTecnologia em Gestão e Marketing de Pequenas e Médias Empresas: Profa. Fabiana Annibal Faria de Oliveira BiazettoTecnologia em Gestão e Serviço de Saúde: Profa. Irma MarcarioTecnologia em Logística: Prof. Jefferson Levy Espindola DiasTecnologia em Marketing: Prof. Jefferson Levy Espindola DiasTecnologia em Recursos Humanos: Prof. Jefferson Levy Espindola Dias

ANHANGUERA PUBLICAÇÕES

DiretorProf. Diógenes da Silva Júnior

Gerente AcadêmicoProf. Adauto Damásio

Gerente AdministrativoProf. Cássio Alvarenga Netto

Ficha Catalográfi ca realizada pela BibliotecáriaAlessandra Karyne C. de Souza Neves – CRB 8/6640

S514 Serviço social / Edilene Maria de Oliveira Araújo ...[et al.]. - Valinhos : Anhanguera Publicações, 2009. 256 p. - (Educação sem fronteiras ; 4).

ISBN: 978-85-62280-44-3

1. Comunicação – Metodologia da pesquisa. 2. Direito – Legislação social. 3. Movimento social. I. Araújo, Edilene Maria de Oliveira. II. Título. III. Série.

CDD: 360

00_Abertura_SSocial_4Sem.indd 2 5/28/09 3:24:30 PM

Page 3: Servico social 2009_4_3

Nossa Missão, Nossos Valores_______________________________

A Anhanguera Educacional completa 15 anos em 2009. Desde sua fundação, buscou a ino-

vação e o aprimoramento acadêmico em todas as suas ações e programas. É uma Instituição de

Ensino Superior comprometida com a qualidade dos cursos que oferece e privilegia a preparação

dos alunos para a realização de seus projetos de vida e sucesso no mercado de trabalho.

A missão da Anhanguera Educacional é traduzida na capacitação dos alunos e estará sempre

preocupada com o ensino superior voltado às necessidades do mercado de trabalho, à adminis-

tração de recursos e ao atendimento aos alunos. Para manter esse compromisso com a melhor

relação qualidade/custo, adotaram-se inovadores e modernos sistemas de gestão nas instituições

de ensino. As unidades no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas

Gerais, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul preservam a missão e difundem os valores

da Anhanguera.

Atuando também no Ensino a Distância, a Anhanguera Educacional orgulha-se de poder es-

tar presente, por meio do exemplar trabalho educacional da Uniderp Interativa, nos seus pólos

espalhados por todo o Brasil.

Boa aprendizagem e bons estudos!

Prof. Antonio Carbonari Netto

Presidente — Anhanguera Educacional

00_Abertura_SSocial_4Sem.indd 3 5/28/09 3:24:31 PM

Page 4: Servico social 2009_4_3

.

00_Abertura_SSocial_4Sem.indd 4 5/28/09 3:24:31 PM

Page 5: Servico social 2009_4_3

AULA 1 — A Base do Pensamento Econômico

Apresentação____________________

A Universidade Anhanguera/UNIDERP, ao longo de sua existência, prima pela excelência no

desenvolvimento de seu sólido projeto institucional, concebido a partir de princípios modernos,

arrojados, pluralistas, democráticos.

Consolidada sobre patamares de qualidade, a Universidade conquistou credibilidade de par-

ceiros e congêneres no país e no exterior. Em 2007, sua entidade mantenedora (CESUP) passou

para o comando do Grupo Anhanguera Educacional, reconhecido pelo compromisso com a

qualidade do ensino, pela forma moderna de gestão acadêmico-administrativa e pelos propósi-

tos responsáveis em promover, cada vez mais, a inclusão e a ascensão social.

Reconhecida pela ousadia de estar sempre na vanguarda, a Universidade impôs a si mais um

desafio: o de implantar o sistema de ensino a distância. Com o propósito de levar oportunida-

des de acesso ao ensino superior a comunidades distantes, implantou o Centro de Educação a

Distância.

Trata-se de uma proposta inovadora e bem-sucedida, que, em pouco tempo, saiu das frontei-

ras do Estado do Mato Grosso do Sul e se expandiu para outras regiões do país, possibilitando o

acesso ao ensino superior de uma enorme demanda populacional excluída.

O Centro de Educação a Distância atua por meio de duas unidades operacionais: a Uniderp

Interativa e a Faculdade Interativa Anhanguera(FIAN). Com os modelos alternativos ofereci-

dos e respectivos pólos de apoio presencial de cada uma das unidades operacionais, localizados

em diversas regiões do país e exterior, oferece cursos de graduação, pós-graduação e educação

continuada, possibilitando, dessa forma, o atendimento de jovens e adultos com metodologias

dinâmicas e inovadoras.

Com muita determinação, o Grupo Anhanguera tem dado continuidade ao crescimento da

Instituição e realizado inúmeras benfeitorias na estrutura organizacional e acadêmica, com re-

flexos positivos nas práticas pedagógicas. Um exemplo é a implantação do Programa do Livro-

Texto – PLT, que atende às necessidades didático-pedagógicas dos cursos de graduação, viabiliza

a compra, pelos alunos, de livros a preços bem mais acessíveis do que os praticados no mercado

e estimula-os a formar a própria biblioteca, promovendo, assim, a melhoria na qualidade de sua

aprendizagem.

É nesse ambiente de efervescente produção intelectual, de construção artístico-cultural, de

formação de cidadãos competentes e críticos, que você, acadêmico(a), realizará os seus estudos,

preparando-se para o exercício da profissão escolhida e uma vida mais plena na sociedade.

Prof. Guilherme Marback Neto

00_Abertura_SSocial_4Sem.indd 5 5/28/09 3:24:31 PM

Page 6: Servico social 2009_4_3

.

00_Abertura_SSocial_4Sem.indd 6 5/28/09 3:24:31 PM

Page 7: Servico social 2009_4_3

.

Autores____________________

AMIRTES MENEZES DE CARVALHO E SILVA

Graduação: Pedagogia – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS – 1998

Pós-graduação: Fundamentos da Educação – Área de Concentração: Psicologia da Educação – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS – 2001

Mestrado: Em Educação – Área de Concentração: Psicologia – Universidade de Mato Grosso do Sul – UFMS – 2003

EDILENE MARIA DE OLIVEIRA ARAÚJO

Graduação: Serviço Social – Faculdades Unidades Católica de Mato Grosso – FUCMT – 1986

Pós-graduação Lato Sensu: Formação de Formadores em Educação de Jovens e Adultos – Universidade Nacional de Brasília – UNB – 2003

Pós-graduação Lato Sensu: Gestão de Iniciativas Sociais – Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ – 2002

Pós-graduação Lato Sensu: Administração em Marketing e Comércio Exterior – UCDB – 1998

ANgELA CRISTINA DIAS DO REgO CATONIO

Graduação: Letras – Língua Portuguesa e Língua Inglesa/Universidade Católica Dom Bosco – UCDB, Campo Grande/MS – 1996

Especialização: Comunicação Social/Universidade Metodista de São Paulo – UMESP, São Paulo/SP, 1999

Mestrado: Comunicação Social/Universidade Metodista de São Paulo – IMESP, São Bernardo do Campo/SP, 2000

MARIA CLOTILDE PIRES BASTOS

Graduação: Pedagogia com Habilitação em Administração e Supervisão Escolar de 1º e 2º Graus – Universidade Católica Dom Bosco – UCDB – 1981

Pós-graduação Lato Sensu: Metodologia do Ensino Superior – Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal – UNIDERP – 1988

Pós-graduação Strictu Sensu: Educação – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS – 1997

00_Abertura_SSocial_4Sem.indd 7 5/28/09 3:24:31 PM

Page 8: Servico social 2009_4_3

00_Abertura_SSocial_4Sem.indd 8 5/28/09 3:24:31 PM

Page 9: Servico social 2009_4_3

Sumário____________________

MÓDULO – COMUNICAÇÃO E METODOLOgIA DA PESQUISA

UNIDADE DIDÁTICA – ESTÁgIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO SOCIALAULA 1

Estágio supervisionado e a prática do saber ...................................................................................... 3

AULA 2

Legislação e a profissão do assistente social ....................................................................................... 13

UNIDADE DIDÁTICA – COMUNICAÇÃO SOCIAL AULA 1

Linguagem e sua função social ........................................................................................................... 23

AULA 2

Modalidades verbais e não verbais na comunicação ......................................................................... 29

AULA 3

Comunicação: conceitos e modelos ................................................................................................... 33

AULA 4

Funções da linguagem e tipos de comunicação ................................................................................. 38

AULA 5

Habilidades em comunicação ............................................................................................................. 42

AULA 6

Comunicação e novas tecnologias da comunicação ......................................................................... 46

AULA 7

Relações humanas ............................................................................................................................... 49

AULA 8

Comportamento e moda .................................................................................................................... 51

UNIDADE DIDÁTICA – METODOLOgIA DA PESQUISA CIENTÍFICAAULA 1

O conhecimento e a ciência ................................................................................................................ 59

AULA 2

O método científico ............................................................................................................................ 63

AULA 3

O processo de pesquisa ....................................................................................................................... 67

AULA 4

A pesquisa qualitativa ......................................................................................................................... 72

AULA 5

Leitura e registro ................................................................................................................................. 76

AULA 6

Apresentação de trabalhos acadêmicos – Normas da ABNT ............................................................ 79

SEMINÁRIO INTEGRADO ..................................................................................................................... 94

00_Abertura_SSocial_4Sem.indd 9 5/28/09 3:24:32 PM

Page 10: Servico social 2009_4_3

MÓDULO – DIREITO SOCIAL E MOVIMENTOS SOCIAIS

UNIDADE DIDÁTICA – DIREITO E LEgISLAÇÃO SOCIALAULA 1

A aplicabilidade do direito no serviço social ..................................................................................... 97

AULA 2

A pessoa e seu inter-relacionamento social ....................................................................................... 106

AULA 3

A institucionalização da sociedade ..................................................................................................... 118

AULA 4

O direito familiar ................................................................................................................................ 132

AULA 5

A estruturação dos direitos constitucionais e as garantias fundamentais: direitos humanos

e cidadania ........................................................................................................................................... 143

AULA 6

O direito infraconstitucional e suas aplicações no serviço social – a legislação social e a proteção

da sociedade ........................................................................................................................................ 160

AULA 7

O direito trabalhista e as relações políticas de trabalho .................................................................... 169

AULA 8

O direito previdenciário – sistema brasileiro de seguridade social .................................................. 193

UNIDADE DIDÁTICA – MOVIMENTOS SOCIAISAULA 1

Movimentos sociais ............................................................................................................................. 209

AULA 2

Aspectos teóricos – histórico dos movimentos sociais no Brasil ...................................................... 212

AULA 3

Movimentos sociais e cidadania ......................................................................................................... 215

AULA 4

Políticas sociais – a contribuição dos movimentos sociais ............................................................... 218

AULA 5

A sociedade civil e a construção de espaços públicos ........................................................................ 221

AULA 6

O caráter educativo do movimento social popular ........................................................................... 223

AULA 7

Os movimentos sociais e a articulação entre educação não formal e sistema formal de ensino .... 226

AULA 8

Movimentos sociais em suas diferentes expressões ........................................................................... 229

AULA 9

Tendências dos movimentos sociais na realidade brasileira contemporânea .................................. 232

AULA 10

Redes de ações coletivas ...................................................................................................................... 239

SEMINÁRIO INTEGRADO ..................................................................................................................... 243

00_Abertura_SSocial_4Sem.indd 10 5/28/09 3:24:32 PM

Page 11: Servico social 2009_4_3

COMUNICAÇÃO E METODOLOGIA

DA PESQUISA

Módulo

Professora Ma. Maria Clotilde Pires Bastos

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 57 5/19/09 8:43:23 AM

Page 12: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

58

Apresentação

Prezado Aluno,

Nesta Unidade Didática você refletirá sobre o processo de investigação científica no Serviço Social.

O módulo Metodologia Científica foi pensado para trazer até você as questões mais atuais que estão re-

lacionadas ao processo de construção do conhecimento científico, o processo de investigação científica e as

indagações acerca do método em ciências sociais. Nessa perspectiva, as temáticas eleitas visam subsidiá-los

nos conhecimentos necessários para o entendimento da ciência, do método científico, o reconhecimento das

ciências sociais como campo científico, além da normalização de trabalhos acadêmicos.

Para que você possa aproveitar melhor os estudos, verifique a bibliografia indicada na lista de referências,

as sugestões indicadas no material impresso e online, bem como as atividades solicitadas em cada aula.

Seremos parceiros nesta caminhada; contudo, lembre-se de que o curso depende muito de você e que sua

participação é fundamental.

Bom trabalho!

Professora Ma. Maria Clotilde Pires Bastos

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 58 5/19/09 8:43:23 AM

Page 13: Servico social 2009_4_3

AULA 1 — O Conhecimento e a Ciência

59

Conteúdo

• O processo histórico de construção da ciência moderna

• Diferentes tipos de conhecimento

• Definição de Ciência

Competências e habilidades

• Conhecer o processo de construção da ciência moderna

• Identificar diferentes tipos de conhecimento

• Caracterizar a ciência e o conhecimento científico

Textos e atividades para autoestudo disponibilizados no Portal

Verificar no Portal os textos e atividades disponibilizados na galeria da unidade.

Duração

2 h/a – via satélite com o professor interativo

2 h/a – presencial com professor local

6 h/a – mínimo sugerido para autoestudo

AULA

1____________________

O CONHECIMENTO E A CIÊNCIA

Un

idad

e D

idát

ica

– M

eto

do

log

ia d

a Pe

squ

isa

Cie

ntí

fica

O PROCESSO HISTÓRICO DE CONSTRUÇÃO

DA CIÊNCIA MODERNA

A busca de explicações racionais acerca dos fe-

nômenos do mundo acompanha os seres humanos

há muito tempo, entretanto as explicações pauta-

das em critérios de comprovação e objetividade, tal

como modernamente se concebe, nasceu no século

XVII em meio a grandes transformações no contex-

to social. Nessa época, configurou-se o movimento

denominado “Renascimento Científico” cujo aspec-

to principal foi o de romper com as tradicionais for-

mas de conhecer, lançando as bases para uma nova

concepção de saber.

As transformações ocorridas no pensamento

científico estiveram vinculadas a outros aconteci-

mentos importantes e que representaram profun-

das modificações na estrutura social, tais como a

emergência da burguesia, o desenvolvimento da

economia capitalista, a revolução industrial etc.

A burguesia emergente valorizava o trabalho ma-

nual e a expansão dos seus domínios requeria o de-

senvolvimento de invenções e tecnologia, de modo a

dominar a natureza utilizando seus recursos de to das

as formas. A Revolução Industrial acelerou esse pro-

cesso, pois a racionalização do trabalho e a pro dução

e comercialização em larga escala exigiam a constru-

ção de equipamentos cada vez mais sofisticados.

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 59 5/19/09 8:43:24 AM

Page 14: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

60

Assim também nasce um novo homem crente no

poder da razão e da transformação do mundo. Dife-

rente do homem medieval, que temia a Deus e bus-

cava na vida após a morte as recompensas por uma

vida sem pecados, o homem que nascia no interior

dessas transformações recolocava-se como figura

central e retomava o domínio da sua vida.

Dessa forma, o conhecimento aceito é aquele

mar cado pela razão, experimentação, demonstração

e comprovação, utilizando o método científico, cri-

térios diferentes dos até então aceitos, fundamenta-

dos especialmente na revelação e autoridade divina.

O novo método científico mostrou-se fecundo e

aos poucos foi adaptado a outros campos de pesqui-

sa, fazendo surgir diversas ciências particulares.

Segundo Morais (1988), a preocupação científica

já estava presente na Idade Antiga, entretanto, gre-

gos e romanos favoreceram o desenvolvimento das

chamadas ciências formais pois não consideravam

a experimentação como algo importante. Para os

gregos, havia o desprezo pelas atividades manuais,

consideradas menos nobres, sendo as atividades da

“razão” consideradas elevadas. Já os romanos, cujas

preocupações eram mais pragmáticas, não valoriza-

vam a experimentação.

Já na Idade Média, tendo em vista o predomínio

da visão religiosa, não havia condições para o de-

senvolvimento do pensamento científico.

Assim, somente quando o homem recoloca-se

no centro dos fatos históricos e busca compreender

a natureza sem medo de profaná-la, é que se tor-

na possível o desenvolvimento do racionalismo e

experimentalismo científico. Morais (1988) afirma

que na Idade Moderna, especialmente a partir do

Renascimento, são oferecidas as condições objetivas

para a transformação da concepção do pensamento

até então predominante.

Sem dúvida, o que se observa é que, muito em-

bora o pensamento científico estivesse manifesto

ao longo da história humana, foi a partir do desen-

volvimento do experimentalismo que se criou uma

atitude mental diferenciada em face do mundo na-

tural, condição necessária para o desenvolvimento

do pensamento científico moderno.

Assim é que a partir do século XVII o conheci-

mento científico passa a ser reconhecido como um

tipo de conhecimento específico separando-se do

conhecimento filosófico e no século XIX o otimis-

mo cientificista foi tal que muitos autores afirma-

vam que somente a ciência poderia oferecer todas as

explicações a partir do método científico.

Para Morais (1988), há uma questão importante

a ser tratada no que se refere à atividade científi-

ca: será a ciência una ou dividida? Quando se pensa

nas suas finalidades, pode-se afirmar que é una, mas

quando se considera a amplitude de objetos passí-

veis de serem investigados, também será dividida.

Chauí (2000, p. 260) pondera que “ciências, no plu-

ral, refere-se às diferentes maneiras de realização do

ideal de cientificidade, segundo os diferentes fatos

investigados e os diferentes métodos e tecnologias

empregadas”. Seguindo a classificação apresentada

pela autora, as ciências podem ser divididas em: ma-

temáticas ou lógico-matemáticas, ciências naturais,

ciências humanas ou sociais e ciências aplicadas.

O breve histórico apresentado demonstra que a

sociedade ocidental contemporânea desenvolveu

um ideal de cientificidade baseado principalmente

na demonstração e prova, cujos aspectos principais

são: distinção entre sujeito e objeto, criação de uma

linguagem específica e própria, importância do mé-

todo, uso de instrumentos tecnológicos etc. Isso leva

à crença de que os resultados obtidos pela ciência

ocorrem de forma independente do desejo, convic-

ção e interesse do cientista, portanto a ciência seria

neutra. Essa visão cientificista parte do pressuposto

de que a ciência pode conhecer tudo e esse conheci-

mento permitirá manipular tecnicamente a realida-

de de forma ilimitada. Essa forma de encarar a ciên-

cia traz no seu interior a possibilidade de exercer o

controle sobre o pensamento humano agindo como

uma forma de controle social; é a chamada ideolo-

gia da competência. Nesse sentido, a sociedade está

formada por pessoas que sabem (competentes) e as

que não sabem, cabendo às primeiras o direito de

exercer o comando e controle sobre as demais, que

deverão executar as determinações.

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 60 5/19/09 8:43:24 AM

Page 15: Servico social 2009_4_3

AULA 1 — O Conhecimento e a Ciência

61

Outro aspecto importante a ser considerado

quan to à ciência moderna é sua ligação íntima com

a técnica. Originalmente, técnica (do grego téchne)

mais se aproximava da arte no sentido de habilida-

de; com o desenvolvimento do conhecimento cien-

tífico, também houve a possibilidade da construção

de instrumentos para ampliar e potencializar suas

funções. Morais (1988, p. 51) afirma que “houve um

tempo em que se ensinava que a ciência é o conheci-

mento, e a técnica, a aplicação desse conhecimento”.

A ciência moderna, levando à construção de instru-

mentos que possibilitam conhecimentos mais exa-

tos, transforma a técnica em tecnologia, objetiva o

conhecimento por meio de um objeto técnico.

Em face do desenvolvimento do modelo produ-

tivo capitalista, a ciência e a tecnologia tornaram-se

parte integrante da atividade econômica e assim o

montante de recursos financeiros a serem destina-

dos a pesquisas científicas são definidos a partir do

seu uso, distante do controle social.

Diferentes tipos de conhecimento

A necessidade de conhecer o funcionamento da

natureza visando dominá-la levou a diferentes for-

mas de explicação sobre o mundo. Assim, desde in-

terpretações místicas até as científicas são tentativas

de dar um sentido para os fenômenos e fatos que

ocorrem, ou seja, são formas diferentes de se pro-

cessar o conhecimento.

Todo conhecimento consiste em uma relação en-

tre o sujeito (cognoscente) e o objeto (aquilo que

será conhecido), que produz uma imagem (repre-

sentação). Para Ruiz (1996, p. 90), “todo conheci-

mento consiste numa relação sui generis entre o su-

jeito cognoscente e o objeto conhecido: relação de

assimilação do objeto pelo sujeito, relação de pro-

dução do objeto pelo sujeito, relação de coincidên-

cia ou de identificação entre sujeito e objeto”.

A fim de melhor caracterizar o conhecimento

científico, é importante identificar outras formas de

se conhecer, pois a ciência não é o único modo de se

explicar a realidade.

O senso comum

O senso comum ou conhecimento vulgar é o co-

nhecimento popular que busca explicar os fatos,

sem perquirir suas causas. Ele é fruto do acúmulo

de experiências pessoais, portanto assistemático,

fragmentado e muitas vezes simplista e ingênuo.

O conhecimento teológico

O conhecimento teológico ou religioso busca ex-

plicações a partir de entes divinos ou sobrenaturais.

Esse tipo de conhecimento torna impossível buscar

as causas dos fenômenos, pois estas se encontram

fora do âmbito da condição humana; é dogmático.

O conhecimento filosófico

O conhecimento filosófico busca investigar cau-

sas e razões dos fenômenos por meio das ideias,

relações conceituais que não podem ser reduzidas

a observação empírica. Esse tipo de conhecimen-

to tem por finalidade questionar, refletir de forma

mais ampla sobre as questões humana incluindo

objetivos e conclusões da própria ciência.

O conhecimento científico

Muitas são as caracterizações elaboradas sobre

o conhecimento científico; para este estudo, esta-

remos adotando a sistematização apresentada por

Oliveira (apud Ander-Egg, 2001, p. 50):

[...] ciência é um conjunto de conhecimentos racio-

nais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente,

sistematizados e verificáveis, que fazem referência

a objetos de uma mesma natureza, subdividindo-

os em:

• conhecimento racional, isto é, que tem exigên-

cia de método [...];

• certo ou provável, já que não se pode atribuir à

ciência a certeza indiscutível de todo saber que a

compõe [...];

• obtidos metodicamente, pois não se os adquire

ao acaso ou na vida cotidiana [...];

• verificáveis, pelo fato de que as afirmações que

não podem ser comprovadas ou que não passam

pe lo exame da experiência não fazem parte do

âmbito da ciência [...];

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 61 5/19/09 8:43:24 AM

Page 16: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

62

• relativas a objetos da mesma natureza, ou seja,

obje tos pertencentes a determinada realidade, que

guar dam entre si características de homogenei da de.

Definição de ciência

Muitos autores apresentam conceitos de ciência.

Destacamos o apresentado por Megale (1989, p. 41),

que afirma: “ciência é o conjunto de conhecimentos

obtidos através da investigação sistemática, objetiva

e empírica” e o de Trujillo Ferrari (apud LAKATOS,

1999, p. 80), que entende a ciência como “[...] um

conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas

ao sistemático conhecimento com objeto limitado,

capaz de ser submetido à verificação”. Observa-se,

assim, a coincidência de alguns aspectos considera-

dos importantes para a compreensão do conceito e

que serão comuns em maior ou menor grau entre

os autores.

* ANOTAÇÕES

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 62 5/19/09 8:43:25 AM

Page 17: Servico social 2009_4_3

AULA 1 — O Conhecimento e a Ciência

63

Conteúdo

• Origens do método científico

• Etapas do método científico

• Tipos de métodos

Competências e habilidades

• Contextualizar as origens do método científico

• Identificar as principais características do método científico

• Apresentar os principais tipos de métodos científicos

Textos e atividades para autoestudo disponibilizados no Portal

Verificar no Portal os textos e atividades disponibilizados na galeria da unidade.

Duração

2 h/a – via satélite com o professor interativo

2 h/a – presencial com professor local

6 h/a – mínimo sugerido para autoestudo

AULA

2____________________

O MÉTODO CIENTÍFICO

Un

idad

e D

idát

ica

– M

eto

do

log

ia d

a Pe

squ

isa

Cie

ntí

fica

ORIGENS DO MÉTODO CIENTÍFICO

No âmbito das ciências modernas, o método exerce papel tão relevante que muitas vezes se con-funde a ciência com o seu método. Entretanto, a utilização do método não é privilégio da ciência. A palavra método vem do grego methodos (meta = através de; hodos = caminho), ou seja, é a orienta-ção, o guia para se conseguir algo. No seu sentido mais amplo, significa o conjunto de procedimentos utilizados para se alcançar conhecimento seguro de forma mais racional; na ciência, método é a ordem imposta no caminho para se chegar a um fim de-terminado. Assim, depreende-se que, pelo método,

pode-se demonstrar ou verificar conhecimentos.

Vários filósofos buscaram estabelecer uma concep-

ção sobre o método, entretanto até o século XVII os

problemas filosóficos estavam mais vinculados à ques-

tão do ser. A Filosofia antiga não indaga sobre a reali-

dade do mundo. É Descartes que propõe como méto-

do, começar duvidando de tudo; é a dúvida metódica.

É a partir da Idade Moderna, que as questões do co-

nhecer ganham vulto tendo em vista o fator subjetivi­

dade. A partir dessa época os filósofos preocupam-se

muito mais com o sujeito cognoscente tendo em vista

a sua dúvida de se pode ou não alcançar a verdade.

Chauí (2000) afirma que no decorrer da história

o método sempre desempenhou o papel de regula-

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 63 5/19/09 8:43:25 AM

Page 18: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

64

dor do pensamento, pois “guia o trabalho intelectual

[...] e avalia os resultados obtidos” (p. 159); contu-

do, foi a partir do desenvolvimento da ciência mo-

derna que se colocou a necessidade da construção

de procedimentos que permitissem a demonstração

do conhecimento por meio da evidência, levando à

organização do método científico.

Ao se tratar do método científico, uma importan-

te questão merece ser elucidada: a diferença entre

método e metodologia, pois muitas vezes toma-se o

significado de um pelo outro. Por método entende-

se a organização das etapas fundamentais do pro-

cesso de pesquisa a partir das teorias que orientam

a busca da verdade. Já metodologia incorpora o mé-

todo e as técnicas, ou seja, os instrumentos para a

investigação científica (coleta, tabulação, análise e

interpretação de dados etc.).

Etapas do método científico

A investigação da natureza de forma científica,

ou seja, utilizando o método científico, requer do

investigador uma constante atitude de reflexão e

crítica diante da realidade e do permanente ques-

tionamento acerca das conclusões obtidas. Muito

embora essa atitude deva também fazer parte da vida

cotidiana das pessoas, para o cientista deve ser um

exigência que compreende alguns passos ou etapas.

Neste estudo utilizaremos a sistematização apresenta-

da por Richardson (1999, p. 26-29), que compreen de:

a observação, a formulação de um problema, a ob-

tenção de informações referenciais, o levantamen-

to de hipóteses, a predição, a experimentação e a

análise.

Pode-se afirmar que a observação é o primeiro

momento da investigação, pois compreende infor-

mações mais gerais obtidas por meio da experiência

cotidiana ou mesmo de leituras realizadas, o que ca-

racteriza como diferencial é que “essas observações

devem ser sensíveis, mensuráveis e passíveis de re-

petição, para que possam ser observadas por outras

pessoas” (RICHARDSON, 1999, p. 26).

A partir da observação, o pesquisador constata

alguma questão que necessita ser respondida e parte

para a formulação do problema de pesquisa. Cabe

ressaltar que toda pesquisa necessita ter claramen-

te formulado um problema, entretanto, nem todos

os problemas são passíveis de tratamento científico

por não poderem ser respondidos, comprovados

por demonstração. Como afirma Gil (1996, p. 27), a

pesquisa científica não pode responder “a questões

de ‘engenharia’ e de valor porque sua correção ou

incorreção não é passível de verificação empírica”.

Richardson (1999) sugere formular a pergunta uti-

lizando como, o que e quando preferencialmente a

por quê.

Tendo sido o problema identificado, coloca-se a

necessidade de buscar informações acerca do fenô-

meno que será investigado. Nessa etapa, as princi-

pais fontes de informação são aquelas que apresen-

tam alguma sistematização sobre o assunto, espe-

cialmente livros, relatórios, periódicos, internet etc.

Na sequência do processo está a formulação da

hipótese, ou seja, a elaboração de resposta prévia ao

problema formulado. A hipótese normalmente é le-

vantada quando o investigador já realizou revisão da

literatura pertinente ao fenômeno em estudo, ob-

tendo considerável conhecimento sobre o problema

que permite a tentativa de resposta; é evidente que

a hipótese será testada no processo de investigação e

assim poderá ser comprovada ou refutada.

Para Richardson (1999), o meio formal de testar

a hipótese é a predição que consiste na tentativa de

predizer o resultado da hipótese pelo uso da esta-

tística. O raciocínio é que se a resposta é acertada,

os resultados são específicos e, muito embora rara-

mente a predição seja totalmente perfeita, é funda-

mental para o teste da hipótese.

A experimentação visa comparar os resultados

obtidos, mediante a realização de atividades que,

dadas determinadas condições, permitam obter res-

postas a partir da manipulação intencional, e cons-

titui-se em etapa importante do método científico.

A análise configura-se como a fase final do mé-

todo científico e consiste na confirmação ou não da

hipótese levantada, permitindo construir, confirmar

ou rejeitar determinada teoria.

Uma questão se coloca: e quanto às ciências so-

ciais? Haveria um método específico para as ciên-

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 64 5/19/09 8:43:25 AM

Page 19: Servico social 2009_4_3

AULA 2 — O Método Científico

65

cias sociais? O humano como objeto de investigação

passa a ter importância a partir do século XIX, con-

tudo, como nesse momento os critérios de cientifi-

cidade já estavam estabelecidos, houve a incorpora-

ção dos mesmos métodos e técnicas utilizados nas

ciências da natureza para a análise dos fenômenos

sociais. Contudo, por não ser possível uma trans-

posição pura e simples dos métodos das ciências

naturais para o estudo dos fenômenos humanos, os

resultados obtidos tornaram-se pouco científicos

e, portanto, foram muito contestados. Richardson

(1999) reflete que o fracasso das ciências sociais se

deveu à transferência acrítica da metodologia das

ciências físicas e naturais ao fenômeno humano.

Para o autor, as bases da pesquisa empirista utiliza-

da nas análises dos fenômenos sociais levou “a uma

deturpação total da meta fundamental das ciências

sociais: o desenvolvimento do homem e da socieda-

de” (p. 30).

Somente a partir dos anos 1980, já no século XX,

há uma real ruptura com os modelos até então con-

solidados e ocorre uma mudança radical no estudo

dos fenômenos humanos e sociais. Richardson pon-

dera ainda que as características do método cientí-

fico valem para qualquer ciência, contudo, “o que

muda é a aplicação de regras e instrumentos que

devem estar adequados para a medição dos fenô-

menos sociais. Por exemplo, fenômenos qualitativos

não podem ser analisados com instrumentos quan-

titativos” (p. 30).

Assim, ainda que com muita controvérsia, os fe-

nômenos humanos e sociais tornam-se objetos de

ciências específicas, tendo métodos próprios para

análise desses fenômenos.

Tipos de métodos

Método indutivo – é um processo mental que

parte do registro de fatos singulares ou menos ge-

rais, mas suficientemente constatados, para alcançar

conclusões mais gerais. No método indutivo, anali-

sam-se as partes para compreender o todo. Lakatos

e Marconi (1998, p. 87) consideram três elementos

principais no procedimento da indução: “observa-

ção dos fenômenos [...], descoberta da relação en-

tre eles [...], generalização da relação [...]”. Ou seja,

após a observação de um fenômeno, faz-se o grupa-

mento dos fatos segundo as suas relações constantes

para generalizar para todos os fenômenos da mes-

ma espécie.

Método dedutivo – contrariamente à indução, o

método dedutivo parte de enunciados mais gerais

para chegar aos particulares ou menos gerais. Se-

gundo Oliveira (2001, p. 62), “a dedução como for-

ma de raciocínio lógico tem como ponto de partida

um princípio tido como verdadeiro a priori. O seu

objetivo é a tese ou conclusão que é aquilo que se

pretende provar”. É importante enfatizar que a de-

dução e a indução são procedimentos do raciocínio

que se complementam no processo da investigação.

Método dialético – A dialética tem sua origem na

Grécia e em seus primórdios significava a arte de

dialogar. Em Platão e Aristóteles já é possível iden-

tificar no conceito o aspecto de transformação, por

intermédio da contradição, entretanto, é Hegel que

sistematiza a dialética como processo, movimento,

mudança, transformação a partir de leis próprias.

A história é vista como obra humana dentro de um

processo dinâmico e não somente como a ocor-

rência de fatos. Para Hegel, esse processo se dá nas

ideias, na razão; sendo determinado pela reflexão,

pelo pensamento, e, assim, o objeto é identificado

como consciência abstrata. Marx busca o conceito

desenvolvido por Hegel trazendo-o para a realidade

objetiva, ou seja, o desenvolvimento não se dá pelo

pensamento, mas mediante as práticas sociais reali-

zadas materialmente pelos homens.

São três as leis da dialética: a transformação da

quantidade em qualidade, a interpenetração dos con-

trários e a negação da negação.

• Lei da passagem da quantidade à qualidade –

define que a passagem de um objeto para outro

com características diferentes (qualidade) se dá

pelo aumento quantitativo de determinadas

características do objeto.

• Lei da unidade e luta dos contrários – estabele-

ce que na contradição é que se dá o movimen-

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 65 5/19/09 8:43:25 AM

Page 20: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

66

to, ou seja, os elementos que não podem exis tir

sem o outro também buscam superar-se. Ao

tempo em que um só existe em função do ou-

tro, também busca sua ultrapassagem. São for-

ças antagônicas que convivem em um mes mo

movimento; são faces de uma mesma moeda.

• Lei da negação da negação – explica que a

transformação do objeto em seu contrário se

dá pela negação. O novo é construído pela ne-

gação do velho, que por sua vez, ao envelhecer,

é negado por algo novo. Na luta dos contrários

que cria o novo não elimina totalmente o ve-

lho, pois mesmo o novo significando um novo

objeto possui qualidades do elemento antigo.

O método desempenha um papel fundamental

no processo de pesquisa; por meio dele se constroem

o objeto e as etapas que orientarão a investigação.

Portanto, a definição do método não deve ser vista

como uma atividade burocrática, mas como as ba-

ses sobre as quais estarão sendo construídos os co-

nhecimentos acerca do objeto em estudo.

* ANOTAÇÕES

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 66 5/19/09 8:43:26 AM

Page 21: Servico social 2009_4_3

AULA 3 — O Processo de Pesquisa

67

A PESQUISA: DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÀO

E TÉCNICAS

A pesquisa científica é um processo reflexivo que

visa construir conhecimentos a partir de procedi-

mentos racionais e sistemáticos. Santos (2000, p. 15)

caracteriza a pesquisa como “atividade intelectual

intencional que visa responder às necessidades hu-

manas”. Lakatos e Marconi (1995, p. 155) afirmam

que a pesquisa “é um procedimento formal, com

método de pensamento reflexivo, que requer um

tratamento científico e se constitui no caminho para

conhecer ou para descobrir verdades parciais”. Para

Gil (1991, p. 19), a pesquisa é “o procedimento ra-

cional e sistemático que tem como objetivo propor-

cionar respostas aos problemas que são propostos”.

A partir dessas definições é possível identificar que

a pesquisa é um meio de se produzir conhecimen-

tos aplicando, para isso, metodologias apropriadas

de forma racional, organizada, metódica e reflexiva

voltada à resolução de problemas.

A preparação de uma pesquisa científica requer

um planejamento, para mais racionalmente se or-

ganizarem os procedimentos. Essa preparação com-

preende quatro grandes etapas ou fases: a prepa-

Conteúdo

• Oqueépesquisa

• Tipos/caracterizaçãodapesquisa

• Fasesdapesquisa

• Instrumentosetécnicasparacoletadedadosempesquisasocial

Competências e habilidades

• Conceituaroquevemaserpesquisacientífica

• Caracterizarosdiferentestiposdepesquisa

• Identificarasfasesdeelaboraçãodapesquisa

• Identificarasprincipaistécnicasparacoletadedadosempesquisassociais

Textos e atividades para autoestudo disponibilizados no Portal

Verificar no Portal os textos e atividades disponibilizados na galeria da unidade.

Duração

2 h/a – via satélite com o professor interativo

2 h/a – presencial com professor local

6 h/a – mínimo sugerido para autoestudo

AULA

3____________________

O PROCESSO DE PESQUISA

Un

idad

e D

idát

ica

– M

eto

do

log

ia d

a Pe

squ

isa

Cie

ntí

fica

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 67 5/19/09 8:43:26 AM

Page 22: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

68

ração, a elaboração do projeto, a execução do pla-

nejado e a elaboração do relatório final. Gil (1996,

p. 23) esquematiza as etapas decorrentes daquelas,

conforme o fluxograma a seguir:

A fase de preparação é o momento em que o inves-

tigador define o tema a ser pesquisado, realiza a de-

vida revisão de literatura a fim de identificar o atual

estágio de estudos sobre o assunto, bem como se há

fontes de dados disponíveis para que possa realizar

o estudo. A revisão de literatura também permite a

delimitação mais clara do problema a ser estudado e

o estabelecimento de hipóteses (quando for o caso)

ou respostas provisórias ao problema enunciado.

Na etapa seguinte estará organizando o plano ou

projeto de pesquisa, elemento fundamental no pro-

cesso, pois permite ao pesquisador estabelecer metas

de forma clara, dentro de um prazo possível, com

técnicas mais adequadas em face do que se pretende

investigar e atendendo a determinado orçamento. A

terceira etapa pode ser compreendida como a etapa

de execução do projeto ou plano, quando os dados

serão coletados, tabulados e analisados, e a quarta e

última etapa refere-se à elaboração do relatório final

de pesquisa, quando serão apresentados os resulta-

dos do estudo dentro de normas e padrões previa-

mente estabelecidos (NBR 14724 da ABNT).

O projeto de pesquisa vem responder aos seguin-

tes questionamentos:

• Oqueinvestigar?

• Porqueinvestigar?

• Paraqueeparaqueminvestigar?

• Fundamentadoemquaisfontesdeinformação?

• Quesoluçõessãopropostas?

• Como,comoqueouondepesquisar?

• Quaisrecursosorçamentáriossãonecessários?

• Qualéotemponecessárioparacumprirasetapas?

• Quaisfontesforamconsultadas?

Formulação do Problema

Construção de Hipóteses

Determinação do Plano

Operacionalização de Variáveis

Elaboração dos Instrumentos

de Coleta de Dados

Pré-teste dos Instrumentos

Seleção da Amostra Coleta de Dados

Análise e Interpretação dos Dados

Redação do Relatório da Pesquisa

A apresentação formal do projeto pode variar

conforme o autor utilizado ou o convencionado por

cada Instituição de Ensino, entretanto, os questio-

namentos levantados deverão estar contemplados

no sentido de atender aos objetivos inerentes a qual-

quer projeto de pesquisa.

Um dos aspectos fundamentais no processo de

pes quisa refere-se à formulação do problema a ser

in vestigado, pois na busca da sua solução é que se es-

tará apropriando, construindo e transformando co-

nhecimentos. Dessa forma, pode-se afirmar que to da

pesquisa inicia-se com um problema, entretan to nem

todo problema é passível de tratamento cientí fi co.

Lakatos e Marconi (1995) definem problema co mo

uma dificuldade apresentada no entendimento de

um assunto efetivamente importante e para o qual

se vai buscar uma solução. Para Gil (1991), um pro-

blema será científico quando for passível de ser ve-

rificado, observado empiricamente ou manipu la do.

A formulação do problema não é tarefa fácil visto

que não se trata de tão-somente identificar o que se

pretende investigar, é preciso ter clareza e objetivi-

dade. Sugere-se formular o problema em forma de

pergunta (ou questão) delimitando-o a uma abran-

gência que o torne viável de ser resolvido, com ma-

teriais e técnicas disponíveis e acessíveis ao pesqui-

sador. Gil (1991) recomenda ter cuidado quando o

problema referir-se a valores, pois por basear-se em

aspectos subjetivos corre-se o risco de comprometer

a validade dos resultados obtidos.

Classificação das pesquisas

A realização de uma pesquisa, especialmente nas

ciências sociais, não segue um modelo único tendo

em vista a complexidade própria da vida social vis-

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 68 5/19/09 8:43:26 AM

Page 23: Servico social 2009_4_3

AULA 3 — O Processo de Pesquisa

69

lumbrada em diferentes nuanças e aspectos ao olhar do investigador.

Neste estudo, adotaremos a classificação siste-matizada por Gil (1991), que as organiza a partir de dois critérios principais: quanto aos objetivos e quanto aos procedimentos técnicos utilizados.

Quanto aos objetivos gerais

Pesquisa Exploratória

Visa criar maior aproximação com o tema, proporcionando maior

familiaridade com o problema; na maioria dos casos, assume a forma de pesquisa

bibliográfica ou de estudo de caso.

Pesquisa Descritiva

Visa descrever as características de determinada população ou fenômeno utilizando técnicas

padronizadas para coleta de dados.

Pesquisa Explicativa

Visa identificar os fatores que determinam a ocorrência de determinados

fenômenos. Busca explicar a razão, “o porquê” de acontecerem.

Quanto aos procedimentos técnicos utilizados

Pesquisa Bibliográfica

É desenvolvida a partir da utilização de material impresso elaborado – livros,

artigos científicos, material eletrônico, almanaques etc.

Pesquisa Documental

É desenvolvida a partir de fontes documentais, que podem ou não ter

recebido tratamento analítico.

Pesquisa Experimental

Consiste na reprodução de um fenômeno a partir de condições controladas.

Pesquisa Ex-post-facto

Utiliza os mesmos procedimentos da pesquisa experimental, diferindo no aspecto de que, neste caso, os fatos são espontâneos, não podendo o pesquisador controlar as variáveis.

Levantamento

Baseia-se na interrogação direta ao grupo que se pretende investigar;

neste caso, recorre-se à amostra que deverá ser significativa para possibilitar generalizações. As pesquisas desse tipo

não são adequadas quando se tratar de estudos de problemas referentes a

relações e estruturas sociais complexas.

Estudo de Caso

Tem como base o estudo de um ou poucos objetos visando conhecê-lo(s) de

forma profunda e detalhada.

Pesquisa-açãoÉ realizada de forma articulada a uma

ação diante de um problema detectado no processo de pesquisa.

Pesquisa Participante

Há interação entre o pesquisador e o grupo de interesse da pesquisa e,

muito embora tenha semelhança com a pesquisa-ação, procura distinguir a ação espontânea (popular) da ação científica.

Essa organização pretendeu apresentar uma for-

ma de classificação; determinados tipos ocorrem

com mais regularidade em pesquisas sociais, en-

tretanto, em alguns casos pode-se recorrer a vários

tipos em uma mesma pesquisa para se responder à

questão investigada.

A coleta de dados

Em face da pesquisa que será realizada e dos ob-

jetivos definidos pelo pesquisador, as informações

poderão ser obtidas de diferentes fontes, sendo três

as principais: a utilização de documentos, a obser-

vação, e as entrevistas e questionários.

Os documentos se referem ao material escrito

ao qual o investigador poderá ter acesso, podendo

distinguir-se em: documentos oficiais (normalmen-

te provenientes de governo ou de empresas), docu-

mentos pessoais, material de imprensa e utilitários

(catálogos, folhetos etc.).

A observação como técnica para coletar dados

deverá atender às características próprias de cada

pesquisa e se realiza mediante contato do investiga-

dor com o fenômeno em estudo. Essa técnica é fun-

damental em pesquisas sociais, pois permite apre-

ender fatos e aspectos para os quais outros tipos de

instrumentos se mostram limitados, contudo deve

ser utilizada de forma combinada com outras téc-

nicas.

Segundo Dencker (2001, p. 146), a observação

pode ser realizada de duas formas: direta e indireta.

“Observação direta, como o próprio nome já diz, é a

realizada diretamente sobre o objeto da observação,

enquanto a indireta é feita de tal modo que o obser-

vado não se percebe como o principal elemento da

investigação”.

A entrevista é compreendida como um diálogo

entre duas pessoas (entrevistador e entrevistado)

com objetivos claramente definidos. Essa técnica

permite obter as informações diretamente da pes-

soa, bem como a observação de toda a situação e

reação do entrevistado. Assim como a observação,

a entrevista como técnica para coleta pode ter sua

validade questionada tendo em vista a possível in-

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 69 5/19/09 8:43:27 AM

Page 24: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

70

fluência do entrevistador nas respostas do entre-

vistado, ou mesmo a distorção que pode ocorrer

na análise do material obtido. Entretanto, em que

pesem esses aspectos, Minayo (2001, p. 59) destaca a

importância da noção de entrevista em profundida-

de “que possibilita um diálogo intensamente corres-

pondido entre entrevistador e informante [...] Esse

relato fornece um material extremamente rico para

análises do vivido”.

Para se alcançar a validade nas respostas, é im-

portante preparar a entrevista atentando-se ao que

será indagado e cercando-se de certos cuidados para

não interferir nas respostas do entrevistado. Quan-

to à organização, buscar marcar com antecedência,

obter algum conhecimento prévio sobre o entrevis-

tado, preparar as perguntas e criar uma situação de

discrição. No decorrer da entrevista, é importante

estar mais preparado para ouvir do que para falar,

intervir no momento oportuno em que uma ques-

tão tenha relevância para ser aprofundada e buscan-

do manter-se fiel aos objetivos da entrevista, não

permitindo desvios no que se pretende.

O questionário pode ser definido como um ins-

trumento impessoal e que permite maior facilida-

de na coleta de informações. Nesse instrumento, o

investigador estabelece as questões, cujas respostas

serão obtidas de forma escrita, podendo o entrevis-

tado responder livremente ou assinalar as alternati-

vas predeterminadas.

Assim, o questionário poderá apresentar per-

guntas do tipo aberta e/ou fechada, a depender do

objetivo da pesquisa. As perguntas abertas são aque-

las que permitem a livre resposta do entrevistado,

ficando a seu critério a extensão da resposta a ser

fornecida. As perguntas fechadas são aquelas cujas

respostas já se encontram previamente estabeleci-

das, ficando o entrevistado no papel de somente as-

sinalar a alternativa que achar mais adequada.

A elaboração de um questionário requer alguns

cuidados por parte do investigador: procurar ini-

cialmente explicar de forma objetiva a finalidade

do questionário não se esquecendo de agradecer a

colaboração de quem o respondeu, apresentar as

questões de forma compreensível e com palavras e

termos que sejam amplamente conhecidos, atentar-

se somente aos objetivos da pesquisa, limitá-lo em

extensão e cuidar para não ser tendencioso. Sugere-

se testar os questionários antes de aplicá-los, ou seja,

realizar um pré-teste em que um grupo pequeno

responderá ao questionário de modo a identificar

seus pontos falhos e que mereçam ser revistos, a fim

de verificar se atendem às expectativas.

Forma de registro

O registro das informações obtidas no processo de

coleta de dados é de fundamental importância; as-

sim, para não se deparar com a ausência de algum

dado relevante, é conveniente estabelecer a forma de

realizar e organizar os registros.

Quando se tratar de entrevistas, é possível utili-

zar, além do recurso da anotação, a gravação, a par-

tir do consentimento do entrevistado.

O uso da filmagem é também uma forma interes-

sante de realizar os registros, pois permite rever as

si tua ções vivenciadas pelo grupo estudado e que por

ve zes escapam ao olhar do investigador. Assim co mo

a filmagem, a fotografia permite reter informa ções

importantes no momento em que se realiza o es-

tudo, pois o efeito das transformações do tempo cer-

tamente estará modificando formas, paisagens etc.

Minayo (1994) alerta que em estudos sociais é im-

portante que se utilize o “diário de campo”, que são

anotações sistemáticas realizadas pelo pesquisador e

que estarão enriquecendo as análises e descrições.

Algumas considerações sobre a amostragem

A amostra é um recurso a ser utilizado quando

a população-alvo for muito grande para ser usada

in teira. Por população-alvo compreende-se o grupo

for mado pelos indivíduos ou elementos que pos-

suem determinadas características definidas para

um estudo; assim, a amostra representa uma parte

(um subconjunto) desse grupo. Richardson (1999)

acres centa que, além do tamanho da população-al-

vo, os custos e o tempo são fatores importantes na

uti li zação da amostragem, pois essa técnica permite

re duzir custos e minimizar as distorções decorrentes

da variação do tempo de obtenção das informações.

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 70 5/19/09 8:43:27 AM

Page 25: Servico social 2009_4_3

AULA 3 — O Processo de Pesquisa

71

Como nas ciências sociais trabalha-se com gru-

pos humanos cuja característica principal é a hete-

rogeneidade, a técnica da amostragem permite sele-

cionar as amostras mais adequadas ao propósito da

investigação.

Uma característica importante das amostras é

que o resultado obtido a partir dos dados da amos-

tra deverão permitir as generalizações, ou seja, o que

é característica da amostra também é característi-

ca de todo o conjunto que não se pôde observar. O

fato de se utilizar uma amostra e não a população-

alvo total pode levar a erros que poderão ser mini-

mizados quando se conhecem todos os parâmetros

da população-alvo, pois nesse caso pode-se calcular

o erro da amostra. Quando não se conhecem esses

parâmetros, é preciso estabelecer critérios visando

minimizar a margem de erro. Contandriopoulos et

al. (1999, p. 60) indicam dois critérios para se discu-

tir essa margem:

Quanto maior a “fração da amostra”, menor o “er-

ro da amostra”. Intuitivamente é fácil conceber

que, quanto maior a amostra em relação à popula-

ção-alvo, mais segura é a representatividade dessa

amos tra. Inversamente quanto mais homogênea

for a população-alvo, menos necessária será uma

grande amostra. No limite, se todos os elementos da

população-alvo fossem idênticos, uma amostra de

um só elemento seria perfeitamente representativa.

As amostras podem ser de dois tipos: as proba-

bilísticas e as não probabilísticas, em que somente

as últimas poderão permitir generalizações estatís-

ticas por estarem apoiadas no princípio da inferên-

cia estatística. As amostras do tipo probabilística

caracterizam-se, principalmente, por permitir que

cada elemento da população-alvo tenha a probabi-

lidade de fazer parte da amostra. Os principais tipos

de amostras probabilísticas são: amostra aleatória

simples, amostra sistemática, amostra por conglo-

merado e amostra estratificada.

As amostras não probabilísticas utilizam critérios

baseados no raciocínio e na lógica para compor a

amostra e não no princípio do acaso. Os principais ti-

pos são: amostras acidentais, amostras de voluntá rios,

amostras por escolhas racionais e amostras por cotas.

O tamanho da amostra depende de vários fatores

intrinsecamente articulados ao que se pretende in-

vestigar, aos custos decorrentes da coleta de dados e

aos métodos estatísticos a serem utilizados.

Qualquer que seja o método utilizado, é preciso

ter-se clareza que cada um apresentará vantagens e

desvantagens e que não há apenas um que seja uni-

versalmente válido para todas as situações.

* ANOTAÇÕES

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 71 5/19/09 8:43:27 AM

Page 26: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

72

O QUE É PESQUISA QUALITATIvA?

As pesquisas sociais têm sido marcadas pela uti-

lização de metodologias do tipo quantitativo na

abordagem e análise dos fenômenos que investiga,

contudo nos últimos anos um tipo de abordagem

tem se mostrado promissor por ter como foco as-

pectos que privilegiem a subjetividade na compre-

ensão e entendimentos do objeto de estudos.

Embora vista com desconfiança por alguns pes-

quisadores, a pesquisa qualitativa tem ganhado força

em áreas importantes. Sobre isso, Neves (1996, p. 1)

comenta: “Surgido inicialmente no seio da Antropo-

logia e da Sociologia [...] esse tipo de pesquisa ga-

nhou espaço em áreas como a psicologia, a educação

e a administração de empresas”, entre outras.

A pesquisa qualitativa pode ser definida como

uma abordagem que busca entender determinado

fenômeno de forma aprofundada, descrevendo-o,

analisando-o e interpretando-o. Muito mais do que

descrições estatísticas que visam à generalização dos

resultados, a pesquisa qualitativa trabalho com outro

nível de realidade que nem sempre pode ser mensu-

rado ou transformado em dados quantitativos.

Um aspecto importante nas pesquisas qualitati-

vas é a não padronização da forma de abordagem e

tratamento do objeto de estudo, muito comum em

pesquisas de cunho quantitativo. “A pesquisa qua-

litativa pode ser caracterizada como a tentativa de

uma compreensão detalhada dos significados e ca-

racterísticas situacionais apresentadas pelos entre-

vistados, em lugar da produção de medidas quanti-

Conteúdo• Pesquisaqualitativa–conceitoecaracterísticas

• Oqualitativoeoquantitativo–diferentesfacesdeummesmoprocesso

Competências e habilidades• Compreenderoqueéapesquisaqualitativa

• Identificarascaracterísticasdapesquisaqualitativa

• Relacionarpesquisaqualitativaequantitativa

Textos e atividades para autoestudo disponibilizados no Portal

Verificar no Portal os textos e atividades disponibilizados na galeria da unidade.

Duração2 h/a – via satélite com professor interativo

2 h/a – presenciais com professor local

6 h/a – mínimo sugerido para autoestudo

AULA

4____________________

A PESQUISA QUALITATIVA

Un

idad

e D

idát

ica

– M

eto

do

log

ia d

a Pe

squ

isa

Cie

ntí

fica

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 72 5/19/09 8:43:28 AM

Page 27: Servico social 2009_4_3

AULA 4 — A Pesquisa Qualitativa

73

tativas de características ou comportamentos” (RI-

CHARDSON, 1999, p. 87).

É possível afirmar que há uma tentativa de apreen-

der a riqueza da dimensão humana em toda sua

magnitude, sem que isso signifique o aprisionamen-

to a fórmulas e padrões previamente definidos.

Godoy (1995, p. 62) enumera algumas caracterís-

ticas que permitem identificar as pesquisas do tipo

qualitativa:

1 – o ambiente natural como fonte direta dos dados

e o pesquisador como instrumento fundamental;

2 – o caráter descritivo;

3 – o significado que as pessoas dão às coisas e à sua

vida como preocupação do investigador;

4 – enfoque indutivo.

O que se depreende é que o aspecto subjetivo tem

destaque.

Segundo Minayo (2001, p. 23), nas ciências so-

ciais a pesquisa qualitativa se ocupa com um nível

de realidade que não pode ser quantificado:

Ou seja, ela trabalha com o universo de significados,

motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o

que, corresponde a um espaço mais profundo das

re la ções, dos processos e dos fenômenos que não po-

dem ser reduzidos à operacionalização de variá veis.

Assim, a subjetividade ganha destaque ocupando

um lugar fundamental na abordagem dos fenôme-

nos, pois a objetividade representada em diagramas,

gráficos e quantificação nem sempre apreende a di-

nâmica presente na vida e que é revelada a partir da

fala dos sujeitos que a constitui.

Richardson (1999, p. 90) corrobora esse pensa-

mento quando afirma que “a pesquisa qualitativa

pode ser caracterizada como a tentativa de uma

compreensão detalhada dos significados e caracte-

rísticas situacionais apresentadas pelos entrevista-

dos, em lugar da produção de medidas quantitativas

de características ou comportamentos”.

As pesquisas qualitativas vêm ganhando espaço,

embora ainda não sejam aceitas por muitos pesqui-

sadores exatamente pela questão da validade cientí-

fica, ou seja, como garantir que aspectos subjetivos

possam servir de parâmetro para se chegar à verda-

de dos fenômenos. Contudo, a questão da credibili-

dade está vinculada a questões muito específicas das

ciências sociais, principalmente quando se conside-

ra o seu nascedouro.

Segundo Santos Filho (2000), no século XIX uma

das questões principais para os pesquisadores que

discutiam os fenômenos humanos e sociais foi o

pro blema da unidade das ciências. No século ante-

rior, as ciências da natureza demonstraram que, pelo

método científico baseado na quantificação e gene-

ralização dos resultados, seria possível predizer com

vistas a alcançar dados muito precisos, que revelas-

sem a verdade sobre os fenômenos observados.

Então, as questões sociais, que nesse momen-

to revelavam toda sua complexidade, passam a ser

pauta de indagação no sentido da busca de métodos

que pudessem garantir o mesmo sucesso alcançado

pelos métodos utilizados nas ciências da natureza.

Duas respostas ou posições foram assumidas diante

desse problema. Uma defendia a unidade das ciên-

cias e, portanto, a legitimidade do uso do mesmo

método em todas as ciências. A outra posição era

favorável à tese da peculiaridade das ciências so-

ciais e humanas e, portanto, defendiam um método

científico específico para estas ciências (SANTOS

FILHO, 2000, p. 15).

A unidade das ciências teve no Positivismo de

Comte sua maior defesa, e influenciou as ciências

sociais principalmente na forma de apreensão e

análise dos fenômenos, pois para conferir atributos

e qualidade ao objeto de investigação adotou termos

matemáticos e a linguagem de variáveis, caracterís-

tica das ciências da natureza.

Minayo (2001, p. 23) sintetiza bem esse posicio-

namento quando define os seguintes critérios para

análise dos fenômenos sociais, com base nas ciên-

cias da natureza:

a – o mundo social opera de acordo com leis cau-

sais;

b – alicerce da ciência é a observação sensorial;

c – a realidade consiste em estruturas e instituições

identificáveis enquanto dados brutos por um lado

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 73 5/19/09 8:43:28 AM

Page 28: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

74

e crenças e valores por outro. Estas duas ordens se

correlacionam para fornecer generalizações e regu-

laridades;

d – o que é real são os dados brutos; valores e cren-

ças são dados subjetivos que só podem ser com-

preendidos através dos primeiros.

Santos Filho (2000, p. 23) destaca três caracterís-

ticas principais quando da análise dos fenômenos

humanos e sociais à luz dos métodos baseados nas

ciências naturais:

Primeiro, defende o dualismo epistemológico, ou

seja, a separação entre o sujeito e o objeto do co-

nhecimento; segundo, vê a ciência social como

neutra ou livre de valores; e terceiro, considera que

o objetivo da ciência social é encontrar regularida-

de e relações entre os fenômenos sociais.

A partir da segunda metade do século XIX, teve

início um movimento criticando a adoção de méto-

dos baseados nas ciências da natureza, para análise

dos fenômenos sociais.

Os teóricos1 que encabeçaram esse movimento

entendiam que a riqueza da vida não poderia ser

expressa, por análises com base no Positivismo. As-

sim, não haveria realidade objetiva fora da realidade

humana e, desta perspectiva, sujeito e objeto se re-

lacionam dentro de um mesmo processo. A análise

da realidade é a análise dos seres humanos. Outro

aspecto a ser considerado, é que não há como es-

tabelecer a regularidade na análise dos fenômenos

sociais em face da própria complexidade que carac-

teriza a vida humana, a vida em sociedade.

Assim, a ênfase das ciências sociais deve ser a

compreensão e não a explanação do objeto desvin-

culado do contexto no qual se insere e da forma es-

pecífica como o investigador o apreende, marcado

pela suas idiossincrasias.

A partir da década de 1970, ganha força a crítica

ao paradigma positivista aplicado às ciências sociais,

o que faz que se adotem abordagens alternativas

nesse tipo de pesquisa e se levem alguns teóricos2 a

buscarem classificar os paradigmas que orientam as

análises dos fenômenos humanos e sociais.

Minayo (2001) aponta a Sociologia Compreensi-

va em suas diferentes formas – fenomenologia, et-

nometodologia, interacionismo simbólico – como

uma corrente teórica que, em oposição ao Positi-

vismo, coloca o significado da vida humana como

centro no processo de investigação.

Entretanto, uma questão se coloca como central

quando da análise dos fenômenos sociais tendo

como perspectiva a valorização dos aspectos quali-

tativos que é a validade científica. Richardson (1999,

p. 91) afirma que “para muitos pesquisadores qua-

litativos as convicções subjetivas das pessoas têm

primazia explicativa sobre o conhecimento teórico

do investigador”.

Esse tipo de tratamento dado ao objeto de estu-

dos pode induzir a um problema grave, ou seja, a

adoção de uma atitude acrítica, tornando-se parte

inevitável da ideologia dominante.

Para Minayo (2001), a abordagem dialética, em-

bora ainda perseguida e não concretizada, seria uma

forma de dar significado ao conteúdo apreendido na

análise dos fenômenos sociais de uma forma crítica.

Já Santos Filho (2000) afirma que os fenômenos hu-

manos e sociais estão se mostrando mais complexos

do que se imaginava, sendo admissível pensar nas

mais variadas metodologias a fim de se aprofundar

nas análises.

Richardson (1999) menciona a importância da

aplicação da lógica dialética no processo de apreen-

der os fenômenos dentro de uma perspectiva histó-

rica com vistas a identificar sua transitoriedade.

Para o autor:

[...] primeiramente, é essencial estudar o desenvol-

vimento histórico de um fenômeno para revelar a

mudança em sua conceituação através do tempo. O

propósito [...] não é apenas registrar mudanças em

sua aparência ou essência, mas revelar a natureza

1 Dentro da tradição filosófica de base idealista, citamos Dilthey, Ri-ckert, Weber e Husserl.

2 Habermas, Berstein, Burrel e Morgan, Popkewitz, Soltis, Husén, Hoshmand, entre outros.

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 74 5/19/09 8:43:28 AM

Page 29: Servico social 2009_4_3

AULA 4 — A Pesquisa Qualitativa

75

dinâmica da relação entre a aparência e a essência

do fenômeno (RICHARDSON, 1999, p. 92).

Contudo, mesmo tendo a crítica como aspecto fun-

damental na análise dos fenômenos sociais, ainda resta

a pergunta: e a validade científica? Como alcançá-la?

É ainda Richardson (2000) que afirma a impor-

tância da prática reflexiva, no sentido de “admi-

nistrar a oscilação analítica entre a observação e a

teoria que considera válida”. O objetivo de não pro-

duzir um simples resultado, mas de descrever de

forma coerente e detalhada determinada situação,

que a reflexão teórica permitirá compreender, ilu-

minando os determinantes que colaboram com a

manifestação empírica dos fenômenos.

Seguindo esse raciocínio, podemos afirmar que as

pesquisas qualitativa e quantitativa não se excluem; ao

contrário, são complementares, pois os dados quanti-

tativos, à luz da reflexão qualitativa, revelam aspectos

fundamentais na compreensão dos fenômenos.

Minayo e Sanches (1993), com base em diferentes

autores, afirmam que do ponto de vista metodológi-

co não há contradição nem continuidade entre as

abordagens em vista de serem de naturezas diferentes.

Para os autores (1993), que citam Gurvitch (1955), a

pesquisa quantitativa atua em níveis da realidade, nos

quais os dados se apresentam aos sentidos.

Já a pesquisa qualitativa trabalha com valores,

crenças, representações, hábitos, atitudes e opiniões.

Assim, não há mais cientificidade em uma ou na

outra, ainda que uma utilize instrumentos sofistica-

dos de mensuração e a outra busque a compreensão

em profundidade.

É ainda Minayo e Sanches (1993, p. 16) que con-

tribuem com a questão afirmando que:

[...] se a relação entre quantitativo e qualitativo, en-

tre objetividade e subjetividade não se reduz a um

continuum, ela não pode ser pensada como opo sição

contraditória. Pelo contrário, é de se dese jar que as

relações sociais possam ser analisadas em seus as-

pectos mais “ecológicos” e “concretos” e aprofunda-

das em seus significados mais essenciais. Assim, o

estudo quantitativo pode gerar questões para serem

aprofundadas qualitativamente, e vice-versa.

Etapas da pesquisa social

Na pesquisa qualitativa, os procedimentos a se-rem adotados para a organização do estudo mere-cem destaque: a seleção do local e grupo de interesse para o estudo, técnica para obtenção das informa-ções, análise das informações e, finalmente, disposi-ção das informações no relatório.

A definição do local requer certa familiaridade do pesquisador, pois isso terá relação direta com a vali-dação dos resultados. Esse processo deve estar basea-do em reflexões que incluem diferentes critérios que vão desde a facilidade na obtenção dos dados e regis-tro até as influências que o meio exerce na opinião dos entrevistados. Pode-se afirmar que os estudos de caso se configuram como mais adequados, sendo, contudo, possível os estudos que incluam mais de um caso a fim de se estabelecerem comparações.

O instrumento que melhor serve aos propósitos de um estudo qualitativo é a entrevista. O contato com os possíveis entrevistados é uma etapa funda-mental, com vistas a estreitar as relações para maior riqueza e veracidade nas informações, contudo não há como prescrever o procedimento mais adequa-do, pois isso dependerá de diferentes aspectos.

Quanto à coleta de informações, vale ressaltar o papel que a observação desempenha em estudos qualitativos, embora ainda se questione a validade desse procedimento e também da entrevista.

Será na análise das informações que o pesquisa-dor irá organizar os dados relevantes em categorias, que possibilitem a aproximação com o objeto, de modo a identificar aquelas que se mostrem mais adequadas para retratar o fenômeno em análise.

A elaboração do relatório irá retratar todas as etapas vivenciadas, tendo as revisões de literatura e abordagem teórica definida para a análise do fenô-meno como condições fundamentais para apresen-tar os resultados visando ao esclarecimento e às res-postas aos problemas identificados de forma válida.

Assim, cada etapa do trabalho merece uma análi-se cuidadosa, uma reflexão constante e um compro-metimento reiterado com vistas a retratar a riqueza da vida em toda a sua dimensão que a letra e o dado frio não permitem apreender e muitas vezes conge-lam, limitando a visão do processo de constituição histórica da sociedade.

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 75 5/19/09 8:43:29 AM

Page 30: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

76

FORMAS DIFERENCIADAS DE APRESENTAÇÃO

DE TEXTOS

A produção de textos científicos é um processo

laborioso que requer a aplicação não apenas de téc-

nicas, mas também da criatividade e esforço teórico

e analítico de quem o escreve. Para demonstrar a

sistematização, recriação, crítica, nível de aprofun-

damento das reflexões, o texto deve ser claro, conci-

so e coerente. Medeiros (2000, p. 118) define o texto

como “um tecido verbal estruturado de tal forma

que as ideias formam um todo coeso, uno, coeren-

te”. Assim, a simples disposição de frases fragmenta-

das não pode ser considerada como texto.

O texto científico tem como objetivo principal

comunicar dados, propor reflexões com exatidão e

autenticidade, o que implica maior critério e rigor

na sua elaboração, não querendo dizer que o texto

deva ser algo hermético e acessível a poucos inicia-

dos. Azevedo (1999, p. 111) observa que a boa co-

municação deve estar alicerçada nos seguintes as-

pectos: “escreva para ser lido [...]; procure o melhor

modo de comunicar suas ideias [...]; seja original

[...]; cultive a simplicidade [...]”.

A apresentação escrita mudará de acordo com

a intenção ou exigência de uma disciplina, assim

o seu formato e denominações, assumirá maior

ou menor complexidade, a depender da natureza

do tex to e da autonomia intelectual de quem o

elabora.

Conteúdo• Fontesparaapesquisa

• Aleituraanalítica

• Formasdeapresentação de textos – resumos, resenhas, artigos científicos e revisões bibliográficas

Competências e habilidades• Identificarosdiferentestiposdefontesutilizadosnarealizaçãodeumapesquisacientífica

• Compreenderoprocessoderealizaçãodaleituraanalíticadistinguindosuasfases

• Caracterizar os diferentes tipos de textos, bem como sua forma de registro

Textos e atividades para autoestudo disponibilizados no Portal

Verificar no Portal os textos e atividades disponibilizados na galeria da unidade.

Duração2 h/a – via satélite com professor interativo

2 h/a – presenciais com professor local

6 h/a – mínimo sugerido para autoestudo

AULA

5____________________

LEITURA E REGISTRO

Un

idad

e D

idát

ica

– M

eto

do

log

ia d

a Pe

squ

isa

Cie

ntí

fica

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 76 5/19/09 8:43:29 AM

Page 31: Servico social 2009_4_3

AULA 5 — Leitura e Registro

77

Resumos

A Norma da ABNT 6028 trata especificamente

de resumos, e os define como “apresentação concisa

dos pontos relevantes de um texto”. Medeiros (2000,

p. 125) acrescenta à definição: “[...] um procedi-

mento de reduzir um texto sem destruir-lhe o con-

teúdo”. Assim, resumir significa sintetizar um texto,

sem, no entanto, modificar ou acrescentar qualquer

sentido novo ou diferente daquele apresentado na

fonte original.

Para elaborar um bom resumo é importante reali-

zar a leitura tantas vezes quantas forem neces sárias

para esclarecer todo o texto. Ao apresentar o con-

teúdo, é fundamental que sejam indicados o as-

sunto abordado no texto, os objetivos do autor, os

métodos utilizados, bem como as conclusões alcan-

çadas. Dar preferência ao uso da terceira pessoa do

singular e do verbo na voz ativa. Quanto à extensão,

o resumo alternará de acordo com a habilidade de

quem o escreve, entretanto Medeiros (2000) afirma

que, apesar da necessária redução, esta não deve

prejudicar a comunicação. Silva (apud MEDEIROS,

2000) sugere que o resumo deva guardar um ter-

ço ou um quarto da extensão do texto original, o

que bastaria para garantir os pontos principais e as

ideias essenciais do autor.

Modelo de resumo

• Papel em tamanho A4.

• Configuração da página: lado superior e es-

querdo: 3 cm; lado inferior e direito: 2 cm.

• Espaçamentoentrelinhas:paraareferência,es-

paçamento simples; para o texto, espaçamento

1,5 cm.

• Alinhamento:dareferência,àesquerda;dotex-

to, justificado.

BARBOSA, M. L. O discurso da competência na pedagogia. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

A autora procurou demonstrar os principais aspectos que levam os pro-

fessores do ensino fundamental a terem dificuldade na aplicação do que

compreendem por competência. Seu objetivo foi caracterizar a competên-

cia a partir da definição apresentada pelos professores e, ao relacioná-la

com a atividade exercida em sala, identificar suas reais concepções.

Inicialmente, a autora apresenta um estudo sobre o ensino fundamental,

esclarecendo o perfil dos professores desse nível de ensino. Demonstra

como ao longo do processo de construção histórica foi sendo caracterizado

e descaracterizado esse nível de ensino e como isso influenciou na forma-

ção dos educadores.

3 cm 2 cm

2 cm

3 cm

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 77 5/19/09 8:43:29 AM

Page 32: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

78

Resenhas

A resenha pode ser definida como um tipo de re-

sumo tendo, entretanto, a finalidade de apresentar a

apreciação crítica de uma obra. Se no resumo bas-

ta apresentar as ideias principais do autor do tex-

to original, na resenha deve ser efetuada a crítica,

configurando-se a resenha como um resumo crí-

tico. Medeiros (2000, p. 142) afirma que a resenha

não é um resumo, sendo “este apenas um elemento

da estrutura da resenha. Além disso, acrescente-se:

se, por um lado, o resumo não admite o juízo valo-

rativo, o comentário, a crítica; a resenha, por outro,

exige tais elementos”.

Segundo Azevedo (1999, p. 32), quanto ao tama-

nho, a resenha “pode variar entre duas (para jornais

não especializados) a dez laudas (publicações cien-

tíficas)”. Ainda, o autor orienta que as partes princi-

pais da resenha são: introdução, resumo e crítica. Na

introdução deve ser apresentado o assunto do texto

original, bem como informações sobre o autor e o

gênero da obra. O resumo deve ater-se a apresen-

tar as ideias principais do texto, conforme apresen-

tado anteriormente, e a crítica ou apreciação deve

indicar a leitura da obra ou não. É importante, no

julgamento da obra, indicar sua contribuição para

a análise do assunto, a originalidade das ideias e o

estilo do autor.

Quanto à apresentação formal da resenha, vale

ressaltar que é semelhante à do resumo, diferindo

somente quanto ao título que, segundo Azevedo

(1999, p. 35), deve ser original, “criativo, diferente

do título do texto original, breve e substantivo”.

Revisão bibliográfica

A revisão bibliográfica, também conhecida como

revisão de literatura, objetiva apresentar, por meio

da compilação de diversas obras, o atual estado de

desenvolvimento dos estudos referentes a deter-

minado assunto. É o que se costuma chamar de “o

estado-da-arte” e, ainda que guarde certa originali-

dade, busca principalmente comparar várias obras

permitindo ao autor compreender de forma mais

aprofundada o objeto de investigação, bem como

avançar no sentido de lançar novas luzes ao que já

está produzido e sistematizado.

Em geral, as revisões atendem a objetivos previa-mente estabelecidos na pesquisa, entretanto podem ser solicitadas como forma de avaliação de alguma disciplina e, nesse caso, Azevedo (1999) indica que deva ter a seguinte estrutura: introdução, desenvol-vimento e crítica.

Na introdução deve-se apresentar o assunto a ser est udado, com indicação do contexto histórico das obras utilizadas para a revisão apresentando, breve-mente, seu significado dentro desse contexto. A parte destinada ao desenvolvimento deverá apresentar de forma resumida a contribuição de cada obra, o que significa considerar apenas os aspectos principais em face do tema abordado. A crítica pode ser fei ta de duas formas: “numa, você dialoga com o autor, ao mesmo tempo em que apresenta suas contribui-ções; noutra, você deixa o comentário para a seção da crítica propriamente” (AZEVEDO, 1999, p. 37).

O artigo científico

O artigo científico tem como finalidade principal a apresentação de resultado de estudos e pesquisas. Geralmente, o artigo é um texto destinado a ser pu-blicado em revistas, jornais ou periódicos especiali-zados e, muito embora tenha um formato reduzido, deve apresentar o texto completo.

A quantidade de laudas que um artigo deve ter vincula-se às diretrizes da revista em que será pu-blicado, pois cada veículo tem suas próprias normas para publicação. Entretanto, quando se tratar de ar-tigo para atender à avaliação de alguma disciplina, sugere-se que o professor estabeleça previamente o número mínimo e máximo de folhas que o artigo deva ter. Para o caso de dúvidas, sugere-se que o ar-tigo tenha no mínimo cinco e no máximo 20 laudas e, quanto à estrutura, deve apresentar introdução, desenvolvimento, conclusão e referências.

Alguns autores mostram-se relutantes em apre-sentar uma estrutura definida para o artigo, pois essa estrutura será variável a depender do que se estará apresentando e das concepções teórico-me-todológicas do autor. Entretanto, Azevedo (1999, p. 82) sugere que a estrutura de um artigo pode se-guir a adotada no campo das ciências experimentais, contendo introdução, revisão de literatura, mate-riais e métodos, resultados, discussão e conclusões.

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 78 5/19/09 8:43:30 AM

Page 33: Servico social 2009_4_3

AULA 6 — Apresentação de Trabalhos Acadêmicos – Normas da ABNT

79

NORMALIzAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

A padronização de trabalhos acadêmicos tem o intuito de tornar compreensível a divulgação dos dados obtidos por meio de estudos, com vistas a torná-los acessíveis a outros pesquisadores, garan-tindo a fidelidade nas informações além de facilitar o acesso e a compilação das informações.

Mediante a normalização é possível organizar in-formações que beneficiem diferentes áreas, ocasio-

nando uniformidade no registro do conhecimento

obtido e oferecendo segurança e otimização de tem-

po, custos e recursos.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

é o órgão responsável pela normalização técnica no

Brasil. Representante do País de entidades de nor-

malização internacional, é uma entidade privada e

sem fins lucrativos.

Conteúdo

• Orientaçõesgeraisparaapresentaçãodetrabalhosacadêmicos

• NormasdaABNT

6023 – Referências

10520 – Citações

14724 – Trabalhos acadêmicos

15287 – Projetos

Competências e habilidades

• AplicarcorretamenteasnormasdaABNT,conformeaexigênciaenaturezadotrabalhoacadêmico

• Identificarosmeiosondeainformaçãoestarádisponívelvisando a sua correta aplicação

Textos e atividades para autoestudo disponibilizados no Portal

Verificar no Portal os textos e atividades disponibilizados na galeria da unidade.

Duração

2 h/a – via satélite com o professor interativo

2 h/a – presencial com professor local

6 h/a – mínimo sugerido para autoestudo

AULA

6____________________

APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS – NORMAS DA ABNT

Un

idad

e D

idát

ica

– M

eto

do

log

ia d

a Pe

squ

isa

Cie

ntí

fica

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 79 5/19/09 8:43:30 AM

Page 34: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

80

Embora a ABNT atenda a diferentes áreas, no que

se refere aos trabalhos acadêmicos existe um conjun-

to de 32 normas (Documentação), que estabelece um

padrão considerado adequado aos diferentes as pectos

que envolvem a apresentação desses documentos.

As principais normas para a apresentação de tra-

balhos escritos são as descritas a seguir, as quais es-

tarão citadas neste documento:

• NBR 6022 de 1994 – Apresentação de Artigos

em Publicações Periódicas;

• NBR 6023 de 2002 – Informação e Documen-

tação – Referências – Elaboração;

NRB 6024 de 2003 – Numeração progressiva

das seções de um documento – Procedimentos;

• NBR 6027 de 2003 – Sumários – Procedimentos;

• NBR 6028 de 2003 – Resumos – Procedimentos;

• NBR 10520 de 2002 – Informação e documenta-

ção – Apresentação de citações em documentos;

• NBR 14724 de 2005 – Informação e documen-

tação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação.

Esta última norma fixa as seguintes definições

que estaremos utilizando no presente trabalho:

Dissertação: documento que representa o resulta-

do de um trabalho experimental ou exposição de

um estudo científico retrospectivo, de tema único e

bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de

reunir, analisar e interpretar informações; deve evi-

denciar o conhecimento de literatura existente so bre

o assunto e a capacidade de sistematização do can-

didato; é feito sob a coordenação de um orientador

(doutor), visando à obtenção do título de mestre.

Tese: documento que representa o resultado de

um trabalho experimental ou exposição de um es-

tudo científico de tema único e bem delimitado;

deve ser elaborado com base em investigação ori-

ginal, constituindo-se em real contribuição para a

especialidade em questão; é feito sob a coordenação

de um orientador (doutor) e visa à obtenção do tí-

tulo de doutor, ou similar.

Trabalhos acadêmicos (trabalho de conclusão de

curso – TCC, trabalho de graduação interdisci pli­

nar – TGI, trabalho de conclusão de curso de es pe­

cialização e/ou aperfeiçoamento): documento que

representa o resultado de estudo, devendo expressar

conhecimento do assunto escolhido, obrigatoria-

mente emanado da disciplina, módulo, estudo in-

de pendente, curso, programa e outros ministrados.

Deve ser feito sob a coordenação de um orienta dor.

Apresentação de trabalhos acadêmicos

A norma 14724 define os seguintes elementos pa-

ra a organização e estruturação dos trabalhos aca-

dêmicos: elementos pré-textuais, elementos textuais

e elementos pós-textuais.

Estrutura Elemento Obrigatório Opcional

Capa X

Lombada X

Pré-textuais

Ficha catalográfica X

Folha de rosto X

Errata X

Folha de aprovação X

Dedicatória X

Agradecimentos X

Epígrafe X

Resumo em língua vernácula

X

Resumo em língua estrangeira

X

Lista de ilustrações X

Lista de tabelas X

Lista de abreviaturas e siglas

X

Lista de símbolos X

Sumário X

Textuais

Introdução X

Desenvolvimento X

Conclusão X

Pós-textuais

Referências X

Glossário X

Apêndice(s) X

Anexo(s) X

Índice(s) X

Elementos pré-textuais

Os elementos pré-textuais são os que antecedem o

texto com informações que identificam o trabalho:

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 80 5/19/09 8:43:30 AM

Page 35: Servico social 2009_4_3

AULA 6 — Apresentação de Trabalhos Acadêmicos – Normas da ABNT

81

1 – Capa: deve conter dados que permitam a

correta identificação do trabalho com os seguintes

elementos:

• Instituição;

• Nomedoautor;

• Títulodotrabalho–subtítulo,sehouver;

• Número de volumes (se houver mais de um,

deve constar na capa a identificação do respec-

tivo volume);

• Local (cidade) da instituição onde deve ser

apresentado;

• Data (ano de depósito e/ou da entrega) (ver

apêndice B).

2 – Lombada: elemento opcional, as informa-

ções devem ser impressas conforme a NBR 12225

de 2004. O nome do autor deve ser impresso longi-

tudinalmente do alto para o pé da lombada; o título

do trabalho deve ser impresso da mesma forma que

a do nome do autor.

3 – Folha de Rosto: no anverso deve conter os

mesmos elementos da capa, acrescidos de informa-

ções complementares necessárias à perfeita identifi-

cação do trabalho:

• Nomedoautor;

• Títulodotrabalho–subtítulo,sehouver;

• Número de volumes (se houver mais de um,

deve constar na capa a identificação do respec-

tivo volume);

• Natureza (tese, dissertação, trabalho de con-

clusão – TCC, trabalho acadêmico de sala de

aula) e objetivo (aprovação em disciplina ou

grau pretendido e outros); nome da instituição

a que é submetido;

• Áreadeconcentração;

• Nome do orientador, precedido da palavra

“Orientador”;

• Co-orientador(sehouver):precedidodapala-

vra “Co-orientador”;

• Local (cidade) da instituição onde deve ser

apresentado;

• Data(anodedepósitoe/ouda entrega).

No verso da folha de rosto deve constar a Ficha

Catalográfica, que se constitui de um conjunto de

informações bibliográficas descritas de forma or-

denada, seguindo o Código de Catalogação Anglo-

Americano vigente. Deve ser inserida no verso da

folha de rosto e é obrigatória somente para disser-

tações e teses. Sua elaboração é de responsabilidade

do profissional bibliotecário com registro no Con-

selho de Biblioteconomia.

4 – Errata: apresenta-se geralmente em folha

avulsa ou encartada, sendo anexada à obra depois

de impressa. Consiste em uma lista de erros tipográ-

ficos ou de outra natureza, com as devidas correções

e indicações das folhas e linhas em que aparecem.

Deve ser inserida logo após a folha de rosto.

5 – Folha de Aprovação: Deve conter o nome do

autor, do título e subtítulo por extenso, natureza,

objetivo, nome da instituição a que é submetida,

área de concentração, data de aprovação, nome e

titulação dos membros componentes da banca exa-

minadora e suas assinaturas.

6 – Dedicatória: parte destinada a homenagear

uma ou mais pessoas.

7 – Agradecimentos: parte em que o autor dirige

seus agradecimentos àqueles que contribuíram de

maneira relevante para a elaboração do trabalho,

nesse caso são incluídas empresas ou organizações

que fizeram parte da pesquisa, pessoas que colabo-

raram efetivamente para o trabalho. É recomendá-

vel colocar os agradecimentos em ordem hierárqui-

ca de importância.

8 – Epígrafe: o autor apresenta uma citação, se-

guida de indicação de autoria, relacionada com a

matéria tratada no corpo do trabalho.

9 – Resumo em Língua Vernácula (Português):

parte do trabalho onde o aluno apresenta uma sín-

tese do estudo com o tema, problema, metodologia

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 81 5/19/09 8:43:31 AM

Page 36: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

82

e resultados obtidos; deve ainda constar as palavras-

chave e/ou descritores relativos aos assuntos da mo-

nografia, conforme NBR 6028.

10 – Resumo em Língua Estrangeira: esse ele-

mento é obrigatório somente para dissertações e te-

ses; digitado em folha separada (em inglês, abstract;

em espanhol, resumen; em francês, résumé), segue a

mesma estrutura e conteúdo do resumo em língua

vernácula.

11 – Lista de Ilustrações: apresenta os elementos

ilustrativos adotados no texto. Quando necessário,

recomenda-se lista própria para cada tipo de ilus-

tração (figuras, quadros, gráficos, desenhos, foto-

grafias, organogramas, gravuras e outros). Os itens

da lista devem ser identificados pela palavra desig-

nativa conforme o tipo de ilustração e ser acompa-

nhados do respectivo número de páginas.

12 – Lista de Tabelas: deve ser elaborada de acor-

do com a ordem em que aparece no texto. Os itens

da lista devem ser acompanhados do respectivo nú-

mero de página.

13 – Lista de Abreviaturas e Siglas: contém a re-

lação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas

no trabalho, seguidas das palavras ou expressões es-

critas por extenso.

14 – Lista de Símbolos: deve ser elaborada con-

forme a ordem em que os símbolos aparecem no

texto, acompanhadas do devido significado.

15 – Sumário: deve ser elaborado conforme a

NBR 6027, figurando os itens dos elementos tex-

tuais em diante.

Sumário é a apresentação, com os indicativos nu-

méricos, das seções desenvolvidas na parte textual e

pós-textual do trabalho. Deve estar organizado na

mesma ordem em que ocorrem no texto, não tendo

o mesmo significado que índice.

Por índice se compreende a lista de palavras ou

fra ses, organizadas normalmente em ordem alfa-

bética, que remete para as informações contidas no

texto. O índice deve ser inserido no final do trabalho.

As listas antecedem o sumário e, portanto, não

devem ser incluídas neste.

O sumário deve figurar como último elemento

pré-textual e, quando houver mais de um volume,

este deve ser incluído completo em todos os volu-

mes, para que se possa verificar todo o conteúdo da

obra, independentemente do volume consultado.

As seções devem ser numeradas em algarismos

arábicos, da introdução até a conclusão. Os deno-

minados elementos pré-textuais não figuram no

sumário.

Quanto às listas, resumo, abstract, apêndices,

ane xos e referências, por não serem considerados

capítulos, não recebem numeração de seção.

Elementos textuais

Os elementos textuais compreendem a introdu-

ção, o desenvolvimento e as conclusões do trabalho.

Devem ser divididos em seções e subseções, confor-

me NBR 6024.

1 – Introdução: parte do trabalho destinada a

oferecer uma visão geral do que foi desenvolvido,

apresentando o tema, a delimitação do assunto abor-

dado, a justificativa, a problematização, os objetivos

do estudo, além de outros elementos necessários

para situar o tema do trabalho. A introdução deve

oferecer uma abordagem sintética do que foi desen-

volvido em cada seção apresentada no estudo.

2 – Desenvolvimento: parte mais extensa do

trabalho destinada a apresentar os resultados do

estudo. Deve conter revisão bibliográfica, aborda-

gem teórica adotada, apresentação e análise dos

resultados. A divisão em seções e subseções varia

conforme a natureza do conteúdo desenvolvido. As

obras citadas e consultadas devem constar no item

de referências.

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 82 5/19/09 8:43:31 AM

Page 37: Servico social 2009_4_3

AULA 6 — Apresentação de Trabalhos Acadêmicos – Normas da ABNT

83

3 – Conclusão: apresenta os resultados do tra-

balho, devendo apontar as respostas aos problemas

levantados na introdução, bem como identificar a

extensão dos resultados obtidos no estudo. O texto

deve remeter aos dados demonstrados no decorrer

da pesquisa, devendo as análises finais estar funda-

mentadas nos resultados e na discussão e apresenta-

ção lógica do trabalho.

Elementos pós-textuais

Os elementos pós-textuais compreendem as in-

formações complementares ao texto e contêm: refe-

rências, glossário, apêndices, anexos e índices.

1 – Referências: elaboradas conforme a NBR

6023:2002.

2 – Glossário: é uma lista em ordem alfabética, de

palavras especiais, de sentido pouco conhecido, ou

obscuro, ou mesmo de uso restrito, acompanhadas

de suas respectivas definições.

3 – Apêndice: texto ou documento elaborado pelo

próprio autor, com a finalidade de complementar

seu trabalho. O termo APÊNDICE deve ser escrito

em letras maiúsculas, centralizado e em negrito. São

identificados por letras maiúsculas consecutivas,

travessão e pelos respectivos títulos.

APÊNDICE A – Demonstrativo de ocupação por

domicílio – 1990

4 – Anexo: objetiva incluir materiais não elabo-

rados pelo próprio autor, como cópias de artigos,

manuais, folders, balancetes etc., e que servem para

complementar o conteúdo do texto. O termo ANE-

XO deve ser escrito em letras maiúsculas, centra-

lizado e em negrito. São identificados por letras

maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respec-

tivos títulos.

ANEXO A – Demonstrativo de ocupação por do-

micílio – 1990

5 – Índice: deve ser elaborado conforme a NBR

6034.

Apresentação Gráfica

De acordo com a NBR 14724, algumas regras de-

vem ser seguidas no que concerne à apresentação

gráfica do documento, contudo o projeto gráfico é

de responsabilidade do autor que deverá definir a

melhor forma a ser adotada.

1 – Papel: em folha branca, formato A4 (21 cm 3

29,7 cm).

2 – Margens: as folhas devem apresentar as se-

guintes margens:

• superioreesquerda:3cm;

• inferioredireita:2cm;

3 – Fonte: tamanho 12 para o texto e fonte me-

nor (11) para citação de mais de três linhas. Deve-se

utilizar o tipo de fonte itálico somente para palavras

estrangeiras.

4 – Espacejamento do texto: deve ser digitado,

com espaço 1,5; entrelinhas tendo alinhamento do

texto: justificado e recuo de primeira linha do pará-

grafo entre 1,5 e 2 cm.

5 – Citação com mais de três linhas: recuo de pa-

rágrafo à esquerda para citação direta (ou longa):

4 cm; espaçamento simples; texto justificado; sem

parágrafo; sem aspas.

6 – Título de capítulo: deve ser indicado por nú-

mero arábico; alinhado à esquerda, separado por

um espaço de caractere (não colocar ponto, tra ço ou

qualquer sinal). Os capítulos são sempre ini cia dos

em uma nova folha e os títulos devem iniciar na par te

superior da página e estar separados do texto que os

sucede por dois espaços com 1,5 cm de entre li nhas.

Ex.:

1 INTRODUÇÃO

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 83 5/19/09 8:43:31 AM

Page 38: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

84

7 – Título de subseções: é indicado por número

arábico, devendo o alinhamento de título das sub-

seções estar à esquerda, separado por um espaço de

caractere e separado do texto que o precede ou que

o sucede por dois espaços de 1,5 cm. Ex.:

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O PAPEL DA TEORIA

2.1.1 Limites e Possibilidades da Teoria

8 – Título sem indicativo de seção: errata, agra-

decimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas

e siglas, resumos, sumário, referências, glossário,

apêndices, anexos; devem ser digitados centraliza-

dos, em letras maiúsculas e negrito.

9 – Resumo: deve ser digitado em espaço simples,

sem parágrafo; para teses, dissertações, trabalhos

acadêmicos e relatórios técnico-científicos, a exten-

são do resumo deve ter de 150 a 500 palavras e ser

seguido das palavras-chave separadas entre si por

ponto e finalizadas também por ponto – no mínimo

três e no máximo cinco. Seguem as indicações da

NBR 6028, que estabelece as seguintes definições:

• palavra-chave:palavraquerepresentaoassun-

to do documento;

• resumo: indicação dos pontos relevantes do

documento;

• resumo crítico: redigido por especialistas,

trata-se da análise crítica de um documento.

Também chamado de resenha, não está sujeito

a limite de palavras;

• resumo indicativo: indicação somente dos

pon tos principais do documento, não apresen-

ta da dos qualitativos e quantitativos; não dis-

pensa a consulta ao original;

• resumo informativo: indica finalidade, meto-

dologia, resultado e conclusão do documento;

dispensa consulta ao original.

10 – Legendas, ilustrações, tabelas e notas: de-

vem ser digitados em espaço simples.

11 – Natureza do trabalho: deve ser incluída na

folha de rosto e na folha de aprovação logo abaixo

do título, sendo alinhadas do meio da página para a

margem direita e digitadas em espaço simples.

12 – Referências: devem ser alinhadas à esquer-

da, digitadas em espaço simples e separadas entre

si por dois espaços simples, organizadas em ordem

alfabética por sobrenome de autor ou título. Devem

seguir a NBR 6023 (este assunto será tratado de ma-

neira mais específica em outro tópico).

13 – Notas de rodapé: destinam-se a esclarecer,

comprovar ou justificar uma informação que não

deve ser incluída no texto limitando-se ao mínimo

necessário. As notas podem ser explicativas ou de

referências.

14 – Indicativos de seção: é o número que ante-

cede o título ou subtítulo, deve ser grafado em nú-

meros inteiros a partir de 1 e seguido de seu título.

Observação: quando uma seção terminar próximo

ao fim de uma página, colocar o título da próxima

seção na página seguinte.

15 – Títulos sem indicativos numéricos: errata,

agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abrevia-

turas e siglas, lista de símbolos, resumos, sumário,

referências, glossário, apêndices, anexos.

16 – Elementos sem título e sem indicativo nu­

mérico: não possuem número nem título: folha de

aprovação, dedicatória e epígrafe.

17 – Paginação: todas as folhas, a partir da folha

de rosto, devem ser contadas sequencialmente, mas

não numeradas. A numeração é impressa a partir

da introdução, em algarismos arábicos e o número

deve ser colocado no canto superior direito da fo-

lha, a 2 cm da borda superior. Os apêndices e anexos

devem ter suas folhas numeradas de maneira con-

tínua e sua paginação deve estar na sequência à do

texto principal.

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 84 5/19/09 8:43:32 AM

Page 39: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

86

REFERÊNCIAS

Seguem a NBR 6023, sendo a lista dos elementos

descritivos retirados de um documento que permita

sua identificação para produção de documentos e

para inclusão em bibliografias, resumos, resenhas,

recensões e outros.

Podem figurar no rodapé da página, no fim do

texto ou do capítulo, em lista de referências ou te-

cendo resumos, resenhas e recensões.

Os elementos que vão compor a referência bi-

bliográfica, sejam os essenciais ou complementares,

devem ser apresentados em sequência padronizada,

a pontuação deve ser uniforme para todas as refe-

rências e a separação das várias áreas deve ser com

ponto, seguido de um espaço.

A lista de referências aparece em local específi-

co no texto (conforme anteriormente informado),

alinhada somente à margem esquerda do texto e de

forma a identificar-se individualmente cada docu-

mento, em espaço simples e separadas entre si por

dois espaços simples.

A ordenação das referências dos documentos ci-

tados em um trabalho deve ser de acordo com o sis-

tema utilizado para citação no texto (NBR 10520).

O sistema mais utilizado é o alfabético (ordem de

entrada), podendo também ser utilizado o numéri-

co (ordem de citação no texto).

Quando utilizar o sistema alfabético, as referên-

cias devem ser reunidas no final do trabalho, do ar-

tigo ou capítulo, em uma única ordem alfabética.

Quando na ordenação das referências o(s) no-

me(s) do(s) autor(res) de várias obras referencia-

das sucessivamente aparecerem na mesma página

poderão ser substituídos, nas referências seguintes

à primeira, por um traço sublinear (underline) –

(equivalente a seis espaços) – e ponto.

Além do nome do autor, o título de várias edi-

ções de um documento referenciado sucessivamen-

te, na mes ma página, também pode ser substituído

por um traço sublinear nas referências seguintes à

primei ra. Ex.:

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral

da administração. 5. ed. São Paulo: Makron, 1998.

920 p.

______. ______. 6. ed. rev. atual. São Paulo: Cam-pus, 2000. 700 p.

Caso seja utilizado o sistema numérico no texto, a lista de referências deve seguir a mesma ordem nu-mérica crescente. O sistema numérico não pode ser usado concomitantemente para notas de referência e notas explicativas.

1 – Transcrição dos elementos: a transcrição dos elementos deverá atender a natureza específica do documento utilizado como fonte de consulta.

• Autor pessoal: indica(m)-se o(s) autor(es), pe lo último sobrenome, em CAIXA ALTA (maiús cula), seguido(s) do(s) prenome(s), e outros sobrenomes, separados por vírgula. Ex.:

MINAYO, Maria Cecília de Souza.

Quando a obra apresentar até três autores, men-cionam-se todos na entrada, separados por ponto-e-vírgula, seguido de espaço. Ex.:

ALMEIDA, Maria Luiza; FONTE, Luiz Carlos; BAR-RETO, João José.

Quando existirem mais de três autores, mencio-na-se o primeiro, acrescentando a expressão et al. Ex.:

SOUZA, Elizabeth de Silva et al.

Quando houver responsabilidade pelo conjunto da obra, como no caso de coletâneas de vários auto-res, a entrada deve ser feita pelo responsável intelec-tual (organizador, coordenador, editor), seguido da abreviação da palavra que caracteriza a responsabi-lidade entre parênteses. Ex.:

MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.).

• Autor entidade: (órgãos governamentais, em-presas, associações, congressos). As obras com responsabilidade de entidade têm entrada pelo seu próprio nome, por extenso. Ex.:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.

CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, 2., 2001, Rio de Janeiro.

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 86 5/19/09 8:43:33 AM

Page 40: Servico social 2009_4_3

AULA 6 — Apresentação de Trabalhos Acadêmicos – Normas da ABNT

87

Quando a entidade tem uma denominação ge-

nérica, seu nome é precedido pelo nome do órgão

superior. Ex.:

BRASIL. Ministério da Educação. MATO GROSSO

DO SUL (Estado).

Quando a entidade estiver vinculada a um órgão

maior, tem uma denominação que a identifica, a en-

trada é feita diretamente pelo seu nome em CAIXA

ALTA. Em caso de duplicidade de nomes, coloca-se

entre parênteses, no final, o nome da unidade geo-

gráfica a que pertence. Ex.:

BIBLIOTECA NACIONAL (México).

• Autoria desconhecida: quando não identifica-

do o autor, a entrada é feita pelo título, con-

siderando a primeira palavra em maiúsculas,

excluindo-se os artigos. Ex.:

DICIONÁRIOdealemão-português.

• Título: tanto o título como o subtítulo devem

ser reproduzidos tal como figuram no docu-

mento utilizado como fonte de consulta. O tí-

tulo é separado do subtítulo por dois-pontos.

Ex.:

RICHARDOSN, Roberto Jarry. Pesquisa social:

métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999.

Observe que título é sempre destacado; o subtítulo,

não. O recurso tipográfico para o destaque do título

pode ser negrito, grifo ou itálico. Títulos e subtítu-

los demasiadamente longos podem ser suprimidos,

desde que não incidam sobre as primeiras palavras,

e não altere o sentido. A supressão deve ser indicada

por reticências.

Ao referenciar-se um periódico considerando a

coleção, o título deve ser o primeiro elemento da

referência, devendo figurar em letras maiúsculas. Se

possuírem títulos genéricos, incorpora-se o nome

da entidade autora ou editora, que se vincula ao tí-

tulo por uma preposição entre colchetes. Ex.:

BOLETIM ESTATÍSTICO [da] Sociedade Nacio-

nal de Agricultura.

• Indicação de responsabilidade: nessa área de-

vem figurar outras indicações de responsabili-

dade que não sejam o autor, tais como tradu-

tor, ilustrador, entre outros. Ex.:

KELSEN, Hans. Obras completas. Tradução de

João Baptista Machado.

• Edição: deve ser indicada a partir da segun-

da, sempre em algarismos arábicos seguido da

abreviação da palavra edição, observando o

idioma do documento. Ex.:

2. ed.

5th ed.

5. ed. rev.

• Local: deve ser indicado conforme figura no

documento e, caso haja homônimos de cida-

des, acrescenta-se o nome do estado, do país.

Se houver mais de um local para uma só edi-

tora, indica-se o primeiro ou o mais destacado.

Quando a cidade não aparece no documento,

mas pode ser identificada, indica-se entre col-

chetes [ ]; sendo impossível a sua identificação,

indica-se s.l., sine loco, entre colchetes [s.l.].

• Editor(a): deve ser indicado(a) tal como figura

no documento, abreviando-se os prenomes e

suprimindo-se os elementos de natureza jurí-

dica ou comercial, desde que dispensáveis para

identificação. Ex.:

Saraiva

Editora da UFRJ.

Quando houver duas editoras, indicam-se ambas,

com seus respectivos locais. Se as editoras forem três

ou mais, indica-se a destacada ou a primeira. Na fal-

ta da editora, deve-se indicar a expressão latina sine

nomine, abreviada entre colchetes [s.n.].

• Data: a data da publicação deve ser indicada

em algarismos arábicos; considerado um ele-

mento essencial de referência, deve ser sempre

indicada, seja ela de publicação, distribuição,

copyright, impressão ou apresentação.

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 87 5/19/09 8:43:33 AM

Page 41: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

88

Caso nenhuma data de publicação, distribuição,

copyright, impressão ou apresentação possa ser iden-

tificada, registra-se uma data aproximada entre col-

chetes, conforme as indicações:

[1971 ou 1972] um ano ou outro

[1969?] data provável

[1973] data certa, não indicada

[entre 1906 e 1912] use intervalos menores de 20

anos

[ca. 1960] data aproximada

[197-] década certa

[197-?] década provável

[18--] século certo

[18--?] século provável

Nas datas de publicações periódicas, indicam-se

as datas inicial e final do período de edição, quando

se tratar de publicação encerrada. Para as coleções

em curso de publicação, indica-se apenas a data ini-

cial, seguida de hífen e um espaço. Ex.:

REVISTA BRASILEIRA DE EPIDEMIOLOGIA. São

Paulo, ABRASCO, 1998-. Quadrimestral.

Os meses devem ser abreviados no idioma da pu-

blicação, não abreviando-se os meses com quatro

letras ou menos.

• Descrição física: publicações constituídas de

apenas uma unidade física, ou seja, um volu-

me, indica-se o número total de páginas, ou

folhas, seguido da abreviatura “p.” ou “f”.

Observe que a folha é composta de duas laudas,

anverso e verso. Alguns trabalhos, como teses e dis-

sertações, são impressos apenas no anverso e, neste

caso, indica-se “ f”.

Quando o documento for publicado em mais de

uma unidade física, ou seja, mais de um volume, in-

dica-se o número destes seguido da abreviatura “v”.

Se necessário designar somente um dos volumes

utilizados, coloca-se a abreviatura “v” precedendo o

número do volume. Ex.:

4 v.

v. 2

Quando se referenciam partes de publicações, men cionam-se os números das folhas ou pági-nas ini cial e final, precedidos da abreviatura “f” ou “p.”, ou outra forma de individualizar a parte referenciada. Ex.:

p. 8-16

cap. 18

No caso de publicações não paginadas ou com pa-ginação irregular, indicam-se, por extenso, as seguin-tes expressões: não paginado; paginação irregular.

• Ilustrações: indicam-se as ilustrações de qual-quer natureza pela abreviatura “il.”, para ilus-trações coloridas, usar “ il. color.”.

• Séries e coleções: além dos dados de descrição física, podem ser incluídas notas relativas a sé-ries e/ou coleções. Indicam-se, entre parênte-ses, os títulos das séries ou coleções, separados, por vírgula, da numeração, em algarismos ará-bicos. Ex.:

(Coleção Lourenço Filho, 3).

(Coleção Amazônica. Série Inglês de Souza).

• Notas: são informações complementares, ao final da referência, sem destaque tipográfico. No caso de teses, dissertações e trabalhos aca-dêmicos, devem ser indicados em nota os tipos de documento (tese, dissertação, trabalho de conclusão etc.), o grau, a vinculação acadêmi-ca, o local e a defesa, mencionada na folha de aprovação (se houver).

Exemplos de referências bibliográficas

Publicações avulsas (LIVROS)

Conforme a situação de consulta a documentos impressos ou eletrônicos.

Consideradas no todo:

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 1996. 55 p. il.

Acesso em meio eletrônico

ABREU, Cassimiro de. As primaveras. Rio de Janeiro:

Fundação Biblioteca Nacional, 2003. Disponível

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 88 5/19/09 8:43:33 AM

Page 42: Servico social 2009_4_3

AULA 6 — Apresentação de Trabalhos Acadêmicos – Normas da ABNT

89

em: <http://www.bn.br/script/Fbn Objeto Digital. asp?pCodBibDig= 247317>. Acesso em: 9 mar. 2004.

Considerado em parte (capítulo)

VILLA, Fernanda Collart; CARDOSO, Marta Rezende. A questão das fronteiras nos estados limites. In: CARDOSO, Marta Rezende (Org.); ANDRÉ, Jacques. Limites. São Paulo: Escuta, 2004. p. 59-70.

KLINK, Amyr. Um sonho que se apaga. In: ______. Cem dias entre céu e mar. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 89-100.

Documentação jurídica

Legislação

BRASIL. Código Civil. Organização dos textos, notas remissivas e índices por Juarez de Oliveira. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

Apelação Cível

BRASIL. Tribunal Regional Federal. Região, 5. Ad-ministrativo. Escola Técnica Federal. Pagamento de diferenças referente a enquadramento de servi-dor decorrente da implantação de Plano Único de Classificação e Distribuição de Cargos e Empregos, instituído pela Lei n.º 8.270/91. Predominância da lei sobre a portaria. Apelação cível n.º 42.441-PE (94.05.01629-6). Apelante: Edilemos Mamede dos Santos e outros. Apelada: Escola Técnica Federal de Pernambuco. Relator: Juiz Nereu dos Santos. Recife, 4 de março de 1997. Lex – Jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais, São Paulo, v. 10, n.º 103, p. 558-562, mar. 1998.

Habeas corpus

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Processual penal. Habeas corpus. Constrangimento ilegal. Ha­beas corpus n.º 181.636-1, da 6.ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Brasília, DF, 6 de dezembro de 1994. Lex – Jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais, São Paulo, v. 10, n. 103, p. 236-240, mar. 1998.

Súmulas

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n.º 14.

Não é admissível por ato administrativo restringir,

em razão de idade, inscrição em concurso para

cargo público. In: ______. Súmulas. São Paulo:

Associação dos Advogados do Brasil, 1994. p. 16.

Doutrina

BARROS, R. G. de. Ministério Público: sua

legitimação frente ao Código do Consumidor.

Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados.

São Paulo. v. 19, n.º 139, p. 53-72, ago. 1995.

Documento jurídico on-line

BRASIL. Lei n.º 9.279, de 14 de maio de 1996. Re-

gula direitos e obrigações relativos à propriedade

industrial. In: SENADO FEDERAL. Legislação Re-

publicana Brasileira. Brasília, 1996. Disponível em:

<http://senado.gov.br/sf/legislação/legisla/>. Acesso

em: 23 nov. 2004.

Publicações seriadas (Revistas, Jornais)

Consideradas no todo (Coleção)

ARQUIVOS BRASILEIROS DE ARQUITETURA.

Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1969-1978.

Artigos de revista

GALVÃO, Joana; PIRES, Sueli. A atuação do

assistente social em empresas. Ciência Social,

Brasília, v. 32, n. 3, p. 54-61, set./dez. 2003.

Artigo de revista em meio eletrônico

CRISPIN, Luiz Augusto. O direito contemporâneo

e a era dos princípios. Prim@Facie, João Pessoa,

v. 2, n. 2. p. 19-28, jan./Jun. 2003. Disponível em:

<http://www.ccj.ufpb.br/primafacie/>. Acesso em:

10 mar. 2004.

Artigos de jornais

ANGIER, Natalie. O inquieto DNA. Zero Hora,

Porto Alegre, 8 mar. 2004. Eureka. Genética. p. 4-5.

Artigo de jornal em meio eletrônico

CONSTANTINO, Luciana; MENA, Fernanda. Au-

tonomia universitária tem novo impulso. Folha de

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 89 5/19/09 8:43:33 AM

Page 43: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

90

S.Paulo, São Paulo, 8 mar. 2004. Educação. Dispo-

nível em: <http://www.1.folha.uol.com.br/folha/

educação/Ult305u15167.shtml/>. Acesso em: 8 mar.

2004.

Teses e dissertações

ARAÚJO, U. A. M. Máscaras inteiriças Tukúna: pos-

sibilidades de estudo de artefatos de museu para o

conhecimento do universo indígena. 1985. 102 f.

Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Fun-

dação Escola de Sociologia e Política de São Paulo,

São Paulo, 1985.

Eventos

Considerado no todo (Anais)

SIMPÓSIOBRASILEIRODEINFORMÁTICA

NA EDUCAÇÃO, 13., 2002. São Leopoldo.

Anais... São Leopoldo: Unisinos, 2002.

Considerado em parte em meio eletrônico (trabalho

apresentado em Evento)

ZORZAL, Bruno Saiter. O ciberespaço e a dinâmica

do conhecimento. In: SIMPÓSIO DA PESQUISA

EM COMUNICAÇÃO DA REGIÃO SUDESTE,

8., 2001. Vitória. Banco de Papers. Vitória:

INTERCON, 2001. Disponível em: <http://www.

intercom.org.br/papers/indexbp.html>. Acesso em:

20 fev. 2001.

Documentos de Acesso Exclusivo em Meio

Eletrônico

Deve-se ter cuidado com esse tipo de documento

utilizando-se mensagens de correio eletrônico so-

mente na ausência de outras fontes que tratem do

assunto em pauta. Por seu caráter informal, carecem

de tratamento científico.

BLACKWELL. Bases de dados. Disponível em:

<http://www.periodicos.capes.gov.br/>. Acesso em:

22 de mar. 2004.

Citações

De acordo com a NBR 10520, citar é mencionar no

texto informações obtidas em outras fontes. As cita-

ções podem ser diretas – quando é feita a transcrição

literal do texto-fonte – ou indiretas, também chama-

das de paráfrases – quando se baseiam no texto-fonte.

Há uma formatação específica para cada tipo de

citação. As citações do tipo direta devem constar no

texto em destaque. Quando tiverem até três linhas,

devem ficar entre aspas duplas. Ex.:

De acordo com Yin (2001, p. 79), “Para ajudar

o pesquisador a realizar um estudo de caso de alta

qualidade, deve-se planejar sessões intensivas de

treinamento, desenvolver e aprimorar protocolos

de estudo de caso”.

Caso a citação direta apresente mais de três linhas,

deverá ser indicada com recuo de 4 cm da margem

esquerda, em fonte 11, justificada, sem aspas ou ou-

tro destaque. Ex.:

Considerando-se, entrementes, a importância do pa pel da universidade para a sociedade mo-derna, de atenção, de antemão, é possível in-ferir as enormes dificuldades e pressões a que estará submetida a administração desse tipo de biblioteca, porquanto

A universidade pelas próprias finalidades exerce importância na construção da socie-dade moder na. Ela tem um compromisso com o passado, preservando a memória; com o presente, gerando novos conhecimentos; e com o futuro funcionando como vanguarda [...]. Tem que estar presente e atuar de forma que seu ensino, sua pesquisa e seus serviços de extensão atendam às exigências dos novos tempos, sob perspectiva de um enfrentamen-to dos problemas da estrutura socioeconômi-ca vigente (KUNSCH, 1992, p. 23).

As citações do tipo indireta deverão aparecer no texto sem destaque, pois representam o pensamen-to do autor-fonte, porém elaboradas pelo autor do trabalho.

A citação será considerada uma paráfrase quan-do a expressão da idéia de outro for indicada com as próprias palavras, mantendo aproximadamente o mesmo tamanho do original. Será uma condensação quando a citação apresentar uma síntese de dados extraídos da fonte consultada, sem alterar a idéia do autor-fonte.

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 90 5/19/09 8:43:34 AM

Page 44: Servico social 2009_4_3

AULA 6 — Apresentação de Trabalhos Acadêmicos – Normas da ABNT

91

A indicação da autoria nas citações segue algu-mas regras: a chamada pelo sobrenome do autor ou entidade responsável deve ser em letras maiúsculas e minúsculas e, quando estiverem entre parênteses,

devem aparecer em letras maiúsculas. Ex.:

Demo (1996) atrela a atividade científica ao ques-

tionamento e, portanto, à revisão da ordem esta-

belecida, o que ameaça a manutenção do sistema

vigente.

A atividade científica deve estar atrelada ao questio-

namento e, portanto, à revisão da ordem estabeleci-

da, o que ameaça a manutenção do sistema vigente

(DEMO, 1996).

Observe que nas citações indiretas a indicação das páginas consultadas é opcional.

Caso haja necessidade de fazer supressões, inter-polações ou comentários, dar ênfase ou destaques, deve-se utilizar os seguintes recursos:

Supressões: [...]

Interpolações ou comentários: [ ]

Ênfase ou destaques: grifo ou negrito ou itálico.

Quando se tratar de informações obtidas verbal-mente (palestras, debates etc.), indicar, entre parênte-ses, a expressão “informação verbal”, mencionando-se os dados disponíveis, em nota de rodapé. Ex.:

No texto:

O acesso remoto estará disponível até o final do mês de maio (informação verbal).1

1 Notícia fornecida por Nara Silva ao JU da Unisinos, em São Leopol-do, em abril de 2004.

Sistema de chamada das citações

O sistema a ser utilizado no trabalho pode ser o

numérico ou o de autor-data. Deverá ser adotado um

único sistema, de forma a padronizar os procedi men-

tos com vistas a estabelecer um comparativo com a

lista de referências constante no final do trabalho.

No caso de se adotar o sistema autor-data, deve-se

se atentar para que se indique a autoria, tão logo

feita a citação.

Quando o(s) nome(s) do(s) responsável(is) pela

obra estiver(em) incluídos na sentença, indica-se a

data, entre parênteses, acrescida da(s) página(s), se

a citação for direta. Ex.:

Segundo Triviños (1987, p. 93), “A prática quotidiana

e as vivências dos problemas no desempenho pro-

fissional diário ajudam, de forma importantíssi ma”.

Quando houver coincidência de sobrenomes de

autores, acrescentam-se as iniciais de seus preno-

mes. Ex.:

(DORNELES, C., 2002)

(DORNELES, B. V., 1998)

Quando as citações forem de diversos docu-

mentos de um mesmo autor, publicados no mes-

mo ano, serão distinguidas pelo acréscimo de le-

tras minúsculas, em ordem alfabética, após a data

e sem espacejamento, conforme a lista de referên-

cias. Ex.:

Conforme Silva (2000a)

(SILVA, 2000b)

As citações indiretas de diversos documentos da

mesma autoria, publicados em anos diferentes e

mencionados simultaneamente, têm as suas datas

separadas por vírgula. Ex.:

(PEREIRA, 1988, 1990, 1996)

(COSTA; SILVA; BRASIL, 1990, 2003)

Caso se adote o sistema numérico, a indicação da

fonte será por uma numeração única e sucessiva, em

algarismo arábico, remetendo à lista de referências

ao final do trabalho, do capítulo ou parte, na mesma

ordem em que aparecem no texto.

Não se deve iniciar a numeração das citações a

cada página, como também não se deve utilizar esse

sistema quando há notas de rodapé.

A indicação da numeração pode ser feita entre

parênteses ou não, alinhada ao texto, ou situada

pouco acima da linha do texto em expoente à linha

deste, após a pontuação que fecha a citação. Ex.:

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 91 5/19/09 8:43:34 AM

Page 45: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

92

No texto:

O foco básico do varejo está localizado no con-

sumidor final2.

No rodapé:

2 NOVAES, Antônio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

Conforme pode-se verificar no exemplo, a pri-

meira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve

aparecer completa; as subsequentes de uma mesma

obra podem ser referenciadas de forma abreviada

utilizando as seguintes expressões:

Idem – mesmo autor – Id;*

Ibidem – na mesma obra – Ibid.;

Opus citatum, opere citato – obra citada – op. cit.;*

Passim – aqui e ali, em diversas passagens –

passim;*

Loco citato – no lugar citado – loc. cit.;

Confira, conforme – cf.;

Sequentia – seguinte ou que se segue – et seq.;*

Apud – citado por, conforme, segundo.

* Estas expressões só podem ser utilizadas caso a citação ocorra na mesma página.

A expressão apud poderá ser utilizada também quando se adota o sistema autor-data, para o caso de indicar citação de citação.

Notas de rodapé

As notas de rodapé podem ser de referência, confor-

me explicado anteriormente, ou notas explicativas.

As notas explicativas devem seguir uma única

e consecutiva numeração, não se iniciando nova a

cada página, e servem para acrescentar informações

que não puderam constar no texto. Ex.:

No texto:

Outros estudiosos3 da comunicação que também

atuaram nos Estados Unidos foram especialistas em

Ciência Política.

No rodapé:

3 A linha norte-americana de pesquisa sempre seguiu tendências mais quantitativas.

* ANOTAÇÕES

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 92 5/19/09 8:43:34 AM

Page 46: Servico social 2009_4_3

Referências

93

Referências

ARAÚJO, C. B. Z. M.; DALMORO, E. L.; FIGUEIRA, K. C. N. Trabalhos monográficos: normas técnicas e padrões. Campo Grande: Uniderp, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

______. NBR 6024: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 1989.

______. NBR 6027: sumário. Rio de Janeiro, 1989.

______. NBR 6028: resumo. Rio de Janeiro, 1990.

______. NBR 10520: apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2002.

______. NBR 10719: apresentação de relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro, 1989.

______. NBR 14724: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002.

AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica. 5. ed. Piracicaba: UNIMEP, 1997.

______. O prazer da produção científica. 7. ed. Piracicaba: UNIMEP, 1999.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 12. ed. São Paulo:Ática,2000.

CHIZZOTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 1995.

CONTANDRIOPOULOS, André-Pierre et al. Saber preparar uma pesquisa. Tradução de Silvia Ribeiro de Souza. 3. ed. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Abrasco, 1999.

DENCKER,Ada;VIÁ,SarahChucidda.Pesquisa empírica em ciências humanas (com ênfase em comunicação). São Paulo: Futura, 2001.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

______. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1996.

______. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1996.

LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica: ciência e conhecimento científico, métodos científicos, teoria, hipóteses e variáveis. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

______; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1995.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: planejamento e execucão de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 3. ed. Sao Paulo: Atlas, 1998.

MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

______. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

MEGALE, Januario Francisco. Introdução às ciências sociais: roteiro de estudo. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1989.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

______; SANCHES, Odécio. Quantitativo-qualitativo: oposição ou complementaridade? Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, jul./set. 1993.

MORAIS, Régis. Filosofia da ciência e da tecnologia. 5. ed. Campinas: Papirus, 1988.

NEVES, José Luis. Pesquisa qualitativa – características, usos e possibilidades. Caderno de Pesquisa em Administração, São Paulo, v. 1, n. 3, 2. sem./ 1996, p. 1-5. Disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br/Cad-pesq/arquivos/C03-art06.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2008.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. ampl. rev. São Paulo: Atlas, 1999.

SANTOS FILHO, José Camilo dos. Pesquisa educacional: qualidade-quantidade. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

SANTOS, Antonio Raimundo. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 3. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 20. ed. São Paulo: Cortez, 1996.TRINDADE, Vitor; FAZENDA, Ivani; LINHARES, Célia (Org.). Os lugares dos sujeitos na pesquisa educacional. Campo Grande: EdUFMS, 1999.

TRIVIÑOS, Nibaldo. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1992.

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 93 5/19/09 8:43:34 AM

Page 47: Servico social 2009_4_3

Unidade Didática — Metodologia da Pesquisa Científica

94

SEMINÁRIO INTEGRADO

Caro(a) Acadêmico(a),

A unidade didática Seminário Integrado visa a

articulação das unidades existentes no módulo, e

a percepção da aplicação prática dos conteúdos

ministrados.

Por meio da interdependência adquirida com as

unidades didáticas deste Seminário, o futuro pro-

fissional será capaz de articular a teoria, adquirida

no ensino superior, com a prática exigida no coti-

diano da profissão. Para tanto, é necessário o enten-

dimento de que os conteúdos, de cada Unidade Di-

dática, permitirão um estudo integrado, formando

um profissional completo e compromissado com o

mercado de trabalho.

Ao desenvolver esta unidade, você deverá aplicar

todos os conhecimentos adquiridos no decorrer do

módulo, elaborando uma atividade.

A atividade referente ao Seminário Integrado está

disponibilizada no Portal da Interativa.

Bom trabalho!

Professores Interativos do Módulo

Comunicação e Metodologia da Pesquisa

94

Modulo01_SSocial_4sem_Unidade03.indd 94 5/19/09 8:43:35 AM