Servico social 3b

CAPA 21 cmLOMBADA

1,2 cmCONTRA-CAPA 21 cm

Serviço SocialCaderno de Atividades

3

29,7

cm

Anhanguera Publicações

Alameda Maria Tereza, 2.000

Valinhos - SP - CEP 13278-181

Serv

iço

Soci

al3

9 788579 690662

ISBN 978-85-7969-066-2

Universidade Anhanguera - UniderpCentro de Educação a Distância

Caderno de Atividades

Serviço Social

Coordenação do Curso

Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre

Autores

Ana Cristina da Silva

Andrea Tochio de Antonio

Emanuela de Oliveira

Luciano Gamez (org.)

Sílvia Cristina Aguetoni Marques

Walter César Camuri

Universidade Anhanguera - UniderpCentro de Educação a Distância

C129 Caderno de atividades: serviço social / Ana Cristina da Silva... [et.

al.].; Organizador Luciano Gamez; Coordenação do curso Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre. – Valinhos : Anhangue-ra Publicações, 2011.240 p.

ISBN: 978-85-7969-066-2

1. Serviço social – Fundamentos históricos. 2. Psicologia social. 3. Serviço social – Organização. 4. Serviço social - Antropologia. 5. Serviço social – Direito – Legislação. I. Silva, Ana Cristina da. II. Gamez, Luciano. III. Nobre, Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues.

CDD – 20.ed. : 370.15

© 2011 Anhanguera Publicações - Proibida a reprodução fi nal ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modifi cada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Impresso no Brasil 2011

ChancelerAna Maria Costa de Sousa

ReitorGuilherme Marback Neto

Vice-ReitoraHeloisa Helena Gianotti Pereira

Pró-ReitoresPró-Reitor Administrativo: Antonio Fonseca de CarvalhoPró-Reitor de Extensão, Cultura e Desporto: Ivo Arcângelo Vendrúsculo BusatoPró-Reitor de Graduação: Eduardo de Oliveira EliasPró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação: Elizabeth Tereza Brunini Sbardelini

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIADiretor-GeralJosé Manuel Moran

Diretor-AdjuntoLuciano Sathler

Coordenação de Qualidade do Material DidáticoLuciano Gamez: Coordenador e organizador da publicaçãoBarbara Monteiro Gomes de CamposBruno Tonhetti GalasseFernanda Bocchi BalthazarHelena OkadaLucia Helena Paula do CantoWaurie Rolão

IlustraçõesCarol Enguetsu LefèvreEdnei MarxThinkstock

ANHANGUERA PUBLICAÇÕESGerente EditorialAdauto Damásio

Nossa Missão, Nossos Valores

Desde sua fundação, em 1994, os fundamentos da “Anhanguera Educacional” têm sido o principal motivo do seu crescimento.

Buscando permanentemente a inovação e o aprimoramento acadêmico em todas as ações e programas, é uma Instituição de Educação Superior comprometida com a qualidade do ensino, pesquisa de iniciação científi ca e extensão, que oferecemos.

Ela procura adequar suas iniciativas às necessidades do mercado de trabalho e às exigências do mundo em cons-tante transformação.

Esse compromisso com a qualidade é evidenciado pelos intensos e constantes investimentos no corpo docente e de funcionários, na infraestrutura, nas bibliotecas, nos laboratórios, nas metodologias e nos Programas Institu-cionais, tais como:

• Programa de Iniciação Científi ca (PIC), que concede bolsas de estudo aos alunos para o desenvolvimento de pesquisa supervisionada pelos nossos professores.

• Programa Institucional de Capacitação Docente (PICD), que concede bolsas de estudos para docentes cursa-rem especialização, mestrado e doutorado.

• Programa do Livro-Texto (PLT), que propicia aos alunos a aquisição de livros a preços acessíveis, dos melhores autores nacionais e internacionais, indicados pelos professores.

• Serviço de Assistência ao Estudante (SAE), que oferece orientação pessoal, psicopedagógica e fi nanceira aos alunos.

• Programas de Extensão Comunitária, que desenvolve ações de responsabilidade social, permitindo aos alunos o pleno exercício da cidadania, benefi ciando a comunidade no acesso aos bens educacionais e culturais.

A fi m de manter esse compromisso com a mais perfeita qualidade, a custos acessíveis, a Anhanguera privilegia o preparo dos alunos para que concretizem seus Projetos de Vida e obtenham sucesso no mercado de trabalho. Adota inovadores e modernos sistemas de gestão nas suas instituições. As unidades localizadas em diversos Es-tados do País preservam a missão e difundem os valores da Anhanguera.

Atuando também na Educação a Distância, orgulha-se em oferecer ensino superior de qualidade em todo o Terri-tório Nacional, por meio do trabalho desenvolvido pelo Centro de Educação a Distância da Universidade Anhan-guera - Uniderp, nos diversos polos de apoio presencial espalhados por todo o Brasil. Sua metodologia permite a integração dos professores, tutores e coordenadores habilitados na área pedagógica, com a mesma fi nalidade: aliar os melhores recursos tecnológicos e educacionais, devidamente revisados, atualizados e com conteúdo cada vez mais amplo para o desenvolvimento pessoal e profi ssional de nossos alunos.

A todos, bons estudos!

Prof. Antonio Carbonari NettoPresidente - Anhanguera Educacional

Sobre o Caderno de Atividades

Caro(a) Aluno(a),

Você está recebendo o Caderno de Atividades, preparado pelos professores do Curso de Graduação em que você está matriculado, com o objetivo de contribuir para a sua aprendizagem. Ele aprofunda os conteúdos disponíveis nas publicações que fazem parte do Programa do Livro-Texto (PLT), trazendo orientações de estudo, destaques, propostas de atividades individuais e em grupo e desafi os de aprendizagem a serem realizados.

As questões propostas foram elaboradas pelos docentes ou adaptadas de provas públicas já realizadas, inclusi-ve do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), que tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação a conhecimentos, habilidades e competências, necessários ao seu futuro desempenho profi ssional. Essa inclusão de perguntas, selecionadas a partir de avaliações ocorridas fora do âmbito universitário, colabora na sua preparação para o enfrentamento de situações mais contextualizadas.

Você também vai encontrar caminhos para vincular os textos e questões com as teleaulas do seu curso. Isso permite planejar com antecedência seu tempo e dedicação, estudar os temas previamente e se preparar para aproveitar ao máximo a interação com a equipe docente.

Desejamos que você tenha um ótimo semestre letivo.

José Manuel Moran e Luciano SathlerDiretoria do Centro de Educação a Distância

Universidade Anhanguera - UNIDERP

Autores

Ana Cristina da SilvaGraduação: Psicologia - Universidade Federal de Uberlândia (UFU), 1995.

Pedagogia - Centro Universitário Moura Lacerda (CML), 2002.Mestrado: Comunicação e Cultura - Universidade de Sorocaba (UNISO), 2009.

Andrea Tochio de AntonioGraduação: Ciências Sociais - Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), 2004.

Graduação: Psicologia - Universidade Paulista, Jundiaí (UNIP), em andamento.Mestrado: Antropologia Social - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 2008.

Emanuela de OliveiraGraduação: Ciências Sociais - Bacharel em Sociologia e Antropologia e Licenciatura em Ciências Sociais -

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 2004.Mestrado: Mestrado em Antropologia Social - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 2007.

Especialização: Didática e Metodologia do Ensino Superior - Universidade Anhanguera - UNIDERP, 2008.

Luciano Gamez - Organizador da publicaçãoGraduação: Psicologia – Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação - Universidade de Lisboa (FPCE-UL), 1992.

Mestrado: Engenharia Humana - Universidade do Minho (UMINHO), 1998.Doutorado: Engenharia de Produção - Área de concentração: Ergonomia - Universidade Federal de Santa Catarina

(UFSC), 2004.

Sílvia Cristina Aguetoni MarquesGraduação: Comunicação Social com Habilitação em Cinema - Fundação Armando Álvares Penteado

(FAAP), 2000.Mestrado: Comunicação e Semiótica - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), 2003.

Doutorado: Comunicação e Semiótica - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), 2009.

Walter César CamuriGraduação: Direito - Faculdade de Direito de Bauru (FDB), 1998.

Especialização: Gestão Estratégica de Negócios - Instituto Nacional de Pós Graduação (INPG), 2004.Mestrado: Administração - Centro Universal Salesiano (UNISAL), 2009.

Fundamentos Históricos e Teóricos Metodológicos do Serviço Social II

Tema 1 - O “Mundo da Cultura” dentro da Autocracia Burguesa ............................... 16

Tema 2 - Educação e Política na Ditadura ................................................................... 25

Tema 3 - O Serviço Social e a Autocracia Burguesa ..................................................... 31

Tema 4 - O Serviço Social Tradicional e o seu Processo de Renovação ......................... 37

Tema 5 - Aspectos da Perspectiva Renovadora do Serviço Social no Brasil ................... 44

Tema 6 - O Processo de Reatualização no Conservadorismo ....................................... 50

Tema 7 - A Ruptura como Processo e sua Intencionalidade ......................................... 56

Tema 8 - A Renovação Profissional: Possibilidades ...................................................... 63

Psicologia Social

Tema 1 - História, Epistemologia e Ética ..................................................................... 81

Tema 2 - Indivíduo, Cultura, Sociedade e Pesquisa Social ........................................... 88

Tema 3 - Ideologia e Representações Sociais .............................................................. 93

Tema 4 - Linguagem, Conhecimento e Comunicação ................................................. 97

Tema 5 - Identidade, Subjetividade e Gênero ........................................................... 103

Tema 6 - Processo Grupal......................................................................................... 108

Tema 7 - Psicologia Política ...................................................................................... 112

Tema 8 - Experiências da Psicologia Social ................................................................ 117

Sumário

A Organização Social no Brasil

Tema 1 - Para Desvendar o Brasil: Obras e Autores Clássicos .................................... 131

Tema 2 - O Pensamento de Caio Prado Júnior .......................................................... 136

Tema 3 - Gilberto Freyre: Aspectos Metodológicos e Linguísticos .............................. 141

Tema 4 - “Casa-Grande & Senzala”: Questões Estruturais ........................................ 146

Tema 5 - Sérgio Buarque de Hollanda: A Análise das Raízes do Brasil ....................... 151

Tema 6 - Pensando as “Raízes do Brasil” .................................................................. 156

Tema 7 - O Homem Cordial ..................................................................................... 160

Tema 8 - Um Balanço sobre a Sociedade Brasileira ................................................... 166

Antropologia Aplicada ao Serviço Social

Tema 1 - Conceitos Fundamentais da Antropologia e Metodologia da Pesquisa Antropológica ........................................................................................... 183

Tema 2 - A Antropologia nos Contextos Social, Econômico e Político ....................... 189

Tema 3 - A Antropologia nos Contextos Religioso e Urbano ..................................... 195

Tema 4 - O Brasil e o Futuro Vistos sob o Viés da Antropologia ................................ 201

Direito e Legislação

Tema 1 - Introdução ao Direito, Teoria Geral do Estado e Direito Constitucional ....... 212

Tema 2 - Direito Tributário e Direito Civil: Parte Geral e Direito de Família e das Sucessões ......................................................................................... 218

Tema 3 - Direito das Obrigações, Direito das Coisas e Direito Contratual e de Propriedade ....................................................................................... 223

Tema 4 - Direito do Consumidor, Direito Comercial e Direito do Trabalho ................. 228


Autora:Emanuela de Oliveira

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Orientações de estudo

Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro “Três leituras básicas para entender a cultu-ra brasileira”, de Gabriel Lomba Santiago, Editora Alínea, 2001, PLT 350.

Ele é composto de oito temas:

Tema 1Para Desvendar o Brasil: Obras e Autores Clássicos

Aborda os conteúdos do Prefácio e da Introdução do Livro-Texto. Neles, você observará que a proposta da disciplina e do livro adotado consiste em discutir a orga-nização social no Brasil por meio de obras e de autores clássicos voltados à compreensão dos signifi cados do que é ser brasileiro e em que consiste a sociedade brasileira.

Primeiramente, é discutida a obra de Caio Prado Júnior, por meio de pontos como a infl uência do pensamento materialista histórico e dialético sobre ela. Esse pensamento leva, por sua vez, às análises sobre seus respectivos métodos e pensamentos histórico, político e econômico.

Em seguida, o estudo se volta ao contexto da produção de Gilberto Freyre, cuja metodologia, infl uenciada pela Antropologia, gerou uma obra que valoriza as diferenças étnico-culturais que constituem o brasileiro como povo. Assim, são abordados aspectos metodológicos, linguísticos e estruturais do trabalho desse autor.

Por fi m, tem destaque a obra de Sérgio Buarque de Hollanda que, infl uenciado pelo pensamento weberiano, se vale de diferentes conceitos estruturais para refl etir sobre as tipologias em que se encaixam os brasileiros como indivíduos, desvendando, dessa forma, as fundamentações funcionais da sociedade brasileira.

Tema 2O Pensamento de Caio Prado Júnior

Aborda os conteúdos dos capítulos 1 e 2 do PLT. Neles, você observará que o autor Caio Prado Júnior foi direta-mente infl uenciado pelos princípios do marxismo nas análises que desenvolveu sobre a sociedade brasileira. Sua metodologia rendeu uma nova perspectiva de olhar para a história do País que, até então, tinha no materialismo dialético um método bastante inovador para a conservadora sociedade brasileira.

Sua principal obra foi a “Formação do Brasil Contemporâneo”, de 1942, na qual ele refl ete sobre a colonização brasileira, pensando os aspectos como povoamento, vida material e vida social.

De modo geral, ele se volta também a interpretações sobre a realidade econômica do Brasil, por meio de uma perspectiva histórica.

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Tema 3Gilberto Freyre: Aspectos Metodológicos e Linguísticos

Aborda os conteúdos dos capítulos 3 e 4 do PLT. Neles, você observará que Gilberto Freyre tem em “Casa-Grande & Senzala”, de 1933, uma de suas fundamentais obras. As análises do autor são voltadas à discussão sobre a importância que o negro e a mestiçagem tiveram na formação da sociedade brasileira.

Metodologicamente, ele inova ao fazer uma análise científi ca a partir da inserção no cotidiano e no doméstico. A obra, envolvendo, por exemplo, questões sexuais, apresenta narrativas de conteúdos científi cos e literários.

O trabalho, que se caracteriza, aliás, pela pluralidade de métodos utilizados, em determinados momentos ultra-passa a meticulosidade das metodologias e teorias científi cas, isso em nome da subjetividade para a compreensão do humano e das complexidades culturais brasileiras.

Gilberto Freyre fez de “Casa-Grande & Senzala” uma obra científi ca e também literária, em vista de seus recursos estilísticos de linguagem e escrita. O caráter científi co da obra se apresenta com a marca de um lirismo poético e estético.

“Casa-Grande & Senzala” é uma obra científi ca pela objetividade, ao mesmo tempo é uma obra literária pelo estilo discursivo que apresenta.

Tema 4“Casa-Grande & Senzala”: Questões Estruturais

Aborda os conteúdos do capítulo 5 do PLT. Nele, você observará que a estrutura de “Casa-Grande & Senzala” apresenta uma perspectiva da sociedade brasileira como sendo articulada em três fundamentos: o patriarcado, a interpenetração de etnias e culturas e o trópico.

Ao revisar o problema racial brasileiro, Gilberto Freyre tem assimilada a diferença entre raça e cultura e, dessa forma, os problemas nacionais não são vistos como provenientes de características inatas, mas sim de fatores ambientais.

A família é o elemento estrutural da obra, e a formação da família brasileira é analisada por Gilberto Freyre a partir da miscigenação racial, que tinha como atores o indígena, o colonizador português e o escravo negro. Des-se contexto, o autor desenvolve sua discussão sobre o que chama de “democracia racial” brasileira, ponto mais debatido e criticado de sua obra.

Tema 5Sérgio Buarque de Hollanda: A Análise das Raízes do Brasil

Aborda os conteúdos dos capítulos 6 e 7 do PLT. Neles, você observará que a obra clássica de Sérgio Buarque de Hollanda é de 1936 e se chama “Raízes do Brasil”. Tinha como propósito redescobrir o Brasil, isto é, analisar os elementos estruturantes e as particularidades da sociedade brasileira.

A intenção do autor era trazer à tona o inconsciente do brasileiro e, ao mesmo tempo, buscar caminhos para a vida brasileira, de modo que, ao discutir a identidade do brasileiro, elabora uma análise crítica do Brasil.

Para esboçar suas discussões, ele se vale de construções de tipos ideais, revelando, assim, uma infl uência meto-dológica da obra de Max Weber.

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Tema 6Pensando as “Raízes do Brasil”

Aborda os conteúdos do capítulo 8 do PLT. Neles, você observará que a obra “Raízes do Brasil” aborda temáticas consideravelmente múltiplas e complexas.

Com o objetivo de esclarecer o processo de transição sociopolítica entre as décadas de 1930 e 1940, são debati-das, ao longo de todo o livro, as formas de sociabilidade que o Brasil adotou para se tornar um país.

Nesse contexto, o autor se vale de diferentes questões para desenvolver sua análise. Entre outras coisas, é apre-sentado um debate sobre como funcionava a relação família com instituições públicas, ou seja, as relações entre o público e o privado na sociedade brasileira.

Com isso, se destaca a ausência de uma democracia representativa no País e a solução para o descompasso entre a sociedade e o Estado estaria em uma maior participação da sociedade no Estado.

Tema 7O Homem Cordial

Aborda os conteúdos do capítulo 9 do PLT. Nele, você observará que a tipologia do homem ideal é o ponto central para a análise que Sérgio Buarque faz da formação social e dos costumes sociais e políticos dos brasileiros.

O autor destaca que o brasileiro é marcado pela cordialidade que visa a levar vantagem. É cordial na busca por interesses próprios, isso porque os valores domésticos e familiares são determinantes na formação do brasileiro.

Ressalta a obra que o indivíduo formado pelo patriarcalismo difi cilmente distingue o público do privado, tendendo ao comportamento de um funcionário patrimonial.

A cordialidade é a transposição para a sociedade de uma sociabilidade de laços comunitários que leva à procura do intimismo no tratamento dispensado à autoridade.

Tanto o homem cordial como a indistinção entre o público e o privado geram na sociedade brasileira marcas au-toritárias.

Tema 8Um Balanço sobre a Sociedade Brasileira

Aborda os conteúdos da conclusão do PLT. Nela, você observará que a compreensão da sociedade brasileira passa por algumas obras e por alguns autores clássicos do pensamento social do País.

Caio Prado, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda desenvolveram importantes interpretações sobre a bra-silidade e o ser brasileiro, por meio de argumentos que discutiam o que faz o Brasil ser o Brasil.

Os autores retomam o nascimento e a constituição da sociedade brasileira. Considerando essas origens, somam elementos para que se pense sobre suas infl uências, seja no presente ou no futuro do Brasil.

ATENÇÃO! As respostas para as atividades deste caderno estão disponíveis no ambiente vir-tual do curso. Consulte seu tutor presencial para mais informações.

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Tema 1Para Desvendar o Brasil: Obras e Autores Clássicos

Objetivos de aprendizagem

• Conhecer algumas obras de autores que foram fundamentais para o desenvolvimento do pensamento social brasileiro.

• Pensar como a sociedade brasileira foi interpretada por autores clássicos.

• Analisar como leituras sobre a formação do Brasil podem se refl etir na atual realidade do País.

Para início de conversaVocê já percebeu como certos autores e obras se tornam clás-sicos? Percebeu que daí se tornam referências obrigatórias para quaisquer discussões que envolvam uma sociedade, sua formação e sua estrutura?A partir de agora você entenderá, nesse contexto, as contri-buições de Caio Prado Júnior, Gilberto Freyre e Sérgio Buar-que de Hollanda para a interpretação da sociedade brasileira.A compreensão de alguns dos atuais dilemas brasileiros obri-gatoriamente passa por essas leituras clássicas. Vale lembrar que não se pode entender o presente senão como um refl exo das origens passadas.

Por dentro do tema

A década de 1930 foi de grande intensidade no Brasil, pois desencadeou a amplia-ção da cultura no País. Destaca-se o surgimento das primeiras universidades, das grandes editoras e de coleções dedicadas ao estudo do País. Foi assim que a questão nacional passou a ser tida como fundamental para se pensar a questão social.

A discussão da relação entre o povo, a nação e o Estado passava então pela discus-são de ideias sobre a identidade nacional, a herança escravista e as raízes ibéricas da sociedade brasileira. A formação brasileira dominava o debate intelectual por meio de perguntas como: “Que país é o Brasil?”, “Quem é o povo brasileiro?” e “Como se originou a sociedade brasileira?”.

É nesse contexto que se inserem o pensamento e as obras de autores como Caio Prado Júnior, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda.

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Caio Prado Júnior enfatizava a importância de se compreender o processo de colonização a que o Brasil foi sub-metido, demonstrando uma associação entre a estrutura social brasileira e as questões de povoamento e produ-ções coloniais. Gilberto Freyre defendia que a mestiçagem adoçava as relações sociais e neutralizava os confl itos no País. Por sua vez, Sérgio Buarque de Hollanda apontava que, no Brasil, o Estado era uma extensão da família e assim se destacava a fi gura do brasileiro como homem cordial.

Esses autores e suas respectivas obras são, portanto, fundamentais para compreender a sociedade brasileira, pois é a partir desse tipo de entendimento que se pode atuar com consciência na sociedade hoje.

Anotações _______________________________________________________________________________________________

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A Organização Social no Brasil Tema 1 - Atividades

Questão 1

Individual, com consulta.

Sobre as obras centrais do pensamento brasilei-ro da década de 1930, é possível dizer que:

a) Tais obras estão intelectualmente superadas nos dias de hoje.

b) Os autores e intelectuais dessa época não mesclavam o pensamento social ao político.

c) Havia nessas obras relações entre a socie-dade e as ideias, sendo as ideias tidas como modifi cadoras e construtoras sociais.

d) As obras representam a ausência da vida in-telectual e cultural que prevalecia na época.

e) As obras e os autores não apresentavam, nesse contexto, ideias interligadas a interes-ses sociais.

Questão 2

Em grupo.

Quais são os pontos que mais se destacam no conjunto da obra de Caio Prado Júnior?

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Questão 3

Em grupo.

Apesar das críticas que se faz a Gilberto Freyre, qual a inovação da sua obra quando se aborda a questão do mestiço e do negro na sociedade brasileira?

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Atividades

INSTRUÇÕES

É chegado o momento de você refl etir, pesqui-sar, elaborar e discutir pontos relativos à disci-plina Organização Social no Brasil. Para tanto, você deve realizar as atividades que se seguem.

Antes de começar, dedique-se às leituras do Livro-Texto e dos materiais indicados para a ampliação do seu conhecimento, pois elas são fundamentais para seu bom desempenho no processo de ensino e aprendizagem.

Cada questão apresentada possui objetivos es-pecífi cos e trabalha pontos essenciais à temáti-ca discutida. Então, leia com cuidado os enun-ciados e atente para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão: individual, sem consulta; em grupo; individual, com consulta.

Ponto de partida

Pense no Brasil, na sociedade e no povo brasi-leiro. Se você tivesse de pensar em pontos que constituem e defi nem a brasilidade, quais você apontaria como os principais? Defi na ao menos cinco pontos que, em sua opinião, sejam capa-zes de sintetizar as principais características do Brasil e do ser brasileiro. Depois, à medida que for conhecendo os autores e suas obras, você terá como refl etir sobre esses pontos à luz de teorias clássicas.

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Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu.

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A Organização Social no BrasilTema 1 - Atividades

Questão 6


Um dos pontos mais criticados da obra de Gil-berto Freyre foi:

a) A tese da democracia racial.

b) O trânsito dialético entre o cientista e o es-critor.

c) A infl uência da teoria analítica antropológi-ca.

d) A relevância da mestiçagem na sociedade brasileira.

e) A emergência do culturalismo como inova-ção teórico-metodológica.

Questão 7


Em relação à obra de Caio Prado Júnior, qual desses aspectos não se aplica a ela?

a) Existe a infl uência marxista na obra do au-tor.

b) A análise da Colônia e da formação do Impé-rio brasileiro.

c) Discussão do povoamento, da interiorização e das raças na sociedade brasileira.

d) A estrutura de classes não se apresenta no cerne de sua metodologia analítica.

e) Associação entre os trópicos e a exploração agrária.

Questão 8


Não faz parte do contexto brasileiro da década de 1930:

a) Institucionalização da Sociologia como ciên-cia no Brasil.

b) Perda da tradição e crise conservadora.

c) Incorporação do debate sobre a formação brasileira.

d) Intelectuais dependentes do aparelho do Es-tado.

e) Criação de um mercado editorial e consumidor.

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Questão 4

Em grupo.

Dê exemplos de elementos utilizados por Sérgio Buarque Hollanda para explicar a formação his-tórica e a psicologia do ser brasileiro.

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Questão 5

Em grupo.

Caio Prado Júnior, Gilberto Freyre e Sérgio Bu-arque Hollanda, para desenvolverem suas aná-lises, retomam o contexto da colonização bra-sileira. O que você sabe sobre esse período da história do Brasil?

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b) Segundo as tendências dominantes das ciências sociais contemporâneas no Brasil, o discurso da democracia racial fundamenta-se em uma ide-ologia que esconde o preconceito racial.

c) A visão do brasileiro como homem cordial é uma proposta interpretativa de Mário de Andrade.

d) A Semana de Arte Moderna, que apresenta elementos constitutivos da identidade na-cional, aconteceu nos fi ns do século XX.

e) O pensamento autoritário foi concebido para emancipar as classes populares e condu-zi-las à luta pela democracia racial no Brasil.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Você quer saber mais sobre esse assunto? Então:

• Leia a apresentação que se faz da biografi a e da obra de Caio Prado Júnior. Disponível em: <http://www.brasilcultura.com.br/sociologia/caio-prado-Júnior/>. Acesso em: 16 out. 2010. O artigo apresenta aspectos da vida e da obra desse que é um dos maiores historiadores brasileiros, inovador em seu entendimento da História e que, até hoje, infl uencia gerações de pensadores de diversas áreas do conhecimento no Brasil.

• Acesse o texto de VICENTE, S. M. Dis po-nível em: <http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/edicoesanteriores/4publica-estudos-2005/4publica-estudos-2005-pdfs/entre-o-inferno-e-o-paraiso-1343.pdf?SQMSESSID=a38ffc79c82bcbe561e1c641326fd16c>. Acesso em: 16 out. 2010. Nele, você pode aprender mais com essa boa discussão sobre a obra de Gilberto Freyre.

• Leia o texto O dilema de Raízes do Brasil de HOLLANDA, B. B. B. de. Disponível em: <http://r1.ufrrj.br/esa/art/200310-152-160.pdf>. Acesso em: 16 out. 2010. O texto apresenta os principais dilemas presentes na obra de Sérgio Buarque de Hollanda.

FINALIZANDO

Neste tema, você viu que as obras de Caio Pra-do Júnior, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda são clássicas e fundamentais referên-cias para se pensar, a partir de uma visão am-pla da história e da realidade, a formação social brasileira, por meio de conceitos e dicotomias.

Desse modo, as obras desses autores devem ser analisadas em nome da compreensão do pensa-mento e da estruturação social no Brasil.

Questão 9


Caio Prado Júnior, Gilberto Freyre e Sérgio Buar-que de Hollanda são pensadores que, para en-tender a sociedade brasileira, foram analisar e in-vestigar a formação e o passado desta sociedade.

Elabore um texto, de no máximo 15 linhas, re-fl etindo a importância de se olhar para o pas-sado para entender o presente: por que uma sociedade é o resultado de sua história?

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Questão 10

Individual, sem consulta.

(ENADE, 2005 - Ciências Sociais). A imaginação sociopolítica brasileira formou-se no contexto da sociedade pós-colonial, refl etindo os desa-fi os de construção de um pensamento sobre a sociedade nacional, a identidade do povo bra-sileiro e a política. Em decorrência desse pensa-mento, surgiu uma série de noções nas ciências sociais, tais como miscigenação, eugenismo, de-mocracia racial, homem cordial, cultura popular e pensamento autoritário.

Considerando a temática do texto acima, assi-nale a opção correta.

a) A miscigenação contribuiu para a melhoria da qualidade genética racial do povo brasi-leiro e, por isso, constitui uma referência de valor para as ciências sociais.

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Tema 2O Pensamento de Caio Prado Júnior


• Conhecer a obra de Caio Prado Júnior.

• Entender aspectos metodológicos de sua obra.

• Discutir o pensamento desse importante autor.

Para início de conversaVocê já ouviu falar de Caio Prado Júnior? Já leu algum texto dele? Caio Prado Júnior (1907–1990) é um autor que se des-taca por suas análises históricas sobre a sociedade brasileira e por suas atividades na militância política. O autor foi fi el a uma inspiração marxista e na sua obra a dia-lética revela uma tensão entre o passado e o futuro.Sua interpretação da formação da sociedade brasileira passou, sobretudo por refl exões sobre o período colonial e suas in-fl uências na defi nição do Brasil e do ser brasileiro.Entre as suas principais obras estão “Evolução Política do Brasil de 1933” e “Formação do Brasil Contemporâneo” de 1942.

Por dentro do tema

Caio Prado Júnior é um dos principais nomes do pensamento social nacional, sobre-tudo no que se refere à formação e à estrutura da sociedade brasileira.

Uma das suas importantes inovações, ao realizar estudos que visavam ao redesco-brimento do Brasil, se relaciona à utilização do materialismo histórico como funda-mento teórico-analítico. Daí a infl uência do marxismo em suas obras.

Destaca-se que o materialismo histórico explica a história por meio de fatores ma-teriais (fatores econômicos, técnicos e outros) e não por meio de ideias (como no idealismo). Por exemplo, Marx afi rmou que o estudo da sociedade requer o enten-dimento sobre como os homens produzem os bens materiais necessários para sua subsistência.

Entre outras coisas, o autor tomou as classes sociais como objeto de análise social. Além disso, discutiu pontos como latifúndio, agricultura, pecuária, aspectos raciais, povoamento do interior do País e desenvolvimento. Por-tanto, sua obra é muito abrangente.

Caio Prado Júnior, de maneira geral, ressalta que a colonização, sobretudo no que se refere à escravidão, infl uen-ciou notoriamente a estrutura social brasileira fundamentada na desigualdade.

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Questão 1


(AGECOM, 2010 - Historiador). Analise a letra da música a seguir:

É passado o período colonial

O país se transformou num bom quintal

E depois de dadas as contas a Portugal

Instaurou-se o latifúndio nacional, ai!

Subdesenvolvido, subdesenvolvido (refrão)

(Carlos Lyra/Chico de Assis)

Acerca da letra, podemos afi rmar corretamente que os versos:

a) Fazem alusão ao caráter agroexportador da economia brasileira durante o período colo-nial e que fi gura o algodão como principal produto da nossa balança comercial nos sé-culos XVI e XVII.

b) Representam uma crítica à atuação do mo-vimento dos “sem terra” no Brasil que, de maneira inconstitucional, promovem inva-sões de terras produtivas na região agrária do País.

c) Enfatizam o caráter agrário da economia brasileira durante o período colonial. Suge-rem ainda a dependência da economia bra-sileira ao capital estrangeiro.

d) Fazem apologia à concentração latifundiá-ria brasileira e incentivam o rompimento com o capital estrangeiro.

e) Destacam a economia agropastoril do Bra-sil como a causa do subdesenvolvimento do País.

Questão 2


(AGECOM, 2010 - Historiador). Assinale a única das características a seguir que não pertence ao período colonial brasileiro.

a) A economia brasileira tinha de complemen-tar a economia da metrópole, enviando a ela matéria-prima e consumindo os produ-tos manufaturados que vinham dela.

b) O Brasil deveria ser submetido às práticas mercantilistas impostas pela sua metrópole.

Atividades

INSTRUÇÕES

É chegado o momento de você refl etir, pesqui-sar, elaborar e discutir pontos relativos à disci-plina Organização Social no Brasil. Para tanto, você deve realizar as atividades a seguir.

Antes de começar, dedique-se às leituras do Li-vro-Texto e dos materiais indicados para a am-pliação do seu conhecimento. Elas são funda-mentais para seu bom desempenho no processo de ensino e aprendizagem.

Cada questão apresentada possui objetivos es-pecífi cos e trabalha pontos essenciais à temática discutida. Então, leia com cuidado os enunciados e atente ao que está sendo pedido e ao modo de resolução das questões: individual, sem con-sulta; em grupo; individual, com consulta.

Bom estudo!

Ponto de partida

Caio Prado Júnior (2000 [1942], pp. 20–21) afi r-mou que “o sentido da evolução brasileira” [...] ainda se afi rma por “aquele caráter inicial da colonização”. Qual seria esse caráter?

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Questão 5

Em grupo.

A economia agrária foi apontada por Caio Pra-do Júnior como sendo a base material da socie-dade colonial brasileira. Como funcionava en-tão a agricultura no País?

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Questão 6

Em grupo.

Segundo Caio Prado Júnior, a principal caracte-rística da economia brasileira é ser internacio-nalista. O que isso signifi ca e como esse quadro se liga à colonização do Brasil?

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c) O Brasil era proibido de possuir fábricas de manufaturas em seu território.

d) Apesar de possuir uma economia baseada na monocultura açucareira, a produção agrí-cola brasileira era bem diversifi cada, o que contribuía para a expansão do mercado in-terno.

e) Portugal possuía o monopólio comercial so-bre o Brasil, o que caracterizava a prática do chamado pacto colonial.

Questão 3


(IBGE, 2010 - Historiador). No seu conjunto, e vista no plano mundial e internacional, a coloni-zação dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, mais completa que a antiga feitoria, todavia sempre com o mesmo caráter que ela, destinada a explorar os recursos natu-rais de um território virgem em proveito do co-mércio europeu. É este o verdadeiro sentido da colonização tropical, de que o Brasil é uma das resultantes; e ele explicará os elementos funda-mentais, tanto no econômico como no social, da formação e evolução históricas dos trópicos americanos. (PRADO JÚNIOR, 1989, p. 31)

O diagnóstico sobre o sentido da colonização, de acordo com o texto acima, esteve associado à:

a) Crítica da desorganização do aparato admi-nistrativo colonial.

b) Caracterização do uso inadequado do traba-lho escravo de indígenas e africanos.

c) Análise das atividades econômicas imple-mentadas pelos colonizadores europeus.

d) Denúncia das hierarquias raciais instituídas ao longo do processo de colonização.

e) Valorização de rupturas entre a sociedade colonial e a sociedade imperial brasileira.

Questão 4


As obras de Caio Prado Júnior foram fortemen-te infl uenciadas por interpretações materialis-tas da história do Brasil. Explique o materialis-mo histórico a partir da obra de Karl Marx.

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Questão 9


(ENADE, 2005 - História). “No seu conjunto, e vista no plano mundial e internacional, a co-lonização dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, mais complexa que a antiga feitoria, todavia, sempre com o mesmo caráter que ela, destinada a explorar os recursos naturais de um território virgem em proveito do comércio europeu. É este o verdadeiro sentido da colonização tropical, de que o Brasil é uma das resultantes... .” (Caio Prado Júnior, História Econômica do Brasil, 1945)

Considere, agora, as afi rmações abaixo:

I. A antiga feitoria portuguesa na Índia, como a colonização dos trópicos, supunha práticas agrícolas e comerciais.

II. A colonização do Brasil estava relacionada a um amplo sistema comercial internacional.

III. A colonização do Brasil foi o resultado das determinações francesas e inglesas relativas ao comércio internacional.

IV. A produção açucareira no Nordeste Brasi-leiro fazia parte de uma empresa comercial com ligações internacionais.

São corretas as afi rmações

a) I e IV, apenas.

b) II e III, apenas.

c) III e IV, apenas.

d) I e III, apenas.

e) II e IV, apenas.

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Questão 7


(Câmara de São Paulo - Consultor Legislativo, 2007 - História). Sob o Mercantilismo, Portugal instituiu no Brasil o regime econômico do ex-clusivo colonial. Caracterizado por normas de severa restrição do comércio da colônia com potências estrangeiras, esse regime tinha por objetivo:

a) Expandir a colonização nas colônias por meio da produção agrícola voltada ao supri-mento das necessidades da Metrópole.

b) Implantar sistema de produção agrícola por monocultura, baseado no trabalho de escra-vos capturados na África.

c) A implantação do comércio entre as colônias e a metrópole por meio do sistema de frotas metropolitanas.

d) Contribuir para autossufi ciência metropoli-tana por intermédio da depressão dos pre-ços dos gêneros produzidos na colônia.

e) Conter a decadência da expansão marítima portuguesa e evitar a concessão comercial à Inglaterra e à Holanda.

Questão 8

Em grupo.

“As raças escravizadas e, assim, incluídas na so-ciedade colonial, mal preparadas e adaptadas, vão formar nela um corpo estranho e incômo-do. [...] O que pesou muito mais na formação brasileira é o baixo nível destas massas escravi-zadas, que constituirão a imensa maioria da po-pulação do País”. (PRADO JÚNIOR, 2000, p. 284)

Por que a partir dessa afi rmação é possível atri-buir a Caio Prado Júnior uma visão negativa so-bre a diversidade racial brasileira?

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• Leia o artigo de MOREIRA. V. M. L., História, etnia e nação: o índio e a formação nacional sob a ótica de Caio Prado Júnior. Disponível em: <http://www.scielo.org.ar/pdf/memoam/n16-1/n16-1a04.pdf> Acesso em: 16 out. 2010. Texto publicado na revista Memória Americana, v. 16, n. 1, pp. 63-84, 2008. A autora analisa a questão da mestiçagem como meio da integração indígena na sociedade brasileira.

FINALIZANDO

Neste tema, você viu que Caio Prado Júnior traz, no conjunto de sua obra, importantes contribui-ções para refl exão sobre os confl itos da socie-dade brasileira, enfatizando as raízes históricas deles. Isso é feito sob a perspectiva teórica fun-damentada no materialismo histórico e no mar-xismo de modo geral.

É fundamental estar ciente da relação que o autor estabelece entre o modo como se deu a colonização brasileira e as desigualdades que passaram a estruturar historicamente a vida so-cial no Brasil.

Anotações ____________________________________________

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Questão 10


Caio Prado Júnior fez uma análise da coloniza-ção brasileira para tentar entender os proble-mas da realidade da sociedade brasileira na qual ele viveu, chegando a escrever que:

Os problemas brasileiros de hoje, os fundamentais, pode-se dizer que já estavam defi -nidos e postos em equação há 150 anos. E é da solução de muitos deles [... que depen-de a de outros em que hoje nos esforçamos inutilmente. (PRADO JÚNIOR, 2000, p. 284)

Em sua opinião, o que o autor quis dizer com essa afi rmação?

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• Leia o texto de SECCO, L., Ensaio: O marxismo de Caio Prado Jr. Disponível em: <http://www.fpabramo.org.br/o-que-fazemos/editora/teoria-e-debate/edicoes-anteriores/ensaio-o-marxismo-de-caio-prado-jr>. Acesso em: 16 out. 2010. O artigo, publicado na revista Teoria e Debate nº 73, set./out. 2007, 1º abr. 2009, ajudará você a entender a infl uência do marxismo na obra de Caio Prado Júnior.

• Leia o artigo de DEAECTO, M., Evolução Política do Brasil, de Caio Prado Jr.: itinerário de leitura. Disponível em: <http://www.espacoacademico.com.br/070/70esp_deaecto.htm> Acesso em: 16 out. 2010. Publicado na Revista Espaço Acadêmico, a. 6, n. 70, mar. 2007. A autora apresenta aspectos da história e da obra de Caio Prado Jr.

Tema 2 - Atividades

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Tema 3Gilberto Freyre: Aspectos Metodológicos e Linguísticos


• Entender a obra e a metodologia de Gilberto Freyre.

• Analisar a sociedade brasileira pelo viés apresentado em “Casa Grande & Senzala”.

• Discutir algumas particularidades da obra, como os aspectos linguísticos.

Para início de conversaVocê já ouviu falar em Gilberto Freyre? Conhece sua obra? Gilberto Freyre (1900–1987) estudou a sociedade brasileira por meio de um viés regionalista: o autor pensou a questão nacional a partir do Nordeste.Nas suas perspectivas teórico-metodológicas se destacam a perspectiva culturalista e a análise do cotidiano. São feitas dis-cussões sobre o patriarcalismo, a questão racial e a interpene-tração das culturas, associadas ao contexto geral dos trópicos.Do ponto de vista conceitual, a grande evidência está no con-ceito de democracia racial elaborado por Gilberto Freyre.Entre suas principais obras estão “Casa Grande & Senzala”, de 1933, “Sobrados e Mucambos”, de 1936, e “Ordem e Progresso”, de 1959.

Por dentro do tema

Gilberto Freyre é autor de obras marcadas por metodologias originais e plurais, nas quais as narrativas adquirem papel de destaque. Dessa forma, os aspectos linguísti-cos merecem especial atenção.

“Casa Grande & Senzala” apresenta um texto no qual, ao lado de uma linguagem científi ca e análise conceitual, existe uma linguagem literária. Isso equivale a dizer que, na obra, os aspectos literários garantem ao leitor uma riqueza de detalhes que, possivelmente, não se encontrariam em uma descrição meramente científi ca. Só para se ter uma ideia, na obra há toda uma discussão sobre a infl uência dos negros na constituição da culinária brasileira.

Em suas produções, Gilberto Freyre visa a desconstruir a perspectiva de que nos trópicos não poderia haver civilidade. Contrapõe-se, assim, à tendência de “branqueamento” do pensamento social, buscando demonstrar que a cultura miscigenada possibilita a convivência tanto da cultura europeia, como da africana. Em outras palavras, segundo ele, uma não elimina a outra.

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Questão 1


Sobre o método de Gilberto Freyre em “Casa-Grande & Senzala”, é incorreto afi rmar que:

a) Gilberto Freyre apresenta um retrato da his-tória íntima e cotidiana da sociedade brasi-leira.

b) “Casa-Grande & Senzala” é uma obra na qual se destaca o caráter literário.

c) Em “Casa-Grande & Senzala”, Gilberto Freyre apresenta uma obra inovadora em termos sociológicos e antropológicos.

d) A metodologia empregada por Gilberto Freyre revela uma visão conservadora do autor em relação à raça em “Casa-Grande & Senzala”.

e) Gilberto Freyre, em “Casa-Grande & Senza-la”, apresenta um estilo de narrativa que mescla ciência e literatura.

Questão 2


Por ser uma obra de comunicação científi ca e literária, pode-se afi rmar que em “Casa-Grande & Senzala”:

a) A literatura se sobrepõe à ciência, o que de-nota uma pesquisa não rigorosa de Gilberto Freyre.

b) Se verifi ca uma presença dinâmica de Gilber-to Freyre como cientista e escritor.

c) A utilização de termos cotidianos e corri-queiros para retratar a realidade brasileira gerou uma baixa aceitação acadêmica de Casa-Grande & Senzala.

d) Não há uma inovação em termos de fontes de pesquisa e procedimentos metodológi-cos.

e) A observação do cotidiano se liga apenas a narrativas literárias, já que para a ciência ela não gera avanços.

Atividades

INSTRUÇÕES

Este é o momento de você refl etir, pesquisar, elaborar e discutir pontos relativos à disciplina Organização Social no Brasil. Para tanto, você deve realizar as atividades a seguir.


Cada questão apresentada possui objetivos es-pecífi cos e trabalha pontos essenciais à temática discutida. Então, leia com cuidado os enuncia-dos e atente ao que está sendo pedido, bem como ao modo de resolução das questões:

individual, sem consulta; em grupo; individual, com consulta.

Bons estudos!

Ponto de partida

Em sua opinião, quais são as maiores diferenças entre um texto científi co e um texto literário? Qual seria a vantagem em se unir, em uma mes-ma obra, esses dois estilos de escrita e lingua-gem?

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Questão 6

Em grupo.

Com Casa-Grande & Senzala, Gilberto Freyre se propôs, metodologicamente, a apanhar o social por meio do cotidiano. Na prática, o que isso signifi cou em sua obra?

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Questão 7


Gilberto Freyre, assim como Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Hollanda, faz parte de uma geração de escritores que buscaram explicar o processo de formação do que se convencionou chamar de cultura brasileira. Em geral, esses au-tores fundamentaram suas análises no período de colonização do Brasil. Por quê?

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Questão 3


Quais aspectos diferenciam a obra literária da obra científi ca?

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Questão 4


Entre os ensaístas brasileiros da década de 1930, está Gilberto Freyre. Casa-Grande & Senzala é uma obra classifi cada como um ensaio funda-mental para a interpretação da sociedade bra-sileira.

Sobre um ensaio é incorreto afi rmar que:

a) O ensaio traz em si um esforço para ser crí-vel, a busca pela verdade.

b) O texto ensaísta é exatamente equivalente ao texto literário.

c) A literatura oferece uma ilusão de vida de algo ou de alguém; já o ensaio dá forma a uma vida a partir da sua visão.

d) O ensaio transita na área da ciência.

e) O contexto da arte se faz presente em um ensaio no que se refere ao seu formato.

Questão 5

Em grupo.

O regionalismo é um importante aspecto da obra de Gilberto Freyre. O que isso signifi ca?

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Questão 10


(ENADE, 2005 - Ciências Sociais). Gilberto Freire, no livro “Casa-Grande e Senzala”, analisa aspec-tos das relações interraciais no Brasil. Conside-rando a maneira como esse autor desenvolve, em sua análise, o mito da harmonia entre as três raças que constituíram a nação brasileira, assi-nale a opção correta.

a) Segundo esse autor, a miscigenação produz uma sociedade singular nos trópicos, carac-terizada principalmente pela convivência pacífi ca entre as raças.

b) A análise de Gilberto Freire está focada na ideia de dissidência entre as três raças, o que constitui o principal ponto de confl ito da na-ção brasileira.

c) No mito da harmonia racial, Gilberto Freire sugere a preponderância absoluta do ele-mento branco sobre os negros e os índios.

d) O preconceito racial é, segundo esse autor, um elemento fundador do mito da nação brasileira.

e) Para o autor, o fenômeno da miscigenização indica um desequilíbrio entre as três raças constitutivas da nação brasileira.



• Acesse o site da Biblioteca Virtual Gilberto Freyre. Disponível em: <http://bvgf.fgf.org.br/portugues/index.html>. Acesso em: 17 out. 2010. Nele, você conhecerá melhor a vida e as obras desse importante autor.

• Leia o artigo de ALVES, T., O ensaio sociológico de Gilberto Freyre: dialogismo de formas discursivas. Disponível em: <http://www.revistafenix.pro.br/PDF21/ARTIGO_13_Tatiana_Batista_Alves.pdf> Acesso em: 17 out. 2010. En-tenda como o discurso científi co e a narrativa li te rária se fazem presentes em “Casa Grande & Senzala”.

• Leia o artigo de ROSA, D. R. A., Negro, ciência e pensamento social. Disponível em: <http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/ric/article/viewFile/100/101> Acesso em: 16 out. 2010. O artigo foi publicado na Revista de Iniciação Científi ca da FFC, v. 4, n. 3, 2004. Por meio dele, você conhecerá um pouco sobre as

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Questão 8


Gilberto Freyre afi rmou que “[...] o passado está sempre se tornando futuro, através de um rápi-do presente”. (FREYRE, Gilberto. Como e por que sou e não sou sociólogo. Brasília: UnB, 1968, p. 74)

Explique, com suas palavras, o que isso signifi ca.

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Questão 9


Considerando a obra “Casa-Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, julgue os elementos a seguir como VERDADEIROS ou FALSOS.

I. Em “Casa Grande & Senzala”, Gilberto Freyre busca, com sua análise, aspectos po-sitivos da colonização brasileira.

II. Gilberto Freyre apresenta em seu discurso a perspectiva da conciliação entre o velho, o rural, e o novo, o industrial.

III. Gilberto Freyre não faz uma afi rmação positi-va da cultura negra para a cultura brasileira.

IV. Em “Casa-Grande & Senzala” a miscigena-ção racial é apresentada como um fator de construção da democracia brasileira.

a) V, V, V e V.

b) V, F, V e F.

c) V, V, V e F.

d) V, F, F e F.

e) V, V, F e V.

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relações entre o negro, a ciência e o pensamento social brasileiro.

FINALIZANDO

Neste tema, você viu que Gilberto Freyre é um importante analista da sociedade brasileira, res-ponsável por uma obra inovadora e vasta, mas também passível de certas críticas.

Alguns pontos do trabalho do autor merecem mais cuidados, caso dos aspectos linguísticos presentes em “Casa-Grande & Senzala”. A ri-queza e a inovação dessa obra se devem, tam-bém, à mesclagem entre as linguagens científi -ca e literária.

Anotações ____________________________________________

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Tema 4“Casa-Grande & Senzala”: Questões Estruturais


• Compreender a análise de Gilberto Freyre.

• Discutir a estrutura da obra “Casa-Grande & Senzala”.

• Conhecer os conceitos desenvolvidos por Gilberto Freyre e que estão presentes em “Casa-Grande & Senzala”.

Para início de conversa“Casa-Grande & Senzala” é uma obra de Gilberto Freyre, lançada em 1933, que foi de grande impacto para o pensa-mento social brasileiro.Ela, que visa a destacar elementos originais da cultura brasi-leira, aponta que a miscigenação entre raças é responsável pela constituição do Brasil como nação, e assim se afi rma a democracia racial nessa sociedade.Apesar das críticas feitas à obra e ao autor, não há como ne-gar a importância dos aspectos metodológicos e os avanços analíticos que eles representam.

Por dentro do tema

“Casa-Grande & Senzala” é uma obra voltada à compreensão da sociedade brasilei-ra e aborda pontos bastante diversos sobre a formação dela, tomando como ponto de partida o período colonial.

Gilberto Freyre apresenta que a sociedade colonial no Brasil se desenvolveu pa-triarcal e aristocraticamente à sombra das grandes plantações de açúcar, sendo o Catolicismo o cimento da unidade brasileira. O autor coloca a formação brasileira como um processo de equilíbrio de antagonismos, que foram harmonizados com condições de confraternização e mobilidade social peculiares ao Brasil.

Um dos pontos mais trabalhados pelo autor foi a interpenetração de culturas como característica fundamental da sociedade brasileira. A inter-relação entre a casa gran-de e a senzala se fez das relações de dominação e subordinação, mas Gilberto Freyre ressalta também que no Bra-sil a escravidão se desenvolveu de forma particular e as relações e as misturas entre brancos e negros [bem como índios] foram predominantemente harmoniosas, o que rendeu ao País o que se chamou de democracia racial.

O conceito de democracia racial é o mais importante da análise feita em “Casa-Grande & Senzala”; é também o mais inovador, já que até então não havia obras ou pensadores que apontassem aspectos positivos em relação à raça e à cultura negra. Posteriormente, porém esse foi um dos pontos mais criticados da obra de Gilberto Freyre porque se atribui a ela um caráter de ingenuidade e otimismo exagerado, já que as relações entre brancos e ne-gros durante a colonização brasileira não foram exatamente equilibradas e harmoniosas.

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Questão 1

Individualmente, sem consulta.

(ENADE, 2008 - Ciências Sociais). Em “Casa-Gran-de & Senzala”, Gilberto Freyre oferece uma in-terpretação da formação da sociedade brasilei-ra, destacando as características do patriarcado brasileiro e o processo de interpenetração de etnias e culturas. Nesse processo de formação, o português, o índio e o escravo de origem africa-na exerceram infl uências específi cas.

Considerando esse assunto e as ideias do autor citado, qual das opções abaixo apresenta duas características que não podem ser atribuídas ao colonizador português nesse processo de for-mação?

a) Mobilidade e miscigenação.

b) Vulnerabilidade e preconceito étnico ou ra-cial.

c) Adaptabilidade e aclimatabilidade.

d) Hibridização e preconceito religioso.

e) Flexibilidade e plasticidade.

Questão 2


(SEDURP/PA, 2005 - Antropologia - adaptada). Gilberto Freyre, em seu livro “Casa Grande & Senzala”, ao analisar o processo de formação da sociedade brasileira, identifi ca as caracterís-ticas gerais da colonização portuguesa do Bra-sil, pautada nos seguintes aspectos:

a) Sociedade industrial, escravocrata e predo-minantemente mestiça.

b) Sociedade agrária, formada por castas e com forte inclinação para a indústria.

c) Sociedade mercantil, formada por castas e parcialmente híbrida.

d) Sociedade agrária, escravocrata e híbrida.

e) Sociedade comercial, igualitária e democrá-tica racialmente.

Atividades

INSTRUÇÕES

Este é o momento de você refl etir, pesquisar, elaborar e discutir pontos relativos à disciplina Organização Social no Brasil. Para tanto, você deve realizar as atividades que se seguem.


Cada questão apresentada possui objetivos es-pecífi cos e trabalha pontos essenciais à temática discutida. Então, leia com cuidado os enuncia-dos e atente ao que está sendo pedido, bem como ao modo em que se propõe a resolução das questões: individualmente, sem consulta; em grupo; individualmente, com consulta.

Bons estudos!

Ponto de partida

Gilberto Freyre, em suas análises, associa a mis-cigenação das raças (índios, negros e brancos) à democracia racial, ou seja, ele aponta que no Brasil as raças se misturaram e isso fez com que a sociedade brasileira se constituísse como ra-cialmente democrática, isto é, aqui não haveria desigualdades ou preconceitos raciais.

Você acredita no conceito de democracia racial vivendo a realidade da sociedade brasileira hoje?

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Questão 6

Em grupo.

Segundo Gilberto Freyre, a síntese da família brasileira se deu a partir da interpenetração en-tre indígenas, o colonizador português branco e o escravo negro. Como isso aconteceu ao longo da colonização brasileira?

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Questão 7


No título “Casa-Grande & Senzala”, o símbolo & representa:

a) O intercurso sexual e cultural entre homens portugueses e mulheres negras.

b) A democracia racial da sociedade brasileira.

c) A interpenetração democrática entre a casa grande e a senzala, entre os colonizadores portugueses e os escravos africanos.

d) A união dos povos que formaram a socieda-de brasileira.

Questão 3


(SEDURP/PA, 2005 - Antropologia - adaptada). O discurso ideológico do “Mito da Democracia Racial”, amplamente difundido na sociedade brasileira, defende a tese de que:

a) Não existe racismo, uma vez que as raças mantêm uma relação de complementação na construção da identidade nacional.

b) O racismo no Brasil ocorre às avessas.

c) Existe racismo no Brasil, principalmente da raça branca em relação àquelas considera-das subalternas.

d) Não existe racismo, uma vez que as raças mantêm suas realidades culturais isoladas umas das outras.

e) Não existe racismo no Brasil, porque os por-tugueses defendiam valores democráticos durante a colonização.

Questão 4

Individualmente, com consulta.

O caráter inovador da obra de Gilberto Freyre teve infl uência da antropologia culturalista nor-te-americana de Franz Boas. Por quê?

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Questão 5

Em grupo.

Em “Casa-Grande & Senzala”, Gilberto Freyre aponta que as particularidades brasileiras se as-sociam diretamente às características dos colo-nizadores portugueses. Explique.

149


Questão 9


O caráter inovador da obra de Gilberto Freyre está, entre outras coisas, na afi rmação positiva da cultura negra. Para o autor, a miscigenação seria o grande diferencial brasileiro. Você acre-dita que tal pensamento vigora na atualidade? O que você pensa de tal afi rmação?

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Questão 10

Em grupo.

(ENADE, 2005 - Ciências Sociais). Atualmente, as universidades discutem sobre a implemen-tação de cotas para grupos excluídos historica-mente da sociedade. No centro desse debate, a expressão-chave é “ações afi rmativas”. As ações afi rmativas devem ser entendidas corretamente como:

a) As políticas governamentais para proteção restrita às populações negras e pardas.

b) As políticas de discriminação positiva, que objetivam a inserção de grupos que se en-contram em situação de desigualdade e (ou) de discriminação social.

c) As ações de grupos benefi centes cujo obje-tivo é a ajuda aos grupos excluídos da socie-dade.

d) Um conjunto de medidas cujo objetivo res-tringe-se a fornecer ajuda a populações ca-rentes.

e) Um conjunto de medidas cujo objetivo único é propiciar mais escolaridade ao conjunto da população.

e) A oposição entre a casa-grande e a senzala, tidas como instituições pouco importantes na constituição da brasilidade.

Questão 8


Leia as colocações de Gilberto Freyre apre-sentadas no Prefácio de “Casa-Grande & Sen-zala” (Disponível em: <http://bvgf.fgf.org.br/portugues/obra/livros/pref_brasil/casagrande.htm>. Acesso em: 22 out. 2010):

No Brasil, as relações entre os brancos e as ra-ças de cor foram, desde a primeira metade do século XVI, condicionadas, de um lado pelo sis-tema de produção econômica - a monocultura latifundiária; do outro, pela escassez de mulhe-res brancas, entre os conquistadores. [...] A índia e a negra-mina a princípio, depois a mulata, a cabrocha, a quadrarona, a oitavona, tornando-se caseiras, concubinas e até esposas legítimas dos senhores brancos, agiram poderosamente no sentido de democratização social no Brasil. Entre os fi lhos mestiços, legítimos e mesmo ile-gítimos, havidos delas pelos senhores brancos, subdividiu-se parte considerável das grandes propriedades, quebrando-se assim a força das sesmarias feudais e dos latifúndios do tamanho de reinos.

Articule esse pensamento de Gilberto Freyre ao conceito de democracia racial por ele elabora-do.

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• Leia o artigo de Gomes, T. de M., Afro-brasileiros e a construção da ideia de democracia racial nos anos 1920. Disponível em: <http://www.periodicos.udesc.br/index.php/linhas/article/viewFile/1355/1162> . Acesso em: 22 out. 2010. Você compreenderá um pouco melhor a construção da ideia de democracia racial no pensamento social brasileiro da década de 1920. O artigo está publicado na revista Linhas, Florianópolis, v. 8, n. 1, jan. / jun. 2007.

• Leia o artigo de LEHMANN, D., Gilberto Freyre: A reavaliação prossegue. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ha/v14n29/a15v14n29.pdf>. Acesso em: 22 out. 2010. Publicado na revista Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, a. 14, n. 29, p. 369-385, jan./jun. 2008. Esta análise é importante para você revisar criticamente a obra “Casa-Grande & Senzala”.

• Pesquise mais sobre o texto escrito por Gilberto Freyre em “Casa-Grande & Senzala”. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/proin/versao_1/casa/index.html>. Acesso em: 22 out. 2010.

FINALIZANDO

Neste tema, você viu que “Casa-Grande & Sen-zala” é uma obra fundamental de Gilberto Freyre, bem como de grande valia para pensar a sociedade brasileira, seu processo de constru-ção e suas particularidades no que se refere aos aspectos raciais.

Mesmo com as críticas feitas ao conceito de de-mocracia racial, é inegável que Gilberto Freyre representa um considerável marco nas discus-sões desenvolvidas no Brasil sobre raças.

Até hoje “Casa-Grande & Senzala” é revistada por intelectuais e vários dos apontamentos nela feitos permanecem como foco de análises aca-dêmicas brasileiras.

Certamente, Gilberto Freyre e suas interpreta-ções sobre o Brasil são referências para aqueles que buscam discutir criticamente aspectos es-truturantes da sociedade brasileira.

Anotações ____________________________________________

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Tema 5Sérgio Buarque de Hollanda: a Análise das Raízes do Brasil


• Contextualizar a obra de Sérgio Buarque de Hollanda.

• Entender o processo de construção de “Raízes do Brasil”.

• Discutir alguns aspectos conceituais importantes no pensamento de Sérgio Buarque de Hollanda.

Para início de conversaSérgio Buarque de Hollanda (1902-1982) é um dos grandes pensadores brasileiros. Ele se destaca por documentar dife-renças e estudar especifi cidades da formação da sociedade brasileira, e, na sua perspectiva, a principal tarefa de um historiador consiste em estudar possibilidades de mudança social.O autor afi rma que o Brasil se constrói e fundamenta nas heranças colonizadoras, que, contudo, para ele não foram representadas de modo a garantir a prosperidade nacional.De modo geral, para Sérgio Buarque de Hollanda, a volta às origens signifi ca a busca pelo que deve ser mudado para se alcançar o sucesso da nação.

Por dentro do tema

Sérgio Buarque de Hollanda desenvolve análises sobre a formação e estruturação social do Brasil; para tanto ele também retoma o passado colonial do País. O retorno ao passado era por ele feito para compreender os elementos que constituíram a na-ção brasileira, mas não para encontrar soluções para os problemas nacionais. Então, em Sérgio Buarque de Hollanda, o retorno se dá sob a perspectiva de observação e análise histórica. A tendência (revolucionária) que aponta é de superação das raízes ibéricas e da vida material a ela vinculada (o grande latifúndio), assim como da cultura marcadamente personalista.

A obra mais lida do autor é “Raízes do Brasil”, lançada em 1936. Ela pode ser tomada como resultado do movimento modernista que visava a redescobrir o Brasil sem a infl uência regionalista e apresenta uma abrangência universal diante dos temas apre-sentados. Trata-se de uma crítica à formação brasileira feita de forma interdisciplinar e multifacetada.

Uma das grandes infl uências da obra de Sérgio Buarque de Hollanda foi a obra de Max Weber no que se refere à construção de tipologias e ao deslocamento da análise da personalidade dos sujeitos para o comportamento dos agentes sociais. Nesse cenário, emerge o conceito de homem cordial.

152


Questão 1


(Aeronáutica, 2008 - Sociologia - adaptada). Com relação à Estrutura Social Brasileira expos-ta em “Raízes do Brasil” (Sérgio Buarque de Hollanda), assinale V para as afi rmativas verda-deiras e F para as falsas:

( ) O Brasil se edifi cou como uma sociedade agrária baseada no latifúndio, existindo, sobretudo, em função da metrópole, como economia complementar, em que o mono-pólio exercido opressivamente era funda-mental para a burguesia mercantil lusitana.

( ) A organização social no Brasil colônia de-fi ne-se, de um lado, pela existência de um aparato jurídico (bacharéis, magistrado) e de outro, por grandes proprietários rurais.

( ) A estrutura social brasileira nasce indepen-dente e capaz de contribuir para a formação de uma sociedade capitalista modernizante.

( ) O nosso sistema refl ete integralmente aqui-lo que se chamou de herança ibérica - perso-nalismo, patrimonialismo.

( ) A tese de Buarque propõe uma ruptura en-tre a metrópole e a colônia, tendo assim o Brasil formado uma cultura própria.

A sequência está correta em:

a) V, V, F, V e F.

b) F, V, F, V e V.

c) F, F, V, V e F.

d) V, V, F, F e V.

e) V, V, F, F e F.

Questão 2


(IBGE, 2010 - Historiador). O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo. Não existe, entre o círculo familiar e o Estado, uma gradação, mas, antes, uma descontinuidade e até uma oposição. A indistinção fundamental entre as duas formas é prejuízo romântico que teve os seus adeptos mais entusiastas durante o século XIX.

Atividades

INSTRUÇÕES



Cada questão apresentada possui objetivos es-pecífi cos e trabalha pontos essenciais à temática discutida. Então, leia com cuidado os enuncia-dos e atente ao que está sendo pedido, bem como ao modo proposto para a resolução das questões: individualmente, sem consulta; em grupo; individualmente, com consulta.

Bons estudos!

Ponto de partida

Considerando a colonização portuguesa desen-volvida no Brasil, bem como suas consequências sobre o brasileiro, Sérgio Buarque de Hollanda aponta em “Raízes do Brasil” que “somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra”. O que se pode entender a partir dessa afi rmação?

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Questão 4


“Raízes do Brasil” é uma obra que apresenta pontos comuns à refl exão latino-americana da década de 1930. Quais seriam eles?

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Questão 5


Como a refl exão de Sérgio Buarque de Hollan-da, em “Raízes do Brasil” se diferencia da aná-lise de Gilberto Freyre, em “Casa-Grande & Sen-zala”?

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Questão 6

Em grupo.

(ENADE, 2005 - Ciências Sociais). A respeito dos estudos comparativos, a resposta de Weber foi a elaboração de “tipos ideais”, que constituem um dispositivo generalizante, um modelo heurístico, sobre o qual era possível aplicar a comparação.

De acordo com esses doutrinadores, o Estado e as suas instituições descenderiam em linha reta, e por evolução simples, da família. A verdade, bem outra, é que pertencem a ordens diferen-tes em essência. Só pela transgressão da ordem doméstica e familiar é que nasce o Estado e que o simples indivíduo se faz cidadão, contribuinte, eleitor, elegível, recrutável e responsável, ante as leis da cidade. Há nesse fato um triunfo do geral sobre o particular, do intelectual sobre o material, do abstrato sobre o corpóreo e não uma depuração sucessiva, uma espiritualização de formas mais naturais e rudimentares, uma procissão das hipóstases, para falar como na fi -losofi a alexandrina. A ordem familiar, em sua forma pura, é abolida por uma transcendência. [Sérgio Buarque de Hollanda. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 141.]

Com base no texto acima, assinale a opção cor-reta.

a) A formação do Estado representa o surgi-mento de uma nova ordem independente do círculo familiar.

b) O Estado é uma evolução natural da ordem doméstica e familiar.

c) A ordem familiar só pode existir em sua for-ma pura.

d) Indivíduo e cidadão são sinônimos.

e) As diferenças entre ordem familiar e ordem estatal são superfi ciais.

Questão 3


Quais as infl uências do movimento modernista no pensamento social brasileiro da década de 1930?

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Questão 8


Em Sérgio Buarque de Hollanda, como se pode defi nir o conceito de cultura?

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Questão 9


Sérgio Buarque de Hollanda discute a incapaci-dade de separação entre o espaço público e o privado na sociedade brasileira. Você concorda com o autor? Como esse quadro pode ser obser-vado na atualidade do País?

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Questão 10


(IBGE, 2010 - Historiador). Em “Raízes do Bra-sil”, texto publicado em 1936, Sérgio Buarque de Hollanda analisa experiências da colonização ibérica na América, realizando, em determina-dos capítulos, comparações entre valores e prá-

Nas suas explicações históricas comparadas, Weber rejeita sempre a hipótese de leis ou de monocausalidade; ele pensa, portanto, que um evento pode ter diversas causas e que conjuntos diversos de causas podem ter o mesmo efeito. A validade das comparações em Weber provém das suas construções empíricas dos processos de indução e de introspecção mais do que de uma verifi cação causal de hipóteses.

A comparação qualitativa de objetos complexos e o efeito da refl exividade. In: Alberto Melluci (Org.). Por uma sociologia refl exiva: pesquisa qualitativa e cultura. Petrópolis: Vozes, 2005, p. 242 (com adaptações).

Tendo o fragmento de texto acima como refe-rência inicial, assinale a opção correta a respeito de “tipos ideais”, segundo a formulação pro-posta por Max Weber.

a) Os “tipos ideais” não são construções empí-ricas.

b) A causalidade única é a base dos “tipos ideais”.

c) A comparação não é essencial para a cons-trução dos “tipos ideais”.

d) Os “tipos ideais” não permitem uma explica-ção histórica.

e) Os “tipos ideais” são construídos essencial-mente a partir da verifi cação causal de hipó-teses.

Questão 7

Em grupo.

(Aeronáutica, 2008 - Sociologia/ADAPTADA). Um dos pontos principais da Teoria Weberiana é a ideia de tipos ideais. Acerca deste objeto, assinale a afi rmativa INCORRETA.

a) O tipo ideal pretende reconstruir a socieda-de tendo em vista organizá-la.

b) As principais características dos tipos ideais são: a unilateralidade, a racionalidade e o caráter utópico.

c) A utilização desta ferramenta depende dos critérios selecionados pelo pesquisador.

d) Os tipos ideais podem ser utilizados para compreender o sentido da ação.

e) Os tipos ideais são modelos racionais que descrevem modos de comportamento social.

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Anotações ____________________________________________

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ticas que nortearam as iniciativas de conquista-dores portugueses e espanhóis.

Dentre essas comparações, destaca-se o uso dos conceitos de ladrilhador e semeador por meio dos quais diferenciou-se a(o):

a) Forma de utilização do trabalho indígena.

b) Lógica de criação dos núcleos urbanos.

c) Planejamento das atividades econômicas.

d) Objetivo mercantil da conquista.

e) Caráter predatório de uso dos recursos natu-rais.



• Pesquise mais sobre a vida e a obra de Sérgio Buarque de Hollanda. Disponível em: <http://www.unicamp.br/siarq/sbh/index.html>. Acesso em: 24 out. 2010. O site apresenta detalhes da carreira desse grande escritor.

• Consulte a construção de um diálogo com Sérgio Buarque de Hollanda. Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v54n1/v54n1a36.pdf>. Acesso em: 24 out. 2010.

• Leia sobre a colonização portuguesa no Brasil, no contexto de Raízes do Brasil, no artigo de Jacques Leenhardt. Disponível em: <http://www.unicamp.br/siarq/sbh/Raizes_do_Brasil_Jacques.pdf>. Acesso em: 24 out. 2010.

FINALIZANDO

Neste tema, você viu que Sérgio Buarque de Hollanda e sua obra “Raízes do Brasil” são gran-des marcos no pensamento social brasileiro.

O autor faz uma análise crítica da sociedade bra-sileira, que não é tomada como única, mas, sim como plural. Analisando a formação do Brasil, a partir da colonização, tem-se a confi guração de uma volta às origens, que signifi ca uma busca pelo que deve ser mudado para se alcançar o sucesso da nação.

Em “Raízes do Brasil” se discutem as consequên-cias para a sociedade brasileira da herança eu-ropeia por meio da presença de Portugal: a cul-tura da personalidade, a frouxidão da estrutura social, a repulsa à moral fundada no culto do trabalho e a obediência como único princípio político forte.

4156

Tema 6Pensando as “Raízes do Brasil”


• Analisar a composição da obra “Raízes do Brasil” de Sérgio Buarque de Hollanda.

• Compreender alguns conceitos do pensamento do autor nessa obra em específi co.

• Discutir novas visões sobre a formação da sociedade brasileira.

Para início de conversa“Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Hollanda, é um livro clássico do pensamento social brasileiro, que, entre outras coisas, discute quais as formas de sociabilidade que o Brasil adotou para se tornar um país.O texto da obra é marcado por oposições e tipologias, tendo como sequência de capítulos e análises: Fronteiras da Europa, Trabalho e Aventura, Herança Rural, O Semeador e o Ladri-lhador, O Homem Cordial, Novos Tempos e Nossa Revolução.

Por dentro do tema

Em “Raízes do Brasil”, a formação brasileira é tomada como plural, por isso as aná-lises de Sérgio Buarque de Hollanda são fundamentadas em relações dialéticas, na ênfase da diversidade e nos pormenores. O livro, de infl uências teóricas múltiplas, apresenta uma metodologia de contrários e uma focalização em pares.

O autor destaca que o Brasil foi colonizado a partir da perspectiva da aventura e não do trabalho, dadas as difi culdades para se penetrar e colonizar efetivamente o território.

De maneira geral, destaca-se que as características culturais brasileiras são marcadas pelas relações familiares, sendo essa permeabilidade e cordialidade avessas às regras democráticas e à racionalidade.

A noção do Brasil rural remete ao passado escravocrata e colonial do País, apontado por Sérgio Buarque de Hollanda como desfavorável à democratização nacional. É assim que no processo de urbanização, segundo ele, emergem atores fundamentais, como as classes populares e médias, para a mudança da estruturação social brasileira.

Assim, o que se afi rma é que, no processo de transição do rural para o urbano, surgem atores que proporcionam um distanciamento da fi gura do homem cordial, contexto no qual a classe média é associada à modernização do País.

Na revolução brasileira, lenta e gradual, o novo passa a se imbricar ao velho. “Raízes do Brasil” pressentiu o início de uma transformação das relações entre o rural e o urbano do contexto brasileiro de seu tempo.

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Questão 1

Individualmente com consulta.

(SUSIPE/PA , 2008 - Ciências Sociais - adapta-da). Em “Raízes do Brasil”, Sérgio Buarque de Hollanda analisa os pontos de partida da esfera da personalidade e da esfera cultural mais am-pla, sob a forma de uma concepção de mundo abrangente. Para esse autor, duas importantes manifestações do personalismo são:

a) Processo civilizador e miscigenação.

b) Patriarcalismo espanhol e ideologia cultura-lista.

c) Individualismo moral e noção de pessoa.

d) Estado patrimonial e catolicismo familiar.

e) Cordialidade e democracia.

Questão 2


Em “Trabalho e Aventura”, Sérgio Buarque de Hollanda apresenta o trabalhador como a antí-tese do aventureiro, isso porque:

a) As duas perspectivas de colonização aconte-ceram no Brasil.

b) Se tratam de caracterizações éticas confl iti-vas, mas as duas são fundamentadas na bus-ca por prosperidade sem custos.

c) São duas éticas de trabalho e duas atitudes de conduta.

d) O ethos do trabalho sempre se fez presente entre os trabalhadores brasileiros.

e) Os portugueses e suas características o fi ze-ram colonizador mais trabalhador do que aventureiro.

Questão 3

Em grupo.

Considerando as análises feitas por Sérgio Buar-que de Hollanda em “Raízes do Brasil”, aponte a alternativa incorreta.

a) Em “Fronteiras da Europa” se verifi ca a identifi cação dos elementos do colonizador e suas consequências para o Brasil.

Atividades

INSTRUÇÕES



Cada questão apresentada possui objetivos es-pecífi cos e trabalha pontos essenciais à temática discutida. Então, leia com cuidado os enuncia-dos e atente ao que está sendo pedido, bem como ao modo em que se propõe à resolução das questões: individualmente, sem consulta; em grupo; individualmente, com consulta.

Bons estudos!

Ponto de partida

Em suas análises, Sérgio Buarque de Hollanda apontou que a sociedade brasileira estava lon-ge de uma democracia representativa, com a efetiva participação popular. Pensando na rea-lidade brasileira de agora, você concorda com essa observação do autor?

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d) A efetivação da democracia não geraria uma construção de um país igualitário.

e) Só o próprio povo, tomando a iniciativa, po-deria cuidar do seu destino.

Questão 6


Qual dos seguintes pontos NÃO foi abordado por Sérgio Buarque de Hollanda em sua obra?

a) A cultura da personalidade.

b) O mito da democracia racial.

c) A frouxidão da estrutura social brasileira.

d) A repulsa à moral fundada no culto do tra-balho.

e) A obediência como princípio político.

Questão 7

Em grupo.

Explique a crítica que Sérgio Buarque de Hollan-da fez ao bacharelismo em “Raízes do Brasil”.

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Questão 8


Pontue alguns dos elementos discutidos por Sérgio Buarque de Hollanda em sua análise so-bre o homem cordial.

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b) Em “Trabalho e Aventura” o autor apresenta que o Brasil foi colonizado pelo aventureiro, o que denotou uma ausência de vínculo com a terra e uma extração desordenada.

c) Em “Herança Rural” o autor aponta que a colonização brasileira foi calcada em raízes rurais interligadas à família patriarcal.

d) Em o “Semeador, o Ladrilhador” a ênfase está no caráter de grande organização das cidades portuguesas e, consequentemente, brasileiras.

e) Em “O Homem Cordial” se faz uma análise de como o convívio no Brasil é governado por uma ética de fundo emotivo.

Questão 4


O que implica a revolução brasileira na visão de Sérgio Buarque de Hollanda?

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Questão 5


Um dos diferenciais de Sérgio Buarque de Hollanda, em relação aos demais autores que pensaram a formação da sociedade brasileira, está no fato de que ele:

a) A democracia no Brasil não se efetivaria diante das raízes ibéricas herdadas.

b) Não criticou as relações políticas na socieda-de brasileira.

c) A classe trabalhadora não poderia contri-buir para com a transformação da sociedade brasileira.

159




• Leia mais sobre Sérgio Buarque de Hollan -da e Raízes do Brasil em <http://revistacontemporaneos.com.br/n3/pdf/sergiobuarque.pdf>. Acesso em: 25 out. 2010. O presente artigo tem por objetivo fazer algumas considerações a respeito da vida, da obra e do contexto histórico em que viveu o historiador Sérgio Buarque de Hollanda.

• Acesse o artigo Um ensaio das formas históricas de DECCA, E. de. Disponível em: <http://www.unicamp.br/siarq/sbh/Raizes_do_Brasil-um_ensaio_das_formas_historicas.pdf>. Acesso em: 25 out. 2010. Você obterá uma visão do livro “Raízes do Brasil”.

• Pesquise mais sobre a vida e a obra de Sérgio Buarque de Hollanda e sua atuação profi ssional em <http://www.scielo.br/pdf/ea/v8n22/33.pdf>. Acesso em: 25 out. 2010. O artigo retrata as-pectos da vida e da obra do autor.

FINALIZANDO

Neste tema, você viu que “Raízes do Brasil” é uma obra marcada por uma diversidade consi-derável de análises críticas que associam as raí-zes ibéricas à constituição do Brasil e dos brasi-leiros.

Discutindo dicotomias como mando-obediência, rural-urbano, família-Estado, arcaico-moderno, entre outros, o autor tece considerações sobre a identidade do brasileiro, o sentido da cordiali-dade brasileira e como se constrói a extensão do privado sobre o público no Brasil.

De modo geral, todas essas discussões passam pela elaboração de Sérgio Buarque de Hollanda de homem cordial, que merece bastante aten-ção no conjunto de sua obra no que se refere à construção da identidade brasileira.

Anotações ____________________________________________

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Questão 9


Em suas análises sobre as heranças e a socieda-de brasileira, Sérgio Buarque de Hollanda des-taca que se construiu histórica e socialmente, no País, a ideia de que o trabalho manual é pouco dignifi cante e confrontador das atividades do espírito, ao passo de que o trabalho mental é tido como voltado às especulações intelectuais e à erudição ostentosa.

Até que ponto você acha que tais princípios po-dem ou não ser verifi cados no Brasil?

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Questão 10


Construa uma defi nição sobre a cultura da per-sonalidade destacada em “Raízes do Brasil” por Sérgio Buarque de Hollanda.

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Tema 7O Homem Cordial


• Compreender o conceito de homem cordial de Sérgio Buarque de Hollanda.

• Debater a indiferenciação entre o público e o privado no contexto da cultura e da política brasileira.

• Discutir a personalidade do brasileiro.

Para início de conversa“Raízes do Brasil” apresenta uma análise baseada em tipo-logias, decorrentes da infl uência de Max Weber na obra de Sérgio Buarque de Hollanda. A tipologia que mais se destaca é a de homem cordial, refe-rente à identidade do brasileiro como povo.A cordialidade decorre do predomínio de valores domésticos e familiares na formação do caráter do brasileiro, o que leva à difi culdade na diferenciação entre o que é relativo ao cenário público e ao que diz respeito ao contexto privado.

Por dentro do tema

As análises de Sérgio Buarque de Hollanda são infl uenciadas por alguns aspectos da metodologia de Max Weber, entre as quais o conceito de tipo ideal.

Como recurso metodológico, Weber seleciona fragmentos para compreender a realidade inesgotável e durante seu estudo trabalha com a elaboração de tipos ideais que acentuam aspectos reais de forma caricatural, já que eles não se encontram concretamente. Assim, em nome da percepção do que é signifi cativo, o tipo ideal é um recurso para elaboração de hipóteses, como uma caricatura da realidade.

Diante dessa perspectiva, Sérgio Buarque de Hollanda trabalha com a tipologia do homem cordial para discutir as características do indivíduo no contexto da sociedade brasileira. Segundo o autor, o Estado nasce pela transgressão da ordem doméstica e familiar, e da mesma forma um indivíduo se transforma em cidadão, ou seja, quando a lei geral é capaz de suplantar as vontades particulares.

Desse modo, aponta-se que o predomínio da família patriarcal e o desenvolvimento da urbanização no Brasil acarretaram um forte desequilíbrio social, isso porque esse ambiente difi cultou o reconhecimento da distinção fundamental entre os domínios do público e do privado.

O Estado e o convívio público e social, que deveria ser pautado na ordenação impessoal, no Brasil são afetados pelo predomínio constante das vontades particulares. Assim, a contribuição brasileira para a civilização foi a cordialidade, ou seja, deu-se ao mundo o homem cordial, cujas virtudes advêm de um fundo emotivo rico e transbordante.

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Além disso, a vida íntima do brasileiro não é coesa ou disciplinada para se dominar sua personalidade, que é então integrada ao conjunto social. É assim que, na sociedade brasileira, há uma aversão ao ritualismo social e a forma ordinária de convívio social nacional é o contrário da polidez.

Anotações _______________________________________________________________________________________________

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Questão 1


(SUSIPE/PA , 2008 - Ciências Sociais - adaptada). Em relação ao conceito de “homem cordial”, proposto por Sérgio Buarque de Hollanda, assi-nale a opção INCORRETA.

a) As relações familiares - patriarcal, rural e co-lonial - não colaboraram para a formação de homens civilizados.

b) Os homens detentores de posições públicas têm difi culdade de separar o público do pri-vado.

c) O Brasil é um país no qual o Estado é apro-priado pela família.

d) A civilidade, ao pressupor uma noção ritua-lística da vida, é bastante característica da vida do brasileiro.

e) A forma de convívio brasileira é ditada por uma ética de fundo emotivo, que se refl ete no Catolicismo e na forma íntima de se tra-tar os santos.

Questão 2


Em “Raízes do Brasil”, o homem cordial é um tipo que sintetiza elementos da cultura brasilei-ra. Considerando o conceito desenvolvido por Sérgio Buarque de Hollanda, classifi que as alter-nativas como VERDADEIRAS ou FALSAS.

I. O homem cordial representa o desejo de es-tabelecer intimidade e horror às distâncias.

II. O homem cordial é um tipo ideal trabalhado a partir da questão da burocracia e do patri-monialismo.

Atividades

INSTRUÇÕES



Cada questão apresentada possui objetivos es-pecífi cos e trabalha pontos essenciais à temática discutida. Então, leia com cuidado os enuncia-dos e atente ao que está sendo pedido, bem como ao modo que se propõe à resolução das questões: individualmente, sem consulta; em grupo; individualmente, com consulta.

Bons estudos!

Ponto de partida

Segundo a perspectiva apontada por Sérgio Buarque de Hollanda, a cordialidade brasileira leva à busca pela intimidade, que faz com que o rigor do rito se afrouxe e humanize. Como exemplo, tem-se no domínio da linguística o emprego de diminutivos:

A terminação ”inho“, aposta às palavras, serve para nos familiarizar mais com as pessoas ou os objetos e, ao mesmo tempo, para lhes dar rele-vo. É a maneira de fazê-los mais acessíveis aos sentidos e também de aproximá-los do coração. (HOLLANDA, 1995. p. 148).

No seu cotidiano, você consegue identifi car essa observação feita pelo autor? Explique ainda como esse quadro se associa à perspectiva do homem cordial.

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Questão 5

Em grupo.

No campo político, o nepotismo signifi ca a prá-tica de empregar parentes em cargos públicos, implica favoritismo. Como os princípios que en-volvem o homem cordial explicam esse quadro?

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Questão 6


Considerando a análise de Sérgio Buarque de Hollanda, é possível dizer se o autor teve uma preocupação em elevar ou condenar o homem cordial. Por quê?

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III. A manifestação do respeito valorizada em outras sociedades corresponde ao desejo de estabelecer intimidade na sociedade brasi-leira.

IV. A cordialidade implica a busca pelo interesse próprio e pelo princípio do tirar vantagem das situações e das relações.

a) F, F, F e F.

b) V, V, V e F.

c) V, V, V e V.

d) V, F, F e V.

e) V, F, F e F.

Questão 3


Por ser resultado do homem cordial e da não diferenciação entre o público e o privado, a so-ciedade brasileira pode ser tida, em alguns as-pectos, como autoritária. Por quê?

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Questão 4

Em grupo.

O Estado democrático requer que a função ad-ministrativa seja exercida de forma imparcial e impessoal, daí a importância da separação en-tre o aspecto público e o privado. Em que sen-tido, os casos de corrupção a que se assistem na política brasileira podem ser relacionados aos princípios da cordialidade apontados por Sérgio Buarque de Hollanda.

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Questão 9


Sobre a ideia de homem cordial elaborada por Sérgio Buarque de Hollanda, assinale a alterna-tiva INCORRETA.

a) As relações sociais cordiais são marcadas pela afetividade, em detrimento da raciona-lização.

b) A cordialidade se contrapõe à polidez.

c) O homem cordial sobrepõe o público ao pri-vado, a racionalidade à afetividade.

d) A falta do estabelecimento de normas im-pessoais é associada à cordialidade.

e) Os brasileiros não são ritualísticos.

Questão 10


“Nosso velho Catolicismo, tão característico, que permite tratar os santos com uma intimi-dade quase desrespeitosa e que deve parecer estranho às almas verdadeiramente religiosas, provém ainda dos mesmos motivos.” (Hollanda, 1995. p. 149).

Nessa passagem, Sérgio Buarque está falando:

a) Da família patriarcal no Brasil.

b) Da falta de religiosidade do brasileiro.

c) Do ritualismo característico da Igreja Católi-ca.

d) De uma consequência da cordialidade brasi-leira.

e) Da afetividade que caracteriza o homem cordial.



• Analise a resenha sobre a obra “Raízes do Brasil”. Disponível em: <http://www.cliohistoria.110mb.com/biblioteca/resenhas/raizes_brasil.html>. Acesso em: 29 out. 2010.

Questão 7


Para Sérgio Buarque de Hollanda, o surgimento no Brasil do homem cordial está ligado ao re-pentino e rápido processo de urbanização bra-sileira. Por quê?

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Questão 8


Segundo Sérgio Buarque de Hollanda, “o Esta-do não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupa-mentos, de certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo.” (HOLLAN-DA, 1995. p. 141).

Desta forma, é CORRETO dizer que:

a) Entre o círculo familiar e o Estado existe uma descontinuidade e até uma oposição, além de pertencerem a ordens diferentes em essência.

b) O Estado nasce como uma continuidade da ordem doméstica e familiar.

c) As relações pessoais no âmbito do Estado re-velam que família e Estado são instituições compatíveis.

d) Os homens públicos não se fazem a partir da libertação de laços caseiros e da aquisição de senso de responsabilidade.

e) No Brasil, o homem cordial faz do Estado uma extensão da família, porém interesses particulares não suplantam a lei geral.

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Anotações ____________________________________________

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Em sequência à edição completa das obras de Sérgio Buarque de Hollanda, esta publicação de “Raízes do Brasil” incorpora o notável prefácio com que Antonio Cândido enriqueceu esta obra clássica desde a 5. edição (José Olympio, 1969), bem como o post-scriptum do mesmo autor que o acompanha desde a 18. (1986), agregando fi nalmente um posfácio de Evaldo Cabral de Mello.

• Faça uma análise dos conceitos e métodos presentes em “Raízes do Brasil”. Disponível em: <http://www.ensayistas.org/fi losofos/brasil/holanda/raizes.htm>. Acesso em: 29 out. 2010. No que diz respeito às principais referências intelectuais de Sérgio Buarque de Hollanda, ao compor “Raízes do Brasil”, muitas podem ser as possibilidades assinaladas; foi sabidamente muito erudito, leitor em várias línguas, e estabeleceu contato com diversos nomes de expressão no Brasil em que viveu.

• Pesquise e debata o sentido da cordialidade na obra de Sérgio Buarque de Hollanda. Disponível em: <http://www.dhi.uem.br/index.php?option=com_content&view=article&catid=14%3Ablogsfi xo&id=1650%3Ao-jeitinho-do-homem-cordial&Itemid=209> . Acesso em: 29 out. 2010. Publicado em 1936, “Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Hollanda, tornou-se obra-chave de interpretação do País por identifi car uma informalidade descompromissada com a ética, incompatível com a vivência democrática.

• Assista ao comentário de Chico Buarque sobre A ideia de homem cordial. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=xAVRGvoy2Sk>. Acesso em: 29 out. 2010.

FINALIZANDO

Neste tema, você viu que o conceito de homem cordial, apresentado em “Raízes do Brasil”, aponta que na sociedade brasileira a cordiali-dade implica a transposição para a sociedade do estigma de “família patriarcal”, ou seja, uma sociabilidade de laços comunitários, que leva à busca do intimismo no tratamento que disponi-biliza a autoridade.

Assim, o homem cordial pode ser considerado a antítese do homem formal, que não rompe com a infl uência da família ao se afi rmar como indivíduo no contexto social.

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Tema 8Um Balanço sobre a Sociedade Brasileira


• Tecer paralelos entre Caio Prado Júnior, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda.

• Entender o pensamento social brasileiro e a formação da sociedade brasileira.

• Estabelecer contrapontos sobre o passado e o presente da sociedade brasileira.

Para início de conversaA geração dos anos de 1920 e 1930 de intelectuais brasilei-ros se voltou à busca e à análise da identidade nacional. Caio Prado Júnior, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda foram parte de um grupo de pensadores que cria-ram o Brasil, ou melhor, que visaram a explicar o processo de formação do que se denomina cultura brasileira.Esses intelectuais, portanto, desejavam entender o Brasil por meio de um ponto de vista nacional.

Por dentro do tema

Caio Prado Júnior, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda, entre outros pensadores, por meio de métodos particulares de análise, procuraram estabelecer premissas históricas que fossem capazes de explicar o Brasil, partindo da apresentação da Colônia como o começo da formação da nação brasileira e da identidade nacional.

“Casa-Grande & Senzala”, de 1933, “Raízes do Brasil”, de 1936, e “Formação do Brasil Contemporâneo”, de 1942, são obras que, em geral, refl etem o contexto de 1930, quando o Brasil havia passado por uma revolução, estava deixando as bases agrárias e se reorganizando como um país industrial.

“Casa-Grande & Senzala” foi marcada pela antropologia norte-americana e nela Gilberto Freyre aponta que os portugueses e os negros são marcas positivas da colonização e a miscigenação é tida como uma marca nacional positiva.

Em “Raízes do Brasil”, Sérgio Buarque de Hollanda, tendo feito a opção por explicar o presente por meio do passado, discute as características da brasilidade e trabalha a representação da classe média brasileira, vendo na população a possibilidade da transformação da realidade brasileira.

Com “Formação do Brasil Contemporâneo” se defi nindo pela posição de esquerda, Caio Prado Júnior, sob a infl uência do materialismo histórico, apresenta elementos organizados esquematicamente para debater o sentido da colonização, o trabalho escravo e o desenvolvimento desigual e combinado no Brasil.

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De modo geral, esses textos tentaram responder à pergunta “Somos o que fomos?”. Para tanto, é feita uma volta às origens brasileiras, e eles apontam para uma ideia de que “O Brasil ainda está por vir”, ou seja, revelam a expectativa da formação de uma verdadeira nação, por isso o destaque dado às discussões sobre a identidade nacional.

Anotações _______________________________________________________________________________________________

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Questão 1


(IBRAM /DF, 2010 - Sociologia)

No pensamento sociológico dos anos 1930, des-pontam os nomes de Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda, autores dos clássicos e, respectivamente, essas obras têm como foco te-mático comum:

a) A luta de classes na sociedade rural.

b) A formação do Estado nacional.

c) A democratização do ensino.

d) A escravidão do negro.

e) A estrutura patriarcal brasileira.

Questão 2


(IF/RN, 2009 - História - adaptada). Ao analisa-rem o processo de colonização lusitana no Bra-sil, Gilberto Freire e Sérgio Buarque de Hollan-da escreveram, em duas obras clássicas da nossa historiografi a:

I. “Quando, em 1532, se organizou econômica e civilmente a [colonização], [...] formou-se na América tropical uma sociedade [...] que se desenvolveria defendida menos [...] pela ação ofi cial do que pelo braço e pela espa-da do particular. [...] sendo que entre nós através das grandes famílias proprietárias e autônomas [...], donos de terras e de escra-vos [...] dos senados de Câmara falaram sem-pre grosso aos representantes d’el-rei [...]”. (FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Círculo do Livro, 1990. p. 43)

II. “No Brasil, onde imperou, desde tempos re-motos, o tipo primitivo da família patriarcal [...], não era fácil aos detentores das posições públicas de responsabilidade, formados por tal ambiente, compreenderem a distinção fundamental entre os domínios do privado e do público [...]. Ao contrário, é possível acompanhar, ao longo de nossa história, o predomínio constante das vontades parti-culares”. (HOLLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. pp. 145-146).

Atividades

INSTRUÇÕES



Cada questão apresentada possui objetivos es-pecífi cos e trabalha pontos essenciais à temática discutida. Então, leia com cuidado os enuncia-dos e atente ao que está sendo pedido, bem como ao modo que se propõe à resolução das questões: individualmente, sem consulta; em grupo; individualmente, com consulta.

Bons estudos!

Ponto de partida

Quando se pensa sobre a formação e a realida-de da sociedade brasileira, é frequente a busca por males de origem para explicar as mazelas presentes. Você concorda com essa perspectiva? Em que medida ela é importante?

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Questão 5


________ descreve o negro e o ________ na pers-pectiva da nova realidade nacional. Já ________ explicou a formação colonial pela análise ________ , redescobrindo uma nova dimensão histórico-sociológica. Por sua vez, ________ con-tribuiu para uma análise ________ do Brasil de forma sintética e bem documentada.

a) Caio Prado - critica - Sérgio Buarque - cordial - Caio Prado - esquerdista.

b) Sérgio Buarque - centraliza - Caio Prado - histórica - Sérgio Buarque - sociológica.

c) Gilberto Freyre - destaca - Sérgio Buarque - marxista - Caio Prado - antropológica.

d) Caio Prado - evidencia - Gilberto Freyre - an-tropológica - Sérgio Buarque - simplista.

e) Gilberto Freyre - eleva - Caio Prado - dialéti-ca - Sérgio Buarque - crítica.

Questão 6


A associação entre o Pensador e o Pensamento se verifi ca em:

PENSADOR

I. Gilberto Freyre.

II. Sérgio Buarque de Hollanda.

III. Caio Prado Júnior.

PENSAMENTO

A. Metodologicamente, trabalhou com a sepa-ração entre os conceitos de raça e cultura.

B. Sua análise apresenta uma síntese de três séculos de colonização, em nome da com-preensão de aspectos econômicos nacionais.

As refl exões de Gilberto Freire e Sérgio Buarque de Hollanda apresentam, na essência, relação com a:

a) Análise do patrimonialismo enquanto uma característica inerente à formação da socie-dade brasileira.

b) Constatação de que ocorriam congruências entre os interesses metropolitanos e os das elites coloniais.

c) Diferenciação entre os valores reinantes na sociedade colonial e na sociedade brasileira contemporânea.

d) Latente oposição que contrapunha a família patriarcal às imposições privativas das clas-ses proprietárias.

e) Discussão racial e pluralidade brasileira.

Questão 3

Em grupo.

Selecione e aponte aspectos centrais das obras e do pensamento de Caio Prado Júnior, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda.

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Questão 4

Em grupo.

A família patriarcal é uma questão abordada tanto, nas análises de Gilberto Freyre quanto nas de Sérgio Buarque de Hollanda, entretanto as perspectivas dos autores em relação à temática é diferente. Explique o porquê dessa afi rmação.

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Questão 9


Na obra de Sérgio Buarque de Hollanda, são apontadas quais consequências do personalis-mo na vida do brasileiro e na sociedade brasi-leira?

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Questão 10

Em grupo

(TSE/RO, 2007 - Analista de informática)

É PRECISO VOLTAR A GOSTAR DO BRASIL

Muitos motivos se somaram, ao longo da nos-sa história, para difi cultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente, o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos a ser um animal muito estranho no zoológico das nações: socie-dade recente, produto da expansão europeia, concebida desde o início para servir ao mercado mundial, organizada em torno de um escravis-mo prolongado e tardio, única monarquia em um Continente Republicano, assentada em uma extensa base territorial situada nos Trópicos, com um povo em processo de formação, sem um passado profundo onde pudesse ancorar sua identidade.

C. Destaca que a antítese caudilhismo-liberalis-mo deve ser superada para a revolução dar certo no Brasil.

a) I – A; II – C; III – B.

b) I – A; II – B; III – C.

c) I – B; II – A; III – C.

d) I – C; II – A; III – B.

e) I – B; II – C; III – A.

Questão 7

Em grupo.

“Formação do Brasil Contemporâneo”, “Casa-Grande & Senzala” e “Raízes do Brasil” são obras que, de diferentes maneiras, abordam a miscigenação racial como um marco da for-mação da sociedade brasileira. E você? O que você pensa sobre essa questão? Como você vê as consequências da miscigenação na realidade brasileira da atualidade?

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Questão 8


Caio Prado Júnior, Gilberto Freyre e Sérgio Buar-que de Hollanda se dedicaram à investigação da formação do caráter nacional brasileiro. Em sua opinião, “que país é o Brasil?” e “por que nós, brasileiros, somos assim?”. Busque explicações na história para justifi car os elementos escolhi-dos.

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olhar sociológico: somos uma sociedade trans-plantada, mas nacional, com características pró-prias. (...) Anuncia que “a nossa revolução” está em marcha, com a dissolução do complexo ibé-rico de base rural e a emergência de um novo ator decisivo, as massas urbanas. Crescentemen-te numerosas, libertadas da tutela dos senhores locais, elas não mais seriam demandantes de favores, mas de direitos. No lugar da comunida-de doméstica, patriarcal e privada, seríamos en-fi m levados a fundar a comunidade política, de modo a transformar, ao nosso modo, o homem cordial em cidadão.

O esforço desses pensadores deixou pontos de partida muito valiosos, mesmo que tenham des-crito um país que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre girava em torno da família extensa da casa-grande, um espaço in-tegrador dentro da monumental desigualdade; o de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização que prometia associar-se à modernidade e à cidadania.

BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos. Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

A compreensão do Brasil foi retardada pela existência de:

a) Uma família patriarcal que se opôs ao traba-lho civilizatório das instituições formais.

b) Uma sociedade que continuou mercantilista até a independência.

c) Um enigma que só pôde ser decifrado com os ideais republicanos.

d) Muitos dados que enredaram a nossa cultu-ra.

e) Aspectos que levaram à formação de uma identidade nacional contraditória.



• Leia o texto de SALES, T., Raízes da desigualdade Social na cultura política brasileira. Dispo-nível em: <http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_25/rbcs25_02.htm>. Acesso em: 29 out. 2010. O texto apresenta uma análise entre as raízes da desigualdade social na cultura política brasileira a partir dos autores clássicos do pensamento social nacional.

Que futuro estaria reservado para uma nação assim?

Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender esse enigma e constituir uma teo-ria do Brasil foram, em larga medida, infrutífe-ras. Não sabíamos fazer outra coisa senão co-piar saberes da Europa (...) Enquanto o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar sua óbvia condição não-europeia.

Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse. Só na década de 1930, porém, de-pois de mais de cem anos de vida independente, começamos a puxar consistentemente o fi o da nossa própria meada. Devemos ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com “Casa-Grande & Senzala”, uma revolucionária releitura do Bra-sil, visto a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia cultural, disciplina que então apenas engatinhava.

(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, rea-lizando um tremendo resgate do papel civili-zatório de negros e índios dentro da formação social brasileira. (...) A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado ou das demais ins-tituições formais, todas aqui muito fracas. Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se constituiu um modo de vida completo e es-pecífi co. (...) Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo: comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas, canções, arquite-tura, sexualidade, superstições, costumes, ferra-mentas e técnicas, palavras e expressões de lin-guagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira) não se encontrava na política nem na economia, muito menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)

Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois, com “Raízes do Brasil”, um instigante ensaio – “clássico de nascença”, nas palavras de Antônio Cândido – que tentava compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas, experimentaria o inevitável trânsito para a mo-dernidade urbana e “americana” do século XX. Ao contrário do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava se desfazendo, nem tampouco acreditava na efi cácia das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o tempo secular da história. Considera a modernização um processo. Busca, também, a singularidade do processo brasileiro, mas com

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• Leia sobre os Explicadores do Brasil e suas biografi as. Disponível em: <http://www.almanaquebrasil.com.br/especiais/nenhum-brasil-existe>. Acesso em: 29 out. 2010. O site apresenta uma relação de autores e suas obras.

• Leia o artigo de DURAN, P. R. F., O “ponto morto”: dois intelectuais, duas visões sobre o processo de modernização brasileiro. Disponível em: <http://www.editoraufjf.com.br/revista/index.php/csonline/article/viewFile/404/377>. Acesso em: 29 out. 2010. O artigo apresenta um debate sobre a Modernização em Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Hollanda.

• Leia o artigo Paraísos cruzados: Diálogos do encantamento e do desencantamento do mundo. Disponível em: <http://www.unicamp.br/siarq/sbh/paraisos_cruzados.pdf>. Acesso em: 29 out. 2010. Esse artigo mostra as relações entre os pensamentos de Gilberto Freyre e de Sérgio Buarque de Hollanda.

FINALIZANDO

Neste tema, você viu que Caio Prado Júnior, Gil-berto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda são representantes do pensamento social brasileiro, que buscaram desvendar o Brasil como país e o ser brasileiro como identidade particular.

Para isso, analisaram a formação da sociedade brasileira, tomando como referência o período colonial e as questões específi cas a ele ligadas.

Até hoje esses autores são tidos como clássicos e leituras obrigatórias e suas obras permane-cem sendo debatidas e revistadas em nome da compreensão do que é e do que envolve o Brasil como país.

Anotações ____________________________________________

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A Organização Social no Brasil Desafi o de Aprendizagem

Autora: Emanuela de Oliveira - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3

O desafi o deverá ser realizado em grupos de, no máximo, 4 alunos.

Este desafi o de aprendizagem tem por objetivos:

• Favorecer a aprendizagem e a refl exão sobre a organização social brasileira.

• Estimular a prática da pesquisa, da leitura e da escrita.

• Desenvolver competências e habilidades profi ssionais requeridas na atuação profi ssional.

• Aplicar teorias e conceitos às análises práticas da história e da realidade por meio de autores e pensamentos clássicos.

Desafi o

Esse desafi o consiste na elaboração de uma apresentação, biográfi ca e conceitual, acerca da vida e da obra de dois autores fundamentais ao pensamento social e à análise da formação da sociedade brasileira: Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda.

Em grupos de quatro alunos, deverá se elaborar uma apresentação, em PowerPoint, que sintetize pontos básicos para a compreensão do que envolve a trajetória intelectual de Gilberto Freyre e de Sérgio Buarque de Hollanda, mesclando imagens, informações, comentários e refl exões que contribuam para esse propósito.

Etapa n.o 1

Compreendendo o contexto colonial analisado por Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda

PASSOS

Passo 1 - Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda tomaram o período do Brasil colonial para pensar a formação da sociedade brasileira. Para se compreender portanto a obra desses autores, é preciso conhecer um pouco desse período histórico. Para tanto, leia o material disponível em http://historia.campus2.vilabol.uol.com.br/Brasil/Brcoln.html. Acesso em: 16/11/2010. Faça notas do que achar mais relevante. Se for do seu interesse, faça outras pesquisas sobre o Brasil Colônia.

Passo 2 - Aprofunde suas discussões assistindo ao vídeo em que o historiador Boris Fausto narra a história colonial brasileira em http://www.videolog.tv/video.php?id=225551. Acesso em: 16/11/2010.

Passo 3 - Faça buscas na internet de imagens sobre o Brasil Colônia; como sugestão fi ca o site de buscas http://www.google.com.br. Selecione algumas imagens com as devidas referências às fontes (endereços eletrônicos) em que as mesmas se encontram.

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A Organização Social no BrasilDesafi o de Aprendizagem


Etapa n.o 2

Gilberto Freyre e a Democracia Racial

PASSOS

Passo 1 - Entenda um pouco a biografi a de Gilberto Freyre lendo o capítulo 3, As metodologias em Casa-Grande & Senzala, do Livro-Texto da disciplina, Três leituras básicas para entender a cultura brasileira, de Gabriel Lomba Santiago. Faça anotações de importantes aspectos da vida do autor.

Passo 2 - Para compreender outros aspectos biográfi cos da vida de Gilberto Freyre, leia o texto de Gilberto Velho disponível em http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/spp/n58/58a02.pdf. Acesso em: 16/11/2010. Faça outras anotações de importantes aspectos da vida do autor.

Passo 3 - Faça buscas na internet de imagens de Gilberto Freyre, como sugestão fi ca o site de buscas http://www.google.com.br. Selecione algumas imagens com as devidas referências às fontes (endereços eletrônicos) em que as mesmas se encontram.

Passo 4 - Discuta a miscigenação racial feita por Gilberto Freyre; bem como o conceito de democracia racial por ele elaborado, lendo o capítulo 5, A estrutura de Casa-Grande & Senzala, do Livro-Texto da disciplina, Três leituras básicas para entender a cultura brasileira, de Gabriel Lomba Santiago. Faça anotações de pontos que considerar mais relevantes.

Etapa n.o 3

PASSOS

Passo 1 - Pesquise um pouco sobre a biografi a de Sérgio Buarque de Hollanda a partir da leitura do capítulo 6, Um perfi l biográfi co e um livro clássico, do Livro-Texto da disciplina, Três leituras básicas para entender a cultura brasileira, de Gabriel Lomba Santiago. Faça anotações de importantes aspectos da vida do autor.

Passo 2 - Para compreender outros aspectos biográfi cos da vida de Sérgio Buarque de Hollanda, leia o material disponível em http://www.ofi cinasculturais.org.br/biografi a-patronos/biografi a-de-sergio-buarque-de-holanda.php e http://www.infoescola.com/biografi as/sergio-buarque-de-holanda/. Acesso em: 16/10/2010. Faça outras anotações de importantes aspectos da vida do autor.

Passo 3 - Faça buscas na internet de imagens de Sérgio Buarque de Hollanda; como sugestão fi ca o site de buscas http://www.google.com.br. Selecione algumas imagens com as devidas referências às fontes (endereços eletrônicos) em que as mesmas se encontram.

Passo 4 - Debata o conceito de homem cordial desenvolvido por Sérgio Buarque de Hollanda, por meio da leitura do capítulo 9 - O homem cordial, do Livro-Texto da disciplina, Três leituras básicas para entender a cultura brasi-leira - de Gabriel Lomba Santiago. Faça anotações de aspectos que julgar pertinentes.

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A Organização Social no Brasil Desafi o de Aprendizagem


Etapa n.o 4

PASSOS

Passo 1 - Tendo tudo o que foi pesquisado e elaborado nas etapas 1, 2 e 3, elabore a apresentação que deve ser preparada no programa PowerPoint e obrigatoriamente apresentar a estrutura a seguir:

1. No primeiro slide deve estar o título do trabalho: Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda: pensando a organização social no Brasil.

2. No segundo slide apresente os nomes e RA´s dos integrantes da equipe (o grupo deve ser de no máximo 4 alunos).

3. No terceiro slide defi na o título Brasil Colonial e aponte o que considera marcante desse período para o nas-cimento da sociedade brasileira. Acrescente as imagens selecionadas.

4. No quarto slide, defi na o título Gilberto Freyre e em seguida exponha os dados biográfi cos do autor. Acres-cente as imagens selecionadas. No quinto, defi na o título Democracia Racial pontuando aspectos compreen-didos, pelo grupo, sobre o mesmo.

5. No sexto slide, defi na o título Sérgio Buarque de Hollanda e em seguida exponha os dados biográfi cos do autor. Acrescente as imagens selecionadas. No sétimo, defi na o título Homem Cordial, pontuando aspectos compreendidos, pelo grupo, sobre o mesmo.

6. No oitavo slide, apresente as referências bibliográfi cas de tudo que foi pesquisado e lido, aponte inclusive as fontes das imagens utilizadas na apresentação. Atente às normas para se apresentar as referências de maneira completa. Estas podem ser consultadas em http://www.unianhanguera.edu.br/anhanguera/bibliotecas/normas_bibliografi cas/Arquivos/referencias.htm. Acesso em: 16/11/2010.

Obs.: Caso seja necessário elaborar mais slides, o grupo pode elaborá-los, representando a quantidade máxima de 15. No entanto, a estrutura indicada deverá ser respeitada. Cuidado também com o tamanho das ima-gens selecionadas; elas podem ser grandes a ponto de deixarem a apresentação muito pesada, o que pode invibializar o envio on-line do Desafi o.

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A Organização Social no BrasilReferências Bibliográfi cas

BASTOS, É. R. Gilberto Freyre e a questão nacional. In: ANTUNES, R.; FERRANTE, V. (Orgs). Inteligência Brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1886.

FREYRE, G. Casa-Grande & Senzala. Rio de Janeiro: Record, 2000.

HOLLANDA, S. B. de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

PRADO JUNIOR, C. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense; Publifolha, 2000.

SANTIAGO, G. L. Três leituras básicas para entender a cultura brasileira. Campinas, SP: Editora Alínea, 2001.

TUNA, G. H. A geração dos anos 20-30: em busca da identidade. In: ______. Gilberto Freyre. Entre tradi-ção e ruptura. São Paulo: Cone Sul, 2000.

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