"Serviços Educativos: Novos Desafios na Promoção da Cultura e Património nos Municípios"
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Serviços EducativosNovos Desafios na Promoção da
Cultura e Património nos Municípios
Inês Ferreira
22 Junho 2007
Ovar
Serviços EducativosNovos Desafios na Promoção da Cultura e
Património nos Municípios
• Serviço de Educação
– Porquê e para quê?
– Para quem? Como?
• Cultura na Europa
– Emprego no Sector Cultural e Criativo
– Empreendedora de Mudanças Económicas
– Empreendedora de Mudanças Sociais
– Inter- relação da Cultura com outras áreas
• Que Desafios para o Serviço Educativo
– Emprego
– Modo de Trabalhar
• Conclusões
Serviço
de Educação
S.E - Porquê e para quê?Campo de Acção
Cultura
Património
Cidade/ Lugar
Museus
Bibliotecas
Arquivos
Jardins
Monumentos
Memórias
Tradições
Música
Esculturas
Colecções
S.E - Porquê e para quê?
Museus
Bibliotecas
Arquivos
Jardins
Monumentos
Memórias
Tradições
Música
Esculturas
Colecções
Para as Pessoas:pertença
responsabilidade
Posso ler um livro e não entender
Posso passar num monumento e nem olhar
Posso ver um documento e não saber interpretar o que lá está
Posso ouvir uma música, ver uma pintura, e gostar ou não gostar … mas querer saber interpretá-la
Não “ouve”, não vê, não se relaciona
S.E - Porquê e para quê? Serviço de Educação:
•Papel de mediador
•Não dá uma visão, ajuda a olhar
•Ajuda a relacionar
•Não propõe só soluções, explica as linguagens e questiona
•Não dá interpretação, ajuda a interpretar
Educar – alargar horizontes
As pessoas
Animar o património
“dar vida”
“A estátua parecia animar-se” – (Camilo)
CulturaPessoa
Quanto mais nos relacionarmos com o mundo em que nos movemos e quanto mais apurarmos a nossa visão pessoal e crítica, melhor vivemos.
S.E - Para quem? Como?
Professores
Especialistas
Estrangeiros
Crianças
Famílias
Necessidades Especiais
Séniores
Escolas
Diversidade de públicos
Cursos
Hora do Conto
Passeios
Projectos Continuados
Jogos
PediPapers
Workshops
Visitas Orientadas
Diversidade Metodologias
estratégias
Life-Long-Learning
(Aprendizagem ao longo da Vida)
Edutainment
(Educação+ entretenimento)
Cultura na Europa
Dados retirados de:
The Economy of Culture in Europe
European Commission
October 2006
KEA European Affairs
Media Group
Cultura na Europa
Sector Cultural e Criativo CÍRCULOS SECTORES SUB-SECTORES CARACTERÍSTICAS
SECTORCULTURAL
Campo Central das Artes
Artes VisuaisPintura/Escultura Fotografia/artesanato 1. Actividades não industriais
2. Produto são protótipos e "trabalhos potencialmente com direitos de autoria"
Artes PerformativasTeatro/Dança Circo /Festivais
Património
Museus/LivrariasSítios ArqueológicosArquivos
Círculo 1: Indústrias Culturais
Filme e Vídeo
1. Actividades industriais orientadas para reprodução massiva
2. Outputs baseados nos direitos de autor
Televisão e rádio
Video-Jogos
Música
Música GravadaMúsica ao vivoImpostos/música
Livros e ImprensaPublicação livros/ revistas/jornais
SECTORCRIATIVO
Círculo 2: Indústrias Criativas e Actividades
Design
Design de moda Design gráficodesign interioresdesign produto
1. Actividades não necessariamente industriais, que podem ser protótipos.2. Embora outputs baseados em direitos de autor, podem incluir outra propriedade intelectual nos inputs (trademark)3. O uso da criatividade é essencial para as performances destes sectores não culturais.
Arquitectura
Publicidade
Círculo 3: Industrias relacionadas
manufactura PCsManufactura MP3Industria telemóveis
1. Categoria impossível de circunscrever na base de critérios claros. Envolve muitos outros sectores ecenómicos que estão dependentes dos "círculos" prévios, assim como do sector das TIC.
Cultura na EuropaEmprego no Sector Cultural
• Aumenta mais rapidamente que no resto dos sectores– Entre 2002 e 2004 emprego na Europa 25 desceu ligeiramente e emprego na cultura
aumentou 3% (3,1% contando Turismo Cultural)– Sector cultural - alavanca para emprego a nível europeu.
• Trabalhadores nível de educação mais elevado– Portugal: Grau universitário: Na Cultura, 31,9%; Total, 15,1%– Europa: Grau Universitário: na Cultura, 46%; Total: 25,7%
• Trabalhadores Perfil Atípico:– Sector cultural: cada vez mais pequenas empresas (menos de 10 trabalhadores),
trabalhadores por conta própria e free-lencers.– Flexibilidade: modo de trabalho “project based”, part-time, vários empregos e não 1 a
tempo inteiro.– Mobilidade: andar de país em pais, região em região (artes performativas)
•Faz anunciar futuro mercado de trabalho (new worker): mais flexível, orientado por projectos, requerendo mobilidade e altas classificações)
•Necessidade formação para futuro mercado Trabalho: Exemplo, Universidade Manchester para saber desenvolver um negócio, ser empreendedor, adaptar-se a novos mercados de trabalho.
Cultura na EuropaEmpreendedora de Mudanças Económicas
Impacto Económico:• Efeito Multiplicador
– Gera desenvolvimento positivo no envolvimento – ex. do Guggenheim – desenvolvimento do sector hoteleiro, catering, transportes, outros equipamentos culturais
– Atrai investimento e talentos criativos
• Imagem e Identidade reforçada– Ex: Casa da Música no Porto, imagem de marca da cidade
• Turismo– Cultura é a força principal que guia o turismo, tem papel crucial
em atrair turistas, investimento turístico.– Factor crucial para atractividade de um local.– Europa é o destino mais visitado do Mundo.
Cultura na EuropaEmpreendedora de Mudanças Sociais
Impacto Social:
• Promove a Integração na Europa– Reforça a Identidade e constrói sentido de
pertença– Promove construção de identidade local,
nacional, europeia– Inclusão e diálogo inter-culturas
• Coesão territorial e reabilitação urbana– Parcerias acção cultural, social, educativa
Cultura na Europa Impacto socio-económico quantificável
Sector cultural e criativo, UE30
• Facturação
– Sector Cultural e criativo - mais de 654 biliões € 2003
– Indústria Automóvel - 271 biliões € 2001
– Indústria TIC - 541 biliões 2003
• Contributo para PNB
– Sector C&C contribuiu 2,6% para EU PNB em 2003
– Sector comida, bebida e tabaco, 1,9%
– Sector da Indústria têxtil, 0,5%
– Sector indústria de químicos, borracha, plástico, 2,3%
• Contribuição para crescimento UE
– Crescimento do sector C&C entre 1999-2003 12,3% mais alto que crescimento geral da economia.
• Emprego
– 3,1% do total população empregada (EU25)
– Emprego desce, neste sector sobe
Nem tudo o que conta pode ser medido, nem tudo o que pode ser medido conta” (Einstein)
CULTURA
CULTURA
ECONOMIA
TURISMO
ANIMAÇÃO
EDUCAÇÃO
ACÇÃO SOCI AL
Motor da Motor da
Coesão Social Economia
Que desafios para o
Serviço Educativo?
Que desafios para o Serviço Educativo?
Emprego• 1 Técnico S.E./1 Equipamento novo modelo
– Área de Acção a Cidade – sair de portas
– Projectos comuns, cruzados
• Colaborações externas
– Bolsas de Monitores, Free-lancers e trabalho por projectos
– Empresas prestadoras de Serviços Culturais
• Papel Operacional Papel Coordenador• Necessidade de formação para novas funções
– mais empreendedor– Coordenação– Marketing, promoção, gestão recursos humanos
Que desafios para o Serviço Educativo?
Modo de Trabalhar• Necessidade de justificar o que se faz:
– Política Educativa – Verificar impactos económicos e sociais do que se faz– Estudos qualitativos e quantitativos, estatísticas
• Cruzar Cultura/educação/animação/turismo/ambiente/acção social:
– Projectos comuns
– Cooperação na divulgação
– Acção no mesmo território, articulação de projectos.• Se a Cultura tem…
– Potencial para efectuar mudanças sociais e económicas– Responsabilidade para o fazer
• Serviço Educativo é uma força motora para que isso aconteça!– Parcerias internas e trabalho de equipa coordenado, dentro do próprio município
– Parcerias externas com instituições culturais, educativas, sociais, políticas, etc.
– foco nas audiências, suas necessidades, interesses e atitudes.
ConclusõesOs Serviços Educativos ao serviço da Cultura
– não podem clamar, por suas próprias mãos e sozinhos, que vão reduzir o crime,
transformar a saúde da comunidade, integrar os imigrantes ou acabar com a intolerância.
Contudo, a crescente investigação nesta área sublinha que o contributo da cultura na
coesão social é significante e, por vezes, surpreendente.
– Não podem clamar que vão transformar a economia por si, mas em parcerias com o
Turismo, comércio, reestruturação urbana, podem ser um impulso ao
desenvolvimento económico.
É na relação com a cidade e na relação com outros sectores –
turismo, educação, acção social – que o Serviço Educativo
tem, mais que nunca, que investir – trabalhar em parceria
para ser motor da inclusão social e economia.