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Serv iço Soc ia l C ad erno d e A t iv id ad es 1

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CAPA 21 cmLOMBADA

1,2 cmCONTRA-CAPA 21 cm

Serviço SocialCaderno de Atividades

1

29,7

cm

Anhanguera Publicações

Alameda Maria Tereza, 2.000

Valinhos - SP - CEP 13278-181

Serv

iço

Soci

al1

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Universidade Anhanguera - UniderpCentro de Educação a Distância

Caderno de Atividades

Serviço Social

Coordenação do Curso

Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre

Autores

Ana Lucia Américo Antonio

Angela Cristina Dias do Rego Catonio

Edilene Xavier Rocha Garcia

Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre

Helenrose A. da S. Pedroso Coelho

Luciano Gamez (org.)

Ricardo Leite de Albuquerque

Yaeko Ozaki

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Universidade Anhanguera - UniderpCentro de Educação a Distância

ChancelerAna Maria Costa de Sousa

ReitorGuilherme Marback Neto

Vice-ReitoraHeloisa Helena Gianotti Pereira

Pró-ReitoresPró-Reitor Administrativo: Antonio Fonseca de CarvalhoPró-Reitor de Extensão, Cultura e Desporto: Ivo Arcângelo Vendrúsculo BusatoPró-Reitor de Graduação: Eduardo de Oliveira EliasPró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação: Elizabeth Tereza Brunini Sbardelini

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIADiretor-GeralJosé Manuel Moran

Diretor-AdjuntoLuciano Sathler

Coordenação de Qualidade do Material DidáticoLuciano Gamez: Coordenador e organizador da publicaçãoBarbara Monteiro Gomes de CamposBruno Tonhetti GalasseFernanda Bocchi BalthazarHelena OkadaLucia Helena Paula do CantoWaurie Rolão

IlustraçõesEdnei Marx

ANHANGUERA PUBLICAÇÕESGerente EditorialAdauto Damásio

C129 Caderno de atividades: serviço social / Ana Lucia Américo An-

tonio... [et. al.].; Organizador Luciano Gamez; Coordenação do curso Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre. – Valinhos : Anhanguera Publicações, 2011. 288 p.

ISBN: 978-85-7969-053-2

1. Serviço social. I. Antonio, Ana Lucia Américo. II. Gamez, Luciano. III. Nobre, Elisa Cléia Pinheiro.

CDD - 20.ed. : 370.15

© 2011 Anhanguera Publicações - Proibida a reprodução fi nal ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modifi cada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Impresso no Brasil 2011

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Nossa Missão, Nossos Valores

Desde sua fundação, em 1994, os fundamentos da “Anhanguera Educacional” têm sido o principal motivo do seu crescimento.

Buscando permanentemente a inovação e o aprimoramento acadêmico em todas as ações e programas, é uma Instituição de Educação Superior comprometida com a qualidade do ensino, pesquisa de iniciação científi ca e extensão, que oferecemos.

Ela procura adequar suas iniciativas às necessidades do mercado de trabalho e às exigências do mundo em cons-tante transformação.

Esse compromisso com a qualidade é evidenciado pelos intensos e constantes investimentos no corpo docente e de funcionários, na infraestrutura, nas bibliotecas, nos laboratórios, nas metodologias e nos Programas Institu-cionais, tais como:

• Programa de Iniciação Científi ca (PIC), que concede bolsas de estudo aos alunos para o desenvolvimento de pesquisa supervisionada pelos nossos professores.

• Programa Institucional de Capacitação Docente (PICD), que concede bolsas de estudos para docentes cursa-rem especialização, mestrado e doutorado.

• Programa do Livro-Texto (PLT), que propicia aos alunos a aquisição de livros a preços acessíveis, dos melhores autores nacionais e internacionais, indicados pelos professores.

• Serviço de Assistência ao Estudante (SAE), que oferece orientação pessoal, psicopedagógica e fi nanceira aos alunos.

• Programas de Extensão Comunitária, que desenvolve ações de responsabilidade social, permitindo aos alunos o pleno exercício da cidadania, benefi ciando a comunidade no acesso aos bens educacionais e culturais.

A fi m de manter esse compromisso com a mais perfeita qualidade, a custos acessíveis, a Anhanguera privilegia o preparo dos alunos para que concretizem seus Projetos de Vida e obtenham sucesso no mercado de trabalho. Adota inovadores e modernos sistemas de gestão nas suas instituições. As unidades localizadas em diversos Es-tados do País preservam a missão e difundem os valores da Anhanguera.

Atuando também na Educação a Distância, orgulha-se em oferecer ensino superior de qualidade em todo o Terri-tório Nacional, por meio do trabalho desenvolvido pelo Centro de Educação a Distância da Universidade Anhan-guera - Uniderp, nos diversos polos de apoio presencial espalhados por todo o Brasil. Sua metodologia permite a integração dos professores, tutores e coordenadores habilitados na área pedagógica, com a mesma fi nalidade: aliar os melhores recursos tecnológicos e educacionais, devidamente revisados, atualizados e com conteúdo cada vez mais amplo para o desenvolvimento pessoal e profi ssional de nossos alunos.

A todos, bons estudos!

Prof. Antonio Carbonari NettoPresidente - Anhanguera Educacional

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Sobre o Caderno de Atividades

Caro(a) Aluno(a),

Você está recebendo o Caderno de Atividades, preparado pelos professores do Curso de Graduação em que você está matriculado, com o objetivo de contribuir para a sua aprendizagem. Ele aprofunda os conteúdos disponíveis nas publicações que fazem parte do Programa do Livro-Texto (PLT), trazendo orientações de estudo, destaques, propostas de atividades individuais e em grupo e desafi os de aprendizagem a serem realizados.

As questões propostas foram elaboradas pelos docentes ou adaptadas de provas públicas já realizadas, inclusi-ve do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), que tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação a conhecimentos, habilidades e competências, necessários ao seu futuro desempenho profi ssional. Essa inclusão de perguntas, selecionadas a partir de avaliações ocorridas fora do âmbito universitário, colabora na sua preparação para o enfrentamento de situações mais contextualizadas.

Você também vai encontrar caminhos para vincular os textos e questões com as teleaulas do seu curso. Isso permite planejar com antecedência seu tempo e dedicação, estudar os temas previamente e se preparar para aproveitar ao máximo a interação com a equipe docente.

Desejamos que você tenha um ótimo semestre letivo.

José Manuel Moran e Luciano SathlerDiretoria do Centro de Educação a Distância

Universidade Anhanguera - UNIDERP

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Autores

Ana Lúcia Américo AntonioGraduação: Serviço Social - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - 1999.

Especialização: Trabalho Social com Famílias - Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (UNIDERP) - 2001.

Angela Cristina Dias do Rego CatonioGraduação: Letras - Português/Inglês - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - 1996.

Especialização: Comunicação Social - Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) - 1999.Mestrado: Comunicação Social - Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) - 2000.

Edilene Xavier Rocha GarciaGraduação: Serviço Social - Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMT) - 1988.

Especialização: Gestão de Políticas Sociais - Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (UNIDERP) - 2003.

Mestrado: Desenvolvimento Local - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - 2007.

Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues NobreGraduação: Serviço Social - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - 1992.

Especialização: Políticas Sociais - Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (UNIDERP) - 2003.

Mestrado: Educação - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) - 2007.

Helenrose Aparecida da Silva Pedroso CoelhoGraduação: Ciências Sociais - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - 1982.

Direito - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - 1992.Psicologia - Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal (UNIDERP) - 2004.

Especialização: Gestão Judiciária Estratégica - Centro Federal de Educação Tecnológica de Mato Grosso (CEFET-MT) - 2007.Mestrado: Psicologia Social - Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - 2007.

Luciano Gamez - Organizador da publicaçãoGraduação: Psicologia - Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação - Universidade de Lisboa (FPCE-UL) - 1992.

Mestrado: Engenharia Humana - Universidade do Minho (UMINHO) - 1998.Doutorado: Engenharia de Produção - Área de concentração: Ergonomia - Universidade Federal de Santa Catarina

(UFSC) - 2004.

Ricardo Leite de AlbuquerqueGraduação: Licenciatura em Educação Física e Técnica de desporto - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - 1976.

Especialização: Aperfeiçoamento em Informática Aplicada à Educação - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - 1987.

Mestrado: Educação - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) - 1999.

Yaeko OzakiGraduação: Psicologia - Universidade São Francisco (USF) - 1992.

Especialização: Administração de Recursos Humanos - Universidade São Judas Tadeu (USJT) - 1993.Mestrado: Clínica Médica - Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNI-CAMP) - 2008.

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Família e Sociedade

Tema 1 - Mudanças Estruturais, Política Social e Papel da Família ............................... 15

Tema 2 - Novas Propostas e Dinâmica da Família ........................................................ 22

Tema 3 - Transformações Econômicas e Sociais no Brasil dos Anos 1990 e seu Impacto no Âmbito da Família ............................................................ 28

Tema 4 - A Família, a Criança e o Adolescente ........................................................... 34

Tema 5 - Família - e as Situações Vivenciadas por seus Membros ................................ 41

Tema 6 - Família e Trabalho ........................................................................................ 48

Tema 7 - Programas de Atendimento à Família ........................................................... 55

Tema 8 - O Assistente Social e o Trabalho com Famílias .............................................. 61

Serviço Social na Contemporaneidade

Tema 1 - Preleções sobre a Gênese do Serviço Social .................................................. 79

Tema 2 - A Especificidade do Serviço Social ................................................................ 86

Tema 3 - O Serviço Social e as Políticas Sociais ........................................................... 93

Tema 4 - A Natureza Subalterna do Serviço Social .................................................... 100

Tema 5 - O Objeto do Serviço Social ........................................................................ 107

Tema 6 - Particularidades do Serviço Social .............................................................. 114

Tema 7 - Teoria e Prática no Serviço Social ............................................................... 120

Tema 8 - Demandas Profissionais do Serviço Social ................................................... 126

Sumário

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Tecnologias da Informação e da Comunicação

Tema 1 - A Relação entre a Tecnologia e a Comunicação ......................................... 142

Tema 2 - O Fenômeno Técnico e suas Particularidades no Âmbito da Comunicação e da Cultura Contemporânea .................................................................... 148

Tema 3 - A Tecnologia da Informação e a Utilização de suas Ferramentas Computacionais no Apoio à Atuação Profissional do Assistente Social ....... 155

Tema 4 - Mídia e Questão Social: o Direito à Informação como Direito Humano ....... 162

Tema 5 - A Indústria Cultural e seus Produtos Midiáticos .......................................... 169

Tema 6 - Configurações Midiáticas da Globalização: Hegemonia e Monopólios ....... 176

Tema 7 - A Blogosfera e as Alternativas à Comunicação Hegemônica ...................... 182

Tema 8 - O Assistente Social na Era das Comunicações ............................................ 189

Leitura e Produção de Textos

Tema 1 - Leitura, Texto e Sentido ............................................................................. 204

Tema 2 - Texto e Contexto ....................................................................................... 212

Tema 3 - Texto e Intertextualidade ........................................................................... 221

Tema 4 - Coerência Textual: um Princípio de Interpretabilidade ................................ 231

Desenvolvimento Pessoal e Profissional

Tema 1 - Você no Mundo ........................................................................................ 253

Tema 2 - Você com os Outros .................................................................................. 259

Tema 3 - Você e a Empregabilidade.......................................................................... 267

Tema 4 - Você Conquistando Oportunidades ........................................................... 275

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Serviço Social na Contemporaneidade

Autoras:Edilene Xavier Rocha GarciaElisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre

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Serviço Social na Contemporaneidade

Orientações de estudo

Caro(a) aluno(a),

Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro A Natureza do Serviço Social, do autor Car-los Montaño, Editora Cortez, 2009, 2ª Edição PLT 354.

Ele é composto de oito temas:

Tema 1Preleções sobre a Gênese do Ser-viço Social

Aborda os conteúdos do capítulo 1, itens 1 e 2, páginas 17-54 do PLT. Nele, você observará que o autor realiza uma discussão entre autores de diferentes vertentes sobre as causas que provocaram a emergência do Serviço Social enquanto profi ssão e sua legitimação social.

Apresenta duas teses declaradamente opostas sobre a origem da profi ssão: uma que defende a profi ssionalização do voluntariado e outra a satisfação e manutenção do projeto hegemônico da classe burguesa.

Assim discorre a respeito da natureza, gênese, funcionalidade e legitimidade do Serviço Social.

Tema 2A Especifi cidade do Serviço Social

Aborda os conteúdos do capítulo 1, item 2, páginas 54-69 do PLT. Nele, Montaño examina a legitimidade do Serviço Social enquanto profi ssão, sua utilidade pública e, o mais importante, a tensão em que vive o assistente social situado entre a lógica da perspectiva Endogenista e os fundamentos da perspectiva Histórico-crítica, pois, nas palavras do autor, ou há de servir a um ou a outro senhor.

Tema 3O Serviço Social e as Políticas Sociais

Aborda os conteúdos do capítulo 1, das páginas 69-92 do PLT. Nele, você perceberá que o autor apresenta suas considerações sobre a as políticas sociais e o Serviço social. Você deve entender que, nessa obra, Montaño (2007) apresenta duas teses sobre a emergência do Serviço Social e, assim, o conteúdo das páginas acima citadas segue na mesma vertente, ou seja, por meio da contribuição de Alejandra Pastorini, tenta mostrar como as duas con-cepções por ele abordadas, a perspectiva Endogenista e a perspectiva Histórico-crítica, conceituam e interpretam a relação do Serviço Social com as políticas sociais.

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Tema 4A Natureza Subalterna do Serviço Social

Aborda os conteúdos do capítulo 2, páginas 93-117 do PLT. Nele, o autor realiza uma diferenciação entre gênese e estrutura, surgimento e evolução do Serviço Social no Brasil. Discute que, apesar de acirradas tentativas, a pro-fi ssão ainda não se “libertou” do Endogenismo que marcou a origem da profi ssão, nem do “discurso romântico” contra a ordem hegemônica capitalista, o que, na visão do autor, impede o Serviço Social brasileiro de questionar-se socialmente. Discorre sobre o caráter de subalternidade atribuído à profi ssão e divide-o em quatro tópicos explicando-os concisamente. Uma refl exão indispensável à formação profi ssional, descortinando verdades, des-mistifi cando paradigmas, apontando saídas a problemas cotidianos.

Tema 5O Objeto do Serviço Social

Aborda os conteúdos do capítulo 2, item 2, páginas 118-143 do PLT. Nele, você verá que o autor faz uma crítica sobre a existência, ou não, de um objeto específi co de estudo e intervenção do Serviço Social. Apresenta diversos autores que versam sobre o tema sob pontos de vistas diferentes, e a necessidade que a categoria de assistentes sociais se depara em encontrar uma especifi cidade da profi ssão a fi m de legitimá-la socialmente.

Tema 6Particularidades do Serviço Social

Aborda os conteúdos do capítulo 2, páginas 143-161 do PLT. Nele, o foco de discussão são as particularidades do Serviço Social como profi ssão inserida na divisão sociotécnica do trabalho. Para respaldar as refl exões referentes a esse tema, faz-se necessário compreender o conceito de “trabalho” e o seu signifi cado para o Serviço Social. Abre-se aqui um espaço para uma profunda refl exão sobre o conceito de trabalho e se esse conceito aplica-se ao Serviço Social.

É também um espaço propício para debater sobre as particularidades que envolvem o Serviço Social, que segundo Montaño (2007, p. 154) “são desdobramentos da inserção da profi ssão na divisão sociotécnica do trabalho e suas características históricas”.

Tema 7Teoria e Prática no Serviço Social

Aborda os conteúdos do capítulo 2, páginas 161-194 do PLT. Nele, o autor realiza uma discussão sobre a teoria e a prática do Serviço Social, buscando entender esse conceito não só no que diz respeito aos termos em si, mas, sim, analisando a abrangência que a compreensão destes deve ter no desenvolvimento do “fazer” do assistente social.

Estabelece uma análise baseada no “Método Belo Horizonte”, o qual é utilizado como base pelos praticistas, ou seja, aqueles profi ssionais que defendem que a prática é a base para a construção da teoria, como referencial para defesa dos conceitos ali apresentados. Emerge dessa discussão a necessidade de se entender a especifi cidade do Serviço Social, compreendendo suas particularidades, assuntos estes já estudados em temas anteriores, mas que sempre permeará a discussão sobre o Serviço Social como profi ssão.

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Tema 8Demandas Profi ssionais do Serviço Social

Aborda os conteúdos do capítulo 2, páginas 194-200 do PLT. Nele, você observará que o autor realiza uma dis-cussão sobre as demandas tradicionais e as demandas atuais do Serviço Social, chamando a atenção para a ne-cessidade de atualização dessa profi ssão para que não fi que presa ao conservadorismo no campo da intervenção profi ssional.

Dessa forma, ressalta o autor que o assistente social deve assumir a responsabilidade e o desafi o de enfrentamen-to às novas demandas, saturando-se de conhecimento crítico sobre a dinâmica da realidade sobre a qual e com a qual interage, pois é essa realidade o seu verdadeiro campo de atuação.

A análise de Montaño (2007) nesse tema reveste-se de importância, pois o profi ssional de Serviço Social deve ter clareza de que o seu conhecimento não deve se limitar à academia, mas, sim, deve sempre ser atualizado para que possa acompanhar e entender as mudanças que o movimento societário apresenta, podendo, assim, intervir com segurança e qualidade nas situações de vulnerabilidade social advindas da transformações sociais, além de compreender a necessidade de abertura de novos campos de trabalho para a profi ssão.

ATENÇÃO! As respostas para as atividades deste caderno estão disponíveis no ambiente vir-tual do curso. Consulte seu tutor presencial para mais informações.

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Tema 1Preleções sobre a Gênese do Serviço Social

Objetivos de aprendizagem

• Compreender o surgimento do Serviço Social como profi ssão.

• Discutir a perspectiva evolucionista e a perspectiva Histórico-crítica.

• Refl etir sobre a natureza, a gênese, e a funcionalidade do Serviço Social.

Para início de conversaNeste tema, você irá estudar a origem do Serviço Social en-quanto profi ssão. Você sabe por que este tema é importante? Porque ele permite discutir a realidade do Serviço Social na contemporaneidade. Serão abordadas as transformações que a economia, a política e a cultura provocaram na sociedade brasileira e como isso infl uenciou a profi ssão.

Por dentro do tema

Neste primeiro capítulo, Carlos Montaño analisa sucintamente duas teses anta-gônicas que afi rmam fundamentar a origem do Serviço Social como profi ssão reconhecida pela sociedade. Em cada uma delas, apresenta autores renomados que desenvolveram minuciosas pesquisas, detalhadas investigações, bem como inúmeras publicações que justifi cam suas ponderações.

A primeira tese denominada perspectiva Endogenista defende que o Serviço So-cial nada mais é que a “evolução, organização e profi ssionalização das formas ‘anteriores’ de ajuda da caridade e da fi lantropia, vinculada agora à intervenção na ‘questão social’” (MONTAÑO, p.20), enquanto que a segunda tese, a perspectiva Histórico-crítica, advoga que a gênese e a natureza do Serviço Social reproduzem o projeto político-econômico e ideológico da classe burguesa no contexto do capitalismo.

Essa discussão é de fundamental importância, pois oferece ferramentas teóricas ao aluno para não só com-preender a história da profi ssão, mas também para mostrar sua signifi cação social na contemporaneidade. Além disso, permite uma refl exão sobre a identidade do assistente social na atualidade e os desafi os que se inserem nesse contexto.

Nas análises de Montaño, a perspectiva Evolucionista separa história e sociedade, ou seja, são demonstradas apenas como um

cenário de desenvolvimento profi ssional […], como uma maquete onde se insere uma peça autônoma” des-conexa do fator que a determina, a história e como o homem e as relações sociais na história. Se a origem do Serviço Social pode ser considerada como uma “evolução das formas anteriores de assistência e ajuda […] deveríamos remontar a gênese do Serviço Social à Eva (para os cristãos) ou aos primeiros primatas (para os darwinistas) como antecessores e precursores do Serviço Social. (MONTAÑO, pp. 28-29)

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Na perspectiva Histórico-crítica, a função do Serviço Social é autenticar, justifi car a ordem burguesa, na medida em que o Estado assume a questão social como sua responsabilidade, por meio das políticas sociais.

Desta forma, o autor possibilita uma investigação do caráter, da origem e das funções da profi ssão. Observe que Montaño torna possível a verifi cação de um conjunto de fatores, de pontos de vista divergentes, que contribuem para compreender o Serviço Social na contemporaneidade.

No aporte do autor, esses elementos ainda não têm sido debatidos o sufi ciente, produzindo assistentes sociais com uma formação teórico-metodológica mutilada.

Há que se discutir o papel do Serviço Social na sociedade contemporânea e os rumos da profi ssão. Qual tese se efetiva: a perspectiva Endogenista, uma fi lantropia e caridade profi ssionalizada, ou a perspectiva Histórico-crítica, o cumprimento do projeto político-econômico burguês a serviço do capital, desempenhando o controle social na execução terminal das políticas sociais?

Anotações _______________________________________________________________________________________________

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Serviço Social na Contemporaneidade Tema 1 - Atividades

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu.

Questão 1

(FEPESE, 2006 - adaptada). No exercício profi s-sional o assistente social desenvolve ações nas quais reconhece que:

I. A solidariedade contemporânea e a solida-riedade missionária são alternativas de so-brevivência das famílias empobrecidas.

II. A família só pode ser atendida de forma dig-na se cada um dos seus segmentos (criança, adolescentes, adultos e idosos) for conside-rado na sua individualidade.

III. Família é uma construção social, cultural e histórica, um núcleo formado por membros que têm laços consanguíneos, que mantêm relações de afetividade e de convivência e é locus onde se constróem subjetividades.

IV. Sua contribuição se dá no exercício do con-trole social em favor da ideologia dominan-te.

V. Importância de se identifi car as fragilidades que as situações de vida impõem a todos os cidadãos, o que evidencia o caráter indivi-dualizado das necessidades sociais.

Representam o pensamento Endogenista:

a) As afi rmativas III, IV e V.

b) As afi rmativas I, II, e V.

c) As afi rmativas I, III eIV.

d) As afi rmativas II, III e IV.

e) As afi rmativas I,IV e V.

Questão 2

Leia o texto com atenção, inclusive as notas de rodapé, e assinale a única alternativa correta.

Juan Barreix diferencia caridade de fi lantropia afi rmando que:

a) Caridade refl ete voluntariado e fi lantropia ações civis.

b) Caridade se refere às ações religiosas da Ida-de Média e fi lantropia às ações religiosas contemporâneas.

c) Caridade e fi lantropia são sinônimos.

Atividades

INSTRUÇÕES

É chegado o momento de verifi car seu aprendi-zado. Leia com muita atenção cada enunciado, pois da interpretação correta depende o acerto de cada questão. Os 4 primeiros exercícios serão resolvidos individualmente. A atividade de nú-mero 5 também será individual e sua resposta valerá nota e deverá ser postada no ambiente virtual de aprendizagem - Moodle. As questões de 6 a 10 serão desenvolvidas em grupo de 4 a 5 membros, no máximo. Essa profi ssão requer trabalho em equipe. Divergência de ideias será inevitável. Discuta, leia o material de apoio, re-fl ita com o grupo e chegue a um consenso. Esse exercício faz parte da sua formação profi ssional.

Atenção: Apenas a proposição de número 5 de-verá ser postada no ambiente virtual e valerá nota. Tal atividade deverá ser realizada indivi-dualmente e postada no Moodle.

Ponto de partida

Carlos Montaño realiza uma análise das causas que deram início ao Serviço Social como profi s-são legitimada socialmente. O autor se baseia em quais documentos para concretizar tal refl e-xão?

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Serviço Social na ContemporaneidadeTema 1 - Atividades

faz parte. Todavia, a relativa autonomia dos profi ssionais e seus compromissos ético-políti-cos com os usuários dos serviços institucionais permitem que desenvolvam uma prática profi s-sional:

I. Crítica, em face das demandas e limites ins-titucionais, valorizando os interesses dos usuá rios e sustentando a construção coletiva de respostas às suas demandas.

II. Neutra, objetivando evitar a presença e o acirramento das contradições sociais.

III. Legitimadora da política institucional, por meio da imposição de suas normas e da de-fesa de seus objetivos e interesses.

IV. Conservadora, atuando de modo a enqua-drar demandas dos usuários nos limites ins-titucionais e defendendo os interesses domi-nantes na instituição.

V. Voluntarista, desconsiderando as contradi-ções sociais e institucionais.

Quais afi rmativas representam a perspectiva Histórico-crítica?

a) I e V.

b) II e III.

c) I e IV.

d). II e V.

e) III e IV.

Questão 5

José Paulo Netto contribui com a perspectiva Histórico-crítica ao afi rmar que os processos po-líticos, culturais, econômicos e sociais da ordem burguesa no período do capitalismo monopolis-ta “gestam as condições histórico-sociais” que favoreceram a gênese do Serviço Social.

POR QUE

Sem essa verifi cação, a análise do Serviço Social perde sua solidez e não passará de uma descri-ção histórica de um conjunto de fatos que ocor-reram, todavia não têm relação entre si e ainda que tais elementos sobrevieram de forma linear, sem oscilação, nem decorrências.

CONSEQUENTEMENTE

“na emergência profi ssional do Serviço Social, não é este que se constitui para criar um dado espaço na rede sócio-ocupacional, mas é a exis-tência deste espaço que leva à constituição pro-fi ssional [...]”

d) Conceitua caridade por ajuda humanitária e Filantropia por ações religiosas.

e) Defi ne caridade como inspiração religiosa e fi lantropia como a ajuda humanitária.

Questão 3

Na perspectiva Histórico-crítica o Serviço Social se originou da “síntese dos projetos político-econômicos. Eles operam no desenvolvimento histórico, em que se reproduz material e ideo-logicamente a fração de classe hegemônica, quando no contexto do capitalismo na sua ida-de monopolista, o Estado toma para si as res-postas à questão social”.

Com essa afi rmação seus defensores advogam que:

I. O Serviço Social nasce para cumprir os inte-resses ideológicos da classe dominante.

II. O Serviço Social emerge para subsidiar a luta da classe operária.

III. O Serviço Social surge para cumprir uma função na ordem social e econômica como partícipe na reprodução das relações sociais e ideológicas hegemônicas.

IV. A gênese do Serviço Social pode ser compreen dida como um produto histórico encontrado para solucionar a desigualdade social advinda da Revolução Industrial.

V. O profi ssional do Serviço Social desempenha um papel claramente político, cuja função se encaixa na engrenagem da divisão socio-técnica do trabalho.

Assinale a única alternativa correta.

a) Todas as alternativas estão corretas.

b) Apenas II, III e V estão corretas.

c) Apenas I, III e IV estão corretas.

d) Apenas I, II e IV estão corretas.

e) Apenas I, III e V estão corretas.

Questão 4

(ENADE, 2004 - adaptada). Do ponto de vista das instituições empregadoras do assistente so-cial, o conjunto de estratégias profi ssionais tem como objetivo último legitimar e reproduzir a instituição e a sociedade de classes da qual ela

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Serviço Social na Contemporaneidade Tema 1 - Atividades

A esse respeito, é possível concluir que:

I. O fato de a institucionalização do Serviço Social ocorrer após a Grande Depressão não pode ser considerado uma coincidência cro-nológica.

II. A legitimação do Serviço Social não deve ser atribuída à profi ssionalização da ajuda ou da caridade, pois é necessário considerar a ordem monopólica capitalista.

III. Na perspectiva Histórico-crítica o assistente social contribui com o aumento do acúmulo do capital e manutenção do sistema.

IV. O contexto social, cultural, econômico e po-lítico não podem ser avaliados como deter-minantes na emergência do Serviço Social, uma vez que desconsidera a luta das classes no período do capitalismo monopolista.

V. Relacionar o contexto histórico ao surgi-mento da profi ssão signifi ca afi rmar que os “atores”, os “protagonistas” do Serviço Social como profi ssão são “sempre pessoas singulares”, nunca podem ser considerados “atores coletivos”.

Assinale a única alternativa correta:

a) Todas as alternativas são falsas.

b) Apenas I, II, e V estão corretas.

c). Apenas II, IV e V estão corretas.

d) Apenas I, II e C estão corretas.

e) Todas as alternativas estão corretas.

Questão 6

Complete as lacunas:

Natálio Kisnerman (1980) pretende compreen-der a história do Serviço Social, avaliando _______________________________. Dessa forma re-monta a origem da profi ssão ao Positivismo de Comte, ao Século XIX. A gênese do Serviço So-cial aparece identifi cada aqui “claramente __________________________________ sistemática de orientação protestante, por um lado, ou como forma prática da sociologia, por outro lado”. Mas, ao contrário de Kruse, negando como an-tecedentes da profi ssão ____________________________________________. Assim, Kisnserman, es-quematizando uma suposta perspectiva dialéti-ca, resume dizendo: o processo do Serviço Social é dialético […] A etapa _____________________________________ constitui a tese […] surge o Servi-

ço Social como antítese, […] A partir de 1965, os movimentos de _____________________________ negam o Serviço Social - que agora é qualifi -cado como____________________ - e procuram superá-lo numa síntese…”. (MONTAÑO, p. 21)

Questão 7

(ENADE, 2007 - adaptada). A análise do signi-fi cado social do Serviço Social no processo de reprodução das relações sociais salienta o ca-ráter contraditório da profi ssão. Ela reproduz, pela mesma atividade, interesses contrapostos que convivem em tensão, demandas do capital e do trabalho e só pode fortalecer um ou outro polo pela mediação de seu oposto. Esse caráter contraditório da atuação profi ssional decorre da relação de classes. Esta defi nição deriva de qual perspectiva quanto à natureza, gênese e funcionalidade do Serviço Social?

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Questão 8

Balbina Ottoni Vieira, uma das representantes da perspectiva Endogentista realiza uma análi-se bastante ousada na visão dos demais autores. Em um mínimo de 7 e num máximo de 10 linhas destaque suas principais ideias.

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Serviço Social na ContemporaneidadeTema 1 - Atividades

Questão 9

O que Maria Lúcia Martinelli pretende demons-trar ao afi rmar que na lógica da perspectiva Histórico-crítica o assistente social assume uma “identidade atribuída”? Mínimo de 5 e máximo de 7 linhas.

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Questão 10

Em um mínimo de duas linhas e num máximo de quatro explique com suas palavras o que susten-ta a perspectiva Endogenista quanto à origem do Serviço Social.

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AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Você quer saber mais sobre esse assunto? Então, consulte:

• Acesse o site do Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo - CRESS/SP. Disponível em: <http://www.cress-sp.org.br/index.asp?fuse action=historia_ano>. Acesso em: 18 nov. 2010.

Você não pode deixar de navegar nesse site. Logo que abrir o link observará uma “linha do tempo”; clique em cada ano que aparece na tela de seu computador e aparecerá a síntese histórica correspondente àquele ano.

• Assista ao vídeo do Youtube. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=cyHekEAB_js&feature=related>. Acesso em: 23 nov. 2010. Nele, Carlos Montaño (2009) apresenta duas teses a respeito da origem do Serviço Social. Você verifi cou que a perspectiva Histórico-crítica sustenta a gênese, natureza e funcionalidade

da profi ssão como um produto histórico, cujo propósito é manter a ideologia dominante.

• Assista ao vídeo do Youtube, disponível no endereço eletrônico <http://www.youtube.com/watch?v=vwC6fL57Idw>. Acesso em: 23 nov. 2010. Esse vídeo traz uma entrevista com uma assistente social.

No seu PLT você verifi cou a perspectiva Endogenista que defende que a gênese, a natureza e a funcionalidade do Serviço Social se deram pela profi ssionalização das formas de ajuda ao próximo. Assista ao vídeo Aprenda um pouco sobre Serviço Social e refl ita a respeito das transformações que a profi ssão vem atravessando na contemporaneidade.

Leia ainda:

• O artigo de Márcia Pastor e Eliane Cristina Lopes Brevilheri, Estado e Política Social. Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br/pdf/2009/2009_2/84%20ESTADO%20E%20POLITICA%20SOCIAL.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2010. Trata das diferentes confi gurações assumidas pelo Estado no contexto do capitalismo e suas respostas diante da questão social.

• O artigo Ana Carolina Santini B. de Abreo, Contemporaneidade e Serviço Social: contribuição para interpretação das metamorfoses societárias. Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br/c_v2n1_contemp.htm>. Acesso em: 18 nov. 2010. Aborda as transformações no mercado mundial, refl etindo sobre as mudanças no espaço ocupacional do Serviço Social e as demandas à profi ssão.

FINALIZANDO

Aqui você aprendeu um pouco mais da histó-ria do Serviço Social. É importantíssimo conhe-cer a história da profi ssão, pois por meio dela compreenderá o motivo pelo qual as assistentes sociais são confundidas com “aquelas mocinhas boazinhas que o governo paga para ter dó dos pobres”. (ESTEVÃO, 1992, p.7)

Neste tema, você observou diferentes correntes sobre a origem do Serviço Social como profi ssão legitimada pela sociedade. A perspectiva Endo-genista e a perspectiva Histórico-crítica.

Diversos autores foram pesquisados por Carlos Montaño para auxiliar na fundamentação teó-rica pertinente ao tema em questão.

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Serviço Social na Contemporaneidade Tema 1 - Atividades

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Essa discussão é da maior relevância no início de sua formação acadêmica, pois proporciona uma refl exão sobre os rumos da profi ssão na contemporaneidade.

Você percebeu que no decorrer do curso será imprescindível seu empenho na leitura do seu PLT, no desenvolvimento das atividades e no acesso ao ambiente virtual - Moodle para acom-panhar as informações que são acrescentadas.

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Tema 2A Especifi cidade do Serviço Social

Objetivos de aprendizagem

• Conhecer a prática profi ssional permeada de tensão.

• Demonstrar a legitimidade da prática profi ssional sob a perspectiva Evolucionista.

• Apresentar os elementos que legitimam o Serviço Social sob a perspectiva Histórico-crítica.

Para início de conversaVocê saberia explicar por que o Serviço Social pode ser con-siderado uma profi ssão legitimada socialmente? Você en-tenderá que ela é reconhecida como legítima, verdadeira e admitida algo como justifi cável.

Por dentro do tema

Sob as duas teses Endogenista ou Evolucionista e Histórico-crítica, reconhecida-mente opostas, Carlos Montaño apresenta a tensão vivida pelos assistentes sociais devido aos alicerces que determinaram o Serviço Social como profi ssão.

Inicialmente é necessário saber o signifi cado de tensão. Houaiss conceitua por ten-são:

estado do que ameaça romper-se […] diferença de potencial entre dois de seus pontos […] força ou sistema de forças que age sobre um corpo sólido, por unidade de área, e é capaz de provocar compressão, cisalhamento ou tração […] estado de sobrecarga física ou mental. (Houaiss, 2001)

O mesmo autor entende por cisalhamento “fraturação das rochas sob a ação de esforços tectônicos, ou seja, dois esforços paralelos em sentidos opostos”. (id.)

Atente para uma leitura crítica e minuciosa do seu PLT a fi m de verifi car que Montaño pretende demonstrar mais que um estado mental dos assistentes sociais, mas um campo de forças antagônicas em sentidos opostos que certamente aspira provocar uma fratura na sociedade, esta que não necessariamente deve ser interpretada como negativa, podendo até signifi car o resultado da luta de classes.

Obviamente não se deve desprezar o sentido primeiro do vocábulo “tensão”, entendido por Houaiss (2001) como “estado de sobrecarga física ou mental” a que têm se submetido os profi ssionais do Serviço Social ante a contraditória relação usuário x empregadores dos serviços prestados. Daí a importância do tema na sua formação profi ssional. Ele vai subsidiá-lo não só no enfrentamento da questão social, mas também no inevitável confl ito decorrente das duas teses que fundamentam a gênese, a natureza, a funcionalidade e a legitimidade da profi ssão.

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A perspectiva Endogenista também é conhecida por Evolucionista, pois, como o próprio nome já diz, nela a origem do Serviço Social deu-se como evolução das formas de ajuda que já existiam, porém de forma não siste-matizada. Para os defensores dessa tese, a legitimidade da profi ssão ocorre apenas por meio da “especifi cidade da sua prática profi ssional” (MONTAÑO, p. 54). Torná-la verdadeira, jurídica e socialmente, é estabelecer limites às demais profi ssões de maneira que caiba ao Serviço Social uma única e exclusiva especifi cidade.

Dessa forma, para os Evolucionistas, ou Endogenistas, a prestação de serviços à população vulnerabilizada é trabalho específi co do assistente social. Também o é a pesquisa social, como condutora de sua prática, a metodo-logia, os objetivos, os objetos de intervenção e as políticas sociais, seu campo de atuação.

Há autores que consideram essa especifi cidade uma “grande ilusão”, como é o caso de Maria Lúcia Martinelli (apud Montaño, 2009, p. 55), isso porque todas as profi ssões são construídas com o propósito social defi nido, e nas palavras de Martinelli “com uma identidade atribuída”. Assim, como conferir problemas da área da saúde, habitação, saneamento básico, educação, entre outros, a profi ssionais exclusivos do Serviço Social?

Para os críticos desta concepção trata-se de uma “ilusão fetichizada”, conferindo ao assistente social o poder sobrenatural e/ou mágico de solucionar problemas estruturais, sem discuti-los com as instâncias provocadoras dos mesmos.

Montaño advoga que os defensores desses princípios o fazem por ansiedade, pois a mudança levaria o profi ssio-nal do Serviço Social à perda da estabilidade.

Parece difícil aceitar a tese de que a legitimidade do Serviço Social recaia na ‘especifi cidade’ de sua prática, em especial em momentos nos quais espaços tradicionalmente ocupados por assistentes sociais estão sendo disputados com sociólogos, psicólogos sociais, terapeutas familiares e até pro-fi ssionais não ligados diretamente ao ‘social’: agrônomos, médicos, arquitetos, entre outros […], sem perceber o lugar que ocupa a profi ssão na ordem socioeconômica, aparece como inteiramente “funcional” ao sistema e ao capital. (MONTAÑO, p.56)

Assim a especifi cidade é alimentada no intuito de a categoria profi ssional manter seu campo de trabalho, seu emprego.

Contrariamente à proposição demonstrada, os autores representantes da perspectiva Histórico-crítica esteiam que o Serviço Social ocupa um lugar na divisão sociotécnica do trabalho. Isso signifi ca que com o objetivo de cumprir o projeto hegemônico a favor do capital a profi ssão desempenha “funções de controle e apaziguamento da população em geral e das classes trabalhadoras em particular”. Além disso, corrobora com a acumulação do capital por meio da “socialização dos custos de reprodução da força de trabalho e do crescimento da demanda efetiva” estimulando a produtividade e o trabalho. (MONTAÑO, p. 57)

Nessa perspectiva, a legitimidade da profi ssão está relacionada à ordem burguesa; assim sua função social não se refere ao “seu caráter técnico” mas à “função política, de cunho educativo, moralizador e disciplinador” (ibid.).

José Paulo Netto, um dos representantes dessa tese, pondera que é apenas na ordem monopólica que a atividade dos assistentes sociais pode ser percebida como legítima, porque o desempenho de suas funções se consolida “por meio da divisão social e técnica do trabalho na sociedade burguesa”. (MONTAÑO, p.58)

Sob esta ótica, a profi ssão legitima-se sob duas dimensões: “dimensão hegemônica e a dimensão subalterna”. (ibid.)

De um lado, encontra-se o assistente social x classe demandante-empregador e do outro o assistente social x classe subalterna/usuário.

Na dimensão hegemônica, na qual o profi ssional relaciona-se com o demandante-empregador, a funcionalidade do Serviço Social é satisfazer aos interesses do sistema capitalista, enquanto que, na relação subalterna, o usuário assume o papel de demandante ao transformar suas necessidades em reivindicações, “obrigando” o Estado (ins-trumento da classe hegemônica) a contratar o assistente social para diminuir sua vulnerabilidade.

Assim, o assistente social só poderá atuar após ser aceito e legitimado pela população assistida.

A questão social torna-se necessária uma vez que se transforma em estratégia de controle social por meio das políticas sociais executadas pelo assistente social, contratado pela classe dominante e legitimado pela população atendida.

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Todavia Montaño (2009) adverte que o:

Compromisso ético-profi ssional, portanto, deve estar voltado para atender os problemas que afe-tam essas classes sociais (que vivem do trabalho) […]. É por isso que a opção político-profi ssional deve, além das orientações ideopolíticas de cada assistente social individualmente, (o que pode reforçar ou não aquela opção), se voltar fundamentalmente para a defesa dos interesses e direitos das classes trabalhadoras e para a defesa dos princípios de democracia e justiça social, pois, mesmo que diretamente a demanda do profi ssional parta dos organismos ligados às classes dominantes, a verdadeira fonte […]. E, portanto o fundamento último da legitimação profi ssional está na demanda e luta que a população trabalhadora faz por serviços sociais e assistenciais, e da conquista de direitos universais […]. (MONTAÑO, p.64)

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Serviço Social na Contemporaneidade

Questão 1

Parece difícil aceitar a tese de que a legitimida-de do Serviço Social recaia na “especifi cidade” de sua prática, em especial em momentos nos quais espaços tradicionalmente ocupados por assistentes sociais estão sendo disputados por sociólogos, psicólogos sociais, terapeutas fami-liares e até profi ssionais não ligados ao “social”: agrônomos, médicos, arquitetos, entre outros.

CONSEQUENTEMENTE

A legitimidade do Serviço Social exige construir barreiras invisíveis às demais profi ssões, criando espaços interprofi ssionais.

POR QUE

As afi rmações acima ratifi cam a tese Evolucio-nista.

A esse respeito, é possível concluir que:

a) As três afi rmações são verdadeiras, a segun-da justifi ca a primeira e a terceira.

b) As três afi rmações são verdadeiras, a segun-da justifi ca a primeira, mas não justifi ca a terceira.

c) A primeira afi rmação é verdadeira, a segun-da e a terceira são falsas por não terem rela-ção entre si.

d) As três afi rmações não têm relação entre si, porque a segunda e a terceira não justifi cam a primeira.

e) As três afi rmações são falsas, pois não tra-tam da “especifi cidade” do Serviço Social.

Questão 2

(ENADE, 2007 - adaptada). Analise as afi rmati-vas a seguir:

Na expansão monopolista, as funções políticas do Estado burguês se articulam organicamente com as suas funções econômicas.

POR QUE

O Estado condensa os interesses comuns do ca-pital.

A esse respeito é possível concluir que:

I. A legitimidade do Serviço Social radica na especifi cidade da sua prática profi ssional.

Atividades

INSTRUÇÕES

Para dar suporte ao seu aprendizado, leia seu MONTAÑO, pp. 54-69 e se concentre nas reflexões apresentadas.

Assim, poderá estabelecer um diálogo com autores consagrados no tema que está estu-dando. Lembre-se de que conhecer a história é de suma importância para sua carreira, mas refl etir sobre os conceitos analisados é da maior relevância.

Os cinco primeiros exercícios deverão ser resol-vidos individualmente. A atividade de número 1 é individual, valerá nota e a resposta deverá ser postada no ambiente virtual Moodle. As propo-sições de 6 a 10 deverão ser desenvolvidas em grupo de 4 a 5 membros, no máximo.

Atenção: Apenas a proposição de número 1 deverá ser postada no ambiente virtual e valerá nota.

Ponto de partida

Completa as lacunas:

A fonte da demanda profi ssional está na exis-tência da chamada ______________, castigando os setores trabalhadores, mesmo que ela não seja direta nem ______________ e, sim, mediati-zada pelo ______________ e outras instituições. O compromisso _______________, portanto, deve estar voltado para atender aos proble-mas que afetam essas _______________[…] É por isso que a opção político-profi ssional e, deve, além das orientações ________________ de cada assistente social […], se voltar funda-mentalmente para a _________________ dos in-teresses e _________________ das classes traba-lhadoras e para a ____________ dos princípios de _________________ e _________________ […].

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu.

Tema 2 - Atividades

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Serviço Social na Contemporaneidade

Questão 4

Acreditar que o Serviço Social tem uma “espe-cifi cidade” técnica, executora de tarefas apolí-ticas e neutras, praticista, oculta o “manto de equidade“, orientado pela classe dominante e hegemônica. Esta tese se caracteriza por uma perspectiva rígida, sem movimento, a histórica, sobre os processos de demanda e respostas às necessidades sociais. Nelas se insere a profi ssão como prática legítima.

Nas análises de Montaño esta afi rmação se refe-re ao pensamento:

a) Evolucionista.

b) Subalterno.

c) Endogenista.

d) Populista.

e) Histórico-crítico.

Questão 5

A reifi cação dos métodos e técnicas de interven-ção, a burocratização das atividades, a psicolo-gização das relações sociais, a absorção de uma terminologia mais adequada à estratégia de crescimento econômico acelerado são fatores, entre outros, que contribuem para:

a) Consolidar a “especifi cidade“ tão discutida nas Diretrizes curriculares do curso de Servi-ço Social em 1963.

b) Confi rmar a legitimidade da prática do assis-tente social sob a óptica de Vargas.

c) Encobrir na consciência do profi ssional as re-ais implicações de sua prática.

d) Encobrir na consciência dos usuários as reais implicações das demandas sociais.

e) Legitimar a “especifi cidade” da profi ssão, resultante da luta da Igreja Católica em fa-vor do Serviço Social profi ssionalizado.

II. A legitimidade do Serviço Social dá-se por meio da pesquisa social, da metodologia, dos objetivos e dos objetos de intervenção.

III. O Serviço Social ocupa um lugar na divisão sociotécnica do trabalho.

IV. A legitimidade do Serviço Social dá-se pela função prestada à ordem burguesa.

V. O Serviço Social legitima-se como profi ssão mediante sua prestação de serviços ao Esta-do, na qualidade de executor terminal de políticas sociais.

Assinale a única alternativa correta:

a) Apenas I, II, e III estão corretas.

b) Apenas III, IV, e V estão corretas.

c) Apenas II, IV e V estão corretas.

d) Apenas I, III e IV estão corretas.

e) Todas as alternativas estão corretas.

Questão 3

A dimensão ______________ se refere à relação assistente social/usuário, relação esta quase sem-pre mediatizada pelo Estado ou outros organis-mos ofi ciais e empresariais. Apesar de o usuário não ser o contratante do assistente social, ele transforma suas necessidades e carências em rei-vindicações e demandas ao _____________ e/ou em lutas contra as classes ____________________. É também o responsável pelo processo de trans-formação de necessidades _________________ em demandas ______________. Assim, é o ____________________ quem cria o espaço de trabalho do ___________________________.

Assinale a alternativa que completa as lacunas.

a) Subalterna/Estado/hegemônicas/sociais/pro-fi ssionais/usuário/assistente social.

b) Hegemônica/Estado/sociais/individuais/so-ciais/profi ssional/usuário.

c) Subalterna/Estado/hegemônicas/profissio-nais/individuais/usuário/assistente social.

d) Hegemônica/Estado/subalternas/individuais/ profi ssionais/ assistente social/usuário.

e) Subalterna/Estado/subalternas/individuais/sociais/Estado/usuário.

Tema 2 - Atividades

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Serviço Social na Contemporaneidade

Questão 8

Com base na resposta anterior, argumente por qual motivo os defensores da perspectiva Histó-rico-crítica censuram a chamada “especifi cida-de” do Serviço Social na dimensão Endogenis-ta? Mínimo de 08, máximo de 10 linhas.

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Questão 9

Explique o que Iamamoto quis dizer ao afi rmar que o assistente social é um profi ssional da “co-erção e do consenso”.

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Questão 6

(ENADE, 2007 - adaptada). Nas Diretrizes Gerais para o Curso de Serviço Social, aprovadas pela Assembléia Nacional da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social, em 1996, as múltiplas expressões da “questão social” fi -guram como objeto de trabalho do assistente social, nas mais variadas dimensões da realidade social. A realização de estudos socioeconômi-cos, de acordo com o que postulam as diretrizes, orienta-se por uma perspectiva teórico-metodo-lógica crítica.

É CORRETO AFIRMAR QUE:

À luz da orientação teórica adotada pelas Dire-trizes, a direção social dos estudos socioeconô-micos deve ser parametrizada pela perspectiva das desigualdades criadas pela sociedade capi-talista.

VERIFICA-SE QUE:

Os textos acima legitimam as ações do assisten-te social sob qual perspectiva? Justifi que. Míni-mo de 04 e máximo de 06 linhas

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Questão 7

Para os defensores da perspectiva Evolucionista qual é a especifi cidade do Serviço Social? Míni-mo de 08, máximo de 10 linhas.

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Serviço Social na Contemporaneidade

de a Academia se preocupar em defi nir o que é o Serviço Social. Bem como a relevância em oferecer uma resposta para esta questão, no momento da formação profi ssional.

• O artigo de Ednéia Machado, Questão Social: objeto do Serviço Social? Disponível em: < http://www.ssrevista.uel.br/c_v2n1_quest.htm>. Acesso em: 18 nov. 2010. Aborda a questão social como objeto do Serviço Social na nova proposta de reformulação curricular. Resgata a concepção de questão social como forma de refl etir sobre a mesma, ou suas expressões constituírem-se como objeto profi ssional do Serviço Social.

FINALIZANDO

Você viu que o debate sobre a “especifi cidade” do Serviço Social não é novo, nem deve termi-nar tão cedo. Todavia, é da maior relevância para sua formação acadêmica.

As demandas contemporâneas impõem novos desafi os à profi ssão e, para tanto, criativos e originais rumos hão de ser tomados em seu en-frentamento, uma vez que a relação tencionada aos profi ssionais consolida-se entre a profi ssio-nalização das formas de ajuda e a prestação dos serviços ao capital.

Na relação assistente social/empregador e assis-tente social/usuário é ímpar encontrar um canal de comunicação em direção à democracia. A sociedade brasileira está mais madura que em décadas anteriores e, por este motivo, não acei-ta ser ludibriada com programas paliativos para se manter sob domínio das classes hegemônicas. Por outro lado, o profi ssional de Serviço Social também não se submete mais ao caráter fi lan-tropo de ajuda aos necessitados, porque enten-de seu papel intelectual, técnico e político na transformação da estrutura social.

Daí a importância de sua dedicação à leitura de seu PLT, dos textos de Apoio Complementar e de seu empenho no desenvolvimento deste Caderno de Atividades. Tudo isso será útil para que você ocupe um lugar de destaque no mer-cado de trabalho como profi ssional propositivo, respeitado e preparado a propor mudanças na sociedade.

Questão 10

No aporte de Iamamoto e Carvalho (apud Mon-taño, 2009, p.57), a legitimidade do assistente social emerge por meio de mais de um caráter. Aponte-os e explique-os: mínimo de 6 e máximo de 8 linhas.

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AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Você quer saber mais sobre esse assunto? Então,

• Assista ao vídeo no Youtube, disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=eKf7GeKX3uI&feature=fvsr>. Acesso em: 23 nov. 2010.

Esse vídeo demonstra, com humor, as duas perspectivas, Endogenista e Histórico-crítica, que a sociedade tem da profi ssão.

• Assista ao vídeo no Youtube, disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=lbL8xU9i-hM&feature=related>. Acesso em: 23 nov. 2010.

Com ele você irá verifi car o que foi demonstrado em seu PLT, o trabalho multidisciplinar no trabalho de atendimento às famílias.

• Assista ao vídeo no Youtube, disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=lc3Mkb5XT2M>. Acesso em: 23 nov. 2010. Nas palavras de Montaño o que deve mover os profi ssionais do Serviço Social independente das teses que possam funda-mentar a origem da profi ssão é o compromisso com a ética, com a democracia, com a justiça e com a equidade social.

Leia ainda:

• O artigo de Evaristo Colmán, O que é Serviço Social? Vigência de um “velho” problema e desafi o para a formação profi ssional. Dispo-nível em: <http://www.ssrevista.uel.br/c_v1n1_desafi o.htm> Acesso em: 18 nov. 2010. Colmán levanta nesse artigo algumas preocupações que o aparecimento súbito deste tema impõe para a formação profi ssional. Discute a importância

Tema 2 - Atividades

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Tema 3O Serviço Social e as Políticas Sociais

Objetivos de aprendizagem

• Reconhecer as divergências conceituais de Política e Políticas Sociais.

• Defi nir o conceito de políticas sociais nas perspectivas Endogenista e histórico-critica.

• Relacionar Serviço Social com as Políticas Sociais que envolvem o ser humano e o trabalho.

• Refl etir sobre as tendências contemporâneas das Políticas Sociais.

Para início de conversaVocê sabia que nas últimas duas décadas têm-se intensifi ca-do os debates sobre temas que envolvem as políticas sociais? Sabia que esse crescente interesse pelo tema pode ser atribu-ído a diferentes circunstâncias? Porém, nenhum dos ângu-los de análise das políticas sociais pode ser desvinculado das profundas transformações que se processam velozmente na sociedade capitalista contemporânea, e cujas interpretações desafi am intelectuais, pesquisadores, profi ssionais, gestores e todos os sujeitos investidos de algum nível de responsabili-dade pública. Preste atenção, pois aqui não basta conhecer o conceito de políticas sociais, mas sim qual o seu vínculo com o Serviço Social..

Por dentro do temaÉ imprescindível para a discussão do tema proposto conhecer primeiramente o que é política. Constantemente tal assunto é tema de conversas e debates, tanto aca-dêmicas como informais, porque todos procuram apresentar um conceito próprio sobre o assunto. No entanto, para que se possa estabelecer um conhecimento real sobre política e políticas sociais é preciso ir além do que se estabelece no senso co-mum. Em outras palavras, é necessário buscar conhecer qual a confi guração deste tema na formação e desenvolvimento da sociedade. Machado e Kyosen (2010, p.1) consideram que política é a “[...] ciência de bem governar um povo, constituído em Estado. Em um Estado democrático, essa gover-nabilidade é exercida pelo poder público, via representantes conduzidos ao poder, direta ou indiretamente, pelo povo”.Os autores analisam que o objetivo da “política” é estabelecer princípios que sejam indispensáveis à realização de um governo, bem como apontar caminhos para que o Estado realize as suas tarefas de maneira a alcançar sempre o bem-estar dos seus governados. Como parte de suas tarefas cabe ao Estado, conforme estabelece a Constituição Federal do Brasil, buscar o aten-dimento às necessidades sociais básicas da população, seja por meio de garantias e ações concernentes à assis-

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tência social, saúde, educação, segurança. É por meio dessas garantias e ações que se verifi ca a implementação e efetivação da política social do Estado. Para Machado e Kyosen (2010, p.2) “ política social é uma política, própria das formações econômico-sociais capitalistas contemporâneas, de ação e controle sobre as necessidades sociais básicas das pessoas não satisfeitas pelo modo capitalista de produção”. Os autores consideram que políticas sociais são uma ação de mediação entre as necessidades de valorização e acumulação do capital e as necessidades de manutenção da força de trabalho disponível para o mesmo. Assim, a política social pode ser entendida como uma forma de gestão estatal da força de trabalho e do preço da força de trabalho. Segundo Junqueira (2006, p. 197), a política social é parte do processo de alocação e distribuição de valores. Ela “[...] intervém no hiato derivado dos desequilíbrios na distribuição, em favor da acumulação e em detrimento da satisfação das necessidades sociais básicas, assim como na promoção da igualdade”. O objetivo dessa intervenção estatal é justamente promover os direitos sociais garantindo os direitos do cidadão.Dessa forma, salienta-se a visão do autor acima citado “[...] as políticas sociais são decisivas para a consolidação democrática e para o futuro da economia, dado o seu potencial de redução de riscos políticos e sociais”. (JUN-QUEIRA, 2006, p. 197)A reformulação da Constituição Federal, ocorrida em 1988, pode ser tomada como um salto de qualidade no que tange à discussão sobre a integração da atuação das políticas sociais, pois passa a reconhecer os direitos dos cidadãos à saúde, à educação, à seguridade social etc. No entanto, é importante acrescentar que entre o discurso e a prática há um grande caminho a ser percorrido, uma vez que para se chegar a um consenso deve-se também trilhar o caminho das mediações, o qual engloba os interesses dos atores sociais com a organização gestora dessa política.Seguindo ainda o raciocínio de Junqueira (2006), chama-se a atenção para o processo de implantação das diversas políticas sociais, uma vez que essa implantação não depende apenas da vontade política e dos recursos daqueles que são detentores do poder, pois cada política setorial tem também seus interesses peculiares. [...] Assim, a realização de um projeto articulado das políticas sociais demanda a mudança de práti-

cas, padrões e valores, enfi m, uma mudança na cultura organizacional das instituições autônomas provadas voltadas aos interesses coletivos e capazes de dar maior efi cácia à gestão das políticas sociais. (JUNQUEIRA, 2006, p.197)

Desse modo, considera-se que a política social ideal não é aquela colocada no papel de maneira técnica, mas aquela nascida de um processo de implementação com acompanhamento gerencial, porque de outra forma, a distância entre a elaboração e os resultados esperados pode apresentar uma defasagem muito grande. Preste atenção que vários autores se preocupam em explicar as políticas sociais, mas a compreensão conceitual do termo “políticas sociais” dependerá da escolha teórica de tais autores para compreensão do movimento socie-tário. Dessa forma, os conceitos acima apresentados não devem ser vistos como defi nitivos mas como caminhos para que você estabeleça a sua própria escolha ou defi nição, assim como Montaño, no PLT, escolhido para esta disciplina.Ressalta-se que na análise apresentada por Montaño (2007) no PLT o autor busca uma interlocução com vários autores que fundamentam as teses por ele levantadas. Isso mostra que a emergência do Serviço Social pode ser vista de forma “[...] internamente heterogênea” e os fundamentos legitimadores da profi ssão do ponto de vista teórico e interventivo nos dois posicionamentos, com particular ênfase no âmbito das políticas sociais”. (p. 10)Considera ainda a “existência de um ‘vinculo genético’ entre o Serviço Social e as políticas sociais, não só pelo seu surgimento simultâneo, mas também por seu posterior desenvolvimento paralelo”.Entenda que a preocupação do autor do PLT vai além da conceituação do termo Políticas Sociais. Busca compre-ender como as duas teses analisadas em sua obra compreendem a atuação do assistente social sob a infl uência de uma ou de outra concepção ora analisada.Para melhor fi xação e entendimento do assunto tratado, cabe a você ler com atenção o texto proposto em seu PLT, destacando os principais pontos analisados por Carlos Montaño e refl etindo sobre a importância desta análise para a sua atuação profi ssional.

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Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu.

Questão 1

Com relação às políticas sociais numa perspecti-va crítica, é correto afi rmar:

a) São formas de manutenção da força de tra-balho no sentido de superação das necessi-dades básicas da população.

b) São serviços estatais que asseguram direitos aos mais espoliados, como correção das de-sigualdades sociais.

c) São mecanismos de articulação de processos políticos, econômicos e sociais, com vistas à legitimação da ordem social e reprodução da força de trabalho.

d) São programas e medidas, cujo objetivo é as-segurar o bem-estar social, refl etindo certas prioridades e valores humanistas por parte do Estado e da sociedade.

e) São ações capazes de proporcionar aos in-divíduos e às famílias condições normais de vida e oportunidades para tornar a vida da classe trabalhadora mais organizada.

Atividades

INSTRUÇÕES

Para dar suporte ao seu aprendizado, concen-tre-se nas refl exões apresentadas anteriormen-te, busque respaldo na leitura de livros e textos sugeridos no tópico 7. Assim, poderá estabe-lecer um diálogo com autores consagrados no tema que você está estudando. Preste atenção, pois durante uma leitura aprofundada do tema, você mesmo poderá traçar a sua linha de enten-dimento sobre o assunto. Portanto, lembre-se de que conhecer os conceitos é de suma impor-tância para o seu aprendizado.

Os 5 primeiros exercícios deverão ser resolvi-dos individualmente. A atividade de número 10 também é individual e a reposta deverá ser postada no ambiente virtual de aprendizagem Moddle.

Atenção: apenas a proposição de número 10 de-verá ser postada no ambiente virtual Moddle.

Ponto de partida

Leia com atenção o trecho a seguir e responda ao questionamento.

“O Bolsa Família está consolidado como políti-ca social no Brasil, cumprindo seu objetivo de transferir renda para famílias carentes. Atual-mente o programa atende a 15,5 milhões de famílias, distribuindo 3,37% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. É um dos fatores para a re-dução de quase três pontos, entre 1995 e 2004, do índice Gini, na medida de concentração de renda, sendo responsável por 7% da queda. Desde o início do programa, em 2003, 19,4 mi-lhões de famílias saíram da extrema pobreza, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas”.

Fonte: Revista Desafi os do Desenvolvimento. Fragmento retirado da edição de maio/jun de 2010. Ano 7.n.61.

Para Montaño (2007), partindo do pressuposto de que as políticas sociais devem ser pensadas sob uma perspectiva de totalidade, estrutural e histórica, a política social tem uma função eco-nômica. Qual o conceito desta função e qual o objetivo que se pretende alcançar por meio dela?

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a Bolsa Família, mas os benefi ciários preferem não arriscar. Juceli Alves, 47, nove fi lhos, diz que teme perder os R$ 134 mensais da Bolsa Família se for registrada: “É melhor contar com o cer-to”. O governo nega que os benefícios sociais causem “dependência”.

Fonte: Folha de S. Paulo, São Paulo, 16 maio 2010.

Segundo Potyara Pereira (2008, p. 91), “é justa-mente por ser confl ituosa (e contraditória), que a política [pública] permite a formação de con-trapoderes em busca de ganhos para a comuni-dade e de ampliação da cidadania”.

Dadas as alternativas:

I. O benefício Bolsa Família, como políti-ca contraditória, prejudica a condição de emancipação política de trabalhadores ao determinar o fi m de atividades de emprego intensivo.

II. A redução no número de empregados das lavouras de café, com 170 pessoas, para pas-tagens geridas por menos de 10 pessoas, revela os objetivos mercantilistas do empre-sariado rural, que subvaloriza a força de tra-balho em favor de melhores taxas de lucro.

III. A opção por não ter registro em carteira e a falta de mão de obra para atividades de emprego intensivo revelam que a vinculação ocupacional nestas atividades é precária, le-vando os trabalhadores a encontrar mais se-gurança social nos benefícios de seguridade.

IV. O benefício Bolsa Família, no contexto noti-ciado, tem um signifi cado político ameaça-dor à reprodução das relações de exploração no trabalho.

Com base na notícia acima e, considerando a natureza confl ituosa das políticas sociais, é cor-reto o que se afi rma:

a) Somente na afi rmativa I.

b) Somente na alternativa III.

c) Somente nas alternativas I, II, III.

d) Somente nas alternativas I e II.

e) Somente nas alternativas II e III.

Questão 4

Para Montaño (2007) existe um “vinculo gené-tico entre o Serviço Social e as políticas sociais”. Segundo o autor, esse estreito vínculo é deriva-do:

Questão 2

A partir da leitura do texto que segue, selecione a alternativa correta quanto às Políticas Sociais.

“[...] O trabalho do assistente social pode pro-duzir resultados concretos nas condições ma-teriais, sociais e culturais da vida de seus usuá-rios, [...] em seus comportamentos, valores, seu modo de viver e pensar, suas formas de luta e organização, suas práticas de resistência.” (YAS-BEK, 2004)

a) As políticas sociais representam espaços de dominação e priorização de interesses par-ticulares, não sendo capazes de alterar as condições de vida dos usuários.

b) As políticas sociais representam o reconhe-cimento das lutas e da prática cotidiana do assistente social em relação às necessidades de seus usuários.

c) As políticas sociais não se constituem como campo de trabalho específi co do assistente social.

d) As políticas sociais não são a mediação para o exercício da intervenção profi ssional.

e) As políticas sociais se estruturam vinculadas às iniciativas fi lantrópicas e o assistente so-cial precisa se adequar a essas práticas, sob pena de não atender a seus usuários.

Questão 3

(MPRS, 2008 - adaptada). Leia a seguinte notí-cia:

BENEFÍCIO SOCIAL PREJUDICA ATIVIDADE RURAL DO NORDESTEPara manter Bolsa Família trabalhador opta por não ter carteira assinada. Trabalhadores rurais do Nordeste estão optando por não ter registro em carteira para continuar recebendo benefícios sociais como a Bolsa Família e a apo-sentadoria especial antecipada, relata Fernando Canzian. A falta de mão de obra resulta no fi m de atividades que usam emprego intensivo. Em Brejões (BA), lavouras de café, que emprega-vam mais de 170 pessoas, estão virando pastos geridos por menos de 10 pessoas. No caso da aposentadoria, o registro anula a condição de “segurado especial”. Quem trabalha só alguns meses na safra não perderia necessariamente

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Serviço Social na Contemporaneidade

a) Das lutas empreendidas pela categoria para se fi rmar como profi ssão.

b) Das diferentes formas de se conceber as po-líticas sociais.

c) Do lugar que o Serviço Social ocupa na di-visão sociotécnica do trabalho no início da sociedade monopolista.

d) Das diferentes formas de se pensar o Estado e segundo a ênfase dada às diferentes fun-ções que ele cumpre na sociedade.

e) Do projeto ético-político da profi ssão.

Questão 5

Para os autores que entendem as políticas so-ciais como “aquelas ações que procuram dimi-nuir as desigualdades sociais geradas a partir das naturais diferenças entre os sujeitos e suas relações na sociedade e no mercado”, a concep-ção da gênese do Serviço Social como profi ssão é dada pela:

a) Profi ssionalização da fi lantropia.

b) Legitimação do Serviço Social.

c) Reconhecimento do Serviço Social como política.

d) Mudança social contemporânea.

e) Concepção de estado e de suas funções.

Questão 6

Leia o artigo “Política e política social” de Ed-néia Maria Machado e Renato Obikawa Kyosen. Disponível em: <www.ssrevista.uel.br/n1v3.pdf> Conceitue Política e Política Social em um máxi-mo de 12 linhas:

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Questão 7

Preencha as lacunas em branco na afi rmação a seguir:

Para Faleiros, as políticas sociais “só podem ser entendidas como um _______________________________________, dentro do contexto da ___________________________________na idade dos ____________________”.

Questão 8

Em relação às políticas sociais, ao falar em “des-politização” da esfera econômica, tanto na produção quanto na distribuição, qual a crítica apresentada por Alejandra Pastorini sobre esta política?

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Questão 9

Leia atentamente as considerações apresenta-das e responda o que se pede:

1- Na concepção histórico-crítica (segunda tese) as políticas sociais são vistas, para além da sua função social, como mecanismos de articulação tanto de processos políticos, quanto econômicos.

2- Se o Serviço Social surge como uma profi s-são vinculada à execução dessas políticas sociais, o assistente social se legitima como ator por meio do desempenho das mesmas funções, ou seja, a função social, econômica e política.

Pergunta-se: segundo a análise apresentada no PLT por Alejandra Pastorini, o que é preciso para que a funcionalidade do Serviço Social de-rivada da funcionalidade da política social seja desvendada?

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Questão 10

Segundo Montaño (2007) qual a concepção de políticas sociais apresentada pela concepção En-dogenista (primeira tese).

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AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Você quer saber mais sobre o assunto? Então:

• Leia As políticas sociais no contexto neoliberal, de Bezerra Silva. Disponível em: <www.geniodalampada.com/index.php? politicas- sociais...servicosocial>. Aceso em: 15 nov/ 11/2010. Nesse texto, você poderá conhecer aspectos das políticas sociais analisados pela autora sob a ótica do neoliberalismo. Tal análise abre novos cainhos para você pensar o assunto tratado de maneira crítica e contemporânea.

• Leia Politica Social: direito de cidadania? de Edinéia Maria Machado. Disponível em: <www.ssrevista.uel.br/c_v3n1_politica.htm>. Acesso em: 15 nov. 2010. Esse é um trabalho que aborda conceitos sobre a política social analisando-a como um direito de cidadania. A leitura desse texto será de grande proveito para o seu aprendizado.

• Pesquise o site: <http://revistaeletronicardfd.unibrasi l .com.br/ index.php/rdfd/artic le/viewArticle/239>. Acesso em: 18 nov. 2010. Leia o trabalho de André Viana Custódio e Ismael Francisco de Souza. Políticas sociais e as diretrizes para formulação de uma política nacional de combate ao trabalho infantil. A leitura dessa dissertação aprofundará seu conhecimento sobre a formulação e implementação das política sociais, conhecendo por meio da análise de uma situação real os resultados que a aplicação política pode trazer à sociedade.

Lembre-se de que todos esses trabalhos poderão subsidiar seus estudos, mas caberá a você interpretar o melhor caminho na escolha teórica para interpretar a natureza do Serviço Social.

FINALIZANDO

Como você estudou até aqui, compreender o Serviço Social como profi ssão não depende de uma simples leitura. É necessário que você com-preenda os diferentes caminhos percorridos, desde a sua gênese até os dias atuais e também interprete o que os vários autores apresentam sobre o tema.

De igual importância é a compreensão das po-líticas sociais, que, de forma complexa, possi-bilitam analisar o movimento da sociedade, as necessidades sociais oriundas deste movimento.

Inserido nesse contexto, o Serviço Social suscita a investigação apresentada por Montaño (2007)

Tema 3 - Atividades

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Serviço Social na Contemporaneidade

e, dialogando com os trabalhos de Marilda Iamamoto, José Paulo Netto, Vicente Faleiros e Maria Lucia Martinelli, entre outros, busca situ-ar a emergência da profi ssão em meio ao desen-volvimento capitalista.

Para que você possa avançar no entendimento deste tema, faça uma leitura atenciosa do con-teúdo apresentado pelo autor. Leia as conside-rações dos autores por ele consultados para que você tenha o seu conhecimento ampliado e sua prática apurada. Assim, contribuirá de manei-ra ativa para a consolidação do Serviço Social como profi ssão.

Anotações ____________________________________________

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Tema 4A Natureza Subalterna do Serviço Social

Objetivos de aprendizagem

• Refl etir sobre o caráter de subalternidade do Serviço Social brasileiro.

• Examinar quatro aspectos considerados fomentadores do caráter de subalternidade apontados pelo autor.

Para início de conversaComo você já observou nos capítulos anteriores, Montaño fundamenta sua discussão a respeito da origem, natureza e funcionalidade do Serviço Social em duas teses opostas. O Tema 4 torna-se interessantíssimo, pois a despeito da tese escolhida para justifi car as origens da profi ssão, fomenta a discussão a respeito das possíveis razões sobre a natureza su-balterna do Serviço Social no mundo do trabalho. Abre-se um leque de refl exões rumo a uma terceira via para a conso-lidação do exercício profi ssional.

Por dentro do tema

Neste capítulo, Carlos Montaño denuncia que apesar de participar de inúmeros mo-vimentos com intenção de romper com o conservadorismo, os profi ssionais acaba-ram por reforçá-lo. Critica que os assistentes sociais preocupados com a metodolo-gia esqueceram-se de questionar a profi ssão sociologicamente, seu papel social, sua função junto à transformação da estrutura da sociedade. Para o autor a “tecnifi ca-ção” confi rmou o “paternalismo” ainda estigmatizado na ação do Serviço Social.

Por outro lado, justifi ca que essa é uma característica de sociedades que passaram, ou passam, por regimes políticos repressivos e autoritários. No contexto histórico-político brasileiro dos anos de 1960-1970 não havia ambiente para uma discus-são sobre o papel social da profi ssão, assim a “massa intelectual”, como denomina Montaño, dedicou-se à sua instrumentalização. Foi possível apenas “se tornar efi ciente no que faz sem questionar por que o faz e para quem o faz” (MONTAÑO, p. 96).

Com o Movimento de Reconceituação esses profi ssionais criticam o “metodologismo”, mas não obtiveram o su-cesso esperado. Assim, esse Movimento não passou de “intenção de ruptura” e o Serviço Social seguiu atrelado à sua origem tradicional.

Montaño credita a natureza e a legitimidade do Serviço Social ao fenômeno da subalternidade. Entende que o Serviço Social na contemporaneidade pode ser compreendido se analisado sob quatros aspectos vinculados ao exercício profi ssional: a questão do gênero, o empobrecimento do estudante e o futuro profi ssional, a condição do assistente social como funcionário público e, fi nalmente, o Serviço Social visto como tecnologia em relação às ciências sociais. De forma sucinta, mas não menos efi ciente, o autor argumenta sobre possíveis alicerces respon-sáveis pela postura de submissão da profi ssão no mundo do trabalho.

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Com relação à questão de gênero explica que o fato do público à procura do curso de Serviço Social ser “emi-nentemente feminino”, em uma sociedade patriarcal, corrobora com a visão de que esta é uma profi ssão de me-nor importância, visto ser carreira para mulheres. Reproduz o caráter assistencialista da profi ssão, afi nal, “na nossa cultura, o assistencialismo é [...] uma combate [...] predominantemente feminino”. (MONTAÑO, p. 99)

O empobrecimento do estudante/profi ssional de Serviço Social é citado não por desprezar a democrati-zação do ensino, mas para demonstrar que enquanto, na origem da profi ssão, as classes altas eram os maiores interessados pelo tema, na atualidade, as camadas mais baixas economicamente é que têm maior interesse pelo Serviço Social. No entendimento dos autores consultados por Montaño, esse fato se dá pois “facilita a empatia” do assistente social com o público usuário de seus serviços, contribui para “ajustar a autoimanem de identidade entre este profi ssional e os estratos mais empobrecidos“ da sociedade (MONTAÑO, p. 104). Ao se referir ao as-sistente social como funcionário público e empregado do capital, advoga que este surge como executor terminal das políticas sociais, cujo objetivo é a “consolidação da ordem”. Para os autores examinados não é sem propósito que o Estado (poder público) é estabelecido como “fonte privilegiada de emprego para o assistente social [...] que passa a ser um “servidor público”, acarretando servilismo deste profi ssional ao órgão empregador e não à causa pela qual foi contratado.

O último elemento ponderado por Carlos Montaño para fi ns de análise da subalternidade da profi ssão é o Serviço Social como “tecnologia” e sua relação com as “ciências”. “O Serviço Social é entendido como uma tecnolo-gia [...] não produz conhecimento teórico, utiliza-se apenas da [...] importação do acervo teórico das ciências e [...] realiza [...] sua aplicação” (MONTAÑO, p. 114). A Tecnologia não é aceita como produção de conhecimento, mas apenas como aplicação do mesmo, o que imprime uma percepção de inferioridade aos profi ssionais da área e aos que não são da área ao contemplarem o Serviço Social com certa superioridade, pois lhe emprestam sua produção teórica para que o Serviço Social possa se utilizar dela na intervenção social.

Nas considerações de Montaño, este é um julgamento equivocado, pois nem todo acervo teórico é efi ciente e sufi ciente no exercício da prática profi ssional, e para isto o praticismo - tão criticado - dos assistentes sociais é fundamental e insubstituível. Ambos, intelectual e técnico têm seu papel social o que é inegável, mas um não substitui o outro, nem o supera.

Finaliza este capítulo advertindo que não há motivos para se deixar levar por “uma visão fatalista, de que nada pode ser feito dentro das amarras das organizações burocráticas” (MONTAÑO, p. 109), pois nem os organismos estatais ou particulares são fortalezas inexpugnáveis da ideologia dominante, nem as comunidades ou os grupos populares transmitem, infalivelmente, o ponto de vista proletário. (LIMA, 1993, apud, MONTAÑO 2009, P.109)

Anotações _______________________________________________________________________________________________

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Inexpugnável: Inconquistável.

Proletariado: conjunto dos trabalhadores de um determinado país, região, cidade etc., ou do mundo inteiro; classe social dos proletários;

classe trabalhadora.

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Serviço Social na ContemporaneidadeTema 4 - Atividades

Atividades

INSTRUÇÕES

Caro aluno, agora que você já fez uma leitura do material proposto para o desenvolvimento des-ta aula e já assistiu à explicação sobre o tema, é chegado o momento de verificar seu aprendi-zado. Leia com muita atenção cada enunciado, pois da interpretação correta do texto depende o acerto de cada questão. Observe que os seis primeiros exercícios deverão ser resolvidos indi-vidualmente. A atividade de número 7 também é individual e será considerada como atividade avaliativa. Portanto, a reposta deverá ser posta-da no ambiente virtual de aprendizagem Moo-dle. As questões de 8 a 10 deverão ser desenvol-vidas em grupo de 4 a 5 membros, no máximo.

Atenção: Apenas a questão de número 7 deverá ser postada no ambiente virtual e valerá nota. Essa atividade deverá ser realizada individual-mente e postada no ambiente virtual de apren-dizagem no dia especificado no cronograma de aulas. Preste atenção também às orientações do professor durante as aulas transmitidas.

Ponto de partida

Neste tema, Carlos Montaño discute o caráter da subalternidade do Serviço Social e defende que o mesmo está ligado a alguns elementos. Quais são eles?

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Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu.

Questão 1

Montaño afi rma que um dos fatores do Servi-ço Social assumir o caráter de subalternidade é não produzir conhecimento próprio e utilizar-se do acervo teórico de outras ciências. A isso denomina-se:

a) Tecnologia Social.

b) Teoria Social.

c) Ciência Social.

d) Tecnologia.

e) Ciência.

Questão 2

Se o profi ssional de campo não produz teoria, mas usando os conhecimentos já acumulados para explicar a estrutura e dinâmica do fenôme-no com o qual se depara [...] elabora um conhe-cimento situacional (diagnóstico) para intervir crítica e efetivamente nos processos,

ENTÃO,

Esta atividade (de campo) não é subordinada ou subalterna à científi ca, mas elas se comportam como complementares.

ASSIM,

O assistente social de campo não tem motivo para ser considerado subalterno ao (assistente social) acadêmico; assim como o conhecimento situacional (diagnóstico) não é menos impor-tante que o teórico.

A ESSE RESPEITO É POSSÍVEL CONCLUIR QUE

Cada conhecimento, teórico e situacional, tem funções e espaços próprios na produção do co-nhecimento.

PODE-SE AFIRMAR QUE

a) A primeira afi rmação é falsa, a segunda, a terceira e a quarta são verdadeiras e apre-sentam relação entre si.

b) As quatro afi rmações são verdadeiras, pois se justifi cam mutuamente.

c) As três primeiras afi rmações têm relação en-tre si, e a quarta afi rmação é falsa.

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Serviço Social na Contemporaneidade

recebidos por homens e mulheres. Pelo contrá-rio, a diferença acentua-se. No caso do comércio, por exemplo, a diferença de rendimentos para profi ssionais com escolaridade de onze anos ou mais de estudo é de R$ 616,80 a mais para os homens. Quando a comparação é feita para o nível superior, a diferença é de R$1.653,70 para eles. Disponível em: < http://oglobo.globo.com/economia/boachance/>. Acesso em: 19 out. 2010 (com adaptações).

Considerando o tema abordado acima, analise as afi rmações seguintes:

I. Quanto maior o nível de análise dos indica-dores de gêneros, maior será a possibilidade de identifi cação da realidade vivida pelas mulheres no mundo do trabalho e da busca por uma política igualitária capaz de supe-rar os desafi os das representações de gêne-ro.

II. Conhecer direitos e deveres, no local de tra-balho e na vida cotidiana, é sufi ciente para garantir a alteração dos padrões de inserção das mulheres no mercado de trabalho.

III. No Brasil, a desigualdade social das minorias étnicas, de gênero e de idade não está ape-nas circunscrita pelas relações econômicas, mas abrange fatores de caráter histórico-cultural.

IV. Desde a aprovação da Constituição de 1988, tem havido incremento dos movimentos ge-rados no âmbito da sociedade para diminuir ou minimizar a violência e o preconceito contra a mulher, a criança, o idoso e o ne-gro.

É correto apenas o que se afi rma em:

a) I e II

b) II e IV

c) III e IV

d) I, II e III

e) I, III e IV

Questão 5

Carlos Montaño, ao discutir que o empobreci-mento do estudante/profi ssional do Serviço So-cial contribui para o fomento do caráter de su-balternidade da profi ssão, salienta que não faz críticas à democratização/socialização do ensi-no; pelo contrário, suas elucubrações inferem-se que em um modelo de sociedade capitalista, a

d) As quatro afi rmações são falsas, pois não tratam da “subalternidade” do serviço so-cial.

e) Apenas a segunda e quarta afi rmações são verdadeiras e apresentam relação entre si, enquanto que a primeira e a terceira afi r-mações são falsas.

Questão 3

Ao mencionar o assistente social funcionário público como refém do Estado empregador, Montaño pondera que este ator utiliza-se de estratégias organizacionais para o desempenho de suas funções. Assinale a alternativa que des-creve essas táticas descritas por Michel Crozier.

a) O saber situacional; o domínio da informa-ção; o controle político; o domínio da regra institucional; e o controle do usuário das po-líticas sociais.

b) O saber científi co; o domínio da informação; o controle político; o domínio da regra insti-tucional; e o controlo do usuário das políti-cas sociais.

c) O saber e a perícia; a informação conjun-tural; o domínio da regra institucional; e o controle do entorno institucional.

d) A articulação política; o controle social; a participação cidadã; o poder sobre as comu-nidades locais.

e) O saber e a malícia; a informação conjun-tural; o domínio das relações de poder; e o controle do entorno da comunidade local.

Questão 4

(ENADE, 2010). Conquistar um diploma de curso superior não garante às mulheres a equiparação salarial com os homens, como mostra o estudo “Mulher no mercado de trabalho: perguntas e respostas”, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estatísticas (IBGE), nesta segun-da-feira, quando se comemora o Dia Internacio-nal da Mulher.

Segundo o trabalho, embasado na Pesquisa Mensal de Emprego de 2009, nos diversos grupa-mentos de atividade econômica, a escolaridade de nível superior não aproxima os rendimentos

Tema 4 - Atividades

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Serviço Social na Contemporaneidade

Questão 7

Ao tratar da questão de gênero e relacioná-la ao caráter de subalternidade da profi ssão, o au-tor dialoga com diversos autores que argumen-tam sobre o inegável papel de destaque de mu-lheres ocidentais e orientais, infelizmente não admitido economicamente nem tampouco legi-timado nas sociedades patriarcais. Realize, indi-vidualmente, uma pesquisa sobre três mulheres que marcaram a época em que viveram, por terem realizado ações humanitárias, ou políti-cas ou de qualquer outro caráter, que tenham se destacado por realizar algo que as distinguiu das demais de sua época e/ou mudado os rumos da humanidade. Essas mulheres podem ser de outros países e até de outros Continentes.

Pesquisa:

Coloque os nomes completos dessas mulheres, sua nacionalidade, a idade que tinham quando realizaram este feito, o país de origem e o que realizaram que fi zeram delas uma referência para a história da humanidade. Esta pesquisa será livre. Oriento que os quesitos a serem ava-liados serão: a pesquisa solicitada com os itens acima, a criatividade e a originalidade, ou seja, personagens inusitadas, que não são conheci-das.

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proximidade das condições socioeconômicas do assistente social com as classes populares, por um lado, facilita imensamente sua capacidade de empatia, contribui também para conformar a autoimagem de identidade entre este profi s-sional e os estratos mais empobrecidos. Esta, apesar de no plano socioeconômico pes soal ter fundamento, fetichiza a relação profi ssional com o usuário das políticas sociais, levando o as-sistente social, em diversos casos, a ignorar sua funcionalidade e signifi cação social.

Assinale a alternativa que completa as lacunas conforme o texto e as análises de Montaño:

a) Interpretação da realidade/empobrecidos/usuário/signifi cação social.

b) Simpatia/empobrecidos/empregador/signifi -cação social.

c) Empatia/enriquecidos/intelectual/legitima-ção social.

d) Empatia/empobrecidos/usuário/signifi cação social.

e) Interpretação da realidade/discriminados/re-gulador/ signifi cação social.

Questão 6

A que fato o autor atribui o elevado índice de pessoas pertencentes às camadas médias e bai-xas da população ingressarem nas universida-des, acesso, até pouco tempo, exclusivo da clas-se burguesa?

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Questão 8

Em sua obra, Montaño (2009) atribui ao vocá-bulo “Intelectual” uma conotação não usual. Esclarece que “Intelectual não é sinônimo de acadêmico e “Técnico” não se refere a “profi s-sional de campo”. Leia seu PLT e explique o que o autor denomina de “Intelectual”.

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Questão 9

Com a resposta da questão anterior é ratifi cada a opção ideológica do autor pelo divórcio entre teoria e prática? Sim ou Não? Justifi que sua res-posta em um mínimo de duas e um máximo de quatro linhas.

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Questão 10

A respeito da relação polarizada ciência/ técnica e teoria /prática, Complete as lacunas:

No Documento de Araxá considera-se o Ser-viço Social como uma técnica social, porquan-to infl uencia o _____________________ e o meio, nos seus inter-relacionamentos (CBCISS, 1986:23); enquanto no Encontro de Sumaré, o Serviço Social caracteriza-se como prática ou _______________________________ em virtude de atuar em realidades sociais concretas. (id.:139). Por outro lado, para Kisnerman, o Serviço Social constitui uma ocupação profi ssional que, estu-dando as ________________________, traduz ne-cessidades sociais em _________________________ (1980: 123). (MONTAÑO, p. 114)

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Você quer saber mais sobre esse assunto? Então:

• Leia o artigo O sentido da refl exão sobre autonomia no Serviço Social de Carla Andréia Alves da Silva. Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br/>. Acesso em: 29 nov. 2010. Vo-lume 6 - Número 2 - jan./jun. 2004. Este artigo constitui-se em um estudo sobre a autonomia e seu entendimento na categoria dos assistentes sociais brasileiros.

• Leia o artigo Do conservadorismo à moral conservadora no Serviço Social brasileiro de Lé-lica Elisa Pereira de Lacerda e Olegna de Souza Guedes. Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br/>. Acesso em: 29 de nov. 2010. Volume 8 - Número 2 - jan./jun. 2006. Neste artigo você encontrará uma breve abordagem de algumas das formas de conservadorismo que permeiam a ação e o discurso dos assistentes sociais, desde a emersão da profi ssão, perdurando até os dias atuais, com o intuito de suscitar debates sobre o assunto na categoria profi ssional.

• Leia o artigo Ciência, Tecnologia e Gênero: Desvelando o Signifi cado de Ser Mulher e Cien-tista. De ELISA YOSHIE ICHIKAWA, JULIANA MÔ-NICA YAMAMOTO E MAÍRA COELHO BONILHA Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br/>. Acesso em: 29 nov. 2010. Volume 11 - Número 1 - jul./dez. 2008. Os estudos sobre ciência, tec-nologia e gênero, apesar de sua heterogeneida-de, compartilham um objetivo político comum: a defesa de que não é possível compreender a

Tema 4 - Atividades

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Serviço Social na Contemporaneidade

ciência e a tecnologia ignorando o contexto so-cial do sujeito cognoscente.

FINALIZANDO

Ninguém se forma no vazio. Formar-se supõe troca, experiências, interações sociais, aprendi-zagens, um sem fi m de relações; ter acesso ao modo como cada pessoa se forma e ter em con-ta a singularidade de sua história e, sobretudo, o modo singular como age, reage e interage com seus contextos. (MOITA, 2007, p. 115)

Nesse tema, você viu que postura profi ssional deve estar vinculada à formação profi ssional que, igualmente, está vinculada à construção da identidade e perfi l profi ssional. Assim, chama à refl exão a epígrafe apresentada. Seria errado vincular os três aspectos ou você pode conside-rar uma inovação a discussão desses aspectos?

É essencial, na discussão da formação profi ssio-nal em Serviço Social, considerar que este tema é marcado por embates de ordem teórico-me-todológica e que, até hoje, têm refl etido no co-tidiano da atuação profi ssional. Dessa forma, é importante atentar que a discussão deste tema não deve encerrar aqui, mas sim ser constante-mente trabalhada e analisada para que a cada dia possa acrescentar conhecimento ao profi s-sional de Serviço Social.

Anotações ____________________________________________

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Tema 5 O Objeto do Serviço Social

Objetivos de aprendizagem

• Refl etir sobre a existência de um objeto para o Serviço Social.

• Discutir a especifi cidade como elemento legitimador da profi ssão.

• Relacionar o objeto do Serviço Social com o signifi cado social da profi ssão.

Para início de conversaCaro acadêmico, este tema é de extrema relevância para a sua formação profi ssional, pois como o título denuncia, trata do elemento de estudo e intervenção do Serviço Social. Mon-taño traz vários autores que versam sobre o assunto. Destaco a perspicaz análise de Netto (1992) ao apresentar o Serviço Social como uma estrutura reiterativa, ou seja, uma profi ssão que reitera a o ecletismo.

Ecletismo: Diretriz teórica originada na Antiguidade grega que se caracteriza pela justaposição de teses [...] formando uma visão pluralista de mundo e multifacetada [...] disposi-ção de espírito que se distingue pela escolha do que parece melhor entre várias doutrinas, métodos ou estilos. (HOUAISS, 2001)

Por dentro do tema

Montaño (2009) assinala que nas discussões entre a categoria profi ssional não há consenso para a nomenclatura dispensada ao objeto de estudo e intervenção do Serviço Social, “tematizada, ora como especifi cidade, ora como identidade, ora como natureza, ora como perfi l, ou até cultura” (MONTAÑO, p. 118). Acredita que este esforço dá-se em virtude de legitimá-lo diante das demais profi ssões.

Para discutir sobre a existência ou não da especifi cidade do Serviço Social é preciso primeiramente compreender o que é especifi cidade.

O autor aplica por conceito deste vocábulo a “qualidade que certa espécie possui e pela qual se torna especial, diferente das outras” (p.120); por esta razão, atribui-se ao objeto do Serviço Social a importância de identidade.

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Identidade: “conjunto de caracterísitcas e circusntâncias que distinguem uma pes-soa ou uma coisa e graças às quais é possível individualizá-las”. (HOUAISS, 2001)

O que Carlos Montaño (2009) pretende demonstrar é que o objeto de uma profi ssão é algo tão particular que não deve ser tratado no exercício de outras profi ssões e/ou de outros profi ssionais.

Ao analisar as leis que regem o sistema capitalista verifi ca-se que o Serviço Social, na busca por sua especialização o faz numa perspectiva de “pulverização” e “segmentação” da realidade em “questões sociais”. Os fi lósofos, sociólogos, economistas, entre outros pensadores consultados por Montaño (2009), apontam que ao invés de dedicarem o olhar para a estrutura da sociedade no sentido de intervir nela e transformá-la, a segmentaram, es-pecializando uma profi ssão para tal.

Essa afi rmação manifesta-se a partir da tese histórico-crítica quanto a gênese da profi ssão, ou seja, está vinculada à ordem burguesa. Todavia, no “momento em que a classe burguesa perdeu seu caráter crítico revolucionário pe-rante as lutas proletárias”, ocorreu a “segmentação da realidade em questões sociais”, permitindo o surgimento de uma intervenção igualmente pulverizada: “as políticas sociais setoriais e pontuais”. (MONTAÑO, pp. 125-126)

Desta forma, procurar pelo objeto do Serviço Social exige identifi cá-lo na divisão sociotécnica do trabalho, como demonstra Lukács “a especialização cada vez mais estreita é o “destino” da nossa época [...] a extensão da ciência moderna atingiu uma amplitude que não permite à capacidade de trabalho de um só homem dominar enciclope-dicamente todo o campo do saber humano”. (LUKÁCS, 1992, p.122 apud MONTAÑO, pp. 120-121)

O Serviço Social origina-se neste contexto histórico e por isso Montaño discute a existência, ou não, de seu objeto/especialidade, considerando-o segmentador da realidade.

Admite que haja autores que sustentam a falta da especifi cidade da profi ssão e que, segundo eles, isso se dá “pela inexistência de um corpo teórico próprio, a carência de um método único, a ausência de objetos, de ques-tões sociais particulares a estes” (p. 127). Nessa vertente, as atividades do Serviço Social podem ser desempenha-das por outros profi ssionais como sociólogos, psicólogos sociais, antropólogos etc.

Infere-se que a categoria de assistentes sociais “obstinadamente” deseja estabelecer a especifi cidade do Serviço Social acreditando assim garantir sua legitimidade.

Montaño destaca quatro elementos com os quais autores pesquisados defi nem a especifi cidade do Serviço Social:

1. Recorrer à legitimidade para reverter a subalternidade gerada pela separação positivista entre ciência x técnica. Aqui distinguem-se três tendências:

• O grupo que entende o objeto social como próprio do Serviço Social, pois acredita que o mesmo constitui uma ciência.

• Os que determinam o campo de pesquisa como objeto de conhecimento específi co do Serviço Social, como sendo a sistematização da prática profi ssional.

• Aqueles que não concebem a existência de um objeto específi co, exclusivo, do Serviço Social, nem acreditam na “sistematização de sua prática”, “entendem que há uma “perspectiva” determinada, um certo “olhar” ou dado “recorte” específi co da realidade, do objeto social, próprio à profi ssão”. Para estes, o Serviço Social é percebido como “parte de um corpo interdisciplinar”. (MONTAÑO, p. 132)

2. Buscar a especifi cidade por meio de “metodologia própria: a prática profi ssional específi ca”. Tal aspecto permite perceber o Serviço Social como Tecnologia, “uma profi ssão cuja essência recai na atividade interventiva, na prática de campo e cujo método de intervenção lhe é específi co”. (MONTAÑO, p. 137)

3. Defi nir o específi co do Serviço Social “no tipo do sujeito com o qual trabalha (seu público-alvo): na re-lação profi ssional-povo” (pp. 141-142). Nessa vertente a profi ssão é apreendida como uma militância política vinculada a uma população politicamente organizada.

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4. E como último elemento, decorrente do anterior, identifi car a especifi cidade do Serviço Social “nos pretensos objetivos próprios” da profi ssão: conscientização das classes populares, a organização e a transformação social (MONTAÑO, p. 142). Nas palavras de Boris Lima “a teleologia do Serviço Social se encaminha para libertar as massas, situando sua meta na transformação das relações sociais”. (GUERRA, 1995, p.174, apud MONTAÑO, 2009, p. 142)

Teologia: qualquer doutrina que identifi ca a presença de metas, fi ns ou objetivos últimos guiando a natureza e a Humanidade, considerando a fi nalidade como o princípio explicativo fundamental na organização e nas transformações de todos os seres da realidade. (HOUAISS, 2001)

Anotações _______________________________________________________________________________________________

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Serviço Social na Contemporaneidade

Atividades

INSTRUÇÕES

Caro acadêmico, agora que você já fez uma leitura do material proposto para o desenvol-vimento desta aula e já assistiu à explicação so-bre o tema, é chegado o momento de verifi car seu aprendizado. Ressalto que leia com atenção cada enunciado para poder decifrar o que cada atividade está solicitando. Lembre-se de que a interpretação de texto fará parte do seu coti-diano profi ssional. As cinco primeiras atividades deverão ser resolvidas individualmente. As pro-posições de 6 a 10 deverão ser desenvolvidas em grupo de 4 a 5 membros, no máximo. O traba-lho em equipe provoca discordância de ideias, o que é fantástico, pois promove a refl exão e fomenta a pesquisa. Não fujam da discussão. Leiam o material de apoio, refl itam, e cheguem a um consenso. Saliento que este exercício faz parte da sua formação profi ssional.

Ponto de partida

Neste tema, Carlos Montaño (2009) discute a es-pecifi cidade do Serviço Social. O que signifi ca a palavra “especifi cidade”?

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Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu.

Questão 1

Assinale a alternativa correta.

Montaño destaca que um dos temas prediletos apontados pelos assistentes sociais em Congres-sos e encontros da categoria é a falta de especi-fi cidade da profi ssão. Segundo as pesquisas do autor isso se dá graças à:

a) Existência de um saber específi co/campo de intervenção defi nido/presença de um sujei-to próprio/metodologia e técnica defi nidas/ objetivos exclusivos da profi ssão.

b) Existência de um saber específi co/ausência de um campo de intervenção/carência de um sujeito próprio/metodologia e técnica defi nidas/falta de objetivos exclusivos.

c) Insufi ciência de um saber específi co/ausên-cia de um campo de intervenção/carência de um sujeito próprio/defi ciência de métodos e técnicas/falta de objetivos exclusivos.

d) Existência de um saber específi co/campo de intervenção indefi nido/presença de um su-jeito próprio/metodologia e técnica defi ni-das/objetivos exclusivos da profi ssão.

e) Insufi ciência de um saber específi co/ausên-cia de um campo de intervenção/presença de um sujeito próprio/métodos e técnicas defi nidos/falta de objetivos exclusivos.

Questão 2

Assinale a alternativa que completa as lacunas:

Buscando legitimar a profi ssão, mas ainda pro-curando reverter a _______________________ ge-rada pela separação positivista entre ciência e ________________, alguns autores tentam achar esta “_________________” profi ssional pensan-do na existência de um _____________“especí-fi co”, no sentido de uma “_______________”. (MONTAÑO, p. 129)

a) Legitimidade/técnica/especificidade/saber/teoria própria.

b) Subalternidade/religião/legitimidade/saber/teoria própria.

c) Subalternidade/técnica/legitimidade/saber/teoria própria.

Tema 5 - Atividades

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Serviço Social na Contemporaneidade

d) Subalternidade/técnica/especificidade/sa-ber/teoria própria.

e) Legitimidade/técnica/especificidade/saber/teoria própria.

Questão 3

Assinale a alternativa correta.

Nas pesquisas de Teixeira Caldas e D’Auria, “dois assistentes sociais afi rmaram que a espe-cifi cação de uma dada ciência consiste na de-terminação de seu objeto e o defi niram como ‘condições internas no interior das classes domi-nadas’”. Em outra entrevista para o profi ssional o objeto do Serviço Social consiste em:

a) Investigar e interpretar as necessidades e potencialidades da população.

b) Identifi car se as classes dominadas se perce-bem enquanto objeto de dominação.

c) O saber social e institucional.

d) A articulação política, investigação social e interpretação da realidade de humanidades.

e) Interagir entre a máquina pública a serviço da hegemonia capitalista e necessidade da população dominada.

Questão 4

É específi co do assistente social:

a) Conhecer as doenças da população.

b) Desenvolver trabalhos educativos em comu-nidades.

c) Intervir na realidade social para modifi cá-la.

d) Criar leis de defesa dos direitos da po-pulação.

e) Aprovar leis de defesa dos direitos da popu-lação.

Questão 5

Maria Lúcia Rodrigues On entende que o Servi-ço Social não assume o desafi o de “constituir-se como profi ssão produtora de conhecimentos”. A autora entende que existe um conhecimento específi co “construído” a partir de um método

próprio o que demarca “a legitimidade de sua confi guração profi ssional” e que se constitui em mediação da sua intervenção. Este saber “espe-cífi co” seria o resultado da objetivação própria de sua __________________.

Assinale a alternativa que completa a lacuna conforme o texto de seu PLT:

a) Signifi cação social.

b) Prática profi ssional

c) Legitimação social.

d) Observação profi ssional.

e) Interpretação profi ssional.

Questão 6

Leia seu PLT (p.136), apoie-se em um dicionário e responda: o que Montaño (2009) cita que o Serviço Social não possui objeto de conhecimen-to próprio, portanto não produz teoria própria. Possui, isto sim, um saber técnico-operativo au-tóctone [...] por isso pode elaborar “teoria so-bre o social” e não “teoria de Serviço Social”.

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Questão 7

Responda à questão segundo a análise de Gar-cia Salord .

Garcia Salord entende que os “objetivos espe-cífi cos” correspondem aos modelos e níveis de interpretação que constituem a metodologia específi ca do Serviço Social. Nesta visão, geral-mente tende-se a conceber o assistente social como:

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Questão 8

Em sua obra, Montaño (2009) defi ne especifi ci-dade. Leia seu PLT e explique por que “especi-fi cidade” confunde-se com “identidade”. Míni-mo de seis, máximo de dez linhas.

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Questão 9

Com relação à resposta da questão anterior, por que o autor discute a existência, ou não, da “es-pecifi cidade” do Serviço Social? Mínimo de cin-co, máximo de sete linhas.

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Questão 10

Carlos Montaño assevera que há os que deter-minam o “campo de pesquisa” como objeto de conhecimento específi co do Serviço Social como sendo a sistematização da prática profi ssional. Nessa vertente, a “pesquisa” no Serviço Social estaria orientada para a ação. O Centro Latino Americano de Trabalho Social (CELATS) entende que a pesquisa é um instrumento que ajuda a desenvolver um objetivo principal. Qual é esse objetivo na visão do CELATS?

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Anotações ____________________________________________

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AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Você quer saber mais sobre esse assunto? Então:

• Leia o artigo Questão social: objeto do Serviço Social, de Ednéia Maria Machado, 2008. Disponível em: <www.ssrevista.uel.br>. Acesso em: 29 nov. 2010. A questão social tem sido colocada, na nova proposta de reformulação curricular, como objeto do Serviço Social. Resgatar a concepção de questão social como forma de refl exão sobre a possibilidade de a questão social, ou as expressões da questão social se constituirem em objeto profi ssional é o objetivo deste artigo.

• Leia o artigo Questão Social: um conceito revisitado de Lessi Inês Farias PINHEIRO. Disponível em: <http://www.eumed.net/rev/cccss/03/fpod.htm>. Acesso em: 27 nov. 2010. A questão social foi constituída em torno das transformações econômicas, políticas e sociais ocorridas na Europa do Século XIX. Este artigo apresenta as visões de três autores, ligados a diferentes disciplinas da área social, com visões distintas da questão social.

• Asista ao fi lme Uma noite no museu, direção de Shawn Levy, que retrata a importância de estabelecer uma rede de contatos entre os diversos segmentos de uma comunidade e refl ita sobre o papel do assistente social diante dos confl itos sociais.

FINALIZANDO

Neste tema, você pôde observar uma acirrada discussão entre Montaño e diversos autores so-bre a especifi cidade do Serviço Social, verifi cou os motivos pelos quais o autor defende a “não especifi cidade” da profi ssão e sim a particulari-dade da mesma, assunto que será discutido no próximo capítulo.

Por outro lado, apresentou características pró-prias dos profi ssionais da área ao intervirem na realidade social. Como já perceberam é uma obra bastante crítica, o que instiga à lei-tura, não só do PLT, mas também do material de apoio proposto neste caderno e dos textos complementares.

Tema 5 - Atividades

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Tema 6Particularidades do Serviço Social

Objetivos de aprendizagem

• Conhecer o conceito de trabalho.

• Conhecer a importância do trabalho para a sociedade e as noções que permeiam a discussão sobre este tema.

• Analisar a existência de especifi cidades nas profi ssões da área social.

• Refl etir sobre a “especifi cidade” como exclusividade do Serviço Social.

• Compreender as particularidades do Serviço Social.

Para início de conversaA discussão sobre trabalho não é nova e também não é des-conhecida por você. O tema é bastante instigante, pois faz parte de uma realidade que permeia a vida das pessoas. Por-tanto, é muito familiar, permitindo que você se envolva tanto para exaltá-lo quanto para criticá-lo.Independentemente de qual seja o seu posicionamento no momento, a compreensão desse tema torna-se imprescindí-vel para o profi ssional de Serviço Social, isso porque entender como acontecem as relações de trabalho é a abertura para compreender as discussões, os avanços e os desafi os impos-tos ao Serviço Social na sociedade contemporânea.

Por dentro do tema

Inicialmente, você analisará algumas noções e conceitos sobre trabalho e sua impor-tância na sociedade capitalista e nas relações sociais que envolvem o ser humano nessa atividade produtiva, considerando-se aqui que é por meio do trabalho que o homem atua sobre a natureza e a transforma, transformando também a sua própria natureza.

No entendimento de Pessanha (2004), o trabalho é indispensável para a vida social e para a formação do ser humano, o que o torna essencial, uma vez que é por meio do trabalho que cada homem constrói a sua própria história e produz a sua existên-cia. Este processo de produção é impulsionado por contradições que produzem um movimento constante, porém necessário para gerar as transformações na realidade.

Conceituar a categoria trabalho é uma tarefa complexa, pois ainda, segundo Pessanha (1994), o termo carrega em si muito da concepção burguesa que, utilizando-se das ideias de Locke, ainda que deslocadas de seu conceito histórico, justifi ca moralmente a propriedade privada como produto do trabalho, ou seja, essa ideologia apresenta o trabalho como “virtude universal” a ser pregada e desenvolvida pelos homens.

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Em uma concepção genérica, porém, trabalho pode ser conceituado como o uso da força de trabalho, na relação com a natureza, que tem como objetivo a produção de valores de uso utilizados para o suprimento da necessida-de humana. Dessa forma, a categoria trabalho se fi rma como essencial para a constituição do ser humano como ser social, independentemente de sua complexidade, mas levando-se em consideração sua contribuição para o desenvolvimento da sociedade.

Neste caminho, não se pode deixar de lado a preocupação primordial que é a de situar o Serviço Social em meio a tal discussão, abordando então, neste tema, como a profi ssão é compreendida neste mundo tão complexo. Ressalta-se que estes são conceitos primordiais para a compreensão da confi guração do Serviço Social na divisão sociotécnica do mundo do trabalho.

Insere-se ainda na discussão deste tema as refl exões apresentadas no PLT sobre a especifi cidade que envolve as profi ssões da área social, especifi camente o Serviço Social.

Montaño (2007) arremete contra a necessidade de se determinar a especifi cidade da profi ssão, pois entende que não é esta especifi cidade que determinará a natureza do Serviço Social e tampouco de outras profi ssões, mas sim as particularidades apresentadas por cada uma delas.

Mas qual a diferença entre especifi cidade e particularidade? Não teriam o mesmo sentido ou o mesmo conceito?

Veja: na linguagem do dicionário “especifi cidade” é entendida como “qualidade do que é especifi co”, ou seja, qualidade do que é especial, exclusivo. No mesmo dicionário pode-se encontrar como conceito de “particularida-de” aquilo que é particular, ou o que pertence apenas a certas pessoas ou coisas. Pode-se notar que é esta tênue linha que diferencia os termos em questão é o objeto que norteia as discussões de Montaño (2007), nas páginas que foram escolhidas como base para discussão desta aula, quando o autor apresenta suas refl exões sobre a na-tureza do Serviço Social, e que devem, também, chamar a sua atenção.

Segundo Cólman (1994, p. 01), “As ideias de Montaño não constituem um posicionamento isolado. Autores importantes como José Paulo Netto e Marilda Vilela partilham em geral do mesmo ponto de vista, embora não façam desta recusa o centro de suas formulações”. Deste modo, abre-se um novo caminho para a análise da natureza do Serviço Social, qual seja, conhecer as particularidades desta profi ssão, o que segundo Montaño pode dar mais visibilidade à singularidade, universalidade e à mediação da particularidade, onde, segundo o autor, “as categorias são partícipes de um universal, de uma totalidade, carregada de historicidade” (2007, p. 156). Mas qual a pertinência de se discutir a existência ou não de uma especifi cidade para o Serviço Social?

Para Cólman (1994, p. 02), a discussão sobre este tema é relativamente recente, mais precisamente da década de setenta, “Até então, nos diversos meios profi ssionais, aceitava-se, como premissa, que o Serviço Social era uma disciplina profi ssional com alguma especifi cidade. Divergia-se quanto aos atributos desta especifi cidade, mas não da premissa geral”. Com o movimento de negação das bases funcionalistas do Serviço Social tradicional, surge então uma nova premissa em que José Paulo Netto afi rma “[...] Nos últimos anos, na produção intelectual do Serviço Social, vem-se afi rmando um movimento signifi cativo: o surgimento de elaborações que, rompendo defi nitivamente com as velhas preocupações acerca da “especifi cidade profi ssional”, priorizam a construção de conhecimentos sobre objetos da ação do assistente social” (Netto in Montaño, 2007).

Pode-se notar que Montaño (2007, p.156) não está sozinho no caminho tomado, ou seja, desmistifi car a impor-tância da especifi cidade do Serviço Social, que, segundo o autor, “remete à imutabilidade das atribuições, portan-to do caráter aistórico, e às suas dimensões inclusivas e exclusivas, preocupando-se em analisar a particularidade da profi ssão, que contrariamente remete a categorias que são históricas, dinâmicas e tendenciais”.

Ressalta-se que a preocupação no estudo deste tema não se resume em exaltar os caminhos escolhidos por al-guns autores na explicação ou conceituação da natureza do Serviço Social. Vai além, pois conhecer os caminhos teóricos escolhidos por estes autores auxiliará a você, caro aluno, a compreender o Serviço Social como profi ssão e como esta profi ssão insere-se no mundo do trabalho.

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Serviço Social na Contemporaneidade

Atividades

INSTRUÇÕES

Para dar suporte ao seu aprendizado, sugere-se concentração nas refl exões apresentadas ante-riormente e que busque respaldo nas leituras de livros e textos sugeridos no tópico 7.

Assim, poderá estabelecer um diálogo com au-tores consagrados no tema que está estudando. Lembre-se de que conhecer conceitos é de suma importância para o seu conhecimento, mas as refl exões sobre os assuntos e conceitos anali-sados são de mais importância ainda para que você tenha domínio sobre o que está estudan-do.

Os cinco primeiros exercícios deverão ser resol-vidos individualmente. A atividade de número 10 também é individual e a reposta deverá ser postada no ambiente virtual de aprendizagem - Moodle - valerá nota. As proposições de 6 a 9 deverão ser desenvolvidas em grupo de 4 a 5 membros, no máximo.

Atenção: Apenas a proposição de número 10 deverá ser postada no ambiente virtual e valerá nota.

Ponto de partida

Leia com atenção o relato a seguir:

O BRASILEIRO ESQUECIDO

O motorista Cristiano Alan de Jesus, 39 anos, é um brasileiro esquecido. Nascido em Feira de Santana, na Bahia, mudou-se para São Paulo há 21 anos. “Lá eu trabalhava como pedrei-ro, mas achava que aqui poderia melhorar de vida”, diz Cristiano. Morador do bairro Cháca-ra do Sol, próximo à Represa Billings, na Zona Sul de São Paulo, ele pega um ônibus às 4 da manhã e passa duas horas e meia no trânsito para chegar ao centro da cidade. Seu trabalho consiste em dirigir uma van, para entregar pães a restaurantes. Cristiano, cujo salário é de 1.200 reais, tem carro particular, mas como a gasoli-na é cara para seu orçamento, só o utiliza para levar um de seus três fi lhos ou algum vizinho ao hospital. Onde ele mora, não há transporte público à noite nem pronto-socorro próximo. Suas duas fi lhas mais velhas foram adotadas de uma cunhada que morreu, há dezesseis anos. A

novidade obrigou a sua mulher a abandonar o emprego de vendedora para cuidar da família. [...] Para comprar o terreno de sua casa, ainda não concluída, Cristiano trabalhou quinze horas por dia como conferente de estoque e vigilante, durante dois anos. Como ele gosta de dizer: “O trabalhador tem de batalhar”.

(Depoimento retirado da Revista Veja, p.91. Editora Abril. edição 2185 – ano 43 – n.40. 6 de outubro 2010)

Agora levando em consideração as difi culdades apresentadas no depoimento acima, esclareça em um texto com o máximo de 10 linhas por que o trabalho é uma atividade essencial ao ser humano.

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Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu.

Questão 1

Analisando o Serviço Social no processo de tra-balho, pode-se considerar que: o Serviço Social é um trabalho________________, expresso sob a forma de______________, que tem_____________: interfere na reprodução material da força de trabalho e no processo de reprodução sócio- política ou ideo-política dos________________.

A alternativa que completa as lacunas em aber-to e que dá sentido à afi rmativa é:

a) Essencial; assistencialismo; produtos; gover-nantes.

b) Essencial; serviços; produtos; governantes.

c) Especializado; serviços; assistencialismo; in-divíduos sociais.

d) Especializado; serviços; produtos; indivíduos sociais.

e) Especializado; produtos; serviços; indivíduos sociais.

Tema 6 - Atividades

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Serviço Social na Contemporaneidade

Questão 2

A análise do signifi cado social do Serviço Social no processo de reprodução das relações sociais salienta o caráter contraditório da profi ssão. Ela reproduz, pela mesma atividade, interesses con-trapostos que convivem em tensão – demandas do capital e do trabalho − e só pode fortalecer um ou outro polo pela mediação de seu opos-to. De que decorre esse caráter contraditório da atuação profi ssional?

a) Da intencionalidade do assistente social.

b) Da condução da atuação profi ssional.

c) Da pressão dos empregadores.

d) Da relação de classes.

e) Das demandas dos usuários.

Questão 3

Corrente importante de estudiosos da profi s-são considera que a análise do papel do Serviço Social na reprodução das relações sociais deve partir do suposto de que a apreensão do signi-fi cado histórico da profi ssão só é possível com a sua inserção na sociedade, pois o Serviço Social se fi rma como instituição peculiar na e a partir da divisão social do trabalho.

Essa concepção identifi ca como princípio que rege a estruturação das relações sociais na so-ciedade:

a) A solidariedade.

b) A contradição de classes.

c) A ideologia.

d) A intersubjetividade.

e) O saber/poder.

Questão 4

“O assistente social é (...) um intelectual que contribui, junto com inúmeros outros protago-nistas, na criação de consensos na sociedade. Falar de consenso diz respeito não apenas à adesão ao instituído: é consenso em torno de interesses de classes fundamentais, sejam domi-nantes ou subalternas, contribuindo no reforço da hegemonia vigente ou criação de uma con-

tra-hegemonia no cenário da vida social.” (ENA-DE, 2007). (IAMAMOTO, M.V, 2001, p. 60)

A partir da leitura do texto acima, pode-se afi r-mar que:

a) Há consenso de que todos os assistentes so-ciais defendem os Interesses das classes su-balternas.

b) Há consenso de que todos os assistentes so-ciais defendem os interesses das classes do-minantes.

c) A criação de consensos depende da adesão ao instituído por parte dos assistentes so-ciais.

d) O assistente social pode contribuir para a formação de consenso contra-hegemônico.

e) Os assistentes sociais são intelectuais que ex-cluem o consenso das suas atividades.

Questão 5

Segundo Montaño (2007), o Serviço Social inte-gra a divisão sociotécnica do trabalho como:

a) Uma ciência.

b) Uma atividade.

c) Uma profi ssão.

d) Um saber.

e) Um instrumento de intervenção.

Questão 6

Leia atentamente o fragmento a seguir.

“Envolver uma teoria com manto da verdade é atribuir-lhe uma característica não realizável his-toricamente. Nada mais prejudicial ao processo científi co que o apego a enunciados evidentes, não discutíveis. Somente na teoria se pode dizer que a ciência é a interpretação verdadeira da realidade, porque, na prática, toda interpreta-ção realiza apenas uma versão historicamente possível”. (DEMO, 1981, p. 25)

Segundo Montaño (2007), existe “teoria do Ser-viço Social?” Apresente sua resposta em um tex-to com o máximo de 5 linhas.

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Tema 6 - Atividades

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Serviço Social na ContemporaneidadeTema 6 - Atividades

Questão 9

A questão social é tema constante para o Ser-viço Social. Não a questão social focada apenas na desigualdade social entre pobres e ricos e, muito menos como “situação social problema”, mas a questão social que “[...] é a gênese das desigualdades sociais, em um contexto em que acumulação de capital não rima com equidade”. (IAMAMOTO, 2008, p.59). O tema “questão so-cial” é exclusivo do Serviço Social? Justifi que a sua resposta.

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Questão 10

Em uma concepção genérica, trabalho pode ser conceituado como o uso da força de trabalho, na relação com a natureza, que tem como ob-jetivo a produção de valores de uso utilizados para o suprimento das necessidades da vida humana. Desta forma, a categoria trabalho se fi rma como essencial para a constituição do ser humano enquanto ser social, independente-mente de sua complexidade, mas levando-se em consideração sua contribuição para o desenvol-vimento da sociedade. Considerando-se as re-fl exões sobre o trabalho apresentadas em aula e em seu PLT, pergunta-se:

a) Qual o campo de ação (teórico/prático) do as-sistente social e por meio de qual instrumento este profi ssional intervém neste campo de ação?

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Questão 7

Notadamente, Montaño (2007) defende em sua tese um debate contrário à existência de uma especifi cidade do Serviço Social. Defi ne que o que existe são particularidades, “[...] que são desdobramentos da inserção da profi ssão na di-visão sociotécnica do trabalho e das suas carac-terísticas históricas”. Responda: em que consiste a análise da particularidade do Serviço Social?

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Questão 8

Qual a perspectiva a ser adotada por parte do profi ssional para que venha a ter uma prática crítica e transformadora, seja em nível micro ou macro?

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Serviço Social na Contemporaneidade

FINALIZANDO

Neste tema, você viu que o debate que se esta-belece sobre a gênese do Serviço Social é bas-tante complexo e inacabado. Pode-se notar que as consequências da incorporação do ideário neoliberal nas sociedades, incluindo-se aqui a sociedade brasileira, trazem consigo o impasse da consolidação democrática, do frágil enraiza-mento da cidadania e das difi culdades históricas de sua universalização.

Em tal contexto, o debate sobre as políticas so-ciais ganha relevância pelo seu caráter de me-diação entre as demandas sociais e as respostas organizadas pelo aparato governamental para implementá-las. Pode-se dizer que o Serviço Social insere-se neste contexto como profi ssão que tem nas políticas sociais o seu objeto de in-tervenção das demandas sociais e que o amplo debate sobre a sua gênese e desenvolvimento como profi ssão, apresentado de forma perti-nente por Carlos Montaño (2007), possibilita compreender que as políticas sociais, tal qual o Serviço Social, precisam de um aparato teórico sólido para que se compreenda o seu signifi ca-do e sua função na sociedade, seja ela a função social ou econômica, como abordado no PLT.

Anotações ____________________________________________

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AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Você quer saber mais sobre esse assunto? Então:

• Leia o artigo de Evaristo Colman, O que é Serviço Social?, disponível em: <http://www.ssre vista.uel.br/c_v1n1_desafi o.htm>. Acesso em: 23 ago. 2010. Vigência de um “velho” problema e desafi o para a formação profi ssional.

• Leia o artigo de Maria Carmelita Yazbek, O signifi cado social da profi ssão. Disponível em:

<http://www.pucsp.br/pos/ssocial/professor/yazbek_signifi cado.doc>. Acesso em: 23 ago. 2010. Você poderá acrescentar ao seu conhecimento as considerações da autora sobre o signifi cado do trabalho para o Serviço Social.

• Leia o informativo Práxis. Disponível em: <http://www.cressrj.org.br>. Acesso em: 23 ago. 2010. Nesse informativo, você terá informações atuais sobre o trabalho do assistente social e fi cará por dentro dos assuntos discutidos pela categoria.

• Assista ao fi lme Gaijin: caminhos da liberdade, direção de Tizuka Yamazaki, que retrata a importância da geração de riquezas e os efeitos que esse processo produz sobre o ser humano.

Tema 6 - Atividades

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Tema 7Teoria e Prática no Serviço Social

Objetivos de aprendizagem

• Conceituar teoria e prática em Serviço Social.

• Conhecer as divergências conceituais entre alguns autores sobre a teoria e prática em Serviço Social.

• Analisar criticamente os caminhos estabelecidos pelo Serviço Social para desenvolvimento de sua teoria e sua prática.

Para início de conversaNesta aula, trabalharemos um tema da maior relevância para a formação profi ssional do assistente social: o projeto ético-político do Serviço Social. Você conhecerá a luta travada pelo Serviço Social para, pe-rante o cenário contemporâneo, preservar valores e princí-pios ético-políticos que permeiam a Humanidade.Conhecerá, ainda, em que base se alicerça essa discussão e qual a importância de preservação desses princípios, assim como poderá compreender que seu compromisso como pro-fi ssional deverá ir além do que você aprendeu nos bancos universitários, ou seja, deverá extrapolar os muros acadêmi-cos e realmente aprofundar-se na defesa intransigente da de-mocracia e dos direitos humanos.

Por dentro do tema

O projeto ético-político profi ssional do Serviço Social no Brasil vincula-se a um pro-jeto de transformação de sociedade, reitera a teoria crítica como fundamentação para o agir profi ssional.

A discussão sobre a dicotomia entre a teoria e a prática é uma ação frequente en-tre os assistentes sociais, sem, contudo, se apresentar uma conclusão que atenda a todos os profi ssionais sobre o assunto. Segundo SUGUIHIRO (et all, 2009, p. 6), isto “revela resquícios de uma fragilidade de fundamentação teórico-metodológica para uma atuação competente”, ou, como considera Montaño (2007), revela a necessidade de se encontrar a especifi cidade do Serviço Social.

A falta de clareza dos fundamentos que orientam a prática profi ssional traz como consequência a prevalência de “posturas conservadoras, autoritárias, discriminatórias, tecnocratas e clientelistas, enfraquecendo o projeto ético-político cuja defesa de liberdade e da emancipação dos sujeitos sociais se fazem presentes”. SUGUIHIRO (at all, 2009, p.6)

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Insere-se nessa discussão a análise de Montaño (2007), mas, segundo o autor, suas considerações não se voltam a qualquer teoria ou prática, mas sim à análise da teoria e da prática que os praticistas consideram próprias do Serviço Social.

Enfatiza nas páginas propostas para o estudo deste tema, a apologia à prática profi ssional, fruto das discussões dos profi ssionais reconceituadores, das décadas de 1960 a 1979, cujo teor repercute até hoje sobre o Serviço Social.

Seguindo estas discussões, Montaño adverte que os assistentes sociais tendem a rejeitar as pesquisas que não são realizadas a partir do “fazer” de uma atividade de campo, ao mesmo tempo em que “encanta-se com os produ-tos teóricos elaborados pos sociólogos, psicólogos sociais, antropólogos, pedagogos e economistas”. (Montaño, 2007, p. 161)

Conceitualmente, pode-se entender a prática como o exercício ou o saber resultante de uma experiência, o que, para o assistente social, traduz-se na sua atuação nas atividades de campo ou prática profi ssional. Para os prati-cistas, é ela a “fonte” de “teoria”.

Salienta-se então que, no conceito “positivista”, aqueles profi ssionais que se voltam à pesquisa ou à produção de teoria não estão realizando uma atividade profi ssional específi ca do Serviço Social, pois esta atividade, ou seja, a pesquisa ou produção de teoria é específi ca do cientistas sociais.

Toma-se como referência para análise dos conceitos de prática e teoria apresentados pelos praticistas os docu-mentos elaborados em Belo Horizonte no período de 1972 a 1975, conhecidos como “Método BH”, que apresen-ta uma separação entre os momentos de produção da teoria e da prática, ou seja, dos momentos sensíveis (que inclui as sensações e percepções) e dos momentos abstratos do processo de conhecimento.

Montaño (2007, p. 167) analisa que, sob a ótica do Método BH, este momento sensível é o ponto de partida para a elaboração de conhecimento, ou seja, a fonte. Observe que a análise do autor relata um paradoxo existente no “Método BH”, qual seja, a proposta de primazia ou privilégio da prática sobre a teoria, e, no entanto, constrói um conjunto de procedimentos técnico-operativos, que denominam de “método profi ssional” fundamentalmente interventivo (na prática), a partir da adoção de um “método (dialético) de conhecimento” teórico-científi co, de interpretação e conhecimento da realidade. (Montaño, 2007, p. 167)

De semelhante teor surge o método elaborado por Boris A. Lima que, em 1986, elabora o “Método de interven-ção na realidade”, que considera a existência da verdade objetiva, que, por sua vez, contém um caráter absoluto e um relativo.

No entanto, Montaño (2007) assevera que os métodos apresentados partem do pressuposto de que a “prática é a fonte da teoria”, mas que a elaboração dos mesmos possuem equívocos substanciais no que se refere à con-ceitualização da prática e da teoria bem como ao método de intervenção e de conhecimentos que as relaciona.

Desse modo, Montaño (2007) tece suas considerações sobre este tema, chamando a atenção aos equívocos trazi-dos pelos métodos apresentados tais como: a) confundir a “prática profi ssional” (imediata) com a “prática social” (histórica); b) confundir a “teoria” com abstração, com “generalização”e/ou com “sistematização”.

Nas palavras de Montaño, pode-se dizer que, para os praticistas, a prática é a fonte de teoria e esta por sua vez é a racionalização da prática, mas como ele mesmo afi rma “[...] para nós a prática é o fundamento, a fi nalida-de e o critério de verdade da teoria. Não aquela “prática” (profi ssional e direta) e aquela “teoria” (específi ca, instrumental) tal como são entendidas pelos praticistas, mas sim a prática social-histórica, entendida como um todo e a teoria (social) como uma modalidade de conhecimento que reproduz, idealmente, o movimento social”. (Montaño, 2007, p. 194).

No decorrer de sua leitura, você poderá conhecer como esta relação se estabelece e se é pertinente ou não aos caminhos do Serviço Social. Preste atenção, pois a leitura do PLT é essencial para a sua compreensão do tema. Note que o assunto é complexo e precisará de sua dedicação intensa. São vários os conceitos trabalhados, mas sem a compreensão destes conceitos você terá difi culdades em avançar na sua caminhada acadêmica.

Entenda que no PLT são apresentadas várias situações e analisadas várias perspectivas que fazem parte do Ser-viço Social. Todas são importantes para que você entenda os assuntos que serão tratados no próximo semestre. Portanto, esmere-se em sua leitura e não se isente em questionar o seu professor sobre as dúvidas que surgirão durante este processo de aprendizagem.

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Serviço Social na Contemporaneidade

Atividades

INSTRUÇÕES

Para dar suporte ao seu aprendizado, sugere-se concentração nas refl exões apresentadas ante-riormente, e que busque respaldo nas leituras de livros e textos sugeridos no tópico 7, pois as-sim poderá estabelecer um diálogo com auto-res consagrados no tema que está estudando. Preste atenção, pois, durante uma leitura apro-fundada do tema, você mesmo poderá traçar a sua linha de entendimento sobre o assunto. Portanto, lembre-se de que conhecer conceitos é de suma importância para o seu conhecimen-to, mas as refl exões sobre os assuntos e concei-tos analisados são de mais importância ainda para que você tenha domínio sobre o que está estudando. Os 5 primeiros exercícios são objeti-vos e deverão ser resolvidos individualmente. As questões de 6 a 10 são dissertativas e poderão ser trabalhadas em grupo.

Ponto de partida

Considere as afi rmações a seguir:

[...] Afi rmamos que a prática é o fundamento, a fi nalidade e o critério de verdade da teoria. (Montaño, 2007, p. 194)

[...] como o volume de informação disponível hoje em dia é assustador, ninguém tem condi-ções de absorver o que se disponibiliza a cada dia. Portanto, é fundamental que o aluno aprenda a selecionar esta informação, analise-a e saiba utilizá-la. Em outras palavras, o aluno deve aprender a construir o conhecimento a partir dela e por meio da pesquisa.

(Fragmento de texto retirado da Revista Ensino Superior. Ano 12.n. 139. p. 49, 2010)

Levando em consideração a primeira afi rmação, responda: Você acredita que a pesquisa pode embasar a prática do assistente social?

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Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu.

Questão 1

Com relação à perspectiva “praticista”, é corre-to afi rmar:

a) Incluem-se nesta perspectiva os profi ssionais que defendem que para o Serviço Social a prática é a fonte de teoria.

b) Incluem-se nesta perspectiva aqueles pro-fi ssionais que não se posicionam diante da discussão sobre a fonte de teoria do Serviço Social.

c) Incluem-se nesta perspectiva diversos profi s-sionais que trabalham somente com pesqui-sa, sem conhecer a prática.

d) Incluem-se nesta perspectiva somente aque-les profi ssionais que vivenciaram o movi-mento de reconceituação, nas décadas de 1960 e 1970.

e) Incluem-se nesta perspectiva somente aque-les profi ssionais que se dedicam à pesquisa pura, e que desta forma invadem o territó-rio dos cientistas sociais.

Tema 7 - Atividades

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Serviço Social na Contemporaneidade

Questão 2

Montaño (2007) toma como referência para dis-cutir os conceitos de teoria e prática contidos na perspectiva praticista o “Método B.H”. Segundo o autor, este documento elaborado no período de 1972 a 1975 apresenta como paradoxo:

a) A proposta de primazia da teoria sobre a prática, no entanto incentiva os profi ssio-nais a se dedicarem com mais afi nco à pes-quisa.

b) A proposta de primazia da prática sobre a teoria, no entanto, propõe a construção de um conjunto de procedimentos técnico-ope-rativos que têm como base a adoção de um método de conhecimento.

c) A proposta de intervenção da realidade, mas somente a partir de um conhecimento profundo das políticas sociais que poderão atender à demanda da população

d) A proposta de mediação entre a teoria e a prática para o exercício da intervenção pro-fi ssional.

e) A proposta de se estruturar o fazer profi ssio-nal por meio de vinculações das políticas so-ciais à prática do assistente social, sob pena de se estabelecer uma prática que não aten-da a seus usuários.

Questão 3

Leia a afi rmação a seguir e marque a alternativa correta:

“[...] estas propostas metodológicas que partem da ideia de que a “prática é a fonte da teoria”, participam de equívocos substanciais, referen-tes ao conceito de prática, de teoria e do mé-todo de conhecimento e intervenção que as re-laciona”.

A crítica do autor sobre estas propostas aconte-ce por que:

I. Confundem o profi ssional sobre qual po-sicionamento deve assumir no desenvolvi-mento de suas ações.

II. Confunde-se a prática profi ssional com prá-tica social.

III. Prejudica a valorização do assistente social no mundo do trabalho.

IV. Confunde-se teoria com abstração, com ge-neralização e/ou com sistematização.

Pode-se afi rmar que:

a) Estão corretas as afi rmativas I e III.

b) Está correta a alternativa IV.

c) Está correta a alternativa I.

d) Está correta a alternativa III.

e) Estão corretas as afi rmativas II e IV.

Questão 4

Para Faleiros (1993), “a sistematização signifi ca o movimento de conhecimento que se vincula à construção de categorias. [...] o processo de sis-tematização visa traduzir, no plano analítico, a complexidade, a riqueza, a multideterminação da realidade. Esse processo não é linear; depen-de de uma evolução da apreensão do real até sua revelação em conceitos e juízos”.

Levando-se em consideração a afi rmativa do au-tor, Montaño (2007) considera que, para Falei-ros, sistematização é o mesmo que:

a) Teoria.

b) Prática.

c) Diagnóstico.

d) Generalização.

e) Abstração.

Questão 5

Tomando como referência o conceito de diag-nóstico apresentado por Scarón de Quintero (apud Montaño, 2007):

“O diagnóstico é juízo comparativo de uma situ ação dada com outra situação dada [...] Portanto, o diagnóstico é, em essência, uma comparação entre duas situações: ‘a presente’, que temos chegado a conhecer mediante a in-vestigação, e outra, já defi nida e supostamente conhecida que nos serve de pauta ou de ‘modelo’”.

É correto afi rmar que:

I. O diagnóstico não produz teoria.

II. O diagnóstico implica em uma investigação, visando levantar dados sobre a realidade para manipulá-la.

Tema 7 - Atividades

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124

Serviço Social na Contemporaneidade

III. O diagnóstico não se relaciona com a reali-dade; baseia-se somente em dados teóricos.

IV. O diagnóstico é fonte de teoria e de prática.

V. O diagnóstico procura direcionar ações se-gundo uma racionalidade que emana do su-jeito que se pretende interventor.

Estão corretas as afi rmativas:

a) I e II.

b) I, II e II.

c) I, II e V.

d) II e III.

e) II e V.

Questão 6

A afi rmação: “[...] a prática é o “fundamento” da teoria” é defendida pela perspectiva mate-rialista-dialética. Qual a defesa que esta pers-pectiva apresenta para este conceito?

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Questão 7

Preencha as lacunas em branco da afi rmação a seguir:

“a prática” é o______________________, a___________________ e o ____________________da teoria. Não aquela prática e teoria tal como são entendidas pelos _____________________, mas sim a _____________________, en-tendida como um todo e a teoria como uma _________________________de co-nhecimento que reproduz, idealmente, _________________________”.

Questão 8

Segundo Montaño (2007), se para se verifi car uma teoria ela tivesse que ser “comprovada”em cada prática concreta, singular, específi ca, então não fi caria teoria alguma em pé. Não há teoria que se “comprove” em todos os casos. Qual a afi rmação do autor se a situação acima descrita tivesse de ser implementada sobre cada teoria?

Leia atentamente a consideração apresentada no fragmento de texto a seguir. Ele servirá de base para as questões 9 e 10. Após a leitura res-ponda o que se pede nas questões.

“Em retrospecto, olhando para as mudanças pelas quais as escolas e universidades devem passar, percebe-se que o papel delas e, conse-quentemente, o papel que o professor exercerá perante a sociedade e organizações corpora-tivas, aumentará de importância, tornando-o fundamental e essencial ao desenvolvimento humano. Neste contexto de mudanças rápidas e constantes caberá ao professor demonstrar ao aluno que não vale muito o ‘saber’ (assuntos abordados na aula) se este não estiver atrela-do ao ‘saber ser’ (socialização) e ao ‘saber fazer’ (competências).”

(Fragmento de texto retirado da Revista Ensino Superior. Ano 12.n. 139. p. 49, 2010).

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Serviço Social na Contemporaneidade Tema 7 - Atividades

Questão 9

Com base na leitura do texto apresentado, res-ponda:

Você considera que o espaço escolar é um lugar de atuação profi ssional do assistente social? Por quê?

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Questão 10

O assistente social que exerce o seu trabalho como professor em um curso de Serviço Social, que produz teoria por meio do ensino, segundo os praticistas, estaria realizando uma atividade profi ssional? Por quê?

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AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Você quer saber mais sobre esse assunto? Então:

• Leia TOMÉ, M. R. Sobre a Investigação em Serviço Social. Disponível em: www.cpihts.com/PDF/Rosa%20Tome.pdf. Acesso em: 30/10/2010. Neste artigo você poderá compreender o respaldo teórico que envolve a investigação em Serviço Social.

• Leia MEDEIROS, M. A. A importância da pesquisa e da produção de conhecimento na formação profi ssional do assistente social. Disponível em: www.fepeg.unimontes.br/index.php/eventos/forum2010/paper/.../137. Acesso em: 29/10/10. Este artigo ampliará seu entendimento sobre a pesquisa e a produção de teoria em Serviço Social. Leia com atenção e discuta com seus colegas sobre as questões apresentadas neste artigo.

FINALIZANDO

Caro aluno, este tema, assim como os outros, necessita de sua atenção e disposição na leitura aprofundada do PLT. Note que os temas estão entrelaçados e, dessa forma, você precisa enten-der todas as partes que são apresentadas, para que possa compreender as particularidades e especifi cidades do Serviço Social.

Aqui vários conceitos foram apresentados e tra-balhados nas aulas teleaulas, mas cabe a você ampliar o espaço de discussão sobre o assunto. Lembre-se de que o autor apresenta conceitos baseados no estudo iniciado por outros autores que o antecederam e que a intenção de Mon-taño não é estabelecer desconstruir os métodos apresentados por estes autores, mas sim anali-sar criticamente a contribuição apresentada por estes métodos ao Serviço Social.

Entenda que historicamente estes métodos e autores fazem parte dos caminhos trilhados pelo Serviço Social como profi ssão e que os conceitos ora apresentados ainda permeiam o “fazer” do assistente social. Resta, neste cami-nho, que o conhecimento seja ampliado para que esta profi ssão acompanhe o movimento da sociedade em que ela se insere e não fi que pre-sa aos seus muros internos, como bem adverte Marilda Iamamoto.

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Tema 8Demandas Profi ssionais do Serviço Social

Objetivos de aprendizagem

• Conhecer as demandas tradicionais do Serviço Social.

• Examinar as demandas contemporâneas que se apresentam para o Serviço Social.

• Analisar criticamente os caminhos que o assistente social deve seguir para apresentar respostas para as de-mandas, tradicionais e contemporâneas do Serviço Social.

Para início de conversaNo dicionário, pode-se encontrar o conceito de deman-da apresentado como uma “busca” ou “discussão”. Neste tema, pretende-se justamente estabelecer o que estes termos determinam, ou seja, discutir as demandas tradicionais do Serviço Social e buscar caminhos pertinentes para a análise das demandas contemporâneas para essa profi ssão. O convite que se faz aqui é para que você, caro aluno, dis-ponha-se a desenvolver a leitura do texto proposto para esse tema, mas que esta leitura seja uma leitura crítica para acres-centar novos elementos à discussão que vem se estabelecen-do desde o primeiro tema estudado. Lembre-se de procurar novas leituras que possam respaldar a sua discussão e a sua busca.

Por dentro do tema

Iamamoto (2009) adverte que, ao contrário do que idealiza o senso comum, o Serviço Social não tem poder em si mesmo de solucionar os problemas sociais que se apresentam na sociedade brasileira. Como você pode observar, a questão social, objeto de estudo e intervenção do Serviço Social, é fruto da relação capital x trabalho. Em outras palavras, é consequência do modo de produção capitalista.

Montaño (2007, p. 194) chama a atenção para o fato do Serviço Social não desven-dar as “[...] problemáticas emergentes na atualidade, de não estudar nem intervir sistematicamente nas novas demandas sociais”, advertindo que, dessa forma, con-serva inalteradas as áreas ou as mesmas demandas com as quais já trabalhava no início de sua constituição profi ssional.

Na leitura do PLT, nas páginas propostas para estudo desse tema, pode-se verifi car que a preocupação do autor volta-se para a necessidade de o Serviço Social estar atento às novas demandas que surgem para que a prática profi ssional do assistente social não fi que presa a concepções ultrapassadas e limitadoras do agir profi ssional.

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Com isto, adverte sobre a necessidade de entender as políticas públicas não como meros instrumentos de re-distribuição de renda ou o Estado como o proporcionador do bem-estar social das pessoas carentes, como bem especifi cado na primeira tese apresentada pelo autor em sua obra, pois, se não há mudanças na concepção desses conceitos, as funções tradicionais de competência do assistente social também são congeladas, reproduzindo-se mecanicamente, ou como considera o autor, quase que ritualmente.

Mas quais são as novas demandas que se apresentam para o Serviço Social e como tomar posse dessas novas frentes de atuação? Novamente o autor analisa que novos temas e, portanto, novas frentes de trabalho tem-se tornado evidentes na sociedade, como a preservação do meio ambiente e ecologia, microempressas, catástrofes naturais e suas consequências sociais, o Serviço Social nas empresas, que tem crescido assustadoramente, entre outras temáticas que outrora eram vistas como pertencentes a outras profi ssões e que passam hoje a incorporar o assistente social.

No entanto, a visão deste profi ssional precisa ser ampliada, para que ele possa posicionar-se saindo dos campos tradicionais, enfrentado novos desafi os e adestrando suas mãos para um novo tempo e novas formas de inter-venção, como bem adverte Marilda Iamamoto, quando diz é necessário “sair de seus muros internos”, ou como admoesta José Paulo Netto quando afi rma que a prática do assistente social está congelada, tornando a sua intervenção uma rotina.

Montaño (2007, p. 197) assevera que o Serviço Social “deve transcender a prática rotineira desenvolvida em torno de velhos campos”. Assim deve incorporar para o espaço profi ssional novos estudos e novas respostas não só às demandas emergentes, mas também às demandas já existentes. Dessa forma, poderá contribuir para que sua base de “sustentação funcional ocupacional” seja alterada e/ou atualizada.

Na leitura do texto você verá que o autor sugere dois passos para que a base de sustentação do Serviço Social possa ser modifi cada, quais sejam: captar novas demandas ou demandas emergentes e buscar qualifi cação para dar respostas que sejam sufi cientes às demandas que ora se apresentam.

Neste caminho, o profi ssional deve saturar-se de um conhecimento crítico, e não apenas sobre o seu agir, mas principalmente sobre as mudanças trazidas pela transformação da sociedade, pois é com esta realidade que ele interage; deve então compreender que é esta realidade o seu “verdadeiro motor e sentido da profi ssão”.

Faz-se ainda necessário, neste processo, o diálogo com as teorias sociais e também a produção de conhecimento teórico-científi co, aportando elementos que possam abrir debates, participando ativamente desses momentos como propositor e não apenas como receptor de ideias pré-concebidas ou formuladas.

Portanto, caro aluno, compreenda que o desafi o não é fácil e nem pequeno e que você faz parte dessa luta que deve ser empreendida para que o Serviço Social alcance novos patamares nessa sociedade em constante mudan-ça e evolução. Atente porém que é por meio de um conjunto de ações que a profi ssão irá se desenvolver. Não somente por meio da pesquisa ou de um posicionamento crítico de seus profi ssionais, mas, sim, por meio de ações qualifi cadas que só acontecerão se os seus profi ssionais também estiverem qualifi cados. Isto implica em incorporar o produto da atividade docente e na reciclagem e atualização dos profi ssionais de campo. Lembre-se de que hoje você faz parte de um grupo que passa por uma aprendizagem diferenciada, inovadora; dessa forma você escreve a história do Serviço Social em um novo formato. Mas isto não bastará para que sua prática seja inovadora. Assim, busque sempre a qualifi cação e a atualização de seus conceitos pessoais e profi ssionais para que você não fi que estagnado como pessoa e tão pouco como profi ssional.

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Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu.

Questão 1

Segundo Montaño (2007, p.195), as áreas tra-dicionais de intervenção do Serviço Social são naturalizadas e permanentes, permanecendo ao longo da história, quase sem apresentar va-riações. É correto afi rmar que, para o autor, o primeiro passo para se romper o conservadoris-mo no campo de intervenção é:

a) Adotar para o Serviço Social práticas advin-das de outras áreas para que se tornem ino-vações na intervenção do assistente social.

b) Assumir a responsabilidade e o desafi o de enfrentar as demandas novas e emergentes, saturando-se de conhecimento crítico sobre a dinâmica da realidade sobre a qual e com a qual se interage.

c) Assumir que o Serviço Social é responsável por apresentar respostas à questão social, pois, assim, poderá atualizar sua ação, uma vez que a questão social atualiza-se de acor-do com o movimento da sociedade.

d) Deixar de lado a infl uência teórica trazida pelos assistentes sociais conservadores, bus-cando uma nova forma de atuação para os assistente sociais contemporâneos.

e) Assumir que os profi ssionais que se dedicam à pesquisa pura devem ser considerados como aqueles que possibilitarão um novo caminho para a intervenção profi ssional do Serviço Social.

Atividades

INSTRUÇÕES

É hora de verifi car seu aprendizado. Leia, com atenção, cada exercício, para compreender o que está sendo solicitado. A interpretação tex-tual é fundamental para a sua formação pro-fi ssional. Os cinco primeiros exercícios são in-dividuais. As respostas das questões de 1 a 3 deverão ser resolvidas individualmente e posta-das no ambiente virtual - moodle. As questões de 6 a 10 deverão ser em grupo de até 5 pes-soas. O trabalho em equipe faz parte da sua for-mação profi ssional.

Atenção: Apenas as proposição de números 1, 2 e 3 deverão ser postadas no ambiente vir-tual e valerão nota. Esta atividade deve ser realizada individualmente e deve ser postada no ambiente virtual de aprendizagem.

Bom trabalho!

Ponto de partida

O curso de Serviço Social procura preparar pro-fi ssionais capazes de responder às demandas sociais; ele deve possuir habilidades teórico-metodológicas, ético-políticas e técnico-opera-tivas que lhe permitam responder aos desafi os atuais e a propor alternativas para as deman-das futuras. A possibilidade de fazer um curso desse porte por meio do ensino a distância abre um caminho novo para as pessoas que desejam melhorar as condições de vida da população de seu país. Diante disso e baseado nas informa-ções que você recebeu nesta aula responda à questão a seguir.

• Você considera que a “Educação a Distân-cia” é um novo campo de atuação para os as-sistentes sociais, portanto uma nova demanda para o Serviço Social? Justifi que sua resposta em um texto de no máximo 10 linhas.

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Serviço Social na Contemporaneidade

Questão 2

“A__________________________ da re-alidade socioeconômica e política, e de seus ____________________________, não servem apenas para fundamentar a _______________________, mas para visuali-zar as tendências da sociedade e as deman-das emergentes, podendo assim estabele-cer novas _____________________________, novas__________________ e, talvez, uma nova racionalidade, funcionalidade e legitimação”. Montaño (2007, p. 197)

a) Pesquisa social; fenômenos concretos; práti-ca imediata; propostas interventivas; respos-tas.

b) Prática imediata; pesquisa social; fenômenos concretos; propostas interventivas; respos-tas.

c) Proposta de intervenção; conhecimento pro-fundo das políticas sociais; prática imediata; realidade; propostas interventivas; respos-tas.

d) Proposta de mediação; conhecimento pro-fundo das políticas sociais; prática imediata; realidade; propostas interventivas; respos-tas.

e) Pesquisa social; fenômenos concretos; práti-ca imediata; propostas interventivas; conhe-cimento profundo da realidade social.

Leia atentamente o texto a seguir. Ele servirá de base para que você responda às questões 3 e 4.

Segundo Montaño (2007, p. 194), “[...] enquan-to predominar a forma de entender as políticas sociais como meros instrumentos de redistribui-ção da renda que visam atingir o reequilíbrio social afetado e alterado pela dinâmica do mercado, na medida em que sejam considera-dos apenas como a procura, por parte do Esta-do, do bem-estar social das pessoas carentes, e enquanto os serviços e a assistência social [...] estejam centrados nas áreas vinculadas à repro-dução da força de trabalho, intervindo também nos aspectos que põem a sociedade em xeque”.

Questão 3

A crítica do autor sobre esta situação acontece porque ele entende que:

a) Seguindo por este caminho de análise, o profi ssional pode confundir o seu papel e também qual posicionamento deve assumir no desenvolvimento de suas ações.

b) Partindo dessa concepção de políticas sociais e considerando a sua imbricação genética com o Serviço Social, as áreas de intervenção do assistente social passam a ser considera-das instáveis em face das transformações so-cietárias

c) Partindo dessa concepção de políticas sociais e considerando a sua imbricação genética com o Serviço Social, as áreas de intervenção do assistente social passam a ser considera-das direta e invariavelmente como os pró-prios campos de ação da profi ssão.

d) Seguindo por este caminho de análise, o profi ssional pode confundir o seu papel e também qual a real imbricação genética do Serviço Social com as políticas sociais.

e) Partindo dessa concepção do Serviço Social e considerando a sua imbricação genética com o movimento societário, as áreas de in-tervenção do assistente social passam a ser consideradas direta e invariavelmente como os próprios campos de ação da profi ssão.

Questão 4

Levando-se ainda em consideração a afi rmati-va do autor, pode-se dizer que a consequência negativa da centralidade da ação do assistente social estar exclusivamente ligada à interven-ção nas questões advindas dos subprodutos da questão social (drogas, alcoolismo, delinquên-cia, abandono) é:

a) A generalização do atendimento realizado pelo assistente social.

b) O quebra dos rituais historicamente cons-truídos no atendimento do assistente social, prejudicando a ação profi ssional.

c) A difi culdade de diagnosticar uma situação social para a partir dela intervir na socieda-de.

Tema 8 - Atividades

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Serviço Social na Contemporaneidade

d) O congelamento e a reprodução de forma automática das funções tradicionais do assis-tente social dentro do campo de ação profi s-sional.

e) A generalização do atendimento do assis-tente social, congelando a prática desse pro-fi ssional.

Questão 5

O ponto de partida para enfrentar as deman-das profi ssionais é compreender que o Serviço Social não tem o poder miraculoso de revelar-se a si mesmo. (IAMAMOTO, 2009, p. 150). A esse respeito é possível concluir que:

I. A profi ssão se manifesta a partir das rela-ções confl ituosas de classe.

II. A profi ssão passa a ser compreendida a partir da história da sociedade da qual faz parte.

III. Desvendar a prática profi ssional supõe inse-ri-la nas relações entre as classes sociais e o Estado brasileiro.

IV. A autora está equivocada em sua afi rmação, pois a prática demonstra o contrário, ou seja, o Serviço Social tem produzido verda-deiros milagres na sociedade.

V. Desvendar a prática profi ssional requer um novo olhar teórico-metodológico a partir da história contemporânea e dispensa o passa-do da sociedade.

Estão corretas as alternativas:

a) Todas as alternativas são falsas.

b) Apenas II, III e IV estão corretas.

c) Apenas I, II e IV estão corretas.

d) Apenas I, II e III estão corretas.

e) Todas as alternativas estão corretas.

Questão 6

“O aumento dos investimentos privados na questão social, [...] estão antes vinculados a um modo político e econômico de organização das forças produtivas do que simplesmente a aspec-tos de solidariedade e associativismo”. (RICO, 1998, p.25)

Ao ler essa afi rmação apresentada por Elizabeth de Melo Rico, em seu artigo “O empresariado, a fi lantropia e a questão social” pode-se dizer que este é um novo campo de pesquisa e atua-ção do Serviço Social? Por quê?

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Questão 7

Montaño (2007, p. 197) afi rma que “O Serviço Social deve transcender a prática rotineira de-senvolvida em torno de velhos campos, deve incorporar para o espaço profi ssional o estudo e as (novas) respostas tanto às demandas já exis-tentes quanto, fundamentalmente, às respostas emergentes”.

De acordo com o fragmento de texto acima o que o Serviço Social “pode e deve” fazer para alterar ou atualizar a sua legitimidade?

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Serviço Social na Contemporaneidade

Questão 8

Se se tomar como verdade que toda profi ssão se constitui e se legitima por meio das respostas que conseguem dar a diversas necessidades que se apresentam no seio da sociedade, então tam-bém pode-se afi rmar que a pesquisa só pode ser considerada válida quando pode ser aplicada de imediato para sanar as vulnerabilidades que se apresentam nessa mesma sociedade?

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Questão 9

A pesquisa é um fator determinante no desen-volvimento profi ssional. No entanto, não é a única ferramenta a ser utilizada nesse processo. Além da pesquisa, quais as outras ferramentas que sevem ser incorporadas nesse processo?

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Questão 10

Qual a proposta do autor para se “romper com o imobilismo operatório, com a realidade subalter-na e subalternizante do Serviço Social, com sua lógica e a sua razão de ser presentes desde a gê-nese da profi ssão?

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AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Você quer saber mais sobre esse assunto? Então, consulte:

• Leia Ana Carolina Santini B. CONTEM-PORANEIDADE E SERVIÇO SOCIAL: Contribuição para Interpretação das Metamorfoses Societárias. Disponível em:< www.ssrevista.uel.br/c_v2n1_contemp.htm>. Acesso em: 20/11/10. Este trabalho tem por objetivo promover debates pertinentes às transformações que vem ocorrendo: no mercado mundial, na globalização, no avanço do neoliberalismo, procurando encontrar algumas hipóteses explicativas dos fenômenos da pós-modernidade que mudaram o espaço ocupacional do Serviço Social e as demandas à profi ssão.

• Leia Ana Carolina Santini B; FÁVARO, Claudia Renata. Demandas de Serviço Social no setor empresarial. Disponível em: www.ssrevista.uel.br/c_v4n1_demandas.htm. Acesso em 20/11/2010. O texto analisa as tradicionais e atuais demandas requisitadas para o Serviço Social no setor empresarial.

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Serviço Social na Contemporaneidade

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Lembre-se de que estes trabalhos poderão subsidiar os seus estudos, mas não se detenha somente nessas indicações. Busque navegar por sites que apresentam trabalhos com reconhecimento científi co e conheça outros artigos e trabalhos para subsidiar as discussões sobre este assunto.

FINALIZANDO

Este tema é o último dessa disciplina, porém não é a última discussão que você pode fazer sobre este assunto.

Pelo contrário, a proposta aqui apresentada deve ser para você apenas um começo na busca de conhecimento sobre o Serviço Social. Des-sa forma, aprofunde o seu conhecimento com muita leitura e discussão com seus colegas e professores sobre os desafi os que o Serviço So-cial tem enfrentado e ainda enfrentará na sua caminhada.

Como analisa o autor do PLT que foi utilizado nessa disciplina, o Serviço Social precisa repen-sar o seu agir. Neste contexto, deve preocupar-se com a nova realidade que se descortina à sua frente para que não se transforme em uma prática residual ou um mero conjunto de rituais práticos. O desafi o é não fechar-se em si mesmo, ampliando os horizontes e a sua compreensão sobre a transformação da sociedade.

Anotações ____________________________________________

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Serviço Social na Contemporaneidade Desafi o de Aprendizagem

Autora: Ana Cristina da Silva - Faculdade Anhanguera da Sorocaba

A atividade prática supervisionada (ATPS) é um método de ensino ¬aprendizagem desenvolvido por meio de um conjunto de atividades programadas e supervisionadas e que tem por objetivos:

• Favorecer a aprendizagem.

• Estimular a corresponsabilidade do aluno pelo aprendizado efi ciente e efi caz.

• Promover o estudo, a convivência e o trabalho em grupo.

• Desenvolver os estudos independentes, sistêmicos e o autoaprendizado.

• Oferecer diferenciados ambientes de aprendizagem.

• Auxiliar no desenvolvimento das competências requeridas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação.

• Promover a aplicação da teoria e conceitos para a solução de problemas relativos à profi ssão.

• Direcionar o estudante para a emancipação intelectual. Para atingir esses objetivos, as atividades foram or-ganizadas na forma de um desafi o, que será solucionado por etapas ao longo do semestre letivo.

Participar ativamente desse desafi o é essencial para o desenvolvimento das competências e habilidades requeridas na sua atuação no mercado de trabalho.

Aproveite esta oportunidade para estudar e aprender com os desafi os da vida profi ssional.

Competências e Habilidades

Ao concluir as etapas propostas neste desafi o, vocês terão desenvolvido as competências e habilidades descritas a seguir:

• Compreensão do signifi cado social da profi ssão e de seu desenvolvimento sócio-histórico nos cenários internacional e nacional;

• Identifi cação das demandas presentes na sociedade, visando a formular suas respostas profi ssionais para a questão do enfrentamento da questão social.

Primeiro Desafi o

A equipe produzirá um relatório como resultado de uma pesquisa a respeito do campo de trabalho atual do profi ssional do Serviço Social, sendo que essa pesquisa deverá conter dados da região onde estão localizados os alunos.

Para a pesquisa, será necessário que o grupo entreviste alguns profi ssionais e elabore um relatório que contenha:

1) Introdução.

2) Desenvolvimento.

3) Resultados.

4) Conclusão.

O desafi o é importante porque é preciso conhecer um pouco do histórico do Serviço Social para que se possa entender como esse se encontra nos dias de hoje.

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Serviço Social na ContemporaneidadeDesafi o de Aprendizagem

Autora: Ana Cristina da Silva - Faculdade Anhanguera da Sorocaba

Etapa n.o 1

Aula-tema: Questão social e Serviço Social

Esta atividade é importante para que vocês reconheçam e discutam com seus colegas a ligação existente entre o profi ssional do Serviço Social e as questões sociais.

Para realizá-la, é importante seguir os passos descritos.

PASSOS

Passo 1 - Montem grupos de trabalho e passe os dados (nomes e RAs) para o professor.

Passo 2 - Elaborem e entreguem ao professor um questionário simples contendo perguntas sobre o campo de trabalho do Serviço Social a ser aplicado durante a pesquisa a ser realizada.

Passo 3 - Leiam os textos de apoio à aula tema em questão e participem das discussões que serão propostas.

Passo 4 - Entrevistem pelo menos cinco profi ssionais que tenham mais de dez anos de atuação e cinco profi ssionais que tenham menos de cinco anos de atuação. Para os profi ssionais com mais experiência, questionem sobre como era o campo de trabalho e, para os mais recentes, como está o campo atualmente. Para ambos, procurem questionar sobre as mudanças que aconteceram e quais as ligações destas com as questões sociais vividas.

Etapa n.o 2

Aula-tema: Mudanças no mercado profi ssional de trabalho

Esta atividade é importante para que vocês possam analisar as mudanças do campo de atuação do profi ssional do Serviço Social. Para realizá-la, é importante seguir os passos descritos.

PASSOS

Passo 1 - Leiam os capítulos do Livro-Texto que tratam do mercado de trabalho e as mudanças sofridas por ele.

Passo 2 - Participem das discussões em sala de aula sobre a aula-tema em questão e façam anotações sobre os resultados.

Passo 3 - Com base no que foi discutido e lido, separem as questões e organizem os resultados entre o campo e trabalho anterior e o campo de trabalho atual.

Passo 4 - Organizem os dados da pesquisa de seu grupo e montem seu relatório fi nal, lembrando que:

a) Na introdução, deverá conter alguns dados sobre o campo profi ssional.

b) No desenvolvimento, vocês devem discutir sobre as questões de realização do trabalho.

c) Apresentem os resultados de forma clara e objetiva.

d) Na conclusão, coloquem um parecer do grupo sobre as mudanças profi ssionais.

Passo 5 - Entreguem o trabalho fi nal ao professor.

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Serviço Social na Contemporaneidade Desafi o de Aprendizagem

Autora: Ana Cristina da Silva - Faculdade Anhanguera da Sorocaba

Segundo Desafi o

A equipe produzirá, ao fi nal deste desafi o, uma apresentação de multimídia sobre o projeto profi ssional e a regulamentação que aconteceu a partir de 1980.

O objetivo deste desafi o é promover a discussão que vigora desde a década de 80 e que promove a regulamentação da profi ssão, promovendo também uma visão ampliada das mudanças sociais que aconteceram neste período e que geraram mudanças no campo de atuação, conforme foi visto no desafi o anterior.

A realização deste desafi o é importante, pois a partir dele o aluno terá maior clareza e conhecimento sobre aspectos importantes e ao mesmo tempo básicos do desenvolvimento da sua atividade profi ssional.

É importante que este resultado seja apresentado para a sala de aula e entregue gravado em mídia para o professor. Bom trabalho!

Etapa n.o 1

Aula-tema: Projeto Profi ssional em 1980

Esta atividade é importante para que vocês acessem o conteúdo do Projeto Profi ssional de 1980 e conheçam suas bases legais e teóricas. Para realizá-la, é importante seguir os passos descritos.

PASSOS

Passo 1 - Consultem na internet o “Projeto Ético¬Político do serviço Social e sua Relação com a Reforma Sanitária: elementos para o debate” que está disponibilizado em http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/texto2-3.pdf, acesso em 15/02/10. No site, encontrarão dados para discussão das bases que infl uenciaram o projeto e qual o refl exo dele até hoje.

Passo 2 - Reunam-se com seu grupo e montem um texto relacionando à leitura realizada e às discussões organizadas na aula tema em questão.

Etapa n.o 2

Aula-tema: Projeto de Formação Profi ssional na Contemporaneidade: exigências e perspectivas

Esta atividade é importante para que vocês conhecerem e divulgar as regras gerais de utilização de ambientes virtuais. Para realizá-la, é importante seguir os passos descritos.

PASSOS

Passo 1 - Leiam o texto sobre o Serviço Social e Contemporaneidade disponível em: http://www.ssrevista.uel.br/c_v6n2_silvia.htm, acesso em 15/02/10, e elaborem algumas anotações pessoais para serem discutidas em grupo.

Passo 2 - Discutam com seu grupo como organizarão a forma de entrega do trabalho fi nal dentro do formato que foi pedido e contem com seu professor para maiores orientações.

Passo 3 - Montem o texto fi nal, coloque-o com os efeitos necessários e entreguem para o professor gravado em CD, lembrando que existe a possibilidade de apresentação em sala de aula.

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